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[Bairro] - Constelação

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[Bairro] - Constelação - Página 2 Empty Re: [Bairro] - Constelação

08/12/20, 02:56 pm
Apesar das óbvias intenções ruins do Dr. Chagas, Danilo não podia negar que estava maravilhado com suas criações, ainda mais que o próprio Glitch havia sido criado com partes de seus drones. Mas o herói não tinha tempo a perder e se preparou para alçar voo junto de seu drone, mas não sem antes oferecer carona aos heróis.

- Ae TuttiFrutti, gruda em mim... e tu Pitchulinha, se encolhe que o Glitch te dá uma carona.

- Será um prazer te transportar até o destino, Sr. Métrico. - O drone simulou olhos felizes em sua interface.

Chip estava apenas esperando os heróis se ajeitarem para alçar vôo em direção a Constelação. Já tinha uma ideia de plano em mente, e iria informar a todos os heróis assim que chegassem ao destino, na esperança de aparecerem reforços.

- Galera, é o seguinte, a estratégia é dividir e conquistar... esses robôs tem um sistema de retroalimentação via rádio, e a antena no topo da cabeça é o receptor. Primeiro passo é destruir a recepção do sinal, pra depois, destruir os robôs. Mirem no peito, é lá que fica a unidade de energia deles. Bora lá!!! - Alçou vôo logo em seguida.

Enquanto voava em direção aos robôs, se lembrou do que Glitch estava dizendo anteriormente, algo sobre "o principal", mas sua fala foi interrompida.

- Glitch, o que você tava falando lá no galpão mesmo? Qual o lance do principal? - Perguntou ao companheiro tecnológico ao seu lado, fitando o robô de Dr. Chagas, enquanto este discursava. Danilo esperava ouvir alguma dica, análise ou informação relevante como resposta de Glitch.

- Ae, Chagas! Falando de especialista pra especialista, não acho tua tecnologia ultrapassada não, viu vovô? Na real eu achei genial. Só acho ultrapassada é essa sua ideia de querer sair destruindo tudo por dinheiro, numa cidade em que agora até a porra da polícia é super. Seguinte, vamos te dar uma chance de desistir dessa ideia e bater um papo cabeça com a gente. Se não, infelizmente vamos precisar destruir suas criações. E eu falo isso com pesar, de coração mesmo.

Chip iria aguardar a resposta de Dr. Chagas. Estava realmente disposto a apenas conversar com o velho, mas se sua resposta fosse agressiva, estava preparado para agir. Iria usar Glitch para vasculhar os pontos fracos do robô do inventor, e tentar prever seus golpes e movimentos, assim como ele iria atirar seus discos elétricos para dar curto no robô, ou ao menos em algumas partes. Assim, iria com tudo para cima do robô, dando socos e rajadas de plasma, enquanto tentaria usar seus poderes tecnopatas para desabilitar suas armas e seu voo.
Babalu
Babalu

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09/12/20, 10:54 am
Babalu se segurava com as pernas na cintura de Chip e as mãos nos ombros, ela observa o vilão esbravejar enquanto o herói pede informações para seu drone companheiro, então a garota fala ele com no ouvido.

-Vamos da papo pra ele não Chip, o velho já tá esclerosado, esse show todo pra pedir um milhão, pelo amor de Deus. - Ela se solta do rapaz e cai no chão em segurança graças a seus poderes, ela continua observando o restante do monólogo do vilão, Chip começa a falar com o vilão, tentando convencê-lo a parar o ataque antes que seja tarde demais.

-Escuta ele Seu Chagas, a gente acaba isso agora e resolve na paz, a gente até te leva pra comer uma coxinha.

Babalu também vai aguardar uma resposta do Dr. Chagas, caso haja retaliação, ela vai usar sua agilidade para tentar desviar de seus ataques, seu objetivo será alcançar a armadura do vilão com um super salto usando seus poderes elásticos, se alcançar o vilão tentará se prender nele se enrolando em seus membros e atacará seus sistemas de vôo para levá-lo ao chão, caso contrário, se ele concordar em parar, vai ter que pagar a coxinha que prometeu.
Quimera Verde
Quimera Verde

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11/12/20, 03:59 pm
Keiko queria crer que aceitar ingressar no Projeto Renovar era a decisão acertada. Após isso ela parte em um voo pensativo pelos céus de Nova Capital que, inconscientemente, leva a jovem até o local que desenrolou todo o caos em sua vida. Os escombros do prédio da sede do jornal ainda estava lá. Parada à frente do trágico local ela reflete até ter seu momento de culpa cortado por vários robôs que chegavam ao bairro pelo céu.

Ela segue os bots com os olhos até que pousam alguns metros a frente. Em um voo ágil Polaridade se aproxima. Chip e Babalu também chegam ao local, heróis conhecido da jovem, mas que ainda não dividiram nenhum momento.
Polaridade - E agora? Me meto nessa treta? Se eu fizer merda será que vai dar ruim pra mim?... a jovem pensa duas vezes antes de agir, com medo de ser repreendida em seu novo "grupo" ou de fazer besteira e desistirem dela.

Após todo o discurso do velho no robozão, Polaridade decide agir, como uma última ação de livre arbítrio .
Polaridade - Enquanto eles lidam com o tiozinho, vou encarar esse robô mais sucateado ali! Polaridade marca seu alvo.

Disposta a usar todos os seus atributos e poderes, Polaridade vai focar seu magnetismo nas armas dos robôs, na tentativa de neutralizá-las. Ainda com seu magnetismo, atacará as pernas do robô (ou turbinas, caso tenha) visando imobilizá-lo. Para se defender usará pedaços de metal (tirados do próprio robô ou disponíveis no local) para criar barreiras a sua frente. Caso precise entrar em combate corpo a corpo, usará sua habilidade e tornará algum metal em algo parecido com uma lança pontiaguda, buscando acertar algum ponto de controle da máquina.
Incrível
Incrível

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12/12/20, 11:10 pm
— Era... era disso que eu falava, garoto. — tirando a máscara, Ayres olhou para Incrível. — Nós cometemos erros terríveis nas nossas vidas. Erros imperdoáveis. E é por isso que não podemos parar de lutar, nem de nos preocupar... para ficarmos em paz com nós mesmos.

- Olha, eu não tenho nem metade da experiência de vida que o senhor tem, e nem sei se eu tenho moral pra falar algo, mas vou falar mesmo assim...
Tem uma coisa que minha vó me ensinou, é a lutar e correr pelo certo. As vezes a gente erra tentando acertar, tá ligado? Mas a gente não pode abaixar a cabeça. Tem que ir pra cima!!!


Ayres olha para o garoto com um pequeno sorriso no canto da boca, enquanto coloca sua máscara de volta.

– Você sabe que o que acabou de me dizer serve pra você também né?.

- Tô ligado, mas eu ainda tô muito confuso com tudo o que rolou, eu tenho medo do que vai acontecer depois…

– Deixa o depois, pra depois garoto, foco no agora! Você não estará sozinho!

- Nem o senhor…

Os dois se cumprimentam num forte aperto de mãos, e em seguida voam seguindo o rastro de fumaça deixado pelo robô de Chagas.

- - - -

Chegando no local a dupla se depara com Chagas, e mais um exercito de máquinas, todas prontas para destruírem o local, e tudo em nome de uma vingança.

–Meu Deus ele vai destruir tudo….

- Não se a gente impedir… Olha, na moral, o senhor tem que resolver as coisas com ele de uma vez por todas! Não da pra ficar nessa briga de gato e rato por mais 50 anos, acho que vocês dois já sofreram demais com isso...Esse coroa tá perturbadão, e dá pra ver que o senhor também não tá legal. Foca nele, troca uma ideia, ouve o cara, sei lá, mas tenta por um fim nisso… Eu vou segurar as pontas por aqui e evitar que as máquinas detonem tudo...

Incrível ergue o punho gesticulando o símbolo de luta para Ayres enquanto voa com toa a velocidade na direção a dois robôs que estavam mais próximos que os demais.

Uma das máquinas parecia incompleta, com algumas partes expostas, enquanto a outra parecia 100%. Atacar primeiro a máquina com as peças expostas talvez seria a melhor forma de já de cara diminuir a desvantagem na luta.
JP pretende voar como uma bala mirando no parte exposta do robô na intenção de atravessa-lo. Quanto ao segundo, o herói irá focar em um combate direto, onde lutará mano a mano com a máquina, usando de sua força, resistência e velocidade no combate.

→ Destruir (1) robô que está em boas condições ND 12
→ Destruir (1) robô que possui partes internas expostas ND 8
Espelho.
Espelho.

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15/12/20, 10:27 pm
Já fazia um tempo desde a ultima atuação de Tritão, Fábio estava inquieto e apreensivo. Sua vida mudou severamente há um mês. Desde a Longa Noite de Terror ele havia decidido que assumir a sério a vida de super-herói, porém, tomou um tempo de descanso para reorganizar as ideias. Havia se mudado da casa de sua irmã e largado o emprego no porto, pois pensava que só assim iria conseguir recomeçar. Viveu por um mês de bicos para se sustentar enquanto treinava seus poderes e acompanhava a reconstrução da cidade.

Naquela manhã, estava vestindo uma traje formal e carregava uma pasta com diversos documentos enquanto se espremia no ônibus lotado em direção a uma entrevista de emprego.  "Eu amo a vida de herói, mas só isso não enche barriga. Nem os heróis famosos devem conseguir viver só disso, imagina um bucha feito eu... Por quê os heróis com poderes de água nunca são os grandões?" Pensou, enquanto segurava com força a alça da mochila, que continha o traje do Tritão. Observava o ônibus percorrer a cidade, ouvindo o burburinho constante no ônibus e a mudança de cenário das ruas a medida que o veículo avançava, até que chegou ao seu destino, Constelação e seus prédios luxuosos.

Andando a passos largos, se movimentava pelas ruas do bairro, procurando o endereço do escritório e acompanhando no GPS do celular.  Retirou seus olhos do aparelho quando ouviu o barulho dos robôs passando e acompanhou aquela cena incomum. Por um instante, esqueceu da entrevista e correu para entender o que estava havendo. No caminho, deu um jeito de trocar para o uniforme.

Tritão  Destruir 1 robô que está em boas condições (ND 12) Tritão

Tritão pretende utilizar a hidrocinese para golpear a lataria do robô, com o objetivo de danificar a proteção e encontrar algum tipo de painel de controle para causar um curto circuíto e nocautear o robô. Também irá utilizar o corpo elemental para esquivar dos golpes e juntar forças com a hidrocinese nas investidas. Se for possível, tentará utilizar a água de algum hidrante próximo, com a finalidade de reforçar seus ataques.

Tritão   - Hora de limpar essa lataria!
Clone
Clone
http://jogoseafins.forumeiros.com/

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16/12/20, 08:15 am
Constelação era outro bairro beeeem diferente de onde eu morava. Agora que estava conhecendo mais a cidade, comecei a ficar maravilhado com a área nobre. Acho que vou nesse tal de Chopp, só pra ver como é. O filho do seu Raul já me falou dele, e tô muito curioso. A primeira coisa que percebi ao andar pelas ruas do bairro é que eu preciso me parecer com as pessoas que moram aqui. Por isso, me transformei num modelo de uma revista que vi nas bancas. E saí perguntando onde ficava o Chopp.

Depois de parar em alguns bares, entendi que eu estava falando errado. SHOPPING!! Hahahahha, que loucura. Vivendo e aprendendo. Agora sabendo onde ficava o lugar, fui feliz da vida pra esse tal de Shopping. No caminho, vi alguns robôs sobrevoando o lugar e pensei: "Cara, aqui é bem mais desenvolvido do que pensei". Mas não demorou muito para eles começarem a atacar todo mundo. Deve ser meu charme natural para achar confusão. Felizmente, alguns heróis começaram a surgir, mas parece que o foco era o Megazord que comandava a parada toda. E tinha um maluco lá dentro! Acho que já li alguma coisa assim nas revistas usadas do Robertinho, tinha uma do Guddan Wing, outra do Evang... FOCO, LUCAS!

Objetivo: Deter o Dr. Chagas. ND: ????

Vou assumir a aparência dele (Dr. Chagas). Parece que os heróis estão tentando levar as coisas na conversa, então vou entrar na onda. Se ele não tinha consciência, agora vai ter. Vou prestar atenção antes, ver qual é o nome do cara e o qual é a dele. Daí, vou assumir a aparência dele e confundir mais as coisas. Planejo falar assim:

Escutem o que eles dizem. Não se assuste, é a sua consciência falando com você agora. Olhe para você. Olhe para mim! É esse mesmo o legado que deseja deixar? É assim que deseja ser lembrado? Não jogue nossa genialidade fora. Deixe um legado para que nosso nome esteja no lugar onde deve, entre os grandes gênios como Steve Jobs!

Sorte ter visto o filme desse tal Jobs! Pretendo jogar ele na conversa, pois não tô lembrado de outro cientista e tenho medo de falar o nome errado e estragar tudo. Se necessário, vou falar com os outros heróis da parada, pra me situar e colaborar. Posso me virar para eles discretamente só para eles e mostrar só meu rosto feioso, caso eles também fiquem confusos. Espero mesmo que o tiozinho se resolva só na conversa, mas se não der eu assumo as habilidades dos heróis próximos para pará-lo, e nesse quesito eu vou ficar esperando instruções do Chop-- CHIPP! Esse que é veterano. (Preciso tirar esse Chopp da cabeça...)
Métrico
Métrico

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16/12/20, 02:30 pm
Quando os robôs que se encontravam no galpão alçaram voo: Glitch, Chip, Babalu e Métrico ficaram estagnados, enquanto observavam eles voando pelos céus. Porem, Chip age rapido e pede para que David, em seu tamanho minúsculo, vá montado em Glitch, enquanto ele próprio carrega a heroína. O que faz com que o Herói aceite no mesmo instante.

Métrico - Vamo nessa então, Glitch! Simbora! - Diz o herói, se encolhendo e subindo em Glitch, agarrando o topo de sua cabeça e se segurando nas fendas metálicas de seu corpo.

Com isso, os heróis partem atrás dos robôs, seguindo eles pelos ares. Com isso, Glitch pergunta:

NPCocre - Qual será o seu destino, Sr. Métrico?

Métrico - Espere um pouco, meu amiguinho robotizado... Precisamos ver primeiro o que esse "Dr. Chagas" está tramando e como irá agir! - Responde o herói, enquanto dá dois pequenos tapas no topo do visor de Glitch.

NPCocre - Está bem! Vamos em frente! - conclui o robô, utilizando sua programação para reproduzir em seu visor um rosto com um sorriso.

Métrico - Ah, e aliás... Muito obrigado pela carona! Pegar carona em um robô, sempre foi um dos meus sonhos! - Diz Métrico para Glitch, enquanto olha a trajetória dos robôs de Chagas, tentando encontrar alguma falha em seus cascos.

NPCocre - Fico feliz em ajudá-lo, Sr. Métrico!

Com isso, David abre um sorriso em seu rosto e diz:

Métrico - O "P.O.R.R.A.D.A" iria adorar te conhecer... Sabia?

NPCocre - Perdão, Sr. Métrico... Quem? - Indaga Glitch, exibindo em seu visor um ponto de interrogação.

Métrico - Hahaha! Deixa pra lá... Depois eu explico!

[...]

Chegando no bairro de Constelação. Métrico e Glitch começam a observar o caos que Dr. Chagas instaurou, o que faz o herói ficar extremamente preocupado.

Métrico - Aqueles laboratórios são enormes... Além de alguns deles serem financiados pelos meus país! - Diz Métrico espantado, porém com um tom furioso em sua voz - Não posso deixar que nada aconteça a eles!

Após isso, Métrico observa que alguns dos robôs no local se encontravam avariados, tendo suas partes internas expostas, além do fato de Babalu e Chip irem em direção do doutor. Então, o herói diz ao "Drone".

Métrico - Glitch! Voe alto e vá em direção daquele robô no canto, mas seja discreto... Vou tentar pegá-lo de surpresa!

NPCocre - Entendido! - Responde o Robô de imediato.


Objetivo:
- Destruir os robôs que possuem partes internas expostas (ND 8 )

Métrico, com seu tamanho reduzido, tentará sorrateiramente se aproximar com Glitch de um dos robôs avariados, quando conseguir, irá saltar do drone e tentar cair em cima dele, crescendo exponencialmente antes de atingi-lo e pisando em sua cabeça e o esmagando no asfalto. Caso o robô sobreviva, irá tentar dar um "Mata-Leão" em seu oponente, para arrancar sua cabeça e, por fim, desativá-lo.
Atieno
Atieno

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18/12/20, 06:18 pm
O Último Episódio
Resolução — Final

O cientista louco gargalhava enquanto a visão das 10 máquinas gigantes pousando passava pelo seu visor. Com pouco tempo de desvantagem, Chip se aproximou, carregando consigo Babalu feito uma mochila e Métrico feito um chaveiro em Glitch. E, claro, o trio chegou a tempo de ver o discurso padrão de vilão vindo do Dr. Chagas.

— Ae, Chagas! Falando de especialista pra especialista, não acho tua tecnologia ultrapassada não, viu vovô? Na real eu achei genial. Só acho ultrapassada é essa sua ideia de querer sair destruindo tudo por dinheiro, numa cidade em que agora até a porra da polícia é super. Seguinte, vamos te dar uma chance de desistir dessa ideia e bater um papo cabeça com a gente. Se não, infelizmente vamos precisar destruir suas criações. E eu falo isso com pesar, de coração mesmo. — Chip chamou a atenção do velho, voando diante do visor do robô principal do cientista.

— Vamos da papo pra ele não Chip, o velho já tá esclerosado, esse show todo pra pedir um milhão, pelo amor de Deus... — Babalu rolou os olhos em desdém, saltando contra o chão e olhando pra cima. — Escuta ele Seu Chagas, a gente acaba isso agora e resolve na paz, a gente até te leva pra comer uma coxinha.

Uma tela de tubo se acendeu assim que Babalu citou a coxinha, com a face idosa de Chagas aparecendo. Ele não parecia satisfeito, mas algo em sua face denotava o sofrimento. Ele parecia estar chorando até.

— Paz? Não me fale em paz. Eu já tentei resolver minhas coisas na paz. Há anos eu tento! O que vocês, garotos jovens, querem mostrar afinal? — o robô aponta para os laboratórios, mostrando seguir os movimentos de Chagas. — Pode até falar que minha tecnologia é boa, garoto. Agradeço, pois esse é o primeiro elogio em anos... mas você sabe o que é ser taxado por inútil, por incapaz, e precisando de qualquer trocado pra conseguir manter a filha viva?

---------- 1973 ----------

Chagas estava sentado numa cadeira da sala de espera do Hospital Central de Nova Capital. O sangue seco em seu ombro assustava quem passava sem saber a situação real. A pequena Maria estava passando por uma cirurgia pesada, os médicos tentavam remover a bala alojada em sua coluna. Ao fundo, os chiados de uma televisão eliminavam o silêncio do lugar. Já fazia horas que ele estava lá, e estava sozinho. Lembrou-se de sua esposa, pensando que a presença dela agora ajudaria a confortá-lo. Sentia falta. Quantos anos fazia? 7? 8? Já nem se lembrava direito.

Os olhos voltavam-se a todo instante para as portas da ala de cirurgias. Tinha medo da pior das notícias. Temia sair de lá sem a filha nos braços. Ou carregando um caixão. As portas se abriram, um médico saiu de lá. Ele daria a notícia ruim? Não, tinha ido falar com outra família. Chagas olhou na direção. Um pai comemorava o nascimento de sua garotinha. A primeira, como ele falou. Chagas baixou a cabeça, com as mãos à testa. As portas se moveram de novo. Uma família chorava agora a perda do tio. E nada de sua garotinha...

A cena se reproduzia na mente do vilão. Ele olhou pra frente. Uma enfermeira o encarava com um olhar sério. Mas pouco reagiu conforme ela falava.

— A cirurgia foi um sucesso, porém houveram complicações...

Seu coração estava tomado pelo desejo de vingança.

---------- Hoje ----------

Chip processava ainda a resposta que Glitch tinha dado a ele durante o discurso de Chagas. O drone tinha sido bastante enfático em sua resposta. "Todos parecem conectados entre si, como um sistema fechado. A troca de energia acontece mesmo sem a antena, se estiverem próximos... o sistema precisa ser interrompido a partir da central".

Um pouco ocultos pelos prédios, Incrível e Capitão Nove olhavam a situação toda. O idoso parecia sofrer com aquilo, Incrível tinha percebido. Se Ayres tinha animado João Pedro antes, agora era a hora da inversão. E, pela cabeça do jovem herói, as próprias situações de ambos eram parecidas. Viu Ayres voar na direção de Chagas, e sabia que tinha uma outra posição para si mesmo.

Enquanto Incrível voava, pôde olhar pelas janelas dos prédios de Constelação que várias pessoas estavam nos vidros. Algumas apontavam para Incrível. Essas mesmas temiam ele. JP parou no ar, olhando para aquele prédio. Teve a impressão de, ali, haverem celulares com as lentes apontadas a ele. Por alguns instantes, Incrível hesitou no ar.

Nas ruas, três heróis alheios a toda situação viram tudo acontecer depressa. Tritão, que estava caçando um emprego, viu que teria trabalho quando viu aquele exército de robôs. Numa velocidade absurda, Fábio deixou a existência para dar lugar a Tritão, que avançou pela guia da calçada, correndo até a lateral de um dos prédios ameaçados. O robô que via parecia tirado de um filme antigo da era do sci-fi, ou até um dos teletubbies bombados. E ele logo tratou de acumular água em seus punhos, fazendo um disparo duma rajada de água contra a lateral do robô.

Polaridade, olhando toda aquela situação, pensava e refletia sobre quando tudo tinha começado a dar errado. A sede do Uma Hora ainda passava por reforma, e ela observava oculta por uma veste mais grossa. A notícia de sua prisão tinha saído, e Polaridade lembrava dos erros cometidos. Conseguia ver melhor que remover ferros de uma estrutura era qualquer coisa, exceto uma boa ideia. Cerrou o punho, pensando no Renovar e na possibilidade de limpar sua ficha. E então vieram os vários robôs e o discurso do vilão. Keiko viu que algumas das máquinas estavam bastante mal acabadas, apontando uma como alvo. Via circuitos mal protegidos, e placas de ferro ainda meio soltas. Parecia fácil... pelo menos até o primeiro canhão ser apontado contra a heroína.

Babalu e Chip tentavam convencer Chagas a parar com tudo aquilo. Mas uma interferência atrapalhou muito. Muito mesmo.

— Escutem o que eles dizem. Não se assuste, é a sua consciência falando com você agora. Olhe para você. Olhe para mim! É esse mesmo o legado que deseja deixar? É assim que deseja ser lembrado? Não jogue nossa genialidade fora. Deixe um legado para que nosso nome esteja no lugar onde deve, entre os grandes gênios como Steve Jobs!

Tanto Danilo quanto Kelly olharam para o lado, assustados. Uma cópia de Chagas estava diante deles e do próprio Dr. Chagas. E falando como se fosse algo normal! Chagas pareceu furioso. Clone percebeu que talvez aquela provocação não tenha sido uma boa ideia...

— ...isso é sério? VOCÊ ACHA QUE EU SOU UM IDIOTA!? — Chagas apontou o canhão na face de Clone, que só não foi pulverizado ali por que foi puxado com tudo por Babalu. — Vão pagar por caçoar de mim! NINGUÉM MAIS VAI CAÇOAR DE MIM! Mas olha... pelo menos as pessoas voltaram a saber quem eu sou.

E os robôs começaram a metralhar tudo.

---------- Começo de 2020 ----------

Quando preso, jornais tinham focado suas lentes nele. Os jornais tinham estampado, pela última vez, a prisão do grande inimigo do eterno Capitão Nove. Isso foi em 1975. Hoje, 45 anos depois, carregando apenas uma mochila, Célio Chagas deixava o presídio e podia, enfim, ver a luz do sol. Olhou para os lados, e ninguém estava lá. Tinha uma vaga num asilo público, seria sua última moradia. Olhou um pouco desesperado. Ninguém estava lá.

O taxista buzinou algumas vezes, com Célio se aproximando do veículo. Pediu o telefone emprestado, tentou ligar pra casa. Mas era inútil. O número já deveria ter mudado. Ninguém veio. Devolveu o telefone, e ouviu o taxista resmungar algo. "Velho louco", ele teria dito.

Ninguém veio o buscar.

A cidade não pareceu parar no tempo. Ao contrário, Chagas mal podia contar nos dedos os prédios que agora existiam, coisas que não estavam ali da última vez. Chegou a ver um super voando no céu, mas mal reconheceu ele. Pudera... talvez nem o pai dele fosse nascido quando ele ainda era relevante. Lembrou de seu inimigo. Lembrou de sua filha...

Sentiu, pela primeira vez, o peso de ser velho.

Ninguém liga mais para sua existência.

---------- Hoje ----------

Métrico gritava comandos para o drone Glitch, que balançava pelo ar indo na direção de um dos robôs. David olhou por cima, vendo o grande construto carregando seu canhão contra um escritório. Por alguns instantes, teve a impressão de reconhecer o logotipo das empresas dos pais. O robô parecia em péssimo estado de conservação, então destruí-lo seria fácil. E assim David o fez, saltando e crescendo de imediato, esmagando a máquina à sola de seu pé.

Achando que estava ok, Métrico sorriu... até que viu que o canhão disparou contra um carro estacionado, de um modelo muito parecido com o seu. Mesmo que seu coração tenha parado por alguns instantes, pensando no prejuízo que poderia ter tomado, David se jogou e agarrou o robô novamente, arrancando-lhe a cabeça num mata-leão, separando a unidade de potência da antena receptora.

Tritão, por sua vez, via que teria problemas para derrubar o alvo que estabeleceu. A água rebatia na máquina e encharcava a avenida — pelo menos pouparia o esforço de limpeza. O robô voltou-se ao herói, disparando com metralhadoras e furando o chão várias vezes, mas não atingindo um esguio corpo aquático que Fábio havia se tornado. O herói atraiu um pouco os disparos da máquina, e viu um hidrante convenientemente posicionado. Num rápido esforço, conseguiu abrir a tampa do hidrante e viu que a pressão da água fazia ela alcançar quase que o quinto andar do prédio à frente. Pois só bastou direcionar a água na máquina para ouvir os circuitos começando a pifar.

Talvez uma tecnologia tão antiga não fosse tão à prova de água quanto parecesse. Essa foi a sorte de Tritão.

Já Polaridade teve uma ideia um mais direta. Mirou as mãos nos canhões que já se acendiam e, sentindo-se suar com o esforço, envergou o metal interno, fazendo aqueles braços explodirem. Fez o mesmo nas pernas do robô, inutilizando seus movimentos. E, puxando algumas peças do próprio robô, produziu uma espécie de lança imensa de metal, enfincando-a na cabeça da máquina, inutilizando-a de vez.

Porém, ninguém estava olhando para eles. Vários olhos estavam voltados para Incrível. O herói procurado. Muitos lembraram da tentativa de assassinato. Do perigo que ele representava. JP, olhando para todos, mesmo que não pudesse ouvir o que todos diziam, sentia o que aquelas pessoas queriam dizer. Ele olhou pra frente, vendo Ayres lutar contra alguns dos robôs. Viu que Chip estava um pouco mais adiante. Lembrou da conversa que teve com os outros membros do BFFs. E lembrou do que Ayres lhe disse.

Seu punho se ergueu, e ele saiu das sombras. Encararia isso de peito aberto. Aquela imagem foi capturada por várias câmeras. Espalharia-se depois pelas veias da internet. E João Pedro partiu para o combate. Como uma bala, atravessou o robô parcialmente danificado, destruindo sua unidade central de potência e ouvindo ele tombar na rua. Viu o segundo robô, este em condições perfeitas, e passou a correr e voar ao redor daquela enorme máquina, dando golpes precisos que, aos poucos, foram destruindo as partes lisinhas e deformando aquele robô gigante.

O último golpe fez a cabeça da máquina ejetar e se destruir no chão.

Não longe dali, Chip e Babalu lutavam contra o robô que Chagas pilotava. A tela já tinha sido destruída por um socão de Babalu, e Chip estava trocando tiros com a máquina. Um deles se enfiou dentro do canhão e o detonou. Ao lado de Kelly, Clone imitava seus movimentos, tendo copiado seus poderes. Babalu olhava um tanto quanto incrédula para Lucas. Era um tanto quanto estranho ver outra pessoa com poderes exatamente iguais...

Chagas mantinha seu foco naquela luta, percebendo que seus sistemas lutavam para manter a estabilidade do robô, que era afetada pelos ataques hackers de Danilo. O velho fez uma manobra com o robô, jogando-o para a lateral, e sentiu um impacto destroçar uma das pernas dele. Seu grito de raiva foi seguido pelos relatórios internos de que seus robôs estavam, um a um, sendo derrubados. Dando ordens para seus drones voarem ao redor da área, viu que Capitão Nove tinha voltado à ativa de vez.

Chagas se via na situação de derrota. Os braços de Babalu se enroscavam no sistema de voo das pernas do robô principal. Clone fazia o mesmo, mas nos braços. Os dois estavam limitando muito a movimentação da máquina, e Chip estava terminando de danificar os sistemas que restavam. Chagas pensou na última oportunidade que restava. E, puxando toda a energia que estava sendo distribuída aos outros robôs — desligando-os de imediato —, Chagas conduziu sua máquina com tudo na direção do Capitão Nove.

— É hora da vingança, velho!

Ayres se virou, vendo o robô vindo com tudo em sua direção. Seus punhos se fecharam... mas depois se abriram novamente. Ele olhou para Incrível com um sorriso no rosto. Talvez fosse a hora de pagar e ter a consciência limpa. O Capitão Nove fechou os olhos. Esperou pela pancada. E estranhou quando ela não veio.

Olhando pra baixo, viu a máquina cair contra um terreno baldio e ser arrastada com tudo contra o chão. Olhou pra trás, e viu que Chip estava voando perto. Danilo havia conseguido uma brecha final na programação do robô, e tinha o desligado completamente. Babalu e Clone olharam aquela máquina imensa caída no meio do terreno.

E Ayres voou até ela, abrindo-a ao meio e retirando Chagas de lá de dentro, o deitando no chão de terra.

— Desgraçado...

— Célio, já chega disso! — Ayres o encarou, enquanto os outros heróis iam se aproximando devagar. — Você não precisa mais manter essa rixa eterna.

— Eu... — o vilão tossiu, olhando para Ayres e para os jovens heróis. — Eu... só queria salvar minha filha... só isso... será que é pedir muito? — ele aponta para o robô, tremendo bastante com o braço. — Isso ia custear o último tratamento pra ela... isso ia fazer minha filha voltar a andar... 50 anos sem andar...

Os heróis se entreolharam, e Ayres ajudou Chagas a se levantar. O olhar do ex-vigilante focou nos três que o ajudaram desde o primeiro ataque. Olhou pra cima, vendo Incrível ali perto também. E só deu acenos de cabeça, pedindo espaço para passar.

— Heróis... eu agradeço. De verdade. Enfim, o Capitão Nove poderá descansar. Vocês me ajudaram muito. Talvez eu nunca possa retribuir, mas... no que um velho professor puder ajudar, podem contar comigo — ele sorri de forma simpática, erguendo voo e indo até Incrível. — Mas você, Incrível... se puder, me acompanhe uma última vez, sim?

---------- Dias Depois ----------

O Hospital Central de Nova Capital ainda ocupava a mesma estrutura de antes. Claro, o prédio tinha sido modernizado, e os novos equipamentos estavam por todos os lados nos corredores.

Os olhos de Célio Chagas, entretanto, eram direcionados a um quarto em específico. Uma mulher, já próxima dos seus 60 anos de idade, segurava as mãos de duas enfermeiras. Um dispositivo de ferro estava ligado à sua coluna. E ela caminhava olhando para frente. Dando um sorriso e começando a chorar ao ver uma figura que tanto lhe fez falta.

— Pai... — ela chorava de soluçar. — ...eu tô voltando a andar...

Nem Ayres, nem João Paulo ficaram ali para ver aquela cena. Talvez Dr. Chagas precisasse disso. Os dois optaram por ficar no topo do prédio do hospital, olhando diretamente na direção do Porto de Nova Capital.

— Garoto... obrigado. Obrigado por me ajudar também a resolver a última pendência de minha vida — Ayres sorriu. — Esse uniforme aqui jamais iria descansar sabendo que eu não fiz o suficiente para salvar aquela vida.

— Oh... por nada, senhor...

— Pode me chamar de seu Ayres — ele deu um sorriso. — É meu destino até o fim dos meus dias. Chega desse negócio de ser herói, minhas juntas não aguentam outra luta dessas.

Os dois gargalharam, mantendo os olhos na imensidão azul do oceano.

— Seu Ayres, me desculpa se for ruim perguntar isso, mas... por que que o senhor não fez isso antes? Sabe. Pedir pra alguém fazer algo para que a filha do Chagas voltasse a andar.

Ayres não respondeu de imediato. Seus olhos baixaram um pouco.

— É... talvez eu pudesse ter feito isso antes. Mas... sabe quando você tem medo de piorar tudo? Quando tem o desejo de parar, de abandonar toda a história pra trás, por causa de um deslize? Quando não tem coragem nem de encarar as teclas da mensagem — Ayres puxou a máscara, revelando sua face civil. — Por muitos anos, eu resolvi me esconder nessa máscara. Acreditava que ela tinha sido a responsável por ter provocado aquele acidente, sabe? Mas eu percebi uma coisa nos últimos anos... algo que só confirmei hoje.

A máscara recai sobre o colo de Incrível, que vê o quão surrada e antiga ela era. Ayres se levantou, tirando o uniforme e revelando uma roupa comum por debaixo.

— Essa máscara... ela só é um símbolo. O que muda se ela queimar hoje ou se eu a jogar no lixo? O que muda se as pessoas apontarem para este símbolo e acharem que ele representa o mal encarnado? — ele olha fixamente para João Pedro. — O que importa, de verdade, é quem está por trás dela. O que essa pessoa faz. O que ela sente. O que ela vive... — a mão de Ayres tocou o ombro de JP. O idoso mantinha uma face serena. — ... e pelo que ela luta.

O velho começou a flutuar no chão, deixando JP sozinho ali com uma frase. A última frase do Capitão Nove. A finalização de sua saga.

— Não deixe que um símbolo diga quem você é. Lembre-se pelo quê você está lutando.

Rolagens de Dados (por ND)


Deter o Dr. Chagas:
Destruir os robôs em boa qualidade (5):
Destruir os robôs que possuem partes internas expostas (5):

Ganhos de XP e Outros


Chip*: 14 XP
Babalu*: 14 XP
Incrível*: 20 XP
Métrico*: 14 XP
Tritão: 9 XP
Clone: 4 XP
Polaridade: 6 XP

*participaram da Parte 1 dessa missão

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