[Bairro] - Constelação

Um dos bairros mais nobres da cidade, o bairro Constelação é apinhado de condomínios de luxo, com ruas limpas, bem sinalizadas e muito bem iluminadas. Porém se diferencia dos outros bairros de luxo por ter condomínios tanto residenciais quanto comerciais.

Vários escritórios comerciais, administrativos, publicitários, colégios, faculdades particulares e laboratórios científicos importantes estão nesse bairro. Também inúmeras residências de executivos e nomes importantes da cidade se encontram em "Constelação".

O Shopping Constelação, um dos maiores do país, tanto verticalmente quanto horizontalmente, engloba o espaço de 12 quarteirões no bairro "das estrelas", como também é chamado por ter vários artistas morando nele. Também tem destaque o Parque do Observatório, um campo verdejante, com banquinhos, muitas árvores, etc, e estátuas em homenagem a grandes cientistas da história de Nova Capital.

QUESTÃO DE COR

03 de agosto - noite

Um jovem atravessava rapidamente as ruas de Constelação em seu monociclo elétrico, ele vestia um gorro, óculos escuros e roupas largas. Em suas costas uma mochila com alguns bottons. Não chamava muita atenção, para qualquer um era apenas mais um playboy passeando ali. Entrou em uma rua com velocidade e parou seu veículo ao lado de um muro. Retirou da mochila uma lata de spray e começou a pixar o muro do Parque do Observatório. Um outro rapaz viu a cena e interviu.

- Colé mano, não faz isso, é escroto pra porra. - puxou o braço do playboy.

O jovem virou para ele e o empurrou, gritando um insulto racista e usando o spray para manchar a camisa branca do outro jovem, que era negro. Os dois se engalfinharam em uma luta corporal e depois de menos de três socos, um guarda apitou e eles se afastaram. O playboy apontou para o rapaz de origem humilde e gritou.

- Esse marginal tava pichando o muro, tentei impedir e ele me agrediu.

O semblante do guarda foi de raiva e ele avançou na direção do rapaz, agarrando-o pelo braço.

- Você vai se ver com a polícia, seu merdinha.

Como se fosse um presságio do pior, uma viatura virou a esquina naquele instante, acionando sua sirene. Dentro dela dois policiais,também brancos. O playboyzinho que havia iniciado toda aquela merda, subiu em seu veículo e começou a ir embora, deixando o outro rapaz sofrer as consequências de sua babaquice.

Observações:

1. Essa missão é reservada para o jogador Pitbull, que atua no bairro. A regra de mobilidade está suspensa.
2. O Objetivo é livre e o ND é variável conforme a decisão do jogador. Irei ler e definir isso posteriormente.
3. Dúvidas no grupo de jogadores do WhatsApp.

-Puta merda! Ai não meu patrão...Constelação?!

As pessoas no bar olham curiosas para o brutamontes com cara de pitbull que não escondia sua indignação ao ler a noticia que iria atuar como herói no bairro Constelação.  Wagner segurava seu celular de maneira desajeitada, havia passado alguns anos longe de qualquer tecnologia e agora que estava de volta a sociedade, os celulares estavam cada vez menores e mais frágeis. Havia desistido de tentar escrever naqueles botões minúsculos e passou a enviar longos áudios para seu amigo e assistente social, Pedro Nascimento.

-Pedrão, cê tá de sacanagem... já não basta usar aquela roupinha que fica entrando no meu rego, eu ainda vou ter que ser o cãozinho desses burguês safado?! Meu velho, resolve isso aí, pede pra me mandar pra onde tu quiser mermão, cabrião, marechal, redenção, mas pra Constelação eu num vo!

Wagner envia o áudio e aguarda a resposta de Pedro.

-Deixa de frescura cachorro...tu assinou os documentos, brother. Eu paguei do meu bolso pra um advogado analisar o contrato, te expliquei direitinho como ia funcionar. Não se faz de besta, tu vai lá sim. É isso ou cadeia, então não caga no pau agora, vai ser tranquilo, tu vai ver!

Cada golada de cerveja serviu para empurrar o orgulho goela abaixo, essa história de virar super-herói mal havia começado e Pitbull já estava puto com o sistema.
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Foram alguns dias de adaptação, sair da cadeia já havia sido um choque de realidade, e agora andar pelas ruas sem ter que esquivar de buracos ouvindo um sambinha as 7h da manhã, já era praticamente um passeio em outro mundo.

Eventualmente sua patrulha era interrompida por algum curioso tirando fotos e perguntando seu nome de herói. O protocolo que havia recebido em seu treinamento era ser o mais simpático possível. Mas sua cara carrancuda tomava conta sempre que alguém se aproximava.

“Não sou um animalzinho de circo...o que eu to fazendo aqui afinal? Tem policia pra todo lado, guarita, guardinha de moto, gente andando com iphone na mão de boas... achei que eu ia dar porrada em bandido.”

Porém o pensamento de Pitbull havia sido interrompido pelo cheiro forte de tinta spray e alguns gritos próximo do parque do observatório. Correu até lá e viu uma confusão entre dois rapazes. Conseguiu ouvir o insulto racista mas não tinha certeza de qual deles estava pichando o muro. Tudo aconteceu rápido e a policia já estava ali.

“Merda, já vi isso na minha quebrada, daqui a pouco a policia tá descendo bala em cima do muleque e dizendo que ele tava armado!..e aquele boyzinho fugindo? quem não deve não teme!”

Apesar de não saber se o rapaz negro é mesmo culpado, Pitbull sabe melhor do que ninguém que não se deve julgar as pessoas pela aparência. Sua intenção é abordar o playboy do monociclo se posicionando de frente para ele o convencendo a cooperar. Caso ele resolva dar uma de esperto e fugir, vai levanta-lo pelo colarinho e leva-lo até a policia para dar explicações. Se conseguir, ira usar seus sentidos apurados para sentir o cheiro de tinta nas mãos ou demais itens escondidos na mochila.

O playboy achou que havia escapado ileso de toda aquela confusão, carregava um sorrisinho sarcástico e vitorioso no rosto, enquanto ia embora dali. O que não esperava era que Pitbull estaria próximo o suficiente para abordá-lo daquela forma, de surpresa. O cheiro de tinta exalava das mãos daquele rapaz e Pitbull podia sentir a distância, ele sabia que o outro jovem não era o culpado.

– Você aí cara, vai voltar e explicar a situação para os hômi, não vai deixar aquele maluco levar a culpa.

– Ah pronto, primeiro o macaco e agora um cachorro. Vai tomar no meio do seu c...

Antes que o moleque pudesse terminar sua frase, a mão gigante de Pitbull já tapava a sua boca e a outra o agarrava pela camisa, levando-o até os policiais. Ele o jogou sobre os pés dos “hômi”, que já haviam colocado o outro rapaz no chão e começavam a algemá-lo.

– Esse playboy aqui quem fez a pichação, olhem o dedo dele, cheio de tinta.

Os policiais já haviam escutado falar do monstro que estava ajudando a policia e o governo num programa de recuperação de bandidos com super heróis, só não haviam encontrado com ele ainda. Antes que pudessem falar alguma coisa, o moleque começou um escândalo.

– Vocês sabem com quem vocês tão falando? Meu pai é juiz e vai fuder coma vida de todos vocês. – gritava enquanto se levantava.

Não seria a primeira vez que um playboy escaparia após fazer merda usando o nome do pai importante, Pitbull sabia que uma ronda naquele bairro poderia gerar coisas assim. Engoliu a raiva, por muito pouco não se descontrolou. Ajudou o outro rapaz a levantar e foi embora, seguir com sua ronda, totalmente contrariado.

Teste de Dados:

Pitbull

- Força (2) + Super Força (2) – Fúria (1) – Monstruoso (1) + 1d6 (2) = 4 (ND3). Sucesso!. 3 XP.

Hora da Pink!
Constelação - 11 de agosto de 2020 - 21h00

“Modelo, Atriz, Apresentadora, Cantora, Influenciadora Digital e Ativista do Direito das Mulheres”. Essa são os termos mais comuns encontrados em qualquer buscador na internet para descrever Beatriz “Pink” Andrade, uma das maiores influenciadoras do Brasil, cujo posts patrocinados nas redes sociais chegam a custar cerca de 1 milhão de reais para quem deseja divulgar sua marca.

Criada em berço de ouro, começou sua carreira no final da década de 90, como apresentadora infantil do programa “Hora da Pink!”, já alicerçando a sua fama com o uso de seus poder meta-humano de alterar a pele e cabelo para uma coloração rosa-choque durante a programação, o que gerou polêmica na época, já que muitos pais não queriam que seus filhos assistissem programa com uma criança meta-humana de pele rosa. Ainda assim não foi impeditivo para que a febre fosse instaurada nas escolas, tornando as crianças verdadeiras fanáticas pela Pink, em especial, Marcos Chagas.

Marcos era um garoto comum, de classe média alta, crescido no interior do país, e fascinado por Beatriz Andrade. Tinha todos os colecionáveis, capas de revista e produtos em geral baseados na garota, tudo bancado por pais que mimavam o garoto. O fanatismo seguiu-se pela adolescência até a vida adulta, a ponto de Marcos até mesmo acreditar que um dia se casaria com a garota. Ficou transtornado quando ficou sabendo da notícia do ano: Beatriz Andrade, estava com casamento marcado para o fim do ano. Num ato de fúria destruiu todo o altar em homenagem à Pink e decidiu vingar a “traição”, comprou uma passagem só de ida para Nova Capital.

Naquele dia 08 de agosto de 2020, completava 4 semanas exatas que Pink havia quebrado a perna num simples acidente doméstico e estava de repouso. Assim, para não perder as manchetes e holofotes, estava fazendo lives diárias em sua grande e luxuosa mansão, que chamou de “Hora da Pink”, num tom nostálgico, a fim conversar com os fãs, relembrar histórias e brincar por uma ou duas horas. Foi enquanto fazia sua live que ouviu um barulho vindo da porta da cozinha e se assustou. Alguns fãs riram, achando que se tratava de uma brincadeira da influenciadora, outros se preocuparam. Foi quando escutou:

- BEATRIIIIIIIZ! BEAATRIIIIIIIIIIZ!!! EU VIM TE LEVAR COMIGO!!!

Nesse momento os fãs também escutaram, e agora a preocupação era algo geral. Beatriz começou a chorar de desespero, correu mancando segurando seu smartphone. Num relance, os fãs conseguiram ver uma figura masculina nua entrando pela janela de um outro cômodo segundos antes de Pink se trancar no quarto. Dois tiros são disparados contra a porta, e por pouco não acertam a influenciadora, que correu para o closet, se trancando lá dentro ainda com smartphone em mãos, filmando seu rosto em lágrimas.

- SOCORRO GENTE! EU NÃO SEI O QUE FAZER!! - Disse olhando para a câmera.

Observações:

1. O Objetivo é livre e o ND é variável conforme a decisão do jogador. Irei ler e definir isso posteriormente.
2. Dúvidas no grupo de jogadores do WhatsApp.

Wagner não era nenhum aficionado por celebridades. Chegou a ver umas das "estrelas" circulando com seus óculos escuros, cara sisuda, rodeada de cinco ou seis seguranças em um shopping local. Odiava o ar de 'intocáveis" que aquelas pessoas queriam passar, como se fossem melhores que as outras "Mimadinhos, se fossem viver a vida como ela é de verdade, não aguentariam um dia". Mas uma dessas celebridades chamava a atenção de Pitbull cada vez que fazia a ronda próximo a sua casa, a famosa Pink.

Quando garoto Wagner vivia isolado das outras crianças do orfanato, era visto como um monstrinho. Certa vez tentou se aproximar de uma garotinha pela qual nutria uma paixonite secreta, ela possuía uma deformidade em uma das pernas e caminhava torto, sendo alvo de zombaria. Reuniu coragem e levou uma flor para ela, a mais cheirosa que conseguiu encontrar, mas para que? foi escorraçado com o máximo de desprezo pela menina que não escondeu o nojo de sua aparência. Todos riram dele, até as freiras do orfanato. Esmagou a planta, deu socos na parede, se isolou sozinho no refeitório, ligando a televisão no volume mais alto que pode até não conseguir mais ouvir os risos do lado de fora. Foi então que ouviu pela primeira vez... "Está começando, A hora da Pink!".

"Ela é que nem eu"... A partir desse dia o jovem Wagner não perdeu mais o programa. Sempre que ouvia alguém chamando a Pink de esquisita, ele passava a gostar mais dela,  monstro? melhor ainda. Chegou a escrever cartas que nunca foram lidas, mas isso não importava, ele havia idealizado Pink em sua mente, tinha certeza que se ambos se encontrassem, ela iria aceita-lo.

Os anos se passaram, Pitbull havia a esquecido, mas quando descobriu que a apresentadora morava no mesmo bairro que iria atuar, não pode barrar as memórias que inundaram sua mente, seria ela como os outros ricaços egoístas? Foi em uma dessas noites refletindo e fazendo sua ronda habitual que ouviu os dois disparos vindo da mansão de Beatriz e sem pensar duas vezes, correu na mesma direção.

A intenção de Wagner é derrubar qualquer porta ou entortar barras do portão para chegar ao local dos disparos, não há tempo para ser sutil. Quando encontrar o atirador vai usar sua força para nocauteá-lo com um único golpe.

Desde que Elisabete começou a vagar pelo mundo dos vivos, sua mãe tem agido de forma estranha. A moça até se revelou a ela, como o espírito desencarnado que era, mas o processo de luto da mulher não era nada convencional. Insistia em dizer que a Elisabete que estava ali era a mesma de sempre, em carne e osso. Em uma das visitas a casa de seus pais no bairro constelação, sua mãe lhe sugeriu que visitasse também sua amiga de infância, Helena, que se culpava imensamente por ter deixado Elisabete "ir para o mal caminho".

Helena tinha se tornado uma jovem diferente de Elisabete, com ideais e espectativas que não combinavam em nada com os dela, mas ainda a amava como quando era criança. Não poderia revelar-se à amiga, já que sua religião interpretaria sua aparição como obra demoníaca. Decidiu acompanhar a garota em algumas situações, como uma espécie de anjo da guarda, invisível e silenciosa. Foi em um desses turnos de anjo guardião que ela lembrou de um de seus passatempos preferidos com a amiga: assistir e imitar a Pink escondidas de seus pais. Helena assistia à live da apresentadora, e por alguns momentos, Elisabete quase sentiu-se viva.

A sensação de bem estar passou logo que percebeu que a apresentadora corria perigo. Voou depressa para não longe dali em direção a região que sabia que Pink morava. Apesar de não saber a mansão exata, consegue ver um homem pitbull vestido de collant correndo em direção à uma mansão. Percebendo que ele não carregava uma arma, considera-o um aliado em potencial.

Espectro voará o mais rápido possível em direção a casa, atravessando os obstáculos que a impediriam de chegar próximo do atirador. Pretende surpreender o homem e distraí-lo enquanto o outro herói não chega, atraindo-o para alguma direção longe do quarto cuja porta fora alvejada, mantendo-se intangível para evitar possíveis tiros.

Resolução: Hora da Pink!

Os tiros e gritaria na mansão de Beatriz Andrade parecia não chamar a atenção de seguranças e empregados que uma pessoa rica como ela teria, e estava longe o suficiente das outras mansões do “bairro das estrelas” para outros se envolverem. Porém, na rua, Pitbull pôde ouvir graças a seus super sentidos.

O monstruoso fã da Pink não pensou duas vezes e abriu entrada para a mansão por 3 socos que derrubaram parte do alto muro. Correu em disparada pelo extenso gramado, vendo ao longe um segurança caído, o que fez o herói canino estranhar a situação e ter mais cautela.

Do céu, a heroína fantasmagórica, que assistiu toda a cena pela live da Pink, voava na mesma direção que Pitbull, que sequer imaginava que estava sendo observado por Espectro. Devido ao voo, Elisabete fora a primeira a chegar no terceiro andar, onde podia ouvir o homem gritando, mas curiosamente, não podia ver o homem, mas apenas sua arma flutuando no ar e atirando contra a porta. A heroína logo entendeu.

- Ei babaca! Aqui ó! - Gritou, chamando a atenção do homem, enquanto flutuava.

Assustado, o homem atirou contra a figura pálida que flutuava no fim daquele corredor, mas as balas passaram direto por Espectro, que começou a caminhar no ar tentando tirar o foco do homem.

- Eu lido com essa vadia da Pink daqui a pouco. - O homem caiu nos planos de Espectro, que atraiu o homem para os andares abaixo.

Ouvindo mais tiros Pitbull se apressou, não havia tempo de pensar. Chegando na porta da frente, viu uma porção de roupas no chão e mais um segurança caído, este desarmado, mas isso não era o que mais lhe chamou a atenção. Graças ao seu super-sentido, o cheiro de fezes humanas espalhadas na porta era ainda mais forte. Para não se sujar, preferiu derrubar a porta com um poderoso chute. Quando entrou, visualizou a cena: um espírito flutuava pela grande sala, enquanto uma arma no ar estava atirando.

- EI - Gritou, sem entender muito bem o que estava acontecendo.

Assustado com a nova presença, Marcos, ainda invisível, apontou a arma na direção de Pitbull, e puxou o gatilho. Mas foi apenas possível escutar um click, as balas haviam acabado, graças ao plano de Espectro.

A heroína sorriu para Pitbull, contente por atrasar o maníaco. Confiante, se arriscou em um chute contra o homem, que sequer se moveu, parecia que estava firme como uma estátua. Ele tenta um soco contra a heroína, mas rapidamente se torna intangível.

Marcos correu para fugir dos dois heróis, mas Espectro foi mais rápida e jogou um vaso de planta na direção do invisível que se partiu, jogando terra para todo lado, inclusive no homem. Pitbull entendeu. O monstruoso herói correu na direção do homem, sentindo nele o mesmo cheiro que havia sentido na porta. Marcos era rápido, mas Pitbull era mais. Num pulo, conseguiu agarrar o homem, rolando com ele na grama.

Este tentou se desvencilhar do herói canino, dando fortes cotoveladas que lhe surpreendeu. Marcos se demonstrou forte e resistente, mas Pitbull também era mais. Mesmo sem ver bem o homem, aplicou-lhe um mata leão para o desacordar, e mesmo resistindo bastante acabou cedendo, desmaiando por cima de Pitbull na grama, desativando seus poderes de invisibilidade e se revelando nu, sujo, coberto de terra e fezes.

Enquanto isso, Espectro correu para o quarto onde Pink se escondida.

- Senhora Pin… Senhorita Pin… Senhora Beatriz? Está tudo bem agora, pode sair!

Lentamente a influenciadora abriu a porta do enorme closet onde se escondia, revelando sua pele rosada que brilhava. O medo e susto foi tão grande que a jovem sequer conseguia falar, apenas abraçou Espectro e começou a chorar.

Não demorou muito para a polícia chegar, graças a ligação de alguns vizinhos que assistiram a atuação dos heróis. Correram na direção de Pitbull apontando armas, mas alguns policiais o reconheceram como o vigilante do Constelação. Minutos depois, levaram Marcos Chagas para a viatura, usando uma coleira eletrônica inibidora de poderes.


Setor Militar - 14 de agosto de 2020 - 14h00

Duas viaturas das Forças Especiais de Nova Capital transitam pelo bairro até um porto próprio dos militares, não muito longe do Porto dos Santos. Quatro homens armados desceram dos dois veículos, se mantendo ao redor de Marcos Chagas, o homem que dias atrás ficou famoso por tentar matar Beatriz Andrade.

Agora estava limpo, vestindo uma roupa alaranjada, e algemado com os braços para trás. Em seu pescoço uma coleira eletrônica inibia seus poderes de invisibilidade, necessária para todos os criminosos meta-humanos de Nova Capital. Marcos passa por um grande scanner, para verificar se não tinha nada consigo, e com um sinal positivo dos militares é liberado.

Longe dali, no topo de um armazém, um franco-atirador com seu rifle de precisão acompanha Marcos sendo levado através da mira de sua arma. Ele mira na cabeça, acompanhando-o por todo o trajeto, e no momento oportuno, desce um pouco a mira e atira, num disparo silencioso.

Enquanto estava sendo escoltado até um pequeno submarino que o levaria para o famoso e misterioso Complexo Penitenciário Submarino de Nova Capital, Marcos sentiu uma picada em seu braço, mas nada que importasse ou pudesse chamar a atenção dos militares ao seu redor.

- O pacote está em trânsito - O sniper informa pelo comunicador, após conferir seu notebook alguns parâmetros, digitar outros e então clicar em ativar. Um ponto vermelho começa a piscar em sua tela, e em pouco minutos começa a se movimentar pelo mar.


Teste de Dados
Pitbull [Força (2) + Super Força (2) + Sentidos Ampliados (1) + Luta (1) - Fúria (1) - Monstruoso (1)] + Espectro [Intangibilidade (AGI +1) + (RES+1)] Dado 1d6 (2) = 8 (ND7).
Sucesso!

Cada jogador recebe: 3 xp (ND7 dividido por 2 arredondando para baixo)

Os jogadores podem registrar a missão em seus diários de ações.

O Parque do Observatório estava movimentado na tarde de hoje. Várias postagens compartilhadas nas redes sociais falavam do eclipse solar parcial que ocorreria nesse belo domingo ensolarado. E, como esperado, pessoas de vários cantos da cidade tomaram os gramados do parque, levando cestas de piquenique, crianças variadas e uma galera que resolveu curtir tudo o que é natural dessa terra.

Mas, para Gilmar, chefe de um grupo de terraplanistas, todos ali estavam prestes a ver uma farsa. Assim que teve a notícia do eclipse, o homem viu que aquele momento seria perfeito para expor a farsa que todos tentam esconder. E não foi difícil combinar tudo. Fariam um ato excepcional ali, naquela tarde.

Meia hora antes do eclipse, o grupo de Gilmar se reuniu na entrada do Parque do Observatório. Com alguns cancelamentos de última hora, somavam 8 pessoas, que carregavam consigo panfletos, faixas, e até se vestiam de forma parecida, seja com alguma estampa da Terra Plana, seja com alguma frase provocativa. E o grupo se reuniu, ouvindo a frase de apoio de Gilmar.

-- Vamos abrir os olhos do máximo de pessoas hoje! URRAH!


O ato dos terraplanistas até começou tranquilo. Alguns panfletos já tinham sido distribuídos, e eles tinham conseguido até mesmo vender uma camiseta com os dizeres "Se a Terra é uma bola eu sou astronauta". Mas Gilmar não estava satisfeito. De frente pra estátua do grande astrônomo Juliano Hébras, ele passou a discursar sobre como Hébras e "seus comparsas canalhas" enganavam o povo, apontando para a gélida face rochosa do monumento.

O discurso inflamado de Gilmar era aplaudido pelos terraplanistas, até que um grupo de adolescentes resolveu caçoar do grupo. Um dos jovens, inclusive, gritou "Terraplanista é Brocha". Isso torrou a paciência de Gilmar.

-- Ah, é? Terraplanista é brocha? Pois agora chega! Não vou mais aceitar que esses globalóides comunistas manipulem nossas crianças!

Revoltado, o homem saiu de lá. E voltou momentos depois com uma marreta em mãos. Seus olhos fuzilavam a estrutura de pedra. Ele ia fazer alguma besteira.

-- Tá na hora de parar essa putaria! Chega de manipuladores!


Objetivo: impedir que Gilmar destrua a estátua de Juliano Hébras (ND 5)

O grupo no aplicativo de bate-papo recém criado por Princesa começava a receber novos membros. Apesar de não terem começado a combinar nada ainda, os heróis já tinham demonstrado interesse em agir. Espectro, no entanto, apenas observava seus pares. Enquanto não tinham um plano definido, a fantasma decidiu que seria melhor relaxar, se expor ao ar fresco (apesar de não respirar) e estar perto de pessoas com boas vibrações. Coincidentemente, sua mãe a convidou para uma tarde no Parque do Observatório, para que assistissem a um eclipse, algo que Elisabete nunca conseguiu em vida.

A mãe da fantasma ainda não aceitava muito bem a condição da filha. Elisabete flutuava ao seu lado invisível e falava com ela sussurrando, mas a senhora ainda não tinha pegado o jeito, parecendo um pouco esquisita para quem a via. Talvez por parecer mais pra lá do que pra cá, um grupo de terraplanistas a entregou um panfleto.  Não se preocupou muito com a possível repercussão negativa que seu marido teria por ela ter interagido com este grupo porque vestia óculos escuros imensos e um chapéu, então ninguém a reconheceria. Mas, pensando bem, essa poderia ser uma ótima base para seu marido em eleições futuras. Guardou o panfleto em um lugar bem seguro em sua bolsa. Se houvesse algum médium ali, veria Elisabete revirando os olhos.

As duas estavam sentadas no gramado, aguardando o evento astronômico. Quando Elisabete estava prestes a colocar na boca um morango que sua mãe tanto insistiu que "comesse", foi pega de surpresa pelo gritaria de um dos homens do grupo. O morango que aparentemente flutuava caiu no chão, e com um "eu já volto!", ela voou em disparada dali.

Espectro se aproximará ainda invisível. Intangível, se posicionará sobre a estátua, flutuando lentamente para fora dela, revelando-se ao maníaco. - Ousa perturbar meu sono com pseudociências? - ela sussurrará ao homem para assustá-lo, ficando intangível para desviar de suas possíveis investidas. Ela tentará possuí-lo, primeiro para se livrar do bastão e depois, se conseguir manter o controle sobre seu corpo, se dirigirá ao grupo de apoiadores, com um discurso que planejava o caminho todo:  Caros amigos, fica óbvio para mim que o que defendemos não faz muito sentido. A gravidade é real, a Terra gira em torno do Sol e é redonda. Vamos procurar um hobbie mais saudável, menos absurdo... Até caçadores de fantasmas têm mais embasamento científico.

TESTE DE DADOS - Espectro
Intangibilidade (1) + Invisibilidade (1) + Possessão (1) - Loucura (1) + Jogada de Dados d6 (3) = 5 - SUCESSO!

Pontos de Experiência (Espectro): 4 XP (ND 5 - Lvl 1).
O jogador pode registrar a missão em seu diário de ações.

Demônio na praça.

2 de Setembro de 2020, 16h.

A tarde parecia comum em Constelação, algumas famílias brincavam em uma praça pacata com suas crianças. Mas, de repente, uma neblina começou a sair entre as moitas e arvores, tomando toda a praça rapidamente. Aquilo assustou uma das crianças, que começou a chorar. E as outras crianças choraram em seguida. Os pais, claramente incomodados e decepcionados, foram embora levando suas crianças.

Depois de um tempo, no meio da praça, uma figura humanóide começou a se formar da neblina, tornando-se sólida. Ele andou em direção ao Shopping Constelação, trazendo atrás de si toda a neblina que surgira pouco tempo atrás. Ao passar por um cruzamento causou um acidente entre carros. As pessoas gritavam e corriam ao ver a criatura. Alguns podiam jurar sentir um forte cheiro de erva queimando.

Objetivo:

Deter o demônio de fumaça. ND 5.

Observação:

Missão de iniciação, exclusiva para o personagem Dimas.

- Vovô você voltou,  por onde você esteve, estava atrás de você esse tempo todo... sim o cajado está aqui... o que ? vovô espera...

Dimas acorda pigando de suor, o batimento acelerado, o sonho com seu avô que sempre se tornava um pesadelo. A rotina de pesadelos o assombra e não ter nenhuma pista do avô o consome por dentro.

A grande casa da família, cercada por luxo, estava vazia, os pais foram viajar, talvez uma tentativa de se distrair do sumiço do avô. O sol batia nas persianas do quarto, estava um lindo dia lá fora, sol claro, sem nuvens, um bom dia para ir ao parque e fazer alguns exercícios, pensou Dimas.

Dimas se troca e vai em direção a porta, quando estava saindo de casa olhou em cima da mesa o velho e inseparável cajado do seu avô. Sentimentos de saudade com raiva se misturam. Pega o cajado e bate a porta, escutando o eco que se forma na mansão.

A caminho do parque o dia começa a mudar, o que era sol foi se tornando nublado, o clima acalorado do dia se torna um pouco gélido, como se tivesse algo errado por aqui. Chegando ao parque, Dimas percebe que está vazio, a sensação de algo estranho se aumenta.

Dimas vê as pessoas correndo assustadas, gritos e estrondo de carros batendo e uma neblina se forma no ar em direção ao Shopping Constelação, Dimas corre em sentido ao caos instaurado e avista um demônio coberto por fumaça.

"Você não tem vergonha de acabar com um lindo dia de sol ?" - Provoca Dimas Stradivarius.

Objetivo:

Deter o demônio de fumaça. ND 5.

Usando os poderes do Cajado, Dimas pretende atacar o demônio com bolas de fogo e logo em seguida se teletransportar para um lugar mais afastado na tentativa de chamar a atenção do demônio e proteger as pessoas, caso tenha sucesso, pretende criar um campo de força em volta do demônio o aprisionando, enquanto desfere bolas de fogo lá dentro que o consumam

Por várias vezes Dimas já estivera em diversos rituais, sentiu-se em um deles ao sentir o cheiro do demônio que ele iria combater. Não pensou duas vezes, agiu com velocidade e eficiência dignos de um verdadeiro herói.  

"Você não tem vergonha de acabar com um lindo dia de sol ?" - Provoca Dimas Stradivarius.

O demônio não respondeu, apenas avançou contra o homem com grande velocidade. Mas, seu vôo foi atrasado por uma bola de fogo que acertou-o em cheio no peito. Uma. Duas. Três vezes. O fogo não deveria afetar aquele golem de fumaça, mas não era apenas fogo, era magia.

Sem saber como reagir, a criatura foi novamente surpreendida. Um escudo de energia o circulou, contendo-o. Em seguida uma explosão de novas chamas o atacou de todos os lados, consumindo sua existência. Quando Dimas desfez o efeito, não encontrou qualquer sinal de inimigo. A fumaça que havia tomado a praça havia desaparecido como se nunca tivesse ali.  

Resultados:

Teste de Desvantagem (Objeto de Poder): 5. Não se aplica.

Rolagem: Arcano 2 (Bola de Fogo – Focus 1 + Teleporte – Agilidade) + 1d6 (6) = 8. Sucesso. 5 XP.

Confirmação de crítico: 2. Não confirmado.

A Câmara dos deputados estava cheia, normalmente não era assim, afinal políticos sempre gostam de arrumar uma desculpa para não comparecer ao trabalho. Mas hoje era diferente, haviam sido convocados pois a presidente participaria da sessão e o evento seria transmitido ao vivo no canal oficial do governo.
Além dos deputados, também estavam presentes na câmara, alguns dos ministros do governo atual.

Os deputados ali presentes, não sabiam do que se tratava aquela reunião de urgência, e isso aumentava o clima de curiosidade e tensão no ar.

Um homem de terno vai até o púlpito central e se dirige aos presentes:

-Senhoras e senhores, boa tarde! Um momento da atenção de vocês por favor!
A nossa excelentíssima presidente, Elizabeht Silva irá fazer um pronunciamento!

Imediatamente todos ficam em silêncio, enquanto uma mulher negra e bem vestida se aproxima acompanhada por alguns seguranças e ministros. Ela vai até o púlpito central, olha firmemente para as pessoas a sua frente, respira fundo e começa.

-Boa tarde senhoras e senhores, tentarei ser breve e direta. O assunto que trago aqui hoje é de extrema urgência, e precisamos juntos discutir sobre ele para encontrarmos a melhor medida.

Os últimos eventos envolvendo super seres vem sendo destaque nos noticiários, principalmente após o atentado terrorista que ocorreu no desfile do dia da Independência.
Por sorte não houveram vítimas fatais, mas vários policias e soldados do exército foram feridos durante o atentado.
A coisa toda só não foi pior, pois um grupo de jovens dotados de super poderes interferiram nas ações dos terroristas e evitaram um mal maior.

Porem isso tudo gerou  grandes questionamentos. O primeiro, é sobre o policiamento da cidade. Estes homens e mulheres que estão nas ruas para nos servir e proteger ainda dão conta do trabalho? Afinal, são apenas homens e mulheres normais, com um treinamento simples, armas comuns e muita boa vontade em lutar pela população. Em outros lugares do país isso bastaria, mas não em Nova Capital, a cidade dos super seres. Será que estas pessoas comuns tem alguma chance na luta contra seres extremamente poderosos? A resposta infelizmente é não.

Os dados mostram que apenas esse ano o número de policiais mortos ou feridos em ataques envolvendo super seres cresceu 52% em relação aos anos anteriores.
Todos os dias vemos nossa polícia totalmente em desvantagem na luta contra esses super humanos. Eles colocam suas vidas em risco em uma batalha desleal, onde a balança pende apenas para um lado e eles são  sempre os mais prejudicados.


Outro grande problema que temos pela frente são os chamados super heróis. A maioria dessas pessoas de uniforme e capa são jovens, que ainda estão se descobrindo como cidadãos.
Eles tem  agido acima da lei,  devemos nos lembrar que e ninguém esta acima da lei, nunca.

Apesar das boas ações que eles tem feito,  e somos gratos por isso.  Essas pessoas também cometem falhas e erros, como já presenciamos muitas vezes.
E quando essas pessoas cometem erros quem é responsabilizado ou penalizado? Ninguém.

Não podemos depositar nossa fé apenas nesses jovens e esperar que eles façam o trabalho de nos proteger. Essa não é a função deles. Eles não são treinados para isso, e não tem o preparo necessário para estarem nas ruas.

O que precisamos é de uma polícia mais bem preparada para bater de frente com os Super Criminosos.
Por isso estou encaminhando a cada um de vocês um documento falando sobre a nova Medida Provisória de combate a crimes envolvendo super seres.

Precisamos preparar nossa polícia. Eles precisam de novas armas, trajes melhorados e suporte físico para enfrentarem de igual para igual esses criminosos!

Só de lembrar do atentado de 7 de setembro, minhas pernas ficam trêmulas. Eu estava lá, assim como muitos de vocês. Ver tudo aquilo tão de perto só fez eu repensar em como nossa segurança é falha, e devemos corrigir isso antes que seja tarde demais. Precisamos nos unir, independente do partido, ou posição política. Precisamos pensar no bem maior, que é a segurança de nosso povo!

A presidente é aplaudida de de pé pela maioria dos membros da câmara. Mesmo aqueles que eram de oposição concordavam que a força policial precisava de uma melhoria no combate a super criminosos.
Em breve uma nova medida de combate a super criminosos entraria em vigor.


Dentro de um carro preto,  sentada no banco traseiro uma mulher de jaleco e óculos desliga seu tablet após ver o discurso presidencial. Ela abre uma caixinha e retira dela uma cápsula que entrega ao rapaz sentado ao seu lado.

- Você  você tem exatamente uma hora. Tem que fazer exatamente como combinamos.


- Pode deixar doutora, esses últimos cinco anos preso só me fez aumentar a raiva que eu tenho desses gambé de merda! Vai ser um prazer sentar uns sopapos neles! Diz o homem engolindo a pílula.

- E lembre-se, se pegarem você, nós nunca nos vimos.


- Relaxa, aqui é profissa...

O homem desce do carro, e caminha tranquilamente pelas ruas. Ele olha o relógio, e faz um sinal para o táxi.
Algumas quadras a frente ele desce do veículo, que o deixa no centro do bairro,  e olha o relógio novamente.

Com as mãos estendidas e apontadas para o semáforo, ele começa a se concentrar. Os poderes finalmente vem a tona.
O poste de metal e o semáforo são enrolados como se fossem de papel, virando agora apenas uma bola de metal contorcido, que o misterioso homem arremessa na direção de um carro.
Com o impacto, o veículo acaba capotando e prendendo o motorista nas ferragens.

Por conta do semáforo retirado um ônibus avança e acerta em cheio um carro de passeio, ferindo a motorista do carro gravemente.

As pessoas correm para todos os lados desesperadas, enquanto o  homem ri ao ver o caos que estava fazendo, logo carros da polícia começam a se aproximar cercando o indivíduo.


- Já era hora, vamos jogar!

Com seus poderes magnéticos ele arranca as armas dos oficiais antes mesmo que eles se quer agissem,  e as vira direcionando a eles.

- Parece que o jogo virou….


Objetivos:
ND 5- Retirar o homem das ferragens do carro.
ND 6- Socorrer/ levar a mulher ferida para ser socorrida.
ND 14- Deter o meta-humano e impedir que ele mate os policiais.

Missão recomendada para até 4 jogadores (todos do bairro estão livres para postar)

 
 

Era tarde de segunda, o Shopping Constelação estava meio vazio, algumas poucas pessoas ali, fazendo compras ou aproveitando o desconto da matinê no cinema. Dimas estava sentado em uma cafeteria comendo um pedaço de bolo enquanto assistia o pronunciamento, sabia que aquilo de alguma forma o afetaria. Deu mais uma garfada no bolo enquanto respirava fundo, ansioso, pensando em como seria essa nova medida adotada pela presidente.

O discurso acaba e Dimas pede uma água para ajudar o bolo a descer, a ansiedade secou sua garganta, enquanto os comerciais passavam. Surgem uma noticia urgente na TV, um meta-humano atacava carros e policias, Dimas reconheceu o local, era seu bairro, ele conhecia cada rua daquele lugar, - " É aqui perto, talvez eu possa ajudar " - Pensou Dimas.

O jovem corre para o lugar, ao chegar no local, avista o meta-humano destruindo tudo em seu caminho, "Talvez ele seja forte demais pra mim, mas ainda posso ajudar as pessoas".

Objetivo: ND 5- Retirar o homem das ferragens do carro.

Com seu teletransporte, Dimas pretende chegar perto do carro, e usar um encantamento de força, agilidade e resistência para puxar o metal contorcido e conjurar um laser preciso para cortar o restante do metal, na tentativa de soltar o homem das ferragens, caso tenha sucesso, levará o homem nos braços para o pronto socorro mais próximo.

Aproveitando-se de um tempo de folga de seus compromissos, Cris resolve colocar seu traje de Orbital e fazer uma ronda pelo bairro, pois o achava um dos mais bonitos. E também pois se concentrava a "ciência" da cidade, a qual a jovem muito se interessava. Sobrevoando por algumas ruas dava-se para ouvir as sirenes policiais, mas que depressa Orbital voa em direção ao barulho e vê toda a confusão.

Um acidente de uma lado, e a policia cercando o que parecia ser um meta-humano. Da altura que estava não dava pra ver muito bem, mas ao aproximar-se Orbital conseguiu ver um homem manipulando metal. Por um momento a jovem observou toda a situação e o meta-humano tomou para si as armas dos policiais que o cercavam. No mesmo momento Cris solta um grito lembrando-se da ultima vez que topou com uma arma:

-- Larga essas armas e se renda!! Não precisa ser assim cara. -- Dizia a garota esperando conseguir atrair a atenção do homem enquanto se preparava para agir.

Orbital concentrando-se pretende ampliar a gravidade ao redor do homem para conseguir paralisá-lo e consequentemente prender as armas ao chão para evitar possíveis disparos. Usando seus orbitoides com gravidade aumentada como contra medida, tentará atacar o homem os jogando em sua direção para tentar nocauteá-lo ou pelo menos o distrai-lo dando tempo de algum outro super que estiver por perto possa ajudar de alguma forma. Caso consiga atrair a atenção do vilão, Orbital como defesa irá voar em volta dele diminuindo a gravidade ao redor de si para aumentar a velocidade, aumentando as chances de esquivar de qualquer disparo.

Objetivo:Deter o meta-humano e impedir que ele mate os policiais. ND 14

— É cachorro, tu vai ficar ultrapassado! - Disse Pedro, assistente social e amigo de Pitbull, junto de um vídeo contendo o pronunciamento da presidente.

Pitbull imediatamente replicou o vídeo no grupo dos heróis, marcando @Chipsanguebom e @Incrivelessemenino

—Só essa que faltava, policial com super-poder...Tomara que não seja só uma desculpa pra esses caras poderem bater em pobre e preto que tem poderes! -  Pitbull enviou o áudio indignado, enquanto lia comentários sobre a repercussão do pronunciamento nas redes sociais.


Wagner deslizava o dedo na tela do celular até finalmente se cansar de ler tanta bosta. Guardou o aparelho e terminou de comer o hamburgão que havia pedido em um dos poucos podrões de respeito que havia encontrando do bairro de riquinhos. Foi então que viu as viaturas da policia passando apressadas com as sirenes ligadas.

—Vou lá ajudar esses caras enquanto eles ainda precisam de mim - Pitbull deixou o dinheiro no balcão correndo até o local do acidente, a tempo de ver o meta-humano retorcendo metal e criando um caos generalizado. Uma heroína já estava presente para enfrenta-lo, atrasando o meta-humano enquanto Pitbull se preparava para ajuda-la.

ND 14- Deter o meta-humano e impedir que ele mate os policiais.

Pitbull pretende usar de sua força e habilidade de luta para derrubar o vilão com poucos golpes. Caso ele tente evitar mantendo distância, Pitbull ira erguer pedaços de concreto e arremessar em sua direção, se aproveitando da poeira levantada, para saltar através dela com um soco preparado.

As armas rodeavam os policiais  como tubarões prontos para atacar, como um maestro do magnetismo o homem as controlava no ar botando panico nos militares a sua frente.


- Sabe de uma coisa? Todo esse tempo na cadeia me fez pensar em muitas coisas… Mas a principal delas era a de que um dia eu me vingaria de vocês porcos de farda! -Diz o homem visivelmente nervoso e ainda manipulando as armas no ar.

- Geralmente são vocês que apontam as armas e atiram na gente de forma covarde… agora me digam, como é estar do outro lado?

BLAM!!!

A primeira arma executa um dos policias. Um outro, ao ver o colega morto, se revolta e parte para cima do meta-humano

Mais algumas armas disparam, e mais um policial é morto no ataque.

- Vocês são os machões com suas armas, correndo atrás de ladrão pé de chinelo. Mas sem elas, vocês não são nada, e principalmente de frente a alguém melhor do que vocês!

- Ah corta essa!!!   - Diz Pitbull de longe ao arremessar um pedaço do asfalto no vilão, que cai no chão com o impacto do objeto.

As armas que ele controlava também caem no chão, mas antes que os policias tivessem a chance de pega-las de volta, o meta-humano as puxa de volta, e dessa vez mira os revolveres em Pitbull

- Vocês, saiam daqui, tá cheio de civil precisando de ajuda… eu dou um jeito nesse cara   – Diz Wagner aos policiais restantes, que imediatamente saem do local.

- Olha só o cão dando ordem aos porcos… Eu acho que eles saíram de medo dessa sua cara feia...Minha treta é com eles cara, mas já que você se meteu, vamos ter que sacrificar!

Uma força invisível puxa as armas que flutuavam para o chão, onde elas ficam grudadas. O homem tenta erguê-las, mas era como se elas pesassem toneladas, nem mesmo seus poderes magnéticos poderiam movê-las.

-- Larga essas armas e se renda!! Não precisa ser assim cara. --
Ele tenta entender o que estava acontecendo, quando algumas esferas começam a atingi-lo de direções diferentes. Todas controladas pela jovem Orbital, que flutuava acima da confusão.

Do outro lado, paralelo ao conflito, haviam dois graves acidentes de carro. Num deles, um rapaz preso as ferragens, no outro, uma mulher bastante ferida e perdendo muito sangue.

Ignorando a briga central, a jovem Isabela vai na direção dos feridos, afinal para ela, heroísmo era ajudar as pessoas. Dois acidentes, duas situações, ela decide ajudar a moça, que aparentemente estava mais ferida.
Pela outra porta e com muito cuidado ela consegue retirar a mulher. A jovem lebre  sabia  básico sobre socorrismo, mas seu primeiro impulso foi estancar o sangue da vítima, com um pedaço de pano ela amarra o ferimento da mulher evitando que mais sangue saísse.

-Senhor, se for da tua vontade me ajuda a salvar essa vida... -Clama ela, ainda tentando ajudar a mulher.
Nesse momento uma figura surge do nada, chegando a assustar Lebre.

-Suas preces foram ouvidas...Seu anjo chegou!" Brinca Dimas ao aparecer. O rapaz nota o desespero da moça a sua frente, e logo percebe que a coisa era séria.

-Precisamos tirar essa mulher daqui, eu te ajudo..

-Perai, tem mais um ferido ali... - Diz ela apontando para o carro capotado.

Dimas imediatamente vai ao local, e com um feitiço a ponta de sua bengala começa a brilhar numa luz avermelhada, ele a encosta no metal do veículo que é cortado como papelão.
Auxiliado por sua magia, o rapaz arranca  parte do carro e retira o homem de dentro. Ele estava consciente, havia sofrido apenas ferimentos leves, iria sobreviver.


De volta a briga. Com o auxilio de Orbital, Pitbull tentava atacar seu adversário com seus golpes de luta. O homem usava pedaços de metal que voavam a sua volta como forma de se defender e atacar, mas Wagner era experiente e conseguia se esquivar com facilidade.
Num momento de distração, o homem cão não percebe uma  barra de ferro retorcido se enrolar em sua perna o prendendo no cão. Nesse momento, várias lascas de metal começam a voar na Direção de Wagner, algumas chegando a causar cortes em seu corpo.

Na tentativa de proteger o aliado, Cristina se aproxima do vilão e começa a alterar a gravidade do local. Num momento ela faz o homem flutuar, e depois o puxa de volta e com força para o chão.
Os metais arremessados pelo meta-humano não conseguiam acertar Orbital, pois ela os deixava mais pesados assim que se aproximavam.
Aproveitando da distração que Orbital causou, Pitbull avança como uma fera pra cima do rival e começa a lhe aplicar vários golpes, enquanto o relógio do homem apitava.

Novamente ele usa metais retorcidos para puxar e prender Wagner, e consegue fazer o mesmo com Cristina.
O homem parecia furioso. Ignorando os apitos em seu relógio, ele usa seus poderes  e ergue uma viatura policial acima de sua cabeça.
Com as mãos erguidas ele mantinha o carro no alto, e estava pronto para arremessá-lo em seus adversários de combate.

- Minha treta era com os porcos de farda. Era chegar, matar meia dúzia e sumir no mundo, mas vocês tinham que se meter? Vão morrer pra aprenderem a não meter o focinho em assunto que não é de vocês… vão servir de recado pro restante dos seus amiguinhos de máscara...

O relógio dá um ultimo apito e depois para. Nesse momento ele se toca, mas já era tarde.
A viatura cai em cima do homem o esmagando em frente aos dois heróis que ali estavam.



Enquanto isso, do outro lado.

-Essa mulher precisa de cuidados urgente! Você consegue curá-la? -Diz Lebre com a moça no colo.

-Acho que não.. bom, na verdade não sei…nunca tentei um feitiço de cura de verdade, mas sei de uma forma que posso te ajudar. Só preciso me concentrar um pouco, espero que você seja minha coelha da sorte...

O rapaz fecha os olhos por alguns segundos se concentrando em seu feitiço.

-Eu vou abri uma fenda que vai te levar até o hospital. Mas lá dentro você não pode se distrair, a magia vai mexer com sua cabeça. E o mais importante, vou precisar que você corra o mais rápido que puder, se essa merda se fechar com você la dentro eu não sei se consigo te resgatar depois. Não é igual truque de tirar coelho da cartola...

-Beleza, eu dou conta… que Deus me ajude... -

O rapaz aponta sua bengala para uma parede de esquina, e dali se abre uma fenda luminosa.

-Rápido, eu só consigo manter isso por alguns segundos! - Grita Dimas.

A jovem Lebre agarra a mulher com força e da um verdadeiro salto de fé a sua frente. Correndo como nunca antes ela atravessa o portal e passa por um enorme corredor místico.
Mil coisas se passam em sua mente, talvez por influencia da magia, mas ela tenta focar em uma única coisa: Salvar aquela vida.
Um clarão de luz surge no meio do hospital regional e dele sai a jovem Isabela com a mulher ferida em seus braços.

-Médico! Eu preciso de um médico aqui! -


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A noite nos noticiários o incidente do Bairro Constelação era um dos mais vistos, além de ser um dos mais comentados nas redes sociais.
Infelizmente, dois policiais haviam morrido, além de cerca de 25 pessoas feridas no ataque, e tudo só não foi pior graças a ação de alguns heróis locais.

Inclusive a heroína novata conhecida como Lebre foi muito elogiada, principalmente por ter salvo uma atriz de novela. O que acabou lhe rendendo mais mídia em seu salvamento, consequentemente aumentando sua fama.

A ação dos heróis e da policia era o assunto nas redes sociais, afinal isso tudo ocorreu no mesmo dia em que a presidenta havia comentado sobre melhorar as forças policiais de Nova Capital, e isso tudo só serviu pra deixar ainda mais acaloradas as discussões sobre o assunto.

Um outro incidente também havia ocorrido hoje mais cedo no bairro Laranjeiras, e também com policiais mortos e heróis envolvidos. O que aumentava ainda mais a discussão sobre o assunto.

Para a maior parte da população, era nítido que a policia não tinha estrutura para enfrentar alguém com poderes, e os heróis  também não tinham o preparo necessário para essas situações.

Na internet as pessoas se perguntavam quem era o homem com poderes magnéticos, e qual era o motivo de seu ataque. Provavelmente ninguém nunca irá saber,  afinal ele está morto.

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Dados de desvantagem:
-Lebre (Protegido Indefeso) 1d6= 3 – Não ativa
-Dimas Stradivarius (Objeto de poder) 1d6= 4 – Não ativa
-Pitbull (Monstruoso)1d6= 1  (Fúria) 1d6= 4(ativa apenas Monstruoso. (- 1 CAR)
Não considerarei os pontos de boa fama ou má fama, pois serão irrelevantes na luta

Lebre:  Super-Velocidade +1 Super-Salto +1 Super-Agilidade +1 Atletismo +1 +  (1d6= 6) = 10 acerto crítico  -   Sucesso!  

Dimas: FOR:1 AGI:1 + RES:1 + FOC:1(+1) +  (1d6= 4) = 9   Sucesso!  

Orbital/Pitbull: Vôo:1 + FOC:2+ Gravitocinese:3 + FOR 3 (+4)(+2) (- 1 CAR)+ (1d6= 3) = 17   Sucesso!  


-Dimas Ganha 5XP
-Pitbull  Ganha 5XP
-Orbital Ganha 6XP
-Lebre Ganha 6XP e (+1 Boa Fama)

Podem registrar em seus diários.

PRÓLOGO - Favela do Cabrião, 19/10/20, 12h00:

Keisuke já estava cansado daquele dia de trabalho, e ainda faltavam horas para acabar seu expediente de madrugada. A sede do jornal Uma Hora também abrigava a sede do portal de notícias UH!, e Keisuke era um dos responsáveis pelo turno da madrugada. O problema é que esse era o período com a menor quantidade de notícias, naturalmente o período com a menor quantidade de pessoas também. Naquele dia mesmo, havia apenas Keisuke e mais três pessoas, e estes iam publicando notícias menores que o turno anterior não teve tempo de fazê-lo.

Do lado de fora, havia o porteiro, o seu Escobar, que assistia a um programa de humor da madrugada, rindo um pouco pra alegrar o dia. O período de madrugada era muito tranquilo, e o máximo que Escobar tinha que fazer era espantar quem resolvesse mijar no muro. Tudo estava na paz como sempre... até à uma da madrugada.

Keisuke caminhou para a recepção, dando um aceno a Escobar e perguntando se ele tinha café, o que foi prontamente atendido.

— Japa, tá de boa aí? O mundo tá acabando? — o porteiro riu, servindo café a Keisuke.

— Estamos editando umas notícias, mas tá osso. Não aguento mais consertar erro de português de resumo de novela — Keisuke gargalha, tomando um gole de café. — Sabia que o José vai trair a Artura na novela das oito?

— A Martinha vai ficar doida quando saber disso — ele ri — Ela tava louca por que a Artura agia como submissa. Ela vai abrir o olho agora?

— Nessa semana, não. Pelo menos não mandaram. Só se eles mudarem de última hora, mas sei lá.

De repente, uma moto apareceu na frente da sede do jornal. Um dos passageiros arremessou uma mochila, e gritou "mídia mentirosa". Antes que Keisuke e Escobar saíssem pra ver, a mochila explodiu, destruindo a fachada da sede e arremessando os dois contra a parede. E, enquanto alarmes disparavam, um incêndio começava a se formar.

OBJETIVOS:
→ Salvar Keisuke e Escobar (ND 9)
→ Apagar o incêndio (ND 10)

INFORMAÇÕES
→ Máximo 3 jogadores na missão

- Mana, cê não vai acreditar! Desenrolei uma festinha em Constelação! Yumi avisa Keiko por mensagem sobre um Open Bar que ela descobriu pelo aplicativo que ela mesma desenvolveu - Segura essa! MC Fogoso vai estar lá, gatah!!  
- Amigah, seu app é ótimo! Logo vai estar bombando na city! Tô dentro hoje! Não vamos perder essa!
- No Shopping Constelação as 20h pra gastar no look da noite então?
- Já é! Preciso de uma "brusinha" nova hsuashauha... ou vou de Polaridade?
- Vai de Polaridade! Por baixo!
- Sempre!

Keiko dá um corre na cozinha do restaurante e deixa quase tudo preparado para abrirem pro período noturno. As responsabilidades ficam com o chefe auxiliar e ela parte para Constelação. Pousando na frente do Shopping, encontra a amiga e entrelaçam os braços. Os fones de ouvidos conectados na mesma playlist fazem do momento algo muito parecido com aquelas cenas de filmes aonde a personagem prova diversos tipos de roupa até encontrar a ideal. Para elas, compras, era um momento mágico.

As amigas deixam o shopping quase no final do expediente, já usando seus novos looks. Aguardando o Uber chegar, elas começam as lives nas suas redes sociais. No trajeto, seguindo o GPS do próprio App em direção a festa, o carro sente o impacto de uma explosão e para.
- Amiga. Me manda a localização! Vou verificar o que é isso e colo na festa depois! Rapidamente Keiko deixa o carro, retirando suas roupas novas e jogando para dentro da janela do carro.

Alçando voo ela rapidamente encontra o local da explosão, que já formava um incêndio. Dentro do local estão dois homens. - Calma gente! Cuidado ai dentro pra não desabar nada! - Esperando que sua aparência inofensiva não assuste a dupla, que poderiam supor que ela fosse a responsável pela explosão, Polaridade pensa em como salvá-los. Voando para se aproximar e fugir do fogo que ganhava força, Polaridade tentará usar os ferros da construção para abrir espaço para a saída deles o mais rápido possível. Caso alguma ameaça como desabamento ou mesmo o fogo se aproxime dos dois, ela irá usar outros materiais de metal para criar escadas para subirem, ou rampas para escorregarem e ajudar na escapada.

O fogo da explosão começava a se espalhar pela fachada da sede do Uma Hora, com o letreiro indicando o nome do jornal já começando a queimar, e o fogo avançando por dentro do prédio. Os poucos carros estacionados nas ruas tiveram seus alarmes disparados com o som da explosão, e luzes começavam a ser acesas nos prédios próximos. E, na frente do prédio, Polaridade tentava ver por cima o que estava acontecendo, vendo os dois homens na área interna, tentando se levantar.

— Calma gente! Cuidado aí dentro pra não desabar nada!

A explosão, aos olhos da heroína, havia deixado uma boa parte da fachada exposta. Os ferros da estrutura estavam expostos. E, na mente de Keiko, veio a ideia de que poderiam ser úteis aquelas barras de ferro longas e finas, com pedaços de concreto presos a elas.

Antes que ela pudesse fazer qualquer coisa, um vulto veloz passou por ela, erguendo vento e fazendo seus bicolores cachos balançarem. Suaçuna, com a velocidade atribuída a ele por Anhangá, passou por várias partes da construção térrea, vendo que haviam extintores em alguns lugares e que estes estavam lacrados.

— Ok, isso vai servir...

Num pé de vento, Suaçuna descarregou três extintores. Estes foram suficientes para reduzir e muito as chamas, impedindo o avanço destas. Alcides pôde até ver que os outros funcionários do jornal estavam se aproximando assustados, com o herói apontando a saída pra eles fugirem.

— Vão! Vão!

Polaridade, na entrada do prédio, viu que as pessoas iam saindo com dificuldade, mas ainda haviam os dois atingidos pela explosão, e que aparentemente estariam presos naquela salinha. O fogo ainda não tinha sido controlado ali, então a melhor hipótese era a rampa de ferro.

Concentrando-se, Polaridade começou a fazer força, sentindo que aquele ferro estava preso. Ela podia sentir a energia magnética das barras de metal sofrerem vibrações, indicando que estavam se deslocando. O que Polaridade talvez não tenha notado é que aquilo era fundamental para a estrutura da construção...

Dentro do corredor lateral, Suaçuna percebe tudo tremer, e se recorda de que havia outra heroína na entrada. Por alguns instantes, Suaçuna tremeu. O que ela estaria fazendo, afinal!? Com sua velocidade, Alcides foi até a fachada, e viu que a heroína estava flutuando, e puxando os ferros da construção... os que estavam mantendo tudo em pé.

— EI! NÃO FAÇA ISSO!

Só que era tarde demais. De uma só vez, uma grande quantidade de ferro veio na direção de Polaridade, que sentia a capacidade de movê-la. Junte isso ao começo de um desabamento, dado que os ferros que Polaridade puxou eram a sustentação da construção. E tudo veio abaixo, com Suaçuna escapando de ser soterrado pelo teto por pouco, pulando pra fora na corrida e dando algumas cambalhotas no chão.

Keiko se assustou ao ver o que sua ação havia provocado. A construção tinha ido abaixo, soterrando os dois homens que já estavam feridos. Polaridade levou as mãos à boca, horrorizada, e foi abordada por um irritado Suaçuna.

— O que foi que você fez!? — Suaçuna gesticulava para Polaridade, que olhava para os lados e parecia muito assustada. — O que foi que você fez!?

— Eu... eu...

Antes que qualquer coisa pudesse ser feita, sirenes dos bombeiros e da polícia se aproximavam do local do desastre, e Polaridade fugiu, deixando Suaçuna pra trás, mas sem conseguir tirar de sua cabeça o que sua ação descuidada provocou.


No dia seguinte...

— FAAAAAALA AE, MEUS CONSAGRADOS! — Fail Hero sorria à câmera, usando uma peruca mal pintada imitando o cabelo de Polaridade. — E cá estou eu aqui para mais um vídeo do Fail Hero! Eu sou o Jocoso, e no vídeo de hoje nós vamos ver a demolidora conhecida como Polaridade!

O vídeo muda para algumas imagens enviadas via celular diretamente do Constelação, mostrando Keiko puxando os ferros da construção e fazendo-a ir abaixo. O vídeo corta antes de Suaçuna aparecer, e começa a ser reproduzido em loop, com Jocoso aparecendo ao lado do vídeo, com as marcas do Chroma Key perceptíveis.

— Eu não sei vocês, mas eu acho que esse é o melhor método para apagar um incêndio: DESTRUIR TUDO! — o vídeo mostra que o fogo acabou sumindo quando a construção desabou. — Infelizmente, meus caros, isso custou vidas. O repórter Keisuke Ashihiro e o porteiro Escobar Sousa foram encontrados horas depois do desabamento, sem vida. Mas, ó, eu tenho uma boa notícia pra vocês!

O vídeo muda. Agora, o que ele mostra é um cartaz de procurado com uma foto de Polaridade.

— Essa heroína, tá vendo? Ela agora é procurada pela polícia e apontada como responsável pelo atentado contra o Uma Hora! E isso prova meu ponto, senhoras e senhores, failheroes do meu coração!

A câmera foca na face de Jocoso, encoberta pelo saco de papel.

— Não dá para confiar nossa segurança nas mãos de heróis.

Poucas horas depois do vídeo publicado, as hashtags #ForçaUmaHora e #PolaridadeCriminosa chegaram aos top trendings do Twitter.

Salvar Keisuke e Escobar:

Apagar o incêndio:

Polaridade: 1 XP
Suaçuna: 8 XP (ND 10 - Nv 2)
Polaridade recebe +1 de Má Fama

Os jogadores devem atualizar seus diários

Dez robôs chegavam pelos céus do Constelação, pousando nas principais avenidas do bairro ao mesmo tempo. Apesar dos tamanhos não serem tão grandes, os formatos chegavam diretamente às memórias dos mais atentos, recordando dos ataques feitos a uma indústria de tecnologia do Barão da Conquista. Todos os robôs vinham da direção do Parque Progresso, e as câmeras de TV tinham flagrado eles passando bem próximos ao Esplanada.

Um outro robô sobrevoava a região, com Dr. Chagas na sua "cabine", vendo tudo e todos ali. As dez máquinas pousavam em duplas, provocando caos em cinco avenidas do bairro. Em comum, todos estavam diante de construções que abrigavam laboratórios. Alguns dos robôs estavam com partes internas expostas, mas outros estavam em perfeitas condições, ainda que se parecessem com algo tirado de um filme antigo de ficção científica.

— Todos rejeitaram minhas ideias! Todos pisaram em mim, dizendo que minha tecnologia era ultrapassada, que era anti-científica, que minhas teorias não tinham sentido... e agora!? — Chagas sorria dentro da máquina. — Eu irei destruir seus laboratórios, como troca por toda a humilhação que me fizeram passar! Me chamaram de velho, de ultrapassado, até sua querida presidente me rejeitou... quem está rindo agora!? HÁ! HÁ! HÁ! Coffff...

Apesar da crise de tosse, Chagas começou a dar comandos para seus robôs, que estavam espalhados. A grande maioria era menor, cerca de 2,5 m ou 3 m de altura, enquanto o dele tinha 4 metros. Todos carregavam um "C" no peito, e pareciam abrir comportas nos ombros, com armas sendo projetadas no ar.

— E dessa vez, o Capitão Nove não vai poder me impedir... — Chagas falou baixo, depois voltando a falar no microfone. — Eu posso poupar alguns dos seus preciosos laboratórios, ao custo de 1 milhão de reais. A cada 5 minutos que demorarem, irei destruir um laboratório ao acaso. E se tentarem me impedir, destruo todos ao mesmo tempo! HÁ! HÁ! HÁ! Coff...

Informações

Continuação das missões O Último Episódio e Spin-Off.

OBJETIVOS:
→ Deter o Dr. Chagas (ND ???)
→ Destruir os robôs que estão em boas condições (ND 12 cada, 5 ao todo)
→ Destruir os robôs que possuem partes internas expostas (ND 8 cada, 5 ao todo)

OBSERVAÇÕES:
→ Os objetivos são de livre interpretação. O ND de deter o Dr. Chagas é oculto, mas é superior a 18.
→ Incrível, Métrico, Babalu e Chip possuem participação preferencial. O Capitão Nove pode ou não estar junto do Incrível, e isso ficará a critério do jogador.
→ Há mais 3 vagas além das vagas dos jogadores citados. Se algum deles optar por não postar, poderá ser substituído.
→ Dúvidas? Pois perguntem.