- Paradoxo
[Jogador] - Ímã
23/04/15, 11:31 am
Codinome: Ímã
Nome: Danielle Takeshi Nobre
Idade: 20 anos
Área: Marechal de Andrade (ZN)
VANTAGENS:
- Magnetocinese 3
- Vôo 2
- Percepção Extra Sensorial 2
- Braço Metálico 1
- Traje de metal 1
DESVANTAGENS:
- Deficiência Física(Braço) -1
Visual:
História:
Japão, 1945:
A guerra estava na iminência de seu término. A Alemanha estava prestes a assinar o acordo de paz com os aliados, no entanto, a armada japonesa ainda resistia. O exército japonês testava seu último recurso: Uma espécie de soro que aumentaria a resistência de seus soldados e os deixaria imune a diversas doenças. Um pequeno grupo de soldados e enfermeiras fora submetido ao teste, incluindo os recém-casados, e jovens, soldado Hayato Takeshi e a enfermeira Keiko Takeshi.
No entanto, seus esforços foram em vão. A bomba foi lançada contra a cidade, destruindo tudo que ali havia. Milhares de pessoas pereceram, tanto instantaneamente, como nos dias que se seguiram. Porém, aquele casal, junto de seus companheiros de projeto, haviam sobrevivido, não sem algumas sequelas, mas milagrosamente estavam ali, pra viver um novo dia.
A guerra arrasara o país. Uma grande quantidade de pessoas imigraram de sua pátria para outros países, inclusive o jovem casal de Hiroshima, que se dirigiu para o Brasil, a fim de começar uma nova vida, constituir uma família e viver longe daquilo que os lembravam dos horrores que haviam sofrido.
Brasil, tempos atuais:
Danielle, bisneta de japoneses, 21 anos. A jovem menina cresceu rodeada por sua família nipo-brasileira, mas aquele por quem ela tinha mais carinho era seu bisavô. Lhe contava histórias de seu antigo país, de sua cultura, de como conhecera sua esposa, já falecida. Apesar da idade avançada, era bastante lúcido. Dani sempre ouvia que ele a levaria para conhecer o país quando esta se formasse. Tinha orgulho de usar seu sobrenome.
Porém, o velho não viveu para cumprir sua promessa, vindo a falecer enquanto a moça ainda cursava a faculdade. Das mãos de seu avô, recebera uma carta, escrito há anos, mas guardada. O velho pedira que esta fosse entregue à sua amada bisneta no momento de sua partida. O baque foi enorme, mas ainda não era o bastante. Voltando de carro com sua namorada, um acidente ocorre. Dani sobrevive, mas sua namorada não. Ela é submetida à cirurgia de emergência. São colocadas placas de metal em seu corpo, devido aos graves ferimentos em seus ossos. Agora, os dois que mais amara se foram, não deixando-a desamparada, mas com um enorme vazio em seu peito. Pesadelos vinham lhe atormentar durantes as noite que se seguiam no hospital e, numa dessas, ela acorda. Ao seu redor, vários objetos metálicos flutuam. Ela se vê há alguns centímetro acima de sua cama, flutuando também. Suas mãos tremem, sua testa sua, a garota não sabe o que fazer, só sabe que a partir de agora tudo mudou.
Ela lê a tal carta. A carta que conta o que o velho jamais havia contado para ela. O lado obscuro, de quando serviu o exército japonês, de como virou cobaia, de como fez tudo pelo seu país, da bomba, de como tentou ajudar seus compatriotas, em vão. De como, mesmo tendo seus momentos felizes com esposa, filho, netos, ainda era um homem triste por não poder ajudar aquelas milhares de pessoas inocentes que sofreram com a bomba, que morreram sem poder ter a mesma chance que ele teve, de construir uma família e a ver florescer.
Dani então começou a aprimorar esse dom, que no início a assustava, mas agora ela o compreende. Compreende que foi lhe dada uma chance de fazer aquilo de que seu amado bisavô não conseguiu, de ajudar as pessoas a possuir uma vida, construir algo que possam se orgulhar, como ela se orgulharia, como seu bisavô se orgulharia dela naquele momento.
Nome: Danielle Takeshi Nobre
Idade: 20 anos
Área: Marechal de Andrade (ZN)
VANTAGENS:
- Magnetocinese 3
- Vôo 2
- Percepção Extra Sensorial 2
- Braço Metálico 1
- Traje de metal 1
DESVANTAGENS:
- Deficiência Física(Braço) -1
Visual:
História:
Japão, 1945:
A guerra estava na iminência de seu término. A Alemanha estava prestes a assinar o acordo de paz com os aliados, no entanto, a armada japonesa ainda resistia. O exército japonês testava seu último recurso: Uma espécie de soro que aumentaria a resistência de seus soldados e os deixaria imune a diversas doenças. Um pequeno grupo de soldados e enfermeiras fora submetido ao teste, incluindo os recém-casados, e jovens, soldado Hayato Takeshi e a enfermeira Keiko Takeshi.
No entanto, seus esforços foram em vão. A bomba foi lançada contra a cidade, destruindo tudo que ali havia. Milhares de pessoas pereceram, tanto instantaneamente, como nos dias que se seguiram. Porém, aquele casal, junto de seus companheiros de projeto, haviam sobrevivido, não sem algumas sequelas, mas milagrosamente estavam ali, pra viver um novo dia.
A guerra arrasara o país. Uma grande quantidade de pessoas imigraram de sua pátria para outros países, inclusive o jovem casal de Hiroshima, que se dirigiu para o Brasil, a fim de começar uma nova vida, constituir uma família e viver longe daquilo que os lembravam dos horrores que haviam sofrido.
Brasil, tempos atuais:
Danielle, bisneta de japoneses, 21 anos. A jovem menina cresceu rodeada por sua família nipo-brasileira, mas aquele por quem ela tinha mais carinho era seu bisavô. Lhe contava histórias de seu antigo país, de sua cultura, de como conhecera sua esposa, já falecida. Apesar da idade avançada, era bastante lúcido. Dani sempre ouvia que ele a levaria para conhecer o país quando esta se formasse. Tinha orgulho de usar seu sobrenome.
Porém, o velho não viveu para cumprir sua promessa, vindo a falecer enquanto a moça ainda cursava a faculdade. Das mãos de seu avô, recebera uma carta, escrito há anos, mas guardada. O velho pedira que esta fosse entregue à sua amada bisneta no momento de sua partida. O baque foi enorme, mas ainda não era o bastante. Voltando de carro com sua namorada, um acidente ocorre. Dani sobrevive, mas sua namorada não. Ela é submetida à cirurgia de emergência. São colocadas placas de metal em seu corpo, devido aos graves ferimentos em seus ossos. Agora, os dois que mais amara se foram, não deixando-a desamparada, mas com um enorme vazio em seu peito. Pesadelos vinham lhe atormentar durantes as noite que se seguiam no hospital e, numa dessas, ela acorda. Ao seu redor, vários objetos metálicos flutuam. Ela se vê há alguns centímetro acima de sua cama, flutuando também. Suas mãos tremem, sua testa sua, a garota não sabe o que fazer, só sabe que a partir de agora tudo mudou.
Ela lê a tal carta. A carta que conta o que o velho jamais havia contado para ela. O lado obscuro, de quando serviu o exército japonês, de como virou cobaia, de como fez tudo pelo seu país, da bomba, de como tentou ajudar seus compatriotas, em vão. De como, mesmo tendo seus momentos felizes com esposa, filho, netos, ainda era um homem triste por não poder ajudar aquelas milhares de pessoas inocentes que sofreram com a bomba, que morreram sem poder ter a mesma chance que ele teve, de construir uma família e a ver florescer.
Dani então começou a aprimorar esse dom, que no início a assustava, mas agora ela o compreende. Compreende que foi lhe dada uma chance de fazer aquilo de que seu amado bisavô não conseguiu, de ajudar as pessoas a possuir uma vida, construir algo que possam se orgulhar, como ela se orgulharia, como seu bisavô se orgulharia dela naquele momento.
- Índigo
Re: [Jogador] - Ímã
04/08/15, 02:19 am
- Equipamentos:
- EM CONSTRUÇÃO...
____________________________________________________________
- Descendência:
- EM CONSTRUÇÃO...
____________________________________________________________
- Índigo
Re: [Jogador] - Ímã
04/08/15, 02:22 am
- Aliados:
- EM CONSTRUÇÃO...
_______________________________________________________
- Inimigos:
- EM CONSTRUÇÃO...
_______________________________________________________
- NPC's:
- EM CONSTRUÇÃO...
- Índigo
Re: [Jogador] - Ímã
04/08/15, 02:44 am
Missões:
- Churros, Churros, quem vai querer os Churros?:
- Bairro: Centro
Link: https://fabricadeherois.forumeiros.com/t604-bairro-centro
Moderador: Xamã
Resumo: Tigre falhou em capturar seu Chico e ficou ferido gravemente. Ímã salvou uma família inteira, mas o uso excessivo de poderes e o calor intenso do incêndio acabaram derrubando-a. Lince e Lótus tiveram sucesso em apagar o incêndio.
- Não pisa no freio, Zé:
- Bairro: Bairro Vertical.
Link: https://fabricadeherois.forumeiros.com/t608-bairro-bairro-vertical#27276
Moderador: Xamã.
Resumo: Atômica e Ímã salvam o ônibus, desarmando a bomba.
- O Galo e a Cabra:
- Bairro: Favela do Cabrião
Link: https://fabricadeherois.forumeiros.com/t606p26-bairro-jardim-da-redencao#27324
Moderador: Sombria
Resumo: Fera e Ímã passam por maus bocados mas conseguem cada um derrotar as duas criaturas infernais.
- As Doze Bestas:
- Bairro: Em algum lugar da cidade
Link: https://fabricadeherois.forumeiros.com/t674p13-localidade-em-algum-lugar-da-cidade#27536
Moderador: Capitólia
Resumo: Fera e Íma derrotam o Macaco-Galo.
- UMA HISTÓRIA NÃO CONTADA (Missão Exclusiva):
- Bairro: Bairro Vertical
Link: https://fabricadeherois.forumeiros.com/t680-bairro-vertical-ima-uma-historia-nao-contada#27226
Moderador: Xamã
Jogador: Ímã
Resumo: Ímã consegue derrotar as marionetes, mas caí em uma armadilha. É salva por uma garota que se apresenta como Arco.
- Siga o Coelho Branco: Parte 1 - Clube dos Cinco:
- Bairro: Em Algum Lugar da Cidade
Link: https://fabricadeherois.forumeiros.com/t674p26-localidade-em-algum-lugar-da-cidade#27661
Moderador: Fera
Resumo: Viajante, Atômica, Ímã, Sentinela e Néon são os primeiros a chegar na Casa do Pecado, local da primeira charada do Coelho Branco, e ao tentarem desativar as bombas, elas se convertem em pulseira explosivas, obrigando os heróis a permanecer no jogo.
- Brincadeira de Herói:
- Bairro: Barão da Conquista
Link: https://fabricadeherois.forumeiros.com/t600p26-bairro-barao-da-conquista#27681
Moderador: Sombria
Resumo: Atômica, Fera e Ímã impedem a execução de Metálico, vigilante dos ranques do Sindicato, mas tudo não parece ser tão simples assim.
- Siga o Coelho Branco: Parte 2 - Quarteto Fantástico:
- Bairro: Em Algum Lugar da Cidade
Link: https://fabricadeherois.forumeiros.com/t674p26-localidade-em-algum-lugar-da-cidade#27718
Moderador: Fera
Resumo: Somente Sentinela, Atômica, Ímã e Viajante chegam à UNC, local da segunda fase, onde salvam quatro pessoas do quarteto fantástico do Coelho Branco, os quatro elementos fundamentais.
- Siga o Coelho Branco: Parte 5 - Game Over:
- Bairro: Em Algum Lugar da Cidade
Link: https://fabricadeherois.forumeiros.com/t674p39-localidade-em-algum-lugar-da-cidade#27939
Moderador: Fera
Resumo: Ímã tem o braço explodido pelo bracelete dado pelo Coelho Branco.
- Índigo
Re: [Jogador] - Ímã
04/08/15, 03:01 am
Siga o Coelho Branco: Parte 5 - Epílogo:
- Anoitecer:
- - ... ápido, levem-na para a sala de cirurgia. – Dizia o homem de jaleco, enquanto acompanha os demais, que empurravam a maca em que ela estava deitada.
- Doutor, ela perdeu muito sangue, não sei se vai aguentar...
- Precisamos cauterizar a ferida o mais rápido possível....
As vozes começam a ficar mais abafadas, sumindo. Seus olhos ficam pesados. A moça tenta mantê-los abertos, mas é difícil. Logo, ela perde totalmente a noção do que os outros estavam conversando, existindo apenas uma voz, aquela voz...
- Pare de lutar contra isso, amor. Segure minha mão, já ficamos longe tempos demais. – Como por algum milagre da natureza, Dani vira o rosto de Anna mais uma vez.
A moça, de longos cabelos ruivos, estendia sua mão para a heroína. Dani tentara o mesmo, mas seu braço esquerdo não estara mais ali. Então ela se dá conta do que acontecera. Recobrara as lembranças daquela noite. Seu braço havia explodido, graças a uma bomba. Anna não estava ali, estava morta. Aquilo era uma alucinação criada por sua mente debilitada, pela grande perda de sangue.
Dani começa a sentir as pálpebras ficarem ainda mais pesadas. Pesadas ao ponto de não conseguir mais aguentar, fechando os olhos lentamente. As lágrimas escorriam involuntariamente por seu rosto que, estranhamente, parecia sereno. Seus ouvidos agora não ouviam mais nada, nem os médicos discutindo, nem sua falecida namorada, nem seus próprios pensamentos sobre os acontecimentos daquela noite. Mas eles ouviam a melodia que remetia à época mais linda de sua vida, a época em que conheceu Anna. A canção que tocava no mp3 player de Anna quando as duas se esbarraram pela primeira vez nos corredores de sua antiga escola.
“A Dança da Fada Açucarada”, do ballet “O Quebra-Nozes”.
Anna era uma maravilhosa bailarina, com um futuro brilhante pela frente. Seu sonho era se apresentar como a primeira bailarina do Balé Bolshoi e se apresentar na terra natal de seus bisavôs. Dani a apoiava em tudo, sua “Fada de açúcar” como costumava chamá-la.
Dani abria os olhos lentamente. A luz do dia entrava pela janela do quarto. Ela sentia fortes pontadas no lugar de onde era para estar seu braço esquerdo, “amputado” pela bomba. No entanto, continuava a ouvir aquela música. “A Dança da Fada Açucarada”. A música de Anna. A música das duas.
Dani vira vagarosamente sua cabeça para o lado, vendo a caixinha de música que dera para sua finada namorada em seu aniversário de 21 anos. No centro dela, uma bailarina em arabesque, que girava enquanto a música evoluía.
- Uh-hu – Um homem, de terno preto, sentado no sofá em frente ao leito de Dani, solta um pigarro.
A moça se acomoda melhor na cama, ainda sentido muita dor, não só a dor fantasma em seu braço esquerdo, mas dos nas costas e nas articulações. Dani olha diretamente para o homem, enigmático.
- Que bom que se recuperou. – Diz o homem, levantando-se. - Não se preocupe. Trouxemos a caixa de música da sua namorada da sua casa pra cá. Também avisamos aos seus pais e seus irmãos da sua situação. Estão vindo te visitar. Seu primo, é... Carlos está vindo também. Conseguimos contato com ele há cerca de duas horas. Já deveria estar, mas como o trânsito dessa cidade é uma merda...
Neste momento, Dani interrompe o homem abruptamente:
- Peraí... Você disse nós... Afinal, quem são vocês? – Diz a moça, tentando se levantar, em vão.
O homem coloca a mão sobre seu ombro, impedindo que ela se levante, devido a seu corpo debilitado. Logo, este retoma a palavra:
- Não se preocupe, Dani. O Sindicato me enviou. Queria garantir que seu segredo estaria a salvo, além de dar todo o apoio a você, tanto clínica, quanto financeiramente.
- Então vocês... Ahh... Sabem o que... Aconteceu? Onde tá o tal do... Coelho? – Ela se interrompia algumas vezes, devido às dores em seu corpo.
- Não se preocupe com isso, senhorita Takeshi. Apenas se recupere o mais rápido possível, para que volte logo à ativa.
- Como assim? – Pergunta, olhando diretamente para o lado esquerdo, onde deveria estar seu braço.
- Ora, você é uma lutadora, Dani? Ou uma farsa? Lutadores não desistem à primeira adversidade. Eles a atravessam como uma bala atravessaria uma folha de papel. E eu acredito que você seja uma bala. Além disso, seus dons, sua dedicação, sua honra, tudo isso é muito valioso para nós. Valioso demais pra que fique escondido atrás de uma carteira de faculdade. – Diz o homem, recolocando seus óculos. - Quando se recuperar, estaremos te esperando no Sindicato com algumas “surpresas”.
Neste momento, Carlos, primo de Dani, chega ao local. Sem fôlego, e com um rosto preocupado, ele esbarra sem querer, pedindo desculpas ao homem. Ele faz um gesto amigável para o rapaz, para que este esqueça o ocorrido. Antes de atravessar a porta, o homem, que não havia se identificado, para e diz mais algumas palavras à garota.
- Lembre-se do que eu falei, lutadora.
Carlos senta ao lado de Dani e os dois começam a conversar.
- Quem era o cara?
- Meu agente do seguro.
- Oloko, parece mais um agiota.
Dani começar a rir, mas se interrompe novamente, sentindo fortes dores.
- Dani, como você tá?
- Eu tô legal, na medida do possível. É só não me fazer rir muito. – Diz, soltando um sorriso contido de canto de boca.
- Você continua uma péssima mentirosa. – Diz, também sorrindo, mas soltando algumas lágrimas.
- E você continua me conhecendo melhor do que ninguém. – Diz a garota, também derramando algumas lágrimas, mas de alegria por ele estar ali agora.
Os dois se abraçam. Não importava a dor que Dani estava sentido no momento. Nenhuma dor física era páreo para o sentimento que tomava conta dela naquele momento. Felicidade. Felicidade por sua família estar ali naquele momento, felicidade por saber que tinha com quem contar, mesmo que fosse só um abraço, mas já valia por tudo.
...
- Alvorada:
- - Senhorita Takeshi? – Perguntava o homem, usando óculos, calça e um jaleco brancos. Por baixo do jaleco, uma camisa preta. Deveria ser de uma daquelas bandas do norte da Europa, já que possuía um daqueles nomes impronunciáveis. O homem estende a mão esquerda. - É um prazer conhece-la. – Dani o encara por alguns segundos, até que o rapaz se toca da gafe, cambaleando em suas desculpas.. - Ahn... Me desculpe, por favor. Bem... Venha, entre... – Diz o rapaz, sem graça.
Dani olha em volta do laboratório do rapaz. Haviam peças por todos os lados. Projetos de equipamentos, veículos, parafernalhas em geral. Alguns projetos inacabados pareciam vindos do laboratório do próprio doutor Frankenstein. Até que o homem volta com uma grande maleta, pesada por sinal, devido a força que o rapaz fazia para carrega-la.
- Voilà! – Diz o cientista, praticamente jogando a tal maleta em cima da mesa.
Quando o rapaz o abre, Dani olha fixamente Para o objeto, olha novamente para o jovem e, logo em seguida, diz:
- E isso seria?
- Nossa, eu pensei que você tinha perdido um braço, não a visão. – Diz, ajeitando os óculos. Ao ver o semblante fechado da moça, retoma o tom (nem tão) sério. - Bom... Esse é o seu novo braço! É feito de uma camada exterior de titânio, placas de aço na altura dos dedos. Ele é resistente à altas temperaturas e à corrosão, então não se preocupe. Ele também possui um encaixe adaptável na altura do ombro.
- E você quer que eu use isso, tipo, pra andar no meio da rua?
- Na verdade só quando você estiver em ação. Se você reparar bem, ele possui algumas partes dobráveis, e outras de encaixe. Os dedos, cotovelo, punho, antebraço e ombro são facilmente destacáveis, pelo menos pra você. – O jovem inventor retira uma garrafa de xarope de uma das gavetas, coloca em um copo e começa a beber.
Dani o olha como se o achasse meio estranho, não que não achasse antes, mas agora o seu receio aumentara.
- Bom, onde eu estava? – Ele dá três tossidas e continua. - Ah sim, o braço. Bom, como eu disse, é muito fácil de você manuseá-lo. Ele responde às reações eletromagnéticas peculiares desenvolvidas pelo seu corpo. Enfim, quando você se concentra em usar seus dons, o campo eletromagnético em volta do seu corpo é potencializado. O braço responderá a isso. Como seu poder ainda está em franca evolução, não há como medir a capacidade eletromagnética do seu corpo ao usar os poderes.
O rapaz anda na direção de um grande armário, de onde retira mais uma maleta, dessa vez um pouco menos pesada. Ele a coloca também na mesa, abrindo-a, revelando um novo uniforme.
- Bom, esse é o seu segundo presente. Um uniforme novo, feito de espuma sintática, com placas de kevlar à altura das articulações e pontos vitais, com uma fina camada de titânio sobre a armadura, pra você poder controla-la. Cobri seu uniforme com material anti-chamas, pra não superaquecer o metal se você estiver lutando contra alguém com poderes pirocinéticos. Tentei deixa-lo o mais fiel possível ao seu uniforme original.
- Olha, eu... Não sei como te agradecer... – Diz a moça, encantada com seu novo equipamento. - Mas uma coisa que eu não entendi foi a parte da espuma sintática. O que seria isso?
- Bom, basicamente é um composto metálico, feito à base de liga de magnésio. O magnésio é crivado com carboneto de silício. Ele é leve e possui um poder de blindagem bastante alto, que é ótimo pra você, pois vai fazer você se movimentar melhor do que se estivesse usando uma armadura inteira de metal.
Dani vê os olhos do rapaz brilhando. Parecia que ele mesmo se orgulhara daquilo que fizera. Ela estende sua mão direita à ele, abrindo um grande sorriso. O rapaz fica sem reação, mas logo estende a mão também.
- Muito obrigada. – Diz a moça, realmente feliz por ter decidido não abandonar a luta. - Obrigado por tudo que fez por mim aqui.
- Bom, a melhor maneira de me agradecer é não destruir minha obra prima, ok? – Diz, recebendo a confirmação com a cabeça. - Bom, e quanto a levar isso pra casa, não se preocupe. O Sindicato mandará alguém levar. Acho que você não está em condições ainda, não é?
Dani consente com a cabeça, reverenciando o jovem inventor, como seus avós lhe ensinaram na infância. Ela sai pela porta, feliz, enquanto o cientista retoma à garrafa de xarope contra a tosse, tomando um longo gole.
Ímã renascia naquele momento.
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