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07/10/20, 01:54 pm

Arredores de Nova Capital


[Localidade] - Arredores de Nova Capital Arredores

A cidade é enorme o que torna seus arredores maiores ainda. Aqui encontram-se algumas localidades importantes, que não se localizam exatamente dentro da cidade:

Complexo Lázaro Sousa:

Toda a energia de Nova Capital é gerada de forma renovável e ambientalmente sustentável, colocando a cidade como uma das mais conceituadas em relação ao meio ambiente, em todo o mundo. Esse complexo é composto de várias usinas, capazes de sustentar não só a cidade, como alimentar boa parte do sistema elétrico nacional. Entre suas usinas têm-se a Usina Nuclear Flávio Pinheiro; o Parque Eólico Vitória Andrade e a Usina Solar Cícero Gama.

Além das usinas geradoras, todos os resíduos de lixo e esgoto de Nova Capital são tratados nesse complexo, no Setor Especial de Tratamento de Resíduos Ubiratan Nascimento, o SETRAN. Tanto o lixo quanto o esgoto da cidade são transformados em biogás e alimentam os gasodutos da cidade. Por fim, é nesse complexo que é tratada e fornecida toda a água potável da cidade, na Estação de Tratamento de Água Elisa Gomes.

Os nomes desses locais são dedicados aos cientistas mais renomados nas suas áreas em Nova Capital.

Observatório Astronômico e Central de Clima

Local dedicado à observação dos astros e todos os estudos relacionados ao clima em Nova Capital. É composto por uma série de prédios baixos, rodeando o enorme prédio que sustenta o telescópio. Além disso, várias estações meteorológicas encontram-se espalhadas ao redor da cidade. Muitos dos avanços científicos de Nova Capital vieram desse local .

Sítio Arqueológico

Alguns anos atrás, após uma explosão de origem desconhecida, um enorme sítio arqueológico foi descoberto nos arredores da cidade. Atualmente diversas equipes de pesquisadores trabalham no local, realizando descobertas jamais encontradas em qualquer lugar do mundo.

Parque Ecológico João Selvagem

Quando um homem com muito dinheiro e uma fixação resolve agir, coisas como o Parque Ecológico João Selvagem acabam por surgir. Essa enorme área é preenchida vários viveiros dos mais diversos tipos de animais exóticos, sendo considerado o maior zoológico do mundo. Seu dono, uma figura caricata e controversa vive no parque e está sempre presente atendendo aos turistas dos mais diversos lugares do mundo.

Ilha Além-Mar

Ao longo da costa de Nova Capital, uma ilha com grande vegetação e uma pedra grande que se dispõe ao horizonte, para aqueles que a vêem, aparenta estar além do mar, gerando seu nome. Hoje quase inexplorada e até evitada pelos pescadores, por conta de suas lendas e relatos de desaparecimento de embarcações e aeronaves. Boatos sobre tesouros perdidos na Ilha acabam chamando a atenção das pessoas, mas ninguém nunca encontrou nada no local.

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Paradoxo
Paradoxo

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08/10/20, 10:29 pm
AULA PRÁTICA
02 de Outubro – aproximadamente 04h da manhã.

A faculdade havia organizado uma visita técnica em uma antiga pedreira abandonada, fora da cidade. O professor daquela disciplina era conhecido por ser muito exótico, mas ainda assim todos estavam surpresos com o horário que ele havia marcado ônibus: 2h45min da madrugada. Obviamente poucos alunos toparam aquela loucura. Quando o ônibus chegou apenas 5 pessoas estavam aguardando: Prof. Erivan, Ronaldo (o assistente de Erivan), Frederico, Milena e o próprio Allan.

Com a total ausência de trânsito na madrugada, a viagem foi rápida e em menos de 2h eles já estavam dentro da pedreira. Golem sequer notou esse tempo passar, pois sua coleta havia sentado em seu lado e os dois encararam uma conversa super animada.

Já no local, o professor e seu assistente desceram rápido do ônibus. O motorista ao perceber que não tinha qualquer sinal de Internet, decidiu que iria com eles para a visita. Obviamente o professor ficou super animado. Todos pegaram os equipamentos e entraram na mina. O barulho de uma enorme explosão seguido de uma luz intensa assustou a todos. Era um trovão. Enorme. Uma tempestade inesperada começou a se formar em Nova Capital.

Aquilo era um problema para eles, pois estavam em um lugar isolado e sem celular. Quando menos esperavam outro trovão, mas dessa vez na entrada da mina, o que causou um desabamento.

- Puta que pariu a gente vai morrer, não vai? - disse o motorista.

- Calma rapaz, vamos dar um jeito. - respondeu o professor.

- QUE JEITO PORRA! VOCÊ METEU A GENTE NESSA MERDA! - gritou Frederico, colega de classe de Allan, enquanto avançou e empurrou o professor.

- Tira a mão dele seu idiota! - Ronaldo socou Frederico e os dois começaram a brigar rolando no chão.

- Parem com isso meninos!!! - pedia Milena.

Objetivo:

Acalmar e salvar as pessoas. ND variável.

Observações:

- Missão exclusiva para meu afilhado Golem.
- Dúvidas vem no chat de Jogadores do WhatsApp.
Quimera Azul
Quimera Azul

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16/10/20, 03:38 am
Allan não gostava da ideia de ter que acordar cedo naquela manhã, ou praticamente não ter dormido direito. Mas como ele estava na expectativa de conhecer mais sobre os minerais da mina de Nova Capital e de passar mais tempo com Milena do que o normal, ele não viu problema nessa aula de campo.

Até então tudo estava como o planejado. Ele com sua parceira de campo e viagem tranquila. Nada com o que se preocupar. A chegada na mina foi normal, até que de repente uma tempestade se formou mudando toda a programação da aula. Um raio atinge em cheio a entrada da caverna e sela o pequeno grupo em uma mina. O desespero toma conta de todos e algo estava apitando nos sentidos de Allan. Era Golem atentando para o fato que mesmo com essa chuva, a mina não iria ceder assim tão fácil. Essa não era a primeira tempestade que ela recebia e nem a mais forte. Mas isso era do conhecimento de Golem, mas não do grupo que se estapeava no chão.

Milena iluminava tudo com o seu celular e tentava manter a calma e separar a briga. O professor estava meio atônito com tudo que estava acontecendo e temia pelo pior. Allan tinha que fazer alguma coisa.

Discretamente ele toca na parede da caverna e a faz soltar um pequeno tremor. O suficiente para chamar a tenção do grupo. O medo agora deveria ser maior do que o descontrole.

– Pessoal. Somos um grupo de estudantes de Geologia e um professor da área. Temos conhecimento aqui para agir de forma racional e não nos descontrolar. Que tipo de profissional seremos se perdermos o controle com um pequeno deslizamento de terra. Essa mina já aguentou muita chuva e não vai ceder dessa forma. Tenho certeza de eu em algum momento o próprio movimento das rochas vai abrir a passagem. – E apontando para a entrada da mina eu continuo – Olha lá, já dá para ver os primeiros raios de sol pelas frestas.

Se meu papo motivacional der certo e o povo realmente olhar para entrada, pretendo usar meu dom Geocinético para mover as rochas que cobriram a entrada de forma segura para não causar mais desmoronamento. Caso não dê certo vou sentar no chão também e depois de um tempo tentar fazer a mesma coisa na porta.
Paradoxo
Paradoxo

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22/10/20, 01:32 pm
O desabamento havia assustado todos e o medo leva ao ódio, logo estavam se agredindo. Milena, que não queria que as coisas piorassem, tentou intervir. Mas ela não podia fazer muito com aqueles dois se esmurrando, foi quando ela olhou para Allan, buscando ajuda. Foi nesse momento que Golem encostou a mão na parede e fez com que um tremor chamasse a atenção de todos ali.

Todos voltaram a se assustar, o professor chegou a gritar de medo. Antes que a confusão retornasse, Golem interviu e fez um discurso para tentar acalmar os colegas.

Golem – Pessoal. Somos um grupo de estudantes de Geologia e um professor da área. Temos conhecimento aqui para agir de forma racional e não nos descontrolar. Que tipo de profissional seremos se perdermos o controle com um pequeno deslizamento de terra. Essa mina já aguentou muita chuva e não vai ceder dessa forma. Tenho certeza de eu em algum momento o próprio movimento das rochas vai abrir a passagem. – E apontando para a entrada da mina, ele continuou – Olha lá, já dá para ver os primeiros raios de sol pelas frestas.

Quase todos olharam e milagrosamente as pedras começaram a rolar, todos esboçaram sorrisos felizes, o discurso havia funcionado. A única que não olhava para a entrada era Milena, que observava Golem agir, sem que ele percebesse. As pessoas começaram a se mover e a remover as pedras elas mesmas, se unindo num momento preocupante. Allan e Milena se uniram a eles. Já do lado de fora, a garota puxou Alan pelo braço e cochichou.

NPC 12 – Quer dizer que você tem poderes sobre pedra? – ela sorriu ao perceber o espanto dele. – Eu também tenho.

As pessoas voltaram ao ônibus, não havia mais clima ou coragem para aquela visita técnica, o próprio professor os chamou para ir embora. Quando eles entraram no ônibus, Allan e Milena procuraram um lugar mais reservado no fundo do ônibus. Lá ela retirou do casaco um pedaço de pedra que havia recolhido na mina.

NPC 12 – Eu me chamo de Gaia... você sabe, a mãe terra. – ela sorriu embaraçada. – Parece arrogante, mas é que minha habilidade é a de criar vida... através da pedra.

O pedregulho na mão dela se retorceu e ganhou a forma de um pequeno golem de pedra, que dançou em sua mão e depois os reverenciou.

Golem – Você cria golens! – se espantou o jovem herói – Esse é o meu codinome, Golem.

A alegria entre aqueles dois foi enorme e por um tempo o jovem Allan se esqueceu como a vida é cruel e dura.

Resultado:

Sucesso automático. 4 XP.

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Atieno
Atieno

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28/11/20, 05:59 pm
Spin-off
Arredores de Nova Capital, 28 de Novembro de 2020, 08:30

João Pedro continuava oculto para tudo e todos. O peso de uma morte ainda residia sobre seus ombros, mesmo com tudo o que já vinha acontecendo na cidade nos últimos dias. O herói conhecido como Incrível estava numa sinuca de bico, sem nenhuma pessoa depositando qualquer confiança nele. Então, uma ligação em seu celular o surpreendeu. Olhando para a tela do aparelho, o número do Capitão Nove chamou sua atenção.

— Garoto, antes que você tente falar algo, ou tente se justificar, saiba que eu não vou te julgar. Quando eu ainda era um herói, muitos anos atrás, bom... eu também fiz coisas das quais me arrependi. Sim, eu vi todas as notícias sobre o que você fez. E eu vou te dizer: eu não sei o que aconteceu lá, e não me interessa saber. De verdade. O garoto que eu vi ajudar o amigo no Parque Progresso não faria nada daquilo que a TV mostrou sem um bom motivo.

As palavras de Ayres soavam aos ouvidos de Incrível de forma direta. Mas o velho professor e ex-herói não parecia estar dando uma bronca. Ao contrário... sua voz era mais consoladora. Até mesmo paternal. Se é que João Pedro sabia o que, exatamente, seria uma voz assim.

— Se você quiser me contar, eu serei todo ouvidos. Mas agora eu preciso de você aqui. Estou te esperando perto da saída da rodovia Barão de Mauá. Sabe onde fica?

---------- 1973 ----------

Aterrissando na frente de um velho cassino do Fortuna, o Capitão Nove corria para ocultar-se atrás de uma Chevrolet Veraneio de cor azul. Trajado em roupas civis, foi andando até uma porta lateral de ferro do cassino, Ayres empurrou a alça com cuidado, pisando devagar no chão. A música que tocava no ambiente ajudava-o a passar desapercebido por várias máquinas caça-níqueis, populadas por senhorinhas, viciados em jogos e alguns turistas. Seu objetivo estava numa mesa de roleta, e fumava um charuto bastante fétido.

"Dr. Chagas... seu desgraçado..."

Junto de Chagas, três homens gargalhavam, com um deles dando um tapa nas costas do vilão, que riu junto. O forte sotaque russo denunciava a origem daqueles homens, e malas estavam posicionadas em locais estratégicos. Enquanto a roleta girava, e a bolinha caía no número 10, Chagas parecia explicar o funcionamento de algo poderoso.

Ayres se aproximou, fazendo uma aposta provocativa ao quarteto. E já fechava o punho, pronto para o primeiro golpe, quando ouviu o som infantil de uma garotinha.

— Papai! — a garota gritou... correndo até o colo de Chagas.

---------- Hoje ----------

Incrível viu o Capitão Nove sentado num ponto de ônibus antigo, feito totalmente de pedra, aparentemente assistindo aos carros que arrancavam nas faixas da rodovia Barão de Mauá. Aproximou-se de Ayres com cautela, hesitando em chamar o ex-herói, até que ouviu o velho tomar a iniciativa.

— Que bom que está aqui, Incrível. Chagas marcou uma negociação e uma apresentação de suas armas para alguns compradores internacionais. Nós precisamos detê-lo, antes que ele consiga seu principal objetivo. Mas antes... — Ayres se levantou, já com a máscara no rosto. — Eu vi toda a imagem que pintaram de você. Garoto... você não é culpado pelo que fez — o Capitão tocou o ombro de Incrível, dando um simpático sorriso idoso. — Mesmo que você se redima pelos seus erros. Mesmo que resolva tudo. Sempre haverá alguém que irá olhar para você e lembrar do único erro que cometeu. Você mesmo irá passar por isso. Pode salvar um bilhão de vidas. Aquela que você não pôde salvar irá sempre te trazer um peso. Como se você não fosse digno de honra, ou de ser aceito. E as pessoas olharão a você e irão colocar um peso duas vezes maior em seus atos, ignorando suas intenções, ou até mesmo esquecendo de seu heroísmo passado. Tudo por sua origem. Por sua cor.

Os cabelos brancos de Ayres balançavam com o vento por sua cabeça, com ele erguendo o punho direito sem a luva clara que usava. João Pedro pôde ver as marcas do tempo naquele punho fechado, erguido no ar.

— No meu tempo, Incrível, isso era um símbolo de resistência. Faça isso. Seja resistência. Era difícil no meu tempo ter a nossa cor e ser visto como um herói. Não mudou nada hoje, até piorou. Eu vi o que falaram de você, foi nojento. Então, garoto... não desista. Erga a cabeça, bata de frente, lute. Resista! E vamos à luta.

---------- 1973 ----------

A garota no colo de Chagas fez Ayres tremer. Aquela situação, pra ele, era nova. Uma criança... Chagas tinha uma filha! A pequena ria com uma brincadeira do pai, enquanto os russos apenas assistiam. Seus óculos escuros impediam o Capitão Nove de perceber para onde eles olhavam de verdade.

Sua hesitação foi seu erro. Quando resolveu que iria abortar a missão, acabou derrubando sua máscara sobre a mesa, caindo acima do número 22, o sorteado pela roleta. Quando Chagas e os russos viram aquilo, um tiroteio se iniciou, com Ayres virando a mesa contra os russos, os derrubando no chão.

Os gritos tomaram todo o ambiente, enquanto o Capitão Nove entrava em combate corporal contra os agentes disfarçados. Segurando o punho de um deles para desarmá-lo, sentiu um segundo vir por trás, chutando-lhe com o calcanhar no joelho. Uma ficha atirada em velocidade alta derrubou o segundo agente, e o terceiro lutava para não ser desarmado pelo herói.

Então, veio o último disparo.

---------- Hoje ----------

Próximo a uma venda de pamonha, partindo por uma estradinha de terra que chegava à rodovia, os dois heróis podiam ver rastros de pneus marcando a terra batida. Passando pelo local, puderam ver os portões baixinhos de uma chácara abertos, e vários carros estacionados, com dois seguranças na entrada — que foram facilmente abatidos por Ayres.

Invadindo a chácara, ocultos no estacionamento, os dois viram que várias cadeiras de plástico estavam posicionadas ao redor de um gramado, e puderam ver Chagas mostrando um robô de quatro metros de altura. A voz do idoso ressoava por um microfone preso em seu terno, e ele contava muito sobre aquela máquina.

— Essa máquina, senhoras e senhores, é ótima para todas as missões que precisam. Dispersar manifestantes? Deter um metahumano que insiste em atrapalhar as leis? Ou até um opositor chato? Cá está a solução a vocês. Essa máquina, movida por sinais de rádio, é tão eficiente quanto essas máquinas ultra-modernas do Japão, e tão barata quanto uma tecnologia acessível deve ser. E, considerando todos os fatores, também irei vender todo o conhecimento para a produção em massa dessas belezinhas. A ChaTec pode oferecer tudo isso, e muito mais, só ao apertar de um botão.

Chagas caminha até uma bancada improvisada, onde um controle remoto o espera. Era hora da ação.

Informações


OBJETIVO
→ Deter a negociação (ND ???)

OBSERVAÇÕES
→ Missão exclusiva para Incrível
→ O ND será definido de acordo com a ação tomada. O Capitão Nove renderá 1d6 extra na ação.
→ Dúvidas? Pergunte, oras!
Incrível
Incrível

[Localidade] - Arredores de Nova Capital Empty Re: [Localidade] - Arredores de Nova Capital

30/11/20, 10:55 pm
A inusitada ligação do senhor Ayres, o Capitão 9 fez João Pedro pensar durante algum tempo se iria ao encontro do ex herói ou não.
Dês do acidente com Temporal o rapaz havia decidido abandonar todo o seu lance como herói, estava disposto a viver uma vida comum, e carregar para sempre o fardo de seus erros.
Mas ai veio “A longa noite do Terror”, como a mídia gosta de chamar. E JP se viu obrigado a sair de casa e fazer algo, afinal vidas estavam em jogo, e eram muitas.
Durante aquela longa noite jovem havia sido confrontado por outros mascarados, no fundo ele esperava até coisa pior. E No final teve de se juntar a outros para segurar o gigante luminoso, mas assim que detetam a criatura, sua única reação foi voar dali, o mais rápido e longe que podia.

Depois de muito pensar, ele decide aceitar, e ir até o encontro do velho Ayres.

Chegando no local marcado os dois tem uma breve conversa, na verdade foi mais um monologo, onde Ayres falava e João escutava. As palavras do antigo Capitão 9 eram fortes e precisas, mas ao mesmo tempo consolavam o garoto. Eram tudo o que ele queria ouvir naquele momento.

Seguindo os rastros, a dupla finalmente chega no local onde Chagas estava.  Eles percebem vários carros estacionados no local, e lá dentro diversas cadeiras de plástico posicionadas ao redor de um gramado.

Chagas apresentava para aquelas pessoas sua nova(?) máquina. Um robô enorme, com cerca de quatro metros, capaz de fazer maravilhas segundo o cientista.

- Nós precisamos deter esse maluco de uma vez por todas...

- Acha que só nos dois damos conta daquela coisa? Nas outras vezes não foi nada fácil, e aquilo ali parece estar em outro patamar..
Responde JP.


- Hum… faz sentido. Mas e se a gente pegar aquele controle? Provavelmente aquilo é o responsável por dar os comandos ao robô... Diz o velho apontando para o controle remoto.

- Pode ser… Mas ele tá praticamente do lado do negócio, sei lá se isso vai dar certo...

- Acho que posso criar uma distração, e ai você entra em cena. O quão rápido você consegue ser?

- O tanto que for preciso...

- Então eu vou distrair o Chagas, e você pega o controle... Eu acredito e confio em você garoto. Diz o Capitão 9 colocando as mãos no ombro do jovem.

- Obrigado… Mas se der merda ó... Incrível ergue o punho.
- A gente luta!.. ]

- Sempre garoto, sempre...


Ação: Assim que Ayres chamar a atenção do Dr Chagas e das pessoas ali presentes, JP irá avançar com toda a sua velocidade na tentativa de pegar o controle remoto antes de Chagas.
Ele irá avançar com tudo, mas já preparado para lutar e resistir com toda suas forças.
Atieno
Atieno

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07/12/20, 05:58 pm
Spin-Off
Resolução

— Alto lá, Dr. Chagas! — de forma imponente, o Capitão Nove apontava na direção do Dr. Chagas. Aquela cena cheirava a naftalina, e seria melhor visualizada num filtro preto-e-branco.

O cientista parou seu movimento e encarou Ayres. JP, escondido, podia ver o ódio profundo na face de Chagas. As pessoas que acompanhavam a apresentação também olham, com algumas já se levantando e tocando os paletós, como se fossem pegar armas.

— Pelo amor, nem depois de velho você me deixa em paz, Nove! — Chagas encarava o velho herói, se afastando um pouco da bancada.

— É, eu até estava curtindo minha aposentadoria, sabe, mas aí você resolveu aprontar de novo... — Ayres caminha entre os homens, golpeando alguns que se aproximavam com facilidade. — Por que ainda insiste nisso, Célio!?

— Por quê? POR QUÊ!? Ora, você ainda me pergunta!? — Chagas cerrou os dentes.

Incrível, vendo que o vilão se afastava da bancada, viu a chance perfeita, correndo com tudo e arrancando o controle de cima do balcão, fazendo um vento poderoso. Mas, na hora em que tinha o controle em mãos, pôde ouvir uma palavra de Chagas.

— Parece até que esqueceu o que aconteceu em 1973!

---------- 1973 ----------

O tiroteio no cassino tinha afugentado seus frequentadores, que se espalharam para todas as saídas. Ayres lutava com intensidade, mas olhava com preocupação para o Dr. Chagas. O vilão parecia tentar se proteger. E tentava tirar a filha daquele ambiente de combate.

— Pare de estragar meus negócios, Capitão Nove! — Chagas berrava, mas então olhava para sua garotinha. — Maria, vem no colo do pai!

— Papai... —  a menininha parecia assustada. — Eu... eu tô com medo...

— Calma, minha princesa... vai tudo ficar bem...

Ayres lutava contra os mafiosos, sentindo os impactos de socos. Não feriam, mas doíam. E o herói retrucava com outros golpes. Tiros eram disparados na sua direção, alguns batiam em seu tórax e ricocheteavam, estourando lâmpadas e mesas. Lascas e poeira voavam para todos os lados.

Mas teve um tiro que Ayres não foi capaz de impedir.

---------- Hoje ----------

Dr. Chagas olhou para trás ao sentir o vento, percebendo que o controle tinha desaparecido. Ayres não hesitou, voando na direção do vilão e o segurando pelo colarinho. Incrível segurava o controle, e via que os compradores olhavam com interesse pra ele.

— Aí, garoto! Dá esse controle aqui pra gente, e ninguém sai ferido. — um dos homens, com um sotaque árabe fortíssimo, puxava uma submetralhadora do paletó.

Vários outros sacava armas, apontando para Incrível. JP olhou para todos, e viu que Ayres estava ocupado. Erguendo o punho, ele deu um sorriso. "Lute".

— Então vocês querem esse controle, é? — JP colocou o controle em seu bolso da blusa. — Venham pegar então.

Tiros eram disparados contra João Pedro, que sentia as balas colidirem contra seu corpo. Como sempre, era como se só mosquitos picassem-no. Acelerando, Incrível começou a arrancar armas dos mafiosos e compradores, golpeando alguns nas mandíbulas, nos narizes, barrigas ou seja lá o que estivesse ao alcance. Apesar de serem muitos, apenas alguns ali demonstravam ter alguma noção de luta, e a maioria caía com o primeiro golpe.

À frente do robô, Ayres arremessava Chagas no gramado, vendo o velho rolar pelo chão.

— Maldito... — Chagas se levantava com dificuldade, tendo seu movimento interrompido por uma joelhada do Capitão Nove, voltando a cair no chão e tossindo sangue.

— Célio, eu sei muito bem o que aconteceu em 1973! — Ayres encarava o idoso, ignorando a luta de Incrível ao fundo. — Você sabe que eu não tive culpa lá!

João Pedro terminava a luta, sentindo um chute no joelho e derrubando uma pessoa com um broche da Coreia do Norte no peito. Mas é como se uma "chavinha" tivesse girado em sua cabeça quando ouviu um novo grito do Dr. Chagas.

— Como... como não foi sua culpa? COMO NÃO FOI SUA CULPA!? — Chagas se apoiava nos joelhos, trêmulo. — Foi por sua causa que minha filha tomou aquele tiro!

---------- 1973 ----------

— MARIA!!!!

O grito de Chagas fez Ayres parar de lutar e olhar pra trás. Seus olhos se arregalaram com aquela cena. Chagas tinha caído no chão, e abraçava com força a pequena garotinha. O sangue escorria pelas mãos do cientista, e a pequena estava com a cabeça recostada ao ombro dele. O olhar dele era de desespero.

— Meu Deus... — Ayres tremia. Era a primeira vez que se sentia tremer em toda sua vida de herói. A cena...

— Ela tá respirando ainda... — Chagas fechava os olhos, e tremia demais.

Ayres se aproximava, estendendo a mão. E um tapa impediu o movimento de seu braço. Chagas tinha um olhar de ódio. E saiu correndo com a garotinha no colo, não sem antes lançar uma ameaça.

— Ela não tinha nada a ver com isso...

---------- Hoje ----------

— Ela não tinha nada a ver com isso...

Lágrimas escorriam por entre as rugas do rosto de Chagas. Ayres parecia hesitar de se aproximar. Incrível olhava sem entender.

— Ela... ela sobreviveu ao tiro, mas... ficou paraplégica. Por toda a vida... e eu nem pude ter tempo com ela, pois estava preso naquela maldita cela fria! — Chagas olhava para Ayres. — Minha Maria... ela não tinha nada a ver com aquilo... e você não se importou...

João Pedro olhava aquela situação sem saber o que fazer. Tinha se habituado com vilões sem face. Inimigos sem compaixão. Mas aquele senhor...

— Eu... eu tentei ajudar, Célio... — Ayres olha para JP. — ...eu não sei o que dizer...

Incrível hesitou por alguns momentos, puxando o controle remoto do bolso. Chagas olhava aquele dispositivo já sem esperança. E João Pedro só destruiu o dispositivo, lançando os restos ao chão.

— Se eu voltei a fazer isso... foi por que Maria está pior. Ela tem pouco tempo de vida. O dinheiro das vendas iria pra ela, e... eu... eu quero salvar minha filha...

De repente, os olhos do robô se abriram, brilhando em um tom forte de vermelho. Os braços mecânicos da máquina pegaram o vilão com tudo, jogando-o dentro de uma espécie de "cabine de controle", onde o idoso pôde sentar-se. Segurando um volante antigo, Chagas encarou Incrível e Capitão Nove, num olhar sério.

— ...e vocês não vão me impedir disso. E se eu não conseguir salvar ela, eu irei vingar sua morte. Nem que pra isso eu tenha que destruir a cidade que você tanto amou.

Um sinal de rádio é emitido a partir de uma antena, e o robô rapidamente decolou na direção de Nova Capital. Os foguetes acoplados em suas pernas lançavam uma trilha de fumaça, indicando o caminho que aquela máquina de guerra seguia.

— Era... era disso que eu falava, garoto. — tirando a máscara, Ayres olhou para Incrível. — Nós cometemos erros terríveis nas nossas vidas. Erros imperdoáveis. E é por isso que não podemos parar de lutar, nem de nos preocupar... para ficarmos em paz com nós mesmos.

---------- 1983 ----------

O Hospital Central estava lotado, como de costume em dias de visita. Em um dos quartos de internação, uma adolescente estava deitada, com soro ligado em sua veia e os olhos focados diretamente na pequena TV de tubo no quarto. Seu corpo não se movia, e ela não tirava os olhos da frente da televisão.

Nem mesmo percebia que, na janela pelo lado de fora, um homem num uniforme branco e azul flutuava, anotando algo numa pequena agenda. Era o último dia de visitas do ano, em pleno 25 de Dezembro, e as decorações de natal estavam espalhadas pelas paredes do hospital, um projeto especial feito para dar mais alegria a quem ali estava.

O homem, toda semana, parava ao lado da janela e anotava. Ele observava por quase uma hora antes de ir embora. As anotações sempre eram parecidas, ele monitorava o estado de saúde da garota. Mas, naquela noite de natal, o homem teve uma surpresa: a garota virou a cabeça, olhando na sua direção. Um sorriso formou em seu rosto, e ele pôde ver os lábios dela se movendo.

— Papai...?

O homem piscou forte, perdendo um pouco da estabilidade em seu flutuar. Era o primeiro movimento dela em 10 anos. A garota que não recebia visitas. O pai? Preso. A mãe? Quem sabe onde estaria? Mas a garota estava lá, com o sorriso no rosto. Mas ele não era quem ela buscava. Sentiu-se mal por estar ali. Sentiu-se sujo...

Ele não teve coragem de encarar muito a menina, e saiu voando na direção do presídio. Talvez o pequeno diário nunca chegasse às mãos do homem. Mas, pelo menos, ele sentia que aquele esforço poderia ajudar a trazer a garota de volta ao pai dela. E o 9 estampado em seu peito teria, ali, seu último uso. Talvez pudesse retirar as queixas contra Chagas... não. Não tinha mais que se envolver nisso.

Não podia mais se envolver. Sua vida como herói já havia acabado. Chagas estava preso, e só sairia de lá dentro de 20 ou 30 anos. Não podia voltar a se expor.

Mas talvez, se ele soubesse o desejo de natal da garota, que ela só disse para uma enfermeira...

— Enfermeira... eu quero... meu pai...

Rolagens de Dados (por ND)


Deter a Negociação:

Informações


O ganho de XP será atualizado após a 2ª parte

Missão continua no Constelação
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