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30/04/13, 10:15 pm


[EXPEDIÇÃO] A Melancolia do Desconhecido.  Zviagem

A Névoa


[EXPEDIÇÃO] A Melancolia do Desconhecido.  Fog_tree

Música tema da narrativa.

Kha'arg seguia com sua tripulação em direção ao sul, em busca de terras inexploradas. A cada dia que seguia viagem, a paisagem ia ficando mais selvagem e deserta, de modo que deveria encontrar algo logo, ou então retornar, pois continuar seria um desperdício de recursos. Mas Kha'arg insistiu, algo em seu interior dizia que estava no caminho certo, mesmo que tudo apontasse para o contrário.

Sua resistência anã foi a teste no terceiro dia de viagem, quando o barco se afastou da última ponta de terra de Winterheim, e se jogou adentrando na vastidão do mar desconhecido de Valleyheim. Foi um dia difícil, pois uma tempestade os assolou no início daquela noite. Mas Sigurvegari se mostrou um guerreiro tão duro quanto os homens que o embarcavam, superando a tormenta com facilidade. No entanto, ao amanhecer, quando tudo parecia ter mudado, uma nova situação desanimadora cai sobre o grupo, a névoa.

A névoa parecia uma parede a frente do barco, uma enorme muralha cinza e espiralada. Para ambos os lados que a tripulação do barco olhavam, não parecia haver fim. A névoa desenrolou suas finas garras que percorreram os contornos do mar até encontrarem com a madeira do barco, e antes que seus tripulantes pudessem fazer algo, eles já estavam imersos no ambiente cinza e melancólico.

Algo que parecia impossível de se acontecer com uma tripulação de vikings ocorrera, o silêncio. O silêncio caiu sobre o barco como uma mortalha, a névoa abafava as emoções do grupo, ninguém tinha vontade de falar, ninguém tinha vontade de se expressar, não havia sentido para isso. Aliás, o que tinha sentido na vida? Se não ficar sentado em um banco de madeira, rodeado pelas brumas, a acompanhar o calmo balanço das águas derivando por toda a eternidade nesta imensidão solitária?

O calmo balanço das águas...
Calmo, muito calmo.
Não!
Não mais tão calmo!

Todos conseguiam ouvir Sigurvegari deslisando sobre a água abaixo. Além deste som, todos conseguiam ouvir também um outro barulho bem conhecido, mas que a névoa parecia ter apagado de suas memórias. O som, no entanto, foi lembrado depois de tanto ouvi-lo, por uma hora, talvez duas, quem sabe? Era o som de galhos secos raspando uns aos outros e rangendo como velhas dobradiças sem óleo, era o som de uma floresta seca, o som da terra!

Todos despertaram do nebuloso transe de pensamentos monótonos, acordando para a realidade. Tudo parecia ter sido um sonho, parecia que eles ficaram meses dormindo de olhos abertos, encarando a névoa por uma eternidade que finalmente acabara.

Ainda estavam todos muito confusos, mas aos poucos, iam assimilando as coisas ao seu redor. Logo perceberam que não estavam mais em mar aberto, estavam em um canal, um rio que adentrava terra a dentro. Não era estreito, mas também não sabiam precisar a largura, pois a névoa, ainda que em menor intensidade, ainda cobriam e enebriava a visão das bordas do rio. Mas entre os véus cinzas das brumas era possível ver grandes galhos secos que se esticavam como garrar de um dragão morto contra o céu. A floresta exista de ambos os lados do rio que parecia não ter fim.

Sob este estado de semi-embriaguez, o grupo deve agir rápido e tomar uma decisão. Kha'arg deve combater a leveza e sonolência de sua mente para descobrir o que fazer, aquela névoa não era normal, e parecia seguir rio a baixo. É neste instante também que todos sentem fome e cansaço, não sabem quanto tempo derivaram no mar, mas sabem que estão cansados, e devem agir, antes que voltem ao estado de torpor.

Etéreo
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[EXPEDIÇÃO] A Melancolia do Desconhecido.  Empty Re: [EXPEDIÇÃO] A Melancolia do Desconhecido.

02/05/13, 12:48 am
Toda aquela situação atinge Kha'arg de supetão. Ele compreende o cenário que sua tripulação se encontrava e sabe que precisava tomar uma decisão rápida. Aquela névoa lhe passava um sentimento estranho. O anão era capaz de ver os galhos que saltavam das brumas nas laterais do rio e não percebia qualquer sinal de dissipação no curso a frente. Não havia muita escolha ali. Era muito arriscado continuar descendo o leito e ser atingido novamente pela sensação de torpor e quietude, o resultado poderia ser trágico. Voltar atrás também estava fora de cogitação, remar contra um rio que já segue seu curso e enfrentar a mesma névoa da qual saíram era estupidez. Restava-lhe a opção menos perigosa.

O anão retira uma adaga do conjunto que trouxera, e faz um corte no antebraço e joga a faca para Galdur. O Jarl grita para sua tripulação:

- Todos repitam o mesmo gesto! Essa névoa, ou alguma outra coisa nesta terra, está nos deixando dormentes. A dor e o incômodo reduzirão essa ação em vocês!

Inwë, Mordran, Kneif! Tomem os remos do lado esquerdo do barco e nos levem lentamente em direção à borda direita! Fiquem atentos ao meu comando e principalmente atentos à borda! Não sabemos o que pode haver lá!

Galdur, Älskade, Ólafur! Peguem escudos e formem uma parede junto comigo no lado direito do casco! Æsires serão os escudos do meio, anões serão os escudos das bordas!

Vissla! Reno! Peguem bestas e se posicionem atrás da parede de escudos! Fiquem atentos a qualquer coisa que apareça na beirada do rio! Prestem atenção nos galhos das árvores também, algo pode saltar de lá! Atirem somente se formos atacados ou se forem comandados por mim!

Enfim chegamos a um pedaço de Valleyheim e a própria natureza do lugar nos ataca! Não esperem hospitalidade! Fiquem atentos, não se deixem levar! Eu sei que todos estão cansados e famintos, mas essa é a hora de provar aos deuses quem somos!

O anão respira fundo por um momento.

Reno! Neste momento, uma boa canção de chegada para inflamar o espírito seria bem oportuna!


Kha'arg se mantem atrás de Heimarvörður, com os olhos atentos enquanto o barco é levado para a margem direita do rio. O Jarl espera que sua Mótasýn o ajude a achar um lugar para aportar em meio àquela floresta.




Última edição por Etéreo em 13/05/13, 02:54 pm, editado 2 vez(es)
Velox
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02/05/13, 03:38 pm
A viagem se tornava cada vez mais cansativa, aquela paisagem enfadonha tirava Galdur de seus nervos naturais, suas pernas tremiam de frio, seu nariz rosado parecia ter congelado juntamente com seus braços, cruzados enquanto se escorava no mastro da vela exatamente no meio do baro, onde estava o mais longe possível da água. As suas meditações pairavam uma mistura de medo agonia da insipidez dos últimos dias à bordo do Sigurvegari, a única coisa que lhe fazia acreditar que sairia daquela nebulosa situação era a vontade de aventurar-se em terra firme, pois não era nada satisfatório para ele, uma anão que não sabe nadar, ficar tantos dias em uma embarcação envolvida de água. Quando, de repente, sua pausa foi interrompida pelo barulho nos cascos do barco.

- O que pode ser isto, monstros arranhando o casco? - o anão se pergunta enquanto os outros tripulantes começavam a se mexer, imaginando de onde vinha o barulho.

Kha'arg toma a iniciativa para derrotar a sonolência venenosa e ao usar a adaga ele a joga para Galdur pedindo para que fizesse o mesmo, assim, tendo feito ele repassa para Älskade que faz a mesma coisa com o próximo.

Galdur escuta as ordens do Jarl anão e corre para pegar o escudo e também um machado médio que ele coloca na bainha do cinto, depois ele corre para a formação da parede esperando para atacar a qualquer surpresa que aparecesse no inóspito logadouro.

nota:
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02/05/13, 03:54 pm
A viagem finalmente começara. Tudo parecia bem e as histórias sobre a vida de cada foram contadas, regadas a muito vinho e comida. O primeiro dia acaba com todos satisfeitos e animados com o início de suas jornadas.

O segundo dia já se tornara monótono e nada de interessante acontecera. Para passar o tempo Älskade até ariscou uma pesca, que por sinal fora muito mal sucedida. Era como se aos poucos as águas que os cercavam estivessem mudando o estado de espírito da tripulação.

O terceiro dia fora o mais difícil, visto que a terra que ainda era observada não revelava ter qualquer traço de vilarejo próximo. E com os suprimentos acabando a preocupação começou a tomar conta da tripulação.

Não sei o que esse anão tem na cabeça. Estamos cada vez mais longe de terra firme. O suprimentos não vão durar muito tempo. - reclama Älskade em seus pensamentos.

Mais uma noite chega. Todos que são liberados se dirigem ao dormitório da embarcação. Anoite passa e a medida que Älskade acorda e sai para o convés, ele é cercado pelas garras da névoa que encobre a embarcação.

O guerreiro dá alguns passos para frente tentado enxergar algo no horizonte, mas só há névoa em todas as direções. Sua respiração aos poucos começa a enfraquecer, seu espírito entra em um estado de desânimo e lembranças ruins vem a sua memória. O dia em que foi vendido, as batalhas que travou, o saber da morte de sua família, como que uma enxurrada de sentimentos negativos o paralisam em pé diante da névoa.

O que desperta Älskade de seu transe melancólico são os berros de um companheiro, entregando-lhe uma adaga e o orientando a se infringir um ferimento e repassando as ordens de Kha'arg.

Depois de riscar a faca em seu braço esquerdo, o calor da dor aquece seu coração mais uma vez o despertando das sonolência. Ele ouve o grito de Kha'arg mais uma vez:

...Älskade... Peguem escudos e formem uma parede junto comigo no lado direito do casco! Æsires serão os escudos do meio, anões serão os escudos das bordas!

Depois de passar a adaga para Vissla, ele corre ao depósito e pega um dos escudos que trouxeram para a expedição. Preparado para a formação, aguarda ordens de Kha'arg e o posicionamento dos outros na formação.
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04/05/13, 07:24 pm
A calmaria havia enfim, acabado. Os gritos de ordem de Kha'arg acordam Vissla que se espanta com toda a movimentação no barco.

Ainda sonolento ele ouve as ordens. Ele vê Alskade lhe estendendo uma adaga. Contrariado, faz um leve corte no braço, de uma maneira que não o atrapalhasse no arremesso de suas adagas e também na jogatina.

Na corrida em direção a parede de escudos formada, Vissla apanha uma das bestas a disposição da tripulação, assim como um emaranhado grande de flechas.

- Que Loki me jogue bons dados hoje.

Ele sussurra pra si mesmo atrás da parede de escudos.

Onda
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06/05/13, 04:02 pm
Três dias no mar se passaram, a paisagem era desértica e após uma tempestade -que foi transpassada com facilidade- a calmaria se fez presente. O silêncio reinou, uma espessa névoa surgiu e com ela veio a melancolia.

Ao ouvir os comandos do Kha'arg, Reno começou a despertar do seu transe. Após a adaga passar por todos e chegar em sua mão ele faz um pequeno corte lateral no antebraço para se manter alerta.

O álfar pegou uma besta e uma aljava, e se posicionou como pedido pelo Jarl. Assim que se posicionou, o Khar'arg lhe inferiu que uma canção seria favorável. Obedecendo ao anão o jovem trovador começou a cantar, cadenciando o ritmo com os pés:

– Nos reinos de Njord e Aegir só a eles devemos satisfação/ Novas terras iremos desbravar/ Sempre além mar/ Não importa se somos Álfar, Aesir ou Anão/ Somos todos irmãos/ Tudo iremos conquistar/ Com nossas mãos/ Sempre além mar...


Nota:
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10/05/13, 10:09 pm


[EXPEDIÇÃO] A Melancolia do Desconhecido.  The_village_by_merl1ncz

Musica Tema


A Vila


Sigurvegari balançava levemente em sincronia desordenada com a água, devido aos remos de Inwë, Mordran, Kneif, que levavam o barco até as margens do rio.

Rapidamente, Kha’arg, Galdur, Älskade e Ólafur se prostraram ao lado direito do barco, fazendo uma parede de escudos que os protegesse de possíveis ataques vindos da floresta. De trás da barreira, Vissla e Reno jazem plantados com as bestas apontadas para a floresta, prontos para atirar a qualquer coisa que surgisse. Reno, além de manter pontaria, se poe a cantar, sempre ditando o ritmo com o pé.

– Nos reinos de Njord e Aegir só a eles devemos satisfação/ Novas terras iremos desbravar/ Sempre além mar/ Não importa se somos Álfar, Aesir ou Anão/ Somos todos irmãos/ Tudo iremos conquistar/ Com nossas mãos/ Sempre além mar...

A canção pareceu, a princípio, abrandar o medo nos corações dos tripulantes, no entanto, a medida que o barco ia se aproximando, e finalmente batia a borda contra as margens do rio, ela de nada parecia ajudar. A floresta de árvores mortas parecia emanar uma energia negativa que parecia se impregnar na pele de cada um daqueles guerreiros. Reno logo desistira de continuar a música.

Quando o barco finalmente chegara a margem, todos que estavam na parede de escudos saltaram, Reno e Vissla, descem logo após, ajoelhando-se cada um em uma extremidade da parede de escudos, utilizando os anões como barreira para mirar e fazer a proteção do grupo.

Kneif, Inwë e Mordran descem por último, e então, em uma ordem ríspida de Kha’arg, a parede de escudo se desfaz e todos correm para trás, para puxar o barco para fora d'água. Todos tiveram de fazer um certo esforço para tal tarefa, devido estarem com o corpo cansado, e pesado de equipamentos, e a embarcação estar carregada.

Após retirarem o barco de dentro do rio, eles o levaram até um amontoado de galhos secos próximos a uma grande pedra, e da melhor forma possível, cobriram o barco, disfarçando-o naquele cenário de desolação.

Então, enquanto tomavam fôlego, Vissla, que não havia participado da empreitada de puxar o barco para a terra, nota uma pequena trilha, que seguia tortuosamente em direção ao fundo da floresta de árvores secas. Assim que o grupo se recompôs, Vissla noticiara Kha’arg da trilha.

O cenário em volta parecia desolador, se aproximava do fim da tarde, a névoa cobria o rio como um manto misterioso, e a mesma começa a deslisar para as margens. A trilha, no entanto, permanecia clara, e ao notar com mais atenção, todos viram que diferente do restante do chão da floresta, o solo da trilha era um caminho limpo, como se muito usado.

Sendo o único caminho, todos começam a segui-lo sem muita discussão, e após aproximadamente 40 minutos de caminhada, vem a surpresa. A trilha terminava na entrada do que parecia ser uma vila. Na verdade, uma enorme clareira, com aproximadamente 8 casas velhas de madeiras espalhadas entre si. Todas eram dispostas de modo seguir o contorno da clareira, fazendo com que o centro da vila permanecesse vazio, a não ser por uma única casa, maior que as demais, de 2 andares, com a madeira acinzentada como as outras, e janelas de vidros sujos, cobertos por cortinas. Da chaminé da antiga casa, que parecia lutar para ficar em pé, uma fumaça espirala em direção ao céu, espalhando pela clareira, um odor convidativo de carne assada.

Um vento frio sopra da trilha, esticando os cabelos, barbas, capas e pontas de roupa dos membros da companhia de Kha’arg. O espírito artístico de Reno parecia mais entristecido do que nos últimos dias, e a casa o deu uma possível ideia de salvação. Ela era convidativa ao coração de todos, um refúgio quente, com uma boa refeição, parecia chamar todos aqueles homens endurecidos e açoitados pelo frio, fome e neblina.

Todos remoem-se internamente, tentando decidir o que fazer.

Nota:


Etéreo
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11/05/13, 02:41 am
OFF:


O barco segue à beirada do rio sem nenhum perigo aparente. Os tripulantes desembarcam e, com certo esforço, puxam o barco para fora d'água. Depois de disfarçar Sigurvegari com galhos de árvore e folhagens, os membros da tripulação tomam fôlego, momentaneamente. Nesta hora, Vissla aponta para a recém descoberta trilha.

Sem muitas opções, a tripulação segue a trilha, chegando a uma pequena vila. As casas eram dispostas circularmente, delimitando uma clareira. Bem no centro havia uma casa de dois andares, da qual um odor extremamente agradável emanava: O cheiro de comida fresca. Kha'arg observa toda aquela estrutura com sua Mótasýn.

- Prestem atenção no que vou dizer agora! Tudo isso está muito estranho! Sei que estamos todos cansados e famintos, mas peço que tomem um minuto para pensar. Desde que chegamos nestes arredores, temos sido atacados pelo lugar em si. A névoa, as árvores, tudo a nossa volta drena nossa vontade, nosso ímpeto. Nossas almas estão sendo limadas pouco a pouco nesta terra maldita. De repente, uma vila nos é oferecida. Bem ao centro, uma casa maior que as outras, convidativa e exalando cheiro de comida fresca. Tudo fácil demais, muito ao nosso alcance.

Reparem que se adentrarmos aquela casa, estaremos no meio exato da vila, envoltos por todas as outras casas e possibilitando facilmente um cerco. Nada me tira da cabeça que essa disposição tem todas as características de um altar, onde nós podemos ser os tributos.

Se isso não lhes soa estranho, reparem bem nesta vila. Não há um sinal de vida, nenhum barulho, nenhuma pessoa, nada. Isso tudo está muito fora de lugar para mim, mas sempre sou conhecido como um anão que pensa demais. Este é meu papel afinal. Por isso gostaria de saber o que pensam sobre isso, o que estão sentindo neste momento. Eu lhes diria para investigarmos as casas das beiradas muito cautelosamente, mas antes quero a opinião de vocês...




Última edição por Etéreo em 13/05/13, 02:54 pm, editado 8 vez(es)
Gama
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[EXPEDIÇÃO] A Melancolia do Desconhecido.  Empty Re: [EXPEDIÇÃO] A Melancolia do Desconhecido.

11/05/13, 02:59 pm
Finalmente haviam retornado a terra.... Mas a situação não melhora nenhum pouco, na verdade, tudo indicava, que coisas piores ainda estavam por vir.

Depois de atracar o barco a margem, Älskade larga seu escudo, e junto aos que ainda tinham algum resquício de força, puxaram o barco, até um lugar em que puderam o esconder com galhos secos e folhas. Depois,Vissla, que não ajudou, mas deu uma olhada pelo local, comunicou a todos a existência de uma trilha até uma pequena vila de choupanas.

Depois de se recuperar um pouco, Älskade apanha o escudo mais uma vez e se dirige com os demais em direção a trilha e por fim a vila. Logo que chegam Kha'arg declara achar que o local nada mais é do que uma perfeita emboscada para guerreiros incautos, cançados e fracos, em resultado do clima local.

Desde que me reuni a vocês, toda a minha experiência de batalha tem se provado fútil, por que eu sempre soube o que eu estava enfrentando. Era sempre contra guerreiros militares, treinados na guerra, para a guerra, assim com eu.

Mas dessa vez as coisas são diferentes, este lugar...
- diz Älskade, depois de bater com a espada no escudo e olhar a sua volta. - eu sinto a morte aqui. Mas estou preparado para o que tivermos que enfrentar.

Talvez o que poderíamos fazer, era nos dividir em grupos balanceados. Cada grupo começaria por uma extremidade da clareira e nos encontraríamos na casa do centro. Assim se algo der errado para qual quer um dos grupos o outro poderia vir em seu auxilio.

Mas você é nosso "Líder", a escolha é sua...
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12/05/13, 03:50 pm
Vissla se poe ao lado de Kha'arg e fala enquanto observa o local em todas as direções.

- Somos um grupo menor que a confraria de Tyr, em meio a um local que nem os corvos de Odin vigiariam, nos separar não é uma boa ideia. Nos dividir só vai nos tornar mais fracos frente a uma possível armadilha, e não vai nos garantir nada a mais do que alguns minutos.

- Sugiro permanecemos em grupo e em formação, nem tão longe quanto uma lança para podermos nos defender a retaguarda de um aliado e nem tão perto a ponto de acertá-lo em combate, os mais fortes em combate corporal vão a frente e a retaguarda, mantendo quem possa atacar a distância no centro do grupo, quantos mais olhos e lâminas juntos melhor.

- Também sugiro olharmos as casas menores, uma a uma, para só depois, seguirmos a casa principal.
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12/05/13, 04:46 pm
Finalmente o barco aportou, o medo de águas profundas havia sido tomado por o medo do incomum, mas Galdur demonstrava uma repentina calma, por mais que estivesse inquieto diante dos mistérios locais o fato de estar em terra firme lhe era de mais valia e lhe dava muito mais coragem do que situação lhe fornecia. Ajudou aos outros no puxar do barco e os segui até a vila, parados no local ele esperou o Jarl anão tomar a frente, pois sabia que ele era um anão mais cauteloso do que os demais de sua raça, e cautela era essencial naquela situação. Depois escutou os pronunciamentos de Alskade e Vissla, a priori tinha achado a idéia de se separarem interessante, porém, a ressalva de Vissla lhe fez pensar melhor.

- Acho válido mantermo-nos unidos, mas temo que averiguar casa por casa nos tome um tempo não detemos, ademais, também não sabemos o que vamos encontrar por estas casas... – virou-se estendendo a mão com o machado em punhos para as casas em um movimento circular, para que abarcasse toda a parcela local, e continuou -... que estão mais soturnas que o velho palacete que temos a nossa frente.

- Deveríamos acampar em vigília aqui mesmo, ao centro. E pela manha, com a claridade a nosso favor, poderíamos melhor saber o que se tem nesta vila assombrosa, se há mal por aqui, mais cedo ou mais tarde ele nos encontrará, e prefiro que seja mais tarde, que assim estejamos melhor preparados. Que os deuses nos guiem nesta jornada ao desconhecido.
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13/05/13, 04:16 pm
Após atracarem o barco e a tripulação descer até a margem, todos seguiram uma trilha(encontrada por Vissla). Ao fim da trilha encontraram uma pequena vila, com 8 casas dispostas em círculo e um casarão ao meio. A clareira era inóspita, exceto pelo casarão que parecia exalar vida e esperança em meio à tamanha melancolia e tristeza.

Todos se pronunciaram sobre o que deveriam fazer, mas Reno pouco se importou. Toda sua atenção estava no tal casarão e na salvação que aquilo apresentava. Quando todos terminaram de falar e voltaram-se para o jovem trovador, esperando sua posição, ele acordou do seu transe e disse:

– Nunca fui um homem endurecido por guerras e batalhas como vocês. Sim, já enfrentei atribulações em minha vida, mas na maioria das vezes minha música ou minha lábia me rendia uma cama, e talvez até uma mulher, em uma noite fria. -Reno respira profundamente e continua a falar:
– Toda essa tristeza e melancolia me abalou como nunca, mas tento me manter firme. Porém agora esse casarão nos aparece, completamente convidativo, tentando nos corromper. Meu espírito pede que entremos nesta casa. Peço que, claro sem abandonar a cautela, nos aproximemos dela e que busquemos refúgio.

Após o pequeno desabafo o álfar se volta para seus pensamentos e adota uma postura introspectiva.
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13/05/13, 05:38 pm
Vissla ouve as propostas dos demais companheiros de expedição, se vira novamente a Kha'arg:

- Não acho prudente montar acampamento aqui, montar vigília até o amanhecer vai deixar os acordados cansados e os que dormirem, desatentos ao acordarem, SE acordarem... e SE amanhecer...

- Não sabemos o que há nessas florestas , não sei quantos de nós sobreviríamos a uma viagem de volta com o barco...

- Sugiro novamente que vasculhemos as casas menores primeiro. Batemos as portas antes de entrar, não acredito que quem possa morar aqui, irá gostar de ladrões invadindo suas casas.

- Se for realmente uma armadilha, é melhor estarmos de frente pra ela e com os olhos bem abertos, não vejo outro caminho o qual possamos seguir.
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13/05/13, 07:53 pm
Kha'arg ouve atentamente os apelos e opiniões de seus companheiros. Tomando uns instantes para pensar, o Jarl coça a barba e franze o cenho. De posse da decisão em sua mente, o anão torna ao grupo:

- Oito casas circundando a clareira e uma no centro. Total de nove casas. Exatamente nove. Odeio nove nestas situações. Bem! Por mais que cada pêlo da minha barba esteja gritando que isso é uma cilada, nós não temos muita escolha aqui. É a primeira estrutura que vemos em dias e não estamos em condições de recusar o que ela oferece. Contudo, se vamos fazer isso, será da forma mais segura. Não nos dividiremos, esse é o primeiro passo para nos enfraquecer. Juntos sempre somos mais fortes e respondemos melhor ao que mandarem contra nós. Não podemos acampar aqui fora. Nossos corpos já estão muito cansados e forçar alguém à vigília pode resultar em nenhuma vigília de verdade. Acima de tudo, não iremos àquela casa central antes de checarmos tudo em volta. Reno, você tem que ser firme aqui. No minuto em que deixar suas sensações sobrepujarem sua mente você estará morto neste lugar. Portanto, concordo com Vissla no fim. Vasculharemos cada uma das casas periféricas antes de adentrar a casa central. Vamos nos manter em formação, escudos e armas nas bordas e Vissla e Reno no centro, para ataques a distância. Quero olhos em todos os lados, e quanto a vocês dois - Kha'arg aponta para Vissla e Reno - Sei que são bons arremessadores e acredito que somente as adagas já serão suficientes aqui, porém peço que levem as bestas em suas costas por precaução. Iremos até a primeira casa e bateremos na porta, também anunciando nosso grupo. Caso não haja resposta, adentraremos.

Kha'arg pega Vopnfaðir e Heimarvörður, se preparando para a formação.
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13/05/13, 09:55 pm


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O Senhor dos Bigodes Penteados


O grupo discute as mais variadas ideias, e após o movimento dialético dos planos, Kha-arg os sintetiza em uma solução. Deveriam, então, seguir uma formação pré-estabelecida onde os homens maiores guardariam os flancos com os escudos, e Reno e Vissla permaneceriam mais centralizados mais atrás da proteção, de modo a acertarem a média-distância possíveis alvos que viessem a surgir nos próximos minutos.

A tensão sobrepujara a passividade neste momento, cada nervo de cada corpo presente naquele grupo de aventureiros parecia um pequeno coração, palpitando a medida em que os seguidos passos os levavam para mais próximo da primeira casa a ser investigada, a direita do grupo.

Eles seguem em ritmo lento, mais vagaroso que o caminhar, avançando centímetro a centímetro sobre a areia mofada daquela vila nebulosa. Enquanto se aproximavam da casa, podiam notar em sua estrutura a fragilidade que a compunha. As grandes tábuas de madeira acinzentadas pareciam estalar com o simples relar do vento, vento este, que não existia no momento, mas não deixava de atiçar a imaginação de todos ali presentes. A névoa que espiralava por entre as folhas circundando a clareira parecia parar ali, como um muro, uma barreira mística esbranquiçada que aparentava trancar a todos dentro da pequena e mórbida vila.

Quando finalmente chegaram a frente da primeira porta, o que não demorou tanto assim, mas devido ao clima tumular que ali jazia, pareceu uma eternidade. Kha'arg avança sobre o frágil tablado de frente da casa, e ergue o punho em direção a porta, batendo três vezes para então aguardar angustiado uma resposta que nunca chegou. Vendo que ninguém responderia, ele mesmo escorara o ombro contra a madeira, e sem muito esforço, as dobradiças da porta rangeram e foram arrancadas da batente, revelando o interior da velha casa. Era o que uma sala, vazia, a não ser por uma velha mesa de centro com uma das pernas quebradas e teia de aranha cobrindo-a como uma toalha.

Os homens seguiram juntos pela casa, que tinha apenas mais um quarto contando com a sala inicial. Nada, vazia e silenciosa, como todo o resto desde que do barco desceram. O silêncio ali era tamanho que chegava a doer fundo na alma. O som de seus próprios corações palpitando já se tornava uma espécie de tortura, angustiando todos a cada instante.

A investigação das demais casas se sucedera de forma parecida com a primeira, todas vazias, todas quietas, todas mortas como o cenário que as compunha. Quando por fim, chegara a última das casas, a do meio, com a chaminé pela qual a fragrância aromática de assados hipnotizava e criava imagens de variadas carnes nas mentes a muito cansadas de todos ali. E sem ter mais o que fazer, ou para onde ir, o grupo subiu as escadarias de madeira que levavam ao pavimento da porta de entrada, e sem bater, abriram a porta, dando para o que parecia uma taverna.

O local estava bem cheio, o que explicava a ausência de demais pessoas no restante da vila. Tinham mais de 20 mesas redondas dispostas pela taverna, e o ar estava ainda tão carregado do cheiro de carne que o que sentiram no lado exterior agora parecia o de restos de um jantar simplório.

De todos ali presentes, ninguém sequer olhara uma só vez para o grupo, nem mesmo uma piscadela, a não ser por um Æsir baixinho e barrigudo, de bigodes compridos e penteados com uma espécie de óleo que dava um brilho curioso a seus fios castanhos. O homem roliço era careca, e correu apressado na direção dos membros da campainha.

- Ora ora! Mas que surpresa agradável! Temos visitas! Visitas! A muito tempo não vejo um rosto diferente por estas bandas, venham, venham, sentem-se que trarei-lhes o jantar! - E o senhor, a pequenos pulinhos de entusiasmo, os guiava até uma mesa maior, também redonda com as demais, e já puxava cadeiras sobressalentes para que todos coubessem ali sentados. Sem responder quaisquer perguntas, ou mesmo indagar coisa alguma, o senhor saiu, tamborilando os dedos gorduchos na barriga enquanto cantava uma singular musiquinha no fim da garganta. Com as bochechas redondas rosadas de alegria, eele some por uma porta de trás do balcão, deixando todos ali sem saber o que pensar ou fazer, olhando uns para a cara dos outros.

Etéreo
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15/05/13, 11:22 am
Kha'arg se surpreende ao descobrir que a casa central parecia ser uma espécie de taverna. No minuto em que entram, os tripulantes são recebidos por um Æsir baixinho e barrigudo. O anfitrião solicita que todos se sentem enquanto vai buscar a comida. Kha'arg se mantém ressabiado, dado à forma como tudo percorrera até ali. O Jarl se vira para Vissla e cochicha:

- Vissla, sei que você é bom em se esgueirar sem ser percebido. Veja se encontra uma maneira de descobrir o que há por trás daquela porta em que o bigodudo entrou.

Kha'arg se volta para o resto de sua tripulação, sorri e, em um tom alto o suficiente para ser ouvido por todos da taverna, diz:

- Vamos socializar!! - O anão imediatamente baixa o tom de voz para que somente sua tripulação ouça a próxima frase - Permanecam atentos, não baixem a guarda.

Kha'arg se aproxima de uma das mesas, ainda com Vopnfaðir e Heimarvörður em mãos. Atento a qualquer imprevisto, o Jarl diz:

- Boa noite, senhores! Meus cumprimentos, me chamo Midan Dökvergar! - O anão evitava se nomear Kha'arg devido ao que as lendas de sua família contavam - Viemos de viagem longa, poderiam nos dizer o nome desta terra para que possa constar em nossos registros?
Velox
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15/05/13, 03:13 pm
Galdur não se sentira nada bem naquele lugar, ainda insistia para si mesmo que não era uma boa ideia vasculhar aquelas casa, porém, estava sob ordens e devia respeitá-las. Quando enfim chegou ao casarão do meio o medo lhe subiu a espinha, não sabia ele se suas pequenas pernas conseguiriam entrar na casa, e quando se abriram as portas “voilá”, um ambiente bem hospitaleiro, pelo menos na aparência, recebia os convidados a braços abertos, um sujeito peculiar apareceu para fazer as honras do que parecia ser uma taverna.

“Uma taverna no meio do nada, nada disso faz sentido, e esse robusto ser, educado demais para essas bandas do mundo, minhas orelhas coçam isto não é um bom sinal!” – Pensava o anão enquanto a comitiva se ajeitava em uma mesa e começava um sussurro do que se devia fazer.

Kha’arg dá instruções à Vissla e ao restante da tripulação, e se levanta cumprimentar as outras mesas, quando Galdur segura em seu braço e sussurra para o Jarl anão.

- Vissla pode morrer, e como ele todos nós também, ele é habilidoso, mas não conhecemos estes homens aqui, acho bom alguém ficar comigo aqui na mesa simularemos um dialogo enquanto os outros procuram sociabilizar-se e distrair as outras mesas, assim ficarei eu e o outro de sentinela para resguardar Vissla, e se o Jarl nos der a ordem entraremos em ação de combate.
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15/05/13, 04:41 pm
Casa após casa, uma mistura de alívio e preocupação rodava o coração de Vissla, até chegarem a casa principal. A surpresa, pelo menos essa vez, foi algo bom.

- "Não é possível..."

Pensou Vissla.

- "As demais casas parecem abandonadas a muito tempo, como pode este lugar estar tão cheio? Tanta gente... será que temos apostas altas por aqui?"

Vissla se assusta com o próprio pensamento e retorna o foco ao serem recebidos pelo pequeno senhor.

- Vissla, sei que você é bom em se esgueirar sem ser percebido. Veja se encontra uma maneira de descobrir o que há por trás daquela porta em que o bigodudo entrou.

O jovem apenas acena com a cabeça, e caminha pelo salão sempre observando se alguém o vê ou o segue seus passos. Ele prepara duas adagas uma em cada manga da veste. Caminha em direção a porta e tentará abri-la o mínimo possível para ver o que há por trás dela.
Gama
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16/05/13, 09:41 am
A caminha até a casa central fora bastante aflitiva. A cada passo, uma ansiedade diferente afligia os guerreiros com Kha'arg. Älskade, embora se fizesse firme e inabalável, em seus pensamentos era atormentado pelo cenário sinistro e por memórias a muito reprimidas, histórias assustadoras de lugares semelhantes ao que estavam pisando agora.

Depois de revisarem, casa-a-casa, os valentes guerreiros se dirigiram a casa principal. A tensão era grande. Medo e excitação, aqueceram o coração de Älskade. A porta é finalmente aberta, ele firma a mão em sua espada e escudo, aguardando o que viria dali.... um instante de silêncio paira no ar.... um a um os viajantes adentram o local, admirados com o ambiente tão diferente e acolhedor.

Depois de serem recepcionados por um baixo Aesir, todos tomam um lugar a mesa, que lhes é oferecida. Cada um dos guerreiros ainda se mantem desconfiados, com a atitude do recepcionista e a constante quietude do resto das pessoas presentes.

Kha'arg da a ordem... Vamos Socializar! - e em baixo tom, orientações de como deveriam proceder.

Galdur, o outro anão se oferece para permanecer na mesa para dar suporte a defesa, de Vissla, como também dos que se levantam para socializar com as pessoas. Älskade por ser, ao seu ver, rápido na corrida e em desembainhar a espada, e por esta sentado exatamente de frente para Galdur, o que pode proporcionar que cada um cuide das costas do outro, responde...

Não se acostume Anão, - faz uma pausa olhando para Galdur - mas dessa vez eu concordo com você. Vou ficar na mesa com você, e responder qualquer ataque ou investida contra a vida de qualquer um de vocês. - diz olhando agora para o rosto de cada um na mesa.

Onda
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17/05/13, 01:41 pm
Após um curto tempo(porém longo para aquelas almas aflitas) vasculhando as casas menores, sem nunca abandonar a formação, só encontraram casas vazias, silenciosas, "mortas". Até que finalmente chegaram ao casarão. Todos estavam ansiosos até que recebem uma surpresa. O casarão nada mais era do que uma taverna lotada, o que contrastava e até explicava o motivo do vilarejo estar vazio.

Assim que o grupo entra na taverna é recepcionado por um aesir baixinho e roliço, que entusiasmado prepara uma mesa para todos e depois some por uma porta, atrás do balcão, dizendo ir buscar o jantar.

Obedecendo o comando do Kha'arg, Reno procura algum espaço(uma espécie de palco ou tablado), comum às tavernas, para se apresentar. Deixa suas adagas preparadas para serem utilizadas o mais rápido possível, se necessário. Segura sua flauta e espera que alguém responda a pergunta feita pelo nobre anão. Depois disso ele pretende se apresentar e tocar algumas músicas e contar algumas histórias, tentando distrair o público da taverna, deixando o caminho livre para seus companheiros agirem, em especial Vissla.

Apresentação:
Perfil Genérico
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22/05/13, 08:39 pm



As Sombras Atacam!

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Alegria e fraternidade, eram os sentimentos mais marcantes naquelas pessoas. Todas amontoadas em suas mesas, comendo, rindo, bebendo e contando histórias. Uma euforia desorganizada em meio a uma fina camada de fumaça, vinda de dois lugares distintos, do fogo crepitante da lareira, e da porta por trás do balcão, que levava a cozinha. Cozinha esta onde minutos antes, um Æsir baixinho e gorducho tinha adentrado, com seus dedos roliços e inchados tamborilando alegremente sobre a pança.

No entanto, uma sombra esguia e veloz perseguia o sujeito simpático, e este de nada desconfiava, ou pelo menos assim parecera ao seu perseguidor, Vissla, que desempenhava a função com relativa facilidade. Era muito estranho, pensava ele, pois por mais lotado que estava a taverna, ninguém parecia olhar para ele.

Todos os membros da tripulação perceberam a total falta de interesse dos demais ocupantes da taverna para com eles. Era como se não estivessem ali, o povo conversava e comia compulsivamente, desdenhado por completo aquele estranho grupo de homens que agora estavam sentados em meio a todos.

De todos no grupo, um deles sentira o desinteresse de modo especial. O Álfar Reno Ælfwine, acostumado a ser aplaudido em qualquer taverna que se metia a cantar, era duramente ignorado por todos, a não ser seus próprios companheiros, que pareciam ser os únicos a ouvirem seus assopros ritmados na velha flauta do bardo.

Älskade e Galdur mostram uma preocupação em especial, e o primeiro, senta-se de modo a ficar de costas para o anão, para assim proteger a retaguarda do parceiro, e ter a sua igualmente guardada, evitando ser atacado por trás.

Kha’arg se apresenta como Midan Dökvergar, e indaga àquelas pessoas estranhas sobre o nome do local onde estavam, mas sua pergunta também é ignorada, assim como qualquer outra tentativa de socialização por meio dos outros membros do grupo.

Vissla agora estava escondido dentro de um armário velho na cozinha, e conseguia observar tudo devido a um entalhe cruzado na madeira do armário, como uma espécie de "janelinha de confessionário", com os vãos um pouco mais abertos. Ele contara 5 cozinheiros e o sujeito gordo. Este, enfiava diversos ingredientes em rápida velocidade em um caldeirão que estava no fogo, onde o conteúdo borbulhava e exalava um cheiro doce na cozinha. De dentro do armário, Vissla vê o alimento ficar pronto. O baixinho segura a panela pelas alças, e vai, com a sopa ainda borbulhando, para fora da cozinha. O ladrão, ainda permanece escondido no armário, esperando que todos os cozinheiros fiquem de costas para que ele saia sem ser percebido, quando ouve uma gritaria no salão principal.

Kha’arg e seus homens aguardavam impacientes, sem entender o porque de serem ignorados, quando o Æsir barrigudo sai da cozinha segurando uma enorme panela. Ele a poe sobre a mesa, e diz em voz alta:

- Silêncio! - E imediatamente, a taverna se cala. - Obrigado, - Ele continua. - Bom, meus amigos, temos visitas, e visitas, significam comida de qualidade! Pois bem! Pois bem! Peguem seus garfos e facas, ajustem os guardanapos e limpem os pratos da comida ruim que os preenchem. O caldo está pronto! Vamos cortar nossos convidados para completar a sopa!

E após o anúncio, todos, que antes pareciam não ver o grupo de estranhos ali, voltavam-se agora para eles. Todos com facas de cozinha, prontos para esfaquear quem estivesse na frente. Em muitos, mais de 30, e eles agora se levantavam e começavam a vir em velocidade na direção do grupo. Enquanto corriam, o grupo de aventureiros notara algo intrigante: todos agora não pareciam mais simpáticos, nem mesmo humanos. Bom, podiam não ser humanos, mas eram humanoides. Suas aparências tinham se alterado, e agora pareciam seres sombrios com braços cumpridos e pernas alongadas, com a face negra, sem detalhes. Do grupo, Reno e Kha'ard já tinham ouvido falar daquelas criaturas: Sceadugengans, criaturas metamórficas e carnívoras, que se disfarçam de humanos e se infiltram em vilas e comunidades para comer humanos.

Spoiler:


Gama
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24/05/13, 09:39 am
A situação que já era aflitiva por natureza, e como tudo que é ruim, piora rapidamente ainda mais. Cada um dos membros da tripulação de Kha'arg se propõem a fazer algo que ajudasse a compreender melhor a situação.

Älskade e Galdur, ficam a mesa. Eles ofereceriam o devido suporte, caso a situação necessitasse que eles se defendessem. E isso não demorou muito a acontecer. Pela mesma porta, onde outrora o 'pansudo' entrara, ele retorna com um grande caldeirão em mãos, isso chama a atenção de Älskade, logo ele grita aos presentes: - Silêncio! - a quietude se dá, quase que de imediato, apenas a flauta de Reno se ouve ao fundo, mas logo silencia-se também.

- Obrigado, - Ele continua. - Bom, meus amigos, temos visitas, e visitas, significam comida de qualidade! Pois bem! Pois bem! Peguem seus garfos e facas, ajustem os guardanapos e limpem os pratos da comida ruim que os preenchem. O caldo está pronto! Vamos cortar nossos convidados para completar a sopa!

Ouvindo isso Älskade, olhando para Galdur, e diz: Ferrou! - as pessoas anteriormente pacíficas e alegres, tomam ares sombrios. Com garfo e faca em mãos partem na direção dos aventureiros.

O guerreiro empunha Blad Krigare e o escudo que carregava, pronto para uma resposta ofensiva, ele não dará o primeiro golpe, até que se aproximem as bestas o suficiente para ele dar golpes curtos na altura dos joelhos. Se ele conseguir acertar alguma criatura com estes golpes, finalizará seu movimento com golpes de decapitação aos que caírem de joelhos e golpes no coração, se é que elas tem um, às que caírem deitadas.
Etéreo
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24/05/13, 02:24 pm
Kha'arg fica cada vez mais ressabiado com o comportamento das pessoas daquele local. Ele reforça a pegada em suas armas e olha novamente para sua tripulação, notando que todos achavam aquilo estranho demais.

O cozinheiro sai da cozinha onde Vissla havia entrado, levando o Jarl a se questionar sobre o bem estar de seu companheiro. Neste momento, o Æsir bigodudo discursa para o resto da taverna, anunciando a verdadeira intenção de todos ali. Assim que os ocupantes da taverna se levantam e avançam contra a tripulação, Kha'arg reconhece a ameaça que os atacava. Ele repara em Älskade empunhando seu armamento e então grita:

-SCEADUGENGANS!! TODOS VENHAM A MIM! RENO! VISSLA! EM FORMAÇÃO! SIGAM-ME!!!

Kha'arg grita para Vissla na esperança de que ele esteja vivo, porém não irá esperá-lo caso não surja pela porta por onde entrou. Sem muito tempo para pensar, o anão traça uma estratégia de emergência com o uso de sua Mótasýn. Assim que sua tripulação entrar em formação, tendo aqueles com escudo protegendo os demais, o Jarl os conduzirá à porta, que estava a uma distância mais próxima da tripulação do que das criaturas, e, assim que todos passarem para o lado de fora, comandará a formação de uma parede de escudos que bloqueará a entrada. Dessa forma, as criaturas se afunilariam na entrada, sendo obrigadas a enfrentar a tripulação de poucas em poucas quantidades. Atrás da primeira camada ficariam aqueles sem escudos, ajudando no ataque às criaturas com armas de alcance maior. Kha'arg também orientaria estes a manterem olhos na retaguarda, pois as criaturas poderiam encontrar outras maneiras de sair da taverna que não fossem através da porta.
Velox
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05/06/13, 04:24 pm
Quando o inesperado cenário se formou, Galdur levantando-se de cadeira fita os grandes olhos em Alskade, como se esperasse uma solução de seu aliado, ele também aparentava perplexidade em seus olhos, foi quando falou parra o anão "Ferrou!" aquilo lhe tirou do estado de surpresa, o amigo empunhou sua arma e um escudo num ímpeto e, seguindo ele, Galdur pegou o machado e o escudo que carregava e com suas pernas curtas correu e aproximou-se pondo-se de costas para Alskade, assim os dois dominariam um campo de visão maior e através de movimento circular poderiam atacar o primeiro que ousasse.
Onda
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06/06/13, 05:32 pm
Nada mais fazia sentido, tamanha à reviravolta que sucedeu-se. De totalmente ignorados, a tripulação do Sigurvegari passou para a ser o centro das atenções, além de constarem como o prato do dia. Todos aqueles "camponeses" se revelaram Sceadugengan, criaturas das trevas, devoradoras de carne humana. Mesmo conhecendo histórias sobre os mesmo, nunca havia se deparado com algum desses monstros.

Totalmente rendido, Reno ficou agradecido ao ouvir as ordens de Kha'arg. Preparou suas adagas, pegou a besta com que tinha entrado na taverna e se juntou a formação criada pelo nobre. Protegido atrás dos companheiros e escudos, pretendia atingir os Sceadugengan com os projéteis da besta. Porém de tempos em tempos também iria vigiar a retaguarda do grupo e assim que Vissla aparecesse pretendia revezar essa função com o mesmo.
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