fabricadeherois
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.

[Bairro] - Vila Novo Acre

+8
Meia-Noite
Incrível
Clone
Devaneio
Barata
QuimeraBranco
Chip
Administrador
12 participantes
Ir para baixo
Administrador
Administrador
https://fabricadeherois.forumeiros.com

[Bairro] - Vila Novo Acre Empty [Bairro] - Vila Novo Acre

22/07/20, 10:58 pm

Vila Novo Acre


[Bairro] - Vila Novo Acre Vila

Este bairro nasceu de um pequeno vilarejo rural, antes da fundação de Nova Capital. Na época, o temido coronel João Laerte era dono de centenas de hectares de terra e controlava a política local, aliado ao corrupto prefeito. Ele explorava o trabalho dos agricultores da região e cedia uma pequena propriedade.

Todos se submetiam à autoridade de Laerte. Seu maior rival era o coronel Inácio Macieira, dono do único pedaço de terra que não o pertencia. A boa índole de Macieira e a amizade com o governador o tornava uma pedra no sapato de Laerte, que cobiçava suas terras.

Macieira lutava contra a opressão e pela justiça dos crimes de Laerte, mas a batalha política era ferrenha. Ele sofreu vários atentados contra sua vida, mas nunca provou que Laerte era o mandante. Até que um dia foi derrotado, assassinado por capangas de Laerte. Com apoio político e métodos escusos, Laerte tomou as terras de Macieira e as deu como dote ao seu filho recém casado.

Logo, estranhos eventos começaram a acontecer na fazenda Novo Acre. Os animais eram mortos durante à noite, estraçalhados sem que a carne fosse devorada ou encontrados com mordidas e nenhuma gota de sangue. Lendas sobre lobisomem atormentavam os empregados.

As plantações também eram destruídas estranhamente, com corredores abertos por fogo, sem que o fogo se espalhasse. O povo dizia que o diabo caminhava por aquelas bandas. Em pouco tempo, corria um boato sobre a maldição de Macieira. Receoso, Fabrício Laerte e sua esposa se mudaram e mais tarde Laerte morreu de infarto fulminante, mas os estranhos acontecimentos em Novo Acre persistem até os dias de hoje.

Mesmo com a fundação de Nova Capital, Vila Novo Acre continua sendo uma área rural, onde a maioria dos moradores é analfabeta e sobrevive da agricultura e pecuária. Hoje as fazendas são maiores e usam tecnologia de ponta e o bairro torna NC um pólo exportador agropecuário.

Entretanto, os mais velhos e até os jovens contam causos e lendas urbanas que povoam o bairro e estampam manchetes de jornais.

Orbital e Métrico gostam desta mensagem

Chip
Chip

[Bairro] - Vila Novo Acre Empty O Curioso Caso dos Bebês Demônios

02/08/20, 01:46 am
O Curioso Caso dos Bebês Demônios
Vila Novo Acre - 03 de agosto de 2020 - 21h00


O primeiro registro de um bebê demônio surgir onde hoje se encontra o Bairro Vila Novo Acre é datado há 200 anos, especificamente em 30 de julho de 1820. O pouco que se sabe é que a mãe, assustada com o aspecto do bebê, entregou o recém-nascido para um convento, mas não se sabe o que aconteceu com ele depois.

O segundo registro ocorreu exatamente 100 anos depois. Nascido no mesmo dia 30 de julho, mas agora em 1920. Conta-se que esse bebê tinha olhos amarelos e pele rubra, mas o mais assustador era seu choro estridente que era possível ouvir a distância. Com medo da repercussão a mãe fugiu com seu bebê, e não há mais registros do caso desde então. Apesar de não haver provas contundentes, muitas pessoas acreditam que este possa ser Infernal, um vilão com poderes de fogo que desapareceu após uma intensa batalha contra heroína Lótus Branca, no Porto de Santos, em meados da década de 60.

Mais 100 anos se passaram, e no dia 30 de julho de 2020, num parto ocorrido em sua humilde residência, nasce Antônio, filho de Maria Joana, cujas circunstâncias de sua gravidez foram normais, nada que levantasse suspeita dos vizinhos. A jovem era casada com um simples trabalhador que havia morrido 2 meses antes do parto, e o bebê era agora sua única alegria.

O susto havia sido grande. A mãe de Maria desmaiou ao ver o recém nascido, a parteira começou a rezar e entregou o bebê imediatamente para a mãe, que chorou ao ver o bebê. Não era choro de tristeza ou medo, mas sim de alegria genuína. Ela não se importou com a cor avermelhada da pele de seu filho, sequer com os pequenos e brilhantes olhos amarelos quando pela primeira vez olhou para ela, ela o amava do jeito que ele era.

Contudo, o choro estridente chamou a atenção da comunidade local. E a confirmação da parteira, que estava relutante em contar que se tratava de mais um bebê demônio, levou a uma pequena revolta entre os vizinhos. Uma reunião foi marcada com poucos homens da vizinhança, para discutirem acerca do bebê demônio.

- Tenho certeza que Mariazinha se deitou com um diabo e agora o fruto está aí, trazendo tormento para todos nós! Tenho certeza que vai ser mais um Infernal. Não sei se vocês lembram, mas ele queria destruir nossa cidade. Esse bebê, meus amigos, é uma ameaça e nós temos que fazer alguma coisa

Maria olhou pela janela, assustada, os homens se aproximando pela rua, gritando para que a mãe entregasse seu filho. Para proteger seu bebê, colocou móveis na porta da casa e se trancou no quarto, chorando, temendo pela vida de seu filho. Ela sabia que seu bebê causaria repercussão na vizinhança, mas não imaginava que 10 homens do bairro iriam se juntar para tentar invadir sua casa e tomar seu filho.

Objetivo:
- Proteger Maria e seu filho Antônio: ND 5
Observações:

1. Essa missão é reservada para o jogador Suaçuna, que atua na Vila Novo Acre. A regra de mobilidade está suspensa.

2. Dúvidas no grupo de jogadores do WhatsApp.
QuimeraBranco
QuimeraBranco

[Bairro] - Vila Novo Acre Empty Re: [Bairro] - Vila Novo Acre

03/08/20, 11:25 am
A internet em Vila Novo Acre em Vila Novo Acre ainda é capenga. Além de chegar a poucas ruas, nem todo mundo consegue pagar uma conta mensal fixa. A maioria das pessoas acessa por meio de telefones já ultrapassados com chips pré-pagos e conta seu consumo para não ficar sem ao fim do mês, preferindo aplicativos que não consumam créditos. O principal desses aplicativos, gratuito para a maioria das operadoras, é o Inhaí, de troca de mensagens instantâneas concorrente de uma multinacional americana, desenvolvido por uma dragqueen brasileira que "foi longe demais" e fundou um império business.

O telefone de pouca memória de Alcides vibra, indicando que havia recebido mensagens. O jovem confere, já esperando um inhaí de Kayka Katastrophyka, a dragqueen mais respeitada de Vila Novo Acre:

"Viado! Depois de um dia inteiro nesta internet lenta, consegui baixar a final de PV Drag Race. Vem pra casa pra gente assistir com as monas. Traz cerveja!

Assistir aos episódios de Pamela Villar Drag Race era uma coisa sagrada para as POCs da região. Só Kayka tinha recursos suficientes para reunir o pessoal, mas mais que assistir a um reality show, o evento era uma confraternização semanal, quando todos os afeminados compartilhavam suas alegrias e tristezas. Alcides se arrumou e se perfumou com o mais novo perfume da Natural, tinha abandonado os produtos Jequitibá depois que a empresa apoiou um candidato homofóbico. Além disso, sempre aparecia um bofe novo para assistir e Alcides precisava aparecer impecável.

Alcides chega à casa Kayka, dá a benção a ela, afinal, embora não fosse drag, se sentia um filho dela, pois seu uniforme foi confeccionado pela lenda. Todas as monas já haviam chegado e Kayka esperava impaciente pela bonita:

— A senhora se banhou de perfume pra quê, besha? Tonhão da Berinjela nem veio hoje... Mas se sente logo que eu vou dar o play.

A final do programa contava com três candidatas, o que dividia a audiência daquele grupo de jovens. Quando estava para terminar, num lipsync entre elas, a gritaria do lado de fora da casa de Kayka abafou o som da tela do computador. Dez homens se juntaram e, com estardalhaço e fúria, praguejavam em direção ao final da rua. As monas pararam de ver o programa,mas Kayka não deixou que elas aparecessem na janela. Não seria a primeira vez que sujeitos como aqueles passavam na rua, sua própria casa já foi alvo de uma inquisição dessas uma vez.

— Pra onde será que eles vão, mother?

— Não sei, mas boa coisa não deve ser – respondeu Kayka.

— Ouvi falar que teve a ver com filho de Maria Joana, filha de Chiquinha Lavadeira. Falaram que a criança parecia com Kayka depois de um after, o próprio demônio – respondeu Tiquinho, uma bicha venenosa que Alcides não sabia por quê Kayka ainda a chamava pra social.

Kayka dá um cascudo em Tiquinho, que se recolhe, mas continua:

— O pai morreu tem uns meses já. Será que tem relação?

— Bonita, a senhora poderia ir lá dar uma olhada, néam? Agora que a senhora é poderosa.

Alcides hesitou. Eram dez homens adultos contra um adolescente que tinha ganho poderes recentemente, mas lembrou do porquê recebeu aquela dádiva. Deveria salvar as pessoas assim como foi salvo.

— Tem razão, mas eu nem trouxe meu uniforme...

— Besha burra nasce homem, né, amada? A senhora acha que eu não teria feito uniformes reservas pra senhora?

Kayka leva Alcides para seu quarto de costura, onde mostra um uniforme novinho.

— Obrigado, mother!

O menino vestiu a roupa rapidamente, com Kayka olhando disfarçadamente para o corpo atlético de Alcides. Nunca iria admitir, mas ela admirava a jovem monete. Veloz como quem foge da luz dentro de um dark room, Alcides já estava preparado e agora era Suaçuna!

— A besha deveria repensar esse nome medonho!

— Foi a entidade que deu, não posso fazer nada... – respondeu Alcides, sorrindo e ganhando a rua.

Suaçuna persegue o grupo para saber qual o destino deles. Confirmando que vão para a casa de Maria, tentará impedi-los de invadir a casa. Usando sua velocidade, Alcides pretenda pegar "no susto", pelas costas, um homem de cada vez para levar a um lugar distante, diferente para cada um, a fim de dispersar o bando. Se algum resistir ou se for percebido, não restará alternativa a não ser entrar em combate corporal, quando Suaçuna pretende abater com golpes rápidos para incapacitá-los. Se, ainda assim, não for suficiente, Alcides irá apelar para o bom senso deles:

— Não vêem no se transformaram? Em raptores de crianças? Não importa a aparência dela! E se houve, uma vez, um vilão com as características dela, o que faz pensar que ela seguiria pelo mesmo caminho? Se Infernal foi um vilão, que motivos levaram-no a tomar aquelas atitudes? Deixem a criança em paz e, quem sabe, no futuro, Novo Acre terá não um vilão para ameaçar a cidade, mas um herói para nos proteger!
Chip
Chip

[Bairro] - Vila Novo Acre Empty Re: [Bairro] - Vila Novo Acre

04/08/20, 05:59 pm
Resolução: O Curioso Caso dos Bebês Demônios

O grupo de homens que avançava em direção à casa de Maria Joana não era um grupo silencioso, assim, por onde passavam, as janelas das casas se acumulavam de pessoas, curiosas, atentas, assustadas. O sentimento entre todos era misto, mas nem todos era de concordância. Na verdade, a maioria das pessoas que estavam assustadas ali discordavam dos métodos daquele grupo específico, mas não tinham coragem o suficiente para enfrentá-los.

Perto dali, na casa de Kayka Katastrophyka, a dragqueen a quem Alcides tinha um respeito de mãe, o grupo reunido assistia aquela movimentação que já não era novidade para a mother. Após imensamente incentivado, Alcides veste seu uniforme e parte em direção aos homens, constatando que eles estavam a caminho da casa de Maria Joana, conforme teorizaram na casa de Kayka.

Contou exatamente 10 homens, todos eles já estavam de frente a pequena cerca que em nada protegia a propriedade, apenas delimitava. Quatro dos homens estavam com camisa da seleção brasileira, outros três com camisa de um político defendido pelo grupo em geral, e os dois eram famosos por defender a família tradicional enquanto traem suas esposas. Apenas um lhe chamou a atenção, que era Júlio, um garoto a quem anos atrás lhe havia despertado um certo crush, mas que depois de conhecer um pouco melhor, ele passou a despertar apenas seu desprezo.

Quando viu que o primeiro homem, o qual liderava o grupo, estava a ponto de pular a cerca, correu em sua super-velocidade, agarrando pela blusa e o jogando no chão a 15 metros dali. Foi tão rápido que o grupo sequer percebeu o que havia acontecido com o líder, olharam ao redor e só viram um vulto amarronzado levando mais três para longe. Antes que pudessem esboçar qualquer reação, mais dois haviam sido levados, cada um para um canto.

Quando o primeiro esboçou reação de correr, Suaçuna o puxou pelo pescoço e o jogou no chão. O segundo que começou a correr também caiu quando o velocista apenas chutou sua perna, e o terceiro o herói sequer precisou intervir, pois tropeçou no próprio pé e caiu. Restava apenas Júlio, o mais novo dentre um grupo de quarentões e cinquentões. O jovem percebeu a aproximação do herói e tentou desferir um soco, que foi desviado com maestria. Sem pensar muito, Suaçuna apenas revidou, com um rápido soco que derrubou Júlio no chão com o nariz quebrado.

- Não vêem no se transformaram? Em raptores de crianças? Não importa a aparência dela! E se houve, uma vez, um vilão com as características dela, o que faz pensar que ela seguiria pelo mesmo caminho? Se Infernal foi um vilão, que motivos levaram-no a tomar aquelas atitudes? Deixem a criança em paz e, quem sabe, no futuro, Novo Acre terá não um vilão para ameaçar a cidade, mas um herói para nos proteger! - Gritou a plenos pulmões, se colocando de pé em frente a humilde casa da mãe do bebê, enquanto os homens se levantavam, um a um, com dificuldade.

Um silêncio se instaurou por alguns segundos. Os vizinhos que não estavam assistindo desde o começo da inquisição gravando com seus celulares, ou ao menos desde que Suaçuna havia resolvido agir, agora acendiam a luz após o discurso dele.

Ao longe, um forte assobio e palmas puxaram a salvas. Era Kayka, orgulhosa de Alcides, junto de seu grupo. Puxaram um coro de palmas, assobios e gritos de muitas casas ao redor. Eram pessoas, também vítimas das constantes inquisições, que estavam cansadas da dominação daqueles homens, mas que não tiveram a coragem que o jovem teve para enfrentá-los. Não apenas fisicamente, mas com palavras.

Vários dos homens começaram a se dispersar durante as palmas, enquanto Alcides, atônito com o apoio, se virou de costas ao sentir o toque de uma chorosa Maria Joana, que queria agradecer o herói por defender seu filho. No momento, Júlio se levantou com um canivete na mão sem que nenhum vizinho percebesse, mas foi segurado pelo líder do grupo.

- Não filho, aqui não. Hoje não. Vamos embora. - Disse olhando ao redor.

__________________________

Vila Novo Acre - 4 dias antes.

O choro estridente do bebê que acabara de nascer acorda toda a vizinhança mais próxima. Era um choro diferente, causava medo nas pessoas. As ondas sonoras atravessam todas e qualquer estrutura que encontra pela frente, indo longe, além das fronteiras do bairro rural. Bem longe dali, um homem com longos cabelos e barba negros, escuta um resquício do que é o estridente choro do bebê. Há muitos anos esperava por aquele momento, por aquele som. Sentado de cabeça baixa, com a sombra de seus cabelos escondendo seu rosto, ele ri.

__________________________

Teste de Dados
Agilidade(1) + Carisma(1) + Super-Agilidade(+1) + Super-Velocidade(+1) + Atormentado(-1) + Dado 1d6 (3) = 6.
Sucesso!

Pontos de Experiência: 5 xp

O jogador pode registrar a missão em seu diário de ações.

QuimeraBranco gosta desta mensagem

Barata
Barata

[Bairro] - Vila Novo Acre Empty Re: [Bairro] - Vila Novo Acre

12/09/20, 03:09 pm
Prólogo:

Vila Novo Acre - 11 de Setembro 05:25

Seu Isac, um famoso agricultor do ramo de cenouras, possui uma pequena fazenda na Zona Rural da cidade.
O idoso apelidado de o rei das Cenouras, possui uma caminhonete Ford Antiga, modelo F100 do ano de 1955. O carro está em perfeito estado, pois seu dono é extremamente cuidadoso.

Apesar de não mais usar o carro para trabalho, vez ou outra seu Isac gosta de ir para as feirinhas de Novo Acre com sua caminhonete.
Em um dia comum, o velho carrega seu veículo com algumas caixas de cenoura e parte em direção a feira do Novo Acre. Em seu trajeto pela estrada de terra, o idoso percebe uma moto atravessada no meio da pista. Ao lado da moto, dois homens com armas apontadas para frente.

Objetivo:
- Impedir o roubo do veículo: ND 7
(missão recomendada para 2 jogadores no máximo)
Devaneio
Devaneio

[Bairro] - Vila Novo Acre Empty Re: [Bairro] - Vila Novo Acre

12/09/20, 07:53 pm
Já fazia quase uma semana desde a primeira aparição de Devaneio e seu boom nas redes sociais. De uma hora para a outra, todos os seus amigos e conhecidos estavam comentando sobre o vídeo e parabenizando-a pela coragem, sem entender muito bem como ela havia feito tudo aquilo. A jovem heroína, por sua vez, adorava a atenção que recebia. Deixou a fama subir à cabeça só um pouquinho e até trocou seu antigo uniforme cafona por algo mais moderno e urbano.

A alegria chegou ao fim quando uma parente enxerida mandou o famigerado vídeo para seus pais pelo “zap”. Quando acordou na sexta-feira, seu pai já estava de cara feia.

— Que história é essa de saí brigando na rua, menina? Eu sei que cê é inquieta e quer fazê diferença, mas num vai sê uma menina magrinha e pequenininha que vai mudá o mundo não. Deixa isso pros outro e para de dá preocupação pra mim e pra sua mãe. Ouviu? Agora vê se faz algo importante de verdade e vai pra feira ajudar o patrão com as venda.

Samanta não discutiu. Era inútil tentar argumentar com aquele cabeça dura. Saiu rápido, pegou sua bicicleta e foi pedalando na direção de uma das inúmeras fazendas ali perto, de um velho compadre de seu pai. A família Cipó ajudava nas plantações de vários fazendeiros ricos que moravam por ali, com seus conhecimentos ancestrais e a conexão sobrenatural com a natureza. Nos fins de semana, Samanta costumava ajudar alguns dos clientes na feira pra conseguir um trocado a mais.

Entre pedaladas e tragadas no cachimbo, Samanta nota a caminhonete do conhecido Seu Isac lá na frente. Ao se aproximar, nota a emboscada e os dois homens armados.

Ação:

Assim que vê homens armados, Devaneio fica com medo de ser atingida e tenta usar seu Encolhimento para evitar os ataques inimigos. Ela também pretende usar sua Ilusão para fazer os dois bandidos verem suas armas se transformando em serpentes peçonhentas que os ataca, com o objetivo de desarmá-los e deixá-los ocupados por algum tempo, então voltará ao tamanho normal para tentar nocauteá-los atirando com sua funda.


Última edição por Devaneio em 15/09/20, 05:31 pm, editado 2 vez(es)
Clone
Clone
http://jogoseafins.forumeiros.com/

[Bairro] - Vila Novo Acre Empty Re: [Bairro] - Vila Novo Acre

15/09/20, 02:57 pm
Desde que eu consegui minha liberdade, fazer amigos não é uma tarefa das mais fáceis. Meu primeiro amigo foi um mendigo chamado Raul. Ele devia estar meio bêbado no dia em que nos conhecemos, mas pelo menos ele não fugiu quando me conheceu. Foi ele quem me ensinou as manhas das ruas, como eu poderia sobreviver. Ele tinha um filho, sujeito trabalhador, mas desde que ele se afogou na bebida os dois nunca mais tinham se falado. Foi assim que eu conheci outro amigo meu, o Robertinho. Tentei reaproximar os dois, mas não é fácil! Seu Raul precisa parar de beber, mas oh vício danado esse dele. O que eu faço geralmente é servir de intermediador dos dois. E o que eu ganho com isso, além de amizade? Comida! A mãe do Robertinho, ex do Raul, acha que eu sou o próprio Raul e me trata bem, acho que por pena.

Mas enfim, Robertinho trabalha numa das fazendas da Vila Novo Acre. E um dia desses ele ficou doente, acho que pegou um resfriado. Lembra que eu disse que ele é trabalhador? Pois é, o cara não tá de brincadeira. Ele me chamou ontem e disse:

"Lucas, tem como você se fazer passar por mim e ir trabalhar na fazenda do Tonhão amanhã? Fica perto da fazenda do Rei das Cenouras, só que em vez de seguir reto você dobra a rua pra direita, não tem erro. Ele tem uma encomenda importante, vai precisar de todos os funcionários e eu não posso ir nesse estado. Você vai lá, faz o meu trabalho e pega minha grana. Eu divido com você, se for o caso."

Trabalhar não estava bem nos meus planos, mas como sou amigo dele resolvi dar essa força. E uma grana no bolso não é nada mal. E agora estou aqui, caminhando cedo até a tal da fazendinha do Tonhão.

Então, vamos repetir o trajeto. Segue a rua do rei das cenouras, dobra pra... Esquerda? Não, animal, pra direita! Desse jeito você chega tarde lá na... Opa, que estranho. Dois caras armados com uma moto atravessada no meio da rua? Algo me diz pra dobrar a direita enquanto eles ainda não me notaram e fingir que não tô vendo isso. Mas aí escuto o carro do rei das cenouras. Tá, eles vão assaltar o velhinho. Já entendi! Vou dar um jeito nisso, afinal a mãe do Robertinho compra cenouras dele pra fazer um cozidão que eu gosto muito! Peraí... Isso pareceu um trocadilho? Eca!

Vou fazer o seguinte. Deixa ver... Ah, já sei! Vou me transformar em um dos dois e confundir a cabeça deles! O que eu falo?

Ação: Vou me transformar num deles e gritar:
"Aê, cara! Não confia nesse otário do teu lado não! Ele me amarrou e está se fazendo passar por mim! É cilada, mano!"

Isso deve atrair a atenção deles tempo suficiente. Espero que eles não sejam amigões, porque vou blefar o quanto puder pra distrair a atenção. Se eu chegar mais perto, posso tentar jogar que o cara que eu tô imitando é da polícia e fazer os dois brigarem, ou desarmar um deles e atirar no pé. Espero que eles saibam mesmo usar essas coisas, porque vou tentar pegar essa habilidade também. Se nada der certo... Corre, muleque!
Incrível
Incrível

[Bairro] - Vila Novo Acre Empty Resolução

22/09/20, 12:27 am
O velho fazendeiro fica apavorado e reduz a velocidade de seu veículo.
Na hora ele fica sem reação. Mil coisas passam por sua cabeça. Atropelar aqueles dois, largar o carro e sair correndo, tentar manobrar e voltar pra trás, mas não consegue fazer nada além de parar a caminhonete.

-Perdeu coroa, desce do carro e vai passando a chave! - Grita um dos assaltantes com a arma apontada para o idoso.
Seu Isac rapidamente abre a porta do veículo e desce com as mãos para o alto e corre pro mato para se esconder, enquanto o assaltante entrava na caminhonete, porém assim que o rapaz senta no banco do motorista, ele começa a ter uma sensação ruim, era como se algo afetasse seus sentidos de alguma forma. E de fato algo realmente acontecia. Em tamanho minúsculo, e escondida entre a carga da caminhonete Devaneio usava seus poderes ilusórios no primeiro assaltante.
O ladrão de carros olha para a arma em sua mão e vê uma cobra no lugar do revólver. Assustado, ele arremessa para longe a arma, e sai do veículo tentando entender o que havia acontecido.

Enquanto seu comparsa se aproximava sem entender o que acontecia, ele se depara com o primeiro assaltante  tocando seu ombro por trás.

-Cara esse lugar é meio louco, tem um impostor aqui, um cara igualzinho a mim! - Diz Clone se passando pelo primeiro assaltante.

-Mas que porra é essa? Grita o homem se afastando. Ele olha para os dois idênticos e não entende o que estava acontecendo. Ele agora tinha o revolver apontado para os dois homens idênticos, algum tinha que ser seu comparsa, mas qual?

-Por que eu to vendo duplicado?

-Acho que tem droga no ar.. só pode ser - Diz Clone deixando o homem mais irritado...

-Mas que merda é essa? cara o que que tá acontecendo aqui? - Diz o ladrão sem entender nada novamente.
Os dois idênticos ficam lado a lado, enquanto o outro assaltante ainda mantinha a arma apontada para eles

-Chega de gracinha, quem é o verdadeiro Cadu?

-Eu! Respondem os dois ao mesmo tempo.

-Ah merda, parem com isso. Cadê sua arma Cadu?

-Ela virou uma cobra cara, esse lugar tá me deixando confuso...

-Só um louco diria isso,  ele é o impostor Diz Clone apontando para o homem ao lado.


-Ahhhh chega, que se fodam os dois!!!

BLAM!

O ladrão da o primeiro tiro, que acerta no ombro do Cadu verdadeiro o derrubando no chão, ele aponta na direção  do "Cadu falso" mas antes que atirasse uma pedra atinge sua cabeça o nocauteando na hora.
Devaneio se revela em cima da caminhonete. Clone sorri para a garota, mas percebendo que ela não sorri de volta, ele rapidamente  fala com ela:

-Não atira não moça, eu não sou ladrão, nem to com esses caras.... Ele muda de forma, revelando sua aparência original.

- Putz, agora sim que ela vai jogar pedra em mim... eu devia ter me transformado naquele tal de Brad Pitt... Resmunga o garoto de aparência bizarra...

- Relaxa, eu não vou atirar, da onde eu venho a gente também tem que se esconder de alguma forma...mas de vez em quando é bom podermos ser nós mesmos...precisamos ser!

- - - - - - -


Desvantagens: Não considerei as desvantagens da Devaneio, pois ela não se expôs diretamente na ação.
Clone (Descontrole) 1d6 = 4 (Não ativa)

Jogada:
FOC: 1  + CAR: 1 + Ilusão (2) + Funda(1) +  Morfar(1) + Blefe(1) + Dado(3) = 10
Sucesso!

Cada um ganha 3 XP

Podem postar em seus diários.
Meia-Noite
Meia-Noite

[Bairro] - Vila Novo Acre Empty Re: [Bairro] - Vila Novo Acre

22/09/20, 10:42 am
Um Dia da caça
Vila Novo Acre - 23 de Setembro de 2020, 00h00


O som dos uivos ecoaram noite adentro, os habitantes da Vila Novo Acre fecharam suas portas e janelas, enquanto os mais corajosos se armaram com porretes e facões.

Um lobisomem estava a solta, o rumor se espalhou rapidamente de boca a boca pelo bairro. Seu Plínio com seus 61 anos se armou com sua empoeirada Winchester 22 "A marvada já matou até onça!" Bravejava com orgulho enquanto carregava as balas.

Próximo da fronteira com a Zona Rural os caçadores se reuniram, o lobisomem já havia atacado algumas pessoas na estrada, porém os relatos ainda eram vagos. Seu Plínio liderou o rastreamento, caçador experiente não demorou muito para encontrar o rastro de duas patas caninas. Não restaram dúvidas um lobisomem.

Dois grupos se dividiram para caçar a fera e logo disparos e uivos foram ouvidos por toda região. O Lobo homem correu meio ao pasto, desviando do gado, até encontrar abrigo num celeiro. 

Um rastro de sangue levou os caçadores até o local. E Seu Plínio se aproximou apontando a arma. Mas antes que tivesse a chance de disparar, o Lobisomem tomou a iniciativa, saltando de dentro do celeiro e erguendo a arma do caçador pelo cano para cima.

Em sua expressão uma carranca feroz, assustando todos caçadores, enquanto Seu Plínio tentava arrancar a arma das mãos do lobo. 

--Velho maluco, eu não machuquei ninguém, mas vou arrancar sua jugular! -
O Lobisomem rosnou mostrando as presas, deixando alguns ali em dúvida sobre a natureza do animal, no entanto ele estava pronto para morder o velho caçador.

Objetivos:

-Os jogadores poderão escolher um dos objetivos abaixo, podendo o escolher o mesmo objetivo ou paralelos. Caso escolham objetivos diferentes cada um, o resultado da missão poderá ser um conflito ou apaziguamento da situação.
-Seguindo a regra de postagens no mesmo bairro, essa missão é reservada para Suaçuna e Dínamo que não postaram na última missão.

-Ajudar os Caçadores ND7
-Ajudar o Lobisomem ND9

Demais dúvidas grupo dos jogadores no whatsapp.


Última edição por Pitbull em 22/09/20, 03:46 pm, editado 1 vez(es)
QuimeraBranco
QuimeraBranco

[Bairro] - Vila Novo Acre Empty Re: [Bairro] - Vila Novo Acre

22/09/20, 01:04 pm
O som de uivos ecoou pelas ruas de Novo Acre. Enquanto alguns moradores fechavam suas portas e jane!las com medo, a turma de Kayka Katastrophyka ria.

— Eita que essa foi boa – riu Kayka, arrancando risada das amigas.

— A besha deve estar gozando horrores – respondeu Tiquinho, a gay chata da turma.

— Sei não, gente – Alcides parecia preocupado — Tem um pessoal saindo armado. Sendo lobisomem ou apenas alguém escandaloso o suficiente para gritar desse jeito, é melhor que investigue.

— Ai, Sussu, depois que você ganhou poderes, virou uma chata – Tiquinho tinha certa inveja de Alcides — Deixa pra lá, mana. Aposto que é uma peluda discreta e fora do meio, daquelas que nos dá coió.

— Sei lá, Tiquinho, mas sinto que devo ajudar. O que a senhora acha, mãe?

— Vai lá, minha filha. Como disse que aquela fadinha da luz: Corre, veado, corre!

— Ridícula...

E assim Suaçuna fez. Como um vulto (um vulto, não O ❤Vulto❤ ), o heroi deixou o casebre e ganhou as ruas. Usava seus sentidos para tentar localizar de onde vinham os uivos, mas o que ouviu era pior. Com o silêncio da noite, conseguiu ouvir as vozes do grupo de caçadores e entendeu que eles rumavam para um pasto. Quando chegava perto, ouviu os tiros e acelerou os passos. Os caçadores seguiam para um celeiro e, no caminho, Suaçuna viu o rastro de sangue. Chegou bem a tempo de ver a cena em que o lobisomem rosnava contra o velho Plínio.
 
— Velho maluco, eu não machuquei ninguém, mas vou arrancar sua jugular!

Suaçuna pretende usar sua mira para atirar qualquer coisa nas mãos de Plínio para tentar desarmá-lo e chamar sua atenção. Depois usará sua veloz capacidade atlética para conseguir arrancar a arma dele, sempre atento à reação dos demais caçadores. Por fim, tentará persuadir os homens a deixar o lobisomem em paz.

— Acalme-se, peludo. Ninguém vai machucar ninguém. Não hoje. Não comigo aqui. O Tony Ramos disse que não feriu ninguém, mas eu ouvi tiros. Você está ferido, Tony? De onde é este sangue? Enfim, basta de violência. Vão para casa. Vão cuidar de suas esposas, abraçar seus filhos. Deixem que eu cuido dele. Agora, vão!
Dínamo
Dínamo

[Bairro] - Vila Novo Acre Empty Re: [Bairro] - Vila Novo Acre

23/09/20, 11:15 pm
- Ei, péra pra onde vocês estão me levando? Cuzões, me soltem! - Não teve conversa, muito menos delicadeza. A base de empurrões Dínamo foi jogado dentro da Van preta do Projeto Renovar. - Vocês não podem fazer isso comigo, eu sou herói caralho.

Meia hora havia se passado e o veículo continuava em deslocamento. Vidros fechados, gestos mudos do outro lado. Se não fosse a sua luminescência própria tudo que Dínamo enxergaria seria o breu e mais nada. Com dificuldade, ele ainda via "borrões" do que pareciam ser animais à beira de estrada, estrada essa que claramente era de barro. O balanço do carro, subindo e descendo a cada buraco indicava: estavam fora dos limites da metrópole. Quando o carro finalmente desligou os motores, o límpido aroma do campo adentrou suas narinas.

- Por favor, nos acompanhe.
- "Por favor", porque não usaram essas formalidades há meia hora atrás?
- Precisávamos agir rápido e de certa maneira ser... "discretos".
- Olha, muito bom hein. Já podem entrar pro FBI de tão "discretos". Agora, vocês podem me dizer que caralhos eu to fazendo aqui na terra do Chico Bento?
- Fomos designados para realocá-lo para um QG provisório, por enquanto, considere-o como sua nova casa.

Dínamo quase não acreditou quando identificou onde seria o novo lugar que chamaria de lar, seu sangue ferveu atiçando seus eletrólitos. - Ok, ok. Eu sei que nunca fui um vilão famoso, não esperava luxo ou mesmo caviar da parte do governo, mas isso também é sacanagem. Adentrou uma casinha de sapê, a quantidade de galinhas ciscando dentro de um dos dois únicos cômodos - aquele que seria seu dormitório - deixava a entender que anteriormente aquilo era um galinheiro.

- Vocês tão de zueira, só pode. Isso é pegadinha, não é Calheiros? Responde desgraça, eu sei que você ta aí!
- Prefere voltar para a solitária? Eu poderia providenciar isso. - Respondeu o diretor do presídio com uma voz robótica vinda diretamente de um dos drones que perseguia/monitorava os passos de Douglas Gabriel.
- Ah, sabe de uma coisa, vai se fuder! Dínamo disparou um raio de eletricidade na direção do aparelho planador que teve seus circuitos fritados de imediato. Sua iniciativa tempestuosa serviu para distrair a escolta Renovar e ainda ganhar tempo para fugir pra longe dali, e foi o que se sucedeu, Dínamo achou abrigo em um celeiro ali próximo. Mal sabia que surpresas o aguardariam naquele lugar.

Vila Novo Acre - 23 de Setembro de 2020, 00h00

Um lobisomem saltou contra um velho, Dínamo relembra os filmes de infância onde a fera dilacera a vítima, uma morte estava preste a acontecer.
- Você vai ficar aí parado? - Um novo drone surge atrás de Dínamo.
- Cala a boca, me deixa em paz, você não pode me obrigar a nada.
- Então, você prefere carregar o peso de mais uma morte nas suas costas por mero capricho?
- Odeio concordar com você.
- Isso aí, bom garoto.

Ação (-Ajudar os Caçadores ND7): Dínamo pretende energizar-se "ligando" seus poderes, transformando seu corpo em pura energia para utilizá-la em combate em conjunto com seus demais poderes. Dínamo utilizará seu teleporte para aproximar-se do Lobo, contando com seu corpo elemental de pura energia para defender-se de qualquer possível ataque.

Por fim, usará sua eletrocinese para disparar uma carga de energia contra o "vilão". Caso tenha êxito em paralisar o Lobisomem com energia estática advinda da Eletrocinese, contará em seguida com seu eletromagnetismo para buscar correntes e outros objetos de metal ao redor utilizando-os para prender o Lobisomem até a situação se resolver.
Meia-Noite
Meia-Noite

[Bairro] - Vila Novo Acre Empty Re: [Bairro] - Vila Novo Acre

25/09/20, 08:29 am
Resolução:Um Dia da caça

O Lobisomem e Seu Plínio lutavam pelo controle da arma. Os caçadores se preparam para atirar esperando pela primeira oportunidade, enquanto o lobo abre a boca exibindo os dentes afiados, pronto para dilacerar o pescoço do velho caçador, que se recusava com todas forças a largar a winchester.

Antes que o impasse se transforme num massacre, uma pedra voa na direção da mão de Plínio, que larga a arma e é quase derrubado pelo arrasto de ar que surge entre ele e o Lobisomem em seguida. Do outro lado, Suaçuna segurava a arma, pronto para argumentar antes de causar mais estrago.

— ARRGH agora é minha chance! - O lobisomem abre as garras e avança com o punho na altura do pescoço do caçador.

zzZZZIUMMmm...BLIZZ


Um clarão de luz ilumina todos ao redor do lobo com um espectro azulado. Seu corpo congela com as garras a alguns centímetros do pescoço do velho, cada músculo travando ao mesmo tempo que um homem com a cabeça soltando faíscas para a seu lado, fazendo correntes da porta do celeiro se envolverem no corpo do Lobisomem.

—zz.Acabou a farra, Lobo mau cansou da vovó e agora quer devorar o vovô? - O lobo lutava contra as correntes, enquanto Suaçuna se aproxima.

—Espera ai fagulha!... Acalme-se, peludo. Ninguém vai machucar ninguém. Não hoje. Não comigo aqui. - Suaçuna conforta o lobo que ainda estava enfurecido tentando romper as correntes.

—O Tony Ramos disse que não feriu ninguém, mas eu ouvi tiros. Você está ferido, Tony? De onde é este sangue?

O Lobisomem tenta falar e Dínamo afrouxa a corrente na garganta.

—ARf...É meu, eu estava vindo para Nova Capital na minha moto e sofri um acidente. Quando eu cai, um casal de velhos veio me socorrer, depois disso foram só gritos de "Lobisomem" ... EU NÃO SOU LOBISOMEM PORRA! Eu nasci assim, eu achei que Nova Capital ia me acolher, vocês tem até um herói cachorro, mas pelo visto eu tava errado.  - Suaçuna cerra os punhos, quantas vezes isso iria acontecer no seu bairro, quantas vezes mais essa história de perseguição as pessoas diferentes iria se repetir? Ele se vira em direção aos caçadores.

—Basta de violência. Vão para casa. Vão cuidar de suas esposas, abraçar seus filhos. Deixem que eu cuido dele. Agora, vão!!! - As palavras saem da boca de Alcides com autoridade, enquanto os caçadores encaram dotados de todo preconceito e orgulho ferido. Antes que o primeiro levantasse a arma, Seu Plinio agarra o cano e desarma o caçador, o empurrando-o para trás.

—O rapaz tá com razão...o lobo não machuco ninguém, nóis que veio com sangue no olho e ele se defendeu. Vamo pra casa esfriar a cabeça. - O Caçador joga a arma no chão. E vai até Suaçuna que devolve sua Winchester o agradecendo.

—Eu que agradeço menino, eu vi o que tu fez aquela vez que o povo ia matar o bebê da Mariazinha. Você tá ensinando o povo dessas bandas a não julga pela aparência - O senhor agradeceu mais uma vez e partiu dali. Dínamo também comovido com o discurso, desfazia as correntes em volta do Homem-Lobo.  

—Foi mal ae, mas nem vem falar que tu não ia dar uma garrada no velho...

—Tony, Você tá bem?

—Arh..Obrigado, to legal, tenho poderes de regeneração. - Ele se levanta massageando os ombros enquanto os pelos negros abaixam, deixando uma aparência menos ameaçadora — Se não fossem vocês, acho que eu teria matado esses caçadores, é dificil não se tornar o que os outros dizem que você é...um monstro. Obrigado.

Os três entendiam esse sentimento perfeitamente. Saíram dali noite adentro conversando sobre nova capital, convencendo "Rubens" a ficar. Bom, pelo menos Suaçuna tentava, enquanto Dínamo reclamava sobre a cidade.

Um drone do projeto renovar sobrevoava a distância, acompanhando o trio. Enquanto no confortável escritório, um homem observava todo ocorrido pela tela.

—Poderes de regeneração? Interessante...


Rolagem de dados:

ND7
Recarga: 3
Dínamo [Corpo Elemental(1) + Eletrocinese(2) + Magnetismo(1) + Teleporte(1) + Foco(1)] = 6 + Dado(2) = 8 Sucesso! 

ND9
Recarga: 1              Atormentado: 1
Suaçuna [Foco(1) + Agilidade(6) + Resistência(1) + Carisma(1) - Recarga(2) - Atormentado(2)] = 5 + Dado(6)(5) = Sucesso Crítico!!!

Obs: Não considerei as desvantagens de Suaçuna na descrição, devido ao acerto crítico que garante sucesso automático.

Pontos de Experiência:
Dínamo Recebe 7XP    Suaçuna recebe 8XP e +1 de Boa Fama

Os jogadores podem registrar a missão em seus diários de ações.
Incrível
Incrível

[Bairro] - Vila Novo Acre Empty O Chupa Cabras

28/09/20, 12:30 am
28 de Setembro - 23: 50 h

A vila Novo Acre se tornou um lugar conhecido ao longo dos anos por ser palco de diversos acontecimentos inexplicáveis, Coisas misteriosas e sobre humanas chegam a ser corriqueiras neste bairro de Nova Capital.
E desta vez não era diferente, uma série de acontecimentos bizarros sem uma explicação plausível passavam a assustar os moradores do bairro interiorano.

Começou em algumas granjas locais. Os fazendeiros encontravam pela manhã dezenas de frangos largados no chão, mortos, sem uma gota de sangue no corpo. Em todos eles sempre havia algo em comum: Um grande furo na região do pescoço por onde o sangue supostamente havia sido drenado.

A princípio, eram casos pequenos, poucos animais mortos, os fazendeiros até pensavam ser somente raposas ou furões fazendo esse estrago, mas as coisas começaram a aumentar,  e mais casos surgiram.
Com o passar dos dias a suposta criatura deixou de se alimentar do sangue das aves, e passou para presas maiores.  Bodes e Cabras eram o principal alvo agora.

As notícias dos animais mortos se alastravam a medida que os ataques aos animais ocorriam.
Testemunhas oculares chegaram a descrever a tal criatura, mas nunca houve uma conclusão do que poderia ser. Nos últimos dias não se falava em outra coisa em Novo Acre, o “Chupa Cabras” era o assunto do momento.

A mídia passou a reportar os incidentes pelas rádios e TV.  Numa forma geral a população de NC achava aquilo tudo uma farsa, na internet  as notícias eram motivos de piada.
Mas para alguns, era um fato que deveria ser averiguado.  Farsa ou verdade precisavam ter certeza do que realmente era aquilo tudo.

E para alguns fazendeiros era um dever descobrir o que estava acontecendo e definitivamente por um fim nisso. Ainda mais depois do último ataque ocorrido, onde uma vaca foi encontrada morta, seca, largada no meio do pasto. Eles temiam que se uma criatura tinha a capacidade de fazer isso com um bovino o que seria de um humano contra a tal fera?

Vila Novo Acre 28 de Setembro - 23: 50 h

Um grupo com cerca de dez fazendeiros se junta durante a noite para caçar a criatura e botar um fim nisso. Armados com espingardas, facões e tochas os homens entram em uma área de mata do local. Depois de algumas horas, parte do grupo se separa na tentativa de fazer uma varredura maior pela área.
Não demorou muito até que tiros e gritos são ouvidos. Os fazendeiros partem na direção de onde vinham os barulhos. Tudo levava a crer que o  Chupa Cabras atacava novamente, e dessa vez seus amigos eram as vítimas.


Objetivo: Encontrar e deter o “Chupa Cabras”  ND 10

(missão sugerida para no máximo 2 jogadores)
Clone
Clone
http://jogoseafins.forumeiros.com/

[Bairro] - Vila Novo Acre Empty Re: [Bairro] - Vila Novo Acre

28/09/20, 10:43 am
Esses dias foram bem loucos. Depois de ajudar o Robertinho naquele dia com o Tonhão, ele me falou se comentaram comigo os boatos do "chupa-cabras" que estava rondando a região. Engraçado, porque não falaram de outra coisa! Achei a história meio "viajada", sei lá... Quer dizer que tem um ET que se alimenta de sangue de animais? Parece saído daqueles tais "filmes B". Mas o Robertinho parecia acreditar. Depois disso, comentei com o pai dele, o seu Raul. Pra quê! Ele começou a contar as histórias que ouvia, do lobisomem e de tantos outros que me arrependi de comentar. Era mais um que acreditava. Daí, passei a ouvir os boatos, pensar... É realmente tão absurdo assim? Dia desses eu tive que lidar com uns bandidos com poderes e roupas de circo. Eu mesmo sou meio que um monstro maluco. Então eu pensei: "E se...?".

De repente, pode ser um igual a mim! E se o laboratório fez outro mutante que nem eu e ele fugiu? Talvez esteja bem perdido. Ou ele é um dos caras maus? Seria um maluco, ou apenas alguém incompreendido? Cara, esses boatos pegam mesmo, hein? Fiquei sabendo que o Tonhão e outros fazendeiros iam se reunir para caçar a tal da criatura. Essa eu não poderia perder! Fiquei sabendo que um dos fazendeiros não ia poder participar porque estava doente. Então passei pela fazenda dele, me disfarcei de um ou outro funcionário para pegar algumas informações sobre ele e enfim pude imitá-lo. Joguei a desculpa de que eu (ele, é claro) tinha melhorado e vim porque queria pegar o "mardito que comeu minhas galinha!".

Tudo dando certo até agora (assim espero, parece que esse tal de Juarez não é de muitos amigos). Tomara que eu encontre o tal do "chupa-cabras" logo. Se ele for um maluco incompreendido como eu, vai precisar de ajuda. Se for um cara legal, vou dizer que atirei nele e tenho certeza que está morto, enquanto marco com ele para encontra-lo depois e bater um papo com ele. Se for um dos caras maus, vou mimetizar suas habilidades e usa-las contra ele. Ah, mas se for trolagem... Vou me fazer de um chupa-cabras que vi numa foto de simulação de um jornal e mostrar pra o engraçadinho o que...

BLAM! BLAM!

Eita, caramba! Já? Ok, não muda os planos. Apenas vou seguir a direção dos tiros e torcer para que ninguém tenha morrido. Aliás, se for um cara do bem, isso vai ferrar com meus planos... Qualquer coisa eu improviso na lábia.

Devaneio
Devaneio

[Bairro] - Vila Novo Acre Empty Re: [Bairro] - Vila Novo Acre

28/09/20, 05:28 pm
Desde seu recente encontro com supostas vampiras no Porto de Santos, Samanta ficou obcecada com a ideia da existência de outras raças consideradas mágicas ou folclóricas pelos humanos. “Se os “sacis” não forem os únicos se escondendo, o mundo pode ser bem mais diversificado do que sei, só que todos têm medo demais de se mostrar fora do padrão. Talvez eu possa inspirar muito mais do que a minha “tribo”, ou mesmo aprender com essas outras criaturas… Mas como encontrá-las?”

Só então ela passou a prestar atenção no próprio quintal. As lendas sempre corriam soltas em Vila Novo Acre, onde ela morava com seus pais, mas por serem tão cotidianas, nem mesmo ela prestava atenção. De lobisomens a fantasmas, era impossível saber o quanto disso era real e o que era somente invenção. A história mais recente era de um chupa-cabras e pela primeira vez a garota resolveu dar mais atenção a um caso desses. Começou a ouvir as conversas entre seu pai e os fazendeiros para quem trabalhava e ficou sabendo de uma possível caçada que fariam à criatura que aterrorizava os arredores.

Naquela noite, Samanta saiu escondida pela janela do quarto e se embrenhou na mata, contando somente com seu capuz vermelho e seu cachimbo. Queria alcançar a criatura antes dos caçadores para evitar derramamento desnecessário de sangue, mas quando ouviu tiros, pensou que talvez fosse tarde demais e saiu correndo até o local.

Ação:

Devaneio pretende correr na direção dos tiros, em busca da criatura, procurando por sinais de luta e marcas de sua passagem pela mata, se necessário. Caso encontre os fazendeiros primeiro, tentará usar seu carisma para convencê-los a não continuar sua caçada, dizendo que na verdade a criatura é só seu cachorro perdido e que ela vai encontrá-lo e controlá-lo, talvez até usando seu poder para fazer algum fazendeiro influente ouvir latidos e um choro canino para suportar sua história.

Independente do resultado, ela continua a procurar a criatura. Quando encontrá-la, tentará fazer a criatura vê-la como uma semelhante, para acalmá-la, enquanto tenta estabelecer uma conversa, procurando entender o que ela é, o que deseja e ajudar como puder. Mas caso o chupa-cabras for violento, Devaneio usará seu encolhimento e agilidade para evitar ataques, se esconder e esperar uma oportunidade para atacar com a funda.
Incrível
Incrível

[Bairro] - Vila Novo Acre Empty Resolução

01/10/20, 12:35 am
Resolução

Dês de que os homens saíram em sua caçada, horas  se passaram e nada aconteceu.
Alguns frustrados por não encontrarem a criatura foram embora, e os que ficaram, na intenção de cobrir uma área maior se separam em grupos menores. Alguns até mesmo saíram sozinhos pela mata em busca da fera.  Malaquias foi um deles. O velho bêbado e  mal humorado, saiu reclamando dos colegas, alegando que eles só atrapalhavam. Ele se meteu sozinho na mata fechada com sua velha espingarda. E talvez esse tenha sido seu maior erro.
BLAM! BLAM!

Tiros são ouvidos e  os fazendeiros espalhados por toda a área correm na direção de onde vieram os sons. Entre eles estava Clone, se passando pelo velho Juarez.
Mil coisas passavam pela cabeça do jovem transmorfo. Antes de mais nada ele queria descobrir e entender o que era a tal criatura, afinal ele também era só uma criatura.

Droga, devia ter me transformado num cara mais esbelto... correr com essas pernas curtas e esse barrigão não tá sendo fácil... Pensava o jovem refletindo sobre o corpo que havia copiado.
Com muita dificuldade “Juarez” acompanhava o restante do grupo…

Não longe dali estava  Samanta, a jovem que havia  saído escondida pela janela do quarto
agora se embrenhava na mata contando apenas com sua sorte e sua coragem.
Assim que ouviu os tiros a garota corre até o local. Por sorte ela estava bem perto. Mas não perto o suficiente para evitar o pior.
Ela vê um homem velho caído no chão, e em cima dele uma criatura bizarra.

Era um ser com uma fisionomia estranha. Ele tinha o tamanho de um cachorro porte médio. Não tinha pelos, apenas um couro avermelhado e enrugado. Possuía grandes garras nas patas traseiras e dianteiras. Mas o que mais chamava a atenção eram os olhos vermelhos  e presas enormes que ela tinha. Samanta percebe os ferimentos no animal, provavelmente o velho havia atirado e a criatura veio se defender.

Assim que o tal ser a vê, ele sai de cima do velho e foge mata a dentro. Ela sente ali que o tal “chupa cabras” só queria sobreviver. Então a moça lança uma ilusão tanto velho caído quanto nos fazendeiros que iam chegando, e consegue mandá-los para uma outra direção. Na mente deles aquela caçada não ia dar em nada, e o velho Malaquias provavelmente havia esbarrado em um cachorro, e viu demais por sempre estar bêbado.    

Entre os fazendeiros, apenas um sentiu que havia algo errado. Como num passe de magica todos mudaram o rumo da caçada, era como se alguém estivesse os enganando, e na arte de enganar ele era perito.
Saindo da forma de Juarez, Clone segue seus instintos  e caminha pela mata fechada até que encontra algo.

- Você? Pergunta Clone colocando as mãos sobre o ombro da garota que imediatamente se vira.
-  Caramba! Mas que susto….    

-O que você tá fazendo aqui? Dizem os dois ao mesmo tempo.

- Por acaso você tá enganando esse pessoa com esse negócio de “Chupa-Cabras?
-  Claro que não. É mais fácil você fazer isso, ceis são até meio parecidos….    

-Que?

- - Se liga, a criatura existe mesmo... Eu vi! Ela tá ferida, e foi pra lá.. Diz Devaneio apontando para um lado.

- Então a gente precisa achar ela antes dos fazendeiros...apesar que você já mandou eles pra casa do caral… Enfim, esquece, vamo lá!

A dupla percorre o caminho que a fera havia feito, apesar do escuro,  a luz da lua ajudava a iluminar a mata. Além disso, Clone carregava em sua mão uma lanterna do tal Juarez.
Num momento, os dois começam a ouvir vozes e então eles reduzem a velocidade.
Se escondendo entre os arbustos a dupla consegue finalmente achar o animal no meio de uma enorme clareira, mas já era tarde demais.

Eles acabam presenciando a  criatura sendo abatida por um grupo de homens vestindo roupa tática. Eles estavam todos armados com pistolas equipadas com silenciador.

No meio da clareira havia também um helicóptero.
Assim que um dos soldados confirma a morte da fera, uma mulher desce da aeronave.

Nesse momento Clone começa a suar frio. Ele reconhece a tal mulher… e aquilo lhe causava pavor.


- Esse é o ultimo doutora. Todos foram abatidos! -Diz um dos soldados.

- Ótimo. Agora recolham os restos mortais e coloque junto com os outros.


A mulher analisa o corpo da criatura morta por alguns segundos, e depois faz algumas anotações em um tablet.

- Eu quero que vocês reforcem ao máximo a segurança dos laboratórios. Essa não já é a primeira fuga, mas eu quero que seja que seja a última! Entenderam?
- Os homens apenas acenam com a cabeça confirmando, enquanto a mulher volta para o helicóptero..

Não demora muito e a aeronave voa sumindo rapidamente daquela região.
Ainda na floresta, Devaneio e Clone tentavam entender o que foi tudo aquilo. Parecia tudo parte de um esquema maior e macabro.

-  Cara, você tá bem? Pode falar, eles já foram faz uns minutos...
Clone ainda se mantinha quieto, olhando para o nada com os pensamentos distantes.

- Quem era aquela mulher? Você conhece ela?

- Aquela era minha mãe… ou o mais próximo disso que eu já conheci…






- - - - - - - - - - - - - - - - - -


No dia seguinte em um laboratório moderno, uma mulher de aparência elegante, usando jaleco e óculos analisava os últimos dados das cobaias que haviam escapado.

Ela desliga seu tablet com um leve sorriso no rosto enquanto passa seu crachá em um aparelho próximo a uma porta de aço.   A grande porta se abre, e rapidamente a mulher entra no local.  

Ela passa por um corredor com diversos tubos de vidro, dentro deles criaturas bizarras pareciam estar sendo “cultivadas”. Haviam ali também jaulas especiais com seres horrendos trancafiados, e vários computadores com dados de pesquisas genéticas

 Calmamente ela vai até um desses computadores e se loga na máquina.

[Login: EQUIDNA]
[Senha: *******]

- - - - - - - - - - - - - - - - - -

Desvantagens:
Devaneio (Recarga)1d6 = 6 (Não ativa)
Clone (Descontrole) 1d6 = 4 (Não ativa)

Jogada:
FOC: 1  + CAR: 1 + Ilusão (3)  +  Morfar(1) + Blefe(1) + Dado(5) = 12
Sucesso!

Devaneio ganha 4XP
Clone  ganha 5XP

Podem postar em seus diários.

Clone gosta desta mensagem

Atieno
Atieno

[Bairro] - Vila Novo Acre Empty O Chamado de Anhangá

20/10/20, 03:10 pm
O Chamado de Anhangá
Vila Novo Acre, 19 de Outubro de 2020, 03h30

Ao abrir os olhos, Alcides se via num lugar totalmente diferente de sua casa. Estava numa clareira, o ambiente estava todo obscurecido, e a única fonte de luz vinha de uma brilhante e azulada lua, tímida entre as copas várias árvores altíssimas que tomavam o horizonte. O som de um caudaloso rio rebatia pelos grossos troncos de tonalidades distintas de preto e marrom, e o cheiro indicava que, pouco tempo atrás, havia chovido.

Quando o herói velocista se levantou, o som de cascos chamou-lhe a atenção. Atrás de si, a figura animalesca de Anhangá tomava forma, com seus chifres e cascos brilhantes iluminando os tons de pintura branca e vermelha em sua pele. Mesmo nunca tendo visto aquilo tão claramente, Alcides sabia de quem se tratava.

— O seu período de prática cessou... — a voz do espírito ressoava como trovões nos céus, e provocavam fortes ventos. — Agora está na hora de você optar pelo seu destino de protetor.

Antes que Alcides pudesse dizer algo, seu corpo se iluminou, e ele pôde sentir que aquela energia penetrava em si vinda diretamente da criatura mística à sua frente. Anhangá, então, caminhou na direção do herói.

— Acompanho-lhe desde que via seus esforços para agir como seu corpo e sua mente lhe ordenavam. Ainda que todos ao seu redor apontassem dizendo que você estava errado, que você não era puro, ou qualquer outra baboseira inventada pelos brancos de além-mar, você manteve-se firme e fiel à sua natureza. Porém, você não é o único que sofre por não ser o padrão que os outros esperam...

Anhangá deu alguns passos pro lado, e Suaçuna pôde ver que aranhas teceram, rapidamente, uma imagem estática de uma pessoa parada. Aos poucos, a imagem foi ficando mais nítida aos olhos de Alcides, que viu um homem encapuzado puxar um revólver e atirar na cabeça de um ser com escamas e guelras.

— Isso que viu irá acontecer dentro de 10 minutos. Uma das filhas de Iara foi marcada para a morte por um caçador de seres místicos. Um desses malditos herdeiros de ideias torpes trazidas pelos invasores. E você, Alcides, terá que definir hoje seu destino. Se for salvar aquela sereia, terei a certeza de que, como meu avatar dentre os vivos, cumprirá o objetivo de proteger os indefesos. Se recusar, não mais irei lhe incomodar pelo resto de sua vida, e procurarei outro. Seja sábio na sua escolha... sei que irá definir o caminho correto...

----------------------

Não muito longe dali, um homem beijava o crucifixo que carregava preso à perna, caminhando por entre as ruas de terra da Vila Novo Acre. Seu novo alvo não estava muito distante, e seu contato lhe garantiu que aquela criatura estaria sozinha no local.

Conforme o homem se aproximava, um canto doce chegou a seus ouvidos. O local estava correto, ali residia uma das malditas. Um braço de rio que passava por perto tampouco indicaria outra localidade.

Dentro da casa, a jovem Nayara já estava acordada. Enquanto penteava seus longos cabelos ruivos diante do espelho, cantarolava e deslumbrava seu próprio corpo. Estava se arrumando para sair para trabalhar, e mal imaginava o que estava a esperando.

Diante da porta de ferro da residência, o homem ajeitou seu capuz e sacou seu revólver. E, com um sorriso, deu um chute na porta, a arrebentando.

[Bairro] - Vila Novo Acre Boihun10
Imagem feita pelo Incrível


OBJETIVO:
→ Salvar Nayara (ND 9) OU Derrotar o caçador (ND 11)

INFORMAÇÕES
→ Essa missão é exclusiva para meu afilhado Suaçuna.
→ Suaçuna poderá optar por não ir atrás de Nayara. É uma decisão livre para o jogador tomar.

Orbital e Espectro gostam desta mensagem

QuimeraBranco
QuimeraBranco

[Bairro] - Vila Novo Acre Empty Re: [Bairro] - Vila Novo Acre

21/10/20, 06:44 pm
— Acompanho-lhe desde que via seus esforços para agir como seu corpo e sua mente lhe ordenavam. Ainda que todos ao seu redor apontassem dizendo que você estava errado, que você não era puro, ou qualquer outra baboseira inventada pelos brancos de além-mar, você manteve-se firme e fiel à sua natureza. Porém, você não é o único que sofre por não ser o padrão que os outros esperam...

As palavras de Anhangá tocam profundamente o coração de Alcides. Ele se vê criança, brincando com flores e com sua mãe, sua lembrança mais antiga, na mesma época em que começou a ter outros olhares para os seus amiguinhos. Ouvia que aquilo era errado e mantinha segredo disso. Seu receio era tanto que passou uma infância solitária, distante de meninos e meninas, evitando contato com qualquer um. Suas lembranças migraram a adolescência, quando ele já sabia o sentia e, por mais reprimido que fosse, conseguiu realizar brincadeiras entre meninos, como Julinho, que, anos mais tarde, seria testemunha de sua primeira ação como Suaçuna. Permanecendo fiel aos instintos e desejos, bandeou-se para um grupo de pessoas “desajustadas”, ao menos na visão daquela comunidade conservadora de Vila Novo Acre, até ser vítima de escárnio e violência. É então que ele relembra o fatídico dia em que foi perseguido por um algoz, mas também o dia em que foi agraciado pelo próprio Anhangá.

Voltando a si e ao presente, a entidade lhe mostra uma previsão de futuro próximo, onde um encapuzado com uma cruz cristã pretendia assassinar um folclórico como ele. Naquele momento, deveria decidir sobre seu destino. Embora tenha lhe sido ofertados dois caminhos, Alcides sabia que apenas um era correto: salvaria a sereia Nayara.

Alcides encarou seriamente Anhangá, assentindo com a cabeça e se despedindo. Voltou-se para a comunidade, onde, numa casa simples à beira do rio, a vítima do encapuzado residia. Ele conhecia todas aquelas ruas sem calçamento desde a tenra juventude, aqueles becos e vielas muitas vezes foram a sua salvação quando fugia das violências que encontrava.

A rua de terra batida, com pedras soltas, pedras essas que várias vezes já foram atiradas contra si, como quando acariciava inocentemente um namoradinho numa praça e foi alvo de intolerantes. Havia chegado a hora de fazer as pazes com aquelas rochas e, hoje, elas seriam seu instrumento. Apanhou um bocado delas e correu para a casa onde o encapuzado arrebentava a porta com um chute. Não teria muito tempo para agir e girou o corpo sobre o próprio eixo, como se fosse um arremessador de discos olímpico. Sua velocidade provocaria um impacto maior, talvez dando tempo para Nayara escapasse.

Suaçuna não iria confiar apenas naquele arremesso, seu objetivo era mais atrair a atenção do caçador e o fazer se distanciar da casa da sereia, tornando-se seu novo alvo.

— Se está aqui para usar suas armas em uma caçada, é melhor que tenha uma boa mira para um desafio à altura e não atacar uma vítima indefesa. Não deixarei que homem algum incomode meu povo, pois estas pessoas estão sobre a proteção de Suaçuna, herdeiro de Anhangá, espírito poderoso e protetor da caça das florestas e do povo que nelas vivem. Serei misericordioso e lhe dou a opção de guardar suas armas e ir em paz. Ou será castigado e a mera lembrança do sofrimento que lhe causarei será o bastante para atormentá-lo – Alcides tinha a voz firme e alta, tanto da intenção de fazer ser ouvido por Nayara, dando-lhe tempo para a fuga, quanto na intenção de intimidar o caçador e fazê-lo recuar.

Se a diplomacia não surtir efeito, os poderes concedidos por Anhangá fariam. Suaçuna irá utilizar seus dons para servir de alvo e esquivar dos projéteis, procurando formas de levar o caçador para longe da casa da sereia. Assim que conseguir este feito, o velocista retornará à casa para confirmar que Nayara conseguiu fugir. Se ela tiver dificuldades, correrá com toda a sua velocidade para levá-la a um lugar seguro, deixando o caçador para trás.
Atieno
Atieno

[Bairro] - Vila Novo Acre Empty Re: [Bairro] - Vila Novo Acre

22/10/20, 12:06 am
O Chamado de Anhangá
Resolução

Nayara ouviu o som da porta se abrindo com tudo, e seu coração estancou. Suas mãos tremiam, a escova despencava por entre seus dedos, colidindo com o chão recoberto por piso linóleo. Seu olhar passou para o espelho, e o reflexo deste indicava um homem alto e encapuzado diante da porta.

O caçador ergueu seu revólver, e se preparava para iniciar o velho discurso que sempre fizera, mas sentiu objetos pequenos o atingindo pelas costas, quase como tiros. Ao se virar, viu Suaçuna, vestido como herói, no meio da rua de terra.

— Se está aqui para usar suas armas em uma caçada, é melhor que tenha uma boa mira para um desafio à altura e não atacar uma vítima indefesa. Não deixarei que homem algum incomode meu povo, pois estas pessoas estão sobre a proteção de Suaçuna, herdeiro de Anhangá, espírito poderoso e protetor da caça das florestas e do povo que nelas vivem. Serei misericordioso e lhe dou a opção de guardar suas armas e ir em paz. Ou será castigado e a mera lembrança do sofrimento que lhe causarei será o bastante para atormentá-lo!

A voz de Alcides saiu forte, firme e alta. Nayara ouviu que havia alguém e, de alguma forma, sentiu que teria a chance de sair de lá. De fininho, a sereia caminho até a janela acima de sua cama, enquanto o caçador se focava no herói.

Suaçuna encarava o caçador, vendo seus olhos por debaixo do capuz. O caçador devolvia o olhar, balançando o revólver em sua mão direita. O semblante do caçador era sério, e a cicatriz que cortava o olho direito parecia pulsar. Por alguns instantes, aqueles olhos encobertos pelas sombras pareciam brilhar.

— Hah... — o caçador sorriu. — Anhangá... o demônio dos índios. Só de aparecer, é considerado mau agouro. Talvez minha sorte não esteja tão grande assim quanto esperava.

Alcides mantinha-se parado, enquanto o caçador puxava um cigarro e dava uma longa tragada. O revólver ainda estava mirando o símbolo no peito do herói, que via a sereia pulando a janela e correndo para o meio do mato.

— Se pensa que irei te atacar, está enganado. Você é só uma distração a mim; meu alvo verdadeiro... — o caçador soprou uma fumaça avermelhada pela boca, sorrindo e mostrando um dente de ouro. — ...está lá dentro. Sereias, quando acuadas, não agem com inteligência. Tentam seduzir com a voz. Um tiro na garganta basta, e você está me fazendo perder tempo.

— Ah, sim? Pois eu fiz exatamente o que queria — Suaçuna sorriu, apontando pra dentro da casa.

O caçador arqueou a sobrancelha. E, quando olhou pra dentro, viu pelo reflexo do espelho dentro do quarto que a janela estava aberta. E não viu a sereia ali. Deixando cair o cigarro, o homem invadiu a residência, olhando ao redor dentro do quarto e depois voltando pra fora. Agora o cinismo já havia sumido.

— Bom... já que a sereia fugiu... eu fico com o metido a filhote de veado!

O revólver disparou três tiros rápidos, e Suaçuna usou de sua agilidade para se esquivar destes. Os olhos do atirador se estreitaram, e este recolheu o revólver ao coldre, puxando um facão e partindo ao combate corporal. Alcides deixou que ele se aproximasse, e foi se esquivando muito agilmente da lâmina, sentindo o ar sendo cortado ao seu redor. Ia evitando usar muito da velocidade, e ia puxando o caçador mais e mais para um cruzamento próximo.

Na última tentativa, o caçador quase rasgou o uniforme do herói, que enfim usou de sua velocidade para evitar o assassino, dando-lhe um chute na bunda e o empurrando com o pé, vendo o encapuzado espatifar-se no chão de terra. Olhando por cima, Suaçuna percebeu o movimento da mão do homem, que sacou o revólver e tentou disparar à queima-roupa contra o herói. O tiro, no entanto, perfurou uma árvore, e o caçador tomou um chute na mão, vendo a arma voar longe.

Irritadíssimo, o caçador tocou na pedra vermelha que usava no colar, e fechou os olhos. Mas, por detrás das pálpebras, luzes azuis e vermelhas lhe chamaram a atenção. Quando olhou, percebeu um carro de polícia se aproximando, e não viu mais o herdeiro de Anhangá por ali. Frustrado, se levantou e pulou o muro de uma chácara, fugindo e fazendo juras de morte.

— Maldito seja este herdeiro do capeta... mas isso vai ter volta.

-----------------------------

Nayara corria pelo meio do mato, até que tropeçou num galho duma árvore, dando com a cara na grama. Se levantou rapidamente, e olhou assustada pra trás ao sentir a aproximação de alguém. Porém, os chifres de tecido trouxeram uma certa tranquilidade pra ela.

— Você está bem? — Suaçuna perguntou, estendendo a mão para Nayara, que aceitou a ajuda e ficou em pé.

— Você... salvou minha vida. É mesmo o herdeiro de Anhangá? — os olhos da sereia brilharam; Suaçuna pôde notar que seus traços especiais eram bastante visíveis. E isso não o incomodava. — Pode ver minha verdadeira natureza?

— Bom... posso. E você tá linda, um arraso — Suaçuna disse com naturalidade, tirando um sorriso da face da sereia.

— A mãe-d'água certamente tem uma dívida contigo, amigo. Eu sou Nayara, uma das filhas de Iara. E é bom saber que o protetor das matas tem um novo avatar.

Atrás de Suaçuna, sem que o herói notasse, chifres brilhantes iluminavam alguns troncos de árvores. Um sorriso se formou na face daquilo, e depois tudo desapareceu.

Rolagens de Dados (por ND)

Derrotar o Caçador:

Pontos de Experiência

Suaçuna: 9 XP (ND 11 - Nv 2)

O jogador deve atualizar seu diário

QuimeraBranco e Devaneio gostam desta mensagem

Atieno
Atieno

[Bairro] - Vila Novo Acre Empty Agro é pop, e o pop não poupa ninguém

28/11/20, 08:30 pm
Agro é pop, e o pop não poupa ninguém
Vila Novo Acre, 26 de Novembro de 2020, 22:15

Prólogo - Constelação, 25 de Novembro, 12:00:

Alcides voltava pra casa após um dia agitado de trabalho, sentindo que nunca antes tivera feito tanto serviço no SobranSheilla's. Carregava consigo seus equipamentos, e caminhava para sua casa na Vila Novo Acre, quando começou a perceber que algo estava errado.

Enquanto andava, viu que as ruas estavam muito caladas. O vento soprava forte, assobiando e chegando a derrubar algumas placas mal colocadas. O jovem herói sentiu-se arrepiar com a sensação, e algo dizia que deveria ir o mais rápido possível para casa. Às vezes, o silêncio era ensurdecedor, e Suaçuna já sentia a surdez o tomar, tamanho era o silêncio do ambiente.

Quando se aproximava de casa, teve a impressão de ouvir gritos. Andando de forma mais apressada até o local, viu que uma travesti amiga estava sendo agredida por vários homens, que chutavam-na em várias partes do corpo, atiravam pedras e outros objetos. E, no meio daquela confusão, Alcides reconheceu um veículo.

Ali, no meio dos agressores, estava o agroboy que tinha o perseguido naquela noite. Na noite em que Anhangá lhe concedeu poderes.

O homem usava uma camiseta do Brasil, e outros também usavam, assim como alguns tinham imagens com o símbolo do MRPB estampado, e eles gritavam ofensas e xingamentos de cunho homofóbico. E, numa breve "pausa" nas agressões, o homem olhou na direção em que Alcides estava... ficando furioso.

— Ei! Ali! Aquela bichinha com poderes que eu falei! — ele gritou, apontando para Suaçuna. — Aquele herói lá podia ter quebrado o pescoço dessa coisa aí. Mas que bom que você apareceu...

O agroboy sorriu, e puxou uma pílula do bolso, jogando-a pra dentro da boca. Num minuto, seus olhos começaram a emitir um brilho esverdeado, e uma energia num tom de verde que lembra muito o da bandeira passou a cobrir seu corpo. O homem sorriu, apontando para Suaçuna e voando na sua direção em alta velocidade, enquanto os outros agressores se dividiam entre a travesti e Suaçuna.

— ...deixa que quem vai quebrar seu pescoço sou eu!

Informações


OBJETIVOS
→ Deter o agroboy (ND 16 - X)
→ Deter os agressores (ND 2 cada, 6 ao todo)
→ Salvar a travesti (ND 10)

INFORMAÇÕES
→ Missão obrigatória para Suaçuna
→ Há mais duas vagas nesta missão
→ O ND do agroboy poderá ser reduzido de acordo com a ação tomada
→ Dúvidas? Perguntem, oras
Quimera Azul
Quimera Azul

[Bairro] - Vila Novo Acre Empty Re: [Bairro] - Vila Novo Acre

30/11/20, 02:10 am
Allan passou o dia inteiro fazendo coletas e pesquisando  o solo de um grupo de fazendas na Vila Novo Acre. Sua pesquisa iria mostrar as vantagens de uma boa fertilização e sendo assim ele aproveitou para conhecer mais sobre o bairro e suas imediações. Ele aproveitou a pausa da tarde conversando com os peões locais e ouvindo sobre inúmeras lendas que o povo dali costumava contar.

NPCazul - Aqui tem lendas de tudo moço. Lobisomem, saci pererê e até minotauro. Aliens, nem se conta mais. - Disse um dos moradores.

O jovem estudante depois de tudo que passou na noite de terror, não duvida mais de nada. Aquela noite quase interminável fez com que ele desenvolvesse seus poderes até  seu máximo várias vezes e por fim ele notou que depois de alguns dias de descanso, seus poderes estavam muito mais evoluídos.

Após desmontar toda a parte do experimento e guardar tudo em sua moto, Allan ficou para jantar e só depois saiu do local com a barriga cheia e a cabeça também. Estava enfadado depois de um dia de trabalho.

Ao parar num sinal, ele percebeu que seu celular tremia muito e resolver fazer uma parada para ler as mensagens que estava recebendo. Poderia ser sua namorada e então ele nem iria para faculdade. Ele encostou a sua moto tirou o capacete e enquanto lia os spans que havia recebido, ouviu sons que pareciam de gritos. Sem demoras, partiu para o local.

Ao se aproximar e ver os detalhes, ele percebeu uma pessoa sendo espancada por um grupo de homens vestidos como um grupo homofóbico. Provavelmente esse linchamento deveria ser motivado por intolerância e isso Allan não aceita.

Mudando rapidamente para sua forma de herói, Allan dá lugar a Golem e parte para ajudar o ferido. - Está na hora de ver a extensão dos meus poderes. - Diz o jovem herói já partindo para o combate.

Primeiro ele irá tentar parar todas as pedras que forem lançadas contra a pessoa caída. Em seguida tentará erguer paredes em torno da mesma para que essa não seja mais atingida por outros ataques. Depois pretende ir de forma subterrânea até a esquife criada e  tirá-lo do local e levá-lo para outro local mais seguro. Longe daqueles monstros.
QuimeraBranco
QuimeraBranco

[Bairro] - Vila Novo Acre Empty Re: [Bairro] - Vila Novo Acre

01/12/20, 03:12 pm
Desde que Suaçuna não conseguiu salvar os reféns do aeroporto na Longa Noite de Terror, Alcides evitava usar seus poderes. Mesmo que tenha trocado seu uniforme em luto pelas vítimas, ainda não tinha estreado o traje. Sentia que ainda não estava pronto. Nem seus poderes usava para feitos corriqueiros, tanto que, depois de um dia cansativo no SobranSheilla’s, levou quase três horas para atravessar toda a cidade usando transporte público, quando poderia fazer o mesmo percursos em menos de vinte minutos, usando sua super-velocidade.

A volta para casa parecia mais silenciosa que de costume. Alcides aprendeu com Anhangá que, quando se faz um silêncio assim, é porque um predador está à espreita. Não demorou muito para isto se confirmar: um bando de topzeras agredia Soraya, uma travesti amiga que fazia faxinas por um preço bem abaixo do que cobravam outras mulheres. Isto era comum, que pessoas trans quase não tivessem lucros para que tivessem oportunidade de trabalhar. Apenas outra forma de escravidão numa sociedade que não as considera pessoas.

O líder deles é velho conhecido de Alcides, Mariano Laerte, descendente do coronel João Laerte, antigo dono de todas as terras do bairro. Ele perseguia Alcides na noite em que foi agraciado por Anhangá. Não fosse a intervenção da entidade, o destino do garoto seria o mesmo de Soraya.

Alcides virou alvo rapidamente quando Mariano o reconheceu. Seu ímpeto o levaria a salvar Soraya, mas, se ele derrotasse o líder dos preconceituosos, talvez o resto do grupo debandasse.

Falando algumas palavras que Alcides sequer prestou atenção, já que ele pensava que vocabulário do agroboy se resumia a “mulher”, “cerveja”, “balada a noite inteira”, “nós é bruto” e “ela me abandonou”, o menino resolve ensinar outras frases para Mariano.

— Sabe qual o problema de vocês? Vocês não nos odeiam porque somos gays. Ou afeminados. Ou trans. Vocês odeiam qualquer coisa que é feminina. Estão sempre em bando de outros “machos”, se esfregando uns nos outros e rebaixando tudo que não seja masculino. Eu não estou num dia bom hoje. Então, se não quiser ser humilhado por esta bichinha aqui, melhor você pegar essa sua fivela cafona e dar o fora daqui.

Alcides irá esperar que Mariano se aproxime dele e usará seus poderes para se esquivar. Espera que, com toda a sua velocidade, os outros apenas vejam que seu adversário erra os golpes. Não revidará fisicamente, mas usará seu Carisma como uma forma de humilhá-lo, lançando piadas e ridicularizações, no intuito que o agroboy fique cada vez mais furioso (e tenha um AVC) e isso embaçe sua mente a ponto de ele errar todos os golpes. Se tiver oportunidade, criará armadilhas para que Mariano caia, como se enroscar em cercas de arame farpado ou ficar na frente de um poste e escapar no momento exato para que ele acerte o concreto.

— Já aprendeu a lavar o pinto, topzera?

— Estão atacando a Soraya porque ela tem um pau maior que vocês todos?

— Porque é só isso que vocês respeitam, né? Pau. Não tiram isso da boca.

— Tu acha que vai conseguir me acertar? Consegue nem acertar o próprio mijo na privada…


Nas poucas vezes que tentar uma abordagem ativa, atirará pedaços de madeira e continuará com a desestabilização.

— Toma! É isso que tu gosta, né?

Se Alcides se der conta que pode usar sua velocidade de forma mais ativa, pegará algumas maquiagens e fará uma pintura no rosto de Mariano, apenas para desmoralizá-lo ainda mais.


Última edição por Suaçuna em 02/12/20, 11:59 am, editado 1 vez(es)
Orbital
Orbital

[Bairro] - Vila Novo Acre Empty Re: [Bairro] - Vila Novo Acre

01/12/20, 03:46 pm
Não passara muitos dias, desde que Orbital e outros heróis salvaram a cidade, porém para a jovem Cris trouxe resultados inesperados. Uma visão durante seu momento mais dificil daquela noite a perturbava, então resolveu fazer uma ronda sem rumo, indo parar na Vila Novo Acre. Cris sabia que a Vila era envolta em mistérios e lendas, e fitava o bairro com seus olhos arregalados, com medo de ver ou vivenciar algo sobrenatural indesejado novamente.

Orbital - Que maravilha, me perdi em pensamentos e venho parar nesse lugar com fama de mau assombrado.

A jovem optou por fazer sua ronda a noite, pois se esconderia melhor de olhares curiosos, e durante a noite seu elo misterioso com o espaço ficava mais sensível. Mas sua escolha lhe trouxe uma surpresa, um bando de homens agredindo alguém mais abaixo na rua, e um outro rapaz próximo que ia em direção a outro.

Orbital - Eita o que está havendo ali embaixo?? Coisa boa não pode ser, vou ajudar!

Orbital se deixa cair como um meteoro no meio dos agressores, usando de seus orbitoides girando ao redor de si, visando acertar em cheio os corpos daqueles homens. Ao mesmo tempo que concentra seus poderes  em um dos homens, aumentando a gravidade em torno dele visando atrair os demais, pelo menos 6 deles. Se conseguir, tentará finalizar sua investida, prendendo os homens em solo com gravidade densa, ligando para a policia denunciando o ato criminoso dos mesmos.

- Objetivo: Deter os Agressores, 6 deles.
Atieno
Atieno

[Bairro] - Vila Novo Acre Empty Re: [Bairro] - Vila Novo Acre

03/12/20, 02:34 am
Agro é pop, e o pop não poupa ninguém
Resolução

— Sabe qual o problema de vocês? Vocês não nos odeiam porque somos gays. Ou afeminados. Ou trans. Vocês odeiam qualquer coisa que é feminina. Estão sempre em bando de outros “machos”, se esfregando uns nos outros e rebaixando tudo que não seja masculino. Eu não estou num dia bom hoje. Então, se não quiser ser humilhado por esta bichinha aqui, melhor você pegar essa sua fivela cafona e dar o fora daqui.

O discurso forte de Alcides vinha carregado de muita dor. O sentimento ao ver mais uma travesti ser espancada lhe fazia ganhar um mortal ódio contra esse tipo de ser humano. Não... um ser humano de verdade jamais faria isso. Nem um animal faria isso. Suaçuna cerrou os punhos, sentindo-se furioso. E viu o agroboy Mariano Laerte voar em sua direção, emanando aquele tom verde-bandeira nauseante. Esquivando-se com facilidade, viu o playboy rolar no chão, fulo da vida.

— Já aprendeu a lavar o pinto, topzera? — Suaçuna riu, vendo Mariano ficar vermelho. — Estão atacando a Soraya porque ela tem um pau maior que vocês todos?

Mariano voltava a flutuar, e apontava para Soraya, que ainda tentava se proteger, perdida e acuada. O agroboy apontava o dedo pra ela, chegando a tremer de ódio.

— Esse tipo de gente tá longe de ser normal. Deem um pau nela!

O grupinho de playboys acenou para Mariano e se virou para Soraya, sendo recebidos por uma série de esferas arroxeadas brilhantes. As bolas flutuantes colidiram contra tórax, barriga, pernas ou braços dos playboys, que pareciam fulos com a interferência de outro herói. Olhavam para Orbital com sangue nos olhos, agarrando as pedras que tinham.

— Aí, putinha! Depois disso aqui, te pego na cama e te quebro de quatro, beleza!? — um dos playboys gritou, atirando uma pedra na direção de Orbital, vendo ela parar no ar.

Não só a pedra do imbecil tinha parado no ar, mas outras pedras lançadas pelos homens, tanto as contra Soraya quanto contra Cris, estavam paradas flutuando. Cristina estranhou, pois não estava usando os poderes para segurá-las, e então deu uma rápida olhada pra trás, vendo Golem manipulando as pedrinhas no ar.

— Vai uma forcinha aí? — Golem acenou, e olhou para Soraya... estancando por alguns momentos.

Ao olhar para Soraya, Golem percebeu o medo que ela sentia. Sentiu a tensão que a travesti sentia. Viu o horror em seus olhos. E imediatamente lembrou de sua prima. Era como se Geovanna estivesse ali. As mãos à cabeça. Seu agressor a matando. O corpo sendo... não. Não podia pensar nisso. Mentalista tinha sido assassinada, e ele tinha um objetivo de encontrá-la. Soraya estava prestes a passar pela mesma situação.

Seus olhos voltaram aos playboys. Sentia, internamente, a vontade de enfiar estacas de pedra em seus corações. Malditos assassinos. Porém... isso não seria justiça. Pagar com a vida é pouco. Então, quatro paredes imensas de pedra surgiram, isolando Soraya dos agressores. E, sem perder tempo, lançou-se ao chão, começando a fazer um túnel para resgatar a travesti.

Orbital usava seus orbes numa constante dança de combate contra os playboys, e Suaçuna continuava a saltar e bailar a cada esquiva de um disparo diferente de energia. Alcides ria e provocava Mariano, cujos olhos brilhavam num intenso tom esverdeado.

— Porque é só isso que vocês respeitam, né? Pau. Não tiram isso da boca. — Alcides riu, voltando a esquivar-se do moleque, vendo-o enroscar-se num arame farpado, ouvindo uns gemidos de dor.

— Eu sou muito macho, ouviu!? OUVIU!? — o agroboy urrou, desvencilhando-se do arame fazendo uso da energia, e voltando a atacar Suaçuna. — Sou mais macho do que você jamais vai ser na tua vida, bichinha!

Alcides voltou a saltar pro lado, escutando a cabeça de Mariano colidir contra um poste, rachando-o e escutando o colapso deste, apagando a luz da rua, iluminada apenas pelos orbitóides de Orbital, os faróis das caminhonetes e a energia do agroboy.

— Tu acha que vai conseguir me acertar? Consegue nem acertar o próprio mijo na privada… — Suaçuna riu, arremessando pedaços de madeira contra o homofóbico.

Quando as luzes se apagaram, Orbital nota que os playboys parecem perdidos, tateando o chão para pegar qualquer coisa arremessável, ou eles mesmos tentando golpear a gravitocinética. Afastando estes com os orbes, Cris pega um para fazer um movimento mais ousado, aumentando a gravidade do homem — consequentemente o peso exercido. O chão de terra batida começou a afundar por debaixo dos pés do playboy, que gritava e tentava se equilibrar, e começava a, feito um ímã, atrair os objetos na sua direção.

Dentro da cúpula de rocha sólida, Soraya tremia calada, gritando apenas ao perceber o chão à sua frente se abrindo. A escuridão dificultava a percepção, então a travesti puxou seu celular de tela rachada, iluminando a face de Golem, forçando o herói a levar as mãos à frente do rosto e ouvir o grito da faxineira.

— Calma! Eu tô aqui pra te ajudar. Consegue se mover? — Golem questionou, recebendo um aceno assertivo. — Venha comigo. Me segue.

Tirando Soraya de lá, Allan cria um caminho rapidamente, cavando um longo túnel por debaixo daquelas ruas, esquivando-se de raízes mais profundas de árvores e alcançando um ponto mais distante, saindo diante de uma casa, elevando Soraya ao patamar da rua e saindo ao lado dela.

O beijo de Soraya na bochecha de Golem foi inesperado, mas claramente era um agradecimento. E Allan sente que, talvez, se fosse em outra situação... não. Mentalista estava morta. Ele precisava focar-se. O pensamento da prima morta ocasionalmente percorriam sua mente, adentrando espaços sombrios demais. Só que era isso o pouco que vinha...

A morte de Mentalista já tinha sido esquecida por muitos. Allan, às vezes, se pegava perguntando se a prima realmente existiu. Lembrou-se da última troca de mensagens. Será mesmo que ela aconteceu? Suas memórias se focavam apenas nas palavras digitadas por um número que já não era mais usado. Divagando, Allan percebeu Soraya o encarando, com um sorriso e um pouco de sangue seco.

— Obrigada... — ela sorri. — Obrigada mesmo. De verdade.

Distante dali, Orbital já terminava de derrubar os playboys, preservando seu campo gravitacional pesado e fazendo uma ligação à polícia.

— Polícia Militar de Nova Capital, qual a emergência?

— Oi! Oi. Eu tô aqui na Vila Novo Acre, tem uns caras aqui de caminhonetes que estavam agredindo uma travesti, e--

O telefone foi desligado. Cris estranhou, olhando para os lados. Ela pôde ver que o homem que lutava contra Suaçuna tinha derrubado um repetidor de sinal, cortando o sinal de telefone da heroína. Arrancando a caixinha transmissora com a energia, Mariano a arremessou contra Alcides, não vendo o herói ali mais. Enquanto a caixa explodia no chão em vários pedacinhos, Mariano procurava o herói, olhando para todos os lados. Então, um forte vento passou por ele, com Alcides voltando a ficar diante do agroboy, mas agora com sua caixa de maquiagem em mãos. E ele ria. Muito.

— O que foi, viadinho!? — Mariano berrou, olhando para os lados, não percebendo que Cris tirava uma foto daquela situação. Quando tocou a própria face, o riquinho percebeu a base carregada sair em seus dedos.

— É isso que tu gosta, né? — Suaçuna gargalhava, apontando para ele. — Tá um arraso!

— Desgraçado... ainda usou rosa! EU ODEIO A COR ROSA E TUDO O QUE É RELACIONADO A ELA!

O riso saiu da face de Alcides e de Cris, conforme o agroboy surtava. A energia começava a ficar descontrolada, com vários tentáculos verdes de pura luz saltando do corpo de Mariano e golpeando árvores, muros, carros e até mesmo os outros playboys. Orbital precisou saltar pra trás da coluna de pedra que Golem tinha erguido para se salvar. E Suaçuna tentava se esquivar correndo, saltando e se agachando. Mas, por azar, um dos tentáculos enrolou-se à perna esquerda do herói, o erguendo de cabeça pra baixo, não sem antes forçar o jovem a derrubar todo seu material de trabalho no chão.

Alcides piscou forte no meio do som de quebras, e tentava desvencilhar-se daquele tentáculo de energia, mas sentia outros chegando e segurando seus braços e sua outra perna. De cabeça pra baixo, o herói via que a energia parecia envolver e espalhar-se pelo corpo de Mariano, que flutuava no ar. Dois braços de energia se formam, com um deles fazendo sinal de arminha com a mão; o outro se unia aos tentáculos, agarrando Suaçuna pelo tronco.

— Você tá muito fodido...

Com muita raiva, Mariano arremessou Suaçuna contra uma árvore, ouvindo a mesma ser quebrada nas costas do herói, que gritou de dor. Suaçuna tentava se mover rapidamente para se soltar, mas sentia a energia o imobilizar mais e mais. O agroboy brincava de jogar Alcides de um lado para o outro, e agora parecia pronto para enfiar a cabeça de Suaçuna no muro, quando sentiu uma esfera colidindo em suas costas.

— LARGA ELE! — Orbital gritava, arremessando suas esferas contra Mariano, que começava a rebatê-las.

— Você quer ele, é? Então toma pra você, favelada! — Mariano berrou, arremessando Suaçuna em cima de Orbital, que precisou se esquivar e tentou usar sua gravidade para reduzir a velocidade de queda, conseguindo de certa forma, ainda que não tenha sido capaz de impedir que este colidisse com força contra um muro de uma casa.

Quando Mariano estava pronto para atacar Orbital, algo tinha trazido o playboy pra realidade. Por alguns momentos, Mariano encarava o nada, paralisado. E depois, olhando para os lados, resolveu fugir voando, vendo seus amigos o seguindo após conseguirem se levantar. Alguns tropeçavam entre as próprias pernas, e outros buscavam seus carros para arrancar logo dali. Cris não os perseguiu, preocupada com o rapaz, indo socorrê-lo e vendo as luzes piscando atrás dela.

Ao se virar, em vez de ver uma viatura, viu que havia uma mulher idosa se aproximando, vestindo um longo vestido branco com rendas e outros detalhes, carregando consigo uma pequena cumbuca de barro e acenando para alguém que estava atrás dos dois, com Orbital se virando e não vendo ninguém.

— Òké Aro!!! Arolé! — a mulher ergueu a mão, e aproximou-se mais da dupla. Cris via que havia um carro de passeio comum estacionado de frente à dupla, e as luzes de sirene eram de uma lanterna improvisada. Alcides reconheceu a mulher na hora como a Mãe Adelaide de Oxóssi. — Ele avisou que tu corria perigo, Alcides. Vim o mais rápido que pude. — a ialorixá sorria de forma doce, olhando depois para Orbital. — Tu parece ser uma das boas heroínas dessa cidade. Os orixás dizem que tu tem bom coração, assim como Anhangá viu o coração de Alcides. Então pode me ajudar a levar ele pra casa pra ser tratado? Tu será recompensada pelos orixás, pode ter certeza.

-----------------------------

Mariano sentia os efeitos das pílulas cessando, enquanto pousava na principal propriedade dos Laerte, uma grande fazenda nas proximidades de São Bebeto. O fim dos poderes deixava o playboy exausto, pouco conseguindo se mover. Seus ombros pesavam, e seus olhos clamavam por repouso. Mas ainda tinha mais coisas.

Entrando na sede da fazenda, Mariano viu as bandeiras do MRPB penduradas nas paredes externas, assim como alguns materiais de campanha sobre uma bancada. Lá dentro, viu dois homens sentados à mesa com uma garrafa de whisky, vendo as camisetas de campanha e os símbolos que o novo partido carregava.

— Pai! — Mariano tentou gritar, mas pouco da sua voz saiu. — Eu consegui... eu descobri a verdade... aquele viadinho que eu falei, o rapidinho. Ele é... ele é mesmo...

Os dois se levantaram, com Mariano vendo o senador Tarcísio Calhardo ajeitando o paletó, deixando algumas notas de 200 reais escorrerem para os bolsos internos, e vendo também seu pai, o empresário do agronegócio Ricardo Laerte, que segurava uma bíblia na mão.

— Ok, Mariano. Você foi muito bem nisso — Ricardo sorriu, entregando um maço de dinheiro nas mãos de Mariano. — Vá descansar agora, filho. Amanhã você viaja pra Milão, como combinamos.

Dando um sorriso cansado, Mariano se retirou para um dos cômodos, deixando Tarcísio e Ricardo a sós.

Epílogo Final:


Rolagens de Dados (por ND)



Deter o Agroboy:
Deter os Agressores:
Salvar a Travesti:


Ganhos de XP e Outras Informações



Suaçuna → 1 XP → Status de Ferido até a data ON de 03/12/2020
Golem → 7 XP
Orbital → 9 XP
Conteúdo patrocinado

[Bairro] - Vila Novo Acre Empty Re: [Bairro] - Vila Novo Acre

Ir para o topo
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos