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[Bairro] - Setor Industrial

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[Bairro] - Setor Industrial - Página 2 Empty Re: [Bairro] - Setor Industrial

22/05/15, 11:29 pm
Nervosa ou ansiosa, era difícil encontrar a melhor expressão para definir o estado de Mariana, a blogueira trajada de seu uniforme heroico, patinava entre as ruas do Setor Industrial, nesse momento as maquinas já cessavam seu funcionamento, e conforme se aproxima do foco do incêndio, os gritos de socorro podiam ser ouvidos cada vez com mais clareza.

A 2 dias atrás uma situação corriqueira trouxera Mariana até o bairro dos trabalhadores, enquanto respondia dezenas de mensagens no whatsapp simultaneamente, fora adicionada a um grupo chamado “A Lista”, algo que teria ignorado e tratado como mais um acaso se não tivesse notado que outros heróis também foram adicionados pelo desconhecido. Devido a suas habilidades como hacker, Cybernética foi convocada pelo sindicato para investigar o moderador do tal grupo, com objetivo de interroga-lo e descobrir como ele conseguiu os números.

Não foi difícil para a heroína virtual rastrear o número do administrador e a localização de seu celular, sua busca a levou ao setor industrial, próximo a uma antiga fábrica abandonada, entretanto o sinal do celular simplesmente desapareceu minutos antes de Cybernética chegar ao local.

-O  menina! tá bisbilhotando o quê aqui na fárbrica? - Repetia o vigia noturno ao avistar Mariana revirando o local em busca de uma pista que a leve ao misterioso “Admin”.

-Que? não interessa Moço, já to de saída...

-Se manda fia, vo chama o conselho do telar pra te pegar!

-O que você diss...

Antes que pudesse iniciar uma discussão digna de fóruns de internet, Cybernética avistou a fumaça do incêndio, da qual teria pensado se tratar de mais uma fábrica poluindo a atmosfera com gás carbônico, caso não tivesse ouvido os primeiros gritos apavorados.

Objetivos:
Apagar o fogo antes de uma possível explosão: ND8

Ação: Cybernética pretende passar um chamado de socorro através de sua pagina, convocando o máximo de bons samaritanos que conseguir para que ajudem com as vitimas ou apaguem o fogo, em seguida vai espalhar seus pixels sobre o foco do incêndio no ônibus, criando uma armadura em volta das chamas e impedindo as mesmas de se espalharem, se conseguir controlar o incêndio, pretende espalhar e manipular pixels como um lençol, abafando o que restar das labaredas.


Última edição por Cybernética em 23/05/15, 09:22 pm, editado 1 vez(es)
Chip
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23/05/15, 02:40 am

Resolução:


O ônibus incendiado já iluminava toda aquela rua. Câmeras de vigilância das fábricas ao redor se movimentaram na direção do veículo, observando atentamente as chamas crepitando. Quem assistia pode ver o momento exato que um dos vigilantes do Nova Capital, ou melhor, uma das vigilantes de Nova Capital se aproximou.

A tela em preto e branco não capturava as cores vivas da vigilante, mas era fácil de reconhecer. Era Cybernética, famosa nas redes sociais, que hoje é também uma heroína. Ele se aproveitou de sua fama e mandou um pedido de ajuda em sua página.

- Vamo lá, vai ser moleza isso. – A heróina guardou seu smartphone e então estalou os dedos e começou a usar seus poderes. Pixels de todos os tamanhos e cores surgiam no ar a sua frente, e a medida que se uniam, se locomoviam na direção das chamas, tentando abafá-las.

Do outro lado, surgia Samaritana, que investigava um caso no Setor Industrial, mas teve sua atenção voltada para o incêndio. A heroína, com seus conhecimentos em defesa pessoal, quebrou o vidro da porta da frente e então entrou no ônibus, que já estava tomado por fumaça em seu interior.

Algumas pessoas que estavam mais a frente saíram correndo do ônibus no momento que a heroína conseguiu entrar, empurrando uns aos outros. Porém, muitos trabalhadores ainda estavam ali dentro.

Enquanto isso, do lado de fora, Cybernética tentava em vão criar uma armadura ao redor das chamas. O fogo era mais traiçoeiro, e se espalhava mais rápido que os poderes da famosa vlogueira pudessem controlar. Seu esforço era tamanho que uma fina linha de sangue começou a descer de seu nariz.

Já Samaritana, apesar de tanta fumaça, não tinha muita dificuldade em ajudar os trabalhadores. Ela já havia auxiliado quatro pessoas mais debilitadas a saírem do veículo. Ao voltar para verificar, sentiu a pulsação fraca de outra pessoa. Correu o mais rápido que conseguiu e foi verificar. Dona Lurdinha, trabalhadora em uma fábrica de biscoitos, estava desmaiada. A heroína usou de suas bolsinhas de sangue para apagar o fogo que redor da mulher, e com auxílio de sua hemocinese conseguiu levantar o seu corpo, e a carregou em seus braços até a saída.

Foi quando as janelas do ônibus começaram a estourar, uma a uma. Era Vital, que acabara de chegar atirando com pequenas rajadas de energia, aumentando a passagem de ar para diminuir a fumaça dentro do ônibus. Isso auxiliou os poucos homens que restavam no veículo ajudando a heroína. O último deles desceu são e salvo.

Vital então, que já levitava no ar, começou a voar em círculos. Inicialmente ela estava lenta demais para surgir algum efeito nas chamas, mas gradativamente sua velocidade começou a aumentar.

Cybernética, vendo a ação da vlogueira “rival”, não aceitou muito bem. Seu orgulho parecia falar mais alto, e depender de ajuda para seu objetivo era um sinal claro de derrota, o que ela não aceitava muito bem.

- AAAAAAAAAHHHHHHHHH – Ela esticou seu braços e usou todas as suas forças para criação de pixels, que pareciam não resistir e estourar no ar. Não aguentou e cedeu, ajoelhando no chão, derrotada.

A ideia de Vital parecia funcionar de alguma maneira, e as chamas, que antes estavam fortes e ferozes, agora diminuiam e se acalmavam. A vlogueira não desistiu até ver os últimos focos de incêndio se apagarem por completo.

No final, o ônibus estava detonado, mas nenhuma explosão aconteceu.

- Tá tudo bem, Cyber? – Vital se aproximava da outra vlogueira, preocupada. – Seu nariz.

- Sim, tá, tá tudo bem. – Disse a heroína, um pouco irritada, mas também visivelmente cansada, com seu olhos se revirando e seu rosto vermelho, como se acabara de correr 10km. Ela esfregou a parte de trás da mão no nariz, limpando o sangue. Isso a assustou. Ela sentou um pouco, perto dos trabalhadores que estavam deitados no chão.

Samaritana olhava cada um que estava ali, com queimaduras lever e arranhões. Ela passava a mão por cima e alguns segundos depois era como se nunca tivesse ocorrido. Dona Lurdinha, que já estava acordada, abraçada e beijava as heroínas, uma a uma, as chamando de anjos.

- Vamo lá, Cyber? – Vital estende a mão para a heroína que ainda pensava em sua derrota, e com algum custo ela dá a mão para se levantar. Porém, Cybernética não permanece nem um segundo em pé direito. Seus olhos viram para cima e ela desmaia.

______________________

Base secreta do Sindicato

Mariana Ferreira abre os olhos lentamente. Sua visão ainda embaçada aos poucos voltando ao normal, e as duas figuras que ela vê ao seu lado são as heroínas que também estavam ao seu lado no Setor Industrial.

- O que.. o que aconteceu?

- Cara, você deu foi um puta susto na gente, Cyber. Foi isso que aconteceu. – Diz Samanta, com um sorriso de canto de boca.

- Vital.. – Sara repreende, antes de se virar para Cybernética, passando a mão de leve em seus cabelos. - Pelo o que doutor disse, você usou muito de seus poderes, e isso te afetou de alguma forma. Ainda estão esperando os exames, mas por enquanto o melhor é você se controlar, viu?

- Mas... VOCÊ não saberia dizer, Samaritana? – Pergunta a enferma, se referindo aos poderes da parceira.

- Bom..

A heroína é interrompida pelo volume crescente da TV. Vital estava com o controle na mão. No momento, a entrevista era sobre o incidente no Setor Industrial.

-Tinha a loirinha, a do cabelo prateado e a do cabelo azul. – Dizia Dona Lurdinha, eufórica. - Ela são uns anjos. Anjos de Nova Capital.

- Pff.. Anjos de Nova Capital? Haha – Debochava Vital, antes de olhar para as outras duas, que olharam de volta.

______________________

Longe Dali...

Quatro filmagens sem cor rodavam em loop em uma tela de computador, única fonte de luz daquele quarto, que durante o dia era possível ver várias marcas de pequenos incêndios. A tela iluminava o rosto de um homem branco e magro, de semblante sério, com barba cheia e a luz refletindo em seus óculos. Não estava mais com boné e nem o grande moleton que usava, apenas uma camiseta gasta.

Em seu corpo era possível ver várias marcas de queimaduras de primeiro grau. O homem sentado ali analisava as filmagens atentamente, procurando por seus erros e acertos. Definitivamente o fator “super-herói” precisava de uma solução. Percebeu também que sua participação necessitava ser mais direta.

Em seu smartphone procurava por notícias das heroínas nas filmagens. Encontrou o salvamento de uma garotinha no bairro Constelação, e outro salvamento, envolvendo alunos de uma escola, que ocorreu em Vila Novo Acre. Foi quando o smartphone vibrou. O número estava bloqueado.

Alô? – Disse o homem receoso.


______________________


Rolagem dos dados:

Cybernética:

Materializar construtos(2) + Manipular construtos(1) + Fama(1) + ZL(-1) + Dado(0) = 3. Falha Crítica.

Vital:
Rajadas de Energia(2) + Voo(1) + ZC(-1) + Dado(6) = 8. Sucesso

Samaritana:
Hemocinese(2) + Defesa Pessoal(1) + Medicina(1) + Cura(1) + ZR(0) + Dado(6) = 11. Sucesso

Vital e Samaritana recebem 8xp e 10 xp, respectivamente. Cybernética encontra-se ferida e deve interpretar as consequências disso nas próximas missões, por um tempo. Se quiserem, podem postar algo relacionado à missão na ficha de vocês.
Górgona
Górgona

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29/05/15, 08:53 am

O Dragão e a Serpente






Setor Industrial
04:00 da manhã

Formas imateriais espreitam o céu, tão negras quanto o próprio. Após poucos metros de voo conjunto, separam-se; seguiam rumos próprios, totalmente cientes dos caminhos a seguir e o que neles encontrar.

Um dos espectros desliza pelos ares noturnos em direção a um grande laboratório farmacêutico que, apesar da hora avançada, seguia em pernoite as atividades de seus pesquisadores. Testavam drogas em diversos répteis, e dentre eles destacava-se um pequeno camaleão que esteve particularmente inquieto durante toda a tarde, talvez ciente do futuro que o aguardava. Uma das sombras, lá se infiltrando, possuiu o pequeno lagarto. O espécime inchou numa massa sem forma; matéria de pesadelos, quebrando seu viveiro e como derrubando os demais, libertando diversos outros répteis. Criara um pandemônio no laboratório e, em meio ao caos, a massa indistinta disparou contra uma janela, perdendo-se na noite.

Ganhando as ruas da malha industrial, uma longa e delgada criatura tomava forma:  a cabeça do camaleão assumia tamanho proporcional à de um crocodilo; a única característica remanescente do pequeno réptil eram seus olhos, agora possuídos num brilho demoníaco, encimados por longo par de galhadas cervídeas. De suas patas fizeram-se garras, e possuía pelagem avermelhada nas articulações e em sua "crina" recém-formada, que acabava numa cauda em chamas. A criatura pairava poucos metros acima do chão, mesmo sem asas, e de maneira geral lembrava o mais bizarro dragão chinês, como os que alguns imigrantes representavam nas festas de ano novo de datas peculiares no Bairro Vertical.

O místico espécime desaparecia brevemente enquanto ziguezagueava em meio a vielas e carros desmanchados, sem nunca tocar o asfalto, deixando apenas seu rastro de fogo no caminho e reaparecendo mais à frente; observando com mais atenção, percebia-se que era uma espécie limitada de camuflagem, resquício deturpado do camaleão que havia sido. Mesmo sendo difícil acompanhá-lo com o olhar, seu rumo era inegável: ia em direção ao porto, talvez a fim de ganhar acesso rápido às praias mais ao norte ou, pior, ir para mar aberto, a fim de perder possíveis perseguidores e ganhar liberdade para executar sabe-se lá o que planejava. De qualquer maneira a situação era clara, devia-se impedir com ligeireza que a fera evanescente ganhasse o porto.

Enquanto isso, nos limites do bairro, uns poucos operários que se deslocavam pelas ruas vazias ouviam barulhos incomuns abaixo do asfalto, como se algo gigantesco rastejasse nas galerias de esgoto logo abaixo. Em tom irônico comentavam sobre o mito da cobra solitária que espreitava aqueles esgotos, alimentando-se de ratos e detritos expelidos pelas fábricas. Mas os barulhos abaixo do solo não pareciam os de um animal, lembravam cada vez mais a vibração sentida num túnel de metrô, e logo o punhado de operários, apreensivos, deixou de sorrir.

Para espanto dos infelizes uma forma monstruosa rompeu o asfalto logo à frente deles; possuída por algo blasfemo e, ignorando-os em triplicado silvo maldito, rastejou-se pelo setor, buscando... algo.

Seu corpo escamoso contraía e retraía enquanto se movimentava, a constritora era tão grande que podia-se ver em detalhes suas escamas, uma a uma. Ao olhar para cima, confirmava-se o horror e a loucura daquela visão: o silvo triplicado se justificava em suas três cabeças enormes, que dividiam-se do mesmo corpo serpentóide. Não possuíam olhos, porém de alguma maneira conseguiam manter seu curso. Rapidamente a besta chegou onde queria, uma fábrica que funcionava em modo semiautomático durante a madrugada, e a combustão de uma matéria qualquer era exalada por diversas chaminés. Com seu tamanho ciclópico escalou facilmente a parede oeste da construção, chegando ao terraço, cujas fundações gemiam em sofrimento diante do peso absurdo que inesperadamente sustentavam.

Rapidamente a besta enrolou-se em círculos na mais larga chaminé daquela firma; espiralando-se em ascensão logo chegou à boca esfumaçante, onde alternadamente cada uma de suas cabeças exalou profunda e longamente aqueles gases polutos - a cada novo respirar seus pescoços emanavam radiativa luz azul. Após múltiplas baforadas deixou o terraço, e seguiria adiante para seu próximo banquete, não fosse um segurança que, mesmo em meio ao pavor, encontrou estúpida coragem para tentar barrar a aberração de sua guarita, com uma pistola.

Os disparos apenas irritaram a fera, que disparou de suas cabeças rajadas furiosas de energia azulada, obliterando a guarita e seus entornos numa cratera fumegante. Agora ciente da existência de vida e possíveis ameaças a seu redor, a colossal serpente prosseguiu disparando ataques coléricos contra tudo que estivesse à sua frente, vagando sem rumo aparente.


Objetivos!

-Deter o Dragão: ND 7
-Deter a Serpente: ND 9
Clone
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31/05/15, 10:16 pm
Mais uma noite erma e fria, assim como era de se esperar no Setor Industrial. Mas, para Ronin, todas as noites são abrasantes, em especial aquela. Dias atrás, ele ajudou a proteger funcionários de um shopping no Centro. Após isso, descobre que o homem que causara o conflito era uma vítima de Bulling. Isso fez Heitor pensar em sua própria vida, em quantas vezes fez o mesmo com outras pessoas. Era essa crise de consciência que o fazia procurar avidamente alguém que realmente merecesse uma surra. Ele sentia raiva dentro de si, que não podia (ou queria) conter. Raiva dele mesmo, de quem ele era. Raiva por ter tido pouco avanço em vingar seu Mestre. Raiva essa que incendiava seu coração mais do que as chamas que fazia arder em sua Bokken.
Mas, ao mesmo tempo, enquanto vagava pelas ruas do Setor, um calafrio toma conta de si. E então, um assombro. Chamas passam sobre si, num fluxo linear... algo passara por cima de si, e quase não o pode perceber. Ronin decide seguir as chamas, como se fosse uma intuição assustadora, de que aquilo podia ser pior do que parecia. E realmente era. Mais a frente, a figura que arrastava as chamas tomou forma, como um disforme Dragão chinês! Algo nos olhos da criatura, um assombro terrível, não deixou margem para dúvida de que aquilo era uma ameaça. Para Ronin, aquilo fora um presente. Ele não precisaria se conter para deter a besta. Sua fúria falaria mais alto que seu bom senso aquela noite.

Ação: Ronin avançará contra o Dragão, defendendo-se com sua Bokken e desfazendo possíveis ataques de fogo com sua pirocinese. Tentará escalar a besta para lhe atacar em áreas mais vulneráveis, onde não tenham escamas duras (olhos, narinas, estômago, etc) no intuito de para-lá. Fará o possível para manter o combate longe de casas habitadas, mantendo a atenção para velhas e abandonadas fábricas. Se a criatura atacar com suas garras, irá usar suas habilidades de luta para se defender e atacar. Também irá testar se a criatura é a prova de fogo por dentro, disparando rajadas de fogo sempre que este abrir a boca.

ND: 07

Vantagens: Lutas (1), Armas Brancas (2), Bokken especial (1), Pirocinese (1).
Paradoxo
Paradoxo

[Bairro] - Setor Industrial - Página 2 Empty Re: [Bairro] - Setor Industrial

02/06/15, 12:28 am
O treinamento com os preto velhos havia sido um sucesso e Xamã já controlava relativamente bem seus novos poderes, que se mostravam úteis em várias situações, principalmente para a movimentação pela cidade – que havia se tornado muito mais rápida e fluída. Criou mais algumas plataformas espirituais no ar, saltou de uma para a outra com seu passo espiritual e se impulsionou para a frente com a telecinese – repetidas vezes. Em menos de dez minutos havia atravessado uma distância que demoraria uma hora para atravessar antigamente.

Quando estava se lançando para baixo, para pousar em um telhado, sentiu algo muito estranho – como nunca havia sentido no mundo material. Um arrepio percorreu lhe o corpo e quando chegou ao pescoço, foi como se ele tivesse tomado uma descarga elétrica na nuca. Seus sentidos fraquejaram e por alguns segundos ele apagou, caindo contra o telhado. Quando se recuperou, saltou para o mundo espiritual e pode ver no ar os traços da magia negra que havia sido invocada em Nova Capital.

Por onde os espíritos das trevas passaram, eles deixaram um rastro no mundo espiritual e através deles Xamã poderia seguir as criaturas. Não poderia deter todas ao mesmo tempo e então decidiu buscar o traço mais próximo. Partiu para o Setor Militar, usando toda a sua velocidade para se mover. “Preciso ser rápido e dar o melhor de mim, ou muitos inocentes podem morrer... não posso nem contar com a ajuda dos espíritos hoje, sou só eu... ”.

Chegando lá, observou a criatura inacreditável que cuspia energia para todos os lados. Uma espécie de hidra demoníaca. Só de olhar para a criatura, Xamã sentia-se mal. A sua sensibilidade espiritual lhe permitia sentir um medo especial, impossível de ser sentido pelos humanos normais. Precisava fazer algo urgente. Concentrou-se e começou a invocar todo o seu poder.

Invocou rapidamente diversas lâminas de matéria espiritual, que voavam ao seu redor, controladas por sua telecinese. Novamente colocou as plataformas espirituais e se colocou a correr sobre elas, saltando do mundo material para o espiritual e usando sua telecinese para atirar seu corpo para frente – cada vez mais rápido.

Primeiro darei um jeito de devolver você ao mundo dos espíritos, para depois caçar os responsáveis pela sua invocação.

O objetivo de Xamã era adquirir a maior velocidade possível e usar toda sua telecinese para atirar as lâminas – girando em grande velocidade – contra o abdômen da criatura, perfurando-a e causando grandes danos. Em seguida usaria seu próprio corpo como uma flecha, lançando-se no ar com sua telecinese e cobrindo-se de matéria espiritual para dar forma ao ataque. Impulsionando-se para tentar atravessar o corpo da criatura e dar cabo da sua existência.

Objetivos:
- Deter a Serpente.
- ND Total: 10.

Habilidades:
- Materialização Espiritual (2)
- Manto Espiritual (1)
- Passo Espiritual (2)
- Sentidos Aguçados (2)
- Super Agilidade: (1)
- Telecinese (2)
- Zona (-1)
- Soma: 9.
Barata
Barata

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06/06/15, 09:24 pm
Setor Industrial
04:19 da manhã


Alec Torinni havia sido detido, e em menos de alguns dias Ricardo já estava no encalço de outro grupo que transportava drogas em Nova Capital, quadrilha pequena, mas que já havia chamado atenção da inteligência. -- Acabei de colocar aquele pedófilo no xilindró e já me escalam pra esses metidos à traficantes... -- dizia olhando para o uniforme no banco do lado, até um pouco danificado do embate com a criatura vermelha em Itamaré.

-- Se tudo estiver certo, se é que pode se chamar assim, esses caras devem estar por aqui -- diz virando o carro paralela a rua do laboratório farmacêutico do setor industrial.

Ricardo desacelerou o sedan escuro que lhe era cedido em algumas investigações, no caso daquela noite, em um carregamento de droga que aconteceria durante a madrugada. Ao virar outra esquina em direção à um grande depósito, cruzou com um rastro de asfalto chamuscado e ainda em chamas.

-- Mas que porra é essa? Alguém fez um churrasco no bairro inteiro.. -- passou a seguir o rastro deixado por o que quer fosse, com o carro lento, aproveitou para vestir o uniforme antes de se deparar com qualquer tipo de perigo, enquanto o caminho o levava até as proximidades do porto da cidade.

-- Isso só pode ser brincadeira... Pra algum xamã ou qualquer louco por aí isso pode ser normal, mas isso não é de Deus não...-- Ricardo se depara com a criatura que mais parecia ter saído de um filme de ficção japonesa. Com o farol do carro iluminando, pode ter a certeza então do perigo que viria enfrentar. Desceu do carro pronto para a ação.

-- Muita calma dragãozinho... Seja lá o que você estiver aprontando, isso acaba agora...-- levou a mão ao cinto de utilidades.

Sentinela usaria uma espécie de coleira de seus gadgets para tentar laçar a criatura. Agindo com seu biocampo de força e acrobacias para entrar em combate com a criatura se fosse necessário, não a deixando escapar à qualquer custo.

DETER O DRAGÃO: ND7

- Biocampo de força: 2
- Combate: 1
- Acrobacia: 1
- Gadgets: 1
- Zona Franca


Última edição por Sentinela em 11/06/15, 08:49 am, editado 1 vez(es)
Quebra-Ossos
Quebra-Ossos

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09/06/15, 02:07 pm
Alguns dias, sem grandes sucessos, Dr. Incrível investigava no bairro Industrial uma grande fábrica de roupas que, secretamente era responsável pela importação de drogas extremamente pesadas para os chefões do crime. O dono da fábrica, o senhor Alcebides Pinto era um homem intocável, protegido por vários tipos de mafiosos. Poucos eram os que sabiam sobre sua influencia no mundo do crime e mesmo os que sabiam duvidavam, pois ele era considerado de longe um profissional honrado e já levou diversos prêmios anuais de “Cidadão de Nova Capital”.

Após uma busca pelo distribuidor de uma droga nova no Centro, onde Dr. patrulhava diariamente após seus turnos de professor, os peixes pequenos revelaram os nomes de seus “chefes” e esses, “chefes maiores”. A investigação já era longa e muito foi estudado a respeito pelo herói, até que ele chegasse ao nome de Pinto.

Já se passava a terceira madrugada observando a fábrica de Alcebides, que mantinha funcionamento 24h, quando ouviu um forte estrondo próximo dali seguido pela ascensão de uma criatura e sua transformação em algo que se assemelhava aos antigos dragões chineses, retratados nesses eventos orientais que se vê na televisão.  

A criatura vem se aproximando do alto prédio de onde Incrível estava investigando que abandona sua cruzada anti-drogas por um instante para tentar evitar que a criatura cause algum mal a população.

Ele segue a criatura saltando pelos prédios até que ela desaparece pela primeira vez, reaparecendo após contornar um prédio mais a frente. Com toda sua habilidade atlética, e até usando um pouco de acrobacias de parkour para facilitar a perseguição, o herói se aproxima novamente da fera, lançando sobre sua carcaça, um rastreador para que ele não o perca novamente.

Objetivo:
Deter o dragão: ND 7

Ação:
Rastreando a criatura que segue em direção ao porto, Dr. Incrível pretende usar suas habilidades atléticas para acompanhar o monstro, saltando sobre ele e agarrando em sua crina ou pescoço, para guia-lo até um barracão onde ele sabe que são armazenados vários tipos de produtos químicos, inclusive um potente ácido. Seu plano principal é utilizar seu conhecimento químico e suas habilidades de inventor para criar uma armadilha capaz de deter o monstro com o auxílio dos produtos que ali estão, e claro sua pistola laser.

Vantagens:
Atlético (1) + Inventor (1) +Ciencias (1) + Pistola Laser (2) + Zona (-1) = 4
Terremoto.
Terremoto.

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09/06/15, 02:29 pm
Algo havia despertado Terremoto naquela madrugada, fosse um som ou um pesadelo aquilo havia acabado definitivamente com seu sono. Agora, as 4 da manhã, ele cruzava as ruas do Setor Industrial dirigindo seu carro enquanto ouvia alguma radio novela de suspense.

-O crime não dorme, é isso que me dá insônia. – Dizia ele imitando o tom de voz do protagonista.

A transmissão falhava constantemente mas essa seria a única companhia que ele teria por toda aquela noite cruel e sombria. As prostitutas imunes ao frio e os marginais imunes a compaixão o observavam enquanto ele cruzava a pista, talvez ele devesse acender um cigarro, colocar seus chapéu e acabar com aqueles sorrisos amarelados nos rostos já castigados dos miseráveis. Merda, agora até seus pensamentos pareciam fluir no estilo Noir, ele não possuía um chapéu e muito menos fumava.

Tudo seguia em silêncio, nem sequer um grito de desespero ou um soluço de lamento, tudo em silêncio até os primeiros tiros, por um segundo ele sentiu um calafrio na espinha, agora ele se lembrava que aquela era a sensação que o havia despertado. O que diabos havia causado isso? Ele guiou o carro até o local e testemunhou a uma distância enquanto a fera exterminava seus agressores com sua baforada, o calafrio subiu de novo, ele já havia testemunhado coisas estranhas na vida e nada nunca o havia deixado naquele estado, por que dessa vez era diferente? Não importava agora, deter aquele animal era mais importante do que qualquer sensação ruim.

Ação: Terremoto manterá uma distância e sentirá quando o animal estiver mais esticado, quando isso ocorrer criará duas mãos de pedra capaz de agarrar a fera pelas duas extremidades e puxará em sentidos opostos, tentando rasgar o animal demoníaco.

Geocinese (3) + Sensor Sísmico (1) + Combate (2) + Zona (-1) = 5
ND: 9
Górgona
Górgona

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12/06/15, 04:17 pm

RESOLUÇÃO



Em pouquíssimo tempo, a serpente de três cabeças trouxe caos e destruição a todo um quarteirão. Em meio a carros tombados que disparavam alarmes em irritante cacofonia, Terremoto se aproxima da fera incontrolável, respirando profundamente; seu plano exigiria o máximo da geoforça em seu interior, precisava se concentrar e rápido, antes que as coisas saíssem do controle.

Atingindo certa distância serpe colossal Gilberto se prepara, a adrenalina bombeando sangue quente por todo seu corpo. Ergueu seus braços, e a própria terra abaixo das ruas respondeu a seu chamado, também erguendo enorme dupla de braços e mãos. Iam de encontro à besta, que, alheia a estímulos visuais, foi pega de surpresa.  O plano havia sido um sucesso!

Uma das mãos segurava a criatura pela cauda enquanto a outra havia agarrado com sucesso uma de suas três cabeças, porém antes que conseguisse força para puxá-las em direções opostas, as cabeças restantes da criatura dispararam sua energia contra seus construtos geocinéticos, libertando-se com facilidade.

As três cabeças agora encaravam Terremoto, orientadas pela adrenalina e medo exalados pelo homem e, em fúria cega, disparam contra o geomante três raios unos: em meio ao brilho cegante das ensurdecedoras rajadas, o herói some na luz...

---

Longe dali, Caio Arantes perseguia o dragão com sua improvisada geringonça de rastreamento; se aproximava rapidamente daquilo por conhecer bem as ruas que cruzavam - estavam muito próximos de um depósito da empresa de sua família, e como o monstro parecia tentar evitá-lo, Dr. Incrível o guiava para onde queria. Sabia que ali haveriam materiais dos mais diversos para lidar com a ameaça em potencial.

Aproveitando a oportunidade, o herói-cientista salta para a besta sumidora, conduzindo-a à força contra a janela baixa do galpão que lhe era tão familiar. Aterrissaram com força no chão duro e, sem perder tempo, Incrível brada comando de voz para que as luzes se ativassem - a resposta daquele sistema de ponta foi automática. Entretanto, tão logo a penumbra morreu, Caio descobria que todo o galpão estava vazio. Não haviam ácidos, ferramentas de precisão nem nada ali para auxiliá-lo no combate, apenas poeira...

"Esquisito. O que fizeram dos materiais que a gente guardava aqui?
... e por que eu nunca fiquei sabendo de nada disso?"


Mas não tinha tempo para reflexões. O dragão evanescente, atordoado pela queda, já acordava e rastejava para longe... desaparecendo! Sem pensar duas vezes Dr. Incrível atira contra o sistema anti-incêndios do galpão, e em poucos momentos chovia dentro do recinto. A água corrente facilmente denunciou a posição da besta chinesa - estava próxima  a uma das vigas centrais da construção, e um plano rápido se esboçou na cabeça do herói.

Ajustando sua icônica pistola a fim de utilizá-la em potência máxima, disparou-a em diversos pontos da estrutura que sustentava o depósito de seus pais; o Dragão, indiferente a isso, já alçava voo quando toda a construção veio abaixo, levando a criatura consigo, soterrando-a e também ao heroico cientista, que não havia tido tempo hábil para deixar o galpão antes que tudo desmoronasse...

---

Enquanto isso Terremoto, de olhos fechados, aguarda seu fim. Passam-se os segundos e, estranhando  a quietude, o quinquagenário abre os olhos: estava em um lugar totalmente diferente, a quarteirões de distância de onde enfrentara a Serpente inconcebível!

Aliviado e surpreso, olhou a seu redor e viu um rosto familiar: um dos heróis que encabeçavam o Sindicato, Xamã. Estava pálido e todo coberto por sua capota de peles, ligeiramente umedecida à altura de seu ombro esquerdo. Este apenas acenou com a cabeça para Gilberto e, como passasse por uma porta que não se vê, desapareceu sem palavra alguma, deixando o herói pasmo e sozinho. Ainda em choque, Terremoto apenas sentou-se e abaixou a cabeça, atormentado por seu fracasso.

---

Uma garota que sofre de insônia assiste, de olhos vidrados, o noticiário da noite.

A jornalista da vez faz perguntas a alguém que não está em tela. A imagem muda para uma visão aérea de um cenário no Setor Industrial, pode-se ouvir o barulho de hélices enquanto alguém responde a locutora:

"Isso mesmo Sônia! Acabamos de chegar no local da tragédia,e temos imagens em primeira mão dessa criatura que vem tirando o sono do trabalhador NeoCapitalense! Segundo nossas fontes, um herói local parece ter sido obliterado por essa... cobra gigante, e-- MEU DEUS, o que é aquilp?"

A câmera subiu para os céus do bairro, onde podia-se ver uma forma humana vindo em alta velocidade contra a criatura; a equipe de filmagem, agora acompanhando a figura, captura diversas formas azuladas e pontiagudas surgindo ao redor do homem e o ultrapassando, trespassando com precisão cirúrgica o corpo da fera logo abaixo; o equipamento de som consegue captar seu distante guincho triplo de dor. Em seguida o próprio homem em queda livre perfura a criatura, que num espasmo final de fúria dispara suas últimas energias contra a noite, desabando sobre si mesma em seguida. A imagem volta para a locutora em estúdio.

"Impressionante! Segundo nosso banco de dados, a figura que vimos é o vigilante de pés descalços conhecido como Xamã, e há relatos de casos similares ocorrendo neste exato momento, pela cidade inteira! Vamos agora reproduzir gravações amadoras de acontecimentos semelhantes na Vila Novo Acre, onde uma dupla controversa, um anjo e uma mulher vestida como santa fizeram--"

A insone mulher desliga a televisão.  Ao menos por aquela noite, havia encontrado paz para seu sono. Inevitavelmente sonharia os prenúncios de terrível escuridão, sofrimento e demônios ancestrais; sempre sonhava. Mas ao acordar esqueceria tudo, e lembraria apenas da paz que teve ao ouvir algo sussurrar para sua alma: "Korolenko..."

---

Dos escombros de um dos depósitos da família Arantes, Dr. Incrível se liberta, vitorioso. Seu uniforme, rasgado; uma de suas lentes, trincada. Havia quebrado ao menos uma costela, podia  senti-la - doía demais. Mas uma forma sombria emergiu intangível dos destroços, seguindo misterioso rumo, e Caio não tinha tempo para sofrer suas moléstias. Cambaleante, seguiu como pode a forma espectral.

Antes de qualquer outra pessoa chegar para testemunhar o galpão destruído, um homem vestido em terno marrom e botas de couro caminha até a esquina, onde ainda conseguiu ver o herói independente sumindo ao final da rua. Fala, em seu comunicador:

- Aqui é Quiron, acho que encontrei um novo apto ao Olimpo.

---

Enquanto isso Terremoto, que até então ouvia a destruição à distancia, estranha o repentino silêncio. Não havia se machucado, mas ainda não estava em condições de deixar o local. Afinal, talvez Xamã precisasse de sua ajuda. Eis que o próprio ressurge, a poucos metros dali. Caminhava lentamente em direção ao herói em estado de choque. Estava pálido, e seu manto de peles, coberto de sangue. Jogou um comunicador para Terremoto.

Aqui, não sei se já te deram um. Se reporte ao Olimpo por mim, isso ainda não acabou. Sinto que os espíritos das trevas estão perdendo suas carcaças e indo todos ao mesmo lugar, preciso seguir seu rastro espiritual enquanto ainda está fresco.

Se distanciou de Terremoto, sequer havia olhado em seus olhos e parecia ir embora, quando parou e o encarou.

Espero que preze mais por sua vida deste dia em diante, Amigo. Pois ela me custou algo importante.

Deu as costas, desaparecendo. Terremoto, homem feito que já atingira a meia-idade, se surpreendeu chorando. Pois antes que Xamã sumisse percebeu, coberto pelo manto ensanguentando, que o ombro esquerdo  do aliado agora era a extremidade final de seu braço.



Rolagem de dados:

Terremoto - ND 9
Geocinese 3 + Sensor Sísmico 1 + Zona  -1 + Dado 2 = 5. Falha. 0 XP.

Xamã - ND 9
Materialização Espiritual 2 + Manto Espiritual 1 + Passo Espiritual 2 + Super Agilidade 1 + Telecinese 2 + Zona -1 + Dado 3 = 10. Sucesso! 9 XP.

Dr. Incrível - ND 7
Atlético 1 + Inventor  1 + Pistola Laser 2 + Zona -1 + Dado 6 = 9. Sucesso! 7 XP.


Considerações:

Xamã perdeu seu braço esquerdo. Terá -2 de penalidade caso seja escolhido na conclusão d'As 12 Bestas.
Dr. Incrível está ferido. Terá -1 de penalidade caso seja escolhido na conclusão d'As 12 Bestas e na próxima missão em que for escolhido.
Lótus e Lince
Lótus e Lince

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28/07/15, 01:46 pm

Black Power Soul



Aretha Beretta sempre sonhou com a vida nos palcos. Quando menina passava horas e horas na frente da televisão se inspirando nas grandes divas do funk e soul mundial, imitando suas poses e imaginando-se conduzindo multidões de fãs. Ela sabia de cor a maioria dos hits de Aretha Franklin, Whitney Houston e Etta James, sempre cantando-os com grande proficiência enquanto abusava de sua capacidade de alcançar as mais elevadas notas no oversinging.

Seus sonhos começaram a trilhar o caminho da realidade quando um grande dono de gravadora a convidou para fazer uma participação especial no disco de estreia de uma banda promissora chamada Black Power Soul. Ali estava a chave que abriria as portas douradas da fama e dos palcos durante toda sua vida. Se a banda estourasse (o que era quase certo com a combinação vocal de Aretha) ela nunca mais precisaria se humilhar por cachês ridículos nos bares e casas de show da cidade. Era uma oportunidade de ouro que ela não iria deixar passar.

Porém, Aretha não contava que sua voz possuía a capacidade de seduzir não só o dono da gravadora, mas também um rival ganancioso com intensa sede de dinheiro e poder. Sua capacidade vocal iniciou uma guerra não declarada entre os dois, e ela não fazia ideia da existência e das dimensões disso.

Mr. Chocolate já estava com um contrato garantido e assinado por Aretha há algumas semanas, o que desagradou profundamente o lendário produtor musical Tony Motta. Ele tinha grana, influência e poder e estava disposto a fazer de tudo para tê-la sob o selo de sua gravadora. Aretha era como uma máquina ambulante de lucro, e ele sabia muito bem que o rendimento de suas canções somariam resultados exorbitantes em suas contas no exterior. Essa oportunidade perdida fazia seu sangue ferver. Tony Motta não iria deixar barato.

Tony entrou no escritório de Mr Chocolate com a pose de um conquistador que estava prestes a reclamar uma posse que era sua por direito, mesmo não sendo.

- Aí vagabunda, chama o Chocolate. - Disse Tony Motta para a secretária sem abrir brechas para discussões.

- E por que que eu vou chamar ele? - Perguntou a secretária.

- Porque eu marquei hora.

- Ah, o senhor Tony Motta né? - Ela pegou o telefone para avisar o patrão - Sr. Chocolate, o Sr. Tony Motta tá aqui. Sim senhor. - O telefone foi ao gancho e a moça disse em seguida: - Você pode entrar, mas limpe os pés por favor. O senhor pode ter pisado num cocô de cachorro ou em um chiclete.

- Tá bom.

Tony Motta entrou na sala e se deparou com Mr Chocolate sentado em sua mesa, pronto para recebê-lo. Ele trajava um terno branco e seu bigode proeminente escondia boa parte da expressão feita pela sua boca, dando a ele o tom de seriedade que todo bigode bem cultivado pode oferecer.

- Como vai, Sr. Tony Motta? - Cumprimentou Mr. Chocolate sem se levantar da cadeira - Como vai o senhor e como vai a sua gravadora?

- Vai bem. - Respondeu Tony Motta - Não tão bem quanto a sua. Mas também é molezinha né, fica sopa de minhoca com todos esses talentos que o senhor compra.

- Eu sou um cara visionário. Diferente de você que só quer saber de piscina e se bronzear.

- Isso não interessa. Eu quero saber sobre um assunto que me intriga demais. É sobre uma cantora que vocês tem.

- A Aretha é a cantora mais fodida da soul music mundial. Não tem pra Aracy de Almeida, nem pra Beyoncé, nem pra nenhuma dessas. Mas tu pode tirar o cavalinho da chuva, viu? Ela já assinou com a gente, mermão. Olha ali, ó. Esse é o contrato dela. - Mr. Chocolate apontou para a pilha de papéis sobre a mesa - Ela cede até a bunda pra gente. É pouco zueira?

- Eu não quero saber se você é dono dela. - Respondeu rispidamente Tony Motta - Eu vou levar essa piranhuda para a minha gravadora.

- Humpf. Vai sim. Sabe o que tu vai levar da minha gravadora, rapá? - Disse Mr Chocolate em tom ameaçador - Dez tapa no meio da cara e meio metro de piroca no cu.

- Para de pilha. A menina cantora vai ser minha por bem ou por mal. E você nunca mais vai fazer vitamina nela.

- Como é que é? Que porra é essa que você acabou de falar pra mim? - Mr. Chocolate empertigou-se na cadeira e fitou seu rival com uma expressão de incredulidade no rosto

- Não interessa. - Tony Motta se levantou apressadamente e caminhou até a porta - Eu tenho que sair fora que ainda hoje tenho gravação com o Robertinho do Recife.



Uma semana depois...



A noite repousava silenciosamente fria nas janelas da cobertura de Mr Chocolate. Ele havia convidado Aretha para um jantar a sós e ela aceitou com entusiasmo, aproveitando a oferta para se aproximar mais e criar vínculos com seu novo empregador. Ele era um homem influente e mantinha a chave para seu sucesso, não era muito sábio desagradá-lo logo no começo da carreira. Afinal, muita coisa poderia dar errado.

Um estrondo assustou ela e Chocolate quando Tony Motta entrou armado no apartamento e protegido por seus comparsas. Ele acertou o segurança da casa com uma coronhada na cabeça e o fez cair desacordado no chão. Seguiu até a sala apontando a arma para seu rival, colhendo dentro de si todo o ódio que sentia por ele.

- Senta a bunda aí, seu Chocolate filho da puta! - Tony Motta empurrou Mr Chocolate até a poltrona o rendeu com a arma - Eu não te falei lá no escritório que eu voltava aqui, seu sacana? Eu te avisei!

Aretha foi arrastada do banheiro até a sala sendo puxada pelos cabelos porque um dos comparsas de Tony Motta sentia a necessidade de demonstrar serviço e maldade para adquirir confiança.

- Eu vim pegar a Aretha. Eu te disse que ia vir pegar a cantora.

- Por que você não pega no meu piruzão duro? - Mr Chocolate disse entre dentes cerrados.

Se alguém olhasse com a devida atenção poderia ver que a boca de Tony Motta começou a espumar de raiva. Ele avançou até o homem na poltrona e começou a golpeá-lo com pontapés, socos e joelhadas enquanto proferia insultos. Depois de descarregar todo seu ódio, ele foi até Aretha a puxou como se ela fosse uma boneca de pano.

- Agora vou te levar pro meu estúdio pra tu gravar um disco!

- Não! - Aretha gritou para seus agressores e começou a se debater em vão - Eu num vou! Não!

E saíram pela porta.

Mr Chocolate levantou ainda meio zonzo por ter sido espancado e se arrastou até uma escrivaninha no canto da sala. Puxou a gaveta com mãos trêmulas e tirou um celular estranho de dentro dela. Na discagem rápida havia apenas um número, e foi para ele que Chocolate ligou.

- Sou eu, Mr. Chocolate. - Disse ele sem fôlego - Preciso de ajuda. Tony Motta sequestrou uma de minhas cantoras. Tá na hora de retribuir aquele favorzão, tá lembrado? Eu não quero saber! Manda qualquer um da sua cartela de heróis atrás desse escroto bafo de pica antes que eu espalhe seu segredo. Certo. É bom poder contar com o Sindicato.



Setor Industrial
Depósito de reféns do sr. Tony Motta para assuntos importantes




Os comparsas preencheram todos os cômodos e andares do galpão onde Tony Motta armazenava seus equipamentos, armas e carros usados. No fundo do espaço amplo havia uma pequena sala com banheiro onde Tony Motta se preparava para o grande momento.

- Porra chefe, essa tua ideia de gravar pelo telefone é assim... Hã... - Disse um dos comparsas de Tony Motta - Como é que eu poderia dizer...? Hm... Como é que eu poderia falar...? É uma ideia assim...

- INCRÍVEL! - Bradou Tony Motta com entusiasmo.

- É memo. - Respondeu o comparsa quase sussurrando - Tirou onda, chefe.

Tony pegou o telefone do gancho e começou a discar nervosamente um número. Três toques depois uma moça de voz calma atendeu.

- Alôôôu?

- É da disk records? Eu queria gravar um disco de black music. Pode apertar o rec que a cantora já tá aqui, ó. - Aretha foi trazida aos tropeços para dentro da sala - Canta aí!

Apesar do pânico, sua voz manteve-se inalterada. Suas cordas vocais vibraram com perfeição e lançaram ao telefone a gloriosa melodia de seu canto. A atendente do outro lado da linha apertou o rec quando Tony Motta soltou o instrumental.

- Oooohh yeah babyyy ♫ I love you babyyy ♫ I love yooou soooo fodaaaaa ♫ Aaaaahááá iéééé babyyyy... uhhh ♫

Foi nesse momento que alguns heróis do Sindicato foram acionados. Eles receberam um briefing do ocorrido e as coordenadas para onde o sinal do telefone fora rastreado pela central de inteligência. Um mapa apareceu nas pequenas telas mostrando com exatidão o local em que Aretha estava sendo feita de refém. O mundo poderia tranquilamente perder um disco de Soul, mas não a vida de uma cantora como Aretha.



Objetivos:

> Invadir o covil de Tony Motta, derrotar os comparsas, salvar Aretha e prender seu captor: ND 8

OBS: A ação poderá ser feita em dupla ou sozinho. Vou escolher a dupla (ou o justiceiro solitário) que tiver plano de ação/invasão mais criativo e bem elaborado. Os comparsas estão armados, então pensem bem pra não acabarem virando peneira.
Chip
Chip

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30/07/15, 04:43 am
Jardim da Redenção
19h00


Carlos da Silva ainda estava com seu uniforme da oficina todo sujo de graxa e fedendo a óleo de motor, mas já chegava no terreno baldio onde se encontraria com Néon, a quem foi incubido de treinar, mas sempre enrolou para fazer. Só estava ali também porque o rapaz havia implorado, pois sua parceria com o sindicado estava prestes a ser revogada.

- Atrasado de novo muleque? - Fera começava a se fazer de zangado, para mostrar autoridade - - Como que tu chega atrasado correndo do jeito que tu corre?

- Não, não, veja bem… Eu to numa pegada meio conto de fadas hoje. Mais cedo eu tava com a Bela, agora vim lidar com a Fera. Fui despachar a garota, perdão pelo vacilo...

- Fodas, vem com essas desculpa de merda não. - Disse apontando o dedo na cara do garoto, sequer entendendo sua piada. - Carai, acho que to pegando pesado.

Sem saber muito bem como iniciar o treinamento, Fera apenas abaixa a mão e fica encarando Néon por alguns instantes, pensando em suas próximas palavras.- Atômica sabe lidar com esses muleque colorido muito melhor que eu.

- Tá bom, ó… então… éééé... - Carlos já começava a enrolar, tentando descobrir o que diria a seguir - Já sei, então, vem pra cima do papai, vamo vê o que tu consegue fazer. - Fera já se fica em posição de combate, chamando para a briga com as mãos.

Néon aceita o desafio e em alta velocidade parte para cima do mentor, até que o celular dos dois toca no momento de iniciar a luta, e ambos já sabiam quem era do outro lado da linha.

- Alôôu… Aretha o que?... Tony Motta? Quem?... Setor Industrial? Ok. - Carlos desliga o telefone, já correndo para a moto e retirando seu uniforme da oficina, revelando sua roupa preta por baixo. Enfiou tudo numa mochila e retirou seu rayban falsificado. - Aê Ligeirinho, bora uma corrida? - Fera montou em sua moto e deu um largo sorriso.

- Beleza, Frajola. Isso quer dizer que eu vou na frente, é até melhor que você não vai se perder tentando correr atrás de algum pinto. - Dessa vez o herói animalesco entende a piada, para a sorte de Néon, caso contrário Fera se zangaria bastante.

A dupla parte em disparada pelos bairros de Nova Capital, numa disputa que parecia acirrada, mas somente porque o jovem velocista deixava. Ao se aproximar do local o garoto acelera mais que Fera e ganha a corrida, deixando o mentor levemente irritado, mesmo que ele se esforçasse para não parecer.

Fera nunca elaborara um plano sequer de combate, mas dessa vez queria impressionar o pupilo e colocar toda sua pouca esperteza para trabalhar. De imediato lembrou dos planos elaborados de Sombria, sempre em mapas e plantas perfeitas, até mesmo com peças que representavam a posição de cada participante.

- A parada vai ser a seguinte. - Parou e olhou para a terra seca do terreno onde pararam. - Aqui é o galpão. - Desenhou um quadradro mal feito com a ponta da garra. - Tu é essa pedrinha aqui. - Olhou pra pedrinha, sem saber o que fazer com ela de início. - Tu vai dar a voooolta no galpão. - Arrastou a pedrinha pela terra seca ao redor do quadrado enquanto dizia a palavra “volta”, desenhando um grande círculo. - Tu tem que achar a energia e desligar ela. - Olhou ao redor e pegou uma pedra maior. - Eu sou a pedrona, e vo… Vo entrar pela porta da frente assim que tu desliga as paradas, causando terror, hahaha. - Colocou ela num canto e tornou a pegar a pedrinha menor. - Depois disso tu vai causar, dando a vooolta aqui dentro desarmando todo mundo. - Ele desenha um círculo, dessa vez menor, dentro no quadrado, enquanto falava a palavra “volta” outra vez. - Claro, vai tar escuro, mas tu é rápido e teus reflexos também, e tu tem essa viadagem de brilhinho.

- Bicho, você tá desenhando a Globo?

- Ih carai, é mesmo.Hihihih - Fera até mesmo solta um risinho, mas tinha que demonstrar seriedade. - Prestenção porra. - Olha sério para Néon. - Daí eu vo batendo nos caras que tu desarmar, moleza pra mim. - Pegou a pedra maior e rabiscou todo o desenho, sorrindo como uma criança brincando na areia.

- Tá, mas e a moça? Fica difícil achar a rainha do black no escuro.

- Éééé.. Hm… Porra, é só tu acender a luz de novo... - Pegou a pedrinha menor e olhou para o desenho desmanchado. - ...em algum lugar do lado de fora. - Largou a pedrinha, desistindo de desenhar mais.Daí tu pega a moça e vaza, eu cuido do Tony Marmota. Fechado?

- Beleza, beleza. Mas bate nesse cara com um carinho especial. O cara tem dinheiro e vai sair fácil da prisão, então faz com que ele sempre se lembre da surra monumental que levou, Fera.

Gostei do muleque. - Fera abre um largo sorriso, concordando totalmente com o velocista, ele iria tratar Tony Motta com esse "carinho especial" com toda certeza.

Fera já tinha o plano em mente, assim que Néon agisse faria a sua parte, entrando pela porta da frente com um chute na porta. Assim que os capangas estiverem desarmados, o herói animalesmo irá derrubar um por um com sua força, resistência e suas habilidades de combate, usando de seus sentidos aguçados para encontrar cada um dos capangas.

_______________________

Super Força(2) + Super Resistência(1) + Sentidos Aguçados(1) + Combate(1) + ZR(0)
Temporal
Temporal

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02/08/15, 11:46 am
Arthur chegava no terreno baldio onde havia marcado um treino com Fera. Dos veteranos do Sindicato, era o que menos aparentava ser sério, então Néon insistira que o treinasse em combate, já que não possuía técnica alguma.

- Atrasado de novo muleque? - Fera aparentava estar furioso com o garoto - Como que tu chega atrasado correndo do jeito que tu corre?

- Não, não, veja bem… Eu to numa pegada meio conto de fadas hoje. Mais cedo eu tava com a Bela, agora vim lidar com a Fera. Fui despachar a garota, perdão pelo vacilo...

A desculpa até que era em partes verdade. Havia passado a tarde no shopping com uma garota da faculdade. Mas, na verdade, nunca ligou muito para horários. E graças a seus poderes, acostumou-se ainda mais a sair em cima da hora, já que chegaria ao outro lado da cidade em minutos.

- Fodas, vem com essas desculpa de merda não. - Diferente do que imaginava, Fera estava aparentando ser bastante rígido, apontando o dedo em sua cara e tudo mais.

- Esse cara só pode tá me zoando, tenho certeza. Mas bora ver qual é a dele...

- Tá bom, ó… então… éééé… Já sei, então, vem pra cima do papai, vamo vê o que tu consegue fazer.

Néon corre na direção de seu mentor, disposto a usar de todo o seu poder para provar sua capacidade. Então, é interrompido pelo toque do celular de ambos os vigilantes.

- Alôôu… Aretha o que?... Tony Motta? Quem?... Setor Industrial? Ok. - Desligou o telefone e vestiu-se como deveria estar desde o início. - - Aê Ligeirinho, bora uma corrida? - Perguntou, já montando em sua moto.

- Beleza, Frajola. Isso quer dizer que eu vou na frente, é até melhor que você não vai se perder tentando correr atrás de algum pinto. - Néon não pensou duas vezes antes de aceitar o desafio. - A confusão nos chama para uma festinha. Ainda bem que o Ferinha tirou aquela roupa fedida e se vestiu a caráter.

Brincando um pouco com seu mentor, Néon decidiu deixar parecer uma disputa de igual para igual, deixando-o com um semblante esperançoso. Então, nos últimos quilômetros, acelerou e tomou uma enorme vantagem, deixando Fera um tanto quanto irritado.

- A parada vai ser a seguinte. - Disse assim que chegou ao local. - Aqui é o galpão. - Continuou, fazendo um desenho todo malfeito na terra. - Tu é essa pedrinha aqui. Tu vai dar a voooolta no galpão. Tu tem que achar a energia e desligar ela. - Mais um "tu" desse e eu to fora. Será que é isso que eles ensinam no morro? - Eu sou a pedrona, e vo… Vo entrar pela porta da frente assim que tu desliga as paradas, causando terror, hahaha. Depois disso tu vai causar, dando a vooolta aqui dentro desarmando todo mundo. Claro, vai tar escuro, mas tu é rápido e teus reflexos também, e tu tem essa viadagem de brilhinho.

- Não, ele não tá… Puta que pariu! - Pensava, enquanto Fera fazia o desenho no chão.- Bicho, você tá desenhando a Globo?

- Prestenção porra. - Fez uma pausa. Arthur entendia cada vez menos o comportamento de seu mentor. - Daí eu vo batendo nos caras que tu desarmar, moleza pra mim.

- Tá, mas e a moça? Fica difícil achar a rainha do black no escuro.

- Éééé.. Hm… Porra, é só tu acender a luz de novo… em algum lugar do lado de fora. Daí tu pega a moça e vaza, eu cuido do Tony Marmota. Fechado?

- Beleza, beleza. Mas bate nesse cara com um carinho especial. O cara tem dinheiro e vai sair fácil da prisão, então faz com que ele sempre se lembre da surra monumental que levou, fera.

Mesmo não parecendo o melhor estrategista do mundo, Fera provavelmente sabia o que estava fazendo. Então, Néon seguiria à risca o plano, procurando o registro de luz do lado de fora do galpão e desarmando-o. Assim que seu mentor entrasse no galpão com as luzes apagadas, aproveitaria do “elemento surpresa” para desarmar os capangas, usando de seus reflexos e velocidade para desviar dos tiros e retirar suas armas antes mesmo de terem uma chance de reação. E por fim, quando terminassem o serviço, voltaria para fora e acenderia as luzes novamente, para que encontrassem Aretha e Tony.

Vantagens:
- Super-velocidade (2) + Reflexos sobre-humanos (2) + ZL (0) = 4
Terremoto.
Terremoto.

[Bairro] - Setor Industrial - Página 2 Empty Re: [Bairro] - Setor Industrial

12/08/15, 08:09 pm
-...Então, se vocês foram bons velhinhos e fizeram com atenção tudo que eu falei até aqui basta clicar em “Bibliotecas” e depois em “Músicas”. Agora é só clicar duas vezes no arquivo com o nome que você escolheu e pronto! Como mágica a música começa a tocar. Isso concluía nossa aula de hoje, mostrem aos papais e mamães esse vídeo da próxima vez que eles forem pedir pra você baixar alguma música. Não se esqueçam de se inscreverem, dar joinha, favorito e compartilhar. Até semana que vem com mais um tutorial de Interwebs para Velinhos e mil beijos da Cyber. – A tela fica preta por um segundo e quando retorna a vlogueira e heroína (e como ela sempre lembrava a Terremoto, Pró-Gamer seja lá o que isso fosse) Cybernética está de pé fazendo uma pose heroica trajando seu uniforme, um corte rápido e ela volta pra clássica posição sentada olhando pra câmera- Bem pessoal, sei que andei sumida essas ultimas semanas mas vida de super heroína é assim. Como vocês já devem ta sabendo por aí alguém achou legal zoar com meus poderes no Centro e em Constelação e graças a isso tem um chuva de merda nos comentários dizendo que eu virei uma vilã mimimi eu sou uma ameaça mimimi. Pau nos cus de vocês. Então eu queria agradecer muito a vocês que se mantiveram fies ao canal, se mostraram preocupados e tem mandado mensagens de apoio pelas redes sociais. Também queria mandar um obrigado especial para Atômica, Sentinela, Blecaute e Terremoto. Se não fosse por eles eu não ia ta gravando esse vídeo, então deixa eu arrumar um erro meu aqui e vamos subir hashtag #Terremotonemtãobabaca e até semana que vem. Fui!

O player do site se encheu com miniaturas de outros vídeos. Pouco a pouco Gilberto ia descendo o mouse do computador até o canto inferior do vídeo, ele espremia os olhos tentando identificar os símbolos no canto do vídeo, ele clicou em algo que parecia uma mão e emitiu um sonoro “Porra” quando reparou que havia negativado o vídeo. Merda de site com botãozinho pequeno.

Com o devido “like” dado ele agora seguia os passos da vídeo aula que havia armazenado na memória e da início a música. Uma voz grossa começa a declamar palavras em inglês que Terremoto não entendia, ele se levantou da cadeira do computador e começou a andar pelo apartamento, pouco a pouco as palavras tomavam um ritmo. Ele observou a garrafa com o liquido alaranjado, só mais um copo. Ele tinha certeza que poderia parar a hora que quisesse, o fato é que ele não queria parar agora.

Ele acabou o copo com um gole profundo e imediatamente o reencheu, talvez só mais esse. Agora ele se aproximava da mais recente adição do apartamento, uma mesa onde uma série de fotos de família estava em molduras. Momentos felizes, risos, abraços, família. Tudo isso estava guardado em memórias e em fotos. Tudo isso era o que ele sentia falta nesse momento. Ele pegou uma foto em especial, abraçado junto a ele estava sua esposa em um dos momentos mais felizes de sua vida. A voz de Barry White agora entoava “Don't go changing, trying to please me”, a mesma  música que havia tocado no dia em que ele conhecerá sua esposa e que eles haviam dançado no casamento:

-Feliz aniversário, amor.

O olhar dele se desviou até uma pequena foto 3x4 anexada numa maior onde todos seus filhos estavam reunidos. Desbotada, a foto mostrava uma imagem de um jovem moreno que parecia um reflexo de Terremoto se não fosse pelo sinal abaixo do olho, o sorriso se transformou numa expressão fechada. O copo parecia o chamar novamente, literalmente agora. Ele acendia e emitia um toque, talvez fosse a hora de parar de beber. Só então ele reparou que o copo estava apenas refletindo a imagem do comunicador do Sindicato. Ele correu pelo apartamento pausando a música o mais rápido possível e atendeu a chamada de Atômica.

-Pronto.
-Terremoto?Hã... Tudo bem? A sua voz... sua voz esta meio estranha.
-*Urgh* - Ele pigarreou – Desculpe. Qual a situação?
-Hã...ok. Tivemos um sequestro mais cedo, uma cantora. Localizamos o local do cativeiro no Setor Industrial e precisamos de um resgate imediato. Você já lidou com situações de civis e resgate, sua habilidades seriam uteis.
- Afirmativo, envie os dados pelo Tablet que eu já estou a caminho.
-Algum suporte? Ainda estamos mantendo Cybernética afastada da ação e Blecaute tem mantido pouco contato mas...
Os olhos do herói atingiram o jornal que repousava na mesa, em uma das notícias menores se lia “Trio de heróis salva fazendeiros de Chupa Cabra”
-Que tal aquele garoto planta de Novo Acre?
-Druida? Ele ainda é novato.
-Ele já lidou bem com civis antes e provavelmente chega no local antes de mim pra garantir inteligência.- O herói pegava o tablete que agora mostrava diversas informações sobre a sequestrada e o galpão onde era mantida
-Já que você insiste... Vou conta-lo. Qual o ponto de encontro?
-Tem um prédio abandonado próximo ao galpão, diga para ele me esperar la.
Dínamo
Dínamo

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12/08/15, 08:22 pm
Vila Novo Acre – Uma hora mais cedo

- Continue! Não pare! Lembre-se dos conselhos que o sábio guerreiro da terra lhe deu...
- De quem você está falando? Do Terremoto?! Ahhhh ele é só um velho ranzinza igual a você. Já pensou se ele também fosse uma entidade? Vocês seriam dois velhos numa praça jogando xadrez...
- Xadrez?! Eu não sei o que é isso. Não me envolvo em atividades mundanas.
- Aham...sei!

Fabio respira fundo. Ainda não havia se acostumado com outros pensamentos além dos seus em sua cabeça. A cada dia que se passava o convívio com a entidade ancestral era mais intenso. Seres diferentes, opiniões diferentes. Fabio via essa relação como um casamento forçado propenso a não dar certo, mas tinha que se esforçar. Afinal, vidas dependiam dessa união.

- Não perca a concentração, mantenha a postura! Entenda que as árvores agora são uma extensão de seu corpo. Você não obriga os seus membros a fazerem o que quer você simplesmente o faz...
- Qual é cala a boca! É você quem tira minha concentração. Não é tão fácil assim valeu!
- Você precisa ser um com a natureza ou falhará novamente!

A entidade recorda-se da situação em que Druida deixou uma menina endemoninhada escapar. A primeira falha do novato herói. Foi nesse mesmo evento em que ele conheceu Terremoto e juntos conversaram até a base do Sindicato. O celular toca. Um galho de árvore se estica trazendo a mochila do herói até seu encontro servindo-o.

- Alô! Oi senhorita Stravinsky! Atende Fabio surpreso com a ligação da heroína Atômica. - Não, não estou ocupado. Sim, sei onde é. Posso chegar lá em 20 minutos pela mata. Certo, obrigado! Uma nova missão havia sido dada. Mais uma vida estava em perigo. Era a hora de Fabio por em prática o treinamento de várias semanas em meio as fazendas de Novo Acre. - Acho que você vai dar um "Oi" pro seu velho amigo de novo!

Rápido como o vento o guerreiro da natureza cruza as matas de Novo Acre em direção ao Setor Industrial. Empolgado com a ligação recente da heroína Atômica Druida havia treinado dias esperando a chance de poder mostrar seu verdadeiro valor. Dessa vez ele não poderia fracassar. Nem com o Sindicato, nem com a natureza, nem consigo mesmo.

A luz da lua cheia por entre as frestas das árvores quebra a escuridão mórbida da reserva florestal iluminando o caminho do herói que com seus poderes “molda” a floresta a seu favor facilitando seu avanço. Enquanto avançava Fabio lembrava das palavras do ser ancestral em sua mente a pouco tempo atrás. Ele devia ser um com a floresta. Fazer dela a extensão de seu corpo. Quando alcançasse essa simetria perfeita ele seria capaz de feitos extraordinários e todos conheceriam o verdadeiro poder da natureza. O sereno da noite gélida cobre o corpo de Druida com gotas de orvalho. Os animais noturnos observam sua corrida. Ele transpõe a cachoeira com uma agilidade incrível auxiliado por galhos vindos de todas as partes.

Após mais uns minutos de corrida já é possível ver as ruas asfaltadas do Setor Industrial as árvores davam lugar aos poucos postes de luz que iluminavam discretamente um galpão mais afastado dos muitos que faziam parte daquele bairro. Camuflado nas sombras, o herói se aproxima do local onde supostamente a refém estava sendo mantida. Era a hora da verdade, nada mais importava a não ser a missão: Resgatar a cantora Aretha das mãos imundas de Tony Motta, um produtor, dono de uma gravadora e um homem totalmente sem escrúpulos segundo palavras da Srta. Stravinsky. Druida iria atuar auxiliando um outro vigilante, bem mais experiente e estratégico que ele, porém sem o vigor da juventude que Fabio possuía.

- Pronto, cheguei! Só pode ser esse o local! Cadê o vovô? Se pergunta Druida enquanto observa o máximo de detalhes do ambiente e dos indivíduos que o compunham.
- Ele pode ter sido atacado! Responde a entidade dentro de sua mente.
- Sim, claro! Só se foi pela a artrite, a artrose e a osteoporose! Diz Fabio rindo.
- Não sei quem são essas. São perigosas?
- Esquece cara. Deixa pra lá tem nem graça fazer piada com você.

Meia hora depois

- Carai cadê esse véio fdp! Ta demorando a bessa...
- Deve ter sido a tal Artrite!
- Qual é cara não fala merda. Olha ele ali! Diz apontando para um carro um pouco distante do galpão piscando os faróis. – Só pode ser ele!
-Desculpe a demora, Druida. Garantiu a inteligência pra missão? Diz o Geocinético se aproximando com o Tablet em mãos.
-Sim senhor, capitão! Tem seguranças nas entradas e espalhados por todos os andares e nas entradas. Um dos guardas falou em tarem gravando nos fundos, mas não sei exatamente onde isso seria nem como chegar lá, a porta da frente não é uma opção muito boa.
-Não mesmo, por isso pedi que me encontrasse aqui. – Ele mostra o Tablet ao aliado mostrando a planta do galpão de Tony. – Vamos entrar pelo subterrâneo e retirar a refém sem alarde. Pela planta a sala dos fundos deve ser essa, então já temos o caminho. Criarei um túnel para chegarmos até lá e usarei meu sensor pra garantir que não vá haver erros. Vou isolar a cantora numa formação de pedras enquanto você prende os guardas com alguns cipós.
-Pera, além dos cipós que tal acrescentar isso? – Uma planta surge da palma de Druida – Valeriana, ela produz enzimas que exalam um sonífero daqueles, maximizados por meus poderes então nem se fala. Ela garantirá inclusive que o fdp do produtor não acorde enquanto tivermos levando ele pra cadeia e nos dará tempo suficiente para sairmos sem que os caras do lado de fora percebam inatividade no escritório!
-Então vamos usa-la. Um vez sob o local eu vou isolar a garota enquanto você faz esse troço desmaiar geral. Também quero que garanta que seus cipós irão desarmar os capangas desmaiados e que vamos levar o produtor preso.
- Ta beleza! Deixa comigo! Esses otários não vão nem saber o que aconteceu!
- Só por garantia irei por um monte de terra na porta de entrada do escritório...

VANTAGENS DRUIDA E TERREMOTO:
Vantagens: Fitocinese (3), Transformação corpórea: Plantas (2), Corpo Resistente (1) Zona Rural (0)

Geocinese (4), Sensor Sísmico (2), Zona -1.
Vital
Vital

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14/08/15, 01:29 am
Centro.
16:00


Samanta estava dormindo jogada no sofá, estava com uma camisa escrito "game over" e com uma calcinha rosa de renda, ao redor, varias e varias latinhas de cerveja, do seu lado um aparelho celular com varias ligações de um numero desconhecido perdidas e ao lado seu celular pessoal com algumas ligações de sua agora ex-namorada Gabi e de seu colega Vulto...

- hhmmm... coffin coff!!!


Samy se levantava um pouco assustada, demonstrava um pouco de dor de cabeça e desconforto na vista, ela olhava ao redor passando a mão pela mobilha até achar seu celular, estava tocando novamente era Vulto, mal olhava para a tela e já o atendia...

- Eeeee... Euuh estou de fériaass...

O som da voz de Vulto era de cansado, ele quase ignorava a resposta de Samy e depois de um corte já começava a jogar informações:

- Heróis não tiram férias, e não sera mais um namoro falho que ira tirar Vital de circulação, já faz um tempo que anda sumida. Porem deixa isso para la, o sindicato deve ter te ligado e você como de praxe não atendeu, então, te enviarei tudo por e-mail e espero que seu uniforme não esteja mofando...

Ele desligava o aparelho e logo em seguida o notbook ao lado fazia um barulho e um ícone de mensagem aparecia na tela, Samy apenas esbravejava e então se levantava para ação...


A caminho do Setor Industrial.
18:27


- Ok, ok, cantora, capangas, galpão, e nenhum abiguinho para me ajudar, eu sou tão chata ou anti-social assim?

Vital voava rumando para o Setor industrial seguindo o endereço que foi enviado por e-mail por Vulto, em um mão alguns papéis que voam ao sabor do vento ao se soltar de sua mão e no outro um copo de café puro para dar aquela animada.

- Vai ser tipo aquelas fazes difíceis de video game, ou eu ganho o jogo ou é game-over...


Setro Industrial, Galpão do Tony Motta.
19:23


Vital estava a olhar a situação de longe avistava em cada canto do local um capanga protegendo o local, em uma das portas abertas via a longe a jovem cantora e o tao de Tony, era quase uma cena de filme de ação, uma das poucas coisas a fazer ali era tentar uma jogada de sorte.

- Vamos lá Vital, você não é tão burra assim... É três, é dois, é um e FUDEU!!!

Vital voava alto aproveitava o ambiente escuro para se mesclar ao céu usando seu sobretudo preto que servia como um "traje furtivo" com isso ela teria chance de não ser vista no seu braco usual, nos céus ela tentaria lançar algumas rajada em uns dos carros que avia por ali para criar uma forma de distração com isso iria para o fundo do local aonde Tony e a cantora aviam entrado, nisso tentaria entrar no local com cautela para não chamar e tentando no corpo a corpo derrubar Tony e seus capangas usando de suas rajadas para auxiliar, se bem sucedida iria ligar para a polícia e para o sindicato para pedir ajudar e reforços levando a cantora do local e deixando o Tony desacordado e amarrado com seus capangas.


- Rajadas de Energia: 2
- Voo: 1
- Combate: 2
- Luvas de Contenção: 1
Lótus e Lince
Lótus e Lince

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17/08/15, 12:02 am
Missão FECHADA.
Conteúdo patrocinado

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