fabricadeherois
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[Bairro] - Jardim da Redenção

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[Bairro] - Jardim da Redenção - Página 2 Empty Re: [Bairro] - Jardim da Redenção

07/06/15, 03:03 pm
Durante a madrugada, as ruas de Jardim da Redenção eram escuras, barulhentas e úmidas. Padroeira fazia sua ronda diária pelo bairro, voando baixo, quase tocando o chão. Seus trajes eram escuros, o que tornava sua presença quase imperceptível, além do visual fantasmagórico. O leve brilho de sua rede e o crucifixo em seu peito apenas reforçavam essa aparência etérea que a vigilante tinha.

A moça seguia praticamente a mesma rota desde o seu primeiro dia no meio: os escombros da Casa do Pecado, que recomeçavam a tomar forma, o Bar do Araújo, o Parquinho Verde, todos pontos conhecidos por abrigar pessoas de caráter duvidoso.  No geral, os crimes que impedia eram pequenos assaltos e tentativas de venda de drogas para crianças, coisas simples, mas que, mesmo assim, lhe traziam imensa satisfação.

Foi em um canto do bairro cheio de barracões que Padroeira percebeu algo realmente estranho. Do terreno de um desses barracões surge uma besta parecida com um galo, mas enorme e enfurecido. O galo solta um grito terrível que é abafado pelo campo de força que a heroína  projeta ao redor de si. O animal enorme, com garras e sem penas corre até um carro em movimento, parando-o e devorando cruelmente o passageiro e motorista. Padroeira sente algo terrível, mais ou menos como quando viu Legião saindo do pastor, quando o animal a encara com aqueles olhos minúsculos.

Ação:
Ela voará rente ao chão, indo de encontro a besta, ativando seu campo de força para se proteger dos golpes que a criatura poderia desferir contra ela. Padroeira voará rapidamente e lançará sua rede em suas pernas, para que o animal caia. Caso tenha sucesso, voará bem alto e depois voará para baixo, aumentando a velocidade de sua queda livre, utilizando o campo de força projetado ao redor de seu corpo para esmagar a besta e pará-la de uma vez.

Parar Galo: ND9
Voo +2, Campo de Força +2, Rede abençoada +1, ZR +1
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[Bairro] - Jardim da Redenção - Página 2 Empty Re: [Bairro] - Jardim da Redenção

14/06/15, 03:57 pm

Resolução



A criatura de aparência cretácea, uma vez conhecida como o galo Parrudo, terminava de engolir os membros restantes do pobre casal ao qual havia atacado, sangue e pedaços irreconhecíveis de seus corpos caindo dentro do veículo retorcido, aberto por cima como uma lata. Porém, ela estava longe de saciada. Com seus olhos pequenos e sentidos atentos, caçava outra presa nas ruas escuras do bairro, esperando parada pelo erro de outra vítima infeliz de passar por perto.

Em pouco tempo, ela houve o som de um motor, e vira sua cabeça aterradora imediatamente na direção de uma moto, que acelerava não muito longe dali. Na sua Harley-Davidson 883, o vigilante marginal conhecido como Fera olhava para trás, vendo o galo infernal começar a correr em sua direção, se aproximando com seus largos passos em velocidade incrível.

- Isso mesmo, bicho estranho. Vem atrá-- Ai carai...! - Fera se assusta com a veloz aproximação do animal, já quase perto o suficiente para abocanhá-lo, e então ele acelera com tudo, tentando abrir distância entre eles.

Fera corta em alta velocidade as apertadas ruas do bairro, com a ave maldita em seu encalço. Conhecendo o bairro como ninguém, o herói bestial tentava levar a mesma para algum lugar mais afastado, ermo, longe das aglomeraçõoes de residências e barracos.


Não muito longe dali, na beirada de uma rodovia, a enorme cabra demoníaca continuava a investir contra tudo e todos, demolindo murinhos e amassando completamente todos os veículos à sua frente. Atrás dele, era deixado um rastro de poderoso ácido verde, que vazava tanto da fenda no seu pescoço quanto da sua boca, e que brilhava dentro do seu  estômago.

Do alto, uma mulher de trajes azuis observa flutuando todo o caos, sua máscara ainda na mão. Ela estava perplexa com o que via.

- Um sábio uma vez disse que nada de bom acontece depois das 2 da manhã. Mas isso? Isso já é piração demais.

Pensando em sua estratégia, Ímã coloca a máscara no rosto e desce em direção ao animal, o pegando desprevinido e pousando em suas costas, se agarrando em seus enormes chifres enrolados para não ser derrubada. Ele tenta se desvencilhar dela balançando a cabeça e levantando as duas patas do chão, mas era inútil. Mesmo sem ser fisicamente forte, Dani conseguia com facilidade puxar a cabeça da cabra profana na direção que queria, talvez por causa do profundo corte em seu pescoço. Ácido era jogado em todas as direções por causa da luta, mas nada atingia a heroína, graças à seu posicionamento.

A cabra então volta a mirar os veículos, na estratégia de correr e acertar tudo na sua frente para se livrar da heroína. Ela também faz o mesmo, analisando a rodovia aonde estavam e puxando os carros com seus poderes, para servir de barricada contra as investidas do animal. Ambos queriam a mesma coisa.

A criatura parte em disparata contra um veículo parado na rodovia, enquanto o mesmo se arrastava sozinho na sua direção. O choque de colisão entre os dois é poderosíssimo, lançando a heroína contra o para-brisa do carro e fazendo-a girar no ar mais umas duas vezes antes de cair no asfalto, há poucos metros do carro completamente amassado, desfalecida.

Fera faz uma curva em alta velocidade, aparecendo em outra rua do bairro, sendo seguido logo atrás pelo galo infernal, que quase derrapa e cai contra um muro. O meta-humano já estava chegando ao lugar que planejava para terminar com aquela perseguição toda: a Linha Vertical, um projeto de vias do governo que iria conectar com vias de trânsito rápido as partes mais afastadas e rurais da cidade ao Bairro Vertical e seguir até o Aeroporto Internacional, desafogando o trânsito dessas regiões. Muito da Linha Vertical ainda estava sob construção, especialmente nas áreas além do Rio Cabrião, e logo, eram os locais perfeitos para se evitar grandes danos colaterais.

A moto freia ao atingir o fim da rua, onde estava o cercado que delimitava o começo das obras. Fera dá a meia-volta, observando a criatura aterradora avançando na sua direção.

- Xica, você vai me perdoá nessa, mas vai sê preciso. – Fera disse para sua motocicleta.

Ele então acelera, avançando contra Parrudo. Os dois se aproximam em alta velocidade, em uma colisão iminente, até que Parrudo tenta voar novamente, claramente tentando desviar da moto e acertar o herói marginal com suas garras do pé. Ele por sua vez joga o guidão da moto pra direita, saindo da trajetória das garras afiados do animal, e pula com os braços estendidos na direção do mesmo, o agarrando em pleno ar.

- Seeeeguuuuuuurraaaaa piãããoo!!! - Grita Fera, tentando segurar-se firme no ser maldito.

O galo possuído atinge o chão em velocidade, derrapando e se debatendo com as asas, até atravessar e destruir o cercado das obras, e seguindo pelo terreno baldio por vários metros até parar.

Quando a poeira abaixa um pouco, era possível ver a batalha que ocorria. Parrudo estava no chão, se debatendo, enquanto Fera, coberto de terra, estava por cima, montado no seu peito, tentando estrangular o galo enquanto evitava ser mordido.

- Sabe, bicho... O Vovô Fera... Me ensinô... A preparar galinha. - O herói começa a papear, enquanto fazia tremenda força, e era acertado pelas asas. -E primeiro... Nóis... Quebra... O pescoço dela!

A criatura começa a berrar novamente, sendo possivel agora ouvir um pouco de galo por baixo da voz infernal. As veias dos enormes braços de Fera pulavam pra fora, enquanto ele apertava ainda mais, e com um movimento de giro com as mãos, é ouvido então o estalo alto do pescoço da criatura se quebrando.
Fera se afasta, caindo sentado no terreno com as mãos nas costelas, sentindo uma dor aguda na região. O galo se levanta, ainda se debatendo e andado, com a cabeça pendurada acima do chão pelo pescoço inutilizado. Quando o mesmo volta a avançar na sua direção, mesmo com o pescoço quebrado, e ainda tentando soltar um berro, é que o herói vê que ele ainda teria que terminar o trabalho, de vez.

- Hoje tem galinha pa janta meu povo! - Diz o homem bestial, rindo.


Dani acorda, ainda grogue. Tudo doía, e ao mesmo, tudo era... familiar. Ela via rodovia á sua frente, e ao seu lado, um carro amassado. Ela ouvia somente um zumbido, e sua cabeça doía como nunca - ou melhor, como sempre. Tinha a estranha sensação de que algo muito, muito ruim havia acontecido. Como se algo tivesse sido tirado dela.
Uma lembrança, uma imagem, vem à sua mente, e quase tão rápido quanto o marejar de seus olhos, Ímã sai do chão já voando, se esquivando por pouco de um banho de ácido vindo do pescoço da cabra infernal, que se aproximava dela.

A heroina magnética cai do seu próprio voo, ainda tentando se recuperar da dor. Ela vê a criatura do outro lado do carro amassado e se lembra do que estava fazendo momentos atrás; e de como foi parar naquele estado. Não era aquela vez.

- ... Agora você me deixou puta. - Diz a moça meta-humana, claramente irritada.

A cabra, que mirava em Ímã, parece querer tentar mexer a mandíbula. Aos poucos, enquanto tentava abrir a boca, o ácido verde começava a vazar de todos os orifícios da sua cabeça, começando a dissolver os próprios olhos nas orbitas do seu crânio. O animal então tenta berrar, mas ao invés de sair um som, o que sai é um vômito de ácido por todos os buracos do seu crânio, que voava em velocidade incrível contra Dani, que desvia por pouco.

Ímã volta a voar, mas dessa vez, a cabra pula em cima do carro retorcido, e segue pulando de carro em carro, atirando rajadas de ácido contra a mesma. Ela segue se desviando pelo ar, tentando pensar em alguma coisa enquanto fugia. Somente alguns pingos que a atingiam já atravessavam seu uniforme e faziam queimaduras não-graves na sua pele, mas que a incomodavam e a colocavam sob mais pressão.
É então que ela vê, do alto, um viaduto da Linha Vertical mais à frente, com áreas ao redor sob obras ainda. Ela sabia que teria uma chance de lutar lá, então ela continua a servir de isca para atrair a cabra até o local.

- Anda logo... Fala que tem... - Dizia a moça, enquanto estendia um dos braços pro lado e mexia os dedos, como se tivesse caçando algo dentro de uma gaveta imaginária. - Achei.

Como uma serpente, um extenso cabo de aço voa por cima de Ímã e desce em direção á cabra, se enrolando nas pernas do mesmo. Em seguida, a heroína magnética levanta o cabo, pendurando o animal de cabeça pra baixo, mas devido ao seu tamanho, ela consegue somente leventá-lo poucos centimetros do chão, o trazendo para o canto de obras.
Vendo que havia nenhuma outra opção de parar aquela criatura sobrenatural, ela continua a enrolar a criatura com cabos de aço. Logo, o ácido que escorria da fenda do seu pescoço corroeria os cabos, e tudo seria em vão, então Dani opta por uma solução final: ela vai apertando e apertando os cabos, cortando através da pele metálica do animal, até que em dado momento, a barriga do animal estoura em ácido, e os cabos cortam até os ossos do animal, o desmembrando em vários pedaços.

Ímã aterrisa no chão, perplexa, mas contente por ter terminado aquele pesadelo, e de repente, ela ouve a voz de alguém ali perto.

- EI!! - Grita Fera, fazendo a moça se virar. - EU JÁ VI VOCÊ!... QUÉ GALINHA?!

Ela então nota o outro vigilante, e a carcaça de outra criatura perto dele, sem cabeça. Logo em seguida, os dois heróis presenciam dois vultos negros dissiparem das duas carcaças, subindo aos céus e rumando ambos na mesma direção.

Os dois heróis se entreolham, sentindo cada um que ambos deveriam relatar tudo aquilo nos seus comunicadores ao Sindicato...



=====

Rolagem de Dados:
Fera - ND 9:

Acrobacias 1 + Membro extra 1 + Garras 1 + Super Força 2 + Super Resistência 1 + Super Agilidade 1 +  Moto 1  + ZR 1 = 9. Sucesso Automático!

Imã - ND 7:
Magnetocinese: 2 + Voo: 2 + Percepção extra-sensorial: 1 + ZR: -1 = 4 + Dado 3 = 7. Sucesso!

Fera e Ímã ganham 9 e 7 de Xp, respectivamente.
QuimeraBranco
QuimeraBranco

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03/07/15, 01:17 pm

Apenas mais uma estatística.

Amanda estudava Direito na UNC, mas morava em Jardim da Redenção. Depois de uma aula noturna, ela sempre voltava para casa de ônibus. Naquele horário, o movimento de pessoas ainda era grande, tanto que o ônibus estava quase cheio. Ela se sentou no banco da janela e distraía-se com a paisagem.

Até que um homem sentou ao lado dela. Imediatamente, ele passou a mão na perna de Amanda, enquanto a outra segurava uma faca apontada para a barriga da estudante.

- Fique quietinha ou eu vou lhe furar. Você não vai falar mais nada e vai sair quando eu disser. Vai comigo até a rodoviária de Jardim da Redenção, onde o número de passageiros cai pra menos de cinco e vai descer comigo, abraçada, fingindo que sou seu namorado ou seu pai. Vou te levar a qualquer lugar deserto e te estuprar. Se você for boazinha, deixo você voltar pra casa, mas aviso logo: eu gosto de menina quietinha, se você gritar demais, eu te meto de porrada, ouviu, sua piranha? - o homem sussurrou no ouvido de Amanda.

A garota gelou e começou a tremer. Não sabia o que fazer. Pensou em pegar seu celular e ligar para alguém, mas a faca já lhe fincando na barriga a lembrava que não podia se movimentar. Ela olhou para os poucos passageiros em pé, tentando pedir por socorro. Até que uma bexiga foi estourada por uma criança no banco de trás, que vinha de uma festa com a mãe, fazendo todos os passageiros olharem para trás com o susto.

Foi a oportunidade que Amanda. Ela olhou angustiada para um dos passageiros de pé e falou sem emitir som, mas que o movimento dos seus lábios deixava bem claro: Me ajuda.

Objetivo:

- Deter o estuprador, ND 4.
K.O
K.O

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07/07/15, 05:32 pm
Pelas ruas de Nova Capital, uma moto planadora sendo pilotada por um alien avançava pelos corredores de carro em alta velocidade. Ignorando os semaforos e placas, contando apenas com sua habilidade para lhe assegurar.

“Siga 50 metros e vira a esquerda.” Auxiliava o GPS do Viajante, que transmitia a voz feminina robotizada em seu fone de ouvido bluetooth. Ele virou na rua e seguiu o caminho.

Alguns minutos atrás o viajante havia recebido uma mensagem de Ana, onde ela parecia bem desesperado, porém, a ligação caiu e o Viajante não conseguiu mais contato.

- Aguenta, Ana, to chegando!!!!

Ele chega no prédio onde ela morava, seu apartamento era no 7º andar, o elevador iria demorar, o mais rapido era chegar pela janela, mas é arriscado demais. Ele então estaciona a sua moto atrás do edificio e entra pelas portas do fundo, com sua força e agilidade ele sobe as escadarias com facilidade, chegando no andar de ana. Com cautela ele se aproxima de seu apartamento, tentando escutar algo, mas nada…

- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH!

Ele rapidamente invade o local com um encontrão na porta, arrebentando a maçaneta. O Viajante entra com a guarda alta, porém não vê nada.

- SEHUN!!! TEM UM RATO EM BAIXO DA CAMA! - Gritava do quarto.

- VOCÊ ME LIGOU PRA ISSO!!! - Gritava da cozinha

- NÃO GRITA COMIGO, ELE É PRETO!!!!! E POR QUE SUA VOZ TA DIFERENTE!?

Koo’Hun olha para suas mãos e vê que esta como Koo’Hun, e não Sehun. Ele ativa seu uniforme e sua pele começa a clarear, seus cabelos enegrecem e seus olhos tomam uma forma mais terraquea, ele então segue para o quarto.

- TA ALI! ALA, PEGA, PEGA!!! MATA ELE! [...]

________________



Após resolver o problema na casa da Ana, Koo’Hun agora vestia o manto de Viajante e seguia pelas ruas do Jardim, na esperança de ir para casa. O rata não era tão grande, e muito menos deu trabalho, mas valeu a viagem. Ambos jantaram juntos e Koo’Hun não terminou o dia apenas se comunicando com os punhos.

Nesse periodo da noite o Alien sempre dobrava a atenção, qualquer grito poderia ser de ajuda, e toda atenção era pouca. Ele para no semaforo, o sinal estava vermelho e nenhum pedestre atravessava, ao seu lado, um onibus para esperando o sinal verde quando um barulho assustou o vigilante. Por reflexo ele olha para trás, procurando o resposavel até encontrar uma criança dentro do onibus, com uma cara de susto pela bexiga. “Eu sei como se sente, garoto.” pesava o Alien. E com um extinto de curiosidade, observou todos os passageiros antes de voltar a atenção no transito, porém, uma jovem tomou essa atenção. Ela estava um pouco palida, e seus labios tremiam, e em milesimos de segundos ele percebeu o seu pedido de ajuda.

Viajante então acelera a sua moto e para ela de atravessado, em frente ao onibus…

Koo’Hun entrara no onibus, e para maquiar as suas intenções, ira anunciar que esta procurando por um super-humano com uma mochila cheia de drogas, que se disfarçou e tentou se misturar a multidão. Ira pular a catraca e fingir revistar as bolsas, até chegar proximo a garota que pediu ajuda segundos antes. Usando a sua agilidade, ira agarrar o homem pelo pescoço rapidamente, e com sua força ira ergue-lo até que fique longe da moça. Com a garota fora de perigo, ira perguntar o que esta acontecendo. E após o relato, ira imobiliza-lo amarrando as suas mãos com as cordinhas do Onibus e ira leva-lo para a delegacia, para que não seja linchado no onibus.


Super força: 1
Super-Agilidade: 2
Zona: 1
Espectro
Espectro

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09/07/15, 09:17 am
- E aí, Maria, Pink Floyd ou Led Zeppelin? - Atílio, professor de matemática da escola em que Maria trabalhava perguntou. Sentado em uma das mesas da sala dos professores, ele discutia apaixonadamente com José, o professor de história. - E nem vem com pacifismo dizendo que cada um foi importante pra evolução do rock e que não devem ser comparados. Eu quero só saber qual é o melhor, falou?

- Eu não sei, eu... não costumo ouvir esse tipo de música - ela disse, dando um gole em seu café.

- Como assim?! - Atílio arregalou os olhos. - Em que mundo você vive?!

José levantou-se, dando uma última mordida em seu pedaço de bolo. Tirou do bolso um aparelho mp3 antigo e um fone de ouvido enrolado. Esticou o braço e entregou a colega.

- Toma, aí tem uma seleção das melhores músicas das duas bandas. Tem um pouquinho de ACDC também, mas quando você ver música bosta é só pular.

-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Maria estava em pé no ônibus. Voltando do trabalho tarde da noite, aproveitou para ouvir as músicas recomendadas por seus amigos. Após os primeiros momentos de estranhamento, Maria logo começou a se acostumar com o estilo das músicas, e foi só questão de tempo para que ela começasse a gostar de verdade das canções.

"E aí, curtiu?" recebeu uma mensagem de José.

"Bem legal. Diferente. Gostei mais do Pink Floyd, sei lá, mais calminho." ela respondeu.

"Massa! Tenho uma banda cover, a gente toca toda sexta no barzinho do lado da UNC. Aparece lá algum dia!"

Maria tirou os olhos da tela, sorrindo. Ela voltou então a se concentrar na música, olhando ao seu redor enquanto fazia isso. Percebeu então que várias pessoas olhavam para uma criança sentada no fundo do ônibus. Sem entender o que estava acontecendo, ela procura por alguém que possa responder, correndo os olhos pelos passageiros que estavam sentados. Quando seu olhar encontra com o de uma jovem, ela percebe que há alguma coisa errada. Suas suspeitas são confirmadas quando, sem emitir som algum, a garota suplica por ajuda. E Maria, tentando entender a situação, percebe uma faca apontada próxima a sua barriga.

Ação:
Maria se aproximará da menina, ativando seus poderes, projetará um campo de força entre o homem e a menina, impedindo que ele a ataque com a faca. Tentará desarmá-lo usando sua rede, depois amarrando-o com a mesma, para levá-lo até o posto policial mais próximo.

Voo +2, Campo de força +2, Rede +1, Fé +1, ZR +1
Dínamo
Dínamo

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09/07/15, 02:39 pm
Por tantas e tantas vezes Fabio perguntava-se se estava preparado para lidar com todos os eventos que outrora ocorriam em sua vida, porém em meio a tantos questionamentos o menos claro e ainda sem resposta era: Porque ele? Diante da lista de nomes de todos os ecologistas mortos (ou desaparecidos) na cidade - parte deles seus amigos pessoais da universidade - por que as forças da natureza escolheram justamente a ele para defender não só o verde, mas também os fracos e oprimidos que vivem em meio a metrópole devastada pelas batalhas épicas dos super seres. Será que as preces de seus pais por ele foram tão fervorosas assim? Se perguntava o jovem. A fé deles teria sido mais forte do que a dos entes queridos daqueles que perderam suas vidas injustamente depois da última manifestação pró-floresta?

Já haviam se passado uns três meses desde que Fabio fundira seu corpo e mente ao do espírito guardião das florestas e algumas semanas que o convite de se unir ao sindicato dos vigilantes da cidade havia sido dado. Juntamente com o convite, recebeu também um celular que constantemente recebia mensagens anônimas indicando locais e descrições de chamadas solicitando auxílio do herói mais próximo da área em questão. Mesmo diante disso, o garoto ainda tentava levar sua vida normal, para falar a verdade era o que ele mais queria, mas lidar com as mudanças repentinas de seu corpo e dividir a mente com uma entidade sobrenatural enquanto ajudava a proteger os pobres inocentes moradores de Nova Capital não era uma tarefa fácil. O celular lotado de chamadas do sindicato tocava mais uma vez sobre a mesa da biblioteca da UNC onde o garoto tentava estudar. Fabio ignora, reluta e com o livro em mãos fingindo que o lia ainda buscava resolver os questionamentos que lhe martelavam a cabeça. Ali perdido em meio as reflexões sobre a “aberração” que havia se tornado Fabio não percebe que já havia passado da hora, enfim chegava o final do expediente de estudo e era hora ir pra casa lamuriando-se desde já pelo ônibus lotado que iria pegar. Todo o caminho da UNC até a zona rural de Vila Novo Acre aonde morava era bastante chão. O garoto sobe no ônibus e automaticamente seu semblante cai entristecido ao vê-lo como um curral humano. Porém é em Jardim da Redenção que o novato herói percebe uma situação um tanto estranha e constrangedora quando finalmente consegue locomover-se até a parte detrás do ônibus parando em frente a um homem e uma mulher sentados. Sua percepção o leva a perceber o que nenhum dos outros passageiros – preocupados somente com a chegada em seus lares e agora distraídos com o barulho de uma bexiga que acabara de estourar e uma criança em choramingo - até então haviam. A mulher estava aparentemente nervosa e ao encará-la mais atentamente Fabio percebe seus gestos labiais. Ela estava sendo coagida, era hora do herói agir.

Objetivos:  - Deter o estuprador, ND 4.

Ação: Discretamente sem que os outros passageiros percebam, em especial o homem sentado ao lado da garota, Druida pretende transformar seu braço coberto até as mãos pela manga de seu casaco em uma planta para assim poder gerar a partir dele uma semente de raiz de cipó e assim com sua Fitocinese acelerar seu crescimento fazendo-a rastejar como uma cobra por debaixo do banco onde o homem está. Sua intenção é com as raízes de cipó envolver os braços do homem atando-os junto ao ferro do banco, imobilizando-o, fazendo o mesmo com suas pernas impossibilitando-o de se mexer e causar algum mal a garota.

Caso obtenha sucesso Druida pretende esperar que o ônibus chegue ao ponto final e ao esvaziar terá uma conversinha particular com o bandidinho deixando-o preso no banco do ônibus até a chegada das autoridades policiais.

Vantagens: Fitocinese (2), Transformação corpórea: Plantas (2), Corpo Resistente (1) Desvantagem: Zona Rural (+1)
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10/07/15, 10:23 am
Heitor esperava o ônibus 335, indo para o Jardim da Redenção. Normalmente, ele estaria atuando como Ronin aquela noite, mas naquele dia ele estava indo rever um velho conhecido. Algum tempo atrás, ele encontrou uma amiga de escola, Amanda, numa situação de risco envolvendo um homem transtornado e uma Balaclava (mais detalhes aqui). Depois desse dia, eles vez por outra se encontravam, para relembrar os velhos tempos de colégio. Entre uma conversa e outra, ela fala de um rapaz que Heitor fazia bullying nos tempos de colégio. Ícaro Brito era o típico nerd inteligente e um pouco abobalhado. Sabia mais de fórmulas e cálculos do que de relacionamento interpessoal. Na época, Heitor se aproveitava disso, fazendo o garoto passar vergonha em público. Isso incomodava muito o jovem Ícaro, até o dia em que mudou de escola. Desde então, nunca mais se viram. Amanda fala isso com preocupação.

Heitor, dias atrás eu o vi. Ele estava diferente, com um olhar triste e amargurado. Desde o que aconteceu no shopping Esmeralda, andei pensando muito sobre isso. Eu fui falar com ele, mas ele mal deu atenção. E seu olhar mudou quando me viu... Era um olhar que, eu sei que você vai rir, mas era de ódio! Igual ao do Marcelo, que atacou o shopping. To com medo...

Eu vou ver o que posso fazer, Amanda. Eu era um dos que mexiam com ele, preciso me redimir. Sabe onde ele tá morando?

Não sei, acho que ainda deve morar com os pais, no Jardim da Redenção.

E agora, lá estava Heitor indo para o local. Era noite, ele saía de uma das aulas de Judô que ministrava numa escola. Um ganha pão, embora seu salário era mínimo por não ter formação superior. O ônibus, naturalmente, já estava quase cheio naquela hora. Isso não incomodava Heitor, que já estava acostumado com isso. Seus pensamentos iam longe, pensando em como encontrar e ajudar Ícaro. Ele escuta um barulho de uma bexiga estourando, e como reflexo procura onde foi o barulho. Mas, logo de cara, ele vê uma mulher olhando para ele, mexendo os lábios num pedido de socorro. Heitor olha para o cara que estava do lado dela, e conclui o que estava acontecendo... Ele dá uma piscada para ela, em sinal de que ia ajudar.

Ação: Heitor irá discretamente se colocar um pouco ao lado, um pouco atrás, dos dois e irá segurar o braço que o estuprador segurava a faca, e fazer aquecer ao ponto dele sentir dor. Ao mesmo tempo, irá até o ouvido dele e dirá bem baixinho para que só ele ouça:

Nem uma palavra. Ou então virará carvão de churrasco. Eu estou vendo o que você tá fazendo. Se mexer esse braço, nem que seja para coçar a cabeça, eu te queimo vivo aqui e agora. Ninguém vai saber. Você vai descer agora desse ônibus e deixar essa garota em paz. Eu vou te acompanhar até lá fora, e você vai fingir que está tudo bem. Se pensar em dizer qualquer palavrinha pra alguém aqui, tentar pedir ajuda, eu frito seu pênis. Ninguém vai saber, por que essa é a minha habilidade. É melhor fazer o que eu tô mandando agora mesmo, ou nem a sua mãe vai te reconhecer, entendeu? Desce agora, e não olha pra trás que é pior!

Se o estuprador fizer qualquer coisa para tentar se desvencilhar da situação, Heitor irá causar queimaduras nele em outros pontos do corpo, para mostrar que fala sério. Ele obedecendo tudo e descendo do ônibus, Heitor o levará a qualquer lugar deserto e irá bater nele até ele cair, usando suas técnicas de luta.

Objetivo: Deter o estuprador, ND 4

Vantagens: Pirocinese +1, Lutas +1
Quimera Azul
Quimera Azul

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19/07/15, 03:00 pm
Desde o tempo de estudante de Agronomia na UNC, Dominik sempre teve uma boa relação com a galera da sua turma. Hoje ele esta em outras áreas de atuação, mas alguns de seus amigos ainda estão no mestrado ou ainda não se formaram. Ratão era um de seus grandes amigos. Era o mais bagunceiro e até hoje Dominik ainda não sabe como ele conseguirá se formar. Assiste uma aula e falta duas. Mas tem um bom coração. Trabalha na padaria dos pais e as vezes acorda de madrugada para ajudar a família a fazer massa.

Era 21:00 e Ratão ligou para Dom com seus fones de ouvido e em pé dentro de um ônibus lotado.
Ele sabia que a noite ia ser longa e tentou tirar as dúvidas com seu antigo companheiro de classe. Dominik tinha treinado o dia todo na academia do sindicato. Uma academia normal não daria condição para Dominik treinar, mas a do sindicato sim. Logo ele estava muito cansado mas não demais para ajudar um amigo.

- Dom, grande... E ai como você está?

- Salve Ratão, como vai as coisas cara?

- Estou bem. Estou só querendo saber se você ainda tem o material de cálculo II. Já fiz essa cadeira 4 vezes e bombei em todas. Ai lembrei de você.

- Cara, acho que tenho. Mas deve estar na fazenda no meu antigo quarto, lá em Novo Acre.

E assim foi a conversa até o momento que Ratão que olhava para uma menina sentada na frente dele desde que ela subiu passa uma mensagem bem discreta com seus lábios. “Me ajude”. Ao dizer isso Ratão observa que nas mãos do senhor que ele julgava ser o pai da menina uma faca pequena mas bem afiada. Sem chamar atenção ele passa a mensagem para Dominik que rapidamente se arruma, pega seu carro e fazendo a rota do ônibus ele consegue alcançar a condução.

Ação: Com a ajuda de Ratão, Dominik ira perseguir o ônibus e assim que o casa descer, Dominik ira abordar o casar e de modo rápido separar a menina do velho e imobilizar o senhor. Ao desarmá-lo irar leva-lo para as autoridades. Depois vai com Ratão para lhe entregar a apostila de Calculo II. Já que o cara ajudou muito.

Vant: Super Força: 2 + 1Super-Resistência: 1 + Lutas 2 + Zona: 0 = 05
Objetivos: - Deter o estuprador, ND 4.
Lótus e Lince
Lótus e Lince

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23/07/15, 06:57 pm

RESOLUÇÃO


As duas portas dianteiras do ônibus se abriram com um forte estrondo quando o alienígena roxo abriu sua entrada triunfal na base do pontapé. O motorista saltou no banco com o susto, fazendo as bolinhas de madeira do assento rangerem sob seu corpo. Koo’Hun caminhou lentamente até a catraca e observou com cautela a situação em que Amanda se encontrava. Os outros passageiros analisaram o herói com olhos desconfiados e duvidosos, apertando contra si mesmos suas bolsas, sacolas e mochilas como prevenção de um possível assalto. Ele bateu com os nós dos dedos no vidro da divisória para chamar a atenção de todos e cumprimentou-os.

- Bom dia, boa tarde e boa noite, meus queridos proletários! - Koo’Hun saltou a catraca com a destreza de um gato e passou a caminhar pelo corredor central do ônibus - Venho por meio desta avisá-los que um dos senhores (ou senhoras) está sendo um menino (ou menina) muito mal (ou má) por portar uma mochila cheia de drogas nessa tão bela lata de sardinhas humanas.

O silêncio se apossou de todos de uma forma quase palpável. Alguns dos passageiros se entreolharam desconfiados achando que aquilo só poderia ser fruto de uma pegadinha de televisão. Todos aguardaram inquietos achando que em poucos minutos câmeras iriam sair de vários pontos escondidos do ônibus, revelando um apresentador de dentes brancos como leite sentado entre eles e que logo anunciaria uma imperdível promoção.

- Já diziam os torturadores: Quanto mais cedo começarmos, mais cedo acabará. - Koo’Hun cruzou um dos braços sobre o peito e começou a coçar o queixo, analisando minuciosamente as maneiras disponíveis de salvar a garota - Você primeiro, vovó! Aposto que tá sendo mula de algum dos seus sobrinhos, né? Já peguei muitas sexagenárias como você fazendo essas peripécias de fora da lei.

A velha abraçou a bolsa com força e ajeitou as alças das sacolas no pulso. O alienígena colocou as mãos a cinco centímetros da cintura e caminhou com as pernas arqueadas até ela como um xerife prestes a prender o maior assassino do velho oeste.

No banco da frente estava Amanda e o estuprador. Os olhos dela tremiam igual grama sendo subjugada pela força da tempestade, mas nenhum indício de pavor transparecia em seu rosto. O suor escorria pelo corpo todo, desde pequenas gotículas na testa até grandes irrigações das glândulas sudoríparas que foram iniciadas pelo medo. A ponta da faca beliscou sua barriga em um ponto pouco abaixo das costelas, incomodando-a com o toque frio do metal afiado. O homem se tornou uma estátua, impassível como um bloco de gesso trabalhado com feições humanas. Se não reagisse talvez o herói não mostrasse interesse nos dois, então tudo se tornaria apenas um pequeno empecilho de uma noite que prometia ser prazerosa.

Koo’Hun pegou a bolsa da velha fazendo movimentos ríspidos e caricatos como se estivesse encenando uma paródia escrachada de algum filme western. Ele virou a bolsa da mulher do avesso, chacoalhando e derrubando todo o seu conteúdo no banco vazio ao lado dela. Um saco de farinha de trigo chamou a atenção do herói em meio aos cosméticos, contas, papéis, remédios e embalagens de bala de canela. Ele pegou o produto em mãos e fez um “hmmmm” desconfiado com a voz, desviando toda a sua atenção de volta para a velha que já começava a chorar.

- AHÁ! Pega em flagrante! - Ele ajeitou um cap imaginário na cabeça e limpou um distintivo invisível da camisa - Você tem o direito de permancer calada, tudo o que disser poderá ser usada contra você no tribunal.

- M-mas moço, é s-só um pacote de farinha. - Ela juntou as mãos sob o peito e começou a tocar um crucifixo pendurado em seu pescoço - A notinha tá dentro da sacola, moço. Pode conferir. Num é droga não, nunca mexi com isso. Por favor não me machu--

- Calada! Não vou cair nesse truque duas vezes. Tá achando que eu tenho cara de palhaço? Ora, ora! - Ele balançou a cabeça como tom de reprovação e disse: - Querem ver como ela é mentirosa?

Ele pegou o pacote com as duas mãos, colocou ao lado do ombro e girou o corpo com tamanha velocidade que o pacote se tornou um borrão no ar. Um arco branco marcou a trajetória do produto até ele explodir na cabeça do estuprador, que foi arremessado do banco para o corredor com a força do impacto. Farinha voou para todos os lados e o ar foi preenchido com um pó branco. O vidro ao lado de Amanda ficou marcado com a silhueta da garota, que soltou um grito de pavor misturado com alívio assim que o incômodo da faca abandonou seu corpo.

Koo'Hun quis gargalhar como nunca antes havia gargalhado, mas na primeira puxada de ar se engasgou com a farinha que ainda flutuava pelo ônibus. Ele tossiu como um gato que luta contra a bola de pelos presa na garganta e bateu no peito várias vezes, fazendo um baque surdo ecoar pelos quatro cantos do ônibus. Abriu os olhos um milésimo de segundo antes da faca do homem concluir o trajeto até sua barriga. Ele desviou jogando a cintura para trás e para o lado, aproveitando a brecha para dar uma joelhada no braço do homem. O sereno frio da noite na pele fez seu abdome se contrair.

O estuprador urrou de dor quando sentiu o golpe, fazendo toda a força de seus músculos se esvaírem enquanto a faca caía quicando no chão. O pavor tomou conta de seu espírito quando o herói o levantou pelo pescoço em uma demonstração de força e destreza. Ele apertou com força o braço que lhe retirava o ar e começou a debater as pernas suspensas como uma criança, tentando chutar Koo'Hun mas sempre acertando o nada.

- VOCÊ É UM GRANDISSÍSSIMO FILHO DA PUTA! - Bradou o herói em fúria - OLHA MEU UNIFORME, SEU ARROMBADO! OLHA ESSA PORRA! SABE QUANTO CUSTA UM DESSES? VAI SER UM INFERNO PRA REMENDAR! EU QUERO MUITO RASGAR SEU FÍGADO COM MEUS DENTES E DEPOIS ENFIAR UM PEDAÇO FÁLICO DE PAU BRASIL BEM NA SUA BUNDA. NÃO NECESSARIAMENTE NESSA ORDEM, MAS DEVE SER BOM PRA VOCÊ QUE GOSTA DE AMEAÇAR GAROTAS INDEFESAS.

O homem não respondeu. Seu rosto adquiriu a tonalidade de um tomate podre e sua garganta buscava o ar como um peixe que acabara de ser puxado para a terra por um anzol preso na boca. Koo'Hun desferiu um tapa no homem com tanta força que baba espirrou em um dos vidros.

- EU TE FIZ UMA PERGUNTA, CARALHO! - Ele puxou o homem para perto de si, ainda mantendo-o no ar - Até agora a pouco você estava ameaçando aquela garota ali, não é mesmo? Aposto que estava dando instruções sobre como pretendia usar o corpo dela durante toooda a noite como bem entendesse. Mas relaxa, eu sou justo. Sou a balança da justiça e pretendo ouvir as duas partes em questão. - Ele olhou para Amanda e disse: - Dê o seu depoimento, moça.

O rosto dela se abrandou ao ver que não estava mais em perigo. Lágrimas marcavam seu rosto coberto de farinha de trigo com linhas disformes e embaçadas. Ela limpou os olhos e bochechas com a manga da blusa e buscou melhor forma de relatar a ameaça, tropeçando sempre nas palavras por estar em pânico.

- Ele colocou uma faca na minha barriga e disse que eu descer na rodoviária com ele como se fôssemos namorados. Iria me levar prum lugar deserto, iria me estuprar e depois me bater se eu gritasse. Eu quase ... meu Deus. - O choro irrompeu como uma represa arrebentando suas comportas, manchando novamente seu rosto - Eu quase fui violentada.

- Acho que a faca de cozinha ali no chão é prova suficiente para meus novos jurados. - Ele olhou por cima do ombro para os passageiros e disse: - Qual a decisão do tribunal?

A gritaria se iniciou quase que instantaneamente. Gritos furiosos de "CULPADO!", "ESTUPRADOR BOM É ESTUPRADOR MORTO!" e "CORTA AS BOLAS DELE!" logo preencheram o ar numa cacofonia caótica e ensurdecedora. Koo'Hun puxou mais ainda o homem para perto de si, colocando o rosto dele bem rente ao seu.

- Culpado. - Disse entre dentes cerrados.

O vidro do ônibus se estilhaçou com o impacto do peso do homem. Ele foi arremessado como um boneco de pano e caiu como um saco de batatas no meio fio, fazendo todas as pessoas presentes cessarem o falatório. Koo'Hun foi até Amanda e secou algumas lágrimas de seu rosto mortificado.

- Malz aí pelo transtorno. - Disse.

Ele subiu no banco, puxou a cordinha do sinal presa ao teto e saltou novamente pela roleta, saindo pela porta frontal assoviando "uiiiiuuuu uiiiiiuuuu uiiiiuuuu" como se fosse uma ambulância ou um carro de polícia. Andou até o estuprador e amarrou firmemente seus braços e pernas, colocando-o depois sobre os ombros como um xerife vindo de histórias cinematográficas. Jogou o homem na garupa da moto e deu partida, arrancando poeira e pedras do asfalto. Dirigiu em direção da delegacia mais próxima, cortando entre carros e motos com uma habilidade fora do normal e sem medo nenhum de infringir todas as leis de trânsito. Assim que chegou na delegacia foi abordado por uma dupla de policiais que bebericavam café preto.

- Encomenda da AlienExpress. - Fingiu verificar uma nota fiscal imaginária, fazendo um "ok" com a cabeça sempre que citava um item - Aqui está: estuprador, sequestrador, misógino, violentador, salafrário e péssimo no manuseio de facas de cozinha.

Um dos policiais entornou a caneca de café e a entregou para o companheiro. Ele cuspiu no chão, puxou o estuprador pelo colarinho da camisa e o levou cambaleando para dentro da DP. O outro policial ficou olhando atônito para Koo'Hun com o queixo caído e olhos arregalados.

- Você é mesmo um alienígena? - Perguntou.

- Não. Eu sou o Jô Soares, sua piranha. - Koo'Hun deu partida na moto e cortou o asfalto noite adentro, deixando o policial sozinho na noite fria e enluarada.

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Koo'Hun - ND 4
Super força 1 + Super-Agilidade  2 + Zona 1 = Sucesso Automático!

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