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Górgona
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23/04/15, 02:18 pm
Codinome: Lótus e Lince
Nome: Laura e Sofia Fernandes
Idade: 23
Área de Atuação: Centro (ZC)

VANTAGENS:
- Manipulação de Matéria (Lótus e Lince): 3
- Controle de Densidade Molecular (Lótus e Lince): 2
- Elo mental (Lótus e Lince): 1
- Regeneração Induzida(Lótus): 1
- Aceleração Molecular(Lince):1

Visual:
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História:
Nascidas de uma gravidez indesejada, Laura e Sofia já chegaram ao mundo sentindo as dores do abandono. A mãe engravidou durante uma festa e passou toda a gestação abusando de drogas e bebidas em uma vã tentativa de abortá-las. Apesar de todos os métodos abortivos utilizados, as duas nasceram em perfeito estado de saúde e a mãe decidiu entregá-las para adoção.

As duas cresceram no Orfanato Boa Esperança sem nenhuma família para adotá-las. Sofia mantinha uma personalidade caótica, cheia de problemas pessoais derivados do abandono por parte da mãe drogada e com um dom exímio para arranjar brigas e discussões pelas ruas. Por outro lado, Laura manteve-se protetora e sempre cuidava da irmã, acobertando suas confusões e tentando ajudá-la com seus problemas usando sua inteligência fora do comum. Juntas as duas tinham a capacidade de fazer qualquer coisa sem sofrer as consequências, já que Laura com sua lábia havia a capacidade de reparar qualquer estrago feito pela gêmea. Para elas o mundo era como um grande playground onde nada e nem ninguém podia controlá-las.  

Anos mais tarde (ambas agora com 22 anos), Laura realizou o sonho de ingressar numa faculdade de Engenharia Química após muita dedicação e esforço. Isso desgastou a relação das duas e o contato que ambas mantinham tornou-se escasso, limitando-se a apenas meia dúzia de palavras quando elas se esbarravam pelos corredores do apartamento em que moravam. Sofia, por sua vez, gastou todo o seu tempo trocando de empregos inconstantes e usando seus contatos das ruas para encontrar seus pais biológicos. Após muita procura, ela conseguiu localizar sua mãe em um bairro muito pobre de Nova Capital. A matriarca morava num barraco abandonado de lona e madeirite, tendo que mendigar no centro da cidade para conseguir sobreviver e sustentar seus vícios. Sofia se comoveu com o estado da mãe e decidiu que faria de tudo para ajudá-la. Tudo, inclusive roubar.

Durante uma conversa entre as duas a mãe descobriu que Laura havia se tornado uma estudante com um futuro brilhante pela frente. Ela gerenciava uma pequisa cujo propósito era alterar o estado da matéria usando um equipamento capaz de mapear relações anteriores e futuras dos átomos e moléculas. Apesar de todo o orgulho recém adquirido pelo sucesso da filha, o vício nas drogas falou mais alto e a mãe teve uma ideia que resolveria por muito tempo seus problemas com a falta de dinheiro: Invadir a universidade durante a noite, roubar o dispositivo e vendê-lo no mercado negro. Demorou muito tempo para que Sofia acabasse concordando, mas a vontade de ter a mãe ausente por perto e o medo de acabar perdendo-a de vista novamente fez com que a garota aceitasse a oferta.

Após semanas arquitetando o plano, finalmente ambas estavam prontas para o furto. Sofia invadiu o laboratório com facilidade, usando sua experiência de muitos anos quebrando fechaduras de casas abandonadas para ter algum lugar calmo onde usar drogas com seus amigos. A mãe manteve-se de vigia, pronta para fugir e deixar a filha para trás caso desse alguma coisa errada. Demorou algum tempo mas Sofia finalmente conseguiu encontrar o dispositivo; a euforia dos tóxicos que ela havia consumido antes de invadir começou a nublar sua visão de modo gradual. Antes mesmo de começar a desconectar os cabos, a garota foi surpreendida com um baque forte na lateral da cabeça. Laura gritou ao ver que acabara de golpear a irmã mas, antes que ela pudesse entender o que estava acontecendo, Sofia levantou-se e as duas começaram a brigar. Trocaram chutes, socos, puxões de cabelo e cambalearam por toda a sala trombando em frascos cheios de produtos químicos e experimentos incompletos. As duas pararam em frente ao pequeno equipamento, ambas sangrando de pequenos cortes em locais aleatórios do corpo feitos pelos cacos de vidro. Laura sentou-se e olhou fixamente para a irmã, entendendo cada pensamento dela daquele modo que só os gêmeos conseguem fazer. Sofia pareceu lembrar-se do seu plano inicial e puxou o reator com força para fugir mas ele não se moveu. Uma luz começou a emanar do aparelho e ele entrou em funcionamento, fazendo barulhos estranhos que muito lembrava o som de internet discada sendo conectada. Ele super aqueceu por alguns segundos e depois explodiu, dando tempo para as duas apenas trocarem um olhar distante e arrependido.

Elas acordaram algumas horas depois da explosão, deitadas nuas no chão carbonizado do laboratório. O pequeno equipamento havia se tornado uma confusão retorcida de metal, placas de circuitos e cabos. Laura caminhou até ele chorando, ignorando completamente tudo que havia acontecido. Ao tocá-lo, um súbito conhecimento sobre os componentes do aparelho brotou em seu cérebro, tornando-se uma energia que correu pelo seu corpo e foi repousar no tênue espaço entre suas mãos e o metal carbonizado. Ele brilhou por um instante e voltou à sua forma anterior como se nada houvesse acontecido. Os pedaços retorcidos arrumaram-se e as peças que estavam soltas pela mesa caminharam rapidamente de volta até suas posições originais. Seu corpo foi dominado pela euforia e ela logo se lembrou da irmã. Sofia encontrava-se sentada em meio a várias cadeiras, mesas e pedaços de mármore dos balcões do laboratório. Todos estavam num estado de destruição antinatural, nada parecidos com o que foi destruído pela explosão. Elas se olharam e a garota levantou um pedaço de pedra com a mão, fazendo-o brilhar levemente antes de ele se quebrar em vários outros fragmentos menores. Algo havia acontecido com seus corpos e ela descobriu que gostava muito disso.

Um homem alto e robusto entrou pelos escombros da porta seguido de mais quatro homens com uniformes padrão de algum tipo de exército ou grupo tático. Ele aproximou-se delas lentamente levantando as mãos em sinal de paz, explicando com voz calma o que possivelmente poderia ter acontecido. Acidentes deste tipo eram algo que ocorriam com surpreendente frequência e só havia dois caminhos a serem seguidos por elas: usá-los para o bem maior ou tratá-los com irresponsabilidade. Caso a resposta fosse a segunda alternativa, eles iriam levá-las sob custódia até entenderem melhor a extensão de seus poderes. Sofia sentiu-se arrasada com o ocorrido e assustou-se com a semelhança que seus poderes tem com a vida de ambas as gêmeas: Laura é a pessoa capaz de criar coisas belas e reparar erros enquanto a única coisa que ela sabe fazer é trazer destruição. Arrependida, deu o primeiro passo e foi até os homens, percebendo pela primeira vez a palavra "Sindicato" bordada em letras garrafais nos seus uniformes. Sua irmã foi guiada pela curiosidade e logo percebeu que em volta do homem havia uma aura que assemelhava-se muito ao que seus professores cientistas tinham. Isso a acalmou e logo ela soube que o destino delas acabara guiá-las para algo grande.

Do lado de fora do laboratório havia uma multidão de curiosos, policiais e bombeiros. Todos mantinham-se afastados por uma corrente de soldados uniformizados que impedia o acesso de todos ao laboratório. As gêmeas foram levadas até um veículo onde haviam várias pessoas com uniformes diferentes dos que os milicos padrões estavam utilizando. Os uniformes com cores fortes e padrões heróicos lembraram Laura da sua maior paixão: histórias em quadrinhos de heróis poderosos que constantemente salvavam a pátria. Isso encheu-a de excitação, enquanto a única coisa que Sofia conseguia sentir era pena ao ver sua mãe indo embora do local a passos lentos e desordenados.
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