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Paradoxo
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10/06/15, 11:20 pm
DIA DA CAÇA – Parte I

Jardim da Redenção
03 de Junho de 2015
03h55min


A rotina era cansativa, trabalho com seu Frank e trabalho como vigilante. Mas, ele dava conta. Só precisava chegar a sua casa e descansar um pouco. A noite estava clara, sem nenhuma nuvem. E Fera se assustou quando viu um grande clarão de luz, seguido pela explosão sônica de um poderoso trovão ressoar nos céus. Aquilo não fazia sentido nenhum. Acelerou sua moto pelas ruas de Jardim da Redenção e só parou quando chegou em casa.

Ia subir as escadas laterais e passar despercebido pelo seu vizinho de baixo e locatário de sua casa no segundo andar, mas algo chamou a sua atenção. O cheiro de sangue misturado com um forte aroma que ele não conseguia identificar. Cheirou novamente. Parecia uma combinação de especiarias: pimenta, cravo, canela, açafrão... não conseguia mesmo identificar o resto.

Olhou a porta do seu Nonato e ela estava aberta. Na sala, o homem estava deitado no tapete, com o corpo todo machucado e o sangue escorrendo no chão. A sala estava toda destruída, o que mostrava um sinal visível de luta. Seu Nonato precisava de ajuda médica... urgente.

---

Horas antes.

Seu Nonato já dormia quando escutou o barulho estranho de alguém forçando a sua porta, levantou-se e pegou a sua velha amiga desde o tempo da Bahia – a sua pexeira. Foi até a porta, apoiado em sua bengala e com a faca na outra mão.

Vassimbora vagabundo, ou vou chamar a poli... – a porta foi arrombada, causando um grande estralo.

O homem que entrou por ela era enorme e estava vestido com roupas estranhas demais para o seu Nonato identificar a origem. Ele disse algo em um idioma estranho e avançou contra o senhor. Em uma prece silenciosa, o Seu Nonato invocou a proteção dos orixás da sua terra, lá da Bahia, “Me proteja, Xangô”. E um poderoso relâmpago cortou o céu. Mas, ninguém o protegeu.

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DIA DA CAÇA – Parte II

Hospital Jardim da Redenção
05h15min


Seu Donato já havia sido atendido e recebido todos os socorros necessários. O médico disse a Fera que havia ficado surpreso com a condição do senhor. Apesar de estar muito machucado, com ferimentos por todo o corpo. Nenhum ferimento fora feito com a intenção de matar. O agressor havia sido preciso demais em suas pancadas, como se quisesse mandar um recado. Fera sequer escutou o resto da conversa sobre chamar a polícia e tomar cuidado, ficou perdido em pensamentos.

De repente, um cheiro familiar invadiu as suas narinas. O mesmo maldito cheiro que havia sentido na casa do Seu Donato. Ele fugou e sentiu a origem do mesmo: o estacionamento. Da janela do quarto podia ver um homem de dimensões surreais de pé e apoiado sobre um dos carros.

Observações:

- Parte I: Fera deve descrever como reagiu ao encontrar Seu Donato e como levou-o para o hospital.  

- Parte II: Fera deve descrever o que vai fazer diante da chegada do homem que feriu seu Donato e das revelações feitas pelo médico.

- A missão consiste em mais de uma parte, sendo até aqui apenas interpretativa. O XP será dado no final, sendo variável conforme a qualidade das postagens do jogador.
Chip
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[Jardim da Redenção] [Fera] [DIA DA CAÇA] Empty Re: [Jardim da Redenção] [Fera] [DIA DA CAÇA]

13/06/15, 06:05 am
- Ai carai, minha rôpa nu varal!!! – A primeira coisa que Carlos da Silva pensou ao ver o clarão, seguido do estrondoso som de trovão. Mas ao olhar pro céu, não via nada que indicasse chuva. - Ue... agora eu num entendi foi nada viu?

O dia fora cansativo, como qualquer outro. Trabalho durante o dia, e mais trabalho durante a noite. Esse em especial estava tranquilo comparado ao outros, apenas ladrõezinhos fajutos, mas ainda assim um dia cansativo, só não tanto. Esperava chegar em casa e relaxar vendo uma novela, versão de Carrosel 20 anos depois.

- É hoje que Cirílo descobre se Maria Joaquina deu pro Jaime ou não.. hehehe – O jovem mecânico estava animado para mais um capítulo, mas tinha que entrar em seu “apartamento” – como costumava dizer – em silêncio para não acordar o velho Donato, que não era assim tão velho.

Mas algo estava diferente aquela noite. Um cheiro caracteristico despertou os instintos animais de Carlos. - Sangue! – Continuou cheirando, indentificou uma combinação de especiarias, mas não conseguiu identificar o resto. Continuou se guiando pelo cheiro até encontrar a porta de Seu Donato, que estava aberta.

Viu uma confusão tremenda ali, sinais de luta em toda a parte. E o corpo de Seu Donato no chão. Carlos não pensou duas vezes, correu até o homem, o pegou no colo sem dificuldade e o levou até o chevette velho. Xica da Silva, sua preciosa motocicleta, seria inútil naquele momento.

- Aaaaai caraaaaai.. morre não Seu Donato.. num morre não.. Pega desgraça.... pega, pega, pega... – Um soco no volante e o carro ligou.

__________________

Quem visse Carlos da Silva naquela situação provavelmente estranharia. Era um homem sempre sorridente e brincalhão, agora estava encostado numa parede do corredor, com os fortes braços cruzados, e sério, pensativo.

Escutou atentamente cada palavra no médico, pelo menos as primeiras. Nenhum ferimento com intenção de matar, o agressor foi preciso em suas pancadas. Aquilo não cheirava bem para o herói. Fera até mesmo pensou na possibilidade de ser alguém tentando passar um recado.

Voltou a se perder em seus pensamentos. Carlos, há muito tempo não sabia mais o conceito de família. Sua mãe, única pessoa que lhe deu amor quando criança, morrera a muitos anos, pouco antes de fugir de casa. Ele nem sabia mais por onde andavam seu pai e seus cinco irmãos mais velhos, e pouco se importava também, nunca gostaram do jovem.

Não precisa nem dizer dos traficantes que o acolheram por um tempo. No momento que Calros virou as costas e abandonou essa vida, passou a ser inimigo. Os únicos que teria consideração hoje seria justamente o homem que lhe deu emprego e o que lhe deu abrigo, Seu Frank e Seu Donato, amigos de velha data. E agora um deles estava numa cama de hospital.

- Droga, Seu Frank, esqueci de avisar ele.

Seus pensamentos foram cortados por um cheiro familiar.

- Não pode sê.. esse cheiro.. eu conheço essa porra desse cheiro. – Foi guiado novamente até a janela do quarto do baiano e viu um homem parado. E para piorar, não era um homem comum. - Desgraçado.

Carlos franziu o cenho e saiu às pressas do quarto, dando passos firmes. Atravessou o corredor, desceu as escadas e passou pela portaria. Foi na direção do estacionamento, ainda esperando encontrar o homem.

“Quem diabos é você?”, “Que porra você quer?” e “Te prepara, porque hoje tu apanha, seu desgraçado!” Frases que Fera estava ansioso para dizer quando enfim ficasse cara a cara com o homem.
Paradoxo
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16/06/15, 05:03 pm
DIA DA CAÇA – Parte III

Com seus passos firmes, Fera atravessou o corredor do hospital e rapidamente chegou ao estacionamento. O homem continuava lá. Ele era realmente muito alto, provavelmente com uns 2,2 m de altura. Seus músculos eram tão assustadores quanto a sua altura, poderia ganhar facilmente de qualquer fisiculturista famoso. Sua pele negra brilhava e refletia a luz dos postes do estacionamento, como se tivesse sido coberta com óleo. Suas tatuagens brancas se destacavam de forma estranha sobre a pele. Peles de diversos animais cobriam o seu corpo, algumas em tiras, outras costuradas. Pedaços de ossos enfeitavam suas orelhas e face, como piercings demoníacos. E quando sorriu, seus dentes brancos se destacaram na noite.

– Venho caçando animais de muitas espécies e matando-os de mãos nuas, por todo o globo. E aí descubro você, uma espécie completamente nova. Foi uma pena seguir seu rastro e não encontrar você em casa. Tive que deixar um recado. Dê o melhor de si.

O homem começou a correr na direção de Fera, mas parecendo uma locomotiva desgovernada.

Objetivo:

- Deter Animalesco: ND 14.
 
Chip
Chip

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17/06/15, 10:46 pm
- Desgraçado, filha da puta, desgraçado.. – Fera caminhava nervoso, prestes a encontrar o homem. - Esse filha da puta vai vê só... desgraçado.. – E enfim o herói animalesco chega ao estacionamento. - Êta porra.. Olha o tamanho dessa merda. – Fera era alto e forte até para uma pessoa comum, mas ainda era uns 30cm mais baixo que o estranho homem que por algum motivo queria a atenção de Fera.

Nunca admitiria, mas estava um pouco assustado. Ouviu a provocação do homem calado, e quando entendeu do que se tratava engoliu seco. Nunca na vida alguém tentara arrancar sua pele. - Tá, pele não.. Mas teve um que falô que ia arrancá meus oio.. teve oto que falô que ia quebrar meu pescoço.. e o Adalberto falô que ia me inchê de pipoco.

- Aê, seu Latrel desgraçado, vem que tem nenem.. tenho medo não! – Fera gritou após a provocação. - Tá bom, to com um pouquin de medo sim. – Fera pensou, após gritar.

Nos últimos tempos havia aprimorado sua agilidade, após algum tempo debilitado, mas especialmente, podia dizer que estava apto nos treinos de luta no Sindicato. Uma das coisas que com toda certeza aprendera foi observar os movimentos do oponente, e aplicaria naquela luta, por mais díficil que fosse deixar as provocações de lado.

Fera se lembrou do embate com a galinha maldita na noite das doze bestas, e usaria algo parecido em sua investida contra o Animalesco. Correria também na direção do homem, prometendo bater de frente, quando na verdade desviaria, tentando analisar o oponente com cuidado.

Se lembrou também da joalheria onde enfrentara um segurança e os homens de armadura feitos de névoa. - A O-si-di... O-di-bi-si?.. O-si-bi.. Aaaaahh.. desgraça de nome. – Naquele dia não fora tão cuidadoso e sofreu com um candelabro que caira em suas costas, mas depois havia dado tudo de si contra as criaturas.

Lembrou de vários outros embates, e tudo que aprendera neles deveria ser usado. Aquela era sua prova final, igual no supletivo.

Após a falsa investida, em que Fera desviaria do primeiro ataque, usaria todas suas habilidades contra Animalesco. Sua super-agilidade e suas acrobacias para desviar de ataques, seus sentidos aguçados para identificar possíveis fraquezas do homem que possam surgir, como o som de uma costela que o herói certamente tentaria quebrar, e com toda certeza, sua super-força, super-resistência e sua mais nova habilidade em combate, alidada as suas garras e sua cauda, que serviriam para os ataques mais selvagens que Fera pensava em fazer.

_______________________

Acrobacias(1) + Membro extra(1) + Garras(1) + Super Força(2) + Super Resistência(1) Sentidos Aguçados(1) + Super Agilidade(3) + Combate(1) + Moto(+1) + ZR()
Paradoxo
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23/06/15, 05:45 pm
MISSÃO ENCERRADA. Resolvo na semana que vem, estou viajando.
Paradoxo
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01/07/15, 01:16 pm
DIA DA CAÇA – RESOLUÇÃO

Cada passo do gigantesco homem parecia causar pequenos tremores no chão. Fera chegara a se assustar com a velocidade que ele se movia, devia ser fisicamente impossível alguém com aquele tamanho e peso correr tão rápido. Mas, não no mundo deles. Não no mundo de pessoas com super-habilidades.

Fera buscou em sua memória tudo que havia aprendido nos últimos embates. Avançou também, em uma investida feroz. Isso deixou o Animalesco espantado, pois ele não esperava que uma criatura com consciência o enfrentasse de frente. Sorriu e continuou. Quando os dois estavam para se chocar, Fera jogou-se para o lado com sua agilidade sobre-humana, fazendo uma fita.

A acrobacia do herói havia dado efeito, pois o inimigo chegou a se desequilibrar para parar, dando uma abertura para um contra-ataque. Usando suas garras, Fera abriu avançou e tentou rasgar a barriga do adversário. Mas, ele também era rápido e girou no ar, esquivando-se quase completamente. As garras passaram de raspão na altura das costelas, fazendo sangue escorrer. Com seu giro, ele aplicou uma cotovelada no ombro de Fera e o jogou para trás, com um pouco de dor.

Os dois se afastaram respeitosamente, se recompondo dos ataques que sofreram. O homem negro sorriu. Seus dentes perfeitamente alinhados pareciam anti-naturais, assim como seu corpo exageradamente forte. Ele voltou a falar.

– Muito bom, muito bom. Já vi que não posso derrubar você com as mãos nuas. – disse retirando uma faca enorme do meio das peles.

Avançou novamente. Agora com a faca em mãos. Cortou uma, duas, três vezes. Alternando entre poderosos golpes, socos e chutes, que poderiam derrubar Fera facilmente se acertassem a sua cabeça ou algum órgão. Mas, não acertaram. Nenhum deles. Fera se esquivava rapidamente, apesar de alguns golpes passarem perto demais. E também revidava, com socos, chutes e golpes de garras. Até ensaiou uma mordida, mas falhou.

Não estava usando a sua calda, não ainda. Sabia que seu adversário provavelmente abriria a guarda em algum momento e a calda seria o elemento surpresa para vencer aquele embate. E isso aconteceu mais cedo do que esperado. Animalesco acertou um poderoso soco no estomago de Fera, levantando-o no ar. Logo em seguida preparou uma facada certeira, que degolaria o homem, mas sua mão foi presa pela cauda de Fera.

Uma pessoa normal teria desmaiado apenas com aquele soco, mas a resistência de Fera permitiu que ele conseguisse continuar a lutar, apesar da dor e falta de ar. Aproveitando-se da surpresa do homem, ele usou a garra e cortou a face do mesmo. Logo em seguida aplicou vários outros golpes, nos pulsos, no tórax e no tronco. O sangue jorrou, mas Fera sabia que aquele monstro não morreria por esses ferimentos.

Depois que havia machucado muito o inimigo, Fera se afastou e disse:

– Vá embora daqui, filho da puta arrombado. Não ouse atacar os meus novamente ou da próxima vez não irei parar.

Animalesco levantou cambaleante, se afastando para as sombras. Era incrível que ele sequer pudesse andar depois de tantos ferimentos. Quando estava dando as costas, Fera sentiu algo ruim tomar o seu corpo, uma sensação de desagrado. Era como se ele estivesse sendo ameaçado ainda. Olhou para trás e não viu nada. Era bobagem. Aquilo havia terminado. Ou não?

Rolagem de Dados:

Acrobacias(1) + Membro extra(1) + Garras(1) + Super Força(2) + Super Resistência(1) + Sentidos Aguçados(1) + Super Agilidade(3) + Combate(1) + ZR(1) + Dado (2) = 14. Sucesso.

Fera recebe 12 XP.
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