"Enquanto Isso..."
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Vulto
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- Métrico
Longa noite do Terror - Métrico
31/10/20, 07:42 pm
Setor Industrial - 31 de Outubro, 19:42 PM
David estava indo para o caminho do Setor Industrial para se encontrar com o Dono da "EletroLuiz": Luiz Miguel Arantes.
A "EletroLuiz" era uma empresa de Eletroeletrônicos muito renomada no pais, fornecendo desde aparelhos simples, como: "Cafeteiras" e "Liquidificadores", até aparelhos mais robustos, como: "Geladeiras" e "Fogões.
Ao chegar no local, Luiz, acompanhado de um assistente, o aguardava na frente do galpão. David sai do carro e vai de encontro ao Empresário:
- Olá, Senhor! Boa tarde! - Diz o jovem esticando o braço com um sorriso tímido no rosto.
- Senhor Thomas! A quanto tempo...Eu me lembro que da ultima vez que nos vimos, o senhor aparentava ser bem jovem... Mas eu não me lembrava que era tanto assim! Além do mais... O que você fez no cabelo? - Comenta Luiz, cumprimentando o rapaz com alegria e um pouco intrigado.
Ao dizer isso, David o responde gentilmente, porem tímido:
- hahaha... Me desculpe, Sr. Arantes! Você deve estar me confundindo com o meu pai... É que ele e minha mãe estavam ocupados hoje e me enviaram para representá-los.
- HAHAHAHA... Perdão, Filho! É que você é a cara do seu pai! - Diz o empresário rindo da situação e dando um tapinha nas costas do jovem - Na verdade, eu nem sabia que ele tinha um filho.
- Queee novidade! - Resmunga David.
- O que disse, meu jovem? - indaga o Senhor.
- NÃO! Não foi nada.. Hahaha - Responde o garoto rindo, tentando disfarçar o ocorrido.
- Bom... Então venha, eu e meu assistente Carlos iremos te mostrar o lugar, Senhor?? - Fala Luiz, perguntando o nome do garoto.
- Aaah... David! Pode me chamar só de "David"! - Respondeu-lhe, coçando a nuca e um pouco sem jeito.
00:26 PM
Após algumas horas no local, a "Noite" chega e David termina de avaliar a galpão. Se dirigindo a saída, o Sr. Arantes acompanha o rapaz até a entrada do local para se despedir:
- Muito obrigado pela visita, meu jovem! E me desculpe pelo transtorno! Espero que seus pais considerem o meu pedido... Ficarei muito feliz em trabalhar com vocês! - Diz o empresário com a mão nas costas do jovem.
- Não foi nada, Sr. Arantes... - Responde David, que é cortado pelo senhor.
- Pode me chamar de "Luiz", meu rapaz! - Comenta com um sorriso no rosto.
Quando ele e o empresário saíram do local, se depararam com a cidade imersa em trevas. Haviam diversos focos de incêndio espalhados pela cidade e eram possíveis de ouvir disparos e gritos por toda a parte. David e Luiz ficam surpresos, já que eles não ouviram nada dentro do galpão, já que o mesmo ficou lacrado todo o momento:
- MEU DEUS! O QUE ACONTECEU! - Luiz grita surpreso.
- Senhor, CORRA! VÁ PARA O GALPÃO! - Alerta o jovem.
- MAS E VOCÊ, GAROTO? - Questiona Luiz.
- Não se preocupe, eu vou tomar cuidado... AGORA VÁ - Responde David indo para o carro rapidamente.
Quando o Empresário entrava no complexo, o herói se dirigia a seu carro em alta velocidade. Entrando no veiculo, ele pega seu cinto. Coloca-o e o ativa, se transformando em Métrico.
- Droga! Isso dever ter começado quando ocorreu o "blecaute" no galpão... Grrr! Eu tava sentindo que algo ia estourar nessa cidade, mais cedo ou mais tarde... Então... VAMOS A LUTA! - Diz Métrico, arrancando com o carro, logo em seguida.
David estava indo para o caminho do Setor Industrial para se encontrar com o Dono da "EletroLuiz": Luiz Miguel Arantes.
A "EletroLuiz" era uma empresa de Eletroeletrônicos muito renomada no pais, fornecendo desde aparelhos simples, como: "Cafeteiras" e "Liquidificadores", até aparelhos mais robustos, como: "Geladeiras" e "Fogões.
Ao chegar no local, Luiz, acompanhado de um assistente, o aguardava na frente do galpão. David sai do carro e vai de encontro ao Empresário:
- Olá, Senhor! Boa tarde! - Diz o jovem esticando o braço com um sorriso tímido no rosto.
- Senhor Thomas! A quanto tempo...Eu me lembro que da ultima vez que nos vimos, o senhor aparentava ser bem jovem... Mas eu não me lembrava que era tanto assim! Além do mais... O que você fez no cabelo? - Comenta Luiz, cumprimentando o rapaz com alegria e um pouco intrigado.
Ao dizer isso, David o responde gentilmente, porem tímido:
- hahaha... Me desculpe, Sr. Arantes! Você deve estar me confundindo com o meu pai... É que ele e minha mãe estavam ocupados hoje e me enviaram para representá-los.
- HAHAHAHA... Perdão, Filho! É que você é a cara do seu pai! - Diz o empresário rindo da situação e dando um tapinha nas costas do jovem - Na verdade, eu nem sabia que ele tinha um filho.
- Queee novidade! - Resmunga David.
- O que disse, meu jovem? - indaga o Senhor.
- NÃO! Não foi nada.. Hahaha - Responde o garoto rindo, tentando disfarçar o ocorrido.
- Bom... Então venha, eu e meu assistente Carlos iremos te mostrar o lugar, Senhor?? - Fala Luiz, perguntando o nome do garoto.
- Aaah... David! Pode me chamar só de "David"! - Respondeu-lhe, coçando a nuca e um pouco sem jeito.
00:26 PM
Após algumas horas no local, a "Noite" chega e David termina de avaliar a galpão. Se dirigindo a saída, o Sr. Arantes acompanha o rapaz até a entrada do local para se despedir:
- Muito obrigado pela visita, meu jovem! E me desculpe pelo transtorno! Espero que seus pais considerem o meu pedido... Ficarei muito feliz em trabalhar com vocês! - Diz o empresário com a mão nas costas do jovem.
- Não foi nada, Sr. Arantes... - Responde David, que é cortado pelo senhor.
- Pode me chamar de "Luiz", meu rapaz! - Comenta com um sorriso no rosto.
Quando ele e o empresário saíram do local, se depararam com a cidade imersa em trevas. Haviam diversos focos de incêndio espalhados pela cidade e eram possíveis de ouvir disparos e gritos por toda a parte. David e Luiz ficam surpresos, já que eles não ouviram nada dentro do galpão, já que o mesmo ficou lacrado todo o momento:
- MEU DEUS! O QUE ACONTECEU! - Luiz grita surpreso.
- Senhor, CORRA! VÁ PARA O GALPÃO! - Alerta o jovem.
- MAS E VOCÊ, GAROTO? - Questiona Luiz.
- Não se preocupe, eu vou tomar cuidado... AGORA VÁ - Responde David indo para o carro rapidamente.
Quando o Empresário entrava no complexo, o herói se dirigia a seu carro em alta velocidade. Entrando no veiculo, ele pega seu cinto. Coloca-o e o ativa, se transformando em Métrico.
- Droga! Isso dever ter começado quando ocorreu o "blecaute" no galpão... Grrr! Eu tava sentindo que algo ia estourar nessa cidade, mais cedo ou mais tarde... Então... VAMOS A LUTA! - Diz Métrico, arrancando com o carro, logo em seguida.
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- Babalu
Tá no Sangue
31/10/20, 08:22 pm
27/10 - Toca do Guará
No dia seguinte bem cedinho, Kelly e Michele foram dar seus depoimentos sobre o caso do violentador que invadiu a casa, acompanhados dos pais de Michele, Kelly parecia muito bem, apesar do que aconteceu, o que não era de se esperar menos, comparado com o que ela já enfrentou isso era fichinha, mas sua amiga estava extremamente abalada, a garota ficou o tempo todo abraçada com sua mãe, ela ainda chorava muito, mas a lágrimas não saíam faz tempo, parecia até ter secado.
Depois que tudo já havia passado, os pais de Michele deixaram Kelly na porta de casa, ela dá um abraço bem forte e um beijo no rosto da amiga antes de sair do veículo. - Vai ficar tudo bem amiga, amanhã a gente conversa. - Era uma demonstração de carinho que Kelly jamais mostrou para a amiga, assim que largam o abraço Michele volta para os braços da mãe.
-Você vai ficar bem sozinha aí?- Perguntou o pai de Michele
-De boa seu Mauro, depois do que eu fiz ontem acho que os caras vão pensar duas vezes antes de mexer comigo.
-Você é bem barra pesada mesmo né? Então até mais, qualquer coisa liga pra gente.
-Tá no sangue seu Mauro, tchau.
Ela entra em sua casa pensando como iria falar o que aconteceu para os seus pais quando eles retornarem de viagem, ela toma um susto quando vê alguém sentado no sofá da sala.
-Caceta tia, o que você tá fazendo quieta aí?- A garota fica paralisada ao olhar para a mesinha de centro, em cima dela estava seu uniforme de Babalu com as latas de tinta e o celular que ela havia perdido, as duas ficam em silêncio, o olhar penetrante da tia fazia suas pernas tremerem.
-Sabe… Eu tava esperando mais uma mentira sua pra tentar explicar isso, mas depois que eu descobri o que aconteceu ontem aqui, eu não tenho mais dúvidas.
-Q-que isso cachorr…
-CALA A BOCA!!! - Com raiva a mulher se levanta gritando com a garota fazendo ela se sentar imediatamente no outro sofá. - NÃO ME CHAMA DE CACHORRONA!!!
Sara começa a andar de uma lado para o outro com as mãos na cintura, ela parecia estar pensando no que iria falar.
-Eu já devia ter imaginado faz tempo, você tava envolvida naquela bagunça no Restaurante da Máfhia né? Eu sabia que já conhecia aquele cheiro enjoado de algum lugar só não sabia de onde, você e seus amiguinhos foderam todo um esquema da polícia que tava de olho neles faz tempo, meses de trabalho jogado no lixo!
-Mas tia…
-CALA A BOCA!!! O que você tava querendo fazer lá no Jockey Club uma hora daquelas? Como você sabia o que ia acontecer lá? Quem tá passando esse tipo de informação pra você?- A mulher continuava andando de um lado pro outro.
-Foi só coincidên…
-CALA A BOCA!!! Babalu? Que nome mais merda, você fica andando vestida de bonequinha por aí toda colorida, como se o mundo fosse um filme que tudo termina bem no final, aquele estuprador que entrou aqui ontem sabia quem você era? - O silêncio volta a tomar conta da sala, Kelly olhava para o tia com os olhos arregalados quase lacrimejando. - Fala desgraça!
A garota respira fundo e responde.
-Eu acho que ele não sabia de nada... Foi coincidência... Pelo que me falaram na delegacia ele já tava agindo no bairro há algumas semanas.
Sara se senta novamente, desta vez ao lado da garota e leva a mão no rosto.
-O que você falou no seu depoimento?
-Eu falei tudo o que aconteceu…
-Tudo mesmo?
-Tá, eu falei que era sua sobrinha e que eu usei uma defesa pessoal que você me ensinou pra deter ele.
-Mentindo outra vez…
-Eu tive que mentir, foi o único jeito que eu achei pra proteger minha identidade secreta.
-E QUANTO A PROTEGER A SUA FAMÍLIA?- Sara se exalta outra vez - Neles você não pensou né? Se tem uma coisa que eu sei é que uma hora ou outra sempre alguém descobre esse tipo de segredo, e o pior acontece quando alguém perigoso descobre, e se você se machucar ou morrer?
-Mas eu vivo tomando cuidado com essas coisas.
-Sabe quem tava tomando cuidado também? Aquela menina que foi degolada pelo Maníaco da Capa... Aquela outra que tá em estado grave no hospital depois de levar uma surra no Incrível…E eu também quase paguei por isso…
-Do que você tá falando?
-Eu nunca falei isso pra ninguém, mas acho que você merece saber disso, quando eu era mais nova que você eu também tentei dar uma de heroína, meu nome era a Ousada, além dos poderes que você já sabe, naquela época eu não tinha limites pra porrada, um talento natural, fiz minha fama prendendo alguns bandidos, mas num descuido meu, um criminoso chamado o Monarca do Crime descobriu minha identidade e sequestrou seu tio e sua mãe, eles eram muito pequenos, acho que nem se lembram disso.- Kelly ouvia tudo de boca aberta, não acreditava no que ouvia, Sara continua a falar - Quando cheguei no esconderijo dele, ele tinha coberto os dois com gasolina, ele pretendia colocar fogo neles... você consegue imaginar o terror de ver aquela cena? Enfim, eu derrotei todos os capangas lá, e peguei ele de surpresa, ele era um maldito, se ele fosse preso logo estaria nas ruas outra vez, esse pesadelo nunca iria acabar, só tinha uma solução…
Kelly pega na mão da tia, e as duas se entreolham antes de sara continuar.
-Eu tive que acabar com a vida dele antes da polícia chegar, por sorte ele não tinha falado pra ninguém sobre a minha identidade, era um tipo de vingança pessoal por estar acabando com a organização dele… Depois disso eu larguei dessa vida, mas não desisti de usar meus poderes contra o crime, quando eu fiz dezoito eu me inscrevi pro concurso da polícia civil, e bom o resto você deve imaginar.
-Então acho que esse negócio de super-heróis tá no nosso sangue mesmo… E agora, como a gente vai fazer, já que uma sabe o segredo da outra? Você vai contar pra minha mãe?
-Não vou, e nem vou tentar te impedir de continuar, quando eu olho pra você eu me vejo quando era jovem, eu sei o que você sente quando da uma de heroína por aí, o calor no coração quando se salva a vida de alguém e a satisfação quando todos te enaltecem depois de impedir um crime.
-E como a gente vai fazer?
-Primeiro você vai me contar com detalhes como tudo isso aconteceu, e depois eu vou te dar algumas dicas do que não fazer, eu vi muito herói fazendo merda nesse anos.
-Tá bom, só me fala uma coisa? Você acha o meu cheiro enjoado mesmo? - Sara começa a gargalhar, quebrando todo o clima tenso do lugar. Pelo resto do dia as duas conversaram sobre Babalu, no final os laços de tia e sobrinha que existiam entre ela pareciam estar reforçados.
No dia seguinte bem cedinho, Kelly e Michele foram dar seus depoimentos sobre o caso do violentador que invadiu a casa, acompanhados dos pais de Michele, Kelly parecia muito bem, apesar do que aconteceu, o que não era de se esperar menos, comparado com o que ela já enfrentou isso era fichinha, mas sua amiga estava extremamente abalada, a garota ficou o tempo todo abraçada com sua mãe, ela ainda chorava muito, mas a lágrimas não saíam faz tempo, parecia até ter secado.
Depois que tudo já havia passado, os pais de Michele deixaram Kelly na porta de casa, ela dá um abraço bem forte e um beijo no rosto da amiga antes de sair do veículo. - Vai ficar tudo bem amiga, amanhã a gente conversa. - Era uma demonstração de carinho que Kelly jamais mostrou para a amiga, assim que largam o abraço Michele volta para os braços da mãe.
-Você vai ficar bem sozinha aí?- Perguntou o pai de Michele
-De boa seu Mauro, depois do que eu fiz ontem acho que os caras vão pensar duas vezes antes de mexer comigo.
-Você é bem barra pesada mesmo né? Então até mais, qualquer coisa liga pra gente.
-Tá no sangue seu Mauro, tchau.
Ela entra em sua casa pensando como iria falar o que aconteceu para os seus pais quando eles retornarem de viagem, ela toma um susto quando vê alguém sentado no sofá da sala.
-Caceta tia, o que você tá fazendo quieta aí?- A garota fica paralisada ao olhar para a mesinha de centro, em cima dela estava seu uniforme de Babalu com as latas de tinta e o celular que ela havia perdido, as duas ficam em silêncio, o olhar penetrante da tia fazia suas pernas tremerem.
-Sabe… Eu tava esperando mais uma mentira sua pra tentar explicar isso, mas depois que eu descobri o que aconteceu ontem aqui, eu não tenho mais dúvidas.
-Q-que isso cachorr…
-CALA A BOCA!!! - Com raiva a mulher se levanta gritando com a garota fazendo ela se sentar imediatamente no outro sofá. - NÃO ME CHAMA DE CACHORRONA!!!
Sara começa a andar de uma lado para o outro com as mãos na cintura, ela parecia estar pensando no que iria falar.
-Eu já devia ter imaginado faz tempo, você tava envolvida naquela bagunça no Restaurante da Máfhia né? Eu sabia que já conhecia aquele cheiro enjoado de algum lugar só não sabia de onde, você e seus amiguinhos foderam todo um esquema da polícia que tava de olho neles faz tempo, meses de trabalho jogado no lixo!
-Mas tia…
-CALA A BOCA!!! O que você tava querendo fazer lá no Jockey Club uma hora daquelas? Como você sabia o que ia acontecer lá? Quem tá passando esse tipo de informação pra você?- A mulher continuava andando de um lado pro outro.
-Foi só coincidên…
-CALA A BOCA!!! Babalu? Que nome mais merda, você fica andando vestida de bonequinha por aí toda colorida, como se o mundo fosse um filme que tudo termina bem no final, aquele estuprador que entrou aqui ontem sabia quem você era? - O silêncio volta a tomar conta da sala, Kelly olhava para o tia com os olhos arregalados quase lacrimejando. - Fala desgraça!
A garota respira fundo e responde.
-Eu acho que ele não sabia de nada... Foi coincidência... Pelo que me falaram na delegacia ele já tava agindo no bairro há algumas semanas.
Sara se senta novamente, desta vez ao lado da garota e leva a mão no rosto.
-O que você falou no seu depoimento?
-Eu falei tudo o que aconteceu…
-Tudo mesmo?
-Tá, eu falei que era sua sobrinha e que eu usei uma defesa pessoal que você me ensinou pra deter ele.
-Mentindo outra vez…
-Eu tive que mentir, foi o único jeito que eu achei pra proteger minha identidade secreta.
-E QUANTO A PROTEGER A SUA FAMÍLIA?- Sara se exalta outra vez - Neles você não pensou né? Se tem uma coisa que eu sei é que uma hora ou outra sempre alguém descobre esse tipo de segredo, e o pior acontece quando alguém perigoso descobre, e se você se machucar ou morrer?
-Mas eu vivo tomando cuidado com essas coisas.
-Sabe quem tava tomando cuidado também? Aquela menina que foi degolada pelo Maníaco da Capa... Aquela outra que tá em estado grave no hospital depois de levar uma surra no Incrível…E eu também quase paguei por isso…
-Do que você tá falando?
-Eu nunca falei isso pra ninguém, mas acho que você merece saber disso, quando eu era mais nova que você eu também tentei dar uma de heroína, meu nome era a Ousada, além dos poderes que você já sabe, naquela época eu não tinha limites pra porrada, um talento natural, fiz minha fama prendendo alguns bandidos, mas num descuido meu, um criminoso chamado o Monarca do Crime descobriu minha identidade e sequestrou seu tio e sua mãe, eles eram muito pequenos, acho que nem se lembram disso.- Kelly ouvia tudo de boca aberta, não acreditava no que ouvia, Sara continua a falar - Quando cheguei no esconderijo dele, ele tinha coberto os dois com gasolina, ele pretendia colocar fogo neles... você consegue imaginar o terror de ver aquela cena? Enfim, eu derrotei todos os capangas lá, e peguei ele de surpresa, ele era um maldito, se ele fosse preso logo estaria nas ruas outra vez, esse pesadelo nunca iria acabar, só tinha uma solução…
Kelly pega na mão da tia, e as duas se entreolham antes de sara continuar.
-Eu tive que acabar com a vida dele antes da polícia chegar, por sorte ele não tinha falado pra ninguém sobre a minha identidade, era um tipo de vingança pessoal por estar acabando com a organização dele… Depois disso eu larguei dessa vida, mas não desisti de usar meus poderes contra o crime, quando eu fiz dezoito eu me inscrevi pro concurso da polícia civil, e bom o resto você deve imaginar.
-Então acho que esse negócio de super-heróis tá no nosso sangue mesmo… E agora, como a gente vai fazer, já que uma sabe o segredo da outra? Você vai contar pra minha mãe?
-Não vou, e nem vou tentar te impedir de continuar, quando eu olho pra você eu me vejo quando era jovem, eu sei o que você sente quando da uma de heroína por aí, o calor no coração quando se salva a vida de alguém e a satisfação quando todos te enaltecem depois de impedir um crime.
-E como a gente vai fazer?
-Primeiro você vai me contar com detalhes como tudo isso aconteceu, e depois eu vou te dar algumas dicas do que não fazer, eu vi muito herói fazendo merda nesse anos.
-Tá bom, só me fala uma coisa? Você acha o meu cheiro enjoado mesmo? - Sara começa a gargalhar, quebrando todo o clima tenso do lugar. Pelo resto do dia as duas conversaram sobre Babalu, no final os laços de tia e sobrinha que existiam entre ela pareciam estar reforçados.
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- Vulto
A Noite do Terror
01/11/20, 05:36 pm
2 semanas antes da Noite do Terror
- Seu aniversário tá chegando, né... Cê vai não querer fazer uma festinha?
Sentada na cama do amigo, Victoria alisava os cabelos de Delfos que permanecia sentado no chão, como seu usuário minutos antes, enquanto Dario olhava pela janela. Haviam acabado outra sessão de meditação guiada. Tentando ainda enfrentar as visões que assombravam sua mente, dessa vez o jovem não se teleportara para muito longe durante o acesso de pânico.
- Oi? Ah, sim, sim... Caramba, já tamo na metade de Outubro... Não sei, Vic, não tô no clima.
- Poxa, faz tempo que a gente não se junta com a galera. O pessoal tava empolgado com a chegada do seu aniversário... Cê sabe, virou tradição já.
- Sim... – Concorda, ainda olhando para o horizonte noturno de NC. Há seis anos, após receber um VHS de um filme B de terror antigo como presente de sua amiga Sabrina, Dario e seus amigos iniciaram “A Madrugada do Terror”, a tradição de virarem a noite do dia 30 para o 31 assistindo filmes de terror ruins, geralmente no Ap. de Vic. Mas esse ano as coisas estavam diferentes. Ele estava diferente – Sim, mas sei lá, Ícaro e eu nem estamos mais juntos e seria foda chutar o cara da própria casa...
- Então, falando no Ícaro... Ele me falou que quer conversar com você.
10 dias antes da Noite do Terror.
Sentado no sofá de Vic, Ícaro e Dario, que permanecia de pé, se encaravam. A amiga havia saído, deixando os dois ex namorados sozinhos.
- Então, um passarinho muito supersticioso me falou que você queria falar comigo.
- É, sim... – Ícaro parecia encabulado, Dario podia sentir isso. Sentia também seu nervosismo e amargura, mas um imensa resolução.
- A gente não vai voltar – Interrompe a pausa do ex.
- Oi? Não, não. Não é sobre isso...
- Ok... então...?
- Eu quero fazer as pazes.
- Oi?
- Eu quero... eu quero que as coisas possam ficar bem entre a gente.
- Olha, se isso é algum papinho pra se aproximar, achando que ainda pode rolar alguma coisa...
- Não. Droga, Dario, não é isso... É que... Eu andei pensando bastante desde que terminamos. Você tinha razão, a gente não funcionava mais como namorados... Mas nada impede de ainda sermos amigos... não? – Ícaro com certeza notara a cara de desconfiança que o ex fizera.
- Ahn... mas por quê? Ideia da Vic, foi?
- Não, não. Alguém... um amigo me aconselhou a resolver esse nó.
Focado em olhar além do rosto corado de Ícaro, Dario é desarmado pelo que sente brilhar no interior do ex. Algo que não sentia no jovem, e nem em si mesmo, já há algum tempo.
- Se quiser pode tirar a prova. Pode ver... sentir se eu estou mentido. Você não tem esse poder? A Vic vive falando disso. Poder do coração--
- Não... Ahh... não é assim que funciona... Mas eu acredito em você.
3 horas antes da Noite do Terror.
No apartamento de Victoria, no Centro, Dario ajudava a amiga e o ex a terminarem de arrumarem a casa para a chegada do resto da galera. O clima tenso entre Ícaro e ele diminuíra e ambos já se sentiam mais à vontade. A menção do amigo de estar vendo alguém ajudara a um pouco as coisas para Dario, que sentia-se aliviado e honestamente feliz em ver o ex seguindo em frente. Talvez fosse hora dele seguir em frente também? Encontrar algum carinha novo para dar uns pegas. Não. Tinha coisas mais importantes para se preocupar e um novo romance parecia absurdo demais levando em conta a vida que decidira seguir.
Sentando-se no sofá, Dario se junta a Ícaro, que mexia em seu celular com um sorriso bobo no rosto, enquanto Victoria corria de um lado para o outro procurando coisas para ajeitar.
- Então, Ícaro, o tal do Miguel não vai vir não?
- Não, achei que seria meio escroto convidar ele pro seu aniversário, não?
- Ná... tava curioso para conhecer o cara que conseguiu fazer você me esquecer.
Aos risos, os amigos são engolfados por uma repentina escuridão.
- Ah, não! Não me diz que acabou a luz?! – Da cozinha, Victoria grita inconformada.
- Relaxa, logo logo volta. Cê sabe, aqui é assim, bate um vento mais forte, a luz a acaba.
15 minutos antes da Noite do Terror.
- Eu preciso ir!
- Mas é perigoso, Dario!
Os amigos discutiam em meio a sala escura, iluminada por velas, ouvindo as explosões e o barulho de tumulto distantes na cidade tomada pelo apagão.
- Você ouviu a minha mãe antes da ligação cair. Tão atacando todo mundo lá em Alta Visto! Eu tenho de ir lá, Vic!
Assustada, Victoria clamava para o amigo não sair. As notícias que chegavam pelas mensagens e redes sociais eram assustadoras demais. Dario sentia-se num filme de terror, mas parecia o único disposto a não se deixar tomar pelo pânico, não naquele momento – Quieto por quase toda a discussão, Ícaro quebra o silencio quando Vic o busca por apoio.
- Vic... – Abraçando a amiga que tremia, o jovem olha para o ex, e acena com a cabeça – Vai...!
Com outro aceno, Dario abre a jaqueta, revelando seu uniforme e um sombra de cabelos longos surge ao se lado sob as luzes alaranjadas das velas.
- Fiquem aqui. Não saiam de jeito algum. A segurança do condomínio é patética, então não abram a porta para ninguém, ouviram?
Colocando a máscara no rosto, Dario se teleporta para as escadarias, decidindo subir até o terraço do prédio. Saltando de andar em andar, logo alcança a escada que dava acesso a cobertura – Forçando a porta, Delfos arrebenta a fechadura. O ar frio daquela noite nublada os recebe. Caminho até a beirada do edifício, Vulto se espanta com a visão que presencia.
- Meu deus...
Trevas engoliam boa parte de Nova Capital, explosões pipocavam no meio da escuridão enquanto helicópteros sobrevoavam uma área que se estendia do litoral até o Cabrião.
- Por favor, esteja segura, mãe--– A vibração do celular em seu bolso o assusta. Ansioso, ele o retira, temendo pelo pior, mas o alivio ao ver a notificação era amarga. Recordara então de que dia era hoje, como se isso fosse a séculos.
“FELIZ ANIVERSÁRIO, DARIO VOLPI! Não fique sem falar, assine o plano COMBO-AMIZADE e fale com seus amigos nessa data especial sem pagar mais por isso!“
- Hah... Feliz aniversário para nós, Delfos... – Guardando o aparelho, Dario vislumbra mais uma vez o horizonte caótico de Nova Capital, desaparecendo na escuridão logo em seguida. A Madrugada do Terror enfim chegara.
Quimera Verde gosta desta mensagem
- Moleca
Flow de Favelado
02/11/20, 11:58 pm
Dia 23, 15h
A ausência de informação, a escuridão do cativeiro e poucos vislumbres de luz no momento da comida são as únicas coisas que nossos heróis tem tido acesso. Já era difícil distinguir estar acordado de estar dormindo, o dia e a noite lá fora não eram nada ali. Felizmente, a esperança é a última que morre. V8 escutas pés batendo na sala ao lado, como alguém fazendo uma batida ritmada e mesmo que não fosse um homem religioso, o batuque dos pés lhe parece um de uma musicalidade familiar... ancestral?
Inspiração parece florescer de seu peito, e uma ideia de verso surge ebulindo em sua garganta. Corpo preso, mas a voz sempre encontra liberdade.
- Corrente enrolada nos pulsos, olhos fechados me perco no escuro. O braço firme resiste, mas a mente avoa e me vejo em saturno. Sonhando com liberdade, mas mal sou alimentado. Lili vai cantar pra mim e pra quem ta do meu lado.
- Astronauta pousa aqui, não vamos longe não, se não teve tiro de misericórdia, é porque querem informação. Aqui chega alimento, mas o estômago ronca de preocupação, rima que quebra correntes, ou seria seus braços meu irmão?
- Me mantem alimentado a base de papa e biscoito, preciso de combustível, fibra, carboidrato, sou a porra de um V8. Meus braços fortes não mais tão fortes, se me esforço fico chocado, não vejo formas de fuga e você, meu aliado?
- Estamos a mercê, mas superaremos pode crê? Só não morre quem fé, e to rogando a Oxumaré que alumie nosso destino, e nos livre desse desatino. Só temo a ajuda demore a chegar, afinal quem vai atrás de dois preto sumidos? Autoridade só fareja se nos taxar de bandido. Os cara atrás do caminhão devem obedecer um puta dum figurão, estamos isolados, mas o que diabos faziam em Coroado?
- Teremos ajuda dos nossos. Heróis pretos, amigos, aliados, que farejarão o cheiro de merda e seguirão o caminho de ossos. Quanto aos caras. Que figurão é esse do assalto de carga? Cabeça tem feito merda, mas não pareciam os homens do cara. Brasilandia tá um terror, Cabrião também. Coroado tem a ver com os esquemas criminosos de alguém?
A porta de Moleca abre, o que deveria ser a comida se mostra com um tapa na cara.
- Tão falando demais já, esse flow de favelado já deu nos nervos caralho!
Ele das batidas violentas na parede que ecoavam onde V8 estava.
- Tu gosta é de poesia acústica né tio? - Moleca ri mesmo depois do segundo tapa.
Dia 28, 22h
Dira abre um largo sorriso ao ver Vanderson chegando, apesar da coleira, estava melhor do que ela esperava. A princípio já estavam mais tranquilos, trocaram novas rimas, algumas até agradando os captores quando brincavam de se atacar. Se olharam em silêncio enquanto podiam até serem amarrados juntos.
- Pensei que você ia estar bem mais feião, nem levei susto com a tua cara.
- Mas já? Ta me atacando e nem começou a batida.
- E meu jeitinho de dizer que to feliz em te ver... Tava com medo
- Também fico feliz de te ver, mas meu medo passou depois do segundo dia. Se não nos mataram ainda é por que não querem.
- A gente nem falou muito o lance do caminhão... Fiquei me perguntando o que eu fiz de errado - ela fecha os olhos e derrama uma lágrima. - Eu nos coloquei aqui...
V8 tenta virar ao máximo seu pescoço para olhar para Dira, mas não consegue e acaba desistindo.
- Deixa que essa culpa eu carrego. Você não fez nada de errado. Quem estragou tudo fui eu. Eu acabei perdendo o controle com aquele cara... - Ele abaixa a cabeça e balança em negação. - Você só fez o correto.
Depois de uns minutos de silêncio, Dira tenta pegar na mão de Vanderson, que estica a mão para elas se tocarem.
- Irmão, começamos essa juntos, e assim vamos sair. Inclusive, tu conhece outros supers da quebrada?
- Tem uma outra baixinha, a Samanta. Ela taca pedra com uma funda. - Vanderson sorri antes de se lembrar que Dira não consegue ver sua boca. -Ela cria umas ilusões também. Um lance de saci
- Se a gente tivesse o nosso Bonde, teríamos dado uma lição nesses safados sem dificuldades... Fazer umas camisetas pra gente, aparecer nos bailes, a gente ia heróis da galera... Soa bonito de falar... Eu e os manos, cavaleiros urbanos, pela justiça na quebrada, é pelo que lutamos - ela ri improvisando as rimas.
- Caveleiros Urbanos, CU? Mantenho minha bunda protegida. Calma lá minha querida, é a Tropa da Perifa. Come cu e engole pika, mina brota e volta mais fudida. – A risada de V8 se junta à de Moleca preenchendo o silencio macabro do armazém.
- Com esse pau mixuruca, não vale o trampo da chuca, na Tropa das Quebrada só brota quem machuca.
Os dois caem na risada.
- Os cria da favela, não emociona nem fica afoito. Cadê aquele rap de verdade que prometeu V8?
- Ah. Do que adianta escrever? Vou esquecer tudo amanhã. Se a gente sobreviver eu juro pra você que fazer um rap tão lindo quanto a roupa de Iansã.
- Espero um flow tão veloz como um raio hein?
- E duro como aço.
Dia 31, 00h
- Qual a pior parte de ficar amarrada comigo? – V8 quebra o silencio depois de mais um dia longo e sem novidades.
- Você fala enquanto dorme... Nomes de gente morta...
- Ah. Desculpa por isso. - V8 enrijece as costas e olha para o teto. - Parece que não consigo evitar coisas ruins. Quando eu fico na minha as pessoas morrem. Se eu tentar ajudar, elas morrem também.
- Já esteve numa guerra?
- De onde a gente vêm não vivemos uma todo dia?
- É que me dá arrepios quando esses nomes são ditos, não sei se já morreram, ou vão morrer... Me parece um mal auguro do que podemos enfrentar... Sonhei com você montando um cavalo vermelho transitando por ruas em chamas...
- A morte é como o vento, anda sempre ao meu lado. Mas vou fazer ela rebolar a bunda enquanto eu rimo agora. - V8 solta uma risada bufada enquanto olha Dira com o canto dos olhos que responde com uma risada meio sem graça, abatida.
Moleca passa as próximas horas murmurando orações baixinho, imersa em conversas com crianças tão velhas quanto os navios que cruzaram o Atlântico.
A ausência de informação, a escuridão do cativeiro e poucos vislumbres de luz no momento da comida são as únicas coisas que nossos heróis tem tido acesso. Já era difícil distinguir estar acordado de estar dormindo, o dia e a noite lá fora não eram nada ali. Felizmente, a esperança é a última que morre. V8 escutas pés batendo na sala ao lado, como alguém fazendo uma batida ritmada e mesmo que não fosse um homem religioso, o batuque dos pés lhe parece um de uma musicalidade familiar... ancestral?
Inspiração parece florescer de seu peito, e uma ideia de verso surge ebulindo em sua garganta. Corpo preso, mas a voz sempre encontra liberdade.
- Corrente enrolada nos pulsos, olhos fechados me perco no escuro. O braço firme resiste, mas a mente avoa e me vejo em saturno. Sonhando com liberdade, mas mal sou alimentado. Lili vai cantar pra mim e pra quem ta do meu lado.
- Astronauta pousa aqui, não vamos longe não, se não teve tiro de misericórdia, é porque querem informação. Aqui chega alimento, mas o estômago ronca de preocupação, rima que quebra correntes, ou seria seus braços meu irmão?
- Me mantem alimentado a base de papa e biscoito, preciso de combustível, fibra, carboidrato, sou a porra de um V8. Meus braços fortes não mais tão fortes, se me esforço fico chocado, não vejo formas de fuga e você, meu aliado?
- Estamos a mercê, mas superaremos pode crê? Só não morre quem fé, e to rogando a Oxumaré que alumie nosso destino, e nos livre desse desatino. Só temo a ajuda demore a chegar, afinal quem vai atrás de dois preto sumidos? Autoridade só fareja se nos taxar de bandido. Os cara atrás do caminhão devem obedecer um puta dum figurão, estamos isolados, mas o que diabos faziam em Coroado?
- Teremos ajuda dos nossos. Heróis pretos, amigos, aliados, que farejarão o cheiro de merda e seguirão o caminho de ossos. Quanto aos caras. Que figurão é esse do assalto de carga? Cabeça tem feito merda, mas não pareciam os homens do cara. Brasilandia tá um terror, Cabrião também. Coroado tem a ver com os esquemas criminosos de alguém?
A porta de Moleca abre, o que deveria ser a comida se mostra com um tapa na cara.
- Tão falando demais já, esse flow de favelado já deu nos nervos caralho!
Ele das batidas violentas na parede que ecoavam onde V8 estava.
- Tu gosta é de poesia acústica né tio? - Moleca ri mesmo depois do segundo tapa.
Dia 28, 22h
Dira abre um largo sorriso ao ver Vanderson chegando, apesar da coleira, estava melhor do que ela esperava. A princípio já estavam mais tranquilos, trocaram novas rimas, algumas até agradando os captores quando brincavam de se atacar. Se olharam em silêncio enquanto podiam até serem amarrados juntos.
- Pensei que você ia estar bem mais feião, nem levei susto com a tua cara.
- Mas já? Ta me atacando e nem começou a batida.
- E meu jeitinho de dizer que to feliz em te ver... Tava com medo
- Também fico feliz de te ver, mas meu medo passou depois do segundo dia. Se não nos mataram ainda é por que não querem.
- A gente nem falou muito o lance do caminhão... Fiquei me perguntando o que eu fiz de errado - ela fecha os olhos e derrama uma lágrima. - Eu nos coloquei aqui...
V8 tenta virar ao máximo seu pescoço para olhar para Dira, mas não consegue e acaba desistindo.
- Deixa que essa culpa eu carrego. Você não fez nada de errado. Quem estragou tudo fui eu. Eu acabei perdendo o controle com aquele cara... - Ele abaixa a cabeça e balança em negação. - Você só fez o correto.
Depois de uns minutos de silêncio, Dira tenta pegar na mão de Vanderson, que estica a mão para elas se tocarem.
- Irmão, começamos essa juntos, e assim vamos sair. Inclusive, tu conhece outros supers da quebrada?
- Tem uma outra baixinha, a Samanta. Ela taca pedra com uma funda. - Vanderson sorri antes de se lembrar que Dira não consegue ver sua boca. -Ela cria umas ilusões também. Um lance de saci
- Se a gente tivesse o nosso Bonde, teríamos dado uma lição nesses safados sem dificuldades... Fazer umas camisetas pra gente, aparecer nos bailes, a gente ia heróis da galera... Soa bonito de falar... Eu e os manos, cavaleiros urbanos, pela justiça na quebrada, é pelo que lutamos - ela ri improvisando as rimas.
- Caveleiros Urbanos, CU? Mantenho minha bunda protegida. Calma lá minha querida, é a Tropa da Perifa. Come cu e engole pika, mina brota e volta mais fudida. – A risada de V8 se junta à de Moleca preenchendo o silencio macabro do armazém.
- Com esse pau mixuruca, não vale o trampo da chuca, na Tropa das Quebrada só brota quem machuca.
Os dois caem na risada.
- Os cria da favela, não emociona nem fica afoito. Cadê aquele rap de verdade que prometeu V8?
- Ah. Do que adianta escrever? Vou esquecer tudo amanhã. Se a gente sobreviver eu juro pra você que fazer um rap tão lindo quanto a roupa de Iansã.
- Espero um flow tão veloz como um raio hein?
- E duro como aço.
Dia 31, 00h
- Qual a pior parte de ficar amarrada comigo? – V8 quebra o silencio depois de mais um dia longo e sem novidades.
- Você fala enquanto dorme... Nomes de gente morta...
- Ah. Desculpa por isso. - V8 enrijece as costas e olha para o teto. - Parece que não consigo evitar coisas ruins. Quando eu fico na minha as pessoas morrem. Se eu tentar ajudar, elas morrem também.
- Já esteve numa guerra?
- De onde a gente vêm não vivemos uma todo dia?
- É que me dá arrepios quando esses nomes são ditos, não sei se já morreram, ou vão morrer... Me parece um mal auguro do que podemos enfrentar... Sonhei com você montando um cavalo vermelho transitando por ruas em chamas...
- A morte é como o vento, anda sempre ao meu lado. Mas vou fazer ela rebolar a bunda enquanto eu rimo agora. - V8 solta uma risada bufada enquanto olha Dira com o canto dos olhos que responde com uma risada meio sem graça, abatida.
Moleca passa as próximas horas murmurando orações baixinho, imersa em conversas com crianças tão velhas quanto os navios que cruzaram o Atlântico.
Vulto, V8, Quimera Verde e Devaneio gostam desta mensagem
- Devaneio
O Juri do Gueto
17/11/20, 12:13 pm
Incrível aponta para um grande clarão iluminando o céu, enquanto em seu bolso o celular começa a vibrar. Antes que pudesse ver as mensagens, uma mão agarra seu ombro e vira com força.
— Coe, tu achou que não ia ser cobrado pela merda que tu fez?
— Ah, de novo não… — Incrível diz, enquanto empurra a mão de V8, parecendo triste por ser julgado mais uma vez por alguém que ele nem conhecia.
— Vai toma no cu, irmão! Eu já vi a mina arriscando a vida pra salvar as pessoas e tu quebra o pescoço dela?
— Não adianta me explicar se você continuar acreditando no que viu na TV. Eles tem gravações, eu só tenho a minha palavra de que nunca faria aquilo.
— Esse é sempre o discurso depois do assassinato de uma mulher. Você fez porque podia ou ela te irritou? — Moleca se mete na briga.
— Ei galera, calma aí. Sempre que tem um preto sendo crucificado na mídia, pode apostar que tem uma história que não tão mostrando. Deixem o cara se explicar. — Devaneio tenta acalmar os ânimos dos amigos. — Além disso, se ele tava aqui ajudando a gente é porque é um cara legal.
— Um acerto não tira um erro. Mas se explica aí então.
— Cara, eu fui atacado e zoaram a minha cabeça. Um gás maluco que fez eu ver monstros em vez de heróis…
— Eu vi quando o bonito foi controlado, eu tava lá. — Diz Suaçuna, apontando para Sopro. — Ele estava fora de si, acredito no supermano.
— Nem me lembre daquele dia... — Completa Sopro constrangido. — Se rolou com ele o mesmo que rolou comigo, eu acredito no que ele diz.
Suaçuna massageia os ombros de Sopro, dando um beijinho no pescoço.
— Eu sei o bastante sobre ilusões pra dizer que a desculpa dele é bem plausível. Acredito também.
— Mesmo se não for culpado, o que você fez pra se redimir com a garota?
Incrível, não responde a ultima pergunta, deixando o clima no ar ainda mais tenso.
— Pessoal, as explicações vão ter que ficar para depois. — Dizia Incrível, enquanto acabava de olhar a tela do celular, indicando a ação de Chip. — Nossa prioridade agora é acabar com... seja lá o que for aquilo. Prometo a vocês que vamos conversar depois. Eu tava fora de mim quando fiz aquilo,na verdade eu só me liguei quando a merda já tava feita, mas mesmo assim não não tem um minuto se quer que eu não me culpe... Enfim, quando a gente resolver essa treta, vocês podem me denunciar se quiserem, mas a prioridade agora é outra.
— Pera ai, pela tua cara o babado é sério, o que tá rolando? — Pergunta Suaçuna.
O rapaz apenas vira a tela do celular em direção aos demais heróis. O grupo se impressiona, a coisa realmente era séria.
— Coe, tu achou que não ia ser cobrado pela merda que tu fez?
— Ah, de novo não… — Incrível diz, enquanto empurra a mão de V8, parecendo triste por ser julgado mais uma vez por alguém que ele nem conhecia.
— Vai toma no cu, irmão! Eu já vi a mina arriscando a vida pra salvar as pessoas e tu quebra o pescoço dela?
— Não adianta me explicar se você continuar acreditando no que viu na TV. Eles tem gravações, eu só tenho a minha palavra de que nunca faria aquilo.
— Esse é sempre o discurso depois do assassinato de uma mulher. Você fez porque podia ou ela te irritou? — Moleca se mete na briga.
— Ei galera, calma aí. Sempre que tem um preto sendo crucificado na mídia, pode apostar que tem uma história que não tão mostrando. Deixem o cara se explicar. — Devaneio tenta acalmar os ânimos dos amigos. — Além disso, se ele tava aqui ajudando a gente é porque é um cara legal.
— Um acerto não tira um erro. Mas se explica aí então.
— Cara, eu fui atacado e zoaram a minha cabeça. Um gás maluco que fez eu ver monstros em vez de heróis…
— Eu vi quando o bonito foi controlado, eu tava lá. — Diz Suaçuna, apontando para Sopro. — Ele estava fora de si, acredito no supermano.
— Nem me lembre daquele dia... — Completa Sopro constrangido. — Se rolou com ele o mesmo que rolou comigo, eu acredito no que ele diz.
Suaçuna massageia os ombros de Sopro, dando um beijinho no pescoço.
— Eu sei o bastante sobre ilusões pra dizer que a desculpa dele é bem plausível. Acredito também.
— Mesmo se não for culpado, o que você fez pra se redimir com a garota?
Incrível, não responde a ultima pergunta, deixando o clima no ar ainda mais tenso.
— Pessoal, as explicações vão ter que ficar para depois. — Dizia Incrível, enquanto acabava de olhar a tela do celular, indicando a ação de Chip. — Nossa prioridade agora é acabar com... seja lá o que for aquilo. Prometo a vocês que vamos conversar depois. Eu tava fora de mim quando fiz aquilo,na verdade eu só me liguei quando a merda já tava feita, mas mesmo assim não não tem um minuto se quer que eu não me culpe... Enfim, quando a gente resolver essa treta, vocês podem me denunciar se quiserem, mas a prioridade agora é outra.
— Pera ai, pela tua cara o babado é sério, o que tá rolando? — Pergunta Suaçuna.
O rapaz apenas vira a tela do celular em direção aos demais heróis. O grupo se impressiona, a coisa realmente era séria.
Espectro, V8, Incrível, Espelho., Quimera Verde e Moleca gostam desta mensagem
- Atieno
Re: "Enquanto Isso..."
23/11/20, 06:33 pm
Nova Capital - Dias depois...
Os eventos da fatídica noite não vão abandonar as mentes dos neocapitalenses tão cedo. A destruição e o caos que ceifaram as vidas de centenas de pessoas se rememoram dentre as ruínas de prédios parcialmente desabados no Alta Vista, nas cinzas de galpões incendiados e de casas arruinadas no Setor Industrial, nas pilhas de escombros do Cabrião e nas ainda fumegantes pegadas da grande criatura de luz no meio das ruas do Laranjeiras.
Durante o dia, helicópteros de emissoras de TV do Brasil e do mundo inteiro filmavam o grande corte no meio de Nova Capital. A navalha da FLS fazia verter o sangue da cidade, que demoraria para cicatrizar-se. Mas, como em tantas outras vezes, a capital federal sobreviveria. As marcas provavelmente sempre estarão entre nós, cicatrizes do tempo. E, assim como os primeiros raios de sol dispersaram a noite de horrores, as pessoas que habitam estas ruas hão de recuperar-se.
As primeiras medidas no dia seguinte envolveram a aprovação, em tempo recorde, da MP da capacitação da polícia. A assinatura da Presidente Silva foi fotografada e filmada por jornalistas de todo o globo, e estampou jornais, revistas e páginas de internet, alavancando a popularidade da presidente. E, numa eleição cujo opositor, o ex-vigilante e atual prefeito de São Paulo, Guilherme Freire, o Sereno, vinha crescendo nas pesquisas e ameaçando a reeleição da Presidente, o cenário mudou completamente, com altas históricas nas intenções de voto para Elizabeth Silva e grandes chances dela ser reeleita no 1º Turno, remarcado para o dia 6 de Dezembro.
Outro grande destaque está à parte do chamado Major Máximo, a qual foi creditado a maior parte da vitória contra a criatura de luz. Vídeos amadores circularam pelas redes sociais, mostrando que vários outros heróis — entre eles, os 8 do Esplanada — também participaram da luta; mesmo assim, o major levava os créditos pela façanha de derrotar, segundo as sensacionalistas notícias na TV Universal, "a maior ameaça deste século em Nova Capital", sendo levado para vários programas de entrevista e falando sobre trivialidades propagandísticas, aplaudido por plateias treinadas a rir, se emocionar e bater palmas para qualquer um que se senta nos sofás ou poltronas.
Uma comparação em especial não pôde deixar de ser feita. Muitos relembraram de uma noite de terror parecida, anos atrás. Quando os Benfeitores deixaram a vida para entrar para a história. Para os mais velhos, uma sensação nostálgica veio. E se... eles ainda estivessem por aqui? Teria tudo sido diferente? Só podemos ver agora as estátuas, poupadas deste caos do Halloween, mas que apenas olharam, a partir de seus petrificados olhos cinzentos, sua cidade clamar por ajuda.
Agora, semanas após a noite de terror, os sons de obras já percorrem as ruas, e as pessoas vão tentando retomar suas rotinas, voltando a reclamar de problemas irrisórios, questionando qual time vai vencer na próxima rodada do campeonato, falando do casal formado na novela das oito. Qualquer coisa deste tipo. Tudo para preencher o buraco que se formou. Para resgatar uma normalidade há muito perdida. Aos poucos, o terror vai ficando no passado, as eleições se tornam o assunto da vez, e a cidade vai recuperando-se dos danos sofridos, iluminando-se e voltando a ficar de pé, sem temer a noite.
Afinal, depois da escuridão, nasce a luz.
Os eventos da fatídica noite não vão abandonar as mentes dos neocapitalenses tão cedo. A destruição e o caos que ceifaram as vidas de centenas de pessoas se rememoram dentre as ruínas de prédios parcialmente desabados no Alta Vista, nas cinzas de galpões incendiados e de casas arruinadas no Setor Industrial, nas pilhas de escombros do Cabrião e nas ainda fumegantes pegadas da grande criatura de luz no meio das ruas do Laranjeiras.
Durante o dia, helicópteros de emissoras de TV do Brasil e do mundo inteiro filmavam o grande corte no meio de Nova Capital. A navalha da FLS fazia verter o sangue da cidade, que demoraria para cicatrizar-se. Mas, como em tantas outras vezes, a capital federal sobreviveria. As marcas provavelmente sempre estarão entre nós, cicatrizes do tempo. E, assim como os primeiros raios de sol dispersaram a noite de horrores, as pessoas que habitam estas ruas hão de recuperar-se.
As primeiras medidas no dia seguinte envolveram a aprovação, em tempo recorde, da MP da capacitação da polícia. A assinatura da Presidente Silva foi fotografada e filmada por jornalistas de todo o globo, e estampou jornais, revistas e páginas de internet, alavancando a popularidade da presidente. E, numa eleição cujo opositor, o ex-vigilante e atual prefeito de São Paulo, Guilherme Freire, o Sereno, vinha crescendo nas pesquisas e ameaçando a reeleição da Presidente, o cenário mudou completamente, com altas históricas nas intenções de voto para Elizabeth Silva e grandes chances dela ser reeleita no 1º Turno, remarcado para o dia 6 de Dezembro.
Outro grande destaque está à parte do chamado Major Máximo, a qual foi creditado a maior parte da vitória contra a criatura de luz. Vídeos amadores circularam pelas redes sociais, mostrando que vários outros heróis — entre eles, os 8 do Esplanada — também participaram da luta; mesmo assim, o major levava os créditos pela façanha de derrotar, segundo as sensacionalistas notícias na TV Universal, "a maior ameaça deste século em Nova Capital", sendo levado para vários programas de entrevista e falando sobre trivialidades propagandísticas, aplaudido por plateias treinadas a rir, se emocionar e bater palmas para qualquer um que se senta nos sofás ou poltronas.
Uma comparação em especial não pôde deixar de ser feita. Muitos relembraram de uma noite de terror parecida, anos atrás. Quando os Benfeitores deixaram a vida para entrar para a história. Para os mais velhos, uma sensação nostálgica veio. E se... eles ainda estivessem por aqui? Teria tudo sido diferente? Só podemos ver agora as estátuas, poupadas deste caos do Halloween, mas que apenas olharam, a partir de seus petrificados olhos cinzentos, sua cidade clamar por ajuda.
Agora, semanas após a noite de terror, os sons de obras já percorrem as ruas, e as pessoas vão tentando retomar suas rotinas, voltando a reclamar de problemas irrisórios, questionando qual time vai vencer na próxima rodada do campeonato, falando do casal formado na novela das oito. Qualquer coisa deste tipo. Tudo para preencher o buraco que se formou. Para resgatar uma normalidade há muito perdida. Aos poucos, o terror vai ficando no passado, as eleições se tornam o assunto da vez, e a cidade vai recuperando-se dos danos sofridos, iluminando-se e voltando a ficar de pé, sem temer a noite.
Afinal, depois da escuridão, nasce a luz.
Orbital, Vulto, Espectro, Meia-Noite, V8, Incrível, Quimera Verde e outros gostam desta mensagem
- V8
Re: "Enquanto Isso..."
24/11/20, 10:40 pm
O sol nasce iluminando escombros e expondo as linhas de fumaça que dançam no céu crepuscular de Nova Capital. Dira e Samanta haviam se afastado de Vanderson minutos antes, a saci estava preocupada com sua prima que havia ficado para trás no porto e podia ser uma das vítimas do tsunami que havia surgido inexplicavelmente durante o confronto com o monstro de luz que tinha acabado de ser derrotado. Enquanto as sirenes preenchem o silêncio em Laranjeiras, V8 caminha em direção ao prédio que um dia foi a 696 Records.Em meio aos escombros ele encontra a placa da entrada que um dia fora prateada, mas amassada e suja V8 pensa que ela possa servir no máximo como um peso de papel enquanto à levanta. Ele não havia construído aquilo mas se sentia grato por fazer parte de um projeto bom como aquele que em tão pouco tempo tinha ido por água abaixo, partido tão cedo, como sua mãe e tanta outras pessoas que se foram durante aquela noite.
Uma van passa em alta velocidade do seu lado pela rua, suas tranças voam e ele sente o vento gelado de começo de manhã, não havia sentido frio a noite toda, mesmo estando sem camisa por tanto tempo, o calor da batalha o aquecia, mas ao fim as coisas voltariam ao normal. V8 até mesmo escuta a voz de um amigo que não imaginava encontrar.
- Imaginei que você tava envolvido na briga com o bixo de luz.
- Porra… O que tu ta fazendo aqui?
- Eu tava trabalhando…
Mateo aparece ao lado de V8 e pega a placa da 696 Records de sua mão.
- Mas não sei quando vou voltar a trabalhar.
- Sinto muito por tudo isso, irmão. Eu sei o quanto você investiu na 696.
- Não sinta, coisas piores aconteceram. Gente morreu, mais ainda ficaram feridos. Algumas centenas de milhares de reais em equipamentos e um prédio não é nad…
Mateu tenta falar mas antes de terminar a frase começa a chorar.
- Eu dediquei minha vida à este estudio cara…
Ele seca as lágrimas do rosto enquanto V8 olha para os escombros do prédio, uma quantidade enorme de concreto e metal retorcido com algumas poucas chamas iluminando a destruição.
- Você não precisa parar agora, Mateo.
V8 coloca as duas mãos nos ombros do amigo.
- Você ainda tá aqui, eu e os outros caras da gravadora estamos aqui. A gente vai dar a volta por cima e fazer a 696 Records ressurgir maior ainda.
- Como?
- Isso a gente vai descobrir, mas já temos o nome forte.
V8 coloca uma das mãos na placa destruída da gravadora.
- Agora só precisamos recolocar a marca no mercado.
Os dois sorriem e, no fundo, o sol continua nascendo iluminando o abraço dos dois.
===
Depois de levar Mateo até uma ambulância V8 segue para encontrar Dira e Samanta.
- Como vocês estão?
- Um belo dum pão na chapa com um pingado me deixariam melhor...
- Achei que primeiro você ia agradecer por estar viva.
- Já fiz isso.
V8 se aproxima e dá um beijo na testa de Dira, enquanto Sara, a prima de Samanta, faz um curativo no braço da menina. Sara olha para Vanderson e o herói se aproxima para dar um beijo nela, mas ela vira o rosto olhando novamente para o curativo.
- Vem de amorzinho hoje não, garoto.
- Ué? Por que?
- Tu some uma caralhada de tempo e vem querendo dar beijinho, seu maluco?
- Caralho, eu te disse que fui sequestrado, mulher.
- Ah! Tu acha que eu vou cair nesse papinho? Só porque foi lutar contra aquele monstrão lá com o seu amigo bonitão? Um acerto não tira um erro não.
- Porra, fala isso pra mim não… Aquele cara nem é meu amigo e eu tava sequestrado com ela.
V8 aponta para Dira.
- Ela ta aqui pra provar.
Dira não diz nada, apenas acena positivamente enquanto Sara à olha.
- Ah, então você sumiu esse tempo todo e ainda tem coragem de falar na minha cara com quem você tava? Quantos anos essa menina tem?
- Não foi isso!! Aahh!! Inferno. Cadê a Samanta pra me salvar?
- Eu to aqui e não to querendo te salvar não, seu filho da puta!
- Ah, não.
Samanta, com seu um metro e meio, anda com passos firmes na direção do grupo, parecendo um pinscher raivoso. Pela expressão da saci V8 pensa que, se ela alcançasse, Samanta daria um soco na sua cara.
- O que foi que deu em vocês duas?
- Que você é um babaca!
- Concordo.
Sara, que estava ajoelhada fazendo o curativo em Dira, se levanta depois de terminar a atadura.
- Qual é a tua ideia de girino de sair contando por ai que eu sou uma saci?
- Pera! Ele sabe que a gente é saci?
- Ué, tu também é saci?
- Cara, tu pega uma saci?
- Não? Pera. Sim? Você é saci?
- Sou…
Sara aponta sua altura diminuta com uma das mãos enquanto Vanderson arregala os olhos com os braços abertos, indignado.
- Porra…
- Não importa, é o de menos. Mas o que deu na tua cabeça de contar pra ela?
Samanta se vira para Dira.
- Nada contra você, querida, te acho sensacional.
Ela se volta novamente para V8.
- Mas era um segredo, né, Vand?
- Ah!! Desculpa, eu não sabia que vocês iam se encontrar um dia. A gente ficou tanto tempo preso naquele armazém… Sabe como é, né? Surge o assunto, apareceu a ideia da gente manter os amigos mais próximos o possível e a primeira pessoa que eu lembrei foi você.
- Ta! Deixa as pessoas juntas, mas não conta os segredos delas! Ahh! Eu quero te bater.
- Relaxa, algumas pessoas querem.
- Concordo também.
V8 olha para Sara irado. Dira se levanta e empurra V8 para o lado com o antebraço.
- Pronto, ja bati nele pra vocês.
- Porra, ninguém fica do meu lado.
- O único lado aqui é o nosso e a gente tá aqui pra fazer o certo, né?
Dira anda até Samanta e à envolve em um abraço.
- Obrigado por tudo, quando você me encontrou nas docas eu estava perdida e machucada, você me ajudou e por isso eu fico extremamente grata. Eu perguntei pro V8 sobre outros heróis como nós, das quebradas que conhecemos, que conhecem a realidade da favela invés de posar pra ganhar seguidores, e ele mencionou você. Eu não sabia que era de você que ele estava falando até olhar nos seus olhos. Agora estamos juntas…
Dira se vira para V8 e Sara.
- Agora estamos juntos e podemos fazer algo grande unidos. Ser bom para as pessoas não se resume a bater em bandido.
- Juntos…
V8 olha para Sara com brilho nos olhos, ele vê os cabelos negros dela balançarem com o vento e um sorriso timido brotar em seus labios, ele sorri também, mas nota algo diferente nas roupas dela.
- O que você tá fazendo toda arrumada na pior noite que essa cidade ja teve, hein?
- Ah, você quer implicar com a minha roupa agora?
- Implicar não, só achei estranho.
V8 olha para Samanta e vê que a roupa das duas combinavam com festas de Dia das Bruxas.
- Você também, baixinha…
- A gente tava numa festa de Dia das Bruxas, falo mesmo.
- Samanta!
- Se ele não faz por que eu vou guardar segredo?
- Eu tava sendo sequestrado e você rebolando a bunda? Aah!!
- Queria o que? Não da noticias… Contigo ficando famoso e rico eu achei que você tava num iate com 10 mulheres enchendo a cara.
- Se eu tivesse num iate com 10 mulheres você ia ser uma delas.
- Ai que lindo!
- Não sei se isso foi algo legal exatamente.
Sara tenta entender, mas desiste depois de alguns segundos.
- Ei, eu acho que a gente já brigou muito hoje, não?
- Verdade…
V8 olha novamente para Sara e vê o nariz largo da menina ser iluminado pelo sol.
- Só agora que eu reparei que você tá um nível acima de “mulher mais linda que existe”.
- Ah, só hoje?
V8 abraça Sara pela cintura.
- Não. Todos os dias, mas é sempre bom lembrar.
Os dois se beijam iluminados pelo sol da manhã.
- Ah, que fofo os dois pombinhos.
- Eles não estavam brigando dois minutos atrás?
- Faz diferença?
Dira e Samanta riem juntas.
Uma van passa em alta velocidade do seu lado pela rua, suas tranças voam e ele sente o vento gelado de começo de manhã, não havia sentido frio a noite toda, mesmo estando sem camisa por tanto tempo, o calor da batalha o aquecia, mas ao fim as coisas voltariam ao normal. V8 até mesmo escuta a voz de um amigo que não imaginava encontrar.
- Imaginei que você tava envolvido na briga com o bixo de luz.
- Porra… O que tu ta fazendo aqui?
- Eu tava trabalhando…
Mateo aparece ao lado de V8 e pega a placa da 696 Records de sua mão.
- Mas não sei quando vou voltar a trabalhar.
- Sinto muito por tudo isso, irmão. Eu sei o quanto você investiu na 696.
- Não sinta, coisas piores aconteceram. Gente morreu, mais ainda ficaram feridos. Algumas centenas de milhares de reais em equipamentos e um prédio não é nad…
Mateu tenta falar mas antes de terminar a frase começa a chorar.
- Eu dediquei minha vida à este estudio cara…
Ele seca as lágrimas do rosto enquanto V8 olha para os escombros do prédio, uma quantidade enorme de concreto e metal retorcido com algumas poucas chamas iluminando a destruição.
- Você não precisa parar agora, Mateo.
V8 coloca as duas mãos nos ombros do amigo.
- Você ainda tá aqui, eu e os outros caras da gravadora estamos aqui. A gente vai dar a volta por cima e fazer a 696 Records ressurgir maior ainda.
- Como?
- Isso a gente vai descobrir, mas já temos o nome forte.
V8 coloca uma das mãos na placa destruída da gravadora.
- Agora só precisamos recolocar a marca no mercado.
Os dois sorriem e, no fundo, o sol continua nascendo iluminando o abraço dos dois.
===
Depois de levar Mateo até uma ambulância V8 segue para encontrar Dira e Samanta.
- Como vocês estão?
- Um belo dum pão na chapa com um pingado me deixariam melhor...
- Achei que primeiro você ia agradecer por estar viva.
- Já fiz isso.
V8 se aproxima e dá um beijo na testa de Dira, enquanto Sara, a prima de Samanta, faz um curativo no braço da menina. Sara olha para Vanderson e o herói se aproxima para dar um beijo nela, mas ela vira o rosto olhando novamente para o curativo.
- Vem de amorzinho hoje não, garoto.
- Ué? Por que?
- Tu some uma caralhada de tempo e vem querendo dar beijinho, seu maluco?
- Caralho, eu te disse que fui sequestrado, mulher.
- Ah! Tu acha que eu vou cair nesse papinho? Só porque foi lutar contra aquele monstrão lá com o seu amigo bonitão? Um acerto não tira um erro não.
- Porra, fala isso pra mim não… Aquele cara nem é meu amigo e eu tava sequestrado com ela.
V8 aponta para Dira.
- Ela ta aqui pra provar.
Dira não diz nada, apenas acena positivamente enquanto Sara à olha.
- Ah, então você sumiu esse tempo todo e ainda tem coragem de falar na minha cara com quem você tava? Quantos anos essa menina tem?
- Não foi isso!! Aahh!! Inferno. Cadê a Samanta pra me salvar?
- Eu to aqui e não to querendo te salvar não, seu filho da puta!
- Ah, não.
Samanta, com seu um metro e meio, anda com passos firmes na direção do grupo, parecendo um pinscher raivoso. Pela expressão da saci V8 pensa que, se ela alcançasse, Samanta daria um soco na sua cara.
- O que foi que deu em vocês duas?
- Que você é um babaca!
- Concordo.
Sara, que estava ajoelhada fazendo o curativo em Dira, se levanta depois de terminar a atadura.
- Qual é a tua ideia de girino de sair contando por ai que eu sou uma saci?
- Pera! Ele sabe que a gente é saci?
- Ué, tu também é saci?
- Cara, tu pega uma saci?
- Não? Pera. Sim? Você é saci?
- Sou…
Sara aponta sua altura diminuta com uma das mãos enquanto Vanderson arregala os olhos com os braços abertos, indignado.
- Porra…
- Não importa, é o de menos. Mas o que deu na tua cabeça de contar pra ela?
Samanta se vira para Dira.
- Nada contra você, querida, te acho sensacional.
Ela se volta novamente para V8.
- Mas era um segredo, né, Vand?
- Ah!! Desculpa, eu não sabia que vocês iam se encontrar um dia. A gente ficou tanto tempo preso naquele armazém… Sabe como é, né? Surge o assunto, apareceu a ideia da gente manter os amigos mais próximos o possível e a primeira pessoa que eu lembrei foi você.
- Ta! Deixa as pessoas juntas, mas não conta os segredos delas! Ahh! Eu quero te bater.
- Relaxa, algumas pessoas querem.
- Concordo também.
V8 olha para Sara irado. Dira se levanta e empurra V8 para o lado com o antebraço.
- Pronto, ja bati nele pra vocês.
- Porra, ninguém fica do meu lado.
- O único lado aqui é o nosso e a gente tá aqui pra fazer o certo, né?
Dira anda até Samanta e à envolve em um abraço.
- Obrigado por tudo, quando você me encontrou nas docas eu estava perdida e machucada, você me ajudou e por isso eu fico extremamente grata. Eu perguntei pro V8 sobre outros heróis como nós, das quebradas que conhecemos, que conhecem a realidade da favela invés de posar pra ganhar seguidores, e ele mencionou você. Eu não sabia que era de você que ele estava falando até olhar nos seus olhos. Agora estamos juntas…
Dira se vira para V8 e Sara.
- Agora estamos juntos e podemos fazer algo grande unidos. Ser bom para as pessoas não se resume a bater em bandido.
- Juntos…
V8 olha para Sara com brilho nos olhos, ele vê os cabelos negros dela balançarem com o vento e um sorriso timido brotar em seus labios, ele sorri também, mas nota algo diferente nas roupas dela.
- O que você tá fazendo toda arrumada na pior noite que essa cidade ja teve, hein?
- Ah, você quer implicar com a minha roupa agora?
- Implicar não, só achei estranho.
V8 olha para Samanta e vê que a roupa das duas combinavam com festas de Dia das Bruxas.
- Você também, baixinha…
- A gente tava numa festa de Dia das Bruxas, falo mesmo.
- Samanta!
- Se ele não faz por que eu vou guardar segredo?
- Eu tava sendo sequestrado e você rebolando a bunda? Aah!!
- Queria o que? Não da noticias… Contigo ficando famoso e rico eu achei que você tava num iate com 10 mulheres enchendo a cara.
- Se eu tivesse num iate com 10 mulheres você ia ser uma delas.
- Ai que lindo!
- Não sei se isso foi algo legal exatamente.
Sara tenta entender, mas desiste depois de alguns segundos.
- Ei, eu acho que a gente já brigou muito hoje, não?
- Verdade…
V8 olha novamente para Sara e vê o nariz largo da menina ser iluminado pelo sol.
- Só agora que eu reparei que você tá um nível acima de “mulher mais linda que existe”.
- Ah, só hoje?
V8 abraça Sara pela cintura.
- Não. Todos os dias, mas é sempre bom lembrar.
Os dois se beijam iluminados pelo sol da manhã.
- Ah, que fofo os dois pombinhos.
- Eles não estavam brigando dois minutos atrás?
- Faz diferença?
Dira e Samanta riem juntas.
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- QuimeraBranco
Re: "Enquanto Isso..."
26/11/20, 06:18 pm
Veado Preto
Aura finalmente contida e a ação da FLS (Frente Libertária Superior) vencida. Embora Suaçuna tivesse salvado as pessoas do rastro do monstro de luz - e do tsunami provocado por Tritão - com a ajuda de Devaneio, o velocista ainda pensava no malsucedido salvamento dos reféns do aeroporto, que foram explodidos pela pretensão da dupla de vigilantes.
Devaneio foi encontrar seus parceiros, V8 e Moleca. Alcides pensa como é legal aquela amizade, mas não se sentia preparado para ingressar num grupo, embora Samanta pudesse ser uma boa dupla no futuro. Alcides esperou que a pequenina terminasse a conversa com seus amigos e gentilmente ofereceu uma carona para a saci, já que ambos moravam em Vila Novo Acre.
A ilusionista concordou e, mudando a tática empregada na Longa Noite de Terror, com Devaneio nos seios postiços já em frangalhos para a saci sendo carregada nas costas, rapidamente chegou à sua casa no bairro. Acabaram por descobrir que eram quase vizinhos, mesmo sem nunca terem se visto.
Antes de deixar Devaneio na casa dos pais, Suaçuna perguntou se podia pedir um favor. Com o aceitamento, o velocista a levou até Kayka Katastróphika, a drag queen que confeccinou o traje de Suaçuna. A saci lhe mostrou uma ilusão de um traje preto e, fazendo anotações e rabiscos, Kayka montou o projeto para o novo traje. Agradecendo à parceira, Suaçuna deixou-a em casa, para que a pequena abraçasse seus pais. Aquela cena mexe com Alcides, que há anos não sabia o que era aquilo, visto que havia sido expulso de casa.
Não demorou muito tempo e Suaçuna tinha um novo uniforme, preto representando não só o luto que trazia consigo devido às mortes provocadas por sua imprudência, mas que queria dizer exatamente o que seu codinome significa: um Veado Preto.
Aura finalmente contida e a ação da FLS (Frente Libertária Superior) vencida. Embora Suaçuna tivesse salvado as pessoas do rastro do monstro de luz - e do tsunami provocado por Tritão - com a ajuda de Devaneio, o velocista ainda pensava no malsucedido salvamento dos reféns do aeroporto, que foram explodidos pela pretensão da dupla de vigilantes.
Devaneio foi encontrar seus parceiros, V8 e Moleca. Alcides pensa como é legal aquela amizade, mas não se sentia preparado para ingressar num grupo, embora Samanta pudesse ser uma boa dupla no futuro. Alcides esperou que a pequenina terminasse a conversa com seus amigos e gentilmente ofereceu uma carona para a saci, já que ambos moravam em Vila Novo Acre.
A ilusionista concordou e, mudando a tática empregada na Longa Noite de Terror, com Devaneio nos seios postiços já em frangalhos para a saci sendo carregada nas costas, rapidamente chegou à sua casa no bairro. Acabaram por descobrir que eram quase vizinhos, mesmo sem nunca terem se visto.
Antes de deixar Devaneio na casa dos pais, Suaçuna perguntou se podia pedir um favor. Com o aceitamento, o velocista a levou até Kayka Katastróphika, a drag queen que confeccinou o traje de Suaçuna. A saci lhe mostrou uma ilusão de um traje preto e, fazendo anotações e rabiscos, Kayka montou o projeto para o novo traje. Agradecendo à parceira, Suaçuna deixou-a em casa, para que a pequena abraçasse seus pais. Aquela cena mexe com Alcides, que há anos não sabia o que era aquilo, visto que havia sido expulso de casa.
Não demorou muito tempo e Suaçuna tinha um novo uniforme, preto representando não só o luto que trazia consigo devido às mortes provocadas por sua imprudência, mas que queria dizer exatamente o que seu codinome significa: um Veado Preto.
- Novo Uniforme:
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- Orbital
Quebrando Tabus..
27/11/20, 12:11 pm
Após a longa noite de terror, os reparos se seguiram nos bairros destruídos, na vidas das pessoas daqueles locais e também no lar de Cris. Após seus pais e irmãos receberem sua mensagem revelando ser uma super heroína, a garota enfrentou um sermão de seus pais e ficou de castigo por um bom tempo. Por outro lado seu irmão do meio a apoiava e incentivava, dizendo que ela era a heroína preferida dele. O Irmão mais velho aconselhava:
- Cris, é isso mesmo que você quer minha irmã? - Perguntava Adriano preocupado, mas escondendo sua felicidade de ver sua irmã tomando um caminho nobre.
- Sim Dri, eu quero poder ajudar as pessoas... Porém o pai e a mãe não aceitam. - Dizia a jovem triste - Eles esconderam ou queimaram meu uniforme, mano deu maior trabalhão fazer ele ...
Enquanto conversavam por chamada de vídeo em seu quarto, seus pais estavam conversando na cozinha.
- Amélia, nossa filha ta crescendo e sei que em algum momento já não teremos tanto controle sobre ela. Por mais que eu e você não queiramos, ela tem poderes, e vai usá-los. Então prefiro que seja pro bem amor.
- Eu sei, eu sei Cristiano. Mas ela quase morreu ...
- Sim, mas ela está aqui, salvou parte da cidade. Nossa filha pode ter corrido perigo, mas sabe se virar e muito bem. Hoje a noite devemos conversar com ela.
Chegado a noite, um silêncio se estabelecia na mesa de jantar. Cris querendo sair dali e voltar pra seu quarto, mas por respeito e amor se mantinha ali. Seu pai então se levanta e começa a dizer:
- Família, passamos por poucas e boas na vida, mas graças a Deus nunca fomos derrotados em nenhuma situação. Sei que cada um vive sua luta, mas a partir de hoje quero que nesta casa, nesta família haja sempre a sinceridade e que nunca mais escondamos nada uns dos outros. Cris em especial você minha filha, sei que o que você vinha fazendo em segredo era por uma boa causa. Mas era perigoso e você poderia morrer, mas depois que vimos no jornal suas ações junto com todos aqueles outros heróis, acreditamos que você pode ser de grande importância pra proteger essa cidade e vidas. Então sua mãe e eu decidimos que você é livre pra ser uma heroína, desde que sempre volte pra casa viva.
Aquelas palavras fizeram a garota chorar em soluços abraçando seus pais, mas estas mesmas palavras lhe trouxeram um senso maior de responsabilidade.
- Pai, mãe, mano... Eu prometo, dar sempre meu melhor e orgulhar vocês. E salvar quem eu puder! - Dizia a garota ainda soluçando pela emoção.
Foi uma noite de libertação para Orbital, que subiu voando aos céus aquela noite, sem uniforme, somente de pijama e flutuando ficou encarando as estrelas que insistiam em te atrair...
- Cris, é isso mesmo que você quer minha irmã? - Perguntava Adriano preocupado, mas escondendo sua felicidade de ver sua irmã tomando um caminho nobre.
- Sim Dri, eu quero poder ajudar as pessoas... Porém o pai e a mãe não aceitam. - Dizia a jovem triste - Eles esconderam ou queimaram meu uniforme, mano deu maior trabalhão fazer ele ...
Enquanto conversavam por chamada de vídeo em seu quarto, seus pais estavam conversando na cozinha.
- Amélia, nossa filha ta crescendo e sei que em algum momento já não teremos tanto controle sobre ela. Por mais que eu e você não queiramos, ela tem poderes, e vai usá-los. Então prefiro que seja pro bem amor.
- Eu sei, eu sei Cristiano. Mas ela quase morreu ...
- Sim, mas ela está aqui, salvou parte da cidade. Nossa filha pode ter corrido perigo, mas sabe se virar e muito bem. Hoje a noite devemos conversar com ela.
Chegado a noite, um silêncio se estabelecia na mesa de jantar. Cris querendo sair dali e voltar pra seu quarto, mas por respeito e amor se mantinha ali. Seu pai então se levanta e começa a dizer:
- Família, passamos por poucas e boas na vida, mas graças a Deus nunca fomos derrotados em nenhuma situação. Sei que cada um vive sua luta, mas a partir de hoje quero que nesta casa, nesta família haja sempre a sinceridade e que nunca mais escondamos nada uns dos outros. Cris em especial você minha filha, sei que o que você vinha fazendo em segredo era por uma boa causa. Mas era perigoso e você poderia morrer, mas depois que vimos no jornal suas ações junto com todos aqueles outros heróis, acreditamos que você pode ser de grande importância pra proteger essa cidade e vidas. Então sua mãe e eu decidimos que você é livre pra ser uma heroína, desde que sempre volte pra casa viva.
Aquelas palavras fizeram a garota chorar em soluços abraçando seus pais, mas estas mesmas palavras lhe trouxeram um senso maior de responsabilidade.
- Pai, mãe, mano... Eu prometo, dar sempre meu melhor e orgulhar vocês. E salvar quem eu puder! - Dizia a garota ainda soluçando pela emoção.
Foi uma noite de libertação para Orbital, que subiu voando aos céus aquela noite, sem uniforme, somente de pijama e flutuando ficou encarando as estrelas que insistiam em te atrair...
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- Atieno
O Coração Corrompido
27/11/20, 10:28 pm
Os sons de guerra eram bastante infernais, distribuindo-se por todo um vasto ambiente semidesértico. Ao alcance de meus olhos, uma séria batalha acontecia, com homens trajados em fardas pesadas. Sentia como se estivesse carregando um peso intenso, enquanto o fogo chamuscava os céus do deserto do Norte da África.
Vários homens corriam, ostentando as imagens estilizadas de leões junto à suástica, revelando serem membros do Afrika Korps. Aviões da RAF britânica pareciam fornecer confronto às forças alemãs, e bandeiras francesas eram queimadas ao lado de bandeiras de Astain, enquanto minha visão percebia a distância daquela cena de combate crescer, e os atiradores alemães passarem a ser meros pontos no horizonte, as chamas como se fósforos estivessem acesos, e os aviões como libélulas irritantes. Minha missão era outra.
Num flash, me via diante de um prédio, mas o lugar era outro. O tempo era o mesmo, o ambiente parecia ser Nápoles. A construção, de frente ao Vesúvio, era habitada pelo líder dos seguidores de Qorrax, aliados dos alemães na campanha da África Ocidental. Derrubar a segurança do prédio tinha sido fácil, os tiros é que denunciaram minha presença. Um lustre quebrado, janelas estilhaçadas, corpos caídos. Tudo por um só objetivo.
Saltando pelo fosso do elevador, sentia as garras arrancando lascas das paredes de tijolos. De alguma forma, não conseguia ver meu próprio corpo ali, mas sabia que era eu quem estava derrubando a porta do 4º andar e lançando dois soldados para dentro do fosso. Sem controle de meu corpo, me vi chutar a fechadura de uma porta de madeira lisa, derrubando mais dois soldados. O leão de Qorrax grunhia diante de mim... mas havia uma mulher e uma criança juntos.
Quando vi lâminas brilhando nos tons de meus poderes indo na direção dos três, acordei assustado, num sobressalto.
Olhando ao redor, via os pôsteres do Queen na parede, os livros da faculdade espalhados sobre a mesa do computador, iluminados pelo brilho do monitor ligado, cuja luz refletia nos três copos largados ao lado de um livro aberto e criando reflexos sobre o guarda-roupas e a mesa de cabeceira, onde o celular piscava notificações e mostrava a data de 30 de Outubro, 2 horas antes do horário da aula.
Sentado na cama, sentindo o toque do chão frio sob os pés descalços, levei as mãos ao rosto, tocando o Coração de Hodari. Por falar nele... parecia agitado. Assustado.
"Hodari... o que que eu fiz nessa outra vida!?"
O pantera não respondeu. Podia ouvir como se ele estivesse se culpando por algo. Não parecia claro, talvez fosse minha sonolência. Antes que pudesse reforçar a pergunta, Hodari deixou claro o que sentia.
"Eu não quero falar sobre isso. Não insista, Atieno. Não vou falar... foi um erro ter te mostrado isso. Foi um erro..."
-------------------------
Com a ajuda de todos, Aura havia sido contida. Exausto pelo uso tão intenso dos poderes, mantinha-me sentado num local mais afastado, assistindo aos arranhões se fecharem em pouquíssimo tempo, começando a pular fora do local da tragédia, correndo para voltar pra casa. Só que, em todo esse tempo, Hodari não havia falado comigo sobre o sonho. Aquilo precisava parar. Definitivamente.
"Hodari. Eu preciso que me conte o que puder. Me fale sobre essa vida que eu tive na 2ª Guerra Mundial."
O pantera parecia hesitar, ainda tentando me convencer do contrário. Enfim, resolveu falar com a condição de que eu não o xingasse, ou qualquer coisa do tipo.
"Tudo bem... eu vou te contar tudo o que ocorreu nessa vida..."
Como num piscar de olhos, o ambiente ao meu redor mudou. Dessa vez, era como se eu estivesse em um jogo de terceira pessoa. Podia ver um homem alto, com cabelos raspados, ostentando o Coração de Hodari em seu pescoço. Ao seu lado, uma bela mulher, ostentando um longo vestido com traços da cultura astain.
"Esse é você, Miguel. Em outra vida. Você se chamava Akwasi Danquah. Essa é a memória mais relevante do começo de quando nos reencontramos naquela vida. Você era casado com Yanet Danquah, você já teve uma memória dela. E essa sua vida foi um pouco... conturbada."
Os flashes mudavam, agora mostrando outras situações com a presença de Akwasi. Usando um uniforme bastante diferente do que uso hoje, via Akwasi ajudando grupos revolucionários, que carregavam a bandeira de Astain, mas com símbolos que remetiam a Mwezi. Podia sentir a presença de seguidores de Mwezi junto deles, e assistia a usos dos poderes e habilidades de forma parecida à minha atual. Uma completa falta de criatividade desta alma milenar.
"A Terra em si passava pelo que os humanos chamam de 2ª Guerra Mundial. Astain viveu alguns dos dias mais duros do governo dos leões. Quem indicasse seguir qualquer outro membro do panteão poderia ser preso e morto. E, como uma das poucas nações não colonizadas pelos brancos do norte, dá pra imaginar que havia participação deles em toda essa confusão. Porém, o que acontecia em Astain era algo três níveis acima..."
Cenas de uma verdadeira guerra civil passavam diante dos meus olhos. As visões de Akwasi pareciam mais borradas, mas dava pra perceber que ele não parava de lutar. Então...
"Akwasi acabou enlouquecendo quando viu Yanet morta. Os leões mataram Yanet. A forma mais cruel de atacar a nós."
A cena de Akwasi carregando Yanet pelos braços, desesperado e tentando salvá-la, me fez sentir... tristeza? Era essa a palavra. Sentia meu estômago embrulhar, e os pelos do braço se arrepiarem. Então, os flashes avançam à cena do sonho. A invasão ao prédio em Nápoles. A derrubada dos guardas. E... o que veio depois.
Diante de mim, via três corpos caídos no chão, com perfurações torácicas. Uma cena difícil de se ver. Sobretudo vendo que eram uma família.
"A vingança corrompeu o coração de Akwasi. Perder Yanet foi crucial pra isso. Ele não hesitou. E sorriu diante dos corpos de uma família... mesmo sendo de leões, havia uma... uma filhote."
"Por favor, Hodari... chega. Não quero ver mais nada..."
As construções do Ave Norte voltaram a preencher minha visão, vendo a luz do sol fazer sombras espalhadas pelas ruas e prédios. O flashback havia acabado.
"Hodari... você parecia muito assustado. Isso foi difícil pra você, imagino."
"Miguel, eu sou muito mais velho do que demonstro. Eu já nos vi fazer várias coisas. Mas... aquilo me assustou. Akwasi acabou morrendo pouco tempo depois daquilo, com o coração destruído e a sensação de que... de que tudo foi tirado dele. Eu sofri muito por ele... por isso eu não queria te mostrar. Eu não... eu..."
"...você tem medo que eu faça a mesma coisa. Não é?"
Hodari pareceu se assustar. Mas apenas assentiu com um grunhido.
"Olha.... eu não posso controlar meu futuro. Mas... eu prometo pra você, Hodari. Eu não vou permitir que isso aconteça. Diferente de muitos, diferente do que já vimos... eu não sou um assassino, Hodari."
Ficamos quietos por longos minutos, escalando um prédio e olhando para a região devastada da Longa Noite de Terror, vendo a área iluminada pelos raios solares.
"Nós passamos por algo bastante terrível aqui... e não matei ninguém. Não senti necessidade de matar. Não tem necessidade disso. Hodari... você pode contar comigo. Eu não quero te fazer sofrer. Nós vamos sobreviver bem a essa guerra eterna. E vamos construir boas lembranças pra você. Ok?"
Dando um sorriso, pude ouvir o ronronar do pantera, ficando contente com aquilo.
"Você disse que gosta de café. Acho que merecemos um café antes de voltarmos pra casa?"
"Agora sim está falando minha língua!" — ele rugiu, encerrando o assunto que tanto o assustou.
Vários homens corriam, ostentando as imagens estilizadas de leões junto à suástica, revelando serem membros do Afrika Korps. Aviões da RAF britânica pareciam fornecer confronto às forças alemãs, e bandeiras francesas eram queimadas ao lado de bandeiras de Astain, enquanto minha visão percebia a distância daquela cena de combate crescer, e os atiradores alemães passarem a ser meros pontos no horizonte, as chamas como se fósforos estivessem acesos, e os aviões como libélulas irritantes. Minha missão era outra.
Num flash, me via diante de um prédio, mas o lugar era outro. O tempo era o mesmo, o ambiente parecia ser Nápoles. A construção, de frente ao Vesúvio, era habitada pelo líder dos seguidores de Qorrax, aliados dos alemães na campanha da África Ocidental. Derrubar a segurança do prédio tinha sido fácil, os tiros é que denunciaram minha presença. Um lustre quebrado, janelas estilhaçadas, corpos caídos. Tudo por um só objetivo.
Saltando pelo fosso do elevador, sentia as garras arrancando lascas das paredes de tijolos. De alguma forma, não conseguia ver meu próprio corpo ali, mas sabia que era eu quem estava derrubando a porta do 4º andar e lançando dois soldados para dentro do fosso. Sem controle de meu corpo, me vi chutar a fechadura de uma porta de madeira lisa, derrubando mais dois soldados. O leão de Qorrax grunhia diante de mim... mas havia uma mulher e uma criança juntos.
Quando vi lâminas brilhando nos tons de meus poderes indo na direção dos três, acordei assustado, num sobressalto.
Olhando ao redor, via os pôsteres do Queen na parede, os livros da faculdade espalhados sobre a mesa do computador, iluminados pelo brilho do monitor ligado, cuja luz refletia nos três copos largados ao lado de um livro aberto e criando reflexos sobre o guarda-roupas e a mesa de cabeceira, onde o celular piscava notificações e mostrava a data de 30 de Outubro, 2 horas antes do horário da aula.
Sentado na cama, sentindo o toque do chão frio sob os pés descalços, levei as mãos ao rosto, tocando o Coração de Hodari. Por falar nele... parecia agitado. Assustado.
"Hodari... o que que eu fiz nessa outra vida!?"
O pantera não respondeu. Podia ouvir como se ele estivesse se culpando por algo. Não parecia claro, talvez fosse minha sonolência. Antes que pudesse reforçar a pergunta, Hodari deixou claro o que sentia.
"Eu não quero falar sobre isso. Não insista, Atieno. Não vou falar... foi um erro ter te mostrado isso. Foi um erro..."
Com a ajuda de todos, Aura havia sido contida. Exausto pelo uso tão intenso dos poderes, mantinha-me sentado num local mais afastado, assistindo aos arranhões se fecharem em pouquíssimo tempo, começando a pular fora do local da tragédia, correndo para voltar pra casa. Só que, em todo esse tempo, Hodari não havia falado comigo sobre o sonho. Aquilo precisava parar. Definitivamente.
"Hodari. Eu preciso que me conte o que puder. Me fale sobre essa vida que eu tive na 2ª Guerra Mundial."
O pantera parecia hesitar, ainda tentando me convencer do contrário. Enfim, resolveu falar com a condição de que eu não o xingasse, ou qualquer coisa do tipo.
"Tudo bem... eu vou te contar tudo o que ocorreu nessa vida..."
Como num piscar de olhos, o ambiente ao meu redor mudou. Dessa vez, era como se eu estivesse em um jogo de terceira pessoa. Podia ver um homem alto, com cabelos raspados, ostentando o Coração de Hodari em seu pescoço. Ao seu lado, uma bela mulher, ostentando um longo vestido com traços da cultura astain.
"Esse é você, Miguel. Em outra vida. Você se chamava Akwasi Danquah. Essa é a memória mais relevante do começo de quando nos reencontramos naquela vida. Você era casado com Yanet Danquah, você já teve uma memória dela. E essa sua vida foi um pouco... conturbada."
Os flashes mudavam, agora mostrando outras situações com a presença de Akwasi. Usando um uniforme bastante diferente do que uso hoje, via Akwasi ajudando grupos revolucionários, que carregavam a bandeira de Astain, mas com símbolos que remetiam a Mwezi. Podia sentir a presença de seguidores de Mwezi junto deles, e assistia a usos dos poderes e habilidades de forma parecida à minha atual. Uma completa falta de criatividade desta alma milenar.
"A Terra em si passava pelo que os humanos chamam de 2ª Guerra Mundial. Astain viveu alguns dos dias mais duros do governo dos leões. Quem indicasse seguir qualquer outro membro do panteão poderia ser preso e morto. E, como uma das poucas nações não colonizadas pelos brancos do norte, dá pra imaginar que havia participação deles em toda essa confusão. Porém, o que acontecia em Astain era algo três níveis acima..."
Cenas de uma verdadeira guerra civil passavam diante dos meus olhos. As visões de Akwasi pareciam mais borradas, mas dava pra perceber que ele não parava de lutar. Então...
"Akwasi acabou enlouquecendo quando viu Yanet morta. Os leões mataram Yanet. A forma mais cruel de atacar a nós."
A cena de Akwasi carregando Yanet pelos braços, desesperado e tentando salvá-la, me fez sentir... tristeza? Era essa a palavra. Sentia meu estômago embrulhar, e os pelos do braço se arrepiarem. Então, os flashes avançam à cena do sonho. A invasão ao prédio em Nápoles. A derrubada dos guardas. E... o que veio depois.
Diante de mim, via três corpos caídos no chão, com perfurações torácicas. Uma cena difícil de se ver. Sobretudo vendo que eram uma família.
"A vingança corrompeu o coração de Akwasi. Perder Yanet foi crucial pra isso. Ele não hesitou. E sorriu diante dos corpos de uma família... mesmo sendo de leões, havia uma... uma filhote."
"Por favor, Hodari... chega. Não quero ver mais nada..."
As construções do Ave Norte voltaram a preencher minha visão, vendo a luz do sol fazer sombras espalhadas pelas ruas e prédios. O flashback havia acabado.
"Hodari... você parecia muito assustado. Isso foi difícil pra você, imagino."
"Miguel, eu sou muito mais velho do que demonstro. Eu já nos vi fazer várias coisas. Mas... aquilo me assustou. Akwasi acabou morrendo pouco tempo depois daquilo, com o coração destruído e a sensação de que... de que tudo foi tirado dele. Eu sofri muito por ele... por isso eu não queria te mostrar. Eu não... eu..."
"...você tem medo que eu faça a mesma coisa. Não é?"
Hodari pareceu se assustar. Mas apenas assentiu com um grunhido.
"Olha.... eu não posso controlar meu futuro. Mas... eu prometo pra você, Hodari. Eu não vou permitir que isso aconteça. Diferente de muitos, diferente do que já vimos... eu não sou um assassino, Hodari."
Ficamos quietos por longos minutos, escalando um prédio e olhando para a região devastada da Longa Noite de Terror, vendo a área iluminada pelos raios solares.
"Nós passamos por algo bastante terrível aqui... e não matei ninguém. Não senti necessidade de matar. Não tem necessidade disso. Hodari... você pode contar comigo. Eu não quero te fazer sofrer. Nós vamos sobreviver bem a essa guerra eterna. E vamos construir boas lembranças pra você. Ok?"
Dando um sorriso, pude ouvir o ronronar do pantera, ficando contente com aquilo.
"Você disse que gosta de café. Acho que merecemos um café antes de voltarmos pra casa?"
"Agora sim está falando minha língua!" — ele rugiu, encerrando o assunto que tanto o assustou.
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- Quimera Verde
Re: "Enquanto Isso..."
28/11/20, 08:58 pm
Ao término da longa noite de terror que impactou Nova Capital, Keiko retornou bastante ferida para seu restaurante e por cada metro que sobrevoava o bairro de Alta Vista ela tinha mais noção do tamanho do estrago que ficou para trás. O dia amanheceu com um sentimento de vitória após derrotarem o monstro de luz e energia, mas as consequências deixadas iriam se arrastar por muito tempo. As notícias negativas e positivas sobre os heróis que se dedicaram salvar a cidade bombam nos canais jornalísticos e, principalmente, nas redes sociais.
Do alto a jovem heroína começa a vislumbrar seu restaurante em meio a tanto estrago. Ao pousar se depara com a fachada toda destruída, uma caminhonete havia invadido e quebrado tudo. O totem com o nome e logo do Gaijin, belíssimo, todo em neon, que havia sido instalado a duas semanas estava destroçado no chão, inclusive, com algumas marcas de sangue. No salão poucas mesas ainda estava inteiras, o teto decorado em draywall havia desabado parcialmente, deixando toda fiação elétrica à mostra e em curto... com seu magnetismo, Polaridade arranca os fios danificados, dando fim aos riscos que poderiam causar.
Incrédula ela olha seu investimento destruído mas, o pior ainda estava para ser visto. A porta de acesso a cozinha, nos fundos, parecia estar intacta, ela então enche o pulmão com uma respiração profunda e abre a porta. Dentro, apenas uma leve cortina de poeira, pois não havia mais cozinha. A cozinha inteira havia desmoronado, o cômodo fazia divisa com o prédio de trás, que foi totalmente destruído. A porta agora parecia ser uma passagem para o outro lado do quarteirão.
Em meio aos escombros Keiko esbarra em Yumi, completamente encoberta por poeira e sangue. A face sem expressão de Yumi contrasta com a expressão de "what a fuck?" de Keiko. As duas apenas se abraçam e choram copiosamente.
Mesmo o restaurante dando lucros, ainda haviam algumas dividas de investimentos à pagar, sua má fama ainda estava em alta e sua perna tava fodida. Polaridade senta-se no chão e desabafa com um grito digno de quem acaba de entrar em desespero
- Meu C......
Do alto a jovem heroína começa a vislumbrar seu restaurante em meio a tanto estrago. Ao pousar se depara com a fachada toda destruída, uma caminhonete havia invadido e quebrado tudo. O totem com o nome e logo do Gaijin, belíssimo, todo em neon, que havia sido instalado a duas semanas estava destroçado no chão, inclusive, com algumas marcas de sangue. No salão poucas mesas ainda estava inteiras, o teto decorado em draywall havia desabado parcialmente, deixando toda fiação elétrica à mostra e em curto... com seu magnetismo, Polaridade arranca os fios danificados, dando fim aos riscos que poderiam causar.
Incrédula ela olha seu investimento destruído mas, o pior ainda estava para ser visto. A porta de acesso a cozinha, nos fundos, parecia estar intacta, ela então enche o pulmão com uma respiração profunda e abre a porta. Dentro, apenas uma leve cortina de poeira, pois não havia mais cozinha. A cozinha inteira havia desmoronado, o cômodo fazia divisa com o prédio de trás, que foi totalmente destruído. A porta agora parecia ser uma passagem para o outro lado do quarteirão.
Em meio aos escombros Keiko esbarra em Yumi, completamente encoberta por poeira e sangue. A face sem expressão de Yumi contrasta com a expressão de "what a fuck?" de Keiko. As duas apenas se abraçam e choram copiosamente.
Mesmo o restaurante dando lucros, ainda haviam algumas dividas de investimentos à pagar, sua má fama ainda estava em alta e sua perna tava fodida. Polaridade senta-se no chão e desabafa com um grito digno de quem acaba de entrar em desespero
- Meu C......
- Chip
Re: "Enquanto Isso..."
02/12/20, 10:53 pm
Apenas mais uma sessão.
Consultório do Dr. Frederic W. Maximilian - Itaúna - 27 de novembro de 2020 - 17h30
- Danilo! Como é bom te… - Assim que o Frederic desceu os olhos percebeu. - O que aconteceu Danilo? Seu braço?
- É.. hehe... tô tendo que me acostumar com essa pergunta, vú, dotô?
- O que aconteceu, meu filho?
- Ah dotô… é uma longa história.
- Estou aqui pra te ouvir, lembra?
- Belê, então senta que lá vem a história…
Chip começou a contar todos os seus feitos durante a Longa Noite de Terror, se vangloriando de algumas coisas, mas engasgou ao lembrar do disparo de Binário contra seu braço, e a memória da dor e desespero que viveu a partir daquele momento trouxe junto consigo uma lágrima que desceu do canto do olho.
- … E quando eu acordei… - Sua mente viajou para a tarde seguinte a noite de terror.
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- Como você está se sentindo, Dan?
- Hã? Érica? Onde eu tô? - Disse, com a voz pesada.
- Depois de toda aquela confusão Vulto e Prisma te encontraram desmaiados na cobertura de um prédio, e nós trouxemos você aqui, para o hospital da minha mãe.
- Sério que eu perdi a chance de conhecer a famosa Prisma?
- Ela nem é isso tudo não, viu, Dan?
Ambos riram. Danilo tentou se movimentar na cama usando os dois braços, para só então relembrar que havia perdido o braço quando caiu levemente para a esquerda
- Droga... esqueci.
- Relaxa, Dan. Você vai acostumar. Agora vou deixar você descansar. - Saiu andando pelo quarto, mas parou na porta antes de sair. - Ah, quando você voltar para casa, vai ter uma surpresa pra você lá, viu?
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- E qual foi essa surpresa, Danilo? - A pergunta de Dr. Frederic trouxe Chip de volta para o presente.
- Cê não para de olhar pra ela dotô, hahaha.
- Seu novo braço? Imaginei mesmo. Aproveito para te perguntar, como está se sentindo quanto a isso? - A pergunta do doutor fez Chip viajar em mais uma memória.
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Dois dias depois, Danilo recebeu alta do hospital e retornou para sua humilde casa, dando de cara com um grande pacote em cima de seu sofá-cama, com um bilhete.
“Pra ajudar nesse momento difícil, te dou uma mãozinha (desculpa pela péssima piada). É básico, apenas uma prótese que minha mãe está testando, mas acho que combina muito com você. Sei que você vai fazer seus próprios upgrades, e estou esperando por isso.
Ps: Arruma esse lugar, Dan. Tá um nojo”
Danilo sorriu, jogando o bilhete por cima da cama. Quando abriu a caixa seus olhos brilharam: uma prótese grafite e alaranjada para o braço esquerdo que Chip havia perdido, encaixando perfeitamente no ombro do rapaz. Ele encaixou no ombro, e de sua pele alguns cabos e conectores emergiram, se conectando ao novo braço. Danilo respirou fundo, sentindo a energia de uma nova tecnologia, mas diferente de todas as vezes anteriores, não deixou aquele vício o controlar.
Girou o braço duas vezes e movimentou todos os dedos perfeitamente, como se fosse o próprio braço perdido. Seus olhos percorreram toda a estrutura, analisando-o, não sua estrutura externa, mas sim sentindo toda a tecnologia envolvida, entendendo perfeitamente o papel que cada componente daquela peça exercia no conjunto.
- Certo, já tenho alguns upgrades para fazer.
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- Danilo? - Escutou a voz do doutor Frederic ao fundo.
- Hã? Oi? Ah.. sim… Como estou me sentindo, né? - Retornou da memória. - Bom, dotô… é estranho dizer isso, mas estou me sentido muito bem. Na verdade, é como se eu nem tivesse perdido o braço, sabe? Única coisa que não sinto mais é dor, então, parece que é uma melhoria, né?
- E você conseguiu fazer os upgrades que queria?
- Beeem… - Chip virou seu braço para o lado, mirando numa mesinha e atirou sua mão robótica para frente, agarrando o pé da mesa. - Consegui.
- Caralho! - Frederic deixou escapar uma expressão incomum para ele. - Muito bem, gostei de ver! E você conseguiu fazer mais algum upgrade?
- Ah, sim, claro. - Danilo cerrou os olhos, desconfiado. - Dado os últimos eventos precisei investir meu tempo em reparar as falhas que eu ainda tinha. Basicamente passei o último mês enfurnado em casa, sem saber de estágio nem faculdade. Mas consegui... melhorei meus sistemas, principalmente de defesa, e meu drone também, agora ele pode me ajudar mais do que só observar.
- Ah… era isso que eu esperava ouvir Chip, era isso que eu queria de você.
Doutor se levantou de sua poltrona, e rapidamente transformou seu próprio braço em um canhão de energia, atirando contra Danilo. Chip num impulso fez sua nova armadura grafite e laranja emergir, impedindo o ataque. A pele de Frederic brilhou, se transformando em dígitos dourados antes de tomar a forma de Binário, que sorri com deboche para o jovem. Chip dispara com seu canhão, e o corpo de Binário explode em dígitos dourados.
- SIMULAÇÃO CONCLUÍDA COM SUCESSO. - Uma voz robótica anuncia o fim da programação.
- Muito bom, Glitch. - Chip se levanta da cadeira em que estava, desplugando um cabo de sua nuca. - Melhoramos a renderização, mas ainda temos alguns pontos para melhorar. Achei uma sacada boa o doutor se transformar no éfedepê do Binário, mas eu já tinha sacado quando ele falou Caralho… o Fred não fala palavrão, hahaha…
- Peço perdão pelo vacilo, Chip. Informação inserida no banco de dados para uma próxima simulação. - O drone deu uma breve pausa enquanto flutuava ao redor de Danilo o observando. - E quanto ao cenário? Alguma melhora?
- Ah sim, claro! Ficou foda a renderização. Na próxima vamos colocar mais detalhes pra ver se seu sistema aguenta. No mais, melhor tu descansar agora, vou trabalhar mais um pouquinho no seu software de voz, ainda tá muito robótica.
- Agradeço, Chip. Vou desligar agora. Mais alguma coisa antes de ir?
- Sim… diz aí, quem é o paizão??
- Aff… - Os olhos laranjas pixelizados na tela do drone se reviraram. - Você é o paizão. Boa noite! - O drone voou até sua “caminha”, que nada mais é que uma base para recarregar sua bateria, recolhendo suas hélices e atiradores elétricos, se fechando.
Orbital e Vulto gostam desta mensagem
- Incrível
Re: "Enquanto Isso..."
14/12/20, 04:53 pm
O pior dia de Nossas Vidas
( Para entender melhor leia: Jardim da Redenção- Hora da Revanche )
-Dormiu... Agora todos nós precisamos ter um conversa!
Paradoxo usa sua telecinese deixando o corpo desmaiado de Dínamo num canto do local enquanto se aproxima do restante do grupo.
– Gente, alguém me explica que merda tá acontecendo aqui?
- Eu e o pisca pisca ali fomos convocados em uma missão, e o alvo era você! A gente tinha que te capturar, como fazemos com bandidos… e eu não achei isso certo, por isso avisei o Chip...
– E eu convoquei o resto da tropa. Seguinte cara, chega de fugir da gente, nós precisamos resolver essa parada!
– A parada é que nem é de vocês que eu to fugindo, é de mim mesmo...
– Se tá assim, é por que você é mesmo culpado...
– Cuidado, grita com ele não, esse cuzão pode ficar puto e quebrar seu pescoço...
-Gente menos... a gente veio aqui pra ouvir o lado dele, sem julgamentos, lembram?
-Incrível, eu preciso te contar, a Temporal acordou do coma, e a visão dela sobre você é atormentadora… você causou um mal muito grande nela, e não só fisicamente…
– Eu… eu não queria...
– Explica pra gente o que rolou lá cara, tamo aqui pra ouvir o seu lado, …
– Tá certo… eu odeio ter que relembrar aquele dia, mas vamo lá...
O jovem respira fundo, olha o grupo a sua frente e começa a falar:
– É tudo meio confuso, mas as minha ultimas lembranças são de que eu estava voando, pra uma ronda acho, ai em cima de um telhado eu vi um cara com um mascara vermelha, roupa tática, ele estava armado, com uma espécie de lança granadas ou algo assim. Antes que eu se quer fizesse algo ele deu o primeiro tiro, uma bomba de fumaça explodiu no meu peito, ali eu já fiquei meio zonzo, depois ele atirou mais duas vezes, ai eu apaguei...
– Essa história tá parecendo fanfic desses fóruns de rpg que nerd otário frequenta...
– Cala a boca, deixa ele falar! Continua cara...
– Ai eu acordei. Tudo parecia muito confuso, eu sentia medo, raiva, sei lá, minha mente tava a mil. Foi ai que eu vi uns caras armados na rua, depois eu descobri que eram só uns caras da vila tomando umas no barzinho, mas na hora não era isso que parecia... eu enxergava eles como bandidos armados e encapuzados… Eu tava confuso, fui pra cima dos caras, e ai começou a merda, ataquei os dois sem motivo nenhum… não demorou muito e o Pitbull apareceu, junto com a Temporal...
Ele para por alguns segundos, respira fundo como se estivesse tomando forças para falar algo que ainda doía como uma ferida aberta.
– Como eu disse, eu tava confuso, com uma mistura de medo e raiva, tava doidão mesmo saca? Eu via na minha frente um lobisomem horrível, e uma bruxa rodeada por uma névoa escura, qualquer palavra que eles falavam, na minha mente entrava como uma ofensa, uma ameaça… Era como se uma voz na minha cabeça mandasse eu quebrar tudo e todas, e foi ai que a gente acabou entrando em conflito...
-Eu tenho uma voz na minha cabeça e nem por isso eu saio por ai quebrando tudo...
- É diferente cara, o moleque tava fora de si...a gente tentava falar com ele, tentava acalmar, mas parecia que só piorava as coisas. Seja lá o que tinha naquele gás, o negócio deixou a mente dele zoada aquele dia...
– Se é que essa história de gás da loucura é verdade né?...Na minha vida eu já usei umas paradas bem fortes, e nunca sai por ai metendo o louco e atacando inocente...
- Eu farejei o tal gás espalhado no ar, e tava impregnado no moleque...
– Pessoal por favor...Não precisa ter poderes de empatia como eu pra perceber que ele fala a verdade e que essa coisa todo ainda machuca muito ele... Se vocês sentissem as coisas como eu sinto, falariam menos merda...
Diz Vulto bastante irritado ao interromper a conversa paralela.
Incrível parecia nervoso, tremia ao tentar relembrar as cenas do dia mais traumático de sua vida, nesse momento Paradoxo se aproxima dele e coloca uma mão em seu ombro.
-Se você me permitir, eu posso entrar na sua mente e mostrar pra todos aqui, o que aconteceu de fato. Acho que vai ser mais fácil do que você falar...
Parecia ser algo invasivo, mas JP já mal tinha forças pra relembrar aquele momento. Ele só queria que aquela conversa terminasse logo. Ele então acena com a cabeça autorizando Paradoxo a usar seus poderes mentais nele.
-Certo, a partir de agora nós vamos ver o que ele viu, e sentir o que ele sentiu, Vulto vou precisar de sua ajuda nessa parte...
Um elo mental é criado entra os oito heróis ali, e de imediato o grupo é levado para o momento em que Incrível confrontava Pitbull e Temporal. Na visão de JP os dois eram figuras horrendas, um lobisomem furioso com grandes garras e presas a mostra, e a outra, uma Bruxa do tempo, rodeada por uma nuvem negra.
O sentimento de confusão, medo e raiva é sentido pelo grupo através dos poderes de Vulto e Paradoxo. Flashes do conflito entre os três são transmitidos nas mentes dos Benfeitores.
Tudo parecia confuso, realidade e ilusão se misturavam, um turbilhão de sentimentos em conflito, muita raiva e medo no ar.
Para todos aquilo era muito forte, mas para Pitbull parecia ser ainda mais, era estranho se ver do outro lado. Se ver como um monstro que causa tanto medo assim nas pessoas. Tudo bem, fazia parte do efeito do gás ver tudo daquela forma, mas será que não existiam realmente pessoas que o viam como um monstro pronto para matar?
Mais imagens do conflito e do turbilhão de emoções passavam pelas mentes do grupo como um filme, até que chega no momento crucial da lembrança. A hora em que JP “acorda” de seu transe.
O estalo do pescoço de Temporal quebrando, faz o rapaz acordar de sua loucura. O momento em que Incrível volta a si. O rapaz se vê parado com as mãos no pescoço de Temporal, olha para baixo e vê Pitbull caído, bastante ferido. É nesse momento que o rapaz percebe que ele havia feito todo aquele estrago, percebe que tudo não passava de uma ilusão.
Medo, confusão, arrependimento são os sentimentos que ele sentia naquele momento, algo tão forte e tão cruel que faz com que o grupo inteiro se sinta mal.
O elo mental é desfeito. Nenhuma palavra é dada durante alguns segundos. Todos ali estavam se sentindo péssimos. Sentiam como se eles mesmos estivessem na pele de Incrível no momento em que o pescoço de Temporal é quebrado, sentiam todo o medo e dor que JP sentiu e ainda sentia.
O sentimento ali, era como se todos tivessem vivenciado o pior dia de suas vidas, mesmo não sendo diretamente de suas vidas.
– Caramba, isso foi pesado...
– Agora vocês me entendem?
- Cara, cê sabe que essa parada de Benfeitores foi algo que criaram pra gente. Nós nunca fomos uma super equipe de verdade, mas a gente tá aqui pra te ajudar...
– Eu tô fodido cara, eles querem minha cabeça, pra todo mundo eu sou só mais um neguinho assassino...
– Armaram pra você véi, eu consegui hackear umas imagens das câmeras de segurança ali da região, a maioria teve uma “falha misteriosa” exatamente no momento em que atiraram o gás em você… mas pra tua sorte eu sou um cara foda e consegui imagens que confirmam o ataque!
– E só agora você me fala isso?
– Ah bicho, como é que eu ia falar se tu tava fugindo da gente...
-Talvez você vá precisar de advogados pra limpar seu nome nesse caso, eu vou ver o que consigo fazer pra te ajudar, você não vai poder fugir pra sempre...
- É mas hoje vai ter que ser! O papo tá bom, mas tá na hora de geral vazar daqui... A qualquer momento pode aparecer os reforços do Renovar, e se vocês estiverem por aqui pode dar merda pra todos...
– Mas e você e o cara ali? Pergunta JP apontando para o corpo caído de Dínamo.
- Eu me acerto com ele depois, invento uma desculpa, sei lá...Relaxa!
Incrível e Pitbull se cumprimentam em um forte aperto de mãos.
–Olha cara, me desculpa por tudo isso.. eu...
- Tá tranquilo cara, eu sei… agora vaza...
Um a um os heróis foram saindo, muita coisa foi falada ali, e muita coisa ainda havia para se falar, mas não hoje. Haveriam novas oportunidades e novos encontros em breve.
Pitbull se aproxima, de Dínamo e lhe dá um tapinha no rosto.
- Acorda Bela adormecida...
Clone, Orbital e Moleca gostam desta mensagem
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