[Bairro] - Itamaré

Uma revista digital sobre moda estava fazendo seu lançamento em uma boate badaladíssima de Nova Capital. Prisma e outras celebridades haviam sido convidadas, o local estava realmente cheio. A noite passou rápido, entre drinks e conversas, Nina percebeu que um homem estava seguindo-a durante toda a noite. Como ele estava a distância, não deu para reconhecer quem era.

Já na madrugada, o homem finalmente se aproximou – e estava completamente bêbado. Com uma velocidade a cima da média, ele esticou a mão e agarrou o braço dela, falando alto com seu hálito de álcool, bem na cara da garota.

– Você se acha importante demais para responder minhas mensagens? – as pessoas ao redor já formaram uma roda e começaram a filmar toda a situação.

Naquele instante Prisma percebeu de quem se tratava, Raffael Inácio, um ex-peguete. Estava muito diferente, com barba cobrindo todo o rosto e cabeça raspada careca, nem parecia o galante herdeiro de uma rede hoteleira que havia deixado-a interessada no passado. Prisma sequer percebe que ele segura uma garrafa vazia na outra mão.

Objetivo:

Reagir ao conflito da melhor forma possível. ND baixo.

Observação:

Missão exclusiva para Prisma.

Antigamente eu saia voando por Nova Capital em busca de aventuras. Agora eu sou convidada oficial de festas com a nata da sociedade daqui. Celebridades, influencers, atores, músicos, e eu. Em toda a minha vida as coisas nunca tinham caminhado tão bem. Como eh bom ser ser eu, amores.

Mas nem tudo tem aroma de flores, e mal hálito de bebida definitivamente passa longe nesse quesito.

- Você se acha importante demais para responder minhas mensagens? - disse Raffael Inacio, mais conhecido no grupo de zap que tenho com as minhas amigas de Sr. Pau Mole, enquanto segurava meu braço com força. A gente saiu umas vezes mas ne, acho que o apelido eh auto explicativo. Parei de responder depois de um tempo.

Naquele momento duas opções: 1)Fazer um enorme barraco que sujaria a imagem dele mas podia me queimar também, porque mulher sempre eh lida como louca; 2)Encarar e afugentar ele verbalmente, sem maiores conflitos. Escolhi a segunda opção, confiando completamente no meu carisma e boa fama.

- Fofo, meu interesse por você já não tava la em cima, agora então, com essa abordagem, ta mais caído que o seu... - respondi, apontando pras partes baixas dele. - Eu acho melhor, e mais inteligente da sua parte, me soltar, dar meia volta e seguir a sua vida. Primeiro que se eu te processo por essa palhaçada, que ta sendo vista por toda a festa, eu pego a herança inteira que seu pai deixou pra você; segundo que, se eu precisar te encostar um dedo pra me defender, eu acabo com a sua cara sem esforço algum.

Rafael Inácio estava descontrolado, trincava os dentes e apertava forte o braço de Prisma. Mas, teve que buscar dentro de si uma forma de se conter, pois a situação virou completamente contra ele. A forma como Nina havia reagido o deixou desarmado. Soltou o braço da garota, mas apertou a garrafa da outra mão tão forte que ela explodiu em pedaços e cortou sua mão em vários lugares. Ao contrário do que era de se esperar, ele não sentiu dor alguma - apenas raiva. Ele voltou a falar com ela.

— Eu só queria conversar contigo, sabe? Eu realmente gostava de você e você foi uma tremenda babaca, sumiu do nada e começou a me desprezar. Deixe estar, o mundo da voltas.

Virou-se e saiu andando rápido, as pessoas aplaudiram Prisma e o desfecho daquela situação. Novamente Nina voltou a se divertir, sem se importar com Rafael Inácio ou qualquer outro que ela já tivesse destruído o coração. Uma jovem moça sorriu de longe, tomando algumas rápidas anotações em seu caderno com capa de couro. Sorriu e digitou uma mensagem no seu celular.

"Descobri mais um dos ex dela, Rafael Inácio - herdeiro daquela rede de hotéis. Pela raiva que está sentindo não vai se importar se falar tudo para a gente. Nosso livro vai sair".

Poucos segundos depois, outra mensagem retorna.

"Perfeito! Com esse são 15 rapazes já que podemos usar para escrever o livro. Ainda precisamos definir o título. Pensei em algumas sugestões, passa lá no escritório amanhã que a gente conversa".

A repórter guardou o celular e bebeu mais um gole, voltando a sua atenção para Prisma novamente. Nem todos os vilões que tentam destruir a vida dos heróis são super poderosos ou usam armas, nesse caso um livro poderia ser bem destrutivo.

Resultados:

Prisma recebe 3 XP.

Observações:

Para essas "missões do dia a dia" não farei rolagem de dados, darei pontuações de 0 a 3 XP conforme avaliei a ação.

A polêmica exposição "Corpo Humano e Suas Nuances" estava sendo exibida na Galeria Olinda, uma pequena galeria de arte ao sul do Itamaré, e conhecida por abrigar exposições bastante polêmicas. O problema, dessa vez, é que a exposição provocou uma enxurrada de postagens negativas, desde membros do MPRB até atores e atrizes famosos, por denotar um trecho onde modelos nus se posicionam e fazem danças com os visitantes – inclusive crianças. Protestos foram feitos, mas por algum motivo a galeria optou por fazer, nesse ensolarado sábado, uma sessão extra.

Tudo até que estava "correndo bem", se é que pode se dizer disso. Os próprios visitantes pareciam desconfortáveis, com os modelos fazendo danças de caráter próprio a uma série sobre reprodução animal de um Discovery da vida. Parecia haver uma necessidade ainda maior em se provocar o caos ali. Isso irritou profundamente um dos visitantes, que também era um dos policiais escolhidos para a nova força super-policial da cidade, o soldado Ângelo. Criado em família tradicional, foi convencido a ir naquela exposição pela namorada, que curtia estar onde a polêmica estava.

Ângelo, depois de ver toda aquela provocação, teve uma discussão profunda com a namorada. A mesma pareceu revoltada com aquilo, dando um pé na bunda do policial. E, irado, Ângelo foi até o carro, pegando sua farda. Iria dar um jeito naquilo ele mesmo. Pegando uma das pílulas e levando à boca, Ângelo foi bufando para dentro da galeria. Seus olhos pulsavam o ódio, e sua pele ia ficando esverdeada a cada passo.

Ao chegar na parte mais dita "imoral", Ângelo apontou para o casal de modelos que fazia os movimentos sensuais. Na sua cabeça, tinha dado a ordem para eles pararem e eles tinham desobedecido. Quem estava de fora só viu vários galhos, cipós e videiras imensas estourando o teto da galeria, junto da fuga de várias pessoas assustadas. Os modelos olhavam aterrorizados o policial, que gritava uma frase enquanto enroscava longos caules nas pernas e braços do casal.

– Isso é imoral! Isso não é arte! Isso é um crime, e vocês serão presos por isso!

OBJETIVO
→ Deter o policial (ND 15)
→ Salvar o casal de modelos (ND 10)

INFORMAÇÕES
→ 2 vagas ao todo

-Para de frescura Michele, descobre essa cara.- Kelly e Michele andavam de braços dados dentro da exposição, Kelly havia comprado dois convites da exposição para usar como atividade complementar na faculdade, ela sabia do que se tratava, mas Michele não sabia até a hora de chegar até lá.

-To querendo esganar você, quando eu vi o nome no panfleto eu achei que era exposição científica, não de “arte”.

-Mas isso é ciência purinha, dá uma olhada nessa ciência aqui.- Kelly faz as duas pararem bem na frente de um casal de modelos em posições merecedoras de um capítulo inteiro no kama sutra.

-Vamo embora daqui agora!

-Daqui a pouco a gente vai embora, só me responde uma coisa, você já viu um desse de perto? - Ela aponta para o homem nu - Você não precisa responder, mas dependendo da sua reação já é uma resposta.

-Eu... é…- A resposta de Michele é interrompida quando galhos e cipós com vida própria atravessam a claraboia da galeria, as pessoas começam a correr desesperadas em fuga. mas no meio delas um homem de farda e pele esverdeada parecia controlar os galhos, Kelly abre sua bolsa e pega seu visor.

-Pega minha bolsa e foge daqui!

-Mas você vai fazer o que? Cê nem tá preparada.

-Eu sempre tô preparada- Kelly levanta um pouco sua camisa, mostrando parte do seu uniforme heroico - Agora vaza daqui!

Kelly aproveita toda a confusão e corre para o banheiro pra se transformar em Babalu, não havia tempo para colorir os cabelos, então ela usará o capuz de seu uniforme para cobrir a cabeça.

- Isso é imoral! Isso não é arte! Isso é um crime, e vocês serão presos por isso! - Babalu reconhece a farda da Polícia Anti Super da internet.

- Aí bonitão, você não deveria tá parando algum super criminoso em outro lugar? Ou tá sobrando tempo livre porque os super heróis de verdade tão trabalhando? Esfria a cabecinha aí ou eu vou esfriar na base da força.

Babalu vai aguardar a resposta policial, caso ele a ataque usando os cipós e galhos, ela usará a agilidade do seu corpo elástico para desviar deles, e avançará contra o vilão ainda tentando desviar de possíveis ataque, o corpo do vilão parece ser vulnerável, mas ela não baixará a guarda quando se aproximar e entrar em combate físico com ele.

- Vamos! Fiquem atrás de mim!

A multidão corria desesperada; O homem-caule havia invadido a galeria atacando com tudo.
Calheiros auxiliava sua esposa e carregava no colo sua filhinha. Todos estavam envoltos do Campo de Força de Dínamo que os protegia dos entulhos que caíam. - A saída, por aqui.

O diretor respirou aliviado quando se viu do lado de fora com sua família. Dínamo havia cumprido bem seu papel de guarda-costas.

- Oh meu Deus, os modelos, ainda estão lá dentro!Alguém gritou.

Dínamo não pensou duas vezes e se impulsionou. – Onde você pensa que vai? Calheiros segurou seu braço.
- Ser o que você me recrutou pra ser... um herói!

Zona Rural, algumas horas antes.  

- Acorda aí seu mutante de merda! Disse um dos homens de terno. – O Chefe quer falar com você!

Já era a 3ª vez naquela semana que estava sendo contatado para serviços externos. Pior do que ser o herói de brinquedo do governo, era ser o escravo de Calheiros. O Diretor estava passando dos limites solicitando Dínamo para cumprir tarefas particulares – nenhuma a ver com o projeto Renovar.

- Porque você não manda o seu chefe tomar dentro do cú dele?!

Um soco veio em direção a face do herói seguido de uma série de chutes e pontapés vindos de outros engravatados que se juntaram ao anterior. Dínamo cai, desnorteado. - Coloquem a coleira nesse filho da puta e vamos sair logo daqui!

Itamaré, 14h00  

Um Corolla estaciona em frente a uma galeria. As portas se abrem, Dínamo é recebido na entrada por Calheiros.
A coleira é retirada. Os punhos do herói energizando-se, prontos para agir.

- Se eu fosse você pensaria duas vezes antes de fazer algo... Disse Calheiros.

Dínamo olhou ao redor, o lugar tinha um número relevante de pessoas. De fato, não poderia tentar nada.

- O que você precisa “senhor”?
- É assim que eu gosto, mesmo com ironia.

Calheiros acenou para uma mulher de mãos dadas com uma menina, que aparentava ter em torno de uns cinco anos.

– Aquela é minha família.
- Quem diria que um ser inescrupuloso como você teria família. Elas sabem de toda a sua sujeira no governo?
- Não. E irá continuar assim, caso contrário, já sabe. Respirou... – Estamos em um evento...“Diferente”. Sua tarefa hoje é nos proteger, caso algo saia do controle.



Dínamo pretende entrar na galeria utilizando-se do seu teleporte. Chegará até os modelos abrindo caminho manipulando metais afiados para cortar as plantas que bloqueiam a passagem, e eletrocutando o que mais estiver na frente. Protegerá os modelos escoltando-os com seu Campo de Força até a uma distância segura que consiga um teleporte com ambos para fora da galeria.

O policial de pele esverdeada continuava a fazer com que, como serpentes, os troncos maleáveis e os caules de plantas seguissem enroscando-se nos dois modelos. O policial, então, ouviu alguém disposta a atrapalhar a operação militar que ele conduzia. Sua cabeça girou à direção de Babalu.

— Aí bonitão, você não deveria tá parando algum super criminoso em outro lugar? Ou tá sobrando tempo livre porque os super heróis de verdade tão trabalhando? Esfria a cabecinha aí ou eu vou esfriar na base da força.

Babalu já esperava que o papo não adiantava. Era incrível como, nessa cidade, as pessoas gostavam de se fazer de surdas. Não poderia ter qualquer papo cabeça com alguém que a pessoa já surtava e tentava a matar. E assim o policial fez, direcionando um galho que cresceu muito rapidamente, como uma bala, na direção de Kelly. O corpo elástico da heroína deslizou lateralmente, formando uma cedilha ao redor do galho.

— Aff... esses caras de hoje só querem ir pra ação direto — ela ergueu o punho, fazendo-o ficar gigante e atacando o policial.

Um pouco atrás, Dínamo tentava dar um jeito de entrar. As primeiras portas e corredores daquele centro cultural tinham sido estouradas pelas vinhas e galhos, e parecia que Douglas estava no meio de uma missão anfíbia numa floresta aleatória do sudeste asiático. Puxando o cabo de um extintor — e fazendo um barulho daqueles — Dínamo usou de seu poder para deixar aquele cabo um pouco mais afiado, e partiu arrancando mato e galho o máximo que pôde, até mesmo queimando um pouco com sobrecarga energética.

Seu caminho estava sendo aberto, até que chegou na sala principal, vendo o casal amarrado pelos caules e percebendo que pareciam estar sendo apertados, sufocados até a morte. DG se aproximou mais, ouvindo o combate entre o policial e Babalu, e tentou criar um campo de força ao redor do casal. Não vendo que as plantas se moviam atrás dele.

O policial erguia muralhas verdes de plantas, e tentava a todo custo amarrar Babalu, mas a heroína era ágil e tinha conseguido engatar vários socos nele. Os punhos gigantes de Babalu destroçavam qualquer coisa vegetal que ficasse à frente dela, atingindo diretamente o policial. Furioso, ele se levantou, e Kelly percebeu que tudo parecia se mover mais. O casal gritava de dor, e a heroína pôde ver um distraído Dínamo atrás do policial.

— SAI DAÍ! — Babalu gritou pra Dínamo, não tendo tempo de impedir que um galho entrasse pelas costas do eletrocinético e saísse em seu tórax.

Douglas arregalou os olhos ao ver o que aconteceu. Olhando pra baixo, via o galho atravessado em seu tórax. Começou a sentir-se fraco, vendo que o casal dava gritos mais agudos. Babalu olhou horrorizada para aquela cena, percebendo também que os caules estavam com espinhos crescendo.

A heroína focou no policial. Agora ele tinha passado do limite do ridículo.

— Agora você tá fodido...

Os dois punhos de Kelly cresceram bastante, e ela os posicionou um ao lado do outro, erguendo-os o máximo que pôde. O policial olhou pra cima e ainda tentou direcionar galhos até lá, mas todos foram esmagados pelo golpe que Kelly aplicou contra o chão, atingindo também o policial, derrubando-o e fazendo aquele inferno parar. Mas ainda tinha o herói mortalmente ferido.

Kelly se aproximava de Douglas, vendo que o galho enorme tinha feito um furo enorme no corpo do herói — e ainda estava lá. Mas, conforme se aproximou, estranhou. Não havia qualquer gota de sangue. Nada. Olhou para Dínamo, percebendo que ele estava horrorizado. Então, o corpo de Douglas se desfez em energia, sumindo do local.

— QUÊ!? — ela se assustou, até pulando pra trás, vendo o galho cair inerte no chão. Olhou para os lados. Onde ele tinha ido parar? — Ok, eu tô precisando de férias...


Douglas apareceu do lado de fora da galeria, assustado e tateando seu tórax. Não sentiu nada aberto, e percebeu a luz solar incidindo em seu corpo. Olhou para todos os lados. Estava do lado de fora. Estava vivo, principalmente. Sentia suas costas doerem muito. Tinha se teleportado pra fora. Mas... não. Ele não tinha feito o teleporte. Teria vindo com o galho se assim o fosse.

— Heh... — Calheiros se aproximava de Douglas. — Você falhou, Dínamo. Não está pronto ainda.

Dínamo olhou estarrecido para Calheiros. Quase acabara de morrer, e ele ainda vinha falar de uma falha? Que falha?

— Você me disse hoje que eu te recrutei pra ser um herói. Mas, pelo que vi, você ainda não está pronto pra isso. Foi distraído. Inocente. Não esperou que um ataque pudesse vir de longe.

Calheiros puxou o celular do bolso, mostrando sua própria face ao vivo. Uma câmera estava em Dínamo. Como não percebeu isso antes?

— Você tinha uma tarefa. Me proteger. Proteger minha família. Se dependêssemos nossas vidas à você, estaríamos mortos. Você fracassou. Hora de voltar para a base.

O diretor do projeto Renovar botou as mãos aos bolsos, andando sem esperar Dínamo. Mas, antes de voltar à família e aos outros policiais, olhou pra trás com um olhar bastante malicioso.

— Você não é um herói. Pare de fingir que é.

Rolagens de Dados (por ND)

Deter o Policial:

Salvar os Modelos:

Ganhos de XP e Outras Informações

Babalu: 10 XP
Dínamo: 1 XP

Atualizem as fichas.