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Etéreo
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[EXPEDIÇÃO] O sal, o relâmpago e o fogo Empty [EXPEDIÇÃO] O sal, o relâmpago e o fogo

30/04/13, 02:15 pm


[EXPEDIÇÃO] O sal, o relâmpago e o fogo Zviagem

O sal, o relâmpago e o fogo

[EXPEDIÇÃO] O sal, o relâmpago e o fogo Attachment


Víðirkæsia navegava livre através dos mares de Winterheim. Já fazia alguns dias que a expedição do Jarl Sigulf havia zarpado. Eric preparava uma breve refeição à bordo: uma porção de carne de cordeiro salgada envolta em uma espécie de massa separadas em porções individuais. Cada qual comeu sua devida parte com um ímpeto voraz. Não apenas pela qualidade da culinária de Eric, mas também pela ansiedade que os primeiros dias de viagem causavam.

Com o passar do tempo, a noite chega. Com ela, o primeiro teste à tenacidade de quem se aventura pelos grandes mares: o tédio. Se revezando entre remos e vela, não há muita comunicação entre os componentes daquela expedição. A conversa nem mesmo é bem vinda; um desgaste indevido de forças. Até mesmo Veni, conhecido pelas brincadeiras inoportunas e incessante tagarelice, se mantém quieto.

Não tarda muito e o silêncio é rompido. Ainda assim, não é a voz de uma criatura que o faz, mas o som da carruagem do grande Thor que passeava pelas nuvens enquanto o céu se iluminava ao passo que Mjolnir cortava o firmamento. Os trovões que abalavam o céu geram um diferente tipo de estrondo. O estrondo das vozes da tripulação da Víðirkæsia que entram em polvorosa. Gestos rápidos e exacerbados, gritos silenciados pelo rasgar dos céus, água se erguendo e despencando de todos os lados, o gosto único e inconfundível de sal na boca...

Os primeiros raios de sol são o convite da manhã. Olhos cerrados encontram forças para se abrir. Um novo dia havia chegado, sobrepondo o ontem e tudo que este continha. O mar, bem mais dócil agora que domado, fornece a brisa matutina. Em Víðirkæsia, a situação era promissora. Nenhum dano no casco, suprimentos molhados porém não perdidos, acima de tudo, todos intactos. Se Thor resolvera testar aquela tripulação, eles se provaram dignos da viagem com louvor.

À frente, mais um alento. Uma ilha de porte menor, aparentemente desabitada. Haviam duas opções: continuar o percurso sem qualquer parada e ganhar tempo para chegar a um continente ou aportar naquela ilha totalmente desconhecida. Todos olham para Sigulf, esperando seu comando. Os olhos de Veni anseiam para que sua resposta seja a que deseja...

AVISO OFF:



Última edição por Etéreo em 13/05/13, 11:37 am, editado 4 vez(es)
Paradoxo
Paradoxo

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30/04/13, 02:46 pm
– Quando eu decidi investir nesse barco e iniciar expedições para Valleyheim, foi para que pudéssemos descobrir mundos perdidos, locais novos e gravar nossos nomes na história, nos tornamos imortais através de nossas reputações. Eu sempre soube que jamais poderia fazer isso sozinho e, por esse motivo, recrutei todos vocês. Sou o capitão desse barco, mas não sou a única voz. Coloco nas mãos de vocês essa decisão, votaremos no que fazer. Eu acredito que devemos parar, esticar as pernas, montar acampamento e nos preparar para seguir amanhã. E vocês, o qu acham? – Sigulf esperava que todos os companheiros dessem sua opinião e iria decidir pela maioria, ainda que fossem contrários a sua escolha.
Vulto
Vulto

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30/04/13, 06:56 pm
Ivor sentava-se ao dentro do barco, diferente dos demais companheiros, utilizando seu tamanho e força pra remar com dois remos de uma só vez.
Viagem havia sido longa e cansativa, porém algum tempo a deriva, o grupo de Sigulf percebe ao longe uma pequena ilha e a indecisão vem a tona. Sigulf toma frente e pergunta a seus homens qual seria a decisão: Ir até a ilha ou seguir em frente:

- Pelos deuses, homens! Não aguento mais ficar sentado nesse barco! Mesmo que não haja algo de valor naquela ilha, pelo menos poderei esticar as pernas.
TZ
TZ

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30/04/13, 07:41 pm
A primeira noite a bordo já havia se passado, e com ela passara também a tempestade e o mar revolto, saindo tanto navio quanto tripulação incólumes. Yggdri, sentado a estibordo, remava junto aos demais.

Com os primeiros raios de sol avistaram uma pequena ilha, e então o capitão, Sigulf, nos dá a chance de decidir lá aportar ou seguir em frente.

-Somo minha voz à de Ivor e à sua, capitão! Esticar as pernas e caminhar sob terra firme também seria de meu agrado, e quem sabe possamos até encontrar desafiadora caça à nossa espera?
Réptil
Réptil

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30/04/13, 08:09 pm
A tripulação parecia bem homogênea – com exceção de um homem que aparentava ter sido concebido pela própria floresta – mas todos pareciam possuir a mesma sede de batalha que Ulrich. Sigulf havia deixado claro que Víðirkæsia faria o que a maioria escolhesse, e Yggdri e Ivor, Sangue-de-Gigante já haviam se manifestado.

– Por Odin! Não derramei nenhum sangue durante a batalha com os invasores e agora meus ossos clamam por algum exercício. Desçamos, homens, pelo bem de minhas juntas.
Sombria
Sombria

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01/05/13, 12:17 am
A garota sai de seus aposentos e caminha em direção á luz do novo dia. Ela não se sentia bem, e se sentiu aliviada quando finalmente viu terra em meio á toda áquela água.

Ela observa Sigulf e seus aliados discutirem sobre se deviam ou não parar naquela ilha e descançar, antes que continuar, e com sorte, achar algo lá também.

- ... Eu não vejo por que não. Achos que é seguro dizer que todos nós não aguentamos mais ficar nesse barco, uma caminhada pela Ilha deve nos revigorar. E quem sabe o que tem lá? - Diz a moça, escorando seu antebraço no cabo da sua espada.
Etéreo
Etéreo

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03/05/13, 12:18 am


[EXPEDIÇÃO] O sal, o relâmpago e o fogo Zacampamentos

O sal, o relâmpago e o fogo: Os contos da noite

(Ponto interpretativo)



Víðirkæsia aportara tranquilamente. Pouco a pouco, a tripulação desembarca do navio trazendo utensílios, mantimentos e armas. Aos poucos todos percebiam como estavam cansados e fracos. A praia é deserta e se funde a uma floresta rasa que se propaga para o interior da ilha. Enquanto todos resolvem esticar as pernas e tomarem novo fôlego, Eric parte, alvoroçado, para dentro da mata. Sigulf tenta repreendê-lo, porém a iniciativa é um ato em vão. Aquele era o começo da aventura de Eric em busca de novos sabores. Veni ri incessantemente ao ver seu companheiro, tantas vezes rabugento, se comportar como uma criança em uma poça de lama. Ugo, sempre muito sério, se dedica a montar um acampamento provisório.

O tempo passa. Já é final da tarde quando Sigulf começa a se preocupar com o retorno de Eric. Seus pensamentos não são perturbados por muito tempo. Eric retorna trazendo, atado a suas costas, cinco carcaças de um tipo de animal que se parecia com um coelho tamanho família. Em sua mão direita, um saco repleto de frutas e na esquerda, algo muito mais importante que tudo aquilo: um cantil lotado de água fresca e potável.

- Não se preocupem! Eu estou bem! Consegui caçar estes malditos apetitosos! Um deles vai só para a barriga gigante do Ivor, hahaha! Quanto às frutas, só peguei aquelas que as aves comiam. Ainda melhor que isso, encontrei água fresca e boa! Provavelmente algum depósito das chuvas. Já tomei pequenas doses e nenhum revertério, se é que me entendem! Vamos passar a noite aqui e abastecer os cantis amanhã, Sigulf! É muita água boa para ignorar e fica perigoso ir até lá agora que está escurecendo!

Com acampamento montado e uma boa fogueira ardendo para assar os animais, os membros da tripulação se reúnem a volta do fogo e do cheiro de carne. Já é noite e o céu, embora sem qualquer sinal de chuva, é cortado por relâmpagos de brilho intenso. O clima está perfeito para boas histórias.

REGRAS:




Última edição por Etéreo em 13/05/13, 02:57 pm, editado 3 vez(es)
Paradoxo
Paradoxo

[EXPEDIÇÃO] O sal, o relâmpago e o fogo Empty Re: [EXPEDIÇÃO] O sal, o relâmpago e o fogo

03/05/13, 01:17 am
Sempre sorrindo, Sigulf concordara com que o Eric havia sugerido. Acompanhariam, renovariam as forças e no outro dia carregariam o suprimento de água boa, para que pudessem seguir viagem. Não estavam em Winterheim, estavam em Valleyheim e ali não era um lugar para pensar demais, era um lugar para deixarem que os deuses guiassem as ideias de cada um.

– Pois bem, que descansemos e que usemos esse tempo para nos conhecer melhor. Vamos lá, cada um de nós conta uma história de vida, qualquer coisa. Um momento marcante, uma aventura, uma boa lembran... – Antes que pudesse encerrar a frase, Sigulf fora interrompido por um barulho agudo e irritante, que já estava se tornando habitual a todos daquela tripulação.

– AAAAAAAAAAAHHHH, DISGRETA! – Era Veni, se manifestando da forma peculiar em que estava acostumado. – Aí eu gostei, hein? Eu vou começar a contar a história, porque certeza que a minha é muito mais interessante de como o Ugo teve de correr de uns caras que falaram que iriam mata-lo porque tinha sangue de monstro ou uma história do Eric contando como encheu a pança em algum lugar por aí.

Sigulf encarou o garoto, observando o seu comportamento, mas ao contrário do que qualquer um poderia esperar, ele apenas sorriu e acenou com a cabeça, concordando e esperando que Veni contasse alguma de suas histórias. Veni retornou a falar, após a aprovação do Jarl.

– Então, vocês devem saber que eu não sou apenas o cara mais bonito e inteligente dessa tripulação, modéstia à parte, eu era conhecido em Áblar como o cara mais ligeiro de toda Winterheim, porque eu posso entrar e sair de algum lugar sem que ninguém me note. Eu sou realmente muito furteiro. Então, certa vez, eu vi a mulher do Jarl de Áblar caminhando com toda sua comitiva pomposa, se mostrando para as pessoas de lá e em seu pescoço brilhava uma bela joia, que hoje brilha no pescoço da minha mãe. Então, eu a vi caminhando e notei que minha mãe havia gostado bastante do colar, seus olhos brilhavam e naquele momento eu decidi que... que não me importava mesmo, tinha mais o que fazer. Mas, a velha, insistiu e disse que me pagaria se eu conseguisse aquele presente para ela. Aí a história já mudou de rumo, né? Com dinheiro na mão as coisas ficam completamente diferentes.

Veni ria e brincava enquanto contava a sua história, sempre se movendo muito, gesticulando, apontando, falando alto com sua voz esganiçada e mantendo todos, por bem ou por mal, atentos a sua história.

– Esperei a noite estar bem densa e invadi o castelo do Jarl, o que se mostrou ridiculamente fácil de se conseguir. Havia ocorrido uma celebração ali mais cedo, todos se encontravam bêbados e a mulher do Jarl estava dormindo lá, com o colar no pescoço e nada mais para cobrir as suas partes, enquanto seu marido devia estar se divertindo com uma das criadas. Muito furteiro que sou, peguei o colar e a velha nem percebeu. Aproveitei a oportunidade e levei outras joias dela também. Antes de sair, dei um beijo na teta dela, para dar sorte, vocês sabem como é! Até hoje o Jarl paga uma recompensa pela cabeça do ladrão de joias. Comédia, né?

Ele encerrou a história e se sentou, arfando um pouco pela intensidade com que havia interagido. Depois direcionou-se a Svanna e disse:

– Para seguir a ordem definida das histórias, onde o mais belo fala primeiro e tudo se encerra no mais feio, que nesse caso é o Ysgdri Cabelo-da-Doida, agora é sua vez de nos contar uma história, “Lobinha”.
Sombria
Sombria

[EXPEDIÇÃO] O sal, o relâmpago e o fogo Empty Re: [EXPEDIÇÃO] O sal, o relâmpago e o fogo

03/05/13, 12:58 pm
No entardecer da noite, Svanna, após arrumar suas coisas em seu canto do acampamento, se junta a seus companheiros ao redor da fogueira, que já assava a deliciosa carne que Eric havia pego mais cedo. O cheiro da mesma atiça a barriga vazia da garota, que não consegue esperar e pega imediatamente um pedaço quando chega ao local, comendo com brilho nos olhos, mas sem nenhuma educação.

Enquanto conversas paralelas aconteciam, Svanna se vira para o cozinheiro da tripulação, se lembrando da educação que havia deixado alguns minutos atrás quando se acanha um pouco. Não era mais hora de provar nada pra ninguém; Eram apenas eles ali, descançando, e agora Svanna revelava seu "lado mais moça". E além do mais, ela parecia ter uma estranha confiança natural na tripulação original do Víðirkæsia, já que eram eles que cuidavam para que todos ali tivessem uma boa viagem, e Eric, dentre eles, com certeza parecia ser o mais afável. Ela limpa os lábios com a luva e abre um sorriso largo, abaixando um pouco o pedaço de carne que ainda tinha em mãos.

- Obrigada pela comida, Eric. Eu não sei se é por causa dos efeitos do mar, minha barriga vazia ou outra coisa, mas... Isso é provavelmente a melhor coisa que eu já comi na minha vida. - Ela parecia não ter palavras pra descrever o quão bom estava aquela comida, apenas desistindo então de elogiar mais e comendo o resto que tinha em mãos.

Ela se afasta, pensando em ir agradecer á Ugo também pela ajuda na montagem do acampamento, mas estranhamente, não conseguia o ver em lugar algum desde que anoiteceu, pensando se talvez ele tivesse voltado ao barco ou ido á algum outro lugar.

A Pequena Loba então se senta na areia, jogando sua capa pra trás e ouvindo a história que acabara de se iniciar por Veni. Ela não conseguia parar de rir bobamente enquanto ele contava sua história, mais pelas suas palhaçadas e trejeitos do que a história em si. Quando o rapaz termina, ele se vira em sua direção, dizendo que era sua vez de contar uma história. Ela olha pra todos e ri, olhando pra baixo.

- ... Eu não sei... - Ela olha pro céu escuro e cheio de trovões pensativa, voltando então a falar alguns tempo depois. - ... Eu fugi, uma vez, quando eu era bem mais nova. Era o casamento do meu irmão mais velho, Yngve, sabe, o terceiro filho; Então, como era o plano de meu pai, ele iria se casar com Maja Borghild, não porque ele amava ela, mas porque isso iria criar um poderosa aliança entre os Borghild e os Hildëgard - a gente. Meu irmão Aleksander disse que ele não queria se casar, mas ele sabia o que significava se as duas famílias se aliassem, e ele não queria contrariar o Pai, óbviamente, então ele apenas aceitou... Mas eu não. Eu não sei o que eu esperava com aquilo, mas eu peguei um cavalo e em protesto ao casamento, eu corri pra longe, pra lugar nenhum. Apenas... Sai correndo, em direção á floresta, pro norte de Ulfgrå.

Ela pega outro pedaço de carne, fazendo uma pequena pausa e então rindo sozinha.

- Eu não era uma guerreira naquela época; Por Odin, eu ainda tinha criadas que me ensinavam como me comportar! Óbviamente eu perdi meu cavalo assim que eu desci dele. Então lá eu estava, perdida, com fome, com frio, com medo e sem nunca ter caçado na minha vida. Vocês não tem a MENOR IDÉIA do que é tentar correr e lutar com um vestido longo. Eu tentei pegar esse cervo uma vez, mas eu tropecei no meu próprio vestido e acertei com a testa no chão. Eu acordei algumas horas depois, sem nenhuma comida e agora com um machucado na testa. Após algum tempo, eu consegui achar alguns frutos, mas só depois de já ter comido algumas folhas de plantas. Após alguns dias, eu encontrei uma matilha de lobos, assim como meu tataravô Ingólfr. Não é atoa que várias famílias da região tem um lobo em seus brasões; Toda a região é conhecida pelos lobos que rondam as florestas. Cedo ou tarde isso iria acontecer, até eu sabia disso.

- Então lá estava eu, frente a frente com os lobos. Eu congelei completamente, sem saber o que fazer. Meu coração parecia que ia pular pra fora do meu peito, enquanto os lobos lentamente se aproximavam de mim. Eu já me irritava enquanto pensava que eu não iria pro Valhalla, mas pro Hel, afinal, eu não iria morrer em batalha, e eu não acho que eu ia ganhar minha entrada pra lá se eu tentasse atacar aquela matilha. Quando uma das bestas chegou bem perto de mim, eu apenas olhei pra ela, bem nos olhos. Ela me olhou de volta, de cima a baixo, me cheirou... E só isso. O lobo terminou de me cheirar, olhou pro lado e foi fazer outra coisa, totalmente calmo. O resto da matilha passou por mim, alguns se aproximando de mim, mas sem me atacar. Eu fiquei tão perplexa quanto fiquei aliviada, e foi aí que algumas horas depois, fui achada. Uma tropa inteira, o suficiente pra invadir uma fortificação, todos em cavalos, procurando por mim há dias, e meu pai, é claro, na vanguarda. Eu podia ver seu estandarte flâmulo de longe, sendo carregada pelos seus vassalos. Eles me disseram no caminho de volta que o casamento tinha sido atrasado uma semana por minha causa - e aconteceu de qualquer maneira dias depois -, e meu pai me disse que da próxima vez que eu fugisse, ele não iria me procurar como ele tinha acabdo de fazer, e é isso. É claro, ninguém acreditou quando eu contei sobre a parte dos lobos, então eu acho que essa foi uma das razões pelas quais que meu irmãos começaram a me chamar de "Pequena Loba".

Ela volta a comer, finalmente terminando sua história. Ela olha pra roda de pessoas ali, esperando a próxima história, sem definir ninguém como o próximo a contá-la, deixando livre pra quem quisesse iniciar outra.
Paradoxo
Paradoxo

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03/05/13, 01:46 pm
Eric havia ficado feliz com o agradecimento sincero de Svanna, pois em toda sua vida, buscara exatamente aquilo. Os outros homens podiam se sentir felizes com o júbilo da batalha, com as suas enormes reputações, por terem se deitado com belas garotas, mas era aquilo que animava e deixava Eric sentir-se completo, saber que a sua comida estava agradando a todos e poder descobrir novos sabores, como havia acabado de fazer. Seu contentamento era enorme.

– Eu não tenho grandes histórias como vocês, sou apenas um cozinheiro. Mas, me orgulho em dizer que já cozinhei tudo que se tem para cozinhar em Winterheim, utilizei ingredientes que as pessoas jamais considerariam próprios para alimentação e os transformei em verdadeiros banquetes. Já cozinhei para dezenas de povos diferentes de Aesir, inclusive para a família do Sigulf e da Svanna. Já cozinhei para anões. E até mesmo para grandes cortes de Elfos! E nunca, nunca, nunca, ouvi ninguém reclamar da minha comida! Essa é a minha história!

Sorriu para todos, oferecendo bebidas para complementar a alimentação. E em seguida, finalizou:

– E vocês irão provar as primeiras coisas novas que farei em Valleyheim! Hoje é só uma experiência! Comam, amigos, me ajudem a aumentar a minha reputação! – Gargalhou alto, enquanto comia bastante também.
TZ
TZ

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03/05/13, 02:11 pm
Terra firme sob os pés. Mal haviam aportado e Eric, tripulante original do Drakkar, correra para a mata, em busca de caça. Não fosse o ímpeto do cozinheiro em aventurar-se na pequena ilha, Yggdri o teria acompanhado com todo prazer, não era um ótimo caçador, mas sabia um pouco disso e daquilo. Após esticar as pernas e fitar o infindável mar a sua frente, juntou-se ao sério Ugo, ajudando-o a montar acampamento. O tempo passou, a noite caiu e Eric retornou, e, ao redor de uma fogueira, todos se alimentavam, conversavam e partilhavam histórias; menos Ugo, Yggdri não o via desde que montaram acampamento.

Havia sido uma noite divertida, e Yggdri ouvira aos risos a história do jovial Veni, fingindo aborrecimento com seu insulto, e rindo novamente com todos, enquanto o garoto passava a vez para Svanna. Ouviu atentamente e sem descrença seu relato, e, após o breve discurso de Eric, gargalhou junto com o mesmo, saudando-o com sua bebida.

Decidiu ser sua vez, ignorando a ordem estabelecida pelo disparate de Veni. Levantava-se do círculo então, pronto para contar sua história. E iniciou:

-Bom... Meu pai me contava muitas histórias. Não era meu pai de sangue, mas me criou como muitos não fariam; enfim. Vivíamos em uma pequena e humilde cabana, e as coisas podiam ficar bem tediosas em muitas ocasiões - muitas mesmo - mas meu pai conhecia uma infinidade de histórias, e mesmo a mais chuvosa das temporadas era recheada de lendas.
Uma dessas muito me fascinava, e lhes contarei sob esta fogueira algo que me ocorreu na manhã após a sétima vez que tal lenda me foi contada.


Pigarreou então, limpando a garganta e preparando-se para, de fato, começar.

Acredito que todos vocês conheçam Ratatoskr; pois bem. Caso não o conheçam, trata-se de um esquilo que percorre os infinitos galhos da Yggdrasil; conhecedor de vários caminhos e esconderijos; nada mais natural àquela criatura do que fofocas e intrigas

Citava, então, um dos trechos do Grímnismál¹ que aprendera com seu mestre:

"Ratatoskr é chamado o esquilo
que corre sobre o freixo Yggdrasil
Ele descobre as palavras da águia que fica em cima
e as diz para Niðhöggr que fica em baixo"

Spoiler:

Muitos foram os dias em que tentei brincar com esquilos no bosque graças a esta história, e, claro, desconfiados e fugidios como são, nunca tive sucesso, irmãos... exceto em uma vez.

Em certa manhã de outono, meu tutor caminhava abaixo das árvores com um alto e pálido elfo; ambos conversavam seriamente, mas eu, distante não podia escutá-los. Entediado, me aventurei naquela pequena floresta, que aos olhos de uma criança parecia infinita. Bebi do riacho, comi frutas silvestres e tentei caçar lebres; já estava prestes a voltar à choupanada quando vi, a poucos passos de mim, um esquilo: acizentado e enérgico, a correr pela mata. Sem hesitar fui em seu encalço.

Em minha corrida, desatento, acabei tropeçando em velhas raízes da floresta, caindo em um barranco; parei somente quando bati com força minha cabeça contra um maciço freixo.

Parou então para rir de tal cena, fazendo também uma pausa para um gole de sua bebida.

Levantei com dificuldade, e, tonto, vi o esquilo parado, à minha frente. Começava a chover forte, e logo meus cabelos e roupa estavam ensopados. E lá continuava a pequena criatura.

Aquele esquilo tinha um único olho, este no centro de sua testa, e não fugia de mim, ao contrário, ergueu-se em duas patas e aproximou-se. Próximo a mim abriu a boca, e de seu sopro uma voz espectral tomou forma:


"Três olhos negros verá; e três vezes falhará
Mas ao piscar rubro do seguinte o fiar das Norns, revelará
Nem Hel nem Asgard, tão cedo ainda não irá
mas ao Quarto o perigo, te aguardará
e nem irmão ou irmã o fará retornar.
e agora, Filho do Filho do Urso; acordará."


E então meu amigos, acordei em meio às folhas cadentes do outono, incólume, e nem esquilo nem freixo lá estavam. Não encontrei olho algum até hoje; nem imagino sob qual aspecto ele ou eles se apresentarão.

Mas agora tenho irmãos e irmãs, e nenhum olho nos derrotará.
Vocês, provavelmente não acreditam em mim; veem nesta história nada além de um sonho tolo...
Mas eu acredito na Visão através do sonhar, amigos; e também posso lhes dizer que, ao acordar...


Mastigava demoradamente um pedaço de carne, alongando assim o suspense...

Em pleno calor outonal, encontrei-me ensopado na floresta.


Terminou assim a história, dando deixa ao próximo que se quisesse falar.


¹: O Grímnismál é um manuscrito que contém as principais fontes da mitologia nórdica. É uma coleção de poemas em norueguês antigo.
Paradoxo
Paradoxo

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03/05/13, 02:32 pm
Ugo, que estivera ali o tempo todo, praticamente oculto dos demais, devido ao seu jeito calado e também a outros fatores bastante óbvios, julgara que seria a sua vez de falar algo para os companheiros. Pensou e disse algo bem sucinto, o que era coerente com todo seu comportamento até ali.

– As pessoas podem ser cruéis com quem é diferente, minha infância foi difícil e pesada, as demais crianças não aceitavam alguém com uma pele como a minha. – Levou a mão a fogueira e a deixou ali, aquilo foi suficiente para gerar uma agonia em todos que estavam ali, exceto Sigulf que já sabia daquela característica de Ugo, ainda sem saber o porque dela existir.

Demorou-se um pouco mais naquela ação, demonstrando que a chama de uma fogueira não podia queimá-lo e retornou a falar.

– Diziam que eu tinha sangue de dökkálfar, os elfos negros, jogavam pedras em mim, me batiam e eu me isolei. Me dediquei a forja e a marcenaria, me tornei bom no que sabia fazer, mas meu serviço não valia quase nada, eu era rejeitado por quem podia pagar e tinha que me contentar com as migalhas dos que aceitavam meus serviços. Até que Sigulf me tirou daquele inferno.

Retirou a mão das chamas e se calou, como se estivesse se isolando do mundo em seus pensamentos.
Réptil
Réptil

[EXPEDIÇÃO] O sal, o relâmpago e o fogo Empty Re: [EXPEDIÇÃO] O sal, o relâmpago e o fogo

03/05/13, 04:27 pm
- Ora, ora! – exclamou, pegando mais um pedaço de carne. – Então nossa Loba é algum tipo de bruxa? Ou será apenas sua beleza que encanta os lobos? Não só lobos, eu diria. Por favor, minha Valquíria que caminha entre os homens, não se deixe levar pela magia. Se essa tolice existe mesmo, é somente para os “guerreiros” que não honram as bolas que têm. ! – gargalhou, deixando a gordura escorrer pela barba, limpando logo em seguida com as costas da mão.

Ulrich notara que Ugo continuava preso em seus pensamentos, e o modo como Veni o olhava deixava o homem profundamente irritado. Sempre com aquele sorriso esquisito, como se fosse superior a todos e prestes a soltar algum comentário malicioso, o Irritante lembrava a Ulrich os garotos de sua vila, que lhe importunavam todos os dias, logo após a morte de seu pai.

- De acordo com Veni, era para Yggdri ser o último, o que consequentemente me faria vir após a bela Svanna. Tudo bem, não faz mal. Gostei de sua história, meu caro. –olhou para Yggdri e prosseguiu. – Tenho algumas belas histórias para vocês, talvez até tenha vivido mais algumas de que me recordo, mas o álcool deve ter dado cabo delas. Devo contar sobre quando estive em Áblár? – olhou para Veni, tentado imitar o sorriso que o garoto costumava estampar. – Conheci tantas prostitutas lá que decidi ignorar seus nomes e comecei a nomeá-las pelo seu desempenho na cama. –gargalhou. - Deuses, permitam que eu nunca me esqueça da Contorcionista, nem de Lábios de Veludo. Ó, como pude não falar de Mãos Rápidas, Filha de Freya e Incansável. Teve também uma outra, que jurou a mim estar com um rebento na barriga. Fui esquecer-me daquela idiotice bebendo, três dias e três noites, na taverna ao lado. Se aquela criança nasceu, deve ser um pobre rapaz franzino, que só sobreviveu para virar chacota entre os deuses; pois sua mãe, Mulher de Todos, pretendia tirá-lo no dia seguinte.

Sua carne havia acabado, mas alguns resquícios ainda decoravam sua barba. Bebeu um gole do hidromel que repousava em seu corno e continuou:

- Gostariam de saber como esse urso veio parar em minhas costas? Acho melhor não, essa seria uma história longa demais e estou ansioso para saber um pouco sobre o que nosso gigante e nosso nobre Sigulf fizeram de suas vidas até acamparem ao redor dessa fogueira.
Vulto
Vulto

[EXPEDIÇÃO] O sal, o relâmpago e o fogo Empty Re: [EXPEDIÇÃO] O sal, o relâmpago e o fogo

03/05/13, 10:13 pm
Com a decisão unânime, o grupo de Sigulf decidi atracar na ilha e com o chegar da tarde e com as barracas montadas, a tripulação Víðirkæsia se juntava perto da fogueira preparando-se para o jantar feito por Eric, um cozinheiro de grande fama.

Ivor devorava a carne com ferocidade, enquanto sorria e elogiava o cozinheiro:

- Pelos deuses, homem! Essa comida está incrível! Ljúffengur!

Com a refeição, começou uma conversa entre os membros daquele grupo, o que culminou na iniciação de uma corrente de histórias. Cada um ali começou a relatar alguma aventura ou acontecimento marcante em suas vidas. Parecia que o entrosamento estava começando a se concretizar.

Ivor permaneceu em silêncio, somente ouvindo aos seus companheiros. Ele sabia que chegaria a sua vez, porém, o gigante não possuía nenhuma história para contar, a não ser a de sua trágica origem, a qual ele tentava esquecer todos os dias.

Quando todos se silenciaram e voltaram seus olhos para Ivor e ele soube que precisaria falar. Se entrosar com grupo era importante:

- Bom... Eu não sou um bom contador de histórias, mas... Teve uma vez, há alguns anos atrás, muito antes deu chegar a Exanceaster, na minha antiga cidade aconteciam alguns jogos na cidade, torneios, em oferenda aos deuses. Lembro-me bem dessa época, pois foi quando forjei minha preciosidade, a qual salvou-me a vida.

Bom... De volta aos jogos... Dez jovens eram escolhidos e deviam degladiar entre si, até que restasse somente um vivo. Não preciso dizer que eu venci, pois não havia chance de misericórdia. O que é importante dizer é que naquela noite, o Knulla Katta dilacerou nada mais que seis daqueles garotos. Me lembro de cada morte: O primeiro veio com furia para cima de mim, seguido do segundo. Eu consegui esquivar do primeiro, mas não do segundo, que golpeou meu abdômen. Ah... aquele momento... A primeira vez que uma lâmina corta sua carne. A dor. O desespero. A fúria.

Com um urro eu movimentei meu machado e num só golpe derrubei os dois, que caíram imóveis. O grito da multidão aumenta e eu corro, cego pelo calor da batalha, derrubando qualquer um que estivesse na frente. Terceiro, corte profundo nas costas. Quarto, com as pernas decepadas. Quinto, decapitado. E por último, o sexto, o único que restava de pé.

Eu podia ver o temor em seus olhos, que não durou muito até eu cortá-lo ao meio, com o sangue quente dos meus adversários sobre a lâmina do Knulla Katta, eu soube que meu caminho nessa vida era o do combate
- Termina Ivor, dando uma mordida na carne.
Paradoxo
Paradoxo

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05/05/13, 04:11 am
Sigulf havia escutado cada uma das histórias dos seus companheiros com uma atenção especial, seus olhos brilhavam em uma cor que parecia variar do azul ao verde, como o mar em um belo dia. Ele se sentia bem, como não se sentia a muito tempo, talvez porque estivesse seguindo com o que havia planejado a tanto tempo, talvez porque tivesse encontrado companheiros bons para viajar ao seu lado, não sabia dizer, mas realmente se sentia bem. Quando chegou a sua vez, resolveu que faria algo diferente.

– Passei alguns dias na taverna Yggdrasil e contei algumas de minhas histórias, contei como conheci Bjorn, contei a Batalha da Tormenta e contei a história da minha espada Sprättuvejr. Acredito que vocês devem gostar dessas histórias, mas hoje contarei uma história diferente. Uma história de amor, morte, vingança e desespero. – Tomou um gole de hidromel, acabando com aquele corno e o servindo novamente. Já estava um pouco bêbado e, naturalmente, mais emotivo. – A história da única mulher que amei de verdade, Kari.

– Kari era a terceira filha do Jarl de Úekstalð, um reino ao Noroeste de Winterheim, próximo a Ulfgrå, terra da família da Svanna. Eu a conheci na época em que fui enviado por meu pai, como mensageiro até o pai dela, a trinte e sete invernos atrás. No caminho, eu meus homens encontramos alguns saqueadores tentando roubar uma comitiva de nobres e obviamente nós intervimos, eliminando os bandidos. Todos eles. – Fez uma pausa proposital e logo em seguida retornou a falar. – Era a comitiva do Hertogi prometido em casamento para Kari, do qual me recuso sequer a repetir o nome. Vocês podem chama-lo de Traiçoeiro, de Covarde, de Cretino, de Excremento de Porco, qualquer termo pejorativo que acharem digno da pessoa mais desprezível que esse mundo já viu. – Sigulf cuspiu na fogueira, demonstrando todo seu desprezo pelo sujeito.

– Chegamos a Úekstalð e fomos recebidos com uma festa grandiosa, onde Kari estava grandiosa, a mais bela de todas as mulheres, mais bela que a própria Freya! E eu também estava bem arrumado, no início da minha vida adulta, pois havia vivido apenas dezessete invernos. Dançamos juntos, bebemos, conversando, enquanto o desgraçado do seu noivo puxava o saco de seu pai. Foi natural, nos apaixonamos e começamos a viver um tórrido romance. Fui o primeiro homem dela e naquelas semanas que passei ali foram as melhores de minha vida. Nesse momento, eu havia conhecido o poder do amor.

– Porém, seu noivo descobriu o nosso envolvimento. E, em vez de me desafiar para um combate singular e tentar me matar em nome da sua honra, ele não fez nada. Apenas ordenou que seus guardas a escoltassem todo o tempo e me mantivessem longe, até o dia do casamento. Eu disse a vocês, eu era jovem e cheio de energia, dotado de uma coragem que beirava a estupidez e não me daria por vencido. Planejei algo maluco, que jamais poderia dar certo. Eu a roubaria no dia de seu casamento. Estava orgulhoso de minha esperteza, mas o meu rival era traiçoeiro e maligno, ele já havia planejado tudo imaginando que eu tentaria algo assim.

– Eu peguei meu rápido cavalo e a sequestrei quando ela estava sendo levada para os preparativos do dia do casamento, fugimos juntos e eu pretendia chegar até Ulfgrå, onde usaria o parentesco dos Hildegärd com os Svardstal para pedir refúgio até ter como retornar as minhas terras. Mas, no caminho, bandidos nos alcançaram e nos prenderam. Tentaram nos usar como moeda de troca para nossas famílias, afinal de contas um filho de um dos mais poderosos Jarls de Winterheim e a filha de outro Jarl de renome, juntos, valeriam uma grande fortuna.

– Nosso cativeiro durou alguns dias, eles me mantiveram afastado de Kari e sem noticia alguma dela. Porém, certo dia, em um descuido de um vigia do cativeiro, consegui escapar e descobri muitas coisas. Os bandidos eram parte do mesmo bando que eu e meus homens havíamos matado na estrada. Eles trabalhavam para o desgraçado do Hertogi e desde o começo tudo aquilo era um plano para extorquir o pai de Kari. Naquela noite, eu me banhei em sangue e muitos dos bandidos morreram sem saber ao menos o que havia lhes acertado. O ultimo, que torturei com bastante sadismo, me relevou que Kari estava sendo mantida em uma casa naquela propriedade, sobre os cuidados do próprio Hertogi. Ao chegar lá, encontrei-a desnutrida, machucada e violada...
– Socou o chão, de forma violenta, demonstrando toda sua raiva.

– Meu ódio foi enorme e eu matei o desgraçado do Hertogi com as mãos nuas. Fiz questão de lhe arrancar a espada das mãos, para que ele não pudesse chegar em Valhalla. Depois de estrangulá-lo, cortei os seus membros e espalhei pelo seu quarto, pintando as paredes do vermelho do seu sangue. Nesse instante eu havia conhecido o poder do ódio.

– Ao retornar para Kari, a encontrei morta... Todas as humilhações que ela havia sofrido em seu cativeiro haviam a deixado transtornada, desesperada e insana. Ao seu ver livre, havia retirado a própria vida, para que jamais sofresse aquilo novamente... Ao tentar salvá-la, eu a havia condenado a morte. Agarrei seu corpo e ali fiquei, por alguns dias, apenas chorando e sem me mexer. Fui encontrado pelos homens do pai de Kari, que me viram abraçado ao seu corpo morto e em decomposição, totalmente desnutrido, desidratado e bem próximo da morte. Nesse instante da minha vida, eu havia conhecido o verdadeiro poder do desespero.

– Demorou algum tempo, mas retornei as minhas condições mentais normais, mas meu espirito estilhaçado jamais fora concertado. Apenas uma vez me senti completo novamente, mas essa é uma história para outro dia.
– Respirou fundo e se levantou, deixando todos ali, sem dizer mais nada. Caminhou para o canto do acampamento, se isolando em seus pensamentos e memórias.
Etéreo
Etéreo

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06/05/13, 09:26 pm


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O sal, o relâmpago e o fogo: A chegada do relâmpago


Toda a tripulação da Víðirkæsia compartilhara suas histórias à fogueira. Alguns trouxeram histórias de bravura, outros de amor. Houve aqueles que trouxeram histórias jocosas e houve aqueles que trouxeram histórias casuais. Houve ainda uma história que se contava, como que narrando o caminho à frente. Ao tardar da noite, todos se sentiam mais próximos. É quando se divide comida e lembranças que se constrói os laços da fraternidade.

Os céus ainda eram pintados com a luz dos relâmpagos incessantes quando Sigulf começa sua história. Ao terminá-la, o Jarl se dirige a um canto do acampamento. Nesse exato momento, o céu enegrece. Nem chuva, nem luz, nem uma estrela sequer...apenas o ébano.

Todos percebem a mudança brusca daquele cenário. A única fonte de luz naquela ilha se dava na fogueira que ainda jazia entre os membros da Víðirkæsia. Subitamente, um único Relâmpago corta os céus. Seu brilho é intenso e revela a silhueta de um homem às costas de Svanna.

Cada um dos tripulantes toma posição defensiva, se afastando enquanto o homem misterioso se aproxima da luz. Logo, sua forma deixa de ser apenas uma silhueta e sua aparência é revelada a todos.


HOMEM MISTERIOSO:

- Aaah, Sigulf! Eu posso sentir sua dor, sua mágoa. É tão raro, o momento em que você compartilha algo de seu coração ao invés das bravatas usuais. Temo, meu amigo, que não haja tempo para lamúrias agora. Pegue suas armas e faça aquilo que faz de melhor...lute!

Com um sorriso insandecido o homem, que parecia ser um Æsir, se mantém imóvel. Da areia, ao redor de todos, pequenos montes se elevam. De cada monte, uma criatura repugnante surge. Com a aparência de um pequeno Æsir decrépito e animalesco, os magros seres se movem como quadrúpedes. Tendo atadas em suas mãos, garras afiadas feitas de uma pedra desconhecida, os seres atacam a tripulação em busca de uma única coisa: a carne de seus ossos.

A maneira como surgiram impediu que a tripulação adquirisse uma formação adequada. Todos estão em volta da fogueira, menos Sigulf que se encontra mais isolado em um canto. Três criaturas saltam em direção a Yggdri, uma da frente, outra da direita e outra da esquerda. Duas atacam Svanna pelos flancos. Outras três atacam Ulrich, sendo todas frontalmente, duas pelo chão e uma pelo alto, vinda de um salto. Ivor é cercado por cinco criaturas. Duas delas saltam para atacá-lo. Uma à frente e outra às costas. Eric corre em direção a Sigulf, sendo seguido por cinco criaturas. Uma criatura fita Ugo, mas por alguma razão parece amedrontar-se e passa a perseguir Veni. Além de Eric correndo em sua direção, trazendo cinco criaturas consigo, Sigulf é surpreendido por mais outra, que salta de cima de uma barraca para atacá-lo.

É noite naquela pequena ilha desconhecida e a morte está à espreita.

CRIATURAS:
PANORAMA DA SITUAÇÃO:





Última edição por Etéreo em 13/05/13, 08:41 pm, editado 14 vez(es)
Paradoxo
Paradoxo

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06/05/13, 11:31 pm
Diante daquela situação, Sigulf não podia fazer nada se não aceitar o desafio do maltrapilho e cair em combate com aquelas criaturas. Não era a primeira vez que encontrava-se em situação de desvantagem e tão pouco seria a última. Levou a mão a sua adaga e a atirou contra a primeira das criaturas, a que saltava em cima dele tentando ataca-lo. Em seguida, sacou as suas duas armas, a espada e o machado, para avançar contra os monstros que perseguiam Eric.

– Acabem com todas essas criaturas, nenhum de nós irá cair diante de seres tão ínfimos e desprezíveis! – Gritou para seus companheiros, na esperança de motivá-los.

Correu na direção dos inimigos, enfiando as pontas de suas armas na areia assim que passou por Eric. Sua intenção era jogar areia contra os olhos dos monstros, tentando atrasá-los ou retardá-los. Em seguida, se jogaria no meio deles e, já dentro da fúria de berseker, usaria múltiplos golpes com ambas as lâminas para mata-los ou aleijá-los, impedindo que prosseguissem a atacar os demais membros de sua tripulação.

Sombria
Sombria

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07/05/13, 12:48 pm
Á intensa luz do relâmpago nos céus, um homem misterioso se revela na escuridão que as chamas da fogueira não podiam alcançar. Ele se aproxima de todos, causando com que todos se levantassem, e Svanna, que os observava reagir á algo atrás dela, logo se vira, vendo o homem e se levantando também, retirando rapidamente o machado que se pendurava na cinta da sua espada.

Não era o melhor dos machados; havia o pego dias atrás no ataque ao porto, dentre os corpos dos bandidos do templo, e já que o seu preço - exatamente pela sua qualidade - não era tão relevante para o resto da pilhagem, ela o manteu mesmo assim. Em compensação, machados de uma face como aquele eram ótimos para fazer movimentos rápidos e até mesmo para serem usados para ataques á distância, apesar de que pra isso ela precisaria usar as duas mãos, ao contrário de guerreiros como Sigulf e Ivor.

O homem faz um discurso direcionado á Sigulf, indicando que talvez os dois já tivessem se conhecido em outra ocasião, e logo a areia começa a se revirar. Dela saem uma tropa de criaturas humanóides decrépitas, mais exatamente dois perto da Pequena Loba, um de cada lado. Ela ainda tinha o esotérico homem maltrapilho á sua frente e a fogueira ás suas costas. Ela teve tempo apenas de olhar rapidamente pra direita, observando Yggdri e outras três criaturas, antes que seus próprios oponentes se aproximassem pra atacar, formulando então um plano rápido.

Ela aproveita que nenhuma das duas criaturas havia pulado pra cima dela ainda e chuta um deles na cara para interromper seu vindouro ataque ou pelo menos fazê-lo desviar, e aproveitando o movimento lateral da perna ela tomba o torso pro outro lado, dando um golpe de cima pra baixo com toda sua força pra cravar o machado no crânio da segunda criatura.

Seu objetivo era de arranjar tempo para se mover em direção á Yggdri e retirar sua espada, então não se preocupava em arrancar o machado de volta caso acertasse a segunda criatura.

- Yggdri, vamos trocar de oponentes!! - Gritaria alto e claro para o companheiro não muito longe.

Com isso, a sua intenção era de fazer com que o companheiro, assim que tivesse ele mesmo em um momento seguro, se virasse pras suas criaturas que com certeza iriam atrás de Svanna, enquanto ela se move na sua direção e cuidasse das criaturas restantes dele, ficando um de costas pro outro.

Imagem da estratégia:
TZ
TZ

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07/05/13, 01:50 pm
Escuridão. A ilha encontrava-se em total breu; nada se veria não fossem os fogos crepitantes da fogueira em que, há poucos instantes, todos amistosamente conversavam. Um relâmpago cortou a escuridão; revelando um homem de pé, logo atrás de Svanna.

Todos ergueram-se, em defensiva; Yggdri equipa o escudo, que sempre carrega em suas costas, mas por infelicidade do destino, havia guardado seu machado; repousava agora em uma das barracas.


Mas não havia mais tempo para buscá-lo; estranhos homens surgem debaixo de seus pés, prontos para o ataque!!! Com um de cada lado e outro à sua frente, Yggdri via-se encurralado. Iria atacar com seu escudo o que vinha à sua frente, tentando acertar sua cabeça, estonteando-o; foi quando ouviu o grido de Svanna:

- Yggdri, vamos trocar de oponentes!! - gritava em alto e bom som a garota;

-Sim, Loba!! - Brada de volta Yggdri, completando então seu ataque contra o inimigo à frente, após isso iria em carregada com seu ombro esquerdo contra a criatura à sua direita; pretendendo empurrá-la para o lado, abrindo passagem para mover-se de encontro a Svanna.

Em sua corrida rapidamente pegou uma das toras menos enegrecidas da fogueira; assim teria ao menos uma arma improvisada. Passando por Svanna atacaria um de seus inimigos com a madeira em chamas, e então ficaria em posição defensiva, com seu escudo à frente e de tocha erguida, de costas para sua aliada.

Prepararia-se para se defender dos ataques feitos pelos estranhos inimigos à sua frente; pronto para empurrar o primeiro com seu escudo em direção à fogueira; e à possível próxima criatura incendiaria com a tocha, enquanto desfere frenéticos ataques com a rústica arma.


Continuação da estratégia::
Vulto
Vulto

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07/05/13, 08:20 pm
E tão de repente quanto uma faísca incendeia a palha seca, os céus escureceram e um único relâmpago iluminou a escuridão, revelando um ser maltrapilho e decrepito.

Ele profetiza algumas palavras à Sigulf. Ele parecia conhecê-lo bem.
“Lute!” É o que ele diz pouco antes de diversos monstros surgirem do chão e cercarem a maior parte do grupo.

Ivor estava cercado por cinco criaturas, quatro a sua frente e outra em sua retaguarda. Nesse momento, duas criaturas, de lados opostos, saltam sobre ele, obrigando-o a agir com rapidez. Firmando as mãos sobre o machado ele tenta gira-lo, visando acerta a criatura a sua frente e pelo menos desviar ou até mesmo acerta a de trás.
Réptil
Réptil

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08/05/13, 12:34 pm
Mais uma história estava para ser contada. Haveria sangue, suor e aço, o modo que mais agradava Ulrich. Acontecera tudo muito rápido e sua adrenalina havia se elevado da mesma forma. O guerreiro, que acabara de saciar-se, voltava com uma intensa fome de batalha.

Desembainhando Charlotte, Ulrich joga o que restava de hidromel em sua caneca na altura dos olhos das criaturas que estavam em solo – a fim de retardá-las um pouco - e instantaneamente desfere um golpe transversal, que nasce à sua esquerda, bem acima do ombro e vai morrer à sua direita, cobrindo a maior área possível, impossibilitando qualquer ataque frontal. Caso consiga acertar as criaturas, fincará sua lâmina no crânio da que estiver caída à sua esquerda e, pisando rapidamente em sua cabeça, retirará a espada e correrá para detrás da fogueira, mais uma vez impedindo ataques frontais (trabalhando com a ideia de que as criaturas não são invulneráveis ao fogo).

Após isso, deixará que a febre de batalha responda por si, desferindo movimentos precisos a fim de finalizar o combate o quanto antes, para ficar desimpedido caso algum companheiro precise de ajuda.
Etéreo
Etéreo

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09/05/13, 10:57 pm


[EXPEDIÇÃO] O sal, o relâmpago e o fogo Zcombate


O sal, o relâmpago e o fogo: A chegada do relâmpago


(Parte II)

***

Rapidamente, a situação se torna tensa. Todos se preparam para a batalha que se anunciava. Sigulf percebe a criatura que saltara da barraca em sua direção. O Jarl arremessa sua adaga contra o ser e lhe acerta o olho direito. Embora o feito seja o suficiente para abater a criatura, não previne a continuação do movimento desta. A criatura desaba em cima de Sigulf que se desequilibra e tomba ao lado. A essa altura, Eric já o alcançava com cinco outras criaturas em seu encalço. O Guerreiro-da-Tormenta incita seus companheiros a lutar ao passo que o cozinheiro da Víðirkæsia passa por ele. Utilizando Gudstryk e Sprättuvejr, Sigulf arremessa areia, na altura dos olhos, contra seus agressores. Três deles são atingidos como planejado e freiam sua investida repentinamente. Os outros dois utilizam o lombo de seus companheiros como apoio e saltam sobre o Æsir. Infelizmente, para as pobres criaturas, Sigulf já estava em modo Berserker. Uma das criaturas é dividida por um golpe diagonal de Sprättuvejr e a outra tem seu torso aberto por um golpe descendente de Gudstryk. Com o machado ainda cravado na criatura, Sigulf dá um golpe violento para trás, arremessando a carcaça morta vários metros dali. Com Gudstryk liberado, O Jarl observa as criaturas desorientadas com a areia em seus olhos. Fincando sua espada na areia, Sigulf usa seu machado com ambas as mãos para desferir um golpe em forma de arco que decepa as três criaturas restantes simultaneamente. Pretendendo avançar para ir ao auxílio de seus companheiros, o Æsir se depara com o homem misterioso à sua frente.

- Você não os ajudará neste momento, Sigulf!!


***

Svanna percebe a situação ao seu redor rapidamente. Com um plano em mente, a Pequena Loba chuta a criatura à sua esquerda em seu rosto, fazendo com que essa caia para trás e role. Aproveitando o baque do movimento, Svanna utiliza o momento para dar força a seu golpe descendente, que crava o machado na cabeça da criatura à sua direita, rachando-o em dois. A garota grita para seu companheiro com a intenção de trocar de oponentes, já se deslocando para onde Yggdri se encontrava. Contudo, Svanna se esquece momentaneamente da primeira criatura que havia chutado. Aquelas criaturas eram pífias, porém ágeis. Enquanto a Pequena Loba gritava ao seu companheiro, a criatura remanescente saltou em suas costas, agarrando-lhe os cabelos com um braço e mordendo-lhe o ombro que, por sorte, estava protegido. Com o o outro braço, a criatura tenta desesperadamente perfurar o peito de Svanna utilizando suas garras improvisadas, sendo impedida apenas pelo braço da garota que tenta conter o golpe em meio à confusão.


***

Yggdri se encontrava em uma situação mais desvantajosa que os demais. Estava cercado. Com seu, sempre confiável, escudo em mãos, o Æsir pretendia uma investida contra a criatura que se encontrava à sua frente. Talvez fosse a ansiedade da situação ou talvez fosse a confiança naquele tipo de ataque, que havia dado tão certo no assalto ao templo, que levou Yggdri a tomar uma atitude tão impensada. O Æsir não lutava contra adultos cheios de proteção e armas pesadas, mas contra criaturas menores e extremamente ágeis. Era de se pensar, que recuaria em direção à fogueira para evitar o cerco, porém avançou, inserindo-se ainda mais nele. Yggdri ataca, com seu escudo à frente, atingindo a criatura. No momento do ataque, todoas as criaturas saltam. Embora sua investida seja eficaz contra a criatura à sua frente, empurrando-a alguns metros e a deixando atordoada na areia, seus flancos ficam extremamente expostos às criaturas que saltaram das laterais. Pendurando-se em seus ombros, as criaturas começam a mordê-lo. A da direita lhe morde o trapézio, embora sua armadura acolchoada evita uma ferida profunda. A da esquerda, no entanto, morde diretamente sua orelha, arrancando-a e deglutindo-a no ato.

O sangue desce pelo pescoço de Yggdri que perambula até a fogueira e pega um pedaço de lenha em brasa. Desorientado, o Æsir se debate, acertando, com seu escudo, a criatura que lhe arrancara uma parte do corpo e fazendo com que esta caísse na fogueira, queimando-se. Em meio a isso, ao balançar a tora de madeira incandescente freneticamente, Yggdri acerta acidentalmente a criatura que atordoara previamente e que agora estava prestes a atacá-lo. O golpe lhe arranca a mandíbula, assassinando-a instantaneamente. Yggdri, agora, teria de se livrar da criatura ainda pendurada em seu lado esquerdo e dar cabo da outra que já se recuperara da queda na fogueira e se irritava com as queimaduras adquiridas.


***

Ivor se encontrava cercado por cinco criaturas. Duas delas tomam o primeiro ímpeto de combate e o atacam, uma pela frente e outra pelas costas. O Sangue-de-Gigante percebe a investida simultânea e, girando seu imenso machado em um golpe poderoso, parte ambas as criaturas ao meio. As outras três criaturas, ao testemunhar o acontecido, se espalham mais e mantém uma posição ofensiva, esperando a reação do Æsir para atacar.


***

Ulrich se adianta ao ataque vindouro. Usando o resto de hidromel em sua posse, o Æsir distrai duas criaturas enquanto fatia uma terceira, ainda no ar, com um golpe de Charlotte. Ainda com a espada empunhada, Ulrich perfura a cabeça de uma das criaturas que sobrou e, retirando Charlotte rapidamente do crânio desta, corre até a fogueira. Em sua corrida, o Æsir sofre o baque vindo do salto da última criatura, que o atacara pelas costas. Desequilibrando-se, o beberrão cai na fogueira junto com a criatura, rolando para o outro lado. Por ter caído de costas, Ulrich se vê livre de queimaduras, as quais foram sofridas pela criatura que se pendurava no Æsir e acabou por servir de colchão para a queda. Após a rolagem, Ulrich começa a levantar e percebe que está sem sua espada - largada por sua mão na queda - e sem sua pele de urso que jazia, chamuscada, nas mãos da criatura à sua frente. Naquela posição desvantajosa, o Æsir precisa confrontar aquela criatura que se encontra muito irritada devido às queimaduras sofridas previamente.


***




Última edição por Etéreo em 13/05/13, 09:44 pm, editado 7 vez(es)
Paradoxo
Paradoxo

[EXPEDIÇÃO] O sal, o relâmpago e o fogo Empty Re: [EXPEDIÇÃO] O sal, o relâmpago e o fogo

10/05/13, 01:30 am
Após derrotar os inimigos, Sigulf deparou-se com o seu inimigo, aparentemente o homem que havia invocado aquelas criaturas ali. Seu primeiro instinto foi tentar mata-lo, agarrou as suas armas com força e fúria, mas não sentiu nenhuma hesitação ou medo vindo daquele adversário. A sua confiança, unida ao comentário que ele fizera anteriormente (tão raro, o momento em que você compartilha algo de seu coração ao invés das bravatas usuais). Uma série de perguntas invadiu a cabeça de Sigulf e o mesmo abandonou seu estado de fúria, mas manteve as armas em mãos. Era um guerreiro formidável mesmo fora daquele estado e usaria suas habilidades caso fosse preciso.

– Cada uma daquelas pessoas já me provou seu valor e se esse valor não for o suficiente agora, que as valquírias os levem para o Valhalla e que eles aguardem a minha chegada lá, pois levarei muitos inimigos antes que caia e cada inimigo derrubado será uma homenagem a eles. – Disse, observando o possível inimigo.

– Maldito seja você que nos ataca das sombras e tenta nos infligir grande sofrimento. Que Hel carregue você para seus braços e sua eternidade seja sofrida. Me diga quem é você, o que quer de mim e de onde me conhece, desgraçado.
Réptil
Réptil

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12/05/13, 03:50 pm
Levantando-se, Ulrich não tem muito tempo para pensar. A criatura exibia sua pele de urso como um troféu e o encarava com olhos secos e mortíferos. O guerreiro estava desarmado, não desprotegido.

Aprisionou um bocado de areia no punho esquerdo e com a mão da espada armou-se com uma lenha que crepitava e ardia na fogueira. A criatura tornara-se furiosa devido às queimaduras, e aquilo parecia ser seu ponto fraco. Com uma olhadela - sem tirar o foco de seu adversário -, Ulrich percebe que Charlotte se encontra mais perto de si, mas a velocidade da criatura compensava a distância que a separava da espada; dessa forma ela poderia sair vitoriosa em uma corrida até a arma. Sua nova espada de madeira e fogo teria que ser o suficiente para lhe dar vantagem até que pudesse retomar seu aço. Jogou a areia na direção dos olhos da criatura e avançou rugindo, preparado para matá-la nem que fosse com as mãos nuas.
Vulto
Vulto

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12/05/13, 09:41 pm
Com o sucesso sobre as duas criaturas que avançaram contra ele, Ivor retoma a posição de combate rapidamente, percebendo que as outras criaturas se espantaram com seu golpe, ele prepara um segundo ataque, semelhante ao primeiro: ele tentaria acertar as três criaturas remanescentes de uma só vez.
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