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Atieno
Atieno

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26/04/21, 09:13 pm
Hotel Rouzany, São Paulo
18 de Fevereiro de 2022, 23h20


A porta do quarto 162 batia atrás do jovem rapaz, que deixava ao chão sua mochila. Mais uma apresentação difícil, com um público que exigia cada vez mais, mas tudo tinha dado certo de novo. Os olhos dele correram pelo apartamento, uma bagunça total. Havia duas semanas que estava em turnê, e aquela havia sido a última apresentação na capital paulista. Sua cabeça doía, e a figura sombria que sempre o acompanhava parecia estranha, aparecendo em sua forma corpórea. Parecia até desconfiada. Não era a primeira vez que Dario Volpi, originalmente o herói conhecido como Vulto, percebia aquele comportamento.

— Opa, opa, Delfos... — Dario caminhou para dentro, desconfiado. Olhou para vários lados, chegando à entrada da cozinha, quando percebeu um velho conhecido sentado à mesa.

— E aí, Dario? —  o rapaz se levantou, passando o dedo no tampo da mesa e sorrindo de forma bizarra, carregando um frasco com algo verde.

— AAAAAAAH! — Dario saltou para trás, piscando fortemente. Delfos apareceu com o grito de seu controlador, já pronto para o combate, mas pareceu reagir assustado ao ver Alê.— O que que você tá fazendo aqui, Alexandre!? Quem te deixou entrar no meu quarto?

— Ora, não sabia que você tem fãs? — Alê sorriu. — Curtindo a vida de protagonista? Jovem revelação de musicais, turnê pelo Brasil... é, vamos dizer que o golpe que você deu em mim te fez subir vários degraus na fama, hein?

— Do que está falando!? VOCÊ QUEM ME ATACOU NAQUELE DIA! As câmeras flagraram tudo, e...

Na hora, Alê sacou uma arma, apontando contra a face de Dario. Delfos esboçou uma reação, mas o próprio Vulto o mandou recuar.

— Não minta, Dario. Sabe que a culpa é sua — o olhar de psicopata de Alê assustava o agora ator, que mantinha Delfos em forma corpórea. — Você usou do seu poder para crescer. Não negue! Aposto que precisou também usar a boca e o sofá. Desgraçado. VOCÊ ROUBOU MINHA VIDA!

Rapidamente, Alê puxou o gatilho, mas Delfos simplesmente absorveu a bala, arrancando a arma das mãos do desafeto. Vulto preparou seus poderes de tinta, até que viu Alê erguendo o frasquinho que carregava.

— Nah, fica tranquilo. Não vim te matar. — ele joga o frasco contra o chão, que começa a produzir uma fumaça esverdeada poderosa, rapidamente sendo impregnada em Vulto. Os olhos dele, com isso, se tornam totalmente verdes, e Delfos parece começar a se deformar. Dario urrava de dor, parecia tentar lutar contra aquilo, mas definhava aos poucos. De joelhos, ele só pôde ouvir a última palavra de Alê. — Existem coisas piores do que a morte...

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Academia Benfeitores, Nova Capital
21 de Fevereiro de 2022, 10h30


— ...e já dura mais de dois dias o cerco à Vila Olimpia, bairro da zona sul de São Paulo. O caso, que começou com uma mancha de escuridão ocupando todo o Hotel Rouzany, agora já se estende à todo o bairro da Vila Olimpia, e ameaça se expandir para mais regiões da capital paulista. Cerca de 1 milhão de pessoas foram evacuadas da área, que está cercada por forças da super-polícia de Nova Capital e do exército brasileiro. Aproximadamente 400 pessoas estão presas dentro desse ambiente caótico e escuro. Pelo que se sabe, isso tudo é originado do ator Dario Volpi, conhecido como o ex-herói Vulto, que estava em apresentação no Teatro Bossa Nova. O prefeito de São Paulo disse que..."

À frente da TV, cinco membros da Academia assistiam aquilo atônitos. Paradoxo e K.O. estavam juntos a eles, e todos percebiam como Érica parecia afetada com aquelas notícias. As imagens geradas a partir de um helicóptero mostravam um enorme domo de algo semelhante à tinta preta encobrindo vários prédios, criando uma enorme mancha escura no horizonte.

— Eu já tentei entrar em contato com Dario várias e várias vezes, mas não tive sucesso. Isso... isso não é coisa dele. Ele está afetado por algo. Como os Quimeras estão numa missão lá fora, caberá a vocês atuar. A presidente está exigindo a nossa presença, pois Vulto era um dos nossos.

Métrico e Meia-Noite se entreolharam. Espelho observava na TV tudo aquilo. Forja parecia mais afetado, pois já teve até um crush em Vulto no passado. Toda aquela situação era perigosa ao extremo.

— De verdade... eu não queria expor vocês a isso. Não sabemos quase nada do que está acontecendo lá dentro do domo de tinta. K.O. irá com vocês, já que Chip está consertando o Cubo, Pitbull está com o Renovar, e eu não faço ideia de onde Atieno está.

A transmissão ao vivo é substituída por fotos da região pré-domo, além de um mapeamento digital de toda a área encoberta pelas sombras, feita por uma reconstrução via GPS. Ao centro, o Hotel Rouzany estava marcado com uma figura que remetia à máscara de Vulto. Era possível ver vagamente o contorno dos prédios dos arredores.

— O objetivo de vocês é simples. Vocês devem invadir o domo e encontrar o Dario. Assim que o virem, coloquem nele esse dispositivo que o Chip criou — um pequeno botão tecnológico flutuava na direção das mãos de Métrico. — Esse dispositivo é um extensor de poderes. Eu tenho um desses também. Ele irá me permitir entrar na mente do Dario e tentar tirar ele desse frenesi. Vocês só precisam fazer isso. Assim que colocarem o extensor, simplesmente saiam do domo. Não entrem em confronto. Não temos como saber o que está acontecendo lá dentro. As câmeras normais não conseguem gravar nada, e só conseguimos mapear a região com palpites. Seus uniformes receberão adaptações para conseguirem enxergar no local. Acreditamos que Vulto está no local marcado no mapa, mas não deixem de procurá-lo!

— E ó, cambada, não quero ver cês fazendo caquinha não, hein? Não é por que vou ajudar vocês que vocês vão ficar parados — Matheus sorriu, colocando os pés sobre a mesa, e baixando-os quando Érica o olhou com raiva.

— Vocês vão viajar no jato e devem chegar lá em poucas horas. Haverá uma equipe do exército esperando vocês. Boa sorte.

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1 hora depois, o jato pousava no meio da Marginal Pinheiros, de frente a uma das ruas engolidas pelo domo de energia escura. Os seis viam que alguns agentes do Renovar também estavam presentes, e tentavam perfurar o domo com uma furadeira muito diferente das que eles conheciam, que usava energia cinética para agir. K.O. caminhou na direção daquele grupo, o quinteto o seguindo de forma "natural", alguns torcendo a boca ao ver que Matheus não se deu ao trabalho de chamá-los a segui-lo.

— Aí, chefia. Os heróis chegaram para agir. Diz aí, o que que tá rolando? — Matheus sorriu, encarando o que parecia ser o comandante da ação.

O homem de vestes militares, ostentando o símbolo do Renovar ao tórax, olhou para K.O. e para os outros cinco, e deu um suspiro audível.

— Heh, mandaram os moleques... — ele apontou ao domo. — Estamos tentando abrir uma passagem nisso. Mas não estamos conseguindo. Vocês conseguiriam...

— Nem precisa falar mais nada — Matheus se virou para o grupo, dando um joinha. — Agora é com vocês. Métrico, parabéns, você é o novo líder, vai fundo! A Paradoxo quer te botar no comando dessa ação. Diz aí, como que a gente vai entrar?

Informações


→ Meia-Noite, Forja, Métrico e Espelho jogam nessa missão. É exclusiva aos quatro. Boa sorte! Dúvidas, só me chamar
Meia-Noite
Meia-Noite

T02E09 - A Escuridão Empty Re: T02E09 - A Escuridão

30/04/21, 07:09 pm
A muitos anos atrás, enquanto ainda estava sendo estudado pelo governo, Yago era levado para atividades ao ar livre nos finais de semana. Na maioria das vezes acompanhado pela doutora Renata Andrade, uma das funcionárias do PVI (Pesquisa de viagem interdimensional).

Ela gostava especialmente de peças de teatro, dividindo sua paixão com Yago que ansiava por esses momentos, onde podia acompanhar histórias de drama, romance, comédia e se conectar com realidades diferentes da sua.

"É como viajar para outros mundos" dizia Renata.

_____________

Enquanto observava junto dos demais membros da academia a notícia do cerco à Vila Olímpia, os pensamentos de Yago se voltaram a esse momento do passado. Dario Volpi havia desistido de ser um herói para ser um ator, uma das profissões que Yago mais admirava, e estava disposto a fazer de tudo para que ele fosse resgatado desse poço de trevas.

___________

Diante daquele Domo, Meia-Noite aguardou as instruções de Métrico, que comandou a abertura de um portal para atravessar aquela cobertura nanquim.

-Deixa comigo, estejam prontos para o que pode surgir adiante.


A intenção de Meia-Noite é abrir um portal para o outro lado do domo, abrindo aos poucos até ter certeza que é seguro. Em seguida também pretende invocar diabretes para ficarem de prontidão caso algo aconteça.
Forja
Forja

T02E09 - A Escuridão Empty Re: T02E09 - A Escuridão

01/05/21, 05:48 pm
Saber que sua missão era é resgatar o ex-herói, Dario Volpi, deixava Wesley um pouco ansioso, não só pelo fato de que se tratava de um dos antigos benfeitores, mas também porque, tempos atrás, o rapaz teve um crush por Vulto. Infelizmente a ocasião não permitia que o mancebo ativasse seu modo fã, mas sim, mantivesse sua postura e foco em seu objetivo.

Já no local com a equipe, Forja acompanhou as falas de K.O, um herói mais experiente que fora enviado na missão para dar suporte ao grupo. Pelo que entendeu da situação, nenhum dos militares conseguiu abrir uma brecha, então, cabia a nós ou no caso, ao Métrico, afinal, ele era o nosso líder.

— Então vamos lá, deixa eu só me aprontar aqui...

Forja se preparava pegando sua esfera de aço do bolso, então, a segurando o jovem, absorve as propriedades do metal que agora passava a cobrir seu corpo, assim, o herói estava pronto para entrar junto com a equipe esperando que o portal de Meia-Noite funcionasse.
Espelho.
Espelho.

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01/05/21, 07:45 pm
Até 11 de Fevereiro - Hospital.

"Um espelho quebrado, sete anos de azar." Pensou Alice, sorrindo tristemente enquanto recebia seu tratamento médico diário no Hospital. Sua última missão de treino havia sido um desastre, subestimou os inimigos.  A explosão e os tiros dos robôs a deixaram gravemente ferida. Cada parte minúscula do seu corpo doía, realmente se sentia como um vidro fragmentado. Porém, seu foco estava na recuperação. Ela admirava a postura militar dos Quimeras, sempre com o olho no objetivo. Estava tentando incorporar um pouco disso em sua mentalidade.

18 de Fevereiro de 2022, 23h20

Alice passou boa parte de sua vida em um circo, sabia como era a vida artística, a emoção de um palco e a felicidade de expor sua arte. Por isso, se sentia próxima à Dario mesmo sem nunca ter conversado.  Porém, Alice conhecia mais sobre Vulto, a identidade heroica do rapaz, que já pertenceu aos Benfeitores. A garota acompanhou a trajetória dos antigos Benfeitores e comemorou seus feitos, como uma boa fã. Agora como uma heroína, ela deveria fazer o que tanto admirou nos outros.

Apreensiva por sua próxima missão, Espelho assistia os últimos acontecimentos na televisão, enquanto seus superiores passavam as ordens. As duas atuações da equipe haviam tido falhas e isso incomodava a garota. Eram uma equipe de elite, falhas não eram toleradas, nem as dela. Apesar disso, não demonstrava insatisfação aos colegas, a relação deveria ser boa, pensava. "Somos reflexos de nossos atos." Repetia como um mantra, a frase dita por sua mãe inúmeras vezes ao tentar dar lições.

Uma hora depois.

Alice observava atentamente toda a movimentação em volta da área da missão, militares indo e vindo. O grande domo era impressionante, nunca havia presenciado nada do tipo. A garota então ouviu as ordens de Métrico e assentiu. Meia-Noite cuidaria da entrada e ela tentaria encontrar os feridos e Dario.

Esperando o sucesso do portal de Meia-Noite, Espelho pretende mandar um clone invisível para servir como batedor para o grupo. A intenção é que o clone siga pelo local para encontrar os feridos e Dario enquanto a verdadeira Espelho segue com os colegas. Caso o clone encontre algo, irá comunicar para o grupo. A verdadeira agirá de acordo com o grupo, caso haja algum conflito, utilizando lutas e clones, tentando não desfazer o clone batedor.
Métrico
Métrico

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03/05/21, 03:50 am
Chegando no local, refletindo sobre o ocorrido com Margheriti e com a recém-atividade de Dário Volpi, o Antigo "Vulto", os heróis são recepcionados pela polícia, que seus esforços não conseguiram causar um arranhão sequer na enorme "cúpula". Contudo, K.O encarrega a David para coordenar a equipe, que com calma, começa a analisar a "estranha barreira".

Aquilo tudo era uma bomba enorme para o Métrico, que mesmo aflito e receoso, não deixa transparecer para os outros companheiros no local, nem mesmo para Matheus, já que isso poderia comprometer a missão.

Sendo assim, o rapaz mantém uma postura serena e focada, enquanto processa toda a situação. Ele cruza seus braços, enquanto caminha lentamente em direção ao "Domo", observando-o com cautela:

 Métrico - Bem... Se foi o Dário quem criou isso... Essa barreira é praticamente impenetrável!! - Diz o herói, olhando para trás, por cima do ombro - Mas que bom que a gente tem um jeito de entrar nele!!

Com isso, David olha para Yago e diz, enquanto abre passagem:

Métrico - Manda ver, Meia-Noite!!!

Assim que passa as ordens para "Meia-Noite", Métrico chama Alice de canto para lhe encarregar de localizar Dário e o mais importante, procurar pelos feridos. Ela seria seus olhos e ouvidos em campo, já que possuía a capacidade de se duplicar e de se tornar invisível.

Ao fazer isso, David se prepara e entra em formação com os demais, indo em direção da "Barreira".


Métrico, assim que Meia-Noite abrir o portal para dentro da "Cúpula", irá utilizar o visor de seu traje para analisar qualquer movimentação hostil que possa vir de dentro do local, enquanto caminha para dentro do "Domo", podendo também se encolher utilizar seu "Jetpack" para ter uma visão ampla do local. Caso necessário, irá proteger seus companheiros, aumentando sua estatura para serviço de escudo, se colocando na frente deles.
Atieno
Atieno

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03/05/21, 02:52 pm
Atravessando por um portal conjurado por Meia-Noite, o grupo caminhou na direção do grande domo. Outrora impenetrável, se tornava fácil atravessar aquela barreira de segurança. E, um por um, todos os membros do grupo adentraram à grande cúpula sombria. Um por um, na ordem: Métrico, Forja, Espelho, K.O., com Meia-Noite ficando por último. Antes de entrar, porém, Yago teve a impressão de ver alguns soldados retirando, de um caminhão, algumas caixas com a figura de uma Torre pintada na madeira. Por breves momentos, algumas lembranças do Cubo vieram à tona, enquanto ele atravessava o próprio portal, levando os diabretes invocados consigo.

Do outro lado, a escuridão tomava conta do ambiente. Não havia quase nenhuma iluminação, salvo a de uma pequena chama-viva que K.O. havia convocado. Além da ausência completa de luz, eles percebiam uma ausência quase total de som. Ao redor, os prédios pareciam completamente desgastados, alguns até mesmo distorcidos. Os carros que estavam estacionados agora tomavam formas robóticas humanóides, olhando para o nada. Figuras sem rosto e de metal, como guardiões de uma passagem.

— Sinistro... curti — K.O. comentou, avançando pela rua.

A cada pisada, o asfalto parecia se deteriorar. Raízes escuras rachavam as ruas, enquanto outras pareciam escalar as paredes dos prédios. Criaturas que lembravam monstros disformes, cobertas pela tinta em camadas esparsas, de pele parcialmente dissolvida e com esqueletos totalmente escuros à mostra voavam em asas dracônicas pelo céu. Para K.O. e Métrico, não foi difícil lembrar o dia da morte de Princesa.

— Que loucura... — David ajeitou o visor em seu rosto, ativando seu jetpack e subindo aos céus.

Do alto da cúpula, Métrico viu cenas extremamente assustadoras. Os prédios estavam se deformando diante de seus olhos. As vinhas escuras mexiam com o concreto, elevando as pontas daqueles prédios e os tornando como dedos esqueléticos, enquanto criaturas como aquelas que viram na entrada começavam a sair de dentro das construções. E toda a energia fluía de um prédio, que também passava pelo mesmo processo estranho, bem ao centro do domo.

O que era bizarro. Afinal... se tudo aquilo estava sendo deformado pela energia, por que o prédio central também parecia só estar mudando agora? A ideia martelou a cabeça de David, enquanto ele fazia um mapeamento da área.

Em solo, Alice espalhava seus clones para que eles fizessem uma vistoria geral. Pela ótica deles, Espelho percebia o terror daquele ambiente. As pessoas dentro dos prédios estavam cobertas por aquela tinta, mas parecia que algum efeito tenebroso estava as tornando em seres como os que viram nos céus. Um grito abafado saiu por entre os lábios da heroína, que olhou para seus companheiros assustada.

Forja observava o fogo de K.O. e percebia o reflexo das chamas em sua pele metálica. Em sua cabeça, ia repassando detalhes da missão. Evitar confronto era o principal. Mas como fazer quando uma horda daqueles demônios avançava contra o grupo?

— Pessoal! A tinta tá transformando as pessoas em demônios! — Espelho disse pelo comunicador, mas também para os que estavam próximos dela. Na mesma hora, os diabretes se aglutinaram para defender Meia-Noite, enquanto K.O. começava a queimar algumas das criaturas da horda, enquanto outras eram abatidas por golpes de Forja. — CUIDADO!

Métrico desceu rapidamente ao ouvir sobre o ataque, aumentando de tamanho e esmagando o que restou daquela primeira horda debaixo das solas de seus sapatos. Uma mancha escura se espalhou pelo solo, e voltou correndo aos prédios, se enfiando pelas raízes.

— Esse lugar parece estar se deformando. Como num grande pesadelo. O Vulto deve estar muito descontrolado... — Métrico corria junto dos outros, virando uma esquina. — Consegui fazer um mapeamento do local, e marquei em preto o lugar da energia. Vulto deve estar lá. Marquei em vermelho o que pude detectar de criaturas... — o grupo parou de correr ao se deparar com mais um monstro, o qual K.O. deu um jeito de derrubar.

Mapa:

— Cambada, é o seguinte! — K.O. terminava de por fogo naquele monstrão, e olhava para todos os lados, vendo que haviam muito mais criaturas voando por ali. — Cês que tão com o dispositivo, é melhor cês irem atrás do Kolene Hair. Eu vou segurar esses bichos feios o máximo que der. VÃO LOGO!

Matheus não esperou nenhuma resposta, encobrindo seu corpo em chamas e voando contra uma segunda horda de criaturas, começando um combate sangrento. Os quatro se entreolharam. Era hora de agir.

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Momentos antes...

Próximo de Vulto, Alexandre sorria ao vê-lo sofrer. A figura monstruosa que era derivada de Delfos agora estava intrínseca ao corpo de Dario, formando um ser monstruoso. Aquele gás fazia um efeito ainda maior, e ver toda a energia que Vulto liberava era como ver uma grande obra de arte. Não tinha conseguido fugir do domo, e na verdade nem queria. Sua presença era o que garantia o controle do monstro, como lhe fora prometido.

— Sorria! O grande Vulto está saindo da máscara que usa! Está mostrando quem é de verdade! E...

De repente, algo estranho aconteceu, e tudo pareceu ficar mais sombrio. Olhando para os lados, Alê viu as sombras se tornando mais densas. Os objetos ao seu redor, que estavam com um pouco das sombras impregnadas neles, começavam a se deformar, como num pesadelo. O ator se assustou, recuando e derrubando o frasquinho no chão, vendo que a mistura entre Vulto e Delfos parecia se tornar mais demoníaca, assombrosa e, claro, assustadora. O que eram apenas dois olhos brancos estavam se multiplicando em seis olhos vermelhos. Uma bocarra se abria, revelando por trás dela a face horrorizada e congelada de Dario. Os olhos completamente verdes pelo gás estavam se tornando vermelhos. E agora os dois pareciam agir em conjunto.

— Espera... ESPERA! EU TE CONTROLO, CRIATURA! PARE AGORA! PARE! NÃO! NÃO! NÃO! N--AAAAAGH!

Um jato forte atingiu a barriga de Alê, começando a encobrir seu corpo e a deformá-lo. No começo, Alê resistia e lutava. Aos poucos, porém, começava a aceitar aquele poder todo... aquela energia... e sorria diante daquele ser de trevas.

— Heh... heh... agora eu entendo... não é você quem tem isso dentro de si... é outra pessoa. Parece que... hehe... seus poderes casaram de uma forma sinistra. CONTINUA!

Um dos vários urros ouvidos dentro do domo saiu da bocarra daquele novo monstro, que outrora era Alê.

Informações


Spoiler:

→ Prazo de postagem: 05/05, às 23h.
→ Cada estrela vermelha dessas tem ND 25. Falem também como vão invadir o prédio. No prédio, haverão mais criaturas, e um novo teste em ND 35 será feito.
→ Dúvidas, wpp
Métrico
Métrico

T02E09 - A Escuridão Empty Re: T02E09 - A Escuridão

05/05/21, 10:27 pm
Métrico - Pera aí... NÃO!!! - Diz David tentando agarrar K.O. no ar, porém sem êxito, causando sua revolta - Grrrrr!! Droga, Matheus!!!

Seu amigo já tinha feito a própria escolha, agora cabia a Métrico continuar a missão. Com isso, o herói pensou:

Métrico - Foco, David!! Você precisa pensar em um plano pra chegar até o Dário sem ser notado por esses "Palhaços Encapetados"!!!!

Sem saber o que fazer, David olha para cima para tentar "clarear as ideias", mas ao fazer isso, o rapaz encontrou o que procurava, os telhados.

Métrico sabia que se ficassem "em terra" seriam notados pelas criaturas, portanto eles teriam que ir para um local elevado:

Métrico - É o seguinte, pessoal... - Diz o herói para a equipe - O Foco de energia da barreira está a uma quadra daqui... Nós precisamos ir pra lá evitando o máximo de conflito com essas "coisas"... Querendo ou não, ainda são pessoas!!! Então... Vamos para os telhados!!! É a nossa única forma chegar em segurança na frente do prédio!!

Com isso, Métrico se virou para Alice dizendo:

Métrico - Mas antes disso... Espelho, crie uma duplicata invisível e faça ela adentrar o edifício nas coordenadas que eu passei a vocês!! - Sendo assim, David tira um rastreador de seu cinto, entregando-o nas mãos da heroína - Procure alguma janela ou abertura na estrutura que permita ela passar sem ser notada e suba até a posição do Dário... Quem fez o Vulto criar isso tudo, deve estar lá ainda!! Com isso, peça para que ative o rastreador...

Após explicar para a garota, o herói se vira para Meia-Noite, complementando:

Métrico - Assim que o ele estiver ativado... - Diz Métrico se referindo ao dispositivo entregue a Alice - É a "sua deixa", Meia-Noite!!! Cria um portal pra gente entrar lá, tente mantê-lo o máximo que conseguir, Ok?

Ao fim da explicação, David pede um último favor:

Métrico - Juntem-se aqui perto, irei levá-los para o telhado!!


Métrico irá crescer e agarrar seus companheiros de equipe, levando-os para os telhados do quarteirão em segurança, se encolhendo em seguida enquanto ativa seu jetpack para aterrissar sua suavemente no mesmo local aonde deixara os outros heróis. Assim que aterrissar, irei me deslocar pelos telhados até ficar no terraço em frente a fachada do prédio aonde o pico de energia se encontra, aguardando Meia-Noite criar um portal para dentro do local, entrando no mesmo em seguida.
Espelho.
Espelho.

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06/05/21, 12:07 am
Alice observou toda a situação pelos olhos do clone invisível. Ficou perplexa ao perceber que as pessoas estavam se transformando naqueles "demônios".  O cenário de escuridão era opressivo e bizarro, com a decomposição dos prédios e a ausência de luz. A garota se sentia distante, como em um mundo paralelo.

Espelho ouviu com atenção o plano de Métrico, enquanto respirava fundo para reunir forças. Criou um clone e a entregou o rastreador. Agora, ela se sentia útil por estar cooperando com os colegas, apesar de em dúvida sobre o que fazer no momento e ter ficado esperando ordens.

- Combinado! Meu clone está a caminho!  

Espelho irá mandar um clone invisível com o rastreador para tentar entrar no prédio por alguma abertura e procurar por Dario. Após isso, avisará os colegas da posição de Vulto para prosseguirem com p plano.
Forja
Forja

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06/05/21, 07:36 am
Ao adentrar no domo pelo portal de seu colega, Forja sentiu o clima mudar drasticamente, a visão que tinha era a de um cenário sombrio e sinistra, até parece ser um pesadelo, e quando se trata de um pesadelo, é difícil de esperar que as coisas melhorem.

Após o confronto com a horda de criaturas demoníacas, Wesley se sentia tenso, o que temia influenciar no controle de seu poder, entretanto, com Métrico tomando a liderança e ditando seu plano, o rapaz pôde focar seus pensamentos e deixar apreensão um pouco de lado.

— Vamos dar uma agilizada porque essas trevas todas já tão me deixando nervoso...

Wesley murmurou para seus companheiros deixando evidente o seu desconforto em estar alí, assim, o rapaz se agruparia com os demais para que fosse pego pelas mãos gigantes de David para que sejam levados para o terraço de um dos prédios. Se lembrando da informação de que estas criaturas são humanos, o jovem tentava pensar em um forma de lidar com os demônios, saber que agrediu pessoas inocentes durante o confronto de minutos atrás o deixa um pouco sentido.

— Será que eles sentem dor quando estão nessa forma? Tipo, a Alice disse que são humanos e a gente acabou com uma horda deles agora pouco... — Jogou a pergunta no ar sem esperar que fosse respondido.
Meia-Noite
Meia-Noite

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06/05/21, 12:40 pm
Ver o horizonte tomado pela escuridão e silêncio, com prédios deformados e ruas desertas, fez Meia-Noite sentir como se estivesse olhando através de um de seus portais para a Necrópole.
Seus Diabretes pareciam à vontade naquele cenário, sorrindo maliciosamente enquanto voavam pelas ruas pousando no topo de postes contorcidos.  

Conforme a ameaça aumentava, o líder do grupo, Métrico tomou a iniciativa relatando seu plano ao restante dos membros.

— Certo, eu só preciso de uma localização precisa e posso tentar criar um portal no local, mas precisamos estar perto o suficiente.

— Será que eles sentem dor quando estão nessa forma? Tipo, a Alice disse que são humanos e a gente acabou com uma horda deles agora pouco... — disse Forja em tom preocupado.

— Eu já tenho minha cota de sangue inocente em mãos, hajam como preferir, não vou ferir ninguém.  


Com um assobio, Yago atrai atenção de suas criaturas. Sua intenção é seguir o plano de Métrico, mas sabendo que não será fácil passar pelos detalhados distorcidos, irá usar meus diabretes para manter equilíbrio, e portais para salvar alguém caso haja alguma queda.
Atieno
Atieno

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06/05/21, 04:43 pm
Enquanto o feixe de fogo de K.O. dava a pouca iluminação que existia dentro daquele domo de energia escura e pura trevas, o quarteto da Academia Benfeitores se espalhava pela rua, Métrico no comando daqueles outros três jovens. As instruções eram simples e diretas, e rapidamente David cresceu e levou todos para um dos telhados, aproveitando para dar uma boa espiada ao redor de tudo.

Numa das lajes, os três heróis perceberam que teriam que ser rápidos. O chão deformava abaixo de seus pés, parecia estar sendo atraído para o topo do domo. Do alto, eles podiam perceber que o asfalto das ruas mais próximas do ponto central já estavam arrebentados e tomados por tons avermelhados, como se fossem o solo extraído diretamente do inferno. E mais e mais daquelas criaturas deformadas saíam dos prédios, como se estivessem explorando aquele mundo estranho.

Depois de deixar os três no telhado, mas antes de se encolher, David observou novamente os arredores. Percebeu que, naquele pouco tempo em que estavam lá dentro, o domo parecia ter se expandindo, engolfando até parte do Rio Pinheiros. De longe, ele podia ver que toda a água que ali passava se tornava em sangue. Precisavam se apressar, assim pensou Métrico, voltando a se encolher e subindo de jetpack até o topo de um dos telhados.

Ao chão, a única coisa que restara era um dos clones de Espelho, que corria invisível pelas esquinas. As fachadas das lojas pareciam diferentes, algumas ainda mostravam seus letreiros originais, mas outras tinham as letras do alfabeto substituídas por runas bizarras. As paredes e as calçadas se misturavam à frente de um grande shopping, que parecia estar se tornando quase como uma verdadeira fortaleza. E, à frente do hotel, que já tinha suas bases parcialmente destroçadas e que remetiam ao tronco morto duma gigantesca árvore, havia um demônio maior, feito completamente de tinta e tendo chifres e asas horrendas. O ser não parecia ter olhos, e por pouco o clone não se descuidou, saltando para o lado na hora que notou um enorme martelo de guerra voando na sua direção.

— AH! — Espelho gritou com o susto do ataque, enquanto o grupo já se aproximava do local marcado, e fazendo os outros pararem.

— Espelho! O que aconteceu!? — David olhou na hora, parando de correr e já buscando equilíbrio naquele telhado torto.

— Meu clone não consegue invadir o prédio. Há uma criatura à frente dele!

Os quatro são forçados a se abaixar quando um demônio dá um rasante sobre o teto, quase levando um deles para o alto da escuridão. Eles se levantam em seguida, com Meia-Noite percebendo que o demônio passou bem longe dele. Os diabretes, naquele instante, dançavam pela ponte de um dos cones formados num teto, girando ao redor de novos telhadinhos obscuros.

— Não precisamos entrar em combate direto. Apenas precisamos distrair o bicho pro clone da Espelho entrar. Alice, se prepara! Meia-Noite, Forja, me ajudem a distrair o bichão! — David berrou, abrindo seu jetpack e voando para o chão, na direção da criatura.

— Ok! — Yago respondeu, dando sinal para os diabretes agirem.

O grupinho de criaturas aterrorizantes fez acenos mistos à risadas, voando para perto de Métrico, que surgia como o principal caça a guiar outros aviões auxiliares. O grupo começou a rodar ao redor do grande ser de tinta, alguns diabretes sendo atingidos pelo grande martelo de guerra, mas outros zombando da criatura e até cutucando-o em locais não adequados para este horário. Forja, se apoiando próximo ao parapente de um dos prédios, arrancava qualquer coisa que pudesse alcançar, sejam tijolinhos, sejam objetos de manutenção, e arremessava contra o bicho de tinta.

Era o suficiente para que o clone de Alice invadisse o hotel, vendo uma cena horrível.

Lá dentro, o clone podia ver que a área da recepção parecia mais uma sala de reuniões, com símbolos arcanos espalhados pelas paredes parcialmente distorcidas, e que os elevadores, de alguma forma, estavam intactos. As escadarias estavam sendo cuspidas para fora do corredor ao qual elas pertenciam, e os pisos superiores pareciam estar se abrindo, formando um grande vão que permitia ao clone invisível ver até o teto do lugar. E, desses vãos, uma série de demônios novos saltavam das escadas, testando as novas asas e adaptando seus voos. Os corpos apodrecidos passavam por cima de onde a duplicata de Alice andava, mas não pareciam vê-la.

Subindo alguns andares, Alice percebeu um ponto em específico de onde toda aquela energia saía. Mais ou menos no 13º andar, um fluxo intenso de energia se movia. Ela, no 12º, percebia o perigo grave daquilo. E Espelho, do lado de fora, gritou quando sentiu sua clone ser atravessada no ombro por uma lâmina de energia escura.

— NÃO! — ela berrou, quase caindo do prédio em frente ao hotel, sendo segurada por Meia-Noite. — Droga... perdi mais um clone... — Alice arfava em desespero, seu coração palpitando muito.

— Em qual andar que tá rolando isso? — Meia-Noite olhou para Espelho, olhando ao prédio novamente.

— 13º. Tem um bicho lá, mas deu pra ver o fluxo de energia...

Os olhos de Alice se arregalaram. Ela sentia algo horrível acontecendo. Lá dentro, seu clone começava a perceber a tinta entrar em seu corpo, e começava a ser deformado. Perdendo a invisibilidade, Espelho pôde ver pelos olhos do clone que ele estava se tornando um dos demônios. Num último movimento, arremessou o rastreador para dentro do quarto de hotel com ele ativado, e impediu que sua duplicata fosse tomada por aquela energia.

— Meu clone... ele... ele... ele estava sendo transformado por aquele bicho! — Alice olhou para os outros, gritando do parapeite para eles — NÃO SEJAM FERIDOS, OU VÃO SE TRANSFORMAR!

Métrico na hora recuou da criatura, voltando a subir junto de seus companheiros no telhado.

— Caralho, caralho... eu não quero virar demônio! Eu não vou conseguir nada assim! — Forja dessa vez surtou pra valer, sendo "despertado" por um chacoalhão de Métrico.

— Ninguém aqui vai ser pego por isso. Ouviu? A gente vai sair dessa! — David olhou na direção de Espelho e Meia-Noite. — Conseguiu botar o rastreador lá dentro? — David, recebendo um aceno de Alice como resposta, olhou para Yago. — É a sua deixa! Manda o portal pra gente!

Yago fechou os olhos, se concentrando. Sua mente começava a ser bombardeada por algo estranho, conforme ele montava o portal. O som do rastreador rebatia em seu ouvido, como projetado para tal, e o permitia criar o portal exatamente aonde o rastreador estava. Porém, o que ele não viu, assustou a todos os demais.

O portal que ia nascendo, diferentemente do que já aconteceu antes, não se formava diretamente no ar, ou até mesmo "do nada". A energia que compunha o portal parecia estar sendo diretamente sugada do domo. Tanto que, diferentemente dos portais comuns que Meia-Noite abria, aquele parecia ser maior e mais energizado. Era até mesmo possível ver o outro lado. Na cabeça de Meia-Noite, palavras curtas chegavam, num idioma desconhecido a ele. Ou talvez nem tão desconhecido assim. Ele podia compreender, de forma surpreendente, algumas coisas.

"S'' futur'... s'' p'ssa'o... tu'o aqui... v'tor 'a Necr'p'l'..."

Abrindo os olhos, Meia-Noite sentiu algumas lágrimas escorrendo pela sua pele, precisando puxar uma oração para si mesmo, balbuciando-a baixo e tentando afastar aquelas memórias e pesadelos que chegavam. Ele conseguia reconhecer algumas coisas agora. O formato dos prédios. O tipo de demônio que ali voava. O tom do ambiente...

...era ele quem estava fazendo isso?

— Yago! — Métrico colocou as duas mãos nos ombros de Meia-Noite, o fazendo voltar a si. — Yago! Vamos! Vamos logo!

Balançando a cabeça, Meia-Noite assentiu, com os quatro atravessando o portal. Do outro lado, eles podiam ver o que restava de um quarto de hotel, vendo que tudo ali parecia ter sido coberto por uma poeira de dias, além de ter criado pontas, giros e outras formações estranhas.

À frente deles, havia um enorme demônio completamente de cor preta, com dois pares de asas dracônicas vindas de suas costas, três pares de olhos e uma bocarra parcialmente aberta. Os dedos de suas mãos eram longos e terminavam em garras afiadas, suas pernas se formavam em patas de bode, com cascos e tudo, e uma fileira de chifres tomava o local onde provavelmente havia cabelo.

O ser, no entanto, estava ligado por um fio a uma versão completamente demoníaca de Delfos. O patrono de Vulto parecia sofrer, com seu corpo produzindo mais e mais tinta. Dele também partia uma grande coluna de energia que atravessava um buraco no teto, provavelmente era ela quem alimentava o domo. No meio daquilo tudo, era possível ver Dario, com a boca aberta e vários tentáculos escuros se enfiando por entre ela, seus olhos num tom vermelho muito potente, e seu corpo imerso ao de Delfos. Ele parecia... morto.

Métrico sentiu um nó na garganta ao ver aquela cena. E lembrou do dispositivo que Paradoxo lhe entregou. O extensor de poderes. Era tudo ou nada. Precisavam lançar aquilo em Vulto. Era talvez a única forma de salvá-lo... ou detê-lo.

Informações


Testes:

→ Prazo de postagem: 08/05, às 23h.
→ Vocês tem uma série de opções, e o ND irá variar entre 40 e 30. O objetivo é salvar o Vulto, e também parar o fluxo de energia. Salvar Dario irá impedir o fluxo, mas o contrário não necessariamente é verdadeiro.
→ Dúvidas, wpp
Meia-Noite
Meia-Noite

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08/05/21, 06:42 pm
"... Não terás medo do terror de noite nem da seta que voa de dia,

Nem da peste que anda na escuridão, nem da mortandade que assola ao meio-dia..."


Yago recitava o salmo 91 com a esperança de afastar aquelas palavras nefastas de sua mente, era como se um turbilhão de pensamentos estivessem sufocando-o .

"Porque tu, ó Senhor, és o meu refúgio. No Altíssimo fizeste a tua habitação..."

Não havia tempo para concluir sua oração, o demônio estava de frente para seu grupo, e Dario era engolido pela escuridão, enquanto sua energia alimentava o domo.
- Métrico, me de o dispositivo, eu posso colocar nele, mas preciso que distraiam essa criatura o máximo possível. - Meia-Noite disse confiante, quase surpreso com a calma na própria voz.

-Isso tem que acabar.


Não sabendo se pode contar com seus Diabretes, Meia-Noite irá utilizar apenas os portais e sua habilidade de prestidigitação, ao invés de roubar, colocando algo na veste de Vulto, ou qualquer parte exposta, usando seus portais para se defender e esquivar de ameaças.
Forja
Forja

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09/05/21, 11:41 am
Ao passo que a missão ia chegando em seu ápice, o nervosismo de Forja aumentou e, saindo do portal feito por Meia-Noite, junto de seus colegas, ele avistava seu objetivo, Dário Volpi se encontrava em uma cena de causar aflição em qualquer um e, para Wesley ver seu ídolo naquela situação era agonizante.

— Meu Deus... — Suspirou ainda atônito.

O jovem leva alguns segundos para se recompor psicologicamente, mas quando enfim está de volta a si, retoma a consciência do que deveria ser feito, salvar Vulto usando o dispositivo dado por Paradoxo, porém, havia um obstáculo em seu caminho, um imenso demônio negro se se colocava a frente do grupo.

— Então esse é o chefão final, eu encaro, mas preciso de ajuda — Wesley disse alternando o olhar entre o monstro e seus colegas — Métrico, nós somos os dois pesos pesados aqui, já sabe o que fazer, líder...

Forja seria breve para investir contra o monstro, usando de sua metamorfose, o mesmo, mudaria a forma de suas mãos para clavas cobertas de espinhos, tinha em mente que com essa criatura, não precisaria se segurar, sentia que de alguma forma ela era responsável pelo que acontecia com Dário, portanto, merecia uma boa surra.

Wesley avançará com cautela na direção do demônio tentando atrair sua atenção para que este afaste-se do corpo de Vulto, seu objetivo é apenas esse, manter o bicho longe o distraindo com seus punhos espinhosos de aço, distribuindo socos pesados para compensar seu tamanho comparado ao do rival.
Espelho.
Espelho.

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09/05/21, 01:01 pm
Alice ofegava, mesmo sem ter feito grande esforço. Não bastasse o baque de perder tantos clones, ela estava lidando com a sensação de ser transformada em um demônio também, pois sentiu pelos clones. A garota tentava respirar fundo e manter a calma, enquanto todo aquele cenário de filme terror se armava sobre eles.

Suas mãos tremiam, tudo estava escuro e nada parecia ficar bem. Tentou se concentrar na missão, pensou na vida de Dario, que dependia do sucesso de sua equipe. Lembrou dos treinamentos na base, nos ensinamentos de como controlar o pânico. Recordou dos sermões e explicações dos superiores e dos outros heróis, que contavam histórias de dificuldades e como eles superaram. Fechou os punhos em sinal de indignação, quem estava fazendo aquilo deveria pagar.

- Vamos distrair o demônio! Disse, acordando de seu próprio terror interno na intenção de acabar com aquela missão horrenda. - Meia-Noite, chame caso precisar!

Espelho irá agir em conjunto com Métrico e Forja para distrair o monstro. A garota pretende utilizar os 2 clones para atraia a atenção do inimigo para longe, se possível arremessando objetos e correndo para longe. Ela ficará invisível fazendo o mesmo, mas destinará um clone ao trabalho de proteger Meia-Noite, caso precise.
Métrico
Métrico

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09/05/21, 01:02 pm
O "ser" em que Dário e Delfos se transformaram, começa a ficar cada vez mais instável e poderoso, deixando todos ali aflitos, principalmente Métrico. O rapaz já não superaria mais perder outro amigo, se dispondo a fazer qualquer coisa para que isso não ocorra de novo:

- Aguenta firme, Dário!!! A gente vai te tirar dessa!! - Pensa o rapaz, com um olhar preocupado para a "criatura", enclinando sua cabeça para baixo em seguida, tentando pensar em algo - Grrrrr!! Vamos David... Pensa!!! Tem que ter um jeito de chegar mais perto dele...

Tentando pensar em uma maneira de salvar o ex-parceiro, Métrico é interrompido por Meia-Noite, pedindo para que lhe entregue o "extensor de poderes" para que possa colocá-lo em Vulto, e inibir seus poderes. Com isso, David diz:

- Manda ver, Yago!!! - Gritou o herói, arremessando o dispositivo nas mãos de Meia-Noite - Ao meu sinal, você coloca o "Extensor" nele!!!

Em seguida, Wesley indaga David sobre o plano, sugerindo que façam algo em conjunto, já que eram os únicos com maior "força bruta", sendo assim o herói diz:

- Nós todos vamos distraí-lo, para que o Meia-Noite possa colocar o dispositivo!!!

Sua determinação era evidente em seu rosto, e assim que o plano foi traçado, os heróis partem para a ação.


Métrico irá chamar a atenção da "criatura" em que Vulto se transformara, arremesando entulhos, alternando sua estatura e utilizando de seu Jetpack para distraí-lo e confundi-lo, enquanto analisa com seu visor um ponto vulnerável para que Yago possa implantar o "Extensor de Poderes" em Dário.
Atieno
Atieno

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10/05/21, 05:47 pm
Os quatro à frente da criatura que Vulto havia se transformado, e à frente também do que aparentava ser o demônio guardião da fera, traçavam um plano rápido, recuando vários passos. Ao redor deles, seja acima de suas cabeças, seja debaixo de seus pés, tudo se distorcia ao ponto sem retorno.

Yago começava a flutuar no meio de todo aquele caos. De seus lábios, em volume baixo, saíam os versos do Salmo 91, balbuciados de forma lenta, conforme ele se agarrava ao dispositivo extensor.

— Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente descansará.

Forja tornava seus punhos em clavas de ferro, avançando contra o primeiro dos demônios, golpeando-o no pescoço. Para seu desespero, aquela fera não pareceu sentir nada, apenas andando alguns passos pra trás e grunhindo. Os clones de Espelho, por sua vez, arremessavam o que podiam na direção da coisa-ruim.

— Direi do senhor: Ele é o meu Deus, o meu refúgio, a minha fortaleza, e nele confiarei.

Métrico voava na direção entre o monstro e o que Vulto se tornou, usando mão de seu jetpack para manobras mais arriscadas. Naquele ambiente de teto baixo, era difícil fazer qualquer coisa mais bem preparada. Por pouco não atingiu o teto numa das incursões, sendo lançado para o lado quando uma garra atingiu parte do jetpack, girando no chão e ficando à mercê da criatura.

— Porque ele te livrará do laço do passarinheiro, e da peste perniciosa. Ele te cobrirá com as suas penas, e debaixo das suas asas te confiarás; a sua verdade será o teu escudo e broquel.

Yago foi obrigado a mudar a posição de um de seus portais, vendo que aquela fusão de seres lançava um jato de energia na sua direção. Os diabretes pareciam tentar ajudar, mas estavam sendo abatidos pela criatura. Espelho viu um de seus clones ser jogado pra fora do apartamento, atravessando uma parede e revelando um segundo quarto com mais objetos disponíveis. Métrico girava pelo chão, enquanto Forja montava uma espécie de "barreira", dando socos com as clavas em alguns tentáculos escuros que vinham da fera alada.

— Não terás medo do terror de noite nem da seta que voa de dia. Nem da peste que anda na escuridão, nem da mortandade que assola ao meio-dia.

Diminuindo a uma altura onde se tornava quase imperceptível, Métrico correu na direção do quarto paralelo. Forja sentiu a energia corruptora engolfar sua mão, enquanto uma invisível Espelho golpeava o braço do ser. A substância escura no chão parecia começar a se mover, tentando se agarrar aos pés dos heróis, que eram forçados a saltar. Objetos eram lançados contra o monstrão, o fazendo largar Forja e bater as asas com força, criando uma rajada de vento que lançou todos para os lados, exceto Meia-Noite, que se jogou em mais um portal.

— Nnngh... Mil cairão ao teu lado, e dez mil à tua direita, mas não chegará a ti!

"N'crp'le t'spera... N'cr'pole t'sspera..."

As vozes tentavam lutar pelo domínio da mente de Yago. David arrancou um extintor de incêndio que estava no quarto ao lado, avançando com ele na direção dos inimigos. Puxando seu gatilho, em vez de lançar o pó químico, o que saiu de lá foi fogo. Alice sentiu uma pancada lhe atingir à cabeça, e cambaleante evitou um golpe que poderia lhe perfurar a barriga. Wesley juntava as duas mãos, destruindo a cabeça do monstro numa pancada.

— Somente com os teus olhos contemplarás, e verás a recompensa dos ímpios. AAAGHH! Porque tu, ó Senhor... é-és o meu refúgio! No Altíssimo fizeste a tua habitação.

Levando uma das mãos à cabeça, Meia-Noite contemplou uma cena. O céu vermelho, o sol pálido, e a terra arrasada. Ele mesmo estava sentado num trono feito de caveiras. Em suas mãos, podia sentir o controle de todos os demônios. Ao seu redor, sua Necrópole nascia. Era linda...

— Yago! — Métrico gritou novamente, trombando com o jetpack parcialmente danificado contra Meia-Noite, impedindo que Delfos lhe desse um tapa.

Rolando pelo chão, os dois sentiram um tremor acontecer, com o chão se abrindo parcialmente debaixo deles. Métrico sentiu suas pernas perdendo o contato com o solo, começando a escorregar para a morte, se agarrando numa madeira encurvada. Era possível ver que, para baixo, mais de 50 metros estavam esperando quem caísse. Forja e Espelho também sentiram aquele tremor, mas estavam mais concentrados em não ser atingidos pelo monstro guardião de Vulto. Estavam sendo cercados no canto da sala, mal podendo se defender.

— Yago, volta para lá! Eu me viro! — David olhou pra baixo, soltando-se da madeira e se jogando na escuridão total.

— OK! Ok... Nenhum mal te sucederá, nem praga alguma chegará à tua tenda. Porque aos seus anjos dará ordem a teu respeito, para te guardarem em todos os teus caminhos.

Métrico despencava no fosso que era rodeado pelas escadarias. Seu jetpack parecia ter problemas a princípio, funcionando só quando já restavam cerca de 10 metros para a queda final. Sentia um descontrole nele, e começava a crescer para evitar perigo maior, usando suas mãos enormes para ir escalando a partir das escadarias. Olhando para cima, o teto do hotel estava arrebentado, e ele podia ver a cúpula crescendo.

— Eles te sustentarão nas suas mãos, para que não tropeces com o teu pé em pedra. Pisarás o leão e a cobra; calcarás aos pés o filho do leão e a serpente.

Espelho avançava num último esforço para golpear o monstro, mas sentia suas clones sendo agarradas pelos tentáculos e, lentamente, sendo sufocadas. A falta de ar vinha em seu peito, como um contra-efeito. Forja golpeava o chão, sentindo aquela gosma encobrir suas duas pernas, e então só pôde gritar em desespero, tendo seus braços amarrados pelos mesmos tentáculos. Espelho também tentava uma fuga improvisada, mas não tinha mais como se mexer ali.

— Porquanto tão encarecidamente me amou, também eu o livrarei; pô-lo-ei em retiro alto, porque conheceu o meu nome.

Meia-Noite lançou um portal abaixo de Forja e Espelho, os jogando para fora daquele cerco. Métrico terminava de escalar, mas começava a sentir que os demônios menores o atacavam incessantemente, tentando fazê-lo cair. Parecia ser o fim.

Então, ele pôde ter um vislumbre do bichão. David viu uma entrada nas costas da criatura. Uma área desprotegida. Era tudo ou nada.

— NAS COSTAS DELE, YAGO!

Meia-Noite viu a abertura. Um portal o lançou para aquele local.

— Ele me invocará, e eu lhe responderei; estarei com ele na angústia; dela o retirarei, e o glorificarei. Fartá-lo-ei com longura de dias...

Calmamente, Yago depositou o extensor na nuca de Dario, vendo sua luz acender.

— ...e lhe mostrarei a minha salvação.

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Tudo havia sido muito rápido para os quatro. De repente, a mistura entre Vulto e Delfos se tornou instável. E os dois corpos foram separados à força, interrompendo o fluxo de energia, que em seguida ia sendo absorvido pelo corpo de Dario.

Métrico se dependurava pelo buraco feito naquele quarto, vendo que Yago ajudava Alice e Wesley a se levantarem. O demônio ligado a Delfos havia sumido, e apenas um esqueleto deformado jazia lançado ao chão, aos poucos se tornando cinzas, conforme a luz do sol atingia aquele lugar. Além do céu diurno, os quatro puderam ver Paradoxo flutuar acima de suas cabeças, no que seria o topo do domo, com as mãos de forma a comprimir sua própria testa. Aquilo provavelmente havia acabado.

David olhou para Dario, se ajoelhando de frente para ele, fazendo uma análise total a partir de seu visor. Seus olhos, então, se encheram d'água.

Não haviam sinais vitais.

Paradoxo pousava devagar, erguendo o corpo de Vulto com sua telecinésia, de frente aos quatro membros da Academia. Seu semblante era indescritível. Não havia como os quatro decifrarem o que Érica pensava.

— Eu ainda estou conseguindo captar sinais de vida do Dario. Vou levá-lo à Academia, vamos tentar trazê-lo de volta... — ela via Delfos se desfazendo aos poucos, sumindo em pequenas partículas escuras. Métrico também estava a par disso. Os outros três olhavam mais de longe. — Métrico, tire todos daqui. Vão até a área de resgate, vocês ficaram quatro dias aqui dentro.

— QUÊ!? — Forja arregalou os olhos.

— Isso é impossível, nós entramos não faz nem uma hora, e...

— Por algum motivo, o tempo corria diferente dentro da cúpula. Mas vocês estão aqui há quatro dias. Suas perguntas serão respondidas depois, mas... apenas saiam.

Paradoxo voava pelos céus, desaparecendo com o corpo de Vulto a seguindo, deixando pra trás um cenário de terror. Métrico piscou fortemente os olhos. Não sabia como reagir. Sentia a necessidade de botar tudo pra fora. Então... um pequeno frasco lhe chamou a atenção no canto, um frasco com restos de um líquido esverdeado. Levando o objeto aos olhos, David sentiu uma fúria gritar para sair.

Adesivados àquele frasco estavam dois logos: o das Indústrias Torres, e a assinatura especial de seus pais.

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Vila Olimpia, São Paulo
25 de Fevereiro, 11h25


Foi tudo de repente. A cúpula, que estava se expandindo de forma constante, já ameaçando o próprio curso do Rio Pinheiros, simplesmente se abriu uma hora atrás, quando Paradoxo recebeu o sinal de prontidão da equipe da Academia Protetores. Porém, do lado interno, o que foi revelado era um cenário de horror.

Os prédios, agora iluminados pela luz do sol, estavam completamente deformados e distorcidos. Raízes secas percorriam as ruas da Vila Olimpia, se embrenhando dentre vários pináculos espiralados e estruturas diretamente removidas do inferno. Urros de dor eram ouvidos, com seres demoníacos afundando nas ruas e derretendo até virarem esqueletos, e então desaparecendo em cinzas.

O exército não demorou para construir barreiras para impedir o acesso à área, enquanto os quatro heróis eram atendidos por ambulâncias ali posicionadas. Na avenida, um helicóptero pousava com o símbolo da multinacional KAJ, de lá saindo o conhecido empresário e CEO da empresa, Aurélio Jankowski. Vários repórteres o abordaram imediatamente, apontando microfones em sua cara e lançando mão de várias perguntas aleatórias.

— Acalmem-se, sim? Como sabem, minha família veio de uma terra arrasada pela guerra e pela destruição. E hoje nós vimos que essa grande cidade sofre com os horrores de uma terrível ação de vis criaturas. Infelizmente, alguns funcionários de minha empresa foram pegos neste domo, e acredito que não sobreviveram... — ele aponta para as construções deformadas, que agora faziam parte da grande linha de prédios do Rio Pinheiros. — Venho em nome da KAJ dizer que iremos nos comprometer, num acordo traçado junto ao prefeito de São Paulo, Guilherme Freire, e da presidente Elizabeth Silva, a reconstruir a Vila Olimpia, com o máximo de tecnologia que as pessoas merecem.

Seu caminhar ia diretamente às entradas do bairro, indo de frente a um dos prédios, olhando pra cima e vendo o símbolo da KAJ parcialmente consumido pela energia do domo. Um fotógrafo, por trás dele, tirou as fotos que vieram a ser capa de vários jornais do Brasil e do mundo.

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Horas depois...

Após todo o hype midiático sobre a situação, a polícia e o exército enfim puderam trabalhar. Tropas militares cercavam a área, apontando suas armas na direção do bairro, esperando qualquer coisa que pudesse simplesmente sair de lá — algumas inclusive tentando fugir para a cidade, sendo abatidas antes de alcançarem outros bairros.

Debaixo de um dos prédios, pisando em pedaços de concreto jogados, sentindo a energia de um portal atrás de si, uma mulher piscava forte, vendo que estava no esconderijo de vários demônios menores, todos eles tensos com a possibilidade de sair e serem abatidos.

— Vocês podem estar se sentindo abandonados por tudo. O mundo pode estar contra vocês. Os humanos podem ter abandonado-os, acreditando que vocês não tem mais qualquer resquício de humanidade. Mas eu posso ajudar. Me sigam... quem sabe vocês não conseguem me ajudar depois a salvar aquele que ainda sofre nas mãos dos humanos?

O portal de energia vermelha se manteve aberto até que todos pudessem atravessá-lo. A mulher, com seus cabelos brancos balançando sobre suas vestes vermelhas, removeu uma rocha jogada ali, pensando em sua energia e a memorizando.

— A passagem se reabriu. Eu irei lhe salvar, Núcleo. Eu não te esqueci.

Então o portal se fecha, abandonando aquele lugar ao vazio.

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