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T02E10 - Projeto Renovar

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27/04/21, 11:49 pm
Base do Projeto Renovar
20 de Fevereiro de 2022, 18h25


Calheiros caminhava em frente aos membros do esquadrão do Projeto Renovar, todos posicionados em fila e olhando na mesma direção. Em seus pescoços, coleiras com um dispositivo metálico e um som baixo de "bip" a cada minuto. Dínamo, Polaridade, Cristal, Quebra-Ossos e Pitbull — este sendo o único sem coleira, ironicamente — viam o caminhar do diretor daquele local, notando que ele parecia um pouco perturbado até.

— É o seguinte. A opinião pública está cobrando isso. Tivemos informações de um herói registrado que supostamente entrou em confronto com o Incrível. E, apesar de tudo, não temos provas concretas de que ele voltou à ativa. A questão é que, desde a invasão à delegacia, uma série de coisas anda acontecendo, e muitos heróis não-registrados estão agindo de forma unida.

— Calheiros, pera lá. Cê não disse que era pra gente ir atrás do Chip? — Dínamo já interrompeu na lata a fala de Calheiros, ignorando um leve rosnar de Pitbull.

— E a gente vai ter que continuar usando essas porcarias de coleiras?

— Não reclama da coleira rastreadora não, gelol. E esqueça isso, faísca. Já tive uma conversa com pessoas de cima. Não vamos mais atrás dele.

Aquilo era um tanto surpreendente. Desde que aquele projeto existia e estava operacional, jamais o diretor Calheiros havia voltado atrás numa decisão de capturar um herói.

— O foco agora é outro, rapazes. — Calheiros pega uma pasta entregue por um dos funcionários da agência, e retira alguns papeis, entregando-os para cada um dos cinco enfileirados ali. — Vamos ter uma pequena missão de caça...

As fichas mostravam fotos de alguns dos heróis que invadiram a delegacia do Laranjeiras. Pitbull cerrou os olhos para Calheiros, saindo antes dos demais. Não ouviu as ordens sendo acatadas pelo quarteto.

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Engenho, Nova Capital
21 de Fevereiro de 2022, 10h30


Lucas andava pelas ruas do Engenho, carregando uma pequena sacola de papel. Dentro dela, alguns pães que conseguiu comprar depois de juntar alguns trocados. Seu estômago roncava, o cheiro do pão fresquinho chegava ao seu nariz, mas mesmo assim ele se mantinha firme. Aqueles pães não eram pra ele apenas.

Depois de alguns passos, Clone viu um dos grupos de mendigos que ajudava, sorrindo e se aproximando deles. No entanto, antes que ele chegasse junto do grupinho, pôde ver todos se assustando e partindo em disparada. Sem entender, chegou a pensar ter assumido a sua forma original, olhando para as mãos e vendo que elas estavam normais. Nessa, viu num reflexo numa poça d'água um ser elétrico flutuando, e se virou antes que pudesse ser atacado por trás, vendo Dínamo com um olhar focado e até meio psicopata.

— Ei, mendigo... cê já viu um moleque transmorfo por aqui? — Dínamo ergueu uma das mãos, começando a gerar uma bola de energia — E é bom você colaborar, ou a gente vai ter que se resolver de outro jeito...

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Centro, Nova Capital
21 de Fevereiro de 2022, 10h00


Kelly entrava em seu apartamento, fechando e trancando a porta. Tinha saído de casa apenas para , e seu semblante era de cansaço. De forma oculta, precisou derrubar na porrada um infeliz que tentou a assaltar, e ainda precisou dar um jeito de fugir de volta ao seu apê.

— Caralho... que saudade de quando a gente não precisava se esconder que nem bicho...

Se jogando no sofá, Kelly ligou a televisão, e puxou o celular. Parou quando viu as notícias sobre o ocorrido com Vulto, que era praticamente a única coisa que se falava. Passou os olhos pela mesa, aflita. Voltou a olhar na tela do seu smartphone. Quase 10 ligações perdidas. Todas de sua tia Sara. Preocupada, chegou a abrir a lista de contatos, só pra ver que Sara fazia a 11ª tentativa.

— Kelly! Onde que você está!? Por que não atendeu!? — a voz de Sara era cansada e tensa.

— O que que foi, tia!? Cacete, eu não estava p--

— Seja lá onde você estiver, sai daí agora e me encontra no Setor Industrial. Na frente do Bloco C. Vem logo! Tão indo atrás de você!

Babalu se levantou na hora do sofá, lançando ao chão algumas pequenas peças decorativas.

— QUEM? QUEM QUE TÁ ATRÁS DE MIM!?

De repente, o celular de Babalu começou a flutuar no ar, bem como muitas outras coisas dentro do apartamento, principalmente metálicas. A voz de Sara agora estava longe, pouco audível. E Polaridade aparecia à frente da janela do apartamento, forçando a porta da varanda a se abrir.

— Você está presa, Babalu — Polaridade sorriu, tentando lançar uma corrente para enrolar Kelly.

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Reserva Macunaíma, Nova Capital
21 de Fevereiro de 2022, 10h45


Samanta subia com tranquilidade o morrinho de terra da entrada principal da Reserva Macunaíma. Havia sido chamada novamente por um dos sacis que ali residiam, e não podia deixar de ter lembranças das primeiras missões de sua vida como heroína, conforme evitava um cachorro que insistia em pular em suas pernas, pedindo atenção.

Se aproximando de uma das casas de madeira, Devaneio rolou os olhos ao ouvir uma discussão. Ultimamente, as matriarcas pareciam satisfeitas em mandá-la só para resolver pequenos atritos. Obviamente, não contou sobre sua ida à delegacia, apesar das matriarcas saberem da participação dela num confronto com o Conselho dos Cinco. Bastante crédito havia sido dado, mas não o suficiente para fazê-la não ir em discussões.

Olhando para a casa, ela pôde ver o saci discutindo com a esposa, que também era uma folclórica. Mais uma briga de casal, pensou. Mas alguns gritos começaram a ser ouvidos mais para cima da reserva, fazendo Devaneio correr e ver que, duas vias acima, um grandalhão simplesmente estava destruindo uma casa que também servia como escritório do MST. Quebra-Ossos, em suas roupas patriotas, berrava algo contra comunistas, até que Samanta teve a brilhante ideia de chamar-lhe a atenção, atirando uma pedra nas costas dele.

— Oh! — Emmanuel se virou, olhando para Devaneio e sorrindo. — Achei que ia ter que continuar me divertindo em cima desses comunistas por mais tempo até você chegar. Muito bem, minha cara, tem gente querendo sua cabeça, e eu vou a levar.

Se tornando puramente metálico, Quebra-Ossos investiu contra Devaneio, esticando os braços para agarrar a pequenina saci.

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Jardim Solar, Nova Capital
21 de Fevereiro de 2022, 10h10


Não era comum a Penumbra agir quando ainda havia o sol brilhando no topo do céu. Porém, nas suas investigações pessoais, era necessário estar de frente à casa de Demétrius Castilho, que aparentemente tinha voltado à ativa. Suas investigações apontavam para a velha casa abandonada. Não foi difícil invadir a residência, se teleportando para dentro e sentindo seu poder deixando de ser afetado pela luz direta do sol.

A casa, que deixava muito pouca luz entrar em seu interior, estava mais destruída do que há quase dois anos. Seus olhos inquisitivos passavam por algumas pichações nas paredes, vendo restos de estátuas espalhadas pelo chão. No entanto, algo parecia errado. Alguém tinha estado ali.

Tocando o chão, Penumbra viu que a temperatura do solo estava muito abaixo do que deveria estar. Mesmo de luva, podia sentir o frio no chão. Olhou para cima, viu alguns cristais de gelo presos ao teto, e puxou sua tonfa.

Num salto, evitou uma rajada de gelo que quase o atingiu pela lateral, sumindo nas sombras. Cristal andou pela sala escura, seu corpo revestido por aquela leve camada de gelo. Seus olhos piscavam devagar.

— Bem que o Calheiros disse que você estava aqui... vocês são muito burros!

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Itaúna, Nova Capital
21 de Fevereiro de 2022, 11h00


Incrível rasgava os céus de Nova Capital, seu olhar exalava fúria. Depois de uma mensagem anônima recebida, o chamando até o Itaúna, João Pedro sentiu o sangue ferver. "O Renovar te quer. Me encontre em Itaúna".

Chegando no meio do Autódromo Bernardo Cavalcanti, Incrível viu Pitbull parado acima de uma chicane do circuito, seu olhar focando diretamente na figura obscurecida pela luz solar.

— Porra, ainda bem que você não me ignorou...

— O que que você quer, cara? Não tá mais ocupado com os almofadinhas na Academia? Ou lustrando o teu registro de herói? — Incrível se manteve no ar, claramente acuado.

— Tá, eu mereci ouvir essa. Mas cara, eu tô aqui por que tão me mandando te caçar de novo, e...

— Caralho! — era raro ouvir Incrível soltar um palavrão. — Que que essa porcaria desse Renovar tá querendo comigo de novo!? Que saco!

— Não, escuta... seguinte, eles me mandaram te pegar, mas cê sabe que a gente é parça, né porra? Eu tô fazendo tudo isso, e você sabe que, se eu não fizer, a merda do governo come o meu cu! A gente precisa agir juntos de novo, Incrível.

— E por que? — João Pedro foi pousando, encarando Pitbull. — Por que eu confiaria em você agora? Depois de terem metido a facada nas minhas costas? Você e os BFF...

— Você tá com um grupo, né? Você tá envolvido na delegacia, né?

Incrível cerrou os olhos. Seus punhos se fecharam.

— Como que você...

— Não importa. A gente conseguiu essa informação. Mas tão indo atrás de todos eles, e eu tô querendo te ajudar! Os caras...

Interrompendo a conversa, Incrível sentiu um encontrão o arremessar quase do outro lado da pista, parando apenas num guard rail. À frente dele, uma figura sorridente e patriótica pousava devagar. O homem sorria, olhando rapidamente para Pitbull, e depois para Incrível. Ali estava o major Adônis Máximo. O conhecido Major Máximo.

— Era muito óbvio que você ia fazer isso, cadelinha do Calheiros. Mas não se preocupe. Depois eu vou dar um jeito em você. Agora... — o Major Máximo caminhava na direção de Incrível, sorridente. — Agora você não tem como fugir, covarde. Nossa luta parou naquele dia, mas eu tô ansioso para a revanche. E, claro... vai ficar tudo bem, por que eu cheguei! Como sempre.

Flashbacks do dia em que quase matou Temporal chegaram à mente de JP. Era hora de exorcizar esse fantasma.

Informações


→ Todos terão um ND médio na primeira rodada, exceto Incrível que tem um ND alto. Ações livres.
Penumbra
Penumbra

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28/04/21, 01:37 pm
- Diário de Penumbra - 21/02/2022 - 09h50: Demétrius Castilho... o maluco não conseguiu aceitar a falha dos seus projetos e sonhos. São nesses momentos que surgem os heróis e vilões. Infelizmente, ele seguiu o caminho errado. Enfrentei uma estátua viva dele. Nada muito trabalhoso, mas se houvessem várias, podia complicar bastante. Algumas informações apontam que ele está voltando a ativa, então preciso ir até a grande casa que ele havia construindo no Jardim Solar. É um bom ponto de começo pra achar o cara.

O vigilante das sombras vai até a casa do artista. Achou melhor não esperar anoitecer para investigar - É melhor prevenir do que remediar. - Por isso, mesmo de manhã e com o sol enfraquecendo seus poderes, vai atrás de pistas mais concretas.

Chegando no local, se teleporta para dentro da mansão. O ambiente é frio, nada comum para uma manhã ensolarada. A desconfiança de Penumbra se torna real, quando é atacado por uma rajada de gelo. O vigilante é rápido e consegue desviar do golpe. Cristal se revela, estava ali para capturar o herói sombrio.

Nas sombras, escondido, Penumbra começa a conversar com Cristal. Ele não quer enfrentar a moça, visto que já haviam agidos juntos mais de uma vez.

- Cristal... lembro de agirmos muito bem em dupla naquela fuga do Ryan (Aeroporto Internacional). Até contra as estátuas do Castilho já lutamos (Jardim Solar). Todos nós cometemos erros na nossa trajetória, e infelizmente você acabou se curvando a outros interesses. Eu só queria saber se você cumpre essas missões por que quer, ou por que tem uma coleira no pescoço. Podemos bolar um plano pra te tirar dessa, mas você precisa ser sincera se quer realmente essa chance.

Tudo agora depende da resposta de Cristal. Se ela se mostrar disposta a seguir o plano do vigilante, Penumbra tentará achar um jeito de desativar a coleira e acolher a garota entre os foras-da-lei. Se não, Penumbra estará pronto para entrar em combate, se desviando dos ataques gelados da moça. Ser atingido por um desses ataques pode ser muito problemático. Então ele vai tentar não se expor, e segurando os movimentos da garota com suas sombras, tentará derrubar alguma estrutura da casa abandonada sobre Cristal.
Devaneio
Devaneio

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29/04/21, 09:45 am
Após lidar com o dragão e conhecer o Conselho dos Cinco, Samanta pensou que ia ser enviada em missões mais importantes, mas lá estava ela novamente indo solucionar mais uma briguinha de casal sobre algúem usar o cachimbo do outro ou ouvir demais as cantorias da sereia vizinha.

Porém, ao chegar no local se depara com o antigo herói Quebra-Ossos com um novo uniforme horrível, quebrando tudo e gritando qualquer coisa boomer contra comunistas. Ele anuncia que estava ali atrás dela e já parte pro ataque, enquanto a saci tenta desviar transformandos eu corpo em ar.

— Nossa, mas que merda aconteceu com você pra passar de Quebra-Ossos-de-Bandidos pra Quebra-Casas-de-Inocentes? — Ela começa a irritá-lo pra chamar atenção e dar tempo dos civis fugirem — E você deve tá fazendo um péssimo trabalho se enviaram um grandalhão desses contra a baixinha aqui. Se quiser uma luta mais digna eu te apresento meu amigo V8, vai ser menos humilhante apanhar pra ele.

O plano inicial de Devaneio é atrair Quebra-Ossos para dentro da mata, onde não representará perigo aos civis, e deixá-lo o mais cansado possível. Transformando seu corpo em ar para ficar mais rápida, ela tenta atraí-lo, deixando que a siga até estar cercado de árvores. Então ela diminui seu tamanho, esperando ficar praticamente invisível e começa a brincar com a mente do inimigo: faz com que ele a veja em um local bem distante zombando dele, para que corra até ela, somente para vê-la desaparecer e aparecer em outro lugar mais longe. Enquanto ele corre, Devaneio tenta fazê-lo ver as árvores trocando de lugar em seu caminho para confundí-lo. E somado a tudo isso, ela tenta aumentar sua sensação de cansaço e usar a aerocinese para tornar seus movimentos mais difíceis.
Clone
Clone
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29/04/21, 04:57 pm
Sabe qual é a parte mais legal de ser o herói do bairro? Ajudar. E graças a minha posição privilegiada de pária da sociedade, sei muito bem quem posso ajudar. Por isso, dei meus pulos e consegui um pouco de comida para a comunidade de mendigos da rua do lixão. A rua não se chama assim de verdade, mas é como é conhecida pela galera. Gente, que pão fresquinho, quentinho... Ah, se eu não fosse gente fina, ai ai ai...

Quando chego, imaginando a alegria do pessoal, vejo eles com medo de alguma coisa. Cheguei até a achar que era eu, mas quando percebi a merda chegando já era. Um desses heróis do registro quase me acertou. Caramba, que doidice é essa? Ainda vejo o maluco dizendo:

— Ei, mendigo... cê já viu um moleque transmorfo por aqui? E é bom você colaborar, ou a gente vai ter que se resolver de outro jeito...

Agora eu vi... Quer dizer que o "herói" pretende barbarizar uns pobres mendigos pra me encontrar? Ele só pode estar de brincadeira... Até pensei em deixar pra lá, me fingir de desentendido... Mas cara, ele tava ameaçando pessoas inocentes! O que é que dá na cabeça desses caras? Ignorância vem no pacote completo? Preciso fazer o cara parar...

- Você está falando do Clone...? Ele, ele... se foi... - Falarei com a maior cara de tristeza que puder.

Minha ideia é fazer ele acreditar que eu morri. Espero ser bem convincente. Se ele não acreditar e ficar nas ameaças, pelo menos eu ganho tempo para acessar os poderes dele e revidar. Que tipo de poderes ele tem? Ele voa, dispara raios... O que mais? Vou tentar levar ele na conversa, descobrir o que eu puder sobre ele ou porque ele está aqui. Se necessário, vou usar os poderes dele contra ele. Acho que levar ele para a borracharia do tio Parrudo, daqui de perto. Será que ele fica mais fraco lá, onde tem borracha?

Resumo da ópera: Vou tentar convencer ele de que eu morri e fazer o cara desistir. Se não der certo, atraio ele para a borracharia dizendo que pode me encontrar lá e tento usar os poderes dele contra ele, para pará-lo e ter uma conversa mais civilizada - ou fugir! Não sou nem besta.
Babalu
Babalu

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30/04/21, 05:11 pm
“Mas que merda, não tenho um dia de sossego”- Kelly encarava Polaridade enquanto os objetos de seu apartamento flutuavam, ela rangia os dentes de raiva mas mas suas pernas também tremiam um pouco, ela não sabia o que fazer, seu segredo poderia estar comprometido, também não poderia iniciar um combate ali, tinham famílias vivendo no mesmo prédio, era muito perigoso, de qualquer maneira teria que dar um jeito de sair dali. Ela estica sua mão e puxa seu celular no ar, enquanto seu uniforme vai tomando forma por baixo de suas roupas.

- Você está presa, Babalu.- Ela tinha um sorriso quase psicopata no rosto, Babalu conhecia ela da Longa Noite de Terror, mas também viu os vídeos do Fail Hero sobre ela, principalmente da vez que ela derrubou um edifício com pessoas para apagar um incêndio.

-Só não derruba esse prédio igual você fez naquele vídeo “ Vamo ver se isso mexe com ela”- Babalu toma pose de combate, assim que Polaridade atacar Babalu vai ejetar de suas roupas normais e tomar forma de bola, e se jogará nas paredes do apartamento, ricocheteando e ganhando velocidade, para desviar dos ataques de Polaridade e tentar confundi-la, assim que puder se lançará contra ela para fora do apartamento, aproveitando para fugir no mesmo formato e atrair ela para um local mais isolado.
Incrível
Incrível

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30/04/21, 10:32 pm
— Agora você não tem como fugir, covarde. Nossa luta parou naquele dia, mas eu tô ansioso para a revanche. E, claro... vai ficar tudo bem, por que eu cheguei! Como sempre.

Flashbacks do dia em que quase matou Temporal chegaram à mente de JP. Era hora de exorcizar esse fantasma.

Incrível caminha lentamente na direção do Major Máximo o encarando com um olhar de raiva. Sentia raiva por saber que aquele "herói" o desprezava, sentia raiva por ainda ser tratado como um bandido, raiva de tudo de ruim que aconteceu em sua vida, raiva das leis anti heróis, raiva dos amigos que viraram as costas, raiva de ter que viver fugindo...
Era hora de usar essa raiva como combustível e encarar de frente o problema. Chega de fugir, chega de esperar que o tempo resolva as coisas, era a hora de enfrentar os fantasmas do passado. Nem o Major Máximo nem ninguém poderiam lhe dizer o que fazer.

-A última vez eu tava com apavorado, e totalmente desnorteado... Meu coração parecia que ia explodir de tanto medo que eu sentia.... Medo do que eu fiz, medo do que ia acontecer... medo de você...



O herói cerra os punhos e crava os pés no chão com força. Toda a humilhação e medo que sentiu quando foi confrontado por Máximo a primeira vez voltavam a tona. O olhar do Major era de soberba e desprezo por quem está "abaixo", o mesmo olhar dos tantos policiais que o enquadravam no passado. Um olhar de puro ódio e maldade. Mas JP havia prometido para si mesmo nunca mais abaixar a cabeça para ninguém.

-Chega!!!  Eu não tenho mais medo de você e nem de ninguém...Se é briga que você quer, então vem tranquilo! Você gosta de se crescer em cima dos outros, mas pra cima de mim não otário!!!

O herói renegado estava disposto a enfrentar seus medos. Sem saber o nível de poder do rival, JP pretende usar sua velocidade para esquivar dos golpes, e caso for atingido tentará resistir ao máximo mas sempre analisando o adversário.  Assim que uma brecha surgir pretende atacar com tudo, usando toda sua força e suas habilidades em combate contra o Major. Sua intenção é usar toda sua raiva e por um ponto final nessa história. Chega de ter fugir e ter medo.

-Ai Pitbull, vaza daqui logo antes que essa merda respingue em você... A coisa vai ficar feia hoje!
Atieno
Atieno

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03/05/21, 11:23 am
Calheiros mantinha-se sentado diante de um grande painel luminoso, bebericando duma xícara de café. Suas ordens para Pitbull haviam sido claras. Seus olhos passavam diante de uma série de câmeras de monitoramento, vendo os membros de seu projeto. Ao seu lado, uma pequena pasta de papel escuro jazia deitada sobre alguns botões.

Os alarmes, então, soaram por toda a sede do Renovar, poucos quilômetros do Complexo do Inferno. Num comando de teclado, Calheiros alterou a visão, vendo as entradas e os corredores que davam em sua sala. Seus agentes estavam todos flutuando, paralisados e com as armas em riste. Quando escutou as portas se abrindo à força, girou sua cadeira, tomando o último gole de café e dando um sorriso à sua visitante.

— Oh! Eu não esperava que nos veríamos tão cedo assim, Érica. Quer um café?

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Cristal não parava de observar Penumbra, os dois se encarando num giro, o combate prestes a começar. Apesar de Bruno estar escondido, ele sabia que, conforme o sol se movia no céu, suas luzes se refletiam nos cristais de gelo que a agora inimiga havia espalhado, e não só isso ia o enfraquecendo, como ia reduzindo seus locais de esconderijo. E era como se Bianca pudesse o achar pelo próprio gelo. Ele estava em clara desvantagem, não tinha muito o que poderia ser feito.

Precisava apelar ao passado. Às memórias. E Bianca ouvia aquilo, mantendo seu corpo coberto de gelo. Cada palavra de Penumbra era absorvida em meio àqueles cristais de gelo. Ele podia perceber pelo seu senso investigativo que, aparentemente, os poderes daquela garota haviam crescido. O gelo parecia até vivo ao redor dele, como uma extensão do organismo de Cristal. Ele sabia que ela estava o ouvindo.

— Eu... não sei do que está falando — Bianca tentou disfarçar. A mentira na sua voz era óbvia.

— Me deixe te ajudar, Cristal. Eu posso a acolher num lugar onde você será protegida.

— Eu... eu pre--AAAAAAAGHHHHHHHHHH...!

Os olhos de Bruno, num instante, foram diretamente à coleira no pescoço de Cristal. E ele viu uma luz vermelha se acender, vendo que Cristal levava a mão à cabeça e gritava brevemente. Em seguida, seu olhar voltava a ser focado. Infelizmente para Penumbra, focado até demais.

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Quebra-Ossos fez a distância entre o posto do MST e Devaneio em meros segundos. Mas, quando atravessou o local onde a baixinha estava, apenas uma lufada de ar passou por ele, o fazendo ir direto contra uma parede de madeira. O corpo de Devaneio se materializava novamente atrás de Quebra-Ossos, a saci sorria e convocava o grandalhão à luta. Os olhos dele se focaram nela, a fúria imensa tomando seu olhar.

— Eu vi a verdade que todo mundo esconde, baixinha! Eu estudei com o Otávio d'Orvalho! Eu sei de toda a verdade! — ele urrou, perseguindo Devaneio e a vendo se esquivar novamente. Ela o direcionava à mata fechada, sem que Emanuel notasse.

— Porra, você vai confiar mesmo num astrólogo que nem se formou no ensino médio? Tá de sacanagem, né? — Samanta gargalhou com gosto, correndo para o meio de algumas árvores.

Como o esperado, aquele idiota a perseguiu por entre as árvores, com Devaneio ouvindo gritos medonhamente bizarros de "comunista safada" vindos dele. Por um tempo, sentiu pena do grandalhão, imaginando a lavagem cerebral pela qual ele passou.

— Não pensou em mandar currículo pra Academia Benfeitores não? — Samanta se esquivou novamente dele, o puxando para um ponto específico da Reserva. — Aposto que tem um monte de gente que pensa que nem você lá.

— Hah! Eu não vou me juntar àquele projetinho de dominação. Tá cheio de doutrinador lá que tô ligado. Essa porra de governo comunista tá querendo implantar loucuras e... ah, que porra, para de correr, desgraça!

Emanuel parou no meio das árvores, olhando para os lados e procurando por Devaneio. Não percebeu que ela, diminuta, se ocultava num ponto em especial.

— Ah, cala a boca, minion — Devaneio apareceu sobre uma árvore, Quebra-Ossos correu até ela... e a viu sumir. Era hora do show de Samanta.

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— Pera... sério?

Clone viu que Dínamo acreditava fielmente nele, e que parecia mais disposto a ouvir. Lucas até relaxou um pouco os ombros. Mesmo assim, precisava ficar em alerta.

— Me fala aí... o que que aconteceu com ele? Não tem nada nos arquivos dizendo que ele morreu.

— Ah, sim, então... — Clone arriscou alguns passos, vendo que Dínamo iria o seguir. — Não sei se você soube, mas teve uma batida policial aqui, sabe? Daquela super-polícia e tal. Os caras espancaram o Clone na frente de todo mundo, simplesmente esmurraram o cara até a morte. Ele gritava, gritava por ajuda, gritava por piedade, mas os caras não paravam. É que, sabe como é, né... — Clone já estava de frente à borracharia, voltando a focar sua visão em Dínamo. — A gente aqui sofre pacas com isso. Polícia catando a gente. O cara até se escondeu na borracharia...

Os pneus estavam ao alcance de Lucas, bastaria apenas um pulinho. Dínamo parecia estar sendo convencido, mas aparentemente algo apitava numa coleira que ele usava. Seus olhos cerraram.

— Pera... se escondeu? O cara não morreu?

Na mesma hora, um pneu voou na cara de Dínamo, e Clone aproveitou do gancho para copiar os poderes do eletrocinético, se misturando em meio àquela montanha emborrachada.

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A aparência ofensiva de Polaridade fazia Babalu se arrepiar, aquele cabelo de duas cores lhe dava uma aparência sinistra, ainda mais num uniforme que valorizava o terror. Fora isso, se sua identidade estivesse suficientemente comprometida... além do mais, pelo escândalo de Polaridade, aquela parecia justamente ser a intenção dela. Expor a identidade de Kelly. Cercá-la. Fazê-la se render.

— Só não derruba esse prédio igual você fez naquele vídeo — Kelly sorriu, vendo que a provocação surtiu efeito.

O sorriso psicopático abandonou a face de Keiko, que atirou uma série de objetos contra Babalu, em velocidade semelhante aos tiros de uma pistola. Na mesma hora, a heroína se fez uma bola, ricocheteando nas paredes e derrubando alguns objetos, mas evitando cada projétil disparado contra ela. No entanto, os objetos pareciam seguir Kelly, até mesmo igualavam sua velocidade.

— Eu tô vendo tua aura magnética, Babalu. Pode tentar me confundir à vontade, não vai escapar de mim — Keiko sorriu, juntando mais metais que perseguiam Kelly.

— Ah, é? Então escapa disso!

Em um dos ricochetes, Kelly se lançou contra Polaridade, a atingindo na barriga e jogando ambas para fora do apartamento. Os objetos ainda seguiram Kelly por um tempo, mas ela pôde ouvi-los se chocarem contra Keiko.

Agora, estava despencando em sua forma de bola de uma altura de mais de 20 metros.

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No autódromo, Incrível encarava o Major Máximo, sua fúria transparecia por sua máscara. Se era isso o que o Major queria, era isso o que ele teria. Dessa vez, Incrível não iria fugir.

— Ora, meu caro... você acha que eu preciso me projetar sobre você? — o Major sorriu, correndo contra Incrível, golpeando exatamente o local onde ele estava.

Ao ver bem onde atingiu, seu punho apenas havia revirado um tanto de terra. Uma pequena cratera se formou. Mas nada do renegado. Adônis não se abateu, dando um giro ao ver Incrível na sua visão periférica, e passando reto pelo local onde Incrível estava, notando que ele se esquivou de novo.

— Parece um pouco mais forte, garoto — o Major ergueu voo ao ver que Incrível o sobrevoava. Como um foguete, recortou os céus, e viu que Incrível fugia dele. — Mas continua sem ter coragem de me encarar diretamente. Tá com medo de que? De me matar? Eu sou invencível!

João Pedro girou no ar, vendo um feixe amarelo cruzar o local onde estava. O Major fez uma curva e voou contra Incrível, só notando tarde demais que um soco bem dado iria o atingir na mandíbula. E assim aconteceu, com Incrível golpeando Adônis, o forçando a perder o controle do voo e explodir sobre o asfalto da pista.

Incrível baixava devagar, pronto para golpear Major Máximo novamente, e viu tarde demais que os olhos dele brilhavam.

— E eu tenho mais coisas que você imagina...

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Dentro daquela casa, em meio às estátuas, o urro de dor de Penumbra rebateu e ricocheteou. Uma estaca de gelo estava atravessada em seu ombro, o jogando pra fora de seu esconderijo sombrio e o deixando à mercê de Cristal.

— AGH! — Penumbra tentou remover a estaca, sem sucesso. O sangue, pra piorar, não estava vertendo. Estava congelando. Iria congelar de dentro pra fora daquele jeito.

— Se renda, ou te levo morto mesmo para o Calheiros — Cristal começou a criar estacas de gelo em sua armadura natural, pronta para destruir Penumbra de uma vez. Ao alcance do vigilante, apenas havia suas armas e um comunicador. Suas sombras ainda estavam enroscadas num pilar.

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Quebra-Ossos já atacava uma falsa Devaneio pela terceira ou quarta vez consecutiva. Seus passos iam ficando cada vez mais pesados, e o suor escorria pelo seu rosto. Seus olhos confusos pareciam ver as árvores mudando de posição a todo momento. Era como se ele estivesse sempre mudando de ambiente, ao mesmo tempo que mal se movia. Já estava prestes a entrar em parafuso.

— Que humilhante — uma falsa Devaneio riu, se desfazendo ao soco de Quebra-Ossos. — Você era um herói, cara! — os socos de Quebra-Ossos já não estavam mais rápidos. Outra Devaneio falsa. Seu punho preso ao tronco de uma árvore mais grossa. — E agora tá aí, caçando fantasmas vermelhos — outra ilusão. As risadas vinham de todos os lados. — Valeu a pena deixar tudo pra trás para defender uma ideia falsa?

Emanuel não aguentava mais. Seu corpo cedeu à pressão. E ele desabou no meio daquele gramado. Sua coleira piscava fortemente em vermelho, como se tentasse o alertar de algo. Mas ele já havia caído.

Samanta se desfez novamente em ar, saindo daquele local e tomando o céu para si. Nos céus, teve a impressão de que seu comunicador estava tocando. Se materializando, ouviu um chamado.

— Devaneio? Eu tô precisando de uma força aqui!

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Vários pneus voavam na direção de Dínamo em sequência, com Clone perdendo a forma falsa que mantinha e lutando contra aquele difícil adversário. Havia absorvido seus poderes, e era capaz de lutar diretamente. A borracha também o atrapalhava, como esperado.

Então, um dos pneus explodiu num forte clarão. Douglas, furioso, conseguiu concentrar força o suficiente para explodir aquela borracha toda. Num disparo, fez a borracharia inteira ir pelos ares. Mas nada de Clone ali no meio.

— Tá achando que pode fugir de mim!? Eu vou te achar, desgraçado! — Douglas voou ao redor, vendo algumas pegadas deixadas no chão de asfalto. Olhou na direção daquele rastro.

Mais longe, Lucas fugia apressado, aos tropeços. Tinha os poderes de Dínamo, sentia fluir por seu corpo a eletrocinese e tinha adquirido uma capacidade de criar campos de força. E os sentidos elétricos recém-adquiridos o alertavam da aproximação do inimigo. Precisava continuar correndo ou lutar de vez. Puxou um comunicador que tinha, clamando por ajuda. Apenas lembrou de uma pessoa.

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Um carro esmagado, e algumas dores no corpo. Esse era o saldo da queda de Babalu, que sobreviveu muito graças a seu corpo emborrachado. Por poucos momentos, retomou sua forma normal, olhando para os lados e vendo que várias pessoas já haviam sacado seus celulares. Aquela atenção era boa e satisfatória antes. Hoje, é apenas incômoda. Já imaginava um vídeo seu sendo veiculado com alguma mensagem aleatória pró-registro.

No entanto, não tinha tempo pra fazer nada. No chão, vários objetos metálicos perfuravam o asfalto, tentando a atingir. Polaridade voava na sua direção, fazendo Kelly voltar a assumir a forma de bola e a quicar e ricochetear para longe. Avançava na direção do Porto, levando o combate pra fora do Centro, onde havia muita gente.

Enquanto ia ricocheteando e evitando pedaços de metal que quase a atingiam, ouviu um carro buzinar do seu lado. Olhando rapidamente, percebeu sua tia Sara dirigindo a toda velocidade, a acompanhando.

— Dá um jeito nessa piranha e pula pra cá! — Sara gritou, desviando de um hidrante arremessado na rua por Polaridade.

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Uma rajada de energia cinética quente atingiu o tórax de Incrível, o arremessando para trás e o fazendo ser lançado alguns metros longe. Parou ao esmagar outro guard rail, ficando no meio de todo o metal retorcido. Sentia um pouco de dor no corpo, e uma queimadura em seu tórax estava exposta pelo uniforme parcialmente detonado na área. O Major saiu da cratera e voou na direção de Incrível, seu sorriso "radiante" chamando a atenção. Os olhos brilhavam novamente num forte tom vermelho.

— Você até que deu pro gasto... mas tá na hora de acabar com isso

A rajada atingiu a barriga de João Pedro. Um grito de dor estrondoso saiu dele, ele tentava resistir àquilo, mas a dor era insuportável até para ele. Uma pessoa normal já teria morrido ali. Ele sentia como se sua pele fosse ceder a qualquer momento.

Então, um pedaço do metal do guard rail voou contra o Major Máximo, interrompendo seu laser e o derrubando. João Pedro viu Pitbull se aproximar e rasgar o restante do guard rail retorcido, o retirando dali.

— O que é um peido pra quem já tá todo cagado? — Pitbull ergueu Incrível, se posicionando ao lado dele. — Eu não sou teu inimigo não, JP.

O Major se levantou, agora estava furioso. Os dois heróis tinham se juntado para encará-lo. Mesmo bravo, um sorriso se mantinha na sua face.

— É, eu também vou ter que sacrificar o cachorro... vou adorar isso!

— Vê lá como fala, só eu posso chamar ele de cachorro! — Incrível arremessou alguns pneus contra Máximo, vendo ele se esquivar facilmente.

— O filho da puta do Calheiros não disse nada de você vir aqui, Máximo. Some daqui antes que você morra, idiota! — Pitbull gritou, ajudando Incrível nos ataques.

— Quê? Ele não disse isso pra você? Oh, que pena... vai morrer sem saber, então. — Máximo destruiu os outros pneus com seu laser, e focou na dupla. — Afinal... ordens são ordens, e eu vou destruir esse bairro inteiro se for necessário. Mas vocês não passam de hoje.

O corpo do Major Máximo começou a brilhar fortemente, como se fosse lançar um forte pulso de energia. E Adônis voou na direção dos dois heróis.

Informações


Testes:

→ Prazo de postagem: 05/05, às 23h. Todos os NDs cresceram.
→ Incrível terá auxílio de Pitbull no próximo ato, ganhando um bônus de +3 na ação. Babalu pode ter algum auxílio de Sara, ganhando +1.
→ Devaneio pode escolher ir ajudar Clone ou não. Ação livre.
Penumbra
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03/05/21, 01:27 pm
Que merda cara, que merda! Eu não vou me render, não posso! ... Pensa Bruno, pensa! - O vigilante está em total desvantagem. Ferido por um golpe certeiro de Cristal e enfraquecido pela luz do sol, Penumbra precisa urgentemente decidir os seus próximos passos. Se render não era uma opção, o herói tinha que ser mais ousado.

- Você escolheu o lado errado! Mas está certa em uma coisa... você só me leva morto para o Calheiros. E pra isso, vai ter que se esforçar muito mais! - Penumbra junta suas forças para se teleportar para um local alto na mansão.

Já estou enfraquecido por toda essa luz. Está na hora dela deixar de ser minha inimiga. Hoje, a luz vai ser minha aliada! - Com suas tonfas, vai tentar fazer estragos no teto e janelas, e permitir que a luz solar entre com mais intensidade no local. Sempre se teleportando de um local para o outro, Penumbra tentará usar os cristais de gelo de Cristal para criar um foco de luz em algumas peças de madeira abandonadas no salão da mansão. Se os cristais gélidos não forem suficientes para produzir fogo, o vigilante poderá usar os vidros que sobraram na mansão abandonada.

Penumbra tentará usar todos os artifícios possíveis para criar um incêndio na casa. A luz do fogo deve continuar enfraquecendo o herói sombrio, mas no plano de Penumbra, o calor será muito prejudicial para Cristal, permitindo que ele consiga rendê-la com suas tonfas. Arriscado, mas talvez seja a melhor chance para o vigilante. Em último caso, se teleportar para fugir dali e abandonar Cristal em meio ao incêndio também pode ser uma opção.
Clone
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04/05/21, 07:48 pm
Cara, esse maluco é doente... acabou com a borracharia do tio Parrudo! E o pior é que ele é bem poderoso, mais do que pensei. Espero que a Devaneio escute minha chamada. Como seria legal reter os poderes que eu pego, queria muito os poderes da Samantha ou do Penumbra. Aliás, será que é só comigo? Como é que esses caras me acharam? Costumo cobrir bem meus rastros... Ok, depois eu penso nisso. Agora tem um filho de chocadeira me perseguindo e eu não sei o que fazer para escapar desse maluco. Sinto ele mais perto de mim, graças a esses novos poderes que peguei. Devo concluir que ele faz o mesmo?

Vou tentar uma estratégia diferente. Arriscado, mas não tenho muitas alternativas. Vou deixar rastros para ele me seguir até uma área menos habitada, como uma floresta. Assim não corre o risco das pessoas se machucarem. Devo concluir que ele não vai cair outra vez se eu tentar me disfarçar, então é hora de improvisar. Vou assumir uma aparência que ele se sinta constrangido em atacar, como uma vovozinha ou uma criança. Isso me dará uma chance de falar com ele.

Ei, cara... Não precisa desse exagero todo. Você sabe que sou eu, então vamos conversar...

Se eu conseguir falar mais alguma coisa, pretendo dizer:

Olha, eu sou novato nesse assunto de ser herói, mas uma coisa que eu sei é que a gente não barbariza gente inocente. Você me atacou enquanto eu estava numa aparência de mendigo. Destruiu o ganha-pão de uma pessoa por que se estressou com a minha tática. Em que momento você passou a ser um soldado e deixou de ser herói? Será que eu sou tão perigoso assim pra você fazer isso?

Meu objetivo é levar ele na conversa e extrair o máximo que eu puder de informações. Deixarei minha localização pra Samantha, assim ela pode me ajudar caso as coisas saiam do controle. Se ele me atacar, vou usar o campo de força pra me proteger e continuar falando com ele. Aquela coleira que ele usa... Será que é a fonte de poder? Não conheço muito ele, mas vou juntar minhas apostas nessa coleira. Vai que isso desliga alguma coisa nele, ou vai que ele está sendo controlado mentalmente por ela, porque ele tá agindo feito maluco. Vou tentar fazer ele baixar bastante a guarda para não usar o campo de força e eu possa atacar a coleira com toda a energia que eu conseguir pegar. Na pior das hipóteses, ele explode comigo. Meu Deus, espero que isso não aconteça. Ele tá maluco, mas não quero matar ninguém... E nem morrer no processo!
Devaneio
Devaneio

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05/05/21, 02:13 pm
"Eu avisei que seria menos humilhante apanhar pro V8...". Devaneio pensa enquanto deixa seu corpo de fumaça dançar sobre as correntes de ar. "Preciso achar um lugar seguro pra ligar pra ele e pra Dira, vai que mandaram alguém atrás deles também..."

Antes que pudesse ligar pros amigos, ela recebe a chamada de Clone e se dirige o mais rápido possível para a localização enviada por ele, ainda preocupada com a Tropa, mas foca em salvar um amigo de cada vez. Ao chegar perto do local indicado, Samanta vê Clone tentando dialogar com o inimigo. "Pelo menos esse aqui não tá gritando sobre comunistas..."

Inicialmente, Devaneio se esconde encolhida e fica de olho na tentativa de Clone de convencer Dínamo a desistir, mas pronta para salvar o amigo de possíveis ataques caso o diálogo não funcione, empurrando-o com rajadas de ar para longe dos ataques energéticos. Em seguida, ela tenta alcançar a mente de Dínamo para fazê-lo sentir como se seus poderes estivessem se virando contra ele (talvez por interferencia da coleira em seu pescoço), levando choques toda vez que tentar usá-los, na tentativa de forçar o mutante a desligar suas habilidades e ficar vulnerável.
Incrível
Incrível

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05/05/21, 09:49 pm
O corpo do Major Máximo começou a brilhar fortemente, como se fosse lançar um forte pulso de energia. E Adônis voou na direção dos dois heróis.

- Puta que pariu, o que esse cara vai fazer agora? Pensava JP enquanto tentava se recompor. O último ataque havia realmente machucado bastante. O jovem não tinha noção da dimensão dos poderes do Major Máximo, talvez ele fosse mais poderoso do que imaginava, mas agora era tarde demais pra recuar, e havia prometido para si mesmo não mais fugir.

Em sua mente passavam vários pensamentos em relação a Pitbull e também aos antigos aliados do finado grupo dos Bem Feitores. Será que podia confiar neles ainda? Será que podia confiar em Wagner? Afinal, além de ser parte da academia de heróis registrados ele também faz parte do "Renovar" um dos projetos mais obscuros e cheio de mentiras que o governo criou.

Não havia muito tempo pra pensar, ele decide confiar. Pelos velhos tempos.

- Eu tenho uma ideia... mas a gente precisa dar uma canseira nele primeiro. Ele tem uma vantagem que é o ataque a distância, mas nós somos 2. Acho que vai ser treta pra ele acertar os dois ao mesmo tempo, então quando ele focar em um, o outro ataca, o que acha?

A intenção de JP é se esquivar ao máximo dos pulsos de energia fazendo seu rival se cansar. Ele se aproveitará de alguma brecha para atacar também assim que possível. E caso aconteça algum momento de distração do Major com Pitbull, Incrível usará pedaços do guard rail para tentar prender o rival e assim ataca-lo com tudo. Não havia mais espaço pra uma luta limpa, pelo menos não contra alguém como Adônis.



Babalu
Babalu

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05/05/21, 10:54 pm
-VAZA DAQUI!...- Babalu desfaz a forma no ar para poder falar com a tia e rapidamente volta a forma de esfera antes de quicar no chão novamente,ela segue fazendo isso enquanto fugia dos destroços lançados por Polaridade. -VAI PELA AVENIDA CAR… CARLOS OLIVEIRA!… DAQUI A POUCO... A GENTE... SE ENCONTRA! - A garota vira na primeira rua que pode para que a perseguição continue longe da tia dela.

“Ela falou que tava seguindo minha aura magnética, então ela deve tá me rastreando de maneira automática sem nem me ver” Babalu seguia o mais rápido que podia tentando evitar todos os destroços e objetos evitando também lugares com muitas pessoas nas ruas “Sem contar que as minhas coisas acertaram ela na hora que eu caí da janela, talvez ela não tenha tanto controle dessa habilidade” Não parecia importar o quão rápido estava, os objetos pareciam cada vez mais próximo, mas Babalu tinha um trunfo nas mãos.

Enquanto foge de Polaridade e seus objetos metálicos que a perseguem, Babalu vai passar por mais objetos de metal pelas ruas, como placas de trânsito, hidrantes, lixeiras e etc, na tentativa de fazer com que mais e mais coisas se acumulem na nuvem de sucata que a segue, e assim que tiver a oportunidade vai desfazer a forma de bola e segurar em um poste, aproveitando a velocidade para esticar o braço e se estilingar para cima, seu plano é fazer com que os objetos a sigam para cima enquanto ela mesma faz uma parábola na direção de Polaridade, fazendo seu punho crescer ela vai ameaçar um soco para chamar sua atenção, -SEGURA ESSE SOCÃO PIRANHA!- e no último instante vai desviar para que as sucatas atinjam Polaridade enquanto ela foge.
Atieno
Atieno

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07/05/21, 04:35 pm
Érica andou pela sala, olhando todos aqueles monitores e se aproximando de onde Calheiros estava sentado. Cerrando os olhos, viu o sorriso no rosto do diretor do Renovar como uma afronta. Usando sua telecinésia, arremessou a caneca de café ao chão, erguendo Calheiros pelo colarinho. Ao fundo, a data 4 de Fevereiro era vista em filmagens do Cubo, onde um erro quase vitimou membros da Academia Benfeitores.

— Você deu ordens para pegar o Chip? Responda! — Paradoxo usava sua telecinésia para empurrar Calheiros contra a parede, simulando uma força maior do que a que tinha.

— Então... e se eu tiver dado? Algum problema com isso, querida? — Calheiros fez um gesto com a mão, e Paradoxo pôde ver que, em poucos segundos, a sala estava cercada por homens armados, que miravam contra as costas da heroína.

— Até parece que esses aí podem me deter. — Paradoxo cerrou os olhos, usando da telecinésia para arrancar uma arma do bolso de Calheiros e apontá-la em sua cabeça. — Retire a ordem para capturar o Chip.

— Paradoxo, entenda uma coisa. Esses homens podem até não te parar. Mas você sabe o que vai acontecer com sua belíssima academia se eu sair morto dessa sala? Pense, leia minha mente se quiser. Sabe que não estou blefando. — Calheiros manteve seus olhos fixos à face de Érica. — Chip ameaçou a vida de um agente governamental. Ele deve ser mantido em cárcere. É a lei.

— Nosso acordo era que você deixasse todos os Novos Benfeitores em paz!

— Sim, e? Chip fez o que fez. Ele será punido.

Bufando, Érica usou um poder inesperado. Numa onda, todos os soldados do Renovar foram arremessados contra as paredes, suas armas engatilhadas haviam sido entortadas, e todos estavam ao chão. Em seguida, Érica colocou Calheiros no chão, afastando alguns passos.

— Isso foi um aviso. Não busquem o Chip.

Destruindo o teto, Paradoxo disparou aos céus daquele dia.

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Indisposto a entregar os pontos, ou até mesmo a ser capturado e levado até o tal de Calheiros, Penumbra olhou Cristal nos olhos. O olhar dela, no entanto, era vazio. Ela se aproximava, o olhando de cima pra baixo, estendendo a mão como se estivesse pronta para dar o golpe de misericórdia.

Porém, muitas vezes, a única forma de se salvar é assumir riscos severos. E Penumbra imaginava, pelo poder de gelo da jovem, que ela tinha uma vulnerabilidade. Apostou suas fichas naquilo, quando se teleportou para o teto, fragilizado por todo o peso extra que carregava com o gelo. Sentindo a forte dor no ombro, puxou suas tonfas e golpeou, com toda a força que podia investir, numa rachadura perceptível no teto. Num novo teleporte, evitou uma rajada gélida que destruiu parte do teto, aparecendo em outro ponto e vendo os primeiros feixes de luz refletindo ao chão.

Calculando rapidamente a rota que a luz precisaria fazer, Penumbra se teleportou diretamente abaixo da luz, sentindo o contato com ela o enfraquecer mais ainda. O gelo em seu ombro parecia parar de se expandir, indicando uma ação direta de Cristal ali. Ela, por sua vez, girou ao perceber aonde Penumbra estava e lançou novos cristais, criando uma espécie de "curva". Como ele previa.

Apesar disso tudo, o foco luminoso era muito pouco ainda. Usando de seus teleportes, e arrancando pedaços de vidro com as sombras, Penumbra destroçou o que restou das janelas, posicionando-as estrategicamente para refletir as luzes dos cristais, focando numa pequena pilha de tábuas de madeira. Porém, nem assim a ignição era o suficiente. Então, o gelo que era exposto ao sol começou a derreter... em cima de alguns fios desencapados, enquanto Cristal avançava contra Penumbra.

Então, um incêndio elétrico começou a se espalhar pelo local, tomando tudo em muito pouco tempo, dadas as condições precárias. Bruno, vendo Bianca chegar bem próximo dele, se teleportou quase se lançando para fora da casa, caindo no quintal e vendo o fogo tomar conta de tudo rapidamente, sem que Cristal saísse dali.

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Clone corria na direção da Reserva Macunaíma, sentindo que Dínamo continuava a persegui-lo. Mesmo assumindo uma aparência mais infantil ou frágil, Dínamo não hesitava em atacá-lo de todas as formas. Ouviu um poste de luz explodir atrás dele, e percebeu que Dínamo arrancava fios elétricos para atacá-lo. E Clone tentou fazer um papel de mea culpa, tentando apelar ao sentimento.

— Olha, eu sou novato nesse assunto de ser herói, mas uma coisa que eu sei é que a gente não barbariza gente inocente. Você me atacou enquanto eu estava numa aparência de mendigo. Destruiu o ganha-pão de uma pessoa por que se estressou com a minha tática. Em que momento você passou a ser um soldado e deixou de ser herói? Será que eu sou tão perigoso assim pra você fazer isso?

— Quando me negaram ser herói. Afinal... eu não nasci pra vida dos bonzinhos. — Dínamo baixou as mãos, deixando vários feixes elétricos descerem ao chão, arrancando carros, postes e até mesmo tampas de bueiro, mostrando uma força extremamente maior. Tudo se erguia atrás dele, e ele parecia gargalhar. — Eu nasci pra vida do outro lado. Nova Capital não quis me dar a redenção. Pois eu lhes trarei a justiça dos injustiçados!

Todos os objetos voaram contra Clone, atingindo o local onde o herói estava. Esmagando-se contra o asfalto, todo aquele metal se tornou uma grande maçaroca. E Clone via isso do lado de fora, tendo sido empurrado no último instante por uma rajada de vento de Devaneio.

— Que porra... era pro Quebra-Ossos ter cuidado de você! — Dínamo disparou uma rajada contra Devaneio, mas ela sumiu na mesma hora.

Aparecendo ao lado de Clone e o levando para fora da zona de combate, Devaneio se encolheu e começou a usar de sua manipulação ilusória. De repente, para Douglas, seus poderes estavam agindo contra ele. Leves choques começaram a passar pelo seu corpo, e estes iam crescendo, ao ponto dele parar de voar e desligar completamente suas habilidades.

— É... foi mal aí, cara! — Clone apareceu, nem deixando Dínamo reagir, e descarregando todo o poder que copiou no adversário, vendo-o sofrer o choque muito mais do que o esperado para um eletrocinético.

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Babalu quicava pelas ruas enquanto passava de uma forma a outra, escutando a nuvem de metais colidindo contra várias coisas, mas sempre voltando para a perseguir. O carro de sua tia poderia atrapalhar, a fazendo dispensar a ajuda naquele momento.

— OK! — Sara gritou, seguindo com o carro na mesma via, enquanto Babalu se aproveitava de um letreiro meio torto para fazer um desvio, ouvindo a nuvem de metal se espatifar parcialmente na lateral de uma loja, e voltando a segui-la em seguida.

Por onde quer que passasse, Kelly podia perceber claramente os objetos reagindo à nuvem metálica, que parecia crescer mais e mais. Polaridade a seguia pelo alto, e claramente ela ao menos impedia que o metal colidisse contra outras pessoas. Ela sabia que nada poderia impedir a perseguição, então o que Kelly fazia era justamente ampliar aquela nuvem. Saltando por uma calçada, viu celulares e algumas cadeiras de bar serem arrastadas pela nuvem de metal. Noutra esquina, um hidrante foi arrancado da calçada e encharcou toda uma fachada de uma loja de roupas. Aos poucos, os prédios iam ficando menores, e ela ia se aproximando das divisas do Centro. Algumas placas de trânsito, e até mesmo um semáforo, foram arrancados do chão e se uniram à nuvem.

Ao virar na última esquina, Babalu pôde perceber que a nuvem de metal já ocupava quase toda a via. Polaridade parecia estar entrando em exaustão. O peso provavelmente era grande. E a heroína elástica desfez sua forma de bola, se agarrando e girando num poste de concreto, se lançando para o ar. Keiko olhou para cima, vendo Kelly eclipsando parcialmente a luz do sol, e vendo os punhos da heroína crescerem.

— SEGURA ESSE SOCÃO, PIRANHA! — Kelly gritou, mirando os dois punhos em Polaridade.

— Essa tá fácil de segurar, vadia! — Keiko retrucou, preparando para se esquivar... até que Kelly mudou sua trajetória no ar, se lançando contra o chão e tomando a forma de bola. Revelando, atrás de si, aquela nuvem de materiais. — Ah, desgraç--

O forte som de colisão de metal contra o solo agoniou os ouvidos de Babalu, que retomava sua forma normal após quicar alguns metros como bola. No meio da rua, uma pilha de metal encobria Polaridade, que não se mexia.

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O autódromo era a única testemunha daquela luta épica. Adônis sorria conforme acumulava energia, até que um pulso direcionado voou muito rapidamente contra Incrível. A velocidade era tamanha que, se não fosse a super-velocidade de João Pedro, ele seria atingido em cheio. Ao olhar para onde o pulso atingiu, viu que um grande buraco havia sido feito na terra.

Chegando ao lado de Pitbull, João Pedro contou seu plano da forma mais rápida que pôde, recebendo um aceno de cabeça de Wagner. Os dois tomaram posições distintas, com Wagner fazendo o primeiro ataque. Com um soco bem dado, Pitbull fez o Major Máximo ser lançado vários metros, mas Adônis claramente aguentava o tranco. Voltando a ter o corpo brilhante, Máximo mirou contra o peito de Wagner, disparando e vendo o híbrido saltar para o lado.

— Calma, Totó! O tio quer só te castrar, não precisa fugir! — Máximo lançou laser pelos olhos no asfalto, quase atingindo as patas de Pitbull. Essa distração, no entanto, foi crucial para que um golpe o atingisse nas costas, o lançando contra a grama e o fazendo bater numa barreira de pneus.

Incrível, combinando sua velocidade com sua força, arremessou seu oponente contra os pneus, vendo eles se espalhando como se uma explosão acontecesse ali. Antes que pudesse pensar em fazer um novo ataque, Adônis lançou um novo pulso direcionado, que se perdeu nos céus, com Incrível se esquivando e vendo Pitbull arremessar um guindaste do circuito em cima do Major Máximo.

O veículo, fazendo uma trajetória parabólica, atingiu o solo onde Adônis estava, explodindo e criando uma nuvem de fogo e fumaça que subiu aos céus. Um incêndio rapidamente se espalhou ali ao redor, mas tanto Incrível quanto Pitbull já esperavam o Major Máximo sair do meio daquilo.

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Da central do Renovar, Calheiros assistia à ação de seus soldados de elite. Ele já sabia que Pitbull iria proteger Incrível novamente. E já sabia que tudo aquilo tinha um motivo maior. Levando a boca à frente do microfone, sua voz foi transportada para todas as coleiras.

— Ativar o protocolo Torre Branca — ele disse, depois voltando a tomar seu café.

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Nas ruas, os Foras-da-Lei que haviam sido atacados, à exceção de Incrível, se aproximavam de seus adversários abatidos, quando um pequeno zumbido tomou conta dos ouvidos dos membros do Renovar. Era um zumbido baixo, que vinha de dentro das suas cabeças. E, um a um, eles iam vencendo suas barreiras, e tudo aquilo que havia os derrotado.

Às margens da Reserva, uma explosão elétrica fez com que todo aquele material pesado em cima de Dínamo voasse pelos ares. Uma chuva de tralha tomou conta daquele ambiente, enquanto um Quebra-Ossos três vezes maior saía do meio da floresta, correndo na direção de um Dínamo que, agora, tinha uma forma amorfa, como um monstro de energia. Seu corpo voou na direção do de Quebra-Ossos, que estava completamente metálico. Os dois, então, se tornaram uma coisa só, os feixes elétricos que eram Douglas giraram ao redor do corpo de metal, começando a passar por meio de várias aberturas que tomavam conta de Emanuel, que ia tomando a forma de uma grande armadura de combate.

No meio do incêndio que tomava conta já da casa de artes no Jardim Solar, Penumbra vê algo estranho e bizarro acontecer. O prédio começa a desabar, mas uma espécie de "megazord" de gelo surge dos escombros. No centro da figura transparente, Cristal estava parada, em posição vitruviana, enquanto aquele grande ser de gelo procurava por Bruno.

Nas proximidades do Centro, Kelly acenou para a tia que vinha de carro, quando escutou o som de metal se retorcendo. Ao se virar, pôde ver que Polaridade estava, aos poucos, "abraçando" todo aquele metal, e arrancando mais e mais peças, formando uma figura que lembrava também um megazord, porém feito completamente de metal retorcido. À cabeça da figura de metal, Polaridade parecia desacordada, mas mesmo assim controlando tudo aquilo, prontinha para atacar Babalu novamente.

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Como esperado, o Major Máximo saía do meio dos destroços, voando para os céus e olhando, de cima para baixo, para Pitbull e Incrível. Ele dava um sorriso, mesmo parecendo bem fodido. Sangue escorria de vários lugares de seu corpo, mostrando que algo estava errado com ele.

— A minha missão é te destruir, Incrível! Você é a maior ameaça a este país! Eu vou te destruir A QUALQUER CUSTO! A QUALQUER CUSTOOOOOOOOO!!!

O corpo dele começou a brilhar mais intensamente. Pitbull arregalou os olhos.

— Caralho... eu já ouvi falar disso. Ele vai explodir numa bola de energia! Ele pode matar muita gente! PODE DIZIMAR O BAIRRO! E não tem como parar isso depois que começa... porra, o que que a gente faz agora!? — ele olhou para João Pedro, sem saber o que fazer.

Informações


Testes:

→ Postem até 09/05, às 23h
→ Vocês tem duas opções: confrontar ou fugir. Fugir terá metade do ND do combate, que deverá estar entre 18 e 30.
→ Incrível terá que decidir entre fugir ou tentar impedir o Major Máximo. O ND de ambos é desconhecido.
→ Todos terão um bônus extra nas ações.

Orbital gosta desta mensagem

Penumbra
Penumbra

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08/05/21, 05:23 pm
Ah velho, vai-te a merda! Não é possível! - Pensa um Bruno estarrecido, olhando para aquele grande colosso de gelo. Por alguns segundos o vigilante pensa em fugir. As condições continuavam a piorar para o seu lado. Mas ele não desistiu antes, e não desistiria agora. Muitas pessoas humildes ocupavam o bairro Jardim Solar, logo o senso heróico de Penumbra apitou. Não posso deixar isso assim... não tenho idéia do que esse monstro pode fazer!

Se teleportando de um ponto á outro para se manter escondido de Cristal, Bruno precisa pensar rapidamente em um plano. Observando a vizinhança, ele tenta achar artifícios que o ajudem a enfrentar a gigante. Logo ele vê alguns hidrantes espalhados pelo bairro. Temos sol, e agora temos água líquida... o gelo da garota pode se enfraquecer com esses elementos.

Penumbra acha um local com alguns hidrantes próximos. Ele pensa ser um bom local para atrair Cristal. Logo faz isso, se colocando a vista do colosso de gelo. A idéia do herói é estourar esses hidrantes próximos, liberando assim um grande volume de água. Com suas tonfas, ele tentará direcionar essa água para as pernas do monstro, enquanto tenta reduzir seus movimentos com as sombras.

Conseguindo enfraquecer o gelo dessa região, Penumbra o atacará diretamente, tentando causar grande dano e quebrar o gelo até derrubar a gigante. Se isso não for suficiente, abrirá um portal bem próximo á perna do colosso gelado, e tentará força-lá a pisar ali. Se tudo ocorrer de acordo, a perna do monstro entrará pelo portal, e Cristal ficará desequilibrada. O vigilante fechará o portal, partindo a perna ao meio. Com um desses planos sendo bem sucedido, a lógica é que o monstro cairá, e Penumbra conseguirá atingir diretamente Cristal, enquanto continua a usar a água e a luz do sol para enfraquecer o gelo da garota.
Devaneio
Devaneio

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09/05/21, 10:09 pm
Vendo que Clone estava a salvo, Samanta não perde tempo e pega seu celular para ligar para Vanderson e Dira, tremendo de ansiedade para saber se os amigos estavam bem. A ligação chama só uma vez e o celular apaga, sem bateria.

— Caralho, e agora? A gente precisa dar um jeito de saber se os outros tão bem. Cê não tem celular, né? Será que consegue dar uma carga no meu com os poderes do Super Choque aí?

Antes que pudessem resolver esse problema, ocorre a explosão e os ex-heróis se fundem numa massa monstruosa. Devaneio encolhe e pula no ombro de Clone para fugirem juntos.

— Corre, cara! Entra ali na reserva que eu guio a gente. — O coração da heroína quase saía pela boca, não esperava que o Renovar fizesse algo dessa monstruosidade com seus prisioneiros. — Não tem como a gente enfrentar esse bicho, mas vai ser pior se deixarmos ele a solta pra atacar inocentes como o Q.O. tava fazendo antes. Já sei! Deixa ele seguindo a gente, eu sei onde tem um riozinho perto de uma antiga aldeia abandonada.

Devaneio pretende guiar Clone até o rio, deixando o monstro seguí-los. Ao se aproximarem da água, ela tenta fazer uma ilusão para que a criatura não perceba o rio e continue andando, enquanto ela usa os ventos para jogarem ela e Clone em segurança até a outra margem, esperando que o Quebra-Dínamo caia na armadilha e a combinação de metal, energia e água acabe com ele.
Clone
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09/05/21, 10:39 pm
Cacetada, o cara perdeu mesmo toda a noção! Felizmente vencemos... Não é? Samantha pediu pra eu carregar o celular dela... Ia ser bom fazer isso, mas nem deu tempo. Hoje realmente está sendo daqueles dias bizarros. O cara elétrico virou um fantasma e se fundiu (não pense bobagem) com outro herói que eu já topei por aí, o Quebra-Ossos. Hora de correr!

No caminho, a Samantha deu uma ideia legal pra gente dar um jeito no gigante doido que virou esses dois. Mas eu me preocupei com a possibilidade de tudo ficar fora de controle e raios elétricos passarem por todo o lugar. Pode não ter gente, mas a floresta vai pagar caro, e eu já vi o que um foco de incêndio pode fazer.

Aí, Dev! Tô contigo, e acho que posso ajudar para fazer o plano dar certo! Escuta só...

Meu papel no plano será o seguinte: Vou zoar os caras pra fazer eles virem full pistola pra dentro da agua. Vou pegar um pouco do poder de ventania da Devaneio para empurrar o fundido lá (caso ele não compre a idéia de passar pela armadilha) e usar o que me resta do poder elétrico para criar um campo de força e impedir que ele saia do lugar e que raios não acertem algum lugar e dê foco de incêndio. Tomara que tenhamos sorte, porque o amigo aí não tá afim de perder meeeeesmo!
Incrível
Incrível

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10/05/21, 01:55 pm
Saindo do meio dos destroços ,Major Máximo voa para os céus encarando Pitbull e Incrível. Ele parecia ferido, havia sangramento em algumas partes de seu corpo, mas ele parecia não ligar pra dor. Havia algo errado em seu olhar, algo realmente maligno. Ele da um sorriso e começa a falar:

— A minha missão é te destruir, Incrível! Você é a maior ameaça a este país! Eu vou te destruir A QUALQUER CUSTO! A QUALQUER CUSTOOOOOOOOO!!!

O corpo dele começou a brilhar mais intensamente. Pitbull arregalou os olhos.

— Caralho... eu já ouvi falar disso. Ele vai explodir numa bola de energia! Ele pode matar muita gente! PODE DIZIMAR O BAIRRO! E não tem como parar isso depois que começa... porra, o que que a gente faz agora!? — ele olhou para João Pedro, sem saber o que fazer.

— Como assim cara? Do que você tá falando?

— Já ouviu falar no atentado da dupla Homem Bala e Mulher Canhão?

— Aquele que eles se explodiram e levaram metade de um bairro junto?

— Isso é o que a mídia passou pro povo. Mas a verdade é muito pior. Era uma missão de caça, o Major tava na cola dos dois, eles tretaram feio aquele dia, quando o casal viu que não podiam vencer eles se esconderam, o Major já ferido e puto, parece que surtou... foi então que esse filho da puta descarregou todo o poder dele numa explosão de energia... O casal de vilões foi destruído, missão comprida. O problema é que junto com eles mais umas 300 pessoas foram pro saco...

Enquanto os dois brevemente conversavam, já era possível ver os efeitos dos poderes do Major Máximo entrando em ação. O corpo do "herói" do governo brilhava de forma intensa, pequenas pedras e objetos mais leves já começavam a flutuar do chão. O ar parecia ionizado, como se um raio tivesse acabado de cair ali. O tempo era curto, e a dúvida do que fazer pairava na cabeça dos dois...

— Cara, vê se tem alguém aqui pelos quarteirões e some com eles daqui, corre, usa eu faro, sei lá, só acha esse povo e some com eles... Eu vou afastar esse filho da puta da área....

Pitbull fala algo, mas sua voz fica inaudível para JP que parte como um foguete indo na direção do Major Máximo. Ele sabia que poderia perder, que poderia até morrer, mas não iria fugir novamente, ainda mais sabendo que se fugisse inocentes poderiam se ferir ou até mesmo morrer.

— Sou eu que você quer né filho da puta? Então toma!!!
Cerrando os olhos por conta da forte luz, JP voa com toda sua velocidade e força na direção do rival, sua intenção é agarrar o inimigo e voar com ele o mais alto e longe possível daquela região.
Babalu
Babalu

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10/05/21, 02:24 pm
-Será que ela tá bem?- Babalu olha por alguns segundos para a pilha de sucata que cobria Polaridade - Não, que se dane, ela queria me levar presa.- Ela dá as costas para a garota soterrada e vai na direção do carro de Sara que se aproximava.

-Acho que aqui já deu, vamos sumir rápido daqui.- Novamente o som de metais rangendo e se chocando chamam a atenção de Babalu, ela dá um suspiro de lamentação por saber que toda a confusão ainda não havia acabado, ela se vira e vê uma espécie de golem se formando com todo o entulho de metal que Polaridade usava a pouco para tentar atingi-la.

-Vamos fugir daqui antes que ela me encontre.- Babalu chega a abrir a porta do carro da tia porém para ao notar polaridade no meio de todo aquele metal, ela parecia estar desacordada, totalmente alheia a situação que a cercava no momento.

-Tá parada aí porque? Entra logo no carro!

-Droga! Eu não posso deixar ela assim, e esse monstro vai fazer muito estrago se ninguém parar ele logo.- Ela fecha a porta do carro - Se afasta daqui tia, eu volto já.

Babalu vai correr na direção do gigante de sucata atenta para desviar de qualquer ataque a distância que possa sofrer, quando estiver próximo o suficiente vai esticar seus braços para puxar os cabos de energia dos postes, contando com sua super resistência e corpo de borracha para suportar o choque, em seguida vai tentar enfiar os cabos em alguma abertura que tenha no corpo do monstro, caso dê certo, Babalu vai tentar tirar rapidamente todo o metal que está prendendo Polaridade ao corpo monstro e retirá-la antes que morra com o choque que está sofrendo, e levar ela pra longe da confusão.
Atieno
Atieno

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17/05/21, 02:17 pm
O colossal golem de gelo se erguia do meio dos destroços daquela casa, dando os primeiros passos na direção de Penumbra, que saltava para a rua. O monstrengo de gelo tomava formas pontudas, buscando uma aparência mais intimidadora e apontando seus olhos na direção de onde Bruno estava. A aparição da criatura era seguida de gritos de transeuntes, que fugiam pelas calçadas, esvaziando aquela rua mais rápido do que qualquer outra coisa.

Um golpe da criatura detona a fachada de uma casa, com pedaços de concreto voando sobre o local onde Penumbra estava. Acuado, ferido e enfraquecido pelo sol, o herói precisava agir rápido, tentando dar um jeito de estourar os hidrantes que se posicionavam atrás de carros mal estacionados, parcialmente bloqueados. Usando as tonfas, Bruno golpeava o local, mas aquilo era inútil. Hidrantes eram resistentes, não iriam ceder facilmente às pancadas. Era uma ideia ruim. Bruno só se deu conta disso quando o pé da criatura já estava fazendo sombra diante dele, pronto para esmagá-lo.

Então, um disparo forte de água — do jeito que Penumbra queria — atingiu o golem de gelo, o fazendo cair de costas. Quando olhou para trás, Penumbra viu Tritão em pé, com uma roupa bastante diferente. Os heróis trocaram olhares, e Fábio correu para erguer Bruno.

— Te devo uma, cara — Penumbra sentiu a dor atingir seu corpo, perdendo um tanto do equilíbrio.

— Acho que cê vai poder me pagar rapidinho... — Tritão observou a criatura. — Tem ideia de como derrubar essa coisa?

— Talvez eu tenha... — Bruno girou uma de suas tonfas, explicando rapidamente o plano para Tritão, enquanto o golem que era Cristal se levantava.

-------------

A preocupação de Kelly com o possível estado de Polaridade ainda era, de certa forma, louvável. Mesmo que a ex-heroína estivesse envolvida numa tentativa de capturá-la, Babalu se mostrava pronta para salvá-la. Correndo na direção da criatura de metal, conseguiu dançar ao redor de esferas metálicas arremessadas contra si, ouvindo-as explodir em solo, detonando asfalto e perfurando o metal dos carros.

Um urro primal saiu da bocarra do ser, com Polaridade urrando junto de dor. O grito era mais como uma reação do que uma atividade consciente. Keiko ainda parecia dominada por seja lá o que fosse. E o ser lançava as grades de uma praça contra a heroína, cada uma das barras de ferro cortando o ar como lanças. Porém, num piscar de olhos, Kelly foi removida daquele lugar, sentindo a velocidade imensa de tudo. Não teve tempo de reagir, e apenas viu, quando parou de avançar tão rapidamente, que um rapaz havia a removido de lá.

Olhando bem para ele, Kelly o reconheceu como o ladrão que deteve no Centro. Porém, os olhos dele estavam completamente vendados, e havia dois ratinhos em seus ombros, agarrados à roupa podre que ele vestia.

— Você está bem? – o garoto perguntou, mas sem olhar na direção de Kelly.

– Ah... obrigada... CUIDADO! – Babalu olhou na direção da criatura, empurrando o velocista pro lado e se jogando pro outro, com um carro rodopiando e atingindo o exato local onde eles estavam.

Apesar da faixa nos olhos, o velocista conseguiu reencontrar Kelly, aparentemente os ratinhos estavam olhando na direção dela.

– Heróis me ajudaram uma vez. É hora de retribuir. Pela Ninhada.

Babalu pensou em perguntar sobre o que se tratava essa tal Ninhada. Mas não havia tempo para conversas.

– Já que você quer retribuir, distrai essa coisa enquanto vou dar um jeito nela! – Babalu gritou, esticando os braços e arrancando os fios dos postes, sentindo seu corpo emborrachado resistindo à energia, e procurando uma abertura na criatura.

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Clone e Devaneio dispararam a lá jogos de fuga, saltando por carros parados e atravessando a movimentadíssima Avenida da Fronteira, conseguindo pular a pequena mureta que dava nos terrenos da Reserva. Atrás da dupla, a quimera dos corpos de Quebra-Ossos e Dínamo os perseguiam, e nada parecia ser capaz de impedi-los de chegar até a dupla.

Atravessando quase que o bairro inteiro, indo por um lado mais "obscuro" da região, Samanta guiava Lucas como podia, os dois só ouvindo árvores sendo golpeadas pelo ser imenso que os perseguia. A aldeia 3, que havia sido abandonada por causa das ameaças de desabamento, ficava do outro lado da reserva, numa área sem população. Era pra lá que eles deviam ir.

Chegando à beira do riacho que dava acesso à zona condenada, Clone sentiu as lufadas de ar o lançando para a outra margem, suas pernas balançando no ar e pousando em segurança na terra do outro lado. E agora era hora de Devaneio agir, criando a ilusão de não haver nenhum riacho ali. Um plano razoável, e com a ajuda de Clone no processo, criando uma espécie de muralha de ar.

A visão do Quebra-Dínamo chegou à dupla, o monstrão berrando e avançando contra eles, doidinho para agarrá-los e quebrar seus delicados pescoços. Porém, ao pisar na água, um forte clarão tomou conta do ambiente, os dois heróis escutando os gritos de dor da quimera do Renovar sendo eletrocutada pelo próprio poder.

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Pitbull fazia o que fosse possível para afastar as pessoas das proximidades do autódromo. A explosão que o Major Máximo pretendia provocar seria suficiente para matá-los. E Incrível decidiu que jamais permitiria que aquilo acontecesse.

Voando contra Adônis, João Pedro agarrou-lhe pelo colarinho e começou a subir bastante. Sentia sua pele arder com a energia, seu corpo lutando para resistir àquela pressão toda. João Pedro ia subindo vários metros, as nuvens já iam ficando pra trás, e Adônis sorria, encarando o herói.

– Você ainda quer lutar? VOCÊ AINDA QUER BRINCAR DE SER HERÓI? ACORDA PRA VIDA, VOCÊ NÃO É UM HERÓI! HAHAHAHAHAHA!!!

Máximo deu uma cabeçada em Incrível, que sentiu aquela pancada o atordoar, parando seu voo por alguns instantes, mas sem que Incrível soltasse seu inimigo. Major Máximo brilhava mais e mais, parecia pronto para ejetar toda aquela energia.

– Mesmo aqui, eu vou levar muita gente junto! E SABE QUEM VAI LEVAR A CULPA? VOCÊ!

– Cala a boca... CALA A BOCA, PORRA!

Um soco no queixo do Major foi a primeira coisa que Incrível fez como reação total. Seu punho parecia até mais firme, como se estivesse liberando todo seu potencial naquele instante. Agarrando Adônis pelo pescoço, Incrível voou cada vez mais alto, o céu parecia escurecer ao seu redor. Mal dava para ver Nova Capital do céu, até os prédios mais altos pareciam meros bloquinhos desenhados ao chão. Tudo parecia ficar mais longe ainda. E Máximo ainda ria, enquanto Incrível claramente sofria com a altura que estava alcançando, sentindo o ar rareando mais e mais. Estava prestes a apagar, e ouvia o Major Máximo ainda o provocando.

– ISSO, SE MATE! CUMPRA MEU DEVER DE TE MATAR!

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Penumbra, junto de Tritão, conseguia parar de vez o golem de gelo que Cristal havia se tornado. Os jatos fortíssimos direcionados por um hidrante que os dois conseguiram arrancar do solo atingiam a perna do golem, que tombava sobre um prédio enquanto a outra perna era engolida por um portal de Penumbra. Saltando sobre o peito congelado da criatura, e usando suas tonfas, Penumbra foi quebrando aos poucos as camadas gélidas, vendo que Cristal ainda estava apagada.

Rachando o gelo e conseguindo abrir espaço nele, Bruno observou Cristal. Sua pele estava azulada, seus lábios arroxeados. Ela não parecia bem... e talvez não fosse possível "terminar" o serviço. Saltando para o chão, Penumbra ouviu as sirenes da polícia, criando um portal e puxando Tritão junto dele para um esconderijo. Ali, Penumbra ouviu um pedido de ajuda, ainda que as dores o atrapalhassem a raciocinar.

Noutro bairro, a quimera que havia surgido da fusão de Quebra-Ossos e Dínamo tentava se erguer para atacar os dois Foras-da-Lei, que recuavam alguns passos. Faíscas picotavam no ar, e a criatura parecia enfraquecida. No entanto, ainda estava disposta a lutar... até que uma rajada de fogo atingiu suas costas, a derrubando de vez. Atrás dela, uma adolescente com a pele toda zoada e os olhos se incendiando olhava para os dois heróis.

– A Ninhada ajudou a vocês... podem ajudar a Ninhada também?

No Centro, no entanto, as coisas não estavam boas. Babalu tentava encontrar uma brecha, saltava segurando os cabos, usava sua borracha como forma de quicar mais rapidamente. Porém, cada vez que tentava encaixar os fios, o ser de metal bloqueava o acesso ao corpo. O velocista que a ajudava tentava, a todo custo, atrair a atenção do monstro. Até que a brecha definitiva apareceu.

Se lançando para enfiar o cabo ali, Kelly não contava com uma reação da criatura. Uma estaca de ferro atingiu seu corpo, perfurando-lhe o tórax. Outra perfurava sua perna esquerda. E, mesmo tendo sucesso em eletrocutar o golem metálico, ouvindo o som dele cair e esmagar alguns carros, Babalu caiu sangrando do outro lado, mal conseguindo se mover. Antes de perder a consciência, sentiu o velocista a segurando, e não viu ele a levando para as galerias de esgoto de Nova Capital.

Nos céus, Incrível sentiu que sua força estava esvaindo pelas suas veias, sua consciência quase o abandonando, mas o Major Máximo ainda sorria e gargalhava. Seu olhar transmitia um deboche somado a um desprezo pela figura do herói mascarado. E, quando estava prestes a liberar toda a energia acumulada, ouviu Incrível balbuciar.

– Eu posso até... morrer aqui... – João Pedro sentia seus pulmões gritando por ar, sua fala saía com dificuldade. – Mas... você não vai vencer... NUNCA!

O braço de João Pedro atravessou o peito de Adônis. E a explosão iluminou os céus de Nova Capital, como um segundo sol. A onda de choque abria espaço entre as nuvens, vários vidros de prédios lá em baixo eram estraçalhados pela explosão, o clarão iluminava a cidade e assustava seus habitantes, até que ele desapareceu, deixando apenas sua marca nos céus.

Incrível despencava, seu braço direito queimado, seu uniforme chamuscado, e seu corpo indo direto para o solo. Os olhos de João Pedro ainda estavam abertos, e ele assistia o chão se aproximar com tudo. Mesmo assim, ele sorria, sentindo que venceu seu desafio. Seu desafio final. O chão já estava poucos metros abaixo dele. Sentia sua mente fazer a contagem final. E... o impacto não veio. Apenas a voz mais "tranquilizante" do Capitão 9.

— Ainda bem que cheguei a tempo... — Ayres sorriu, pousando Incrível no chão em segurança, e permitindo que Pitbull se aproximasse. Incrível pôde ouvir o híbrido cão dar um suspiro de alívio.

— Acabou... já era esse Major... — João Pedro sorriu, apagando após a luta.

-------------

Um soldado corria para a sala de Calheiros, vendo que o diretor do Projeto Renovar assistia às imagens de seus superpoderosos. Vendo a presença do soldado, Calheiros girou a cadeira, recebendo um tablet e vendo várias informações.

— Senhor? — o soldado olha para Calheiros. — Peço perdão se estiver sendo intrusivo, mas... os membros do esquadrão estão na enfermaria, sedados. Não encontramos o corpo do Major Máximo ainda, e o Pitbull não retornou à base.

— Não se preocupe, soldado. Pitbull irá voltar, isso tenho certeza. Houveram vítimas nas ruas?

— Certo, senhor... não sabemos se houve vítimas. Não ficamos lá pra ver. Aliás... e sobre os não-registrados? Devemos mandar equipes táticas atrás deles?

— E pra quê faremos isso? — Calheiros bebeu seu café, olhando nos olhos do soldado. — Capturar não-registrados é função da polícia, não é nossa.

— Não? M-mas senhor, então por que enviamos os nossos pra lá?

— Pense maior, soldado. A função do Projeto Renovar não é apenas criar uma equipe de elite, uma que faça o trabalho sujo daqueles engravatados do Esplanada? — Calheiros sorriu, vendo o aceno positivo do soldado. — E que tipo de equipe de elite seria essa se não fosse capaz de proteger o país de qualquer coisa? Até mesmo dos supers?

Calheiros girou a cadeira, dispensando o soldado e alternando a tela dos monitores. Todos agora formavam uma imagem só: o símbolo da Polícia de Nova Capital.

— Capitão Cavalieri, está à escuta? Preciso de um novo favor seu...

Informações


TESTES:

Todos ganham 20 XP. Atualizem suas fichas. Devaneio e Clone, favor me avisarem se irão aceitar o convite que a pirocinética fez.

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