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[Bairro] - Itamaré

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20/07/15, 12:00 pm
As rodas do Unomóvel oscilavam inquietantemente sobre o asfalto, lembrando Sofia que já havia passado da hora de fazer uma regulagem. Ela tentou ignorar o problema e focou toda a sua capacidade cognitiva na tentativa de traçar um plano infalível para o que estavam prestes a fazer. Rotas, opções e alternativas apareciam em sua cabeça e cruzavam entre si formando uma teia de informações tão complexa que nem ela própria sabia como era capaz de lê-la. O plano se estendeu gradativamente e passou a convergir ao ponto de solução. Estava quase lá. Faltava só aquela específica peça do quebra cabeça que vive aparecendo quando não é preciso usá-la, mas na hora da necessidade ela simplesmente desaparece. A peça começou a tomar forma quando Laura se colocou a cantar.

-Preparem-se para lutar
Em sua força podem confiar
Envie suas hordas, Pluthar
Adônis irá te derrotar!
Contra o submundo perverso
O mal será para sempre disperso
Contra o moralmente adverso
Adônis E Os Senhores Do Universo!


- CALA A BOCA, PORRA! - Gritou Sofia, expulsando todo o ar dos pulmões como força motriz para potencializar o tapa na cabeça da irmã - Tu tá cantando essa porra desde que o dia amanheceu. Eu preciso pensar! Dá um tempo!

- SUA ESCROTA! - Laura revidou com um soco no braço de Sofia - Eu tô ansiosa. Me deixa!

- Era pra doer? Sinto te decepcionar, mas você soca como uma menininha.

- Fica quieta e dirige. - Laura cruzou os braços e passou a olhar diretamente para o asfalto que passava sob o carro, emburrando o rosto com sobrancelhas tão arqueadas que quase faziam um "V" em sua testa.

- Idiota.

O "quase plano" agora ruíra. Nada de teia de informações, peças perdidas ou caminhos alternativos. Sofia decidiu esquecê-lo por enquanto e passou a se focar somente no caminho para a casa de Adônis, onde iriam invadir a festa como penetras para realizar o sonho de infância de Laura. Foi uma discussão difícil até Sofia aceitar fazer parte disso, mas o brilho suplicante nos olhos da irmã foi tão convincente que não havia como rejeitar o pedido.

As casas próximas as de Adônis eram ricas e muito bem ornamentadas, cheias de monólitos do capitalismo que Sofia anos antes sonhava em ter. Se tornar traficante fora o meio mais fácil que encontrara; o mais perigoso também. Nada do que ganhou nas suas atividades ilícitas foram convertidas em algum bem duradouro. Festas, drogas, bebedeiras e objetos descartáveis eram o ímã que sempre atraía seu dinheiro. Para que comprar uma estátua gigante de si quando se pode comprar vários extintores, substituir o seu conteúdo por tinta preta e sair por aí invadindo casas e estabelecimentos para pixá-los? Na visão deturpada de uma entediada junkie adolescente de 16 anos, essa era a melhor forma e espantar o tédio e ainda obter fama nas ruas.

Ela estacionou o carro velho duas quadras antes da mansão de Adônis e foram caminhando até o local. Os olhos de Sofia investigavam com uma precisão mecânica todas as formas de invadir a casa e se tornar parte da festa. Não haviam muitas formas de duas gêmeas como elas passarem despercebidas no meio dum aniversário da high society. Ainda mais quando uma possui um moicano desgrenhado e a outra uma camiseta velha e desbotada do desenho Adônis e Os Senhores do Universo.

- Você já sabe como a gente vai entrar lá? - Perguntou Laura, mordendo ruidosamente a unha do dedão enquanto observava a irmã pensativa. - Caramba, eu vou invadir a casa do Adônis. Que emoção.

- Não - Respondeu Sofia - Não é tão simples invadir uma casa. Ainda mais quando essa casa está infestada de riquinhos baba ovos que se atacam com unhas e dentes pra obter cinco segundos de atenção do fabulosíssimo anfitrião.

- Tu disse que conseguia entrar numa boa. A gente só vai entrar, pegar um autógrafo nessa minha camiseta, tirar uma foto e sair. Simples, não? Qual problema pode ter nisso?

- Mais problemas do que você jamais conseguiria contar - Sofia parou em frente a grade da mansão vizinha e analisou bem as opções enquanto coçava a sobrancelha esquerda - Vem comigo e mantenha essa sua boca fechada.

O ferro da grade pareceu massinha de modelar sob as mãos dela. Abriu espaço suficiente para passarem e o fechou novamente assim que pisaram no quintal de grama verde esmeralda. Caminharam rente ao muro por alguns metros e foram pros fundos da mansão vizinha. O barulho da festa se sobrepunha a qualquer som feito por elas, o que tornou a invasão muito mais fácil do que seria em circunstâncias normais. Sofia deu dois tapinhas no muro e uma pequena parte dele cedeu sob o toque, abrindo uma passagem.

- Entra, conserta o muro e anda como se nada tivesse acontecido - Sofia empurrou apressadamente sua irmã pelo buraco e invadiu a mansão logo atrás - Não pense que você é uma penetra ou isso vai transparecer no seu rosto. Pegar o autógrafo é a meta, depois disso a gente vai embora o quanto antes. Estamos entendidas?

- Não, sem problemas. Pegar autógrafo, foto e sair. Certo. - Confirmou enfaticamente com a cabeça enquanto consertava o muro - Sem problemas. Pode deixar, nada vai dar errado. Vou encontrar meu ídolo, ai que emoção. Tô bonita?

Foi nesse momento que Sofia soube que algo iria dar errado.

Entraram na casa pela área de serviço e foram cruzando os cômodos até chegar na porta da cozinha para a sala. Seria menos suspeito se surgissem de dentro para fora da mansão. Pegaram alguns petiscos de bandejas que passavam rente aos rostos como discos voadores, sempre manobrados por garçons estranhos que pareciam cópias uns dos outros. Foi em meio a mastigação de três canapés de camarão que Sofia soube exatamente o que iria dar errado errado ali. A não ser que a festa fosse a fantasia, ver homem trajando roupas escuras e elmo negro com chifres sempre era um mal sinal. O tiro luminoso que saiu do cajado em direção a Adônis foi a confirmação que elas precisavam.

"É O PLUTHAR!" - Disse Laura pelo Elo Mental enquanto tentava assimilar o que estava acontecendo ali - "Mas ele só existe no desenho, então como...?"

As forças do submundo querem controle desse plano, Adônis. Sem você no caminho, será muito, muito mais fácil.

"Deve ser uma encenação, Laura." - Explicou Sofia enquanto enchia a boca de salgadinhos da festa - "Ele não deve estar falando sério."

— O QUÊ?! MAS VOCÊ NÃO É REA--

Outro tiro reluzente partiu do cajado em direção a Adônis, chocando-se contra ele com tamanho poder que fez o herói largar a bola de concreto em cima de si. Foi a primeira vez que Laura notou seu ídolo sendo subjugado. Ela olhou para a estampa gasta de sua camiseta e as lembranças de sua infância vieram a tona com flashbacks do seu desenho favorito. Nesse momento ela soube o que fazer.

Centenas disseram o mesmo. Mas eu sou muito, muito real, Adônis. Eu sou O Escondido. O mais real dos seus piores pesadelos. E meus lacaios irão glorificar o terror de meu nome com as suas filhas, com o mundo inteiro assistindo. MwahahahaHAHAHAHA!

"Distrai ele de alguma forma. Eu sei como detê-lo. Vi no desenho." - Disse Laura com firmeza enquanto corria na direção do vilão

"Como? No desen- QUÊ? Porra, pera aí! LAURA!" - Sofia pegou uma bandeja de salgadinhos das mãos de um garçom e enfiou dois quitutes de queijo na boca enquanto corria até a irmã - "Era só pra pegar o autógrafo e sair, lembra?! Esse plano era bom até um minutos atrás!"

Laura manteve-se quieta e continuou a ir na direção de Pluthar.

"Ok, tu vai mesmo enfrentar ele?" - Perguntou Sofia enquanto cuspia um canapé de ricota no tapete.

"Vou. Me ajuda, rápido!" - Disse Laura sem dar brecha para discussões.

Ela soou tão determinada que Sofia não teve escolha.

"Tudo bem, que se foda."

Ação:
- Derrotar Pluthar: ND7

Para atrair a atenção do vilão para si, Lince (Sofia) irá acelerar as moléculas dos salgadinhos da festa e arremessará no vilão enquanto grita palavrões, fazendo-os explodirem assim que entrarem em contato com o inimigo para que ele não perceba a aproximação de sua irmã. Se conseguir uma distância boa e segura entre si e o vilão, Lótus (Laura) manipulará as moléculas do elmo de Pluthar para que ele se feche nos olhos, tampando a visão do inimigo e deixando-o momentaneamente cego. Enquanto isso, Lince preparará um grand finale com a bandeja de salgadinhos, tornando-a explosiva e a arremessando como um disco na direção do vilão quando sua irmã der o sinal verde pelo elo mental. Se ele for atingido, Lótus aproveitará a oportunidade para pegar o cetro e o usará contra ele caso se reerga e demonstre resistência.

Vantagens:
Manipulação de Matéria (+3) + Aceleração Molecular (+1) + Elo Mental (+1) + Zona Central (0) = 5
Temporal
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21/07/15, 08:10 am
- Num mundo futurista bem distante daqui. Na luta pela paz um guardião vai surgir. - Cantarolava, enquanto ajeitava sua gravata. - A força e a coragem de mil homens. Os músculos de aço, nosso herói é Adônis!

Uma das poucas lembranças que Arthur tinha de seu pai era de quando assistiam à reprise de Adônis e os Senhores do Universo juntos uma vez ou outra aos sábados de manhã. Isso fez com que o vigilante tomasse o brucutu como inspiração tanto na vida “heroica”, quanto nos relacionamentos.

Alguns meses atrás, a multinacional de seu pai começara um novo empreendimento com uma das empresas do heroi aposentado, fazendo com que os dois se aproximassem. Então, quando fora convidado para a festa de Adônis, fizera questão de pedir para incluirem o nome de seu filho na lista. Talvez na tentativa de compensar os anos de ausência e recompensar as recentes mudanças de comportamento de Arthur.

Após chegarem na festa, o garoto tentou suportar por alguns minutos a “baboseira de milionário” entre seus pais e alguns de seus amigos. Após anos de “balinha”, “coca”, “lucy” e tudo o que tinha direito, curtir uma festa sóbrio parecia ser uma tarefa quase impossível, mas havia jurado que ficaria limpo. Teria que aguentar mais um tempo de chatice se quisesse conhecer seu ídolo de infância.

- Aponta para o céu a sua espada a brilhar. E entre raios e trovões um campeão nascerá! - Por um momento, a festa ficou interessante. Uma das filhas de Adônis - a mais bonita - havia acabado de aparecer. Era a deixa que Arthur precisava para se afastar de seus pais. - Acompanhado de seu gato Lion a lutar. Se juntam na batalha contra o vilão Pluthar! - Continuava a cantarolar em voz baixa, com as mãos no bolso da calça, enquanto caminhava na direção da garota.

O tempo passa, e Arthur continua sua conversa com a garota. Porém, quando os dois decidem ir para um local mais afastado, a situação na festa começa a esquentar. Os dois, quando voltam a se aproximar, veem o baixinho de cabelos grisalhos ser interrompido pelo raio vermelho que atravessa a festa.

Imediatamente, o vigilante tenta levar a filha de Adônis a um local seguro, passando pelos convidados que gritavam de desespero. Então, aproveitando-se da confusão, e sem mesmo que a garota percebesse, Néon desaparece em um vulto azul e corre na direção da limousine de seus pais, onde havia deixado sua mochila com o uniforme. Os segundos de ausência foram o suficiente para o verdadeiro inimigo se revelar: Pluthar, o imperador das forças do mal.

Néon, atônito, não parecia acreditar que seu ídolo havia sido derrubado. Ele não se importava se o inimigo era real ou não, queria apenas impedi-lo. Assim como fizera diversas vezes durante a infância, levantando os braços e dando forças para o príncipe guerreiro.

- Campeão, levanta e canta comigo! - Gritou para Adônis, enquanto se preparava para lutar com quem considerava seu nêmesis de infância - EU TENHO A FORÇA! SOU INVENCÍVEL! VAAAAAMOS AMIGOS! UNIDOS VENCEREMOS O MALDITO PLUTHAR!

Ainda surpreso com a situação em que se encontrava, Néon não conseguiu traçar nenhum plano avançado. Então, correria em volta de seu inimigo, desviando dos raios de seu cajado, desferindo golpes nas costas e tentando desarmá-lo, na esperança de segurá-lo tempo o suficiente para que Adônis se levantasse e os dois combatessem Pluthar lado a lado, como sempre sonhara quando criança.


Objetivo:
- Derrotar Pluthar: ND 7

Vantagens:
- Super-velocidade (2) + Reflexos sobre-humanos (2) + ZL (1) = 5
Quebra-Ossos
Quebra-Ossos

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21/07/15, 01:36 pm
Caio Arantes, o herói e professor, estava em seu laboratório durante uma manhã, onde trabalhava em novos recursos para utilizar no combate ao crime. Ele possui vários projetos: Mochilas a jato, bombas de fumaça ou de efeito moral, um dispositivo que dispara grandes cápsulas de uma gosma concentrada, criada para prender seus inimigos durante a patrulha, disparadores de ganchos e até botas voadoras ainda não testadas. Havia também uma lista de projetos a trabalhar que ele ostentava com muito orgulho de suas ideias, que ficava em uma prancheta de madeira, onde o pesquisador rabiscava sem pressa. Cada novo projeto tinha sua bancada e seu espaço reservado e o amplo espaço em que ele tinha disponível em seu grande laboratório facilitava a organização de seus projetos.

Naquela manhã, ele foleava os arquivos que seu avô o deixara e encontrou um recorte de jornal onde alguns dos heróis do passado trabalharam juntos, incluindo seu avô, o Doutor Incrível original e o seu parceiro brutamontes, o Homem-Chumbo. Adônis, o gigante dos cabelos dourados estava no centro da foto, sorrindo como se estivesse tirando uma foto com a turma da faculdade.  Além dos três veteranos, havia mais outros quatro heróis, todos ofuscados pelo carisma de Adônis que se destacava no centro. A manchete do recorte era: “Adônis salva a cidade novamente com equipe auxiliar de heróis!”.

Pregando o recorte em um grande painel, Caio relembrava em um momento nostálgico do desenho que assistia em sua televisão quando pequeno, assim como qualquer criança nascida nos clássicos anos 80. Adônis e os Senhores do Universo era um clássico e tanto e saber que seu avô já operou ao lado da grande estrela da série o deixava ainda mais empenhado em sua investigação. Caio buscava descobrir a história secreta de seu avô e sua fase heroica. Por uma forte intuição, pressentia que algo ainda estava inacabado.

Ele tentou marcar várias vezes conversar com o ex-herói a respeito, porém nunca conseguia arrumar um horário disponível para ser atendido dentro da agitada agenda do empresário e veterano. Foi quando ele recebeu um e-mail de Sasha, filha do astro, convidando a família Arantes Corrêa para a comemoração de aniversário e enxergou uma oportunidade.
Na noite do aniversário, Caio assim como o restante de sua família, membros importantes da socialite, aguardavam a entrada de Adônis ao grande jardim onde o monumento seria revelado. Sua admiração por seu ídolo o deixava um tanto nervoso para conversar pessoalmente. O gigante dourado surge da porta principal e os convidados o recebem em ovação.

O professor aguardava o momento certo para se aproximar de Adônis e tentar algum diálogo quando viu o clima começar a se esquentar entre o anfitrião e um homem franzino do outro lado do jardim. De repente, um disparo de um raio vermelho quebra os braços do monumento de Adônis, pondo em risco a vida das pessoas no Jardim, onde rapidamente o herói anfitrião agarra o globo colossal de concreto, impedindo-o de esmagar os convidados.

Eis que surgem Pluthar e uma dúzia de seus lacaios, trazendo a ficção pra realidade. De início parecia ser somente uma apresentação, parte do show. Entretanto o caos tomos o local quando o vilão disparou um novo raio laser, agora sobre o peito do ex-herói que não aguenta a dor e solta a bola sobre si, que ao cair se parte em vários pedaços soterrando-o.

Os lacaios de Pluthar controlam os convidados, enquanto o poderoso vilão exclama chamando a atenção de todos:

— Centenas disseram o mesmo. Mas eu sou muito, muito real, Adônis. Eu sou O Escondido. O mais real dos seus piores pesadelos. E meus lacaios irão glorificar o terror de meu nome com as suas filhas, com o mundo inteiro assistindo. MwahahahaHAHAHAHA!

Enquanto o vilão atraía a atenção de todos, Caio se aproveita para puxar levemente a manga de seu smoking e, apertando um botão em seu relógio. Um pequeno reflexo luminoso passa por seu corpo, revelando-se uniformizado como Dr. Incrível.

Ousado, o professor responde saltando sobre a cabeça de dois dos lacaios que cercam as filhas de Adônis, caindo entre elas e os capatazes do vilão:

- Hoje não, Pluthar! – e aponta a pistola laser para outros dois que também se aproximam.

Objetivo:

- Derrotar 4 lacaios ctônicos: ND2 cada – ND8.

Ação:

Dr. Incrível utilizará sua pistola laser para abater os dois lacaios que vem se aproximando com disparos rápidos, se esquivando de forma atlética dos golpes dos que estão mais próximos e utilizará capsulas de gosma criada em seu laboratório para prendê-los, finalizando-os com a pistola laser caso seja necessário.  

Vantagens:
Inventor: 1
Ciências: 1
Atlético: 1
Pistola Laser: 2
Zona: 0
Soma: 5
Sombria
Sombria

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22/07/15, 01:04 am

RESOLUÇÃO





Os convidados da festa observavam toda a cena que se desenrolava no aniversário do lendário herói Adônis com sentimentos diversos: alguns aterrorizados e chocados, como as próprias filhas do ex-vigilante; outros pareciam confusos e céticos quanto a batalha que ocorria ali. Aquilo era pra ser alguma jogada de publicidade? Seria uma encenação do campeão dourado em seu próprio aniversário, e para todo o mundo, que o assistia naquele exato momento?

As câmeras presentes no local filmavam a enorme pilha de concreto que agora poderia ser muito bem considerada o túmulo do herói, e também os lacaios de Pluthar, conhecidos como ctônicos, que não paravam de aparecer do meio do ar. Eles ameaçavam a todos com seus bastões negros bifurcados, que tinham suas pontas acesas como um metal em brasa. Um desses lacaios, ao perceber que um dos cinegrafistas apontava sua câmera para ele, atira sua rajada vermelha contra o homem, atingindo-o no meio do peito e jogando-o no chão.

Enquanto seus capangas se dirigiam em direção às mulheres da festa, o infamo Pluthar deixava lentamente a entrada do casarão e caminhava pelo jardim, em direção a pilha de escombros da estátua. De dentro de seu capacete com chifres, onde igualmente ao desenho pareciam haver apenas chamas intensas, ouve-se mais uma vez a sua voz aterradora, já conhecida por todos – para a surpresa do seu dublador, que estava presente na festa:

Mwaah… Patético! Seu epíteto é o de “Campeão Dourado”, mas parece ter se enferrujado através dos anos, Adônis! MwahahahahahHAHA!!

De repente, uma enorme criatura que se assemelhava a um touro atravessa o jardim correndo, assustando alguns convidados e pegando outros de surpresa. Ele se joga contra um grupo de capangas de Pluthar, tentando agarrá-los e leva-los ao chão.
Dois são atropelados por Minotauro, caindo os três no gramado do jardim. Os outros dois que estavam ali rapidamente começam a atirar no herói bovino, que recebe uma saraivada de rajadas nas costelas e costas. Com um dos braços, Minotauro tenta se desvencilhar dos outros dois, sentindo cada um dos tiros queimar seu corpo.

Os convidados, que já pareciam confusos e aflitos, veem então um par de asas reluzentes passarem em um rasante por cima da cabeça de todos, notando logo após que elas pertenciam a um homem em roupas brancas, tal qual um anjo. Pouco eles sabiam que realmente era um.
Alertado pela confusão, Azarahkiel havia quebrado seu disfarce como um dos funcionários da festa e agora sobrevoava o jardim, tentando ter noção da situação atual, e da condição de Adônis. Ele vê a pilha de escombros da esfera, seguido de Pluthar; e então Minotauro, que parecia estar com problemas sérios. Por pouco, o anjo se desvia de um raio vermelho, que fora atirado lá do chão, abaixo dele. É então que ele nota toda a “chuva inversa” de rajadas atiradas pelos ctônicos que subiam na sua direção, tentando derrubá-lo do seu voo, e logo ele começa a fazer manobras evasivas.
Voando novamente pela entrada do jardim para o casarão, Azarahkiel vê os seus três aliados, que também haviam sido infiltrados no local pelo Sindicato, aparecerem ao mesmo tempo que ele.

Ascendendo sobre os convidados, outra aparente funcionária é revestida magicamente por um uniforme negro e uma capa de coloração azul, que radiava nessa mesma cor como uma estrela no céu. Padroeira abre os seus braços, e em uma pose análoga à uma cruz, ela cria um campo de força que é estalado por raios vermelhos, protegendo todos que estavam atrás do mesmo.

Ali perto, um vulto alaranjado, que parecia ser um animal de quatro patas, passa correndo por entre os convidados, na maior parte despercebido. Ele segue até outro grupo de lacaios de Pluthar no jardim, pulando nas costas de um deles e cravando suas garras pra se manter lá. O mesmo se debate e consegue desvencilha-lo, e logo, Tigre corre novamente pelo lugar, se desviando de diversos tiros do grupo.

O terceiro aliado de Azarahkiel aparece do meio da multidão, ficando entre a pilha de escombros e Pluthar, que apenas observava a chegada de todos aqueles heróis.

- Ser animado! Eu não sei o que você é ou de que reino se originou, mas ordeno que deixe esse plano agora e volte de onde veio! Minha rainha é a única que governanta deste lugar e não gosta de concorrentes... — Ouve-se então a voz da criatura que aparentava ser uma árvore humanoide, galhos se movendo e se enroscando pelo corpo da mesma, ao mesmo tempo em que plantas se ligavam a ele, do chão para ele e vice-versa: Era Druida.

MwahahaHAHAHA!! Gaia enviou sua prole langorosa contra mim?! Venha, bastardo de lenho. – Ele crava seu cajado no chão e aponta sua mão na direção de Druida.

O herói arborizado gera um chicote através de um emaranhado de plantas trepadeiras e outras mais, lançando-o de uma vez contra o infamo vilão. O chicote se enrola no cajado do mesmo, e Druida puxa de uma vez para arrancá-lo da mão de Pluthar, mas o vilão tinha uma força comparável ao do próprio Adônis. O vigilante, que já estava enraizado ao chão, usa dessa vantagem e do seu poder de retrair o seu chicote para adicionar força para o seu lado.
Ele vê o Deus Escondido e o cajado saírem do lugar, e fica contente por um segundo, apenas para perceber a verdade logo em seguida:

Quer o meu cajado, bastardo? Então TOME!!

Pluthar então joga o seu cajado como uma lança contra Druida, que se abaixa e logo em seguida é puxado pelo seu chicote, que ainda estava enrolado à arma. A força do lançamento fora tanta que o puxão do chicote quase o desenraizou do chão, não tendo voado pra trás somente por causa disso. O cajado, que estava há metros dali no chão do jardim, desaparece e reaparece nas mãos do vilão cartunesco, do mesmo jeito que os seus lacaios apareceram.
Ele então parte na direção do vigilante fitocinético, atacando-o com golpes com o cajado e corpo-a-corpo, arrancando lascas e mais lascas da sua pele grossa de madeira, crescendo novamente mais camadas em seguida. Druida por sua vez tentava prender o Deus Escondido no lugar, criando raízes e galhos que amarravam as pernas do mesmo e tentavam imobilizá-lo.

— PORCOS MALDITOS! — Vanessa Uldrich, a atual mulher de Adônis, gritava com um pequeno bando de capachos de Pluthar, frente a um grupo de convidados acuados em um canto, que incluía Sasha, a organizadora do evento.

— VÃO FAZER O QUÊ, HEIN?! ATIRAR EM MIM?! – Ela abre os braços, cuspindo no chão logo à frente do bando de ctônicos.

Eles então apontam suas armas para a mesma, suas pontas bifurcadas já queimando para lançar suas rajadas vermelhas. De repente, alguém aterrissa um mortal em frente ao grupo de servos de Pluthar, se colocando de pé em seguida. Era outro vigilante, esse sim usando o clássico collant heróico, com um grande “i” no peito e visor nos olhos. Ele portava uma pistola na sua mão esquerda, apontada no nível da cintura contra os lacaios.
Como uma cena de um faroeste, há um breve silêncio no local, com todos os cinco armados ali se encarando, sem se mover.

— ... Dr. Incrível? – Diz Sasha, do canto.

Rajadas de luz vermelha e azul então são trocadas em poucos segundos, com os lacaios caindo um por um em sequência. Dr. Incrível então se dá conta que havia derrubado os quatro sem tomar nenhum tiro, e respira aliviado, calmo por fora, mas tão impressionado consigo mesmo por dentro quanto o pequeno grupo atrás dele. Mas aquele não era o momento do professor ficar impressionado; haviam mais lacaios por ali, e logo ele começa a se mover agachado, começando um tiroteio entre ele e os guerreiros ctônicos.

- Hoje não, Pluthar!


O jardim da mansão de Adônis parecia um campo de batalha de um filme sci-fi, e talvez até mesmo como o seu próprio desenho, com tiros de luz coloridas voando por toda parte, seres voando e dando rasantes, e guerreiros dos mais diversos tipos lutando contra Pluthar e os seus lacaios. Os convidados assistiam a tudo, agora todos convencidos, com a aparição dos novos e atuais vigilantes de Nova Capital, de que tudo era bastante real.
Ninguém parecia prestar atenção mais na pilha de escombros da esfera que havia caído sobre Adônis, o aniversariante. Os cinegrafistas agora apontavam suas câmeras para a ação desenfreada, já não lembrando mais do evento em si e a pessoa a qual era o foco do mesmo.


Lançando pedras para os lados, Adônis se levanta do meio dos escombros, ficando de pé diante de toda a multidão que estava no seu jardim. Aos poucos, ele vai chamando a atenção de todos, dos convidados às câmeras, dos lacaios aos vigilantes. Seu cabelo estava atrapalhado; suas roupas estavam rasgadas, mostrando parte do seu corpo, mas não havia nenhum sinal de machucado ou sangue.
Eventualmente, todos os presentes ali voltam-se para o Campeão Dourado em total silêncio, apenas observando-o, esperando alguma reação do mesmo.

— ... PLUUTHAAAAARRRR!!!!! – Brava o ex-vigilante a plenos pulmões, e com isso já é possível ouvir os gemidos preocupados de mulheres, provavelmente as suas filhas.

O gigante de cabelos dourados se recompõe, consertando o seu cabelo com as mãos, penteando-os para trás novamente. Num canto, a sua mulher Vanessa já gritava, emocionada em vê-lo bem:

— ADÔNISSSS!! AMOOORRRR!! ADÔNISSS!!

— Acalme-se, Vanessa. Deixe eu tratar com esses ANIMAIS primeiro... – Ele diz, apontando a palma da sua mão na direção onde ela estava.

— Escutem aqui, marginais... Você entram na MINHA casa! No MEU aniversário! Uivando o MEU nome! Ameaçando as MINHAS filhas! A MINHA mulher...! Destroem a MINHA estátua! o MEU jardim!

— Você sabe com quem vocês tão mexendo?! Ano passado eu comprei uma ILHA pra minha filha! Esse terno que vocês destruiram aqui? Giorgio Armani! Eu tenho mais 12 deles só nessa casa! – Ele retira o seu terno, o rasgando completamente com as mãos, pegando então o seu próprio relógio. — Roger Dubuis! O valor desse relógio aqui é o valor de um apartamento na Avenida Cometa! Minha estátua que vocês destruíram? Valia 5 zeros! Eu consigo outra pra amanhã!

Uma rajada de energia vinda de um ctônico atinge o seu peito no meio de seu discurso, fazendo um buraco queimado na sua camisa, mas ele nem mesmo se move dessa vez. Quando o lacaio se aproxima, o ex-vigilante dá um murro tão forte que destrói o capacete do mesmo, o derrubando imediatamente. Adônis então rasga com a mesma mão a sua camisa queimada.

— Você sabe com que vocês tão mexendo?! Bróder, vocês tão mexendo com o FAMOSO, ADORADO, MILIONÁRIO, LENDÁRIO, INQUEBRÁVEL, INVENCÍVEL FILHO-DA-MÃE DE DIAMANTE NOS DEDOS, TRÊS BUGATTIS NA GARAGEM E JATINHO PRIVADO NA SUA PISTA DE POUSO PESSOAL!! VOCÊS TÃO MEXENDO COM O HOMEM O QUAL O NOME TÁ SENDO MOSTRANDO NESSE EXATO MOMENTO PARA 50 PAÍSES, UM DOS HOMENS MAIS RICOS DO PAÍS E O OITAVO HOMEM MAIS SEXY DO MUNDO – ESSE ANO! VOCÊ ESTÃO MEXENDO COMIGO, SEUS IDIOTAS!! VOCÊS ESTÃO MEXENDO COM ADÔNIS!

Adônis termina seu diálogo, já com veias aparecendo do seu pescoço e ovações vindo de todo o jardim, especialmente das mulheres. Ele então parte avançando pelo seu jardim, enquanto uma chuva de rajadas vermelhas voa contra o mesmo, mas sem nenhum efeito; o ex-vigilante parece inabalável, destrinchando o exército de capachos ctônicos de Pluthar um a um com simples murros e pontapés, a facilidade com a qual ele derrotava todos aqueles seres chocando até mesmo os vigilantes do Sindicato.

— Nossa, que prazer te ver por aqui, Professor! – Adônis cumprimenta Dr. Incrível com um sorriso juvenil, quase bobo, após derrubar outro ctônico apenas com uma cabeçada.

— O... Prazer é todo meu...! – Retruca Caio, surpreso com a simpatia do ex-vigilante. Ele então leva uma palmada nas costas que quase o joga pro chão.

— Vamos derrubar esses marginais da minha festa? HAHA! – Diz o gigante, atravessando o extenso jardim correndo atrás de mais lacaios.

ADÔNISSS! VOCÊ É MEU!!

O Rei das Profundezas observa o ex-vigilante agindo por todo o jardim, e prepara outro golpe com seu cajado, mas logo é impedido mais uma vez por Druida, que cada vez mais parecia com uma árvore monstruosa, com um enorme e grosso escudo de madeira e um chicote.

TOLO, COMO OUSA ME INTERROMPER?! – O vilão cartunesco atira uma poderosa rajada de energia do seu bastão, acertando o escudo do herói fitocinético em cheio, e como uma furadeira enorme abrindo cada vez mais um rombo no seu grosso escudo.

Druida então deixa o seu escudo de lado e muda sua estratégia, avançando contra Pluthar ao invés de ficar na defensiva. Quando ele se aproxima do mesmo, ao invés de golpeá-lo o filho da Natureza resolve agarrar-se com todas as forças ao cajado, criando galhos e revestimentos de madeira ao redor de suas mãos para garantir que pudesse vencer em uma disputa de força. O antagonista de Adônis até tenta puxar o bastão na sua direção, mas vê que raízes no chão também ajudavam a prender o item no lugar.

— Vire-se, Ser das Profundezas!

O vilão se vira, vendo então uma trilha de lacaios caídos pelo jardim. Entre os civis espalhados pelo local, abaixados, se encontravam o grupo de heróis que haviam aparecido no começo da confusão, todos de pé: Dr. Incrível, Anjo, Padroeira, Tigre e Minotauro, que finalmente se levantava por último, ainda sentindo a dor das rajadas.
De repente, ele nota o gigante dourado se aproximando dele como uma bala, furioso. O ex-vigilante tenta dar uma braçada contra o pescoço do Deus Escondido, mas ele desaparece no ar. Todos os espectadores da luta ficam surpresos, procurando pelo mesmo com os olhos por todo o jardim por cerca de um minuto.

Adônis, que também olhava ao seu redor pensativo, então pega o cajado que estava preso nos membros arbóreos de Druida, conseguindo arrancar das mãos do herói sem problemas, e em um movimento, ele joga o cajado como uma lança na direção da entrada do casarão, acertando então alguma coisa no meio do trajeto, fazendo aparecer Pluthar caindo ao chão e o seu capacete voando no ar.

Há alguns segundos de silêncio no jardim, até que ele explode em palmas e ovação. A atual mulher de Adônis corre até seus braços e peito desnudos, seguido de diversas de suas filhas. Os heróis do Sindicato se entreolham, contentes e aliviados, mas os seus trabalhos não haviam terminado ainda.

O Anjo se aproxima de um dos lacaios caídos, apontando sua enorme espada sagrada para o pescoço dele. O guerreiro ctônico, mesmo parecendo estar vivo e acordado, apenas se contorcia no chão, sem parecer com a mínima vontade de reagir. Azarahkiel então com um toque pra cima na ponta de sua espada retira o capacete da cabeça do capataz, revelando então ser uma pessoa comum, em dor.
Os outros heróis fazem o mesmo, revelando mais pessoas, homens e mulheres, por baixo dos capacetes. Para estranheza ainda maior, algumas dessas pessoas são reconhecidas pelos convidados da festa.

Adônis vai até Pluthar, também caído ao chão e já sem seu capacete, mas ainda acordado. Ele se senta no peito do vilão, e trava o seu punho no ar contra o rosto do indivíduo.

— Quem é você, hein seu delinquente?!... – O lendário herói então reconhece o homem por baixo da roupa. — Marcos? Marcos Nascimento?

Adônis abaixa o seu punho, percebendo que o homem na verdade era um de seus convidados, um amigo de velhos tempos. Ele parecia perdido, confuso, sem saber o que havia ocorrido. Enquanto as câmeras vinham correndo na sua direção, o antigo vigilante se levanta devagar do peito do homem, apertando os dentes e procurando por alguém dentre a multidão no jardim. Ele não acha ninguém.

— Senhor Adônis, Senhor Adônis, o que aconteceu? Quem eram esses homens? – Pergunta uma repórter junto de um cinegrafista, que se aproximam do mesmo. O cinegrafista tenta apontar sua câmera para o homem caído, mas o famoso herói a puxa pra cima, em direção ao seu rosto.

— Quem eram esses homens? Hahaha, eu ainda tenho de confirmar, mas pelo olhar de desgosto no rosto deles, eu diria que eles são a crítica especializada do meu último filme! – Adônis abre o seu clássico sorriso simétrico e impecavelmente branco, arrancando breves risadas da repórter e do cinegrafista.


O aniversariante começa a caminhar calmamente para trás, ainda olhando pra câmera, enquanto os dois seguem avidamente atrás dele; o DJ da festa volta com a música.

— Mas falando sério: Ainda iremos confirmar a identidade desses marginais que atacaram minha festa. Como minha carreira de herói é extensa, obviamente eu consegui tantos inimigos quanto aliados. Eu já sabia que eles gostavam de falhar miseravelmente, mas não em frente a 50 países. – Ele diz, ainda sorrindo de orelha a orelha.

— Mas e quanto ao momento com a bola de concreto? Alguns diriam que você quase foi pego ali. – Retruca a repórter.

— Bem, eu tinha que arranjar uma desculpa pra tirar minha camisa. – Ele responde de imediato, sem nem pestanejar, arrancando mais uma risada, e uma olhada de cima a baixo, da repórter. Adônis então se aproxima de Tigre, jogando seu braço no ombro dele, e chamando com gestos os outros heróis ali presentes.

— Mas eu não acho que teria sido tão eficaz não fosse a ajuda desses incríveis heróis presentes aqui. Eu nem precisava me levantar e resolver tudo isso com heróis como esses homens e mulheres; é por isso que me aposentei. Eu confio de todo o meu coração nesses vigilantes que temos protegendo a nossa grande cidade; eu era um deles, e lutar ao deles hoje me deu grande prazer, e pra ser bem sincero, grande nostalgia dos meus tempos de herói.

Meio sem jeitos e surpresos, os heróis se juntam à Adônis, todos de frente às câmeras e abraçados, como se fossem um grupo de atores tirando fotos juntos no tapete vermelho. O ex-vigilante continua a falar.

— Esses são os homens que protegem Nova Capital, e que merecem tão sucesso e tempo de câmera quanto eu! Qualquer pessoa que traz justiça e o bem das pessoas é meu aliado, e amigo pessoal! Deem uma boa olhada para eles: os anjos de Nova Capital - Literalmente!

Ouve-se mais risadas, misturadas a aplausos e ovações. As luzes das câmeras e dos flashes quase cegavam os heróis do Sindicato, que estavam no centro das atenções junto à Adônis. No meio daquilo tudo, e por entre o sorriso do lendário vigilante e protagonista do desenho Adônis e os Senhores do Universo, quem ainda olhava para as câmeras, ele fala com o grupo de heróis ali disfarçadamente:


— Eu sei quem fez isso; quem me atacou. Eu quero a ajuda de vocês a achá-lo...


__________________________________________________
Rolagem de dados:

Minotauro – ND8
Super Força 2 + Super Resistência 1 + Luta 2 + Zona (ZL) 1 = 6 + Dado 1 = 7. Falha.

Dr. Incrível – ND8
Inventor: 1 + Ciências: 1 + Atlético: 1 + Pistola Laser: 2 + Zona: 0 = 5 + Dado 5 = 10. Sucesso!

Anjo – ND8
Arma Especial 1 + Combate: 2 + Luminocinese: 1 + Voo: 1 + ZN: 0 = 5 + Dado 3 = 8. Sucesso!

Tigre – ND8
Furtividade 1 + Garras & Presas 1 + Super Agilidade 2 + ZN 0 = 4 + Dado 2 = 6. Falha.

Padroeira – ND8
Voo 2 + Campo de força 2 + Rede abençoada 1 + Fé 1 + ZR -1 = 5 + Dado 4 = 9. Sucesso!

Druida – ND7
Fitocinese 3+ Transformação corpórea: Plantas 2+ Corpo Resistente 1+ Zona -1 = 5 + Dado 2 = 7. Sucesso!


Última edição por Sombria em 10/11/15, 11:51 am, editado 1 vez(es)
Chip
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08/08/15, 02:46 am

Holofotes - Parte 1





Na cobertura do Edifício Houdini, no bairro Itamaré, Diego Santos relaxava em sua enorme banheira. A sua frente, a parede de vidro proporcionava uma das melhores vistas da cidade, o mar e parte da orla da praia, além de um morro repleto de árvores verdes.

- Geeeeente, olá só o que eu achê-ei. - Uma loira de biquini dourado entra no banheiro de pés descalços, segurando uma garrafa de champagne e três taças. - Não acredito Bia, você começou sem a minha ilustre presença? Hahaha.

Outra loira, idêntica à primeira, que já estava completamente nua, levanta a cabeça de dentro da água, quase sufocada, mas com um sorriso lascivo no rosto.

- Você demorou bebê! Hahaha. Não aguentei esperar. - Bia responde, acariciando o peito de Diego, que apenas escutava a conversa.

Bianca pisa de leve na água, entrando aos poucos na banheira, olhando fixamente para Diego. O rapaz, faz um leve movimento com os dedos, e uma fumaça púrpura começa a envolvê-los. Ao mesmo tempo outra fumaça de mesma cor envolve os nós da roupa de banho da modelo, que aos poucos começam a se desamarrar sozinho, primeiro a parte de cima, depois a parte de baixo. Logo após a fumaça se expande por todo o biquíni, que apenas se joga no chão do banheiro.

- Você é incrível Dí... - Bia sussurra no ouvido do rapaz e desce, beijando seu pescoço.

- Vamos ver se ele pega. - Bianca, tão nua quanto a irmã, dá um sorriso para Diego.

Ela joga a garrafa de champagne no ar, assim como as três taças, e com apenas um estalar de dedo os quatro objetos são pegos no ar pela mesma fumaça púrpura. A loira que acabara de entrar na banheira dá duas palminhas de empolgação e se senta do outro lado de Diego, aproveitando o momento para também acariciá-lo

- Da próxima vez não pensa antes de fazer, Bianca. - O rapaz diz com um sorriso prepotente no rosto, e em seguida a puxa pelo pescoço para beijá-la.

- Então… - Bia fala e dá um beijo no pescoço do jovem. ...oh Mago supremo e gostoso… - Beija mais três vezes. ...conseguiu as entradas pra festa de hoje? - E torna a beijar.

- Tô só esperando o Nolasco me ligar, mas fica tranquila que... - A fala de Diego é interrompida por uma música específica no celular. - Falando no diabo...

O rapaz sai da banheira e pega o aparelho que estava flutuando no ar, gravando toda a cena, e sai do cômodo a passos largos. Poderia apenas trazer seu smartphone para si com sua telecinese, mas preferiu sair do banheiro para atender longe das irmãs.

- Fala parceiro, qual a boa?

- Fala meu astro!! Tu tá pegando uma daquelas gêmeas não tá? Tão dizendo por aí que tu tá. Falae, eu num conto pra ninguém, tu sabe. Hahahahaha.

- Num é só uma não, Nolasco. Só te digo isso. Hehe. - O jovem caminha pelo enorme apartamento até a sacada, completamente nu, enchendo o piso de pegadas de água.

- Que isso, tu num dá mole mesmo. Já ia te pedir contato da outra, mas não adianta mais. Hahahaha - Do outro lado da linha estava Matheus Nolasco, empresário e produtor do jovem mágico.

- Chega de papo, Nolasco. Me diz que você tem novidades.

- Bom, consegui as três entradas que tu pediu...

- VIP? - O rapaz interrompe bruscamente.

- Então, não são… mas...

- O que houve?

- O Medina disse que a última VIP dele foi pra um desses heróis da cidade cara… Foi mal.

As gotas de água em seu corpo e as do chão começam a flutuar de repente, tomadas por um brilho púrpura enevoado. Diego respira fundo, tentando controlar seu ódio. Não é por menos, todo o prestígio que ele tinha anos atrás com seus famosos truques de mágica foi tomado quando começou a surgir heróis em todo o canto. Aos poucos as gotas caem de volta no chão, e o jovem consegue controlar seus poderes.

- Diego? Eu sei como você queria isso cara, foi mal, mas as coisa vão melhorar, eu to vendo isso. Diego? Tá aí?

- Dexa isso pra lá, tá de boa. Mas eu quero uma notícia boa hoje hein? Hehe. E o reallity? Conseguiu falar com o Boninho?

- Consegui não... - Mentiu.

Uma imagem surge da cabeça de Diego, tomada por tons de púrpura. Nela, Nolasco e Marinho estão conversando. “Foi mal rapaz, mas a gente tá querendo alguém mais relevante pro reallty. Tipo aquela atriz gostosinha da novela lá. Ou um herói, sei lá. Aquele locão da favela, que tem o rabo, ou até a loira da roupa amarela.”. O rapaz não sabe como, mas conseguiu ver a lembrança na mente de Nolasco, mesmo longe um do outro.

Diego se irrita novamente, e dessa vez não conseguiria se controlar. As gotas novamente começam a se levantar e flutuar no ar, além de outros objetos do quarto. As irmãs na banheira girtam animadas ao ver a água ao redor delas também se levantar. Do outro lado da linha um grito desesperador. Nolasco, que dirigia seu carro pelo bairro Constelação, sai correndo do veículo, se debatendo no asfalto, coberto com chamas púrpuras.

Itamaré
23h30


- Olha gente, estamos aqui na porrta do Casarão, onde tá rolando a maiorr festa de Nova Capital. - A jornalista com sotaque carregado do interior de São Paulo fazia a cobertura do evento para o programa de fofoca no qual trabalhava. - Tem só gente bonita aqui, um monte de famoso e.. Ah não, olha lá gente, tem uma limusine vindo. Quem será hein? - A câmera acompanha a limusine até o tapete vermelho, e ao redor estavam os jornalistas e fãs, impedidos de passar pelos seguranças presentes.

A porta se abre e a primeira a sair é Bia, num curto vestido dourado, não tão animada quanto estaria se tivesse conseguido a entrada VIP. A modelo espera do lado de fora. Bianca sai em seguida, num vestido prateado tão curto quanto o da irmã, também invocada, mas dessa vez por não receber a mesma atenção que Bia recebe de Diego.

Por último, Diego, com sua roupa excêntrica, cheio de aneis, pulseiras e colares, como sempre se veste em seus shows. Para completar o visual, a típica cartola de mágico, adornada com cartas douradas.

- Ah não gente.. Olha quem tá aqui.. Quanto tempo gente.. Diego!!! Diego!! Vem cá dá uma palavrinha. - A jornalista grita, tentando sobrassair as fãs, que já não gritavam como antes.

- E aíí Iris.. E aí pessoal. - Diego, que até então estava abraçado com as duas irmãs, as larga para atender prontamente a jornalista.

- Nossa, faz tempo que a gente não vê o grande Mago. Como você está? - A jornalista mal espera o entrevistado responder e já começa outra enxurrada de perguntas.
- Então Diego, ouvi dizerr por aí que você parou de fazerr show por causa dos heróis de Nova Capital, é isso mesmo?

- Como assim Iris? - O sorriso prepotente do mágico logo dá espaço para um semblante assustado e sério.

- Ouvi falarr que você perdeu os holofotes, querido. - A jornalista dá um sorriso sacana, a mando de seu produtor.

Nesse intante, Diego começa a flutuar alguns centímetros do chão, pernanecendo em silêncio. Seus olhos tomam uma tonalidade roxa, e seu globo ocular enegrace. Fumaças também púrpuras começam a sair de suas mãos, tomando seus braços quase que por completo. Um vento forte toma a entrada da festa, e algumas coisas começam a flutuar, como celulares, papeis e até mesmo os cabelos começam a quebrar a lei da gravidade. Para os telespectadores um chiado apenas cortaria a transmissão momentaneamente. Para o público presente era apenas início do terror daquela noite.

- O que esse mané pensa que tá fazendo?
- Ai, ai, ai.. Ele agora tá fazendo graça pra chamar atenção.
- Não me deu atenção hora nenhuma, mas agora tá todo, todo com essa jornalistazinha.


As vozes em sua mente começam a vir a todo instante, e ele não consegue fazer parar. Mas de repente ele percebeu que não queria fazer parar, aquele era o momento ideal para voltar aos holofotes.

- Vocês gostam dos desses heróis da cidade? - Sussurrou. - Vamos ter um pouco de heroismo então.

Uma fumaça púrpura envolveu as duas irmãs que estavam paradas perto do veículo, enquanto outra fumaça de mesma cor envolveu a jornalista. De cada uma delas era possível escutar os gritos depesesperados das mulheres. As pessoas começaram a correr desesperadas, mas alguns jornalistas insistiam em gravar tudo o que acontecia.

Toda a fumaça de cor púrpura que envolvia Bia, Bianca e Iris entraram para dentro de cada uma delas, como um espírito demonícado possuindo um corpo. Bia foi a primeira a demonstrar os efeitos. Seus cabelos começaram a cair, e partes de seu vestido a queimar espontaneamente. Sua pele começou a trincar, endurecer e enegrecer, e das fendas que se formavam um brilho avermelhado emanava. Seus sapatos de salto alto derreteram em seus pés, assim como o tapete vermelho e o próprio concreto. A garota de contorcia de dor, e seus gritos agudos passaram a ser urros tenebrosos. Ela se apoiou na limunise, que também derreteu na parte em que ela encostou.

Enquanto isso Bianca também se transformava, mas de forma diferente. A garota começou a suar, suar muito. Um enjôo repentino a fez vomitar, mas tudo que saiu foi muita água. Sua pele começou a ficar transparente, assim como seus cabelos. Seu corpo começa a perder a forma humana, e num instante ela explode numa grande bolha d’água. A poça que se formou no chão, permaneceu imóvel por um momento, mas aos poucos começou a se mexer, levantar e tomar forma.

A única que permanecia da mesma forma era Iris, que desesperada não conseguiu sair do lugar e nem ao menos gritar por socorro, estava completamente imóvel. Foi então que quem estava ao redor percebeu que sua pele começava a ficar acinzentada até que de repente o corpo explodiu, voando pedaços de carne podre para todos os lados. Cada pedaço começou a se deformar e tomar forma humanoide. Os seres que se formaram dos pedaços de Iris eram pequenas criaturas sem olhos que possuiam dentes afiados.

As criaturas começaram a correr em conjunto, e atacar as pessoas que ainda permaneciam vendo aquela loucura, assim como as irmãs possuídas, uma atirando bolas de puro magma, e a outra atirando água.

No meio da confusão, ninguém reparou que o Mago deseparecera. Só era possível escutar sua risada. - Hehehehehe.

____________________

Mago:

Objetivos:
Deter as Gêmeas:
ND14. Um ou dois jogadores.
Deter as criaturas: ND7. Um jogador.
K.O
K.O

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11/08/15, 06:02 pm
Vigilante cortava as ruas de Nova Capital com as mulheres de sua vida, Ursula e Alice. Ursula era fiel e companheira, sempre atendendo as necessidades do Alien. Alice também era eficiente, mas não tão companheira, por diversas vezes Koo’Hun se pegava gritando com uma maquina, talvez sua falta de personalidade estressasse o nosso Viajante.

O sol quente daquela tarde fritava as ruas de Itamare, o que era ótimo para Ursula, que sempre se empenhava mais em dias quentes. Vigilante também não tinha problemas com o Sol, e mesmo se tivesse, naquela velocidade o vento seria suficiente para refresca-lo. Mas como não tinha necessidades, o vento estava ali apenas para bagunçar seu cabelo e esvoaçar sua jaqueta.

Ele não tinha motivos para estar ali, apenas gostava da sensação de andar a grandes velocidades em cima da Ursula, e isso sempre o levava para varios pontos de Nova Capital, era o Motoqueiro Alienigena, estiloso, perigoso e indomavel. Roar.

- O que meus olhos de elfo enxergaram ali, hein?  

A varios metros a frente, em uma grande avenida, um aglomerado de jovens descontrolados gritavam em frente a um hotel de luxo local. Em cima, na sacada de um dos apartamentos, um outro garoto que aparentava a mesma idade dos descontrolados abaixo acenava, mandava beijos e corações para seus fãs.

O Alien então estaciona a Ursula no outro lado da rua, de costas para a garotada. Ele observa a situação com indignação.

- Alice, quem é aquele. O menino afeminado dando tchau?

- É uma, popularmente chamada, “WebCelebridade”. Ele faz videos para o Youtube…

- Ok, ok, ja entendi, obrigado. - Interrompe sua assistente.

Ele olha por mais alguns segundos.

- Gostei! Se ele consegue fama falando merda pras cameras no quarto dele, por que eu não conseguiria defendendo esses vermes insolentes? Alice, quero ficar famoso, quero ficar poderoso, não só na guerra, mas nas futilidades da terra. Pequenos luxos.

Rapidamente ele acelera a Ursula, saindo do Local deixando apenas um rastro de poeira e papeis agitados com o vento.  

- Certo, primeiro, preciso da minha entrada. Preciso ser apresentado aos humanos como o ser poderoso que sou, pra isso, preciso de um local cheio de pessoas normais. Alice, me de algo.

- Senhor, hoje, aqui mesmo em Itamaré, vai haver uma das maiores festa de Nova Capital, na casa de shows chamada “Casarão”. De acordo com minhas buscas a festa esta bastante promissora.

- Estarei la, com certeza.

______________________

Koo’Hun passou o dia praticando no Sindicato, seus reflexos, por mais rapidos que fossem, eram sem experiencia. Seus golpes eram sem precisão e seu estilo sem tecnica. E pra heróis de campo como ele, a falta de pratica poderia levar a fins frustrantes.

______________________

- Alice, hoje eu quero ser o Rei o Camarote,  ja vou chegar causando com a minha Ursula voadora. E não sei porque, ultimamente estou tão afim de acasalar. - Dizia, se olhando no espelho.

- Ta na hora de todos verem o meu novo visual.

______________________

Imponente, Viajante seguia na Ursula em direção a Itamaré. Ele estava rapido, mas não muito rapido. O Suficiente para parecer selvagem e ser visto. E então, poucas quadras do Casarão ele ja ouvia a gritaria, ou a festa estava muito boa, ou mais alguém queria roubar a cena… De forma errada.

Ele então acelera a Ursula se apressando, pronto para salvar o dia em frente as cameras. Ele vira na avenida do Casarão e de longe consegue ver o que estava pegando.

- I, ala, minha entrada tem que ser com impacto. É hora do Show Off!!


Graças a seus sentidos aguçados, Koo’Hun conseguiu entender a situação a quadras de distancia. Queria chegar com estilo, então, ira acelerar a Ursula e juntar seus bastões es esgrima, para que forme um só. Para chamar a atenção, ira relar o bastão no chão, para criar faisca, e sem parar a sua querida motorizada, ira preparar um grande ataque para acertar a cabeça da Gemea de Agua, somando a velocidade de Ursula, a sua super-força e seu bastão, ira acertar bem na cabeça da aguada. Passando por ela, irá “derrapar” com a Ursula, mantendo o SWAG em cada manobra. Ira descer da mesma e seguir em direção as duas criaturas, rodando o seu bastão mostrando sua incrivel agilidade. Ja esperando que possivelmente o seu ataque inicial não tenha surgido efeito, ira partir para ofensiva. Sua agilidade sera usada como defesa, se esquivando dos ataques, sua blindagem sera usada para que os ataques recebidos tenham o seu dano absorvido.E na esperança das duas não serem muito inteligentes, ira sempre fazer uso de sua camuflagem, para poder atacar de angulos diferentes usando o fator surpresa.  Com uma estrategia em mente, Koo’Hun ira provoca-las com palavras e ataques, ira conduzir essa dançar de ataque, defesa e esconde até ver a chance certe de empurrar a foguenta contra sua irmã d’agua, esperando alguma reação quando as duas se chocarem. (Uma apagar e a outra vaporizar, ou as duas se fundirem e virarem pedra, coisas do tipo.).

- O Show vai começar, e eu serei a atração principal! Senhoras e senhores, com vocês, o magnifico. VIIIIIIIIIIIIAAAAAAAJAAAAAATEEEEEEEEEEEEEEE!!!! - Gritava, imitando grandes apresentadores de lutas livres. Pronto para usar todos os seus truques para impressionar os presentes.


Super-Força: 1
Super-Agilidade: 2
Sentidos Aguçados: 1
Bastões de Esgrima: 1
Blindagem: 1
Camuflagem: 1
Ursula: 1
Carisma: Its Over 9000
Zona: -1
Paradoxo
Paradoxo

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14/08/15, 12:46 am
Marechal de Andrade
Cemitério Campo da Esperança
17h55

Um mordomo, na faixa dos 60 anos de idade, atravessa os jardins do Cemitério Campo da Esperança, em Marechal de Andrade. As pessoas podiam pensar que ele havia conseguido alguma folga de um patrão muito rico e ido visitar os seus parentes, mas ele caminhou para um lado do cemitério geralmente ignorado por visitantes. Desceu as escadas de um mausoléu supostamente abandonado e colocou uma valise no chão, abrindo-a e revelando uma grande quantidade de dinheiro.

A família de meu patrão se recusou a aceitar a verdade e lutou por ajuda mundana, enquanto eu sabia que o problema era espiritual, eu espero que não seja tarde demais para você salvá-lo da possessão, Xamã.

A valise se fechou e deslizou para dentro de uma fissura na parede, como se movida por uma força invisível. Xamã prestava diversos desses serviços espirituais as mais diversas pessoas de Nova Capital, sem olhar raça, credo, cor, idade e tão pouco condição financeira. Mas, não recusaria a ajuda financeira vinda de um homem rico, dessa forma poderia prestar serviços a diversos homens necessitados sem ter que cobrar nada. Era justo. Dimitri saiu das sombras, com a expressão de quem não dormia a dias. Colocou o capuz sobre o rosto e disse, com a voz séria, ao homem:

Existem exorcistas melhores, eu poderia lhe indicar uma dúzia deles, mas se você teme pelo tempo de seu patrão e eles podem não estar disponíveis, vamos logo, eu farei o trabalho.

Os dois partiram, sem dizer mais nada.

--- --- ---

Itamaré
Edifício Vivencia
23h20

O espirito não era muito poderoso, mas a completa falta de fé do milionário e de seus familiares dificultou muito o trabalho do Xamã, apenas a fé do mordomo lhe ajudara. Talvez as pessoas daquela casa nunca admitissem, mas o homem havia salvado a vida de todos ali buscando a ajuda de Dimitri. Sentou-se na varanda da cobertura, tomando um chocolate quente e observando a vista, enquanto recuperava suas energias.
De repente o comunicador do Sindicato tocou e ele foi informado de um problema que ocorria bem próximo dele, envolvendo um homem que atendia pela alcunha de “Mago” e um local chamado “Casarão”, onde estaria ocorrendo a festa. Da varanda pode ver a tal festa, não tendo dúvidas no que fazer, saltou da mesma e se jogou no ar. Usando suas habilidades moveu-se rapidamente para o local, tentando evitar o pior.

--- --- ---

Itamaré
O Casarão
23h30

Não chegara rápido o suficiente para impedir a transformação demoníaca das três mulheres e tão pouco para deter a fuga do homem que havia causado todo aquele transtorno. Mas, pretendia dar o máximo de si para impedir que mais vítimas surgissem. Observou os múltiplos alvos e decidiu que o perigo maior residia nas duas mulheres elementais. Contou que com a alerta do Sindicato outros heróis também surgissem e ajudassem na questão das pequenas criaturas.

Dando um passo espiritual, surgiu em cima da entrada do Casarão. Aguçou seus sentidos e ativou seus poderes, preparando-se para o combate que poderia ser difícil. Cobriu seu corpo com uma armadura espiritual (Materialização Espiritual), brilhante, que cobria completamente o seu corpo e chamava bastante atenção. Gritou a todos pulmões para os dois demônios elementais.

Criaturas malditas, não posso mais salvar as suas vidas e tão pouco permitir a sua existência nesse mundo. Lhes tirarei dessa vida amaldiçoada e encaminharei suas almas para a paz.

Com uma estratégia que dependia de velocidade e astúcia (Sentidos Aguçados e Agilidade), Xamã pretendia enganar os demônios e eliminá-los o mais rápido possível. Se teleportaria (Passo Espirtual) de onde estava, mas deixaria a armadura no lugar, fazendo os demônios acreditarem que ele ainda estava ali. Em seguida criaria constructos espirituais (Materialização) em forma de bolhas, para limitar o movimento dos demônios. Moveria as criaturas (Telecinese) com grande velocidade, jogando-as uma contra a outra, fundindo os constructos em um só. Dessa forma pretendia anular as habilidades dos demônios. Em seguida, esmagaria as criaturas, diminuindo o constructo que elas se encontravam e forçando-as uma contra a outra.

Se sua estratégia desse errado, usaria tudo que tinha (Manto Espiritual e Braço Espiritual) para atacar e se defender, tentando eliminar as criaturas com golpes telecinéticos e constructos perfurantes.

Objetivos:
- Deter as Gêmeas.
- ND Total: 14.

Habilidades: Braço Espiritual: Vigor (1) + Materialização Espiritual (2) + Manto Espiritual (1) + Passo Espiritual (2) + Sentidos Aguçados (2) + Super Agilidade (1) + Telecinese (3) + Zona (0) = 12.
Babalu
Babalu

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14/08/15, 08:30 pm
Filas que pareciam não ter fim lotavam o cinema do Shopping Europa para a pré-estreia do quinto filme de uma das franquias de mais sucesso do mundo, e Denílson era uma das pessoas que esperavam ansiosamente para a entrada na sala, abraçado com o maior pacote de pipoca que tinham disponíveis.

-Puta que pariu, a cena do avião vai ser fooooodaaaaa!- Enquanto falava sozinho, comia pipoca euforicamente super ansioso pra entrada, até que ouve uma adolescente na sua frente comentando algo que recebeu no smartphone com sua amiga.

-Olha que loucura isso aqui, você se lembra daquele ilusionista mega famoso?

-Aquele que boataram ter um tipo de pacto e tal?

-Então, tem um monte de vídeos dele aparecendo aqui, parece que ele tem pacto mesmo, olha isso, ele ta atacando aquela festa do casarão aqui perto com umas criaturas. - O animo de Denílson rapidamente some, e ele da um profundo suspiro e toma o celular da mão da menina, e olha atentamente o vídeo.

-ME DEVOLVE!- A menina pega seu aparelho de volta a força.

-“Merda, se o sindicato descobrir que eu tava por perto e não fui ajudar eu to ferrado” Onde fica esse lugar?- Perguntou pra ela.

-E te que te interessa?- Respondeu com expressão de brava, e sem muita paciência Denílson a afasta pro lado e pergunta para sua amiga.

-Fica umas três quadras daqui. – Respondeu com um pouco de receio.

-Ah tá, então segura isso pra mim. - Ele joga o pacote de pipocas nos braços dela e desaparece deixando apenas um rastro de faíscas elétricas.

Em questão de poucos minutos Denílson já estava no local totalmente energizado e preparado para o que estava por vir.

-Olha o puteiro que virou isso aqui. - Varias pessoas corriam em sua direção fugindo de pequenas criaturas bizarras que as atacavam, Blecaute entrelaça os dedos e estica os braços pra frente para estrala-los.

Evitando ataques a distancia para não atingir as pessoas, Blecaute vai tentar atacar as criaturas usando seu teleporte pra se aproximar e usar golpes energizados, até todos estarem a salvo, se conseguir ira usar mais poder para derrotar as criaturas excedentes.  

Vantagens

Eletrocinese: 3
Teleporte: 2
Escudo eletromagnético: 1
Zona: 0
Chip
Chip

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24/08/15, 10:55 pm
Fechada
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