[FHVERSO] Inimigo do Estado - Parte 02

Sonar sobe com Ironia e ambos se veem em um hangar, com os homens de terno em contraste aguardando eles. Ele olha para ver se todos seguem com o plano. Atieno já começava a subir às paredes em alta velocidade e Giovanna cai, porém sem se ferir. Ao seu lado, Lupina ainda precisava de ajuda.

Heitor começava a se dirigir ao jato de extração. Vinicius não se sentia confortável em deixar seus amigos pra trás. Ele se apronta e dispara seu gancho para ajudar a colega.

-rápido, agarre! Vamos te tirar daí.

Sonar olha para ironia em um pedido de ajuda e se esforça ao máximo para tirar a companheira de la.

Um tremor abala todos os heróis que estavam no hangar, quase derrubando todos que estavam lá. A razão do tremor era clara: Houve uma explosão. Ironia olha para tráz e percebe que metade de seus companheiros de fuga ficaram para trás.

O sentimento de Pedro era de frustração. Se eles não conseguirem sair dalí a tempo, o plano de resgate não servirá para nada.

Olhando para um dos jatos, ele reconhece os gêmeos aguardando ao lado do jato.

- Ótimo, a cavalaria nos mandou o Twedledee e o Twedledum. -Disse o detetive fazendo jus a sua alcunha.

Pedro capta o olhar de socorro de Sonar para resgatar quem tiver ficado para tráz e logo conclui quem deve ser salva e como. Era evidente o que devia fazer naquela situação. Nenhum detalhe escapa do olhar do Ironia.

O detetiva então auxilia seu parceiro em puxar a corda do gancho que poderá salvar a vida de Lupina.

Por mais improvável que parecesse o grupo estava prestes a concretizar sua fuga. Restando apenas uma dúvida, quem iria conseguir escapar? Todos, erá o que André esperava. Não estava disposto a deixar ninguém para trás.

Reuniu a cartas flutuantes de volta em sua mão direita ao sentir a explosão. Manteve a calma e projetou dessa vez uma escadaria de cartas, com um leve escudo facilitando a escalada. Mesmo que isso consumisse sua energia, Nybras ainda estava ali cobrindo suas costas.

Via a Garota Mental cair de minhas costas. Sentia seu peso ausente de minhas costas, e sentia-me arrepiar ao vê-la cair e não conseguir pegá-la. Não poderia carregar o peso de uma morte em minhas costas. Por sorte, a subida apenas estava começando, então ela caiu de um lugar não muito alto.

— Você está bem? — questionei, num tom de preocupação evidente.

Vi Lupina chegar correndo e ficar na área do elevador também, pronta para começar a subir. Mas aonde estava o alien!? Por que ele não chegava? Quando estava prestes a descer e verificar o que estava acontecendo, escutei o estrondo, que atingiu meus ouvidos como uma marreta colidindo contra um gongo.

"Você precisa subir agora!"

"Eu preciso ajudá-las! Elas vão morrer se eu não fizer nada!"

"Se salvar elas, quem vai te salvar!?"

Antes que eu pudesse responder, escutei o som de algo atingindo o chão. Olhei para o lado, e vi a corda de Sonar. Ele salvaria Lupina, ao menos. Mas e a Garota? Olhei pra ela, e pensei... ela poderia voar?

"Atieno! Rápido! Volte a escalar!"

Mesmo assim... elas estavam expostas. Mesmo que Sonar fosse rápido, os inimigos poderiam matar as duas mais jovens. Então, num impulso, desci um pouco a parede e me concentrei, evocando um escudo para protegê-las de qualquer disparo.

— Vão! Subam! — gritei, tentando manter o escudo. — Eu vou por último! Preciso garantir nossa segurança!

Dito isso, espero que elas comecem a subir para remover o escudo e retomar minha escalada. E torcer. Torcer muito para sair vivo de lá... e para que eles me esperem.

"Atieno, rápido! Por favor, não morra!"

Após uma queda repentina, Garota Mental lembrou-se da época que treinava seus primeiros voos. Quando entrava em casa com escoriações e dores e não podia contar pra ninguém o que tinha acontecido. Hoje sua família já sabe do que se trata, mas foi muito difícil esconder seus poderes de seus pais e irmãos. Principalmente quando tinha vontade de se comunicar com eles. Já que a língua de sinais ainda era uma novidade e ninguém dominava direito.

Hoje ela já dominava seus voos com maestria. Mas ela acabara de perceber que não era boa pegando carona. Presa na sua prisão silenciosa, Geovanna não pode grita para expressar a dor que sentiu.
Apenas se levantou e após se recuperar, e aproveitando que seu escudo já se fora, ela ira usar a energia que usava pra manter os resto do escudo e tentará levantar voo para se juntar aos demais.

Telecinese 2, Voo 1

Garota Mental e Lupina tentam ver alguma coisa no meio da fumaça e poeira que permeava o local. Então, conseguem ver aos poucos os soldados que estavam chegando perto. Pátria também apontava uma arma, mirando em Lupina, e a garota percebeu que ele ia atirar. Quando ela escuta o barulho do tiro, apenas fecha os olhos, esperando o pior. Mas nada acontece. Ela olha de novo, e vê Atieno com um escudo de energia, defendendo as duas.

Vão! Subam! Eu vou por último! Preciso garantir nossa segurança!


Lupina para por alguns segundos, admirando a coragem do rapaz. Mas ela se ergue e vai até o poço do elevador, para poder fugir. Garota Mental estava frustrada por não poder falar. Ela sentia que suas energias estavam chegando ao fim. Mas ao ver Atieno arriscando a pele para cobrir a fuga, resolve ajudar. Ela ergue restos da porta destruída para poder criar uma barreira, enquanto tenta seguir voo. Mas percebe que a concentração nas duas tarefas estava exigindo demais dela.

No andar superior, Heitor se sente frustrado por não estar de armadura. Então, ele se dá conta de que não é a armadura que o faz um herói. Ele decide cobrir a fuga dos demais.

 Senhores, vocês vão ter que confiar em mim, entrem naquele jato, depois eu explico!


Ele mira sua arma no poço do elevador, para ajudar caso algum inimigo tente subir. Sonar, Jogo de Cartas e Ironia decidem ajudar a todos na fuga. André conjura suas cartas para formar uma escada, Sonar atira seu gancho para puxar alguém, sendo ajudado por Ironia. 

Lupina vê o cabo e aproveita a chance para escapar. Ela segura o gancho e dá sinal para que lhe puxem. Geovanna vê as cartas, e não perde tempo. Ela sabia que apesar de usar elementos fracos, sua defesa era a única coisa que poderia cobrir a fuga de Atieno. As duas sobem em segurança, e todos correm para o jato. Yago, percebendo que todas subiram, tentava uma brecha na saraivada de tiros para poder correr. Com os restolhos de defesa da Garota Mental, ele decide arriscar. Anda para trás, ainda com o escudo (e percebendo que ele logo cederia), e num instante que já estava no poço, o desfaz e pula para subir rapidamente.

Heitor vê a fuga do colega, e continua firme. Assim que Atieno sobe, Pátria aparece embaixo, pronto para atacar.

Essa é pelo meu esconderijo, robô! - Murmura Heitor, dando um tiro certeiro na cabeça do "herói", fazendo surgir uma parte do esqueleto metálico por trás da máscara.

Heitor corre para o Jato, e assim que entra os soldados chegam ao pavilhão. Os dois agentes pilotavam o jato, e acionam a porta de saída. Apesar dos esforços da tropa, O jato parte. Estavam seguros agora.

Um dos agentes para na frente de Heitor. 

Foi muito corajoso da sua parte ficar para defender o grupo. Mas... Se tivesse subido, tinhamos algo para você. 

Então, Heitor olha para fora e vê sua armadura voando ao lado do jato. Sem ninguém, apenas a armadura voando sozinha.

Considere um pedido dedesculpas. Se estiver afim, eu e mais algumas pessoas estamos trabalhando em um projeto. Precisamos de pessoas como você para tocar esse projeto pra frente.

Heitor nada diz no momento. Havia muita coisa sem respostas. Mas uma coisa era certa... Aquilo não seria o fim.

Os heróis estavam feridos, cansados e agora sem muita certeza do futuro. Mas algo vem a mente de todos, deixando-os atônitos. Alguém ficou para trás. Velocista.

Epílogo

Velocista acorda zonzo. Ele não reconhece muita coisa, há luz em toda parte, cegando-o. Ele sente dor, um terrível mal estar, desespero... Ele gritaria, mas sua voz não sai. Ele está deitado em algum lugar, amarrado. Ele percebe que está cercado, e sente algo gelado encostar em sua pele, rasgando sua pele e carne. Tudo isso era angustiante. Ele estava indefeso.

De uma janela de vidro espelhado, dois homens assistem a cena. Um estava vestido com roupa militar e várias medalhas no ombro. O outro estava de jaleco e usava óculos de lente grossa, e tinha uma prancheta cheia de papéis. O militar estava em posição de sentido, como um hábito. Ele olha para a equipe que operava Velocista, e fala para o homem ao seu lado.

Bem, ao menos pegamos um. E não um qualquer!

Sim, comandante. Pegamos o Alien.

Ainda bem! Que golpe de sorte! Odeio esses ETs. Lembra do estrago que aquele cretino roxo criou há dois anos?

Bem... Na verdade não, senhor.

É mesmo! As vezes é difícil entender que vocês não lembram de nada. Bem, então basta saber que quando menos aliens, melhor.

E quanto aos andróides? Nosso pessoal diz que os heróis receberam ajuda para escapar.

É claro que receberam. Isso quer dizer que temos que agir com mais cautela do que antes. Ela deve desconfiar. Tenho quase certeza que ela ajudou. Isso significa que precisamos adiantar nossos planos.

Mas e você?

Quando tudo isso acabar, terá valido a pena. A segurança do mundo é mais importante. E no fim, Nova Capital deverá arder com o fogo de Hades.