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[Bairro] - Favela do Cabrião

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[Bairro] - Favela do Cabrião - Página 2 Empty Re: [Bairro] - Favela do Cabrião

19/05/15, 12:42 pm
13 de Maio. 15:40 da tarde, Centro da cidade.

Prestes a ser atropelado, num instinto natural um senhor negro com seus setenta e poucos anos, fecha os olhos  e coloca as mãos a frente como se fosse parar o caminhão que vinha em sua direção. O inevitável estava para acontecer, até que um rastro dourado passa em alta velocidade retirando o idoso da rota de colisão.
O velho abre os olhos ainda muito assustado se vê  a metros do chão, flutuando no colo de uma mulher loira de máscara e uniforme. Suavemente Atômica pousa com o idoso na calçada com a mão sob seus ombros amparando o pobre homem.

- Está tudo bem com o senhor?
-Sim minha filha, foi só um susto. Obrigado! Você estava no lugar certo e na hora certa pra me salvar. Que Xangô continue guiando seu caminho dessa forma hoje a noite.

Com lágrimas nos olhos o idoso da um forte abraço na heroína dourada, e se retira do local.  Katya  fica sem entender muito bem o que aquele senhor tinha dito, até que percebe um papel que havia caído do bolso do idoso, ela o pega do chão e abre, era um lembrete simples escrito em um pedaço de folha de caderno.

“13 de Maio, na Tenda dos Milagres, a partir das 20hrs A grande comemoração.”

Atômica tenta encontrar aquele senhor para lhe devolver o papel, mas este havia sumido de forma misteriosa.
O dia prossegue como qualquer outro, mas Katya ainda sentia uma sensação estranha, não havia entendido o que houve aquela tarde e ainda sentia uma sensação de que algo ainda estaria por vir e que ela precisaria estar lá para ajudar, seja lá o que fosse...

Já era noite e ela ainda tinha algumas horas antes de terminar seu “turno” daquele dia. Com o papel em mãos ela decide voar até a favela do Cabrião, apenas para ver se tudo estava bem. Ela sentia que algo iria acontecer, mas tentava se manter firme, alegando que seria apenas uma ronda como qualquer outra...

Katya era uma mulher cética de certa forma. Mesmo filha de uma mulher católica, religiosidade nunca foi seu forte, acreditava primeiramente na ciência, assim como o pai. Mesmo depois de presenciar tantos “milagres” em NC, e até mesmo ter sobrevivido de forma milagrosa a um acidente, ela ainda tentava manter suas convicções e se manter longe de assuntos envolvendo religião. Era mais fácil assim pensava ela, nunca conseguiria explicar o inexplicável.

Do alto era possível ver uma parte da favela bem iluminada, já dava para ouvir lá de cima toda a cantoria e a batucada do local, aos olhos da cientista aquilo era até muito bonito e interessante, porém a moça nota uma aglomeração de pessoas na entrada do terreiro. Dois grupos, de lados opostos, um confronto parecia estar prestes a se iniciar.
Ela se aproxima aos poucos observando mais de perto a situação. De um lado um grupo do terreiro protegendo a entrada do local, de outro evangélicos fervorosos tentando invadir. Ambos os lados armados de paus, pedras, fé e ódio.

-Aqui a política é tratada como futebol, o futebol é tratado como religião e a religião é tratada como política.
No final de tudo sempre acaba em conflitos. Mas não se eu puder evitar!

Pensa a heroína que desce como uma pedra se colocando entre os dois grupos. Que ficam assustados com a entrada de Atômica.
-Parem com essa guerra estúpida agora! Eu não sou uma pessoa religiosa, mas tenho certeza que em nenhuma das duas prega que a violência é a forma de resolver suas diferenças. Respeito ao próximo, sabem o que é isso?

Ela se vira para o grupo de umbandistas e lhes diz:
-Vocês parem de atacar, vou proteger o local, e ninguém irá invadir. Mas eu não quero mais violência!

Em seguida Atômica fica de frente ao grupo da Fé Global. Com uma leve rajada de energia ela traça uma linha no chão para intimidá-los.
-E vocês voltem para a sua igreja e reflitam sobre esse ódio todo! Acham certo isso? Todo esse preconceito, esse ódio? Está na sua bíblia? Será que Jesus aprovaria um ato desses? Se alguém invadisse suas casas ou seu culto, iriam gostar?
Eu espero não ter que enfrentar ninguém aqui, vocês não iriam gostar.... Estamos entendidos?


Finaliza ela de braços abertos esperando alguma reação do grupo. Boa ou má.

Objetivo: - Deter que a multidão comece uma briga generalizada: ND 18

Controle de Energia: 2
Super Força: 2
Super Resistência: 2
Vôo: 2
Zona: -1
Total: 7


Última edição por Atômica em 05/06/15, 10:05 pm, editado 1 vez(es)
Quimera Azul
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[Bairro] - Favela do Cabrião - Página 2 Empty Re: [Bairro] - Favela do Cabrião

19/05/15, 01:18 pm
Fragilizado com o acontecimento em Novo Acre, o ex-lutador Dominik SS procura encontrar a paz interior fazendo ações sociais nas comunidades carentes da cidade focando principalmente no público infanto juvenil. Aproveitando o feriado de 13 de maio, Minotauro marca com moradores locais a distribuição de cestas básicas e materiais esportivos na grande quadra poliesportiva, com o apoio da escola de samba local, a Unidos do Cabrião.

Após todo o evento, Dominik fica até o final para auxiliar na arrumação e fica até mais tarde. Com sua força extrema, fica fácil e até algumas pilhas de entulho ele auxilia a remover.

Valeu pela força Dom, ficamos muito sentidos com o que aconteceu, mas sei que vai dar tudo certo. – Diz Marquinhos, um passista da escola de samba e grande amigo de Dominik.

Cara, valeu mesmo. Obrigado por agilizar tudo e para mim isso foi muito importante.

Pode contar conosco Minos, mas já esta tarde. Vai e qualquer coisa nos falamos pelo Whats.

E sai de lá pela rua principal da saída do morro e para por conta de uma movimentação estranha na rua. Ele para ao lado de um morador que estava voltando espantado e pergunta a ele.

O que está acontecendo?

Cara, está tendo uma confusão enorme lá na frente da Tenda dos Milagres e acho até que tem alguém morrendo. Vou ali no orelhão chamar a polícia.

Sem demorar, Dominik estaciona seu carro e corre no meio da multidão para ver o que pode fazer.

Ao se aproximar ele avista uma multidão parada em frente ao templo e outra avançando contra eles. Ele prevendo um conflito corre para evitar o pior.

Ação: Dominik corre e com suas técnicas de defesa pessoal se põe a frente do grupo evangélico e tenta protege-los dos umbandistas. – O que está acontecendo com vocês, eles estão sendo influenciados pelo pastor e não sabem o que estão fazendo. Estão agindo como animais usados para atacar vocês. Não sejam como esse povo e mostre que o que o pastor diz é errado. Não ataquem...

Com isso tenta proteger os evangélicos.

- Deter que a multidão comece uma briga generalizada: ND 18

Vantagens: Super Força (+2) Super Resistencia (+2) Luta (+1)
ZN: -1 (4)
QuimeraBranco
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[Bairro] - Favela do Cabrião - Página 2 Empty Re: [Bairro] - Favela do Cabrião

21/05/15, 05:30 pm

RESOLUÇÃO


A situação começava a ficar tensa e os ânimos, exaltados. Um turba de fiéis da Igreja da Fé Global orava e gritava à frente da Tenda dos Milagres, onde devotos da religião de raiz africana armava-se para se defender.

Enquanto o Apóstolo comandava o grupo, Mãe Xiquinha arriava um ebó, o que fez o pastor pensar que a senhora usava de bruxaria. Quando seu nariz começou a sangrar, então ele teve certeza.

- Vejam irmãos! Vejam o que aquela bruxa está fazendo o servo fiel do Senhor. Ela está com o demônio, mas chegou a hora dela!

Uma gritaria generalizada tomou conta do local, afugentando algumas pessoas, que corriam em direções aleatórias. Uma dessas pessoas foi parada por Minotauro, o lutador metahumano que ainda se recuperava da culpa pela morte de crianças em Novo Acre.

– O que está acontecendo? - perguntou o bovino.

– Cara, está tendo uma confusão enorme lá na frente da Tenda dos Milagres e acho até que tem alguém morrendo. Vou ali no orelhão chamar a polícia - disse o morador, assustado.

Dominik, alterego do herói taurino, estacionou seu carro e correu contra a multidão que fugia. Enquanto se aproximava, Minotauro viu uma figura voando sobre as pessoas. Era a Padroeira, heroína que ele já havia encontrado no fatídico dia da morte das crianças.

Maria estava receosa de que seus poderes não funcionassem naquele local, quando começou a ouvir os umbandistas gritando por ela, mas chamando-a por outro nome.

- Ai, iê, iê, Mamãe Oxum! Ai, iê, iê, Mamãe Oxum! Ai, iê, iê, Mamãe Oxum!

Reconfortada, Padroeira voa sobre os devotos e lhes fala.

-  Não revidem! Apenas protejam-se! - ela pede. - Provem que são superiores a isso, não desçam ao nível deles!

Os fanáticos globais começam a arremessar paus e pedras.

- Apedrejem a falsa santa! Façam-na descer e chutem-na - gritou o pastor, em meio à tosse com sangue.

De dentro do terreiro, Xamã estava prestes a ajudar Padroeira a proteger o pessoal da umbanda, mas quando o pastou começou a tossir sangue frente a maldição de Mãe Xiquinha de Ubá, ele viu que ninguém mais poderia ajudar nisso.

O místico vestiu seu capuz e cobriu o rosto, desaparecendo logo em seguida com seu passo espiritual. Caminhou pelo mundo dos espíritos, ampliou todos os seus sentidos e chamou por todos os espíritos que ali estavam presentes, inclusive os possíveis orixás que estivessem afetando o pastor.

Vários Pretos Velhos, Pombagiras, Caboclos e alguns Exus atenderam ao chamado.

– Companheiros, não temos necessidade disso. Podemos lidar com essa situação da melhor maneira possível e conto com ajuda de vocês. Revelem-me a verdade, me ensinem a lidar com isso. Me usem como sua ferramenta e seu instrumento da paz. Tudo acabará bem dessa forma.

- Mizifi não pude vê tudo. Num tamo fazeno nada dimais. Xica só tá se prutegendo e o mal do pastô tá se voltano contra ele - disse um dos Pretos Velhos.

- O que está havendo?

- Coração do pastô tá quebradiço. Oco e seco. Tá chei de coisa preta malina, que tá fazeno mal ao moço. O ebó só tá fazeno ele se livrá disso - disse outro preto.

- Mas ocê pricisa ajudá. É coisa grande e pesada - afirmou mais um - Num pudemo ajudá pruque ele afugenta nóis, mas ocê pode. Dê um banho de manjericão nele e sacuda a puera do corpo dele. E se prepare pro que cair.

Xamã voltou ao mundo físico, vira que os espíritos estavam impedidos de lidar com o pastor, logo, não era culpa de Mãe Xiquinha se ele passava mal. Dimitri voltou à tenda, à procura da erva que salvaria o Apóstolo.

Enquanto isso, Padroeira ergue um campo de força sobre seus protegidos, como se fosse um manto semitranslúcido de luz azulada.

Vendo que boa parte dos devotos estavam protegidos por Padroeirae os projéteis não surtiam efeito, outro grupo retaliou o ataque dos fiéis globais, atacando-o por trás. Por sorte, Minotauro chegava a tempo de impedir.

– O que está acontecendo com vocês, eles estão sendo influenciados pelo pastor e não sabem o que estão fazendo. Estão agindo como animais usados para atacar vocês. Não sejam como esse povo e mostre que o que o pastor diz é errado. Não ataquem.

Os fiéis viram Minotauro contendo os umbandistas e começaram a saudá-lo.

- Irmãos! Vejam o que o Senhor nos trouxe: um touro ungido para um sacrifício. É um sinal de que estamos certos. O touro será nosso salvador. Ele irá enfrentar a falsa santa.

Clamores para que Minotauro enfrentasse Padroeira começaram a ser entoados. Do outro lado, umbandistas também pediam à sua "Oxum" que salvassem-nos dos monstro táurico.

Ambos os grupos falavam de uma forma, invocando egrégoras opostas, que Minotauro e Padroeira estavam prestes a se digladiar, tomados pelo coletivo de pensamentos engativos que ali se instaurava.

Dentro da Tenda dos Milagres, os sentidos aguçados de Dimitri logo levaram-lhe até o manjericão. Com sua telecinese, ele desfolhou alguns arbustos e levou-os até uma grande tina de água limpa. Ergueu a tina com seus poderes e levou até próximo do Apóstolo.

– Quando Jesus caminhou sobre a Terra, ele trouxe consigo uma lição de amor, paz e, principalmente, de respeito. Você mancha o Seu nome e O faz sentir muito pesar toda vez que deixa o ódio tomar seu corpo e alma. Cada dia você se distancia mais das palavras de seu próprio Salvador. Vergonhoso - disse o místico - Mas estou aqui para ajudá-lo, lavar seu corpo e sua alma.

Xamã despejou a tina com o banho de manjericão sobre o pastor, que gritou com ardor. O grito, porém, foi abafado pelos clamores que incitavam Padroeira e Minotauro a se digladiarem, quando uma terceira figura surgiu rasgando o céu. Descendo como uma pedra, Atômica colocava-se entre os dois grupos, que ficam assustados com sua presença.

- Parem com essa guerra estúpida agora! Eu não sou uma pessoa religiosa, mas tenho certeza que em nenhuma das duas prega que a violência é a forma de resolver suas diferenças. Respeito ao próximo, sabem o que é isso?

Ela se vira para os dois heróis e lhes diz.

- Vocês não se ataquem e não caiam no clamor de ódio, vou proteger o local, ambos os grupos, e ninguém irá se ferir. Eu não quero mais violência!

Em seguida, Atômica fica de frente ao grupo da Fé Global. Com uma leve rajada de energia ela traça uma linha no chão para intimidá-los.

- Vocês! Voltem para a sua igreja e reflitam sobre esse ódio todo! Acham certo isso? Todo esse preconceito, esse ódio? Está na sua bíblia? Será que Jesus aprovaria um ato desses? Se alguém invadisse suas casas ou seu culto, iriam gostar?
Eu espero não ter que enfrentar ninguém aqui, vocês não iriam gostar... Estamos entendidos?

Os ânimos foram se acalmando, quando ouviram o Apóstolo gritar com uma voz grotesca e gutural. Xamã terminava o banho no pastor e a entidade que tomava conta dele revelava-se.

Sons impronunciáveis saíram da boca de R.R. Macedo, o que levou os seus fiéis a tentarem livrarem-no de um possível domínio de Xamã, mas Atômica conteve o grupo, traçando outra linha de energia. Padroeira também ajudou, formando um campo de força ao redor de Xamã e Apóstolo, enquanto Minotauro impedia fisicamente que ninguém tentasse se aproximar.

- Sacuda, mizifi, sacuda ele - vozes diziam no ouvido de Xamã.

Erguendo o corpo do pastor com seus poderes, Xamã começou a sacudir o corpo do Apóstolo, fazendo com que uma fina poderia negra saísse do corpo de R.R. Macedo, como um suor seco.

Mais gritos guturais foram emitidos e Xamã suava com o peso que aquela poeira negra possuía. O pastor foi desfalecendo, mas, à medida que ele perdia a consciência, a poeira tomava uma forma vagamente humanóide.

- Vosssê nosss pagará por isssso, Sssshamã. Legião vai te procurar até no Inferno!

A poeira assumiu a forma de um demônio alado, e alçou voo, rasgando o manto de proteção de Padroeira.

- Posso tentar prendê-lo com minha rede - disse Maria.

- Não, minha filha. Deixe que vá. Do jeito que está, ele pode incorporar em você e isso pode ser desastroso - disse Mãe Xiquinha - Agora, por favor, levem esse pessoal para fora daqui. O líder deles precisa de apoio médico e seus seguidores precisam orar por sua melhora.

Alguns fiéis globais ainda fizeram menção de se pronunciar contra, mas Xamã utilizou sua telecinese para obrigá-los a descerem o morro. O pastor foi posto no carro de Minotauro. Dominik, auxiliado por dois seguidores do Apóstolo, leva-o ao hospital, enquanto era persuadido a frenquentar a Igreja da Fé Global.

Ao final, os umbandistas pedem para que os heróis restantes permaneçam na festa. Atômica prefere não ficar e não se envolver com qualquer religião. Seu trabalho ali estava feito e ninguém havia sido ferido. Xamã aceitou de bom grado, continuaria com eles. Apenas Padroeira ficou indecisa, mas logo tomaria uma decisão.


Rolagem de Dados:

Deter a multidão, ND 18.
Padroeira - Minotauro - Atômica
Habilidades 3 + Habilidades 4 + Habilidades 7 + Dado 5 = 19.
Sucesso! Padroeira, Minotauro e Atômica ganham, cada um, 6 XP.

Descobrir o mal do Apóstolo, ND 10.
Xamã
Habilidades 9 +  Dado 4 = 13.
Sucesso! Xamã ganha 10 XP.

O final de Padroeira ficou em aberto, para que possa ser melhor trabalhado em sua ficha. Os demais, se quiserem, também podem postar suas impressões acerca do ocorrido
Caveira FH
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[Bairro] - Favela do Cabrião - Página 2 Empty Re: [Bairro] - Favela do Cabrião

29/05/15, 07:09 pm

O Rato e o Porco



Favela do Cabrião
04:00 da manhã



Em um campinho de futebol no meio da favela, uma figura emblemática terminava de recitar as palavras de seu ritual macabro. Das cinzas que antes eram corpos humanos subiram dois espíritos negros como a noite. Eles se entrelaçavam no céus rodeando o local fazendo uma coreografia assustadora até que de repente se separam e partem para seus alvos...

Preso num chiqueiro em condições precárias um leitão levanta inquieto do lamaçal onde dormia como se soubesse que algo vinha a sua caça.
Aquele chiqueiro era propriedade de um caipirão conhecido como “Zé dos porco”. Ah muitos anos Zé vendia a carne de seus suínos para açougues, mercados e até bares da região, nunca se importando muito com a qualidade e higienização de seus produtos.

Uma sombra negra invade o chiqueiro e como uma faca perfura e adentra ao corpo do pobre suíno que começa a grunhir cada vez mais alto e mais forte.
Os grunhidos se tornavam cada vez mais assustadores, os outros porcos, bastante amedrontados tentavam se esconder ou se proteger como podiam.

Com toda aquela barulheira, Zé sai de seu barracão para ver o que estava acontecendo, e ao acender a luz do chiqueiro, ele se depara com uma imagem perturbadora:
Uma espécie de javali gigante, muito gordo, aproximadamente do tamanho de um carro. A criatura tinha presas enormes e um olhar assustador,  em seu corpo era possível notar  verrugas e feridas abertas já em estado de decomposição.
O homem tenta fugir, mas a besta parte em sua direção e o abocanha. Enquanto Zé era devorado, o javali descia morro abaixo, destruindo e devorando tudo em seu caminho.

Não longe dali num matagal, o segundo espirito negro possuiu o corpo de uma ratazana, que acabou matando toda sua ninhada em razão de sua transformação.

O roedor havia se transformado num ratão monstruoso quase do tamanho de uma pessoa, suas feições eram horríveis, sua boca espumava, seus olhos eram vermelhos como sangue, haviam carrapatos do tamanho de tarântulas percorrendo por sua pelagem negra, a cada passo que dava, as plantas a sua volta murchavam como se o roedor fosse uma praga ambulante, e de fato era, e estava indo em direção aos barracos habitados....


Objetivos:

- Deter o Porco: ND 9
- Deter o Rato: ND 7
Ironia
Ironia

[Bairro] - Favela do Cabrião - Página 2 Empty Re: [Bairro] - Favela do Cabrião

02/06/15, 01:32 am
Azarahkiel caminhava pelos corredores da Central do Sindicato, conhecendo melhor o lugar em que ele trabalha. Ele não frequenta muito o local, pois está ocupado resolvendo crimes de baixo nível e mantendo o apartamento em que vive. Ele já teve notícia de algumas ocorrências mais sérias, como a posseção em uma festividade na Favela do Cabrião, o Incêndio na Casa do Pecado no Jardim da Redenção e a ameaça de explosão em um mini-shopping no Centro. Todas resolvidas pelos seus companheiros. Ele tambem teve seu mérito como herói no Barão da Conquista, ajudando a salvar um farmacêutico em um estabelecimento em chamas. mas seu sentimento sobre o caso, ainda que seja o primeiro, é de rotina. Não estaria fazendo mais que o seu dever angélico de proteger.

Observando Vortex praticando suas magias arcanas, Azarahkiel conclui que o mago não necessita tanto do sono pra repor as energias. A magia arcana do Vortex não incomodava o celestial, pois as intenções de quem as praticas são boas, disso ele não tinha dúvidas.

Azarahkiel estava a caminho da Ponte, receber informações de incidentes em que ele poderia ser útil, mas de repente, como um raio, ele percebe algo errado. Algo horroroso e errado. Azarahkiel não aguenta o impacto do sentimento e cai de joelhos, com a cabeça doendo e sua visão ficando turva. Gritos de agonia tomam a audição do anjo, envolvendo-o com a mesma dor de quem as sentia. Era terrível o que sentia, era desumano até mesmo para alguem como Azarahkiel. Em toda sua vida nunca foi afetado daquela maneira. A dor durou alguns minutos e depois o celeste se recuperou do choque, mas ele ainda podia sentir o "errado" acontecendo em toda a cidade. Azarahkiel corre em direção da saida da Central alçar voo, com os olhos marejados de lágrimas e sentindo o que um guerreiro angelical nunca deve sentir: Desespero.
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Voando por toda a Favela do Cabrião, Azarahkiel sente uma aura de decomposição e morte em um matagal perto de algumas habitações improvisadas. O anjo avista o foco: um ser de trevas de olhos vermelhos, corpo com pelagem negra e encurvada, matando tudo ao seu redor com o simples poder da existência, quase uma aberração. Uma besta. Azarahkiel mergulha rapidamente para conforntalo. O monstro está descontrolado, destruindo tudo que está em seu caminho. O celeste podia ver claramente que uma entidade maligna estava em posse de muita energia e controlando aquele ser. Azarahkiel tinha tudo o que precisava para solucionar este caso: Fé, força de vontade e sua missão. O suficiente para tentar salvar todos, inclusive a criatura.

- Criador, me agracie com sua benção. -Murmura para si mesmo. enquanto descia de encontro com a criatura.
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- Deter o Rato: ND 7

Azarahkiel pretende acabar com isso rápido. Ele não irá tocar o chão, usando o pequeno campo aberto e devastado que a criatura deixa ao seu redor e irá avançar pelo ar, usará sua luminoscinese para atordoa-lo e irá investir contra os gigantescos carrapatos que protege o monstro. Se o monstro estiver suficientemente atordoado, Azarahkiel irá tentar exorcisar o espírito maligno do corpo da criatura usando seu poder de cura.

VANTAGENS USADAS:
- Arma Especial (O Toque do Milagre): 1
- Combate: 1
- Luminocinese: 1
- Voo: 1
- Cura: 1
- ZN: 1
RESULTADO: 6


Última edição por Azarahkiel em 02/06/15, 10:56 pm, editado 1 vez(es)
Sombria
Sombria

[Bairro] - Favela do Cabrião - Página 2 Empty Re: [Bairro] - Favela do Cabrião

02/06/15, 04:52 pm
O pequeno apartamento estava vazio. Ouve-se o barulho de chave se encaixando e rodando na fechadura, até que a porta se abre.

Uma moça de cabelo pretos, de vinte e poucos anos, usando camiseta e calça de couro da mesma coloração, e botas de bico fino, adentra o local. Ela tinha um gingar natural nos passos, como se secretamente dançasse a uma música inaudível. Atrás dela entra uma moça loira, um pouco mais alta, esguia, com camiseta vinho e shorts safari. Ela usava cabelo amarrado em rabo de cavalo e óculos, segurando um bando de cadernos contra o peito e uma mochila nas costas.

— ... Isso é porque não temos tempo para baboseiras hoje, Carol. - A moça de preto para em frente a colega, se inclinando na sua direção. — Hoje é dia de Rock, bebê! Hahaha!

Elas fecham a porta e se acomodam em seu apartamento dividido, as duas colegas de quarto. A moça loira vai até um dos quartos, perguntando de lá:

— Você vai tocar hoje? Onde?

— Ah, ali no centro! Numa pequena casa de show chamada “Nekropolis”...

— “Nekropolis”? Eu não imagino que eles recebam muitos grupos de pagode lá... – Ouve-se a voz da moça, do quarto.

— É claro que não! É um casa de show só de rock e metal; você não pode esperar que se chame “Espaço Mil Grau”, ou algo assim. – Ela responde, levantando os ombros. — E você, cara, vai vir me assistir. Sem discussão.

— Ah, Daninha... – Carol volta, agora descalça e sem a mochila e os cadernos. — Hoje eu queria ficar em casa. Ficar deitada, assistir filme e me entupir de pizza até virar um botijão.

— Não acredito que sou colega de quarto da Falsiane em pessoa. – Diz a moça de cabelos pretos, andando até o banheiro. — Eu sei que você não quer ir porque não gosta da minha banda, e da minha música...

— Pode parar, viu D’Anna? Eu AMO a sua banda.

Carol sente o celular vibrar em seu bolso. Era um número familiar, mas não identificado chamando. Após alguns segundos de indecisão, a loira ignora a chamada e joga o seu celular em cima da mesinha da sala, ligando então a TV LCD que tinha lá, na parede.

”Mais um dia de folga.”



”Nada melhor do que ficar em casa.”

— Nananananã... Nananã.... Sonhos vividos, amores fracassados... De Ilusões perdidas, passos caminhados, de um deserto que eu tento me escondeEer...

A porta do banheiro se abre pela metade, D’Anna escutando a música que tocava e colocando sua cabeça pra fora.

— Conheci mil Anas, muitas Carolinas... Mas sorte é ter você... – Carol então levanta os braços, fechando os olhos pro refrão.

”E esquecer tudo lá fora.”

— AMOOOOOR, SE ME CHAMAR, SE ME QUISER,EU VOOOU! PRA SER SEU ANJO DA NOITEEEE!

— ... AMIGA, QUE ISSO?! – D’Anna sai do banheiro, indignada. — CACAU, PARA COM ISSO, CARA!

— Ah, não, mas eu gosto dessa música...

— Miga, assim não tem como te defendê! Não tem como te defendê, Bicha! Eu te adoro, bicha, não faz isso... – Diz a moça de cabelos pretos, simulando limpar as lágrimas do rosto.

— Ai que isso, Daninha, desculpa... – Carol vai consolar a amiga rindo.

— Eu fico triste, cara... Eu fico triste...

=====
Mais tarde...

Carol desliga a TV, em meio aos créditos do filme. Ela estava deitada no sofá, coberta até o pescoço por causa da noite fria, agora no meio do escuro, quebrado apenas pela luz da rua lá fora, que se esgueirava por entre as cortinas da janela da sala. Havendo quase silêncio completo, o barulho do relógio na parede se exponenciava e ecoava nos ouvidos da estudante, que acaba por olhar para o mesmo. Eram três da manhã.

”Não vou conseguir dormir. Eu nunca durmo à essa hora.”

O seu celular, ainda no lugar que havia o largado - em cima da mesinha -, voltava a tocar novamente; havia tocado algumas vezes durante o filme, e agora, que a madrugada começava, ficaria ainda pior. Toda vez que tocava, se acendia em meio à escuridão, iluminando parcialmente o local. Podia-se ver Carol mirar seus olhos azuis na direção do celular, sem mesmo mover a cabeça, permanecendo deitada.

”Estou de folga.”

Outra chamada perdida. Algum tempo depois, ele volta a tocar novamente, até parar, acontecendo tudo denovo. E toda vez, Carol olhava para o mesmo.

”Nada melhor do que ficar em casa.”

Em dado momento, o celular toca, iluminando o lugar mais uma vez. Mas dessa vez, não havia mais ninguém no sofá.

”... E esquecer tudo lá fora.”

Carol arranca um pedaço do assoalho de madeira do seu quarto, mostrando então um compartimento secreto, onde se encontravam seus equipamentos de vigilante. Haviam dois uniformes, o seu mais atual, com a capa, e um mais antigo, muito mais amador, composto todo de peças de couro preto, da jaqueta até as luvas e a bota. Ao olhar para o seu uniforme atual, a moça consegue ver apenas o vermelho do seu uniforme, se lembrando de Dudinha. Ela então puxa o seu antigo de lá.

Terminando de se vestir e se equipar, ela abre a sua janela e pula de lá, se agarrando no prédio vizinho de mesmo tamanho e subindo nele sem dificuldade, desaparecendo pelo telhado.

”Eu não deveria estar aqui. Disse a mim mesma que daria um tempo, depois do que aconteceu.”

Ela pula de prédio a prédio, usando seu Yakan para se balançar para lugares mais longes, rumando ao norte, em direção à favela.

” O conselho do Sindicato não ouve notícias minhas faz alguns dias. Meus alunos também não. Melhor assim. Quero voltar um pouco no tempo, quando nem pensava em me chamar de ‘Sombria’, de vigilante. Quando eu era apenas alguém extravasando na noite. Quando era apenas ‘a Loira’.”

Ela sobe a favela no seu estilo de sempre, os barracos como se fossem árvores, sendo apenas um vulto de cabelos dourados na noite. Em dado momento, ela ouve uma barulheira, e os piores grunhidos que já havia ouvido na vida, não muito longe dali. Sendo muito estranhos pra ignorar, Carol segue até o local para averiguar o que era, e acaba apenas vendo a cena em que um gigantesco e horripilante javali destrói os limites de uma propriedade, devorando um homem ainda vivo em sua boca, agora descendo o morro em um caminho de destruição e prováveis mortes.

” Eu deveria estar surpresa. Chocada. Mas não estou. Não consigo esconder o meu ânimo, enquanto aquela cena me trazia... Nostalgia.
Lá longe, em Casa, eu costumava caçar. Não só animais como aquele, mas seres abomináveis. Mutantes.”


A vigilante corre atrás do animal, descendo o morro também através dos telhados e tentando ganhar vantagem sobre o mesmo, para conseguir dar de frente com o mesmo.

”Hora de matar essa saudade.”

Sombria pretendia emboscar o animal no meio da sua trajetória de cima dos barracos. Com o seu Yakan amarrado em um laço, ela jogaria-o em frente ao animal, pra se prender ao redor do seu pescoço. Assim que o conseguisse, ela usaria suas habilidades acrobáticas e agilidade evitar de ser imediatamente arrastada, e pular nas suas costas, onde se focaria em puxar e apertar o laço de seu Yakan, para enforcar o animal gordo até que ele apagasse, ou pelo menos “guia-lo” através dos seus puxões para errar civis e acertar o máximo de obstáculos possíveis, até desacordá-lo com o impacto e o dano.

_______________________

- Acrobacia: 1
- Agilidade: 2
- Arma (Yakan-Boleadeira): 2
- Combate: 2
- Zona de Atuação: ZN 1
Vital
Vital

[Bairro] - Favela do Cabrião - Página 2 Empty Re: [Bairro] - Favela do Cabrião

03/06/15, 04:24 pm
[03:00]

Cama confortável, cobertas quentes e boa companhia, essa era a noite de Samanta, estava em sua casa dormindo junto a Gaby, porem tantas coisas boas juntas não impediam de seus sonhos serem perturbadores, ou melhor, pesadelos:

"- Vital, vital, vita, vida... Não acha que se arrisca de mais e é muito disforme para alguém que deveria representar a vida? Certeza que luta do jeito certo? Seu cabelo raspado e roupas não assustam as pessoas? ou não assustam você?"

Essa frase ecoava no pesadelo de Samanta, estava cara a cara com ela mesma porem com roupas mais escuras e olhos negros, aquilo era algo desconfortável e assustador, alem de ver a si mesmo em uma forma mais sombria começava a receber golpes, socos, e chutes, até mesmo rajadas eram lançadas em seu corpo a deixando ofegante, assutada e com medo, até o momento em que um barulho grande toma o local e o outro ela se transmuta em um Rato que cai sobre sua face a fazendo acordar em um grito...

- NÃÃOOO!!! Se levantava desesperada.

- Samanta, Samanta!! Oque ouve? Você esta bem??? Gaby se assustava sentando na cama com as mãos sobre os ombros de Samanta tentando a acalmar.

- Afffuuuu!!! Que merda... Acertava um soco na cama e fechava os olhos, era como se ainda visse aquela imagem...

- Estou bem sim minha linda... Samanta sorria meio forçadamente e dava um selinho longo em Gaby, a garotinha estava de cabelos curtos raspado nas laterais, e tinha olhos grandes e meigos, ela estava muito assustada com o grito repentino de Samanta então se levantava e ia pegar algo para ela tomar.

[03:30]

Samanta e Gaby estavam na mesa, Samanta sentada em um cadeira e Gaby em seu colo dando algumas bolachas na boca de Samanta que ficava a remoer o sonho estranho e perturbador...

- Gaby! Você acha que eu dou medo?

- Depende, quando esta brava parece que uma aura negra toma o seu redor, mais digamos que meio que eu gosto disso. Porque? Gaby sorria e dava um beijo no rosto de Samanta e se apoiava em seus ombros sendo pequena cabia quase como uma criança no colo de Samanta.

- Nada não!! Sorria abraçando Gaby.

Ambas as duas já mais calmas voltavam a dormir, porem Samanta ainda estava de cabeça quente e não consegue dormir de primeira, então volta a se levantar sem acordar Gaby e então vai se vestir.

[04:00]


- Não gosto de sair assim sem avisa-la, não quero que saiba que sou a Vital, não, isso não vai estragar meu relacionamento com a Gaby como estragou com a Lari...

Samanta já estava como Vital, voava rápido sem rumo apenas seguindo uma linha reta, toda a vez que fechava os olhos era como se visse a imagem do Rato indo em sua direção, até o momento que a imagem volta e la ainda estava de olhos abertos e então gritos e um calafrio deixam a garota mais assustada.

- Me sinto presa dentro daquele sonho, e agora gritos, isso esta me deixando confusa...                 Espera!!! Oque é aquilo?

Vital voava até entre algumas casas adentrando na Favela do Cabrião, e quando percebia estava em sua frente uma imagem de um Rato de origens quase demonicas, as pernas dela tremiam e sua garganta ficava seca...

- Ma-ma-ma-mas q-q-que merda é e-e-essaa!!! Samanta tocava o chão com os pés e energizava as mãos, a criatura parecia emanar uma energia podre e destrutiva, a garota fechava os olhos e engolia seco, sentia uma presença muito forte e ao fechar os olhos novamente via a imagem de Larissa a chamando de "fraca" oque a deixava frustada porem essa imagem era sobre posta por Gaby dizendo frases belas e claras, "Você é minha heroína", "Te amo rabugenta", "Você é forte, gosto da sua coragem", e isso fazia com que seu corpo se aquecesse, era como se estivesse sendo abraçada por ela mil vezes, e isso a trazia uma coragem e força acima do comum, ela então abria os olhos energizando mais ainda as mãos e olhando fixo para a criatura.

- Você é grotesco, fede, e é um Rato... Acho que algo bom não é, então acho que vou mudar meu trabalho de heroína para exterminadora de pragas...

Vital se erguia no ar ficando em um posição mais vantajosa, então com as mãos energizadas iria começar a lançar rajadas de energia no Rato até que consiga char uma brecha para se aproximar e desferir chutes, socos e rajadas na barriga da criatura onde aparentemente seria uma área mais desprotegida, se bem sucedida iria pegar os restos dele e sair de dentro da Favela se não iria ao menos atrai-lo para longe das casas para que não cause nenhum caos ou destruição.

Objetivo:
- Deter Rato ND  7

Vantagem:
- Voo 1
- Luvas 1
- Rajadas 2
- Combate 1
- ZN 1


Índigo
Índigo

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07/06/15, 05:27 pm
O tilintar das armas dos homens na parte de cima da quadra, as famosas áreas vips, a deixavam com dor de cabeça. O cheiro de suor não ajudava, muito menos aquele barulho incessante, a mesma irritante batida ecoando na sua cabeça. Cerveja barata caindo no chão, latas sendo jogadas de um lado pra outro, alguém no microfone gritando palavrões em alto e bom som. Dani sabia o porquê de estar ali, mas não gostava de estar ali. Ela coloca seus fones de ouvido.

- É por isso que eu odeio pedir favores... Alguma hora eles sempre serão cobrados... – Resmunga a moça.

Ela vigiava uma menina, irmã de um amigo que lhe havia pedido o tal favor. A moça havia acabado de completar 18 anos não fazia nem uma semana. No entanto, o barulho era tão estridente, que resolvera sair por alguns minutos do lugar.

- Finalmente um pouco de paz. – Diz, olhando para os dois lados.

Ela alça voo, sentindo a brisa bater em seu rosto. Lembra dela, fazia tempo que não tinha essas lembranças. Algumas lágrimas caem. No entanto, todo seu momento nostálgico é cortado bruscamente. Ela olha pra baixo rapidamente, avistando algo, no mínimo, estranho. Um monstro em forma de rato.

- Aff... Se tem alguma coisa na vizinhança, quem você chama? – Resmunga, enquanto tira a blusa, revelando seu uniforme abaixo dela. - A bucha aqui...

Ímã retira sua máscara do bolso esquerdo da calça jeans surrada. Desprende o cabelo e coloca as roupas no alto de algum barraco por ali por perto, bem escondidas. Ela voa, como uma bala, em direção ao monstro.

Sem pensar duas vezes, a heroína fará algumas manobras no ar, fingindo ir em direção a aberração, dando evasivas assim que chegar perto. Também usará de objetos pequenos de metal para acertá-lo. Quando tomar a atenção do bicho, tentará prendê-lo com alguns encanamentos expostos da favela e, logo em seguida, atordoa-lo com choques dos cabos dos postes ali de perto.

Objetivo:
Deter o Rato: ND7

VANTAGENS:
Magnetocinese: 2
Voo: 2
ZN: 1
Atieno
Atieno

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08/06/15, 02:02 am
2:00 da manhã, Favela do Cabrião

Vez ou outra adotava os hábitos noturnos que meus iguais, tigres, tinham. Isso geralmente acontecia quando eu estava muito preocupado com algo. Dessa vez, era com o seu Apolônio. Coitado, havia perdido tudo. Eu queria ser multimilionário, assim poderia ajudá-lo. Não faria como meu tio Vicente, que só usa aquele dinheiro pra arrebentar os mutantes animalescos. Esse tesão inexplicável dele por mutantes animais chega a ser estranho.

Enquanto caminhava pelo Cabrião, um garoto de mochila passa correndo ao meu lado, esbarrando em mim e caindo de costas no chão. Quando ele me viu, começou a se afastar arrastando-se no chão, assustado.

- Calma garoto, calma! - disse, colocando minhas duas enormes mãos onde ele pudesse ver - Respira fundo e fala: O que foi?

- Não! Não! Você vai me matar! São todos assim! São todos iguais! - o garoto ia se afastando de mim, assustado.

- Calma, CALMA! Eu não vou te matar. Por Deus, quem disse uma coisa dessas?

- É o que diz na televisão!

Olho para o lado, virando os olhos, e torno a olhar pro garoto.

- Ah, claro... Olha, confia em mim? Eu sou um herói, pode ficar tranquilo. Tigre, prazer. Seu nome? - estendo minha mão para o garoto, que ainda parece receoso, mas segura minha mão. Não preciso ter faro aguçado pra sentir o cheiro do que ele fez.

- Ce-Celso. Meu nome é Celso

- Ok, Celso... - digo, enquanto o ajudo a se levantar e pego as coisas que ele derrubou, o entregando - Por que está na rua a essa hora?

- Ah, velho... Eu tô muito ferrado. Fiquei até tarde na faculdade, e perdi todos os ônibus. Minha casa está longe, fui correndo pra tentar chegar lá em segurança.

- Correr assim só vai te deixar exausto. Vamos, eu o acompanho até em casa, posso garantir sua segurança. Exceto se você tiver medo de felinos gigantes

- N-não... Não tenho - o garoto estava tremendo de medo, isso era perceptível na sua voz.

O acompanhei até a casa dele, ele ainda estava com medo, mas foi o perdendo com o tempo. Conversamos bastante, ele me falou sobre sua vida, em tom de desabafo até. Perdeu o pai pro tráfico quando era bebê, trabalha em período integral numa fábrica do Setor Industrial e estuda Administração à noite. Uma vida sofrida. Disse que já tinha me visto uma vez, quando ele era criança e foi pro circo numa excursão escolar. Mas o medo dele era algo que me interessava muito.

- Celso, me diga, por que tem medo de pessoas como eu?

- Cara, cê não vê tevê não? Tem aquele cara das roupas, o tal do Crivelli, ele não tem um olho por causa de um de vocês.

Suspiro quando ele fala do Vicente, e lhe respondo no ato.

- Mas você nem sabe o passado desse Crivelli, as vezes ele mereceu né? Ou vai ver que quem fez isso com ele era um bandido

- Olhando por esse lado... Mas dá medo mesmo assim

- Bom Celso, posso não parecer, mas sou humano também. Tudo bem que mais me pareço com um tigre do que com um humano, mas eu sou isso. Eu nasci diferente apenas. E me tratam mal por isso, tem medo de mim por isso. Sabe como é ser tratado como uma escória só por que é diferente?

- Eu sou negro, cara. Eu sei disso. Tem muita gente preconceituosa que me trata diferente só por que tenho alguma diferença na cor da pele, ou me evitando pelo mesmo motivo. Eu já cansei de ser parado pela polícia na rua, suspeito de ter assaltado. Mas eu não preciso assaltar, eu trabalho, estudo, sou um cidadão honesto, ajudo minha mãezinha sempre que possível

Sorrio ao ouvir isso e lhe dou uns tapinhas nas costas.

- Olha cara, eu passei por coisa semelhante por que nasci sendo um tigre humanoide. Meus pais me venderam pro circo quando eu era filhote. Fui tratado lá como um animal selvagem, preso em jaulas e tentado a agir como os tigres. Isso me deixou sequelas na questão do pensamento, algumas ações minhas são animais. Mas só por causa disso que aconteceu. Não posso sair na rua sem atrair olhares de medo e pessoas me xingando por eu ser quem sou - mostro minhas garras para Celso, que arregala os olhos como se tivesse gostado do que viu - E só por que eu nasci com isso, com essa cauda que arrasta no chão, com patas, e tudo mais. Só que eu não ligo para o que dizem. O que me importa é eu usar minhas habilidades ajudando aqueles que precisam. E você não é muito diferente de mim. Veja como ajuda sua mãe, veja como é honrado. Você tem futuro, garoto. Eu estou muito feliz por você ter me contado sua história. E espero que você sempre continue assim, nesse caminho - sorrio para ele, lhe estendendo a mão. Ele a agarrou com força, e me deu um abraço forte.

- Já te falaram que dá vontade de adotar você como gatinho de estimação?

- Três vezes por mês. E... Me solta? Já chegou em casa, está seguro agora

Celso me agradeceu, e entrou em casa correndo. Pude ouvir ele conversar com sua mãe e falar sobre mim. Espero que esse rapaz se torne um exemplo no futuro. Pois bem, é melhor eu voltar a fazer a ronda pelo lugar. Ainda estava sem sono mesmo

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4:03 da manhã, Favela do Cabrião

Nas ruas, já via as primeiras pessoas que começavam a sair de suas casas para irem trabalhar, os ônibus começavam a circular pela cidade já lotados, e lá estava eu, no meio da Favela do Cabrião. Minha busca por crimes noturnos, até esse momento, havia sido em vão. Tirando o garoto que acompanhei até sua casa, o resto estava tudo relativamente calmo. O céu estrelado e as luzes das ruas eram as únicas coisas que me iluminavam naquele momento.

Porém, meu faro detectou um cheiro de podridão próximo, e estava se aproximando mais ainda. Quando me dei conta, vi um... Rato? Sim, era gigante e estranho, confesso que me dava até mesmo medo. Os olhos vermelhos eram demoníacos, a espuma era outro fator que me atemorizava. Mas, atrás de mim, estavam as casas do Cabrião, com pessoas dormindo ou acordando para ir para seus serviços. Uma população que certamente seria ameaçada pelo rato gigante. Para o azar dele, eu sou um gato gigante.

- Ei ratinho, o gatinho vai te pegar! - digo.

Precisava mesclar meus ataques animais com as lutas básicas que todo mundo sabe. O cheiro do rato me deixava em dúvida sobre ele estar vivo ou não. Mesmo assim, poderia estar vivo, então não posso matá-lo. Pretendo atacá-lo furtivamente por trás, usando minha agilidade para tentar evitar ataques do rato. A ideia é derrubá-lo saltando contra suas costas, e tentar chegar nele sem que ele me percebesse. Se conseguisse colocá-lo no chão, pretendo garantir que ele fique lá com socos e ataques cortantes de minhas garras.

Objetivo:
- Deter o Rato: ND 7

Vantagens: Furtividade (1), Garras & Presas (1), Sentidos Aguçados (1), Super Agilidade (2), Zona de Atuação (0), Efeitos da missão dos Churros (-1 em agilidade) = 4
Caveira FH
Caveira FH

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08/06/15, 11:35 pm

Resolução


Um rato e um porco haviam sido possuídos por estranhos espíritos malignos, invocados por um enigmático mago chinês. Os corpos dos pobres animais foram modificados, transformados em verdadeiras monstruosidades.
O rato ficou do tamanho de uma pessoa, sua pelagem era negra e seus olhos vermelhos como o sangue, a cada passo que dava, matava tudo a sua volta como uma praga.  Já o porco, se tornou uma espécie de javali gigante, gordo, do tamanho de um carro. Possuía presas enormes e em seu corpo haviam verrugas e feridas abertas já em estado de decomposição.
--

Do matagal, que agora não passava de um amontoado de vegetação morta, sai o rato como se estivesse farejando algo, ele olha fixamente para os barracos na favela, e parte em disparada se esgueirando entre os estreitos corredores do local, procurando alguma forma de vida para infectar. O odor da criatura era insuportável . Exalava longe, como uma espécie de mistura entre carniça e algum tipo de produto químico.

Aquele cheiro horrendo chamou a atenção de Tigre, que estava por perto pois havia se voluntariado para fazer uma “ronda” pela região. O híbrido sente uma sensação ruim ao farejar aquilo, e ao encontrar a fonte do odor, o herói se depara com uma das coisas mais macabras que já havia visto em sua vida. Um roedor monstruoso, que deixava uma trilha de morte por onde passava. Aparentemente não havia afetado nenhuma pessoa ainda, mas e se acontecesse isso? questionava Yannick.

Sem pensar muito, na tentativa de evitar algo pior Tigre salta sobre as costas do roedor lhe acertando uma joelhada bem no meio da coluna. O animal se desequilibra e rola no chão soltando um grito estridente de dor.
Para a surpresa do herói, o contato direto com a besta lhe afetou.
O felino se apoia num pedaço de madeira sentindo uma forte tontura e começa a vomitar, sem perceber que o rato vinha em sua direção.

A criatura parte para cima de Tigre, que consegue a tempo agarra-la e joga-la num monte de entulho. Ele olha para as mãos tremulas e nota que seus pelos começavam a cair. Precisava se manter afastado ou logo as coisas poderiam piorar. Num ato de desespero Yannick sobe em cima dos barracos, chamando a atenção da criatura na tentativa de tira-la daquela área e leva-la para um lugar não habitado enquanto pensava em algo.
--


Não longe dali, passando pelos barracos como um vulto, estava Sombria . Lembranças de sua ultima aparição naquele lugar  martelavam em sua mente. Ainda abalada pela morte do garoto Dudinha, a heroína vinha tendo dificuldades em encarar e superar as coisas.  Carol que já havia passado por quase tudo em sua vida, nunca havia sentido uma angustia daquela forma.  Todos os dias se lembrava do sangue do inocente espalhado pelo seu traje. Era só uma criança. Uma criança que ela deixou ser baleada, uma criança que ela deixou morrer...

Fortes barulhos cortam os pensamentos da vigilante de cabelos loiros. Os sons soavam como estranhos grunhidos. Estranhos o suficiente para Carol seguir até o local e averiguar o que era.
Chegando lá, ela se depara com uma criatura enorme, semelhante a um javali. Já havia destruído parte do chiqueiro onde estava e agora descia morro abaixo.

Sangue e pedaços de membros humanos  estavam espalhados pelo chão. “Tarde demais” pensava Sombria ao ver aqueles restos mortais, mas ainda podia parar a fera antes que mais desgraças acontecessem.
Com um leve sorriso no canto da boca e pensamentos nostálgicos em sua mente, a heroína corre na direção da besta.  Saltando entre os barracos e olhando fixamente para seu alvo, Carol se preparava para a caçada. Com seu Yakan amarrado em um laço ela consegue prende- lo no pescoço da criatura e em seguida salta sobre ela.

Montada no javali como um peão de rodeio ela força o laço na tentativa de enforca-lo. O monstrengo saltava e se debatia, mas Sombria se mantinha ali, firme.  Seus braços já doíam de tanto fazer força, e ao notar que enforca-lo não estava adiantando, ela força ainda mais seu laço “guiando” o animal para uma construção que havia visto mais a frente.
Correndo descontrolada a criatura se choca contra as paredes que desmoronam sobre ela, enquanto Sombria fazendo uso de suas habilidades acrobáticas consegue saltar a tempo, sem se ferir.
--

A heroína de cabelos loiros vai até os escombros verificar o javali, mas acaba notando  uma movimentação vindo em sua direção.
Saltando pelos telhados Tigre corria da criatura que o perseguia.  Ao avistar a heroína, o rapaz vai a seu encontro, e rapidamente explica a situação. Ambos partem para cima do roedor que acabara de chegar até eles. Tigre ataca com um pedaço de madeira que conseguiu durante seu trajeto, o herói felino acerta em cheio a cabeça do rato, enquanto Sombria lhe laçava pelo pescoço o enforcando. Eles pareciam levar vantagem na luta, quando escutam um forte estrondo vindo da construção tombada.

O Javali estava de pé, furioso e faminto. Mastigava tijolos e concreto como se fossem algo comestível. Ele emite um forte grunhido e parte em direção aos heróis, com sua enorme boca aberta para devora-los. Num ato de desespero Tigre usa seu pedaço de madeira e trava a mandíbula do suíno. Ele segurava como podia, mas sabia que logo a madeira cederia.

Aquela era a deixa perfeita. Pensou Sombria. Com o roedor bastante ferido e agora amarrado, ela o puxa e usa seu próprio corpo como alavanca arremessando a criatura moribunda na boca do javali. Tigre escapa por pouco, enquanto o enorme porco obeso de fome insaciável devorava o rato demoníaco.


Um porco que podia comer qualquer coisa e um rato com o toque da morte. Uma combinação que não terminou nada bem.
Sendo destruído de dentro pra fora o suíno da seu ultimo grunhido enquanto seu corpo apodrecia por completo. A criatura que já era enorme inflava cada vez mais até que explode. Pedaços de uma massa negra respingam por todo o local, por sorte Tigre e Sombria se protegeram atrás de uma carcaça de carro e não sofreram danos.

Eles voltam sua atenção para ver se tudo finalmente havia terminado e só o que notam são duas sombras escuras voando em direção a cidade.
A dupla impediu que uma desgraça acontecesse na Favela, mas será que aquilo havia realmente chegado ao fim?



Sombria: ND= 9
Acrobacia: 1, Agilidade: 2, Arma (Yakan-Boleadeira): 2, Combate: 2, ZN: 1 = 8 +(4 dado)= 12 Sucesso! Sombria ganha 9xp.

Tigre: ND= 7
Furtividade: 1, Sentidos Aguçados: 1 Super Agilidade:2, Zona de Atuação: 0, Efeitos da missão dos Churros (-1 em agilidade) = 3 + (6 dado) = 9 Sucesso! Tigre ganha 7xp
Chip
Chip

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16/06/15, 01:24 pm

Treme Tre-treme


Cri cria asa periquita treme treme a tabaca
Treme tre treme tre treme treme a tabaca


O show do famoso MC biruleibe agitava os jovens da Favela da Cabrião num inídio de noite de sábado. O campinho construído como um ação social servia para o local do baile funk. Um palco era de uma estrutura fraca, e sustentava apenas o funkeiro, um DJ, e toda a aparelhagem de som, o maior investimento daquela festa.

Como era de se esperar, ali também era alvo de interesse de tranficantes da favela, que estavam lançando uma nova droga no mercado, Crystal. Era parecida com uma pequena bala transparente, e assim como a maioria das drogas causava euforia, ausência de medo, agressividade, excitação. Mas isso nas pessoas comuns. O efeito em meta-humanos ainda era desconhecido. Até aquela festa.

Maicon Oliveira era um típico jovem da perifiria, usando bermuda branca, Nike Shox, uma camiseta da Hollister, um boné de aba reta e um óculos branco espelhado. Só pensava em beber e ficar com o maior número de meninas que conseguisse. E, assim como a maioria dos jovens, também fazia uso das drogas que eram passadas de mão em mão no baile.

Esse era o jovem Maicon que todos conheciam, mas ele guardava um segredo. Descobrira seus poderes a pouco tempo, era fraco ainda, e já conseguia controlar. Ele conseguia criar ondas de energia, mas eram tão fracas que ele conseguia apenas derrubar coisas leves a menos de 1 metro de distância.

Não contou para ninguém de sua descorberta recente. Ele conhecia o preconceito de perto, e não queria sofrer dele em sua própria comunidade. Além do mais, nem se importava tanto com os poderes, queria somente curtir sua juventude.

Finalmente chegava uma balinha de Crystal nas mãos de Maicon, e num movimento rápido colocou a balinha debaixo da lingua e esperou o efeito efervescente que seus amigos descreveram. Porém a sensação para Maicon foi diferente, sua boca inteira começou a queimar fortemente. Ele começou a tossir e mal conseguia respirar.

AAAAAAAAHHHHHHHHH

Uma imensa dor passou por todo seu corpo. Ele caiu de joelhos, assustando seus amigos, que se aglomeraram a sua volta, preocupados.

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHH – Outro grito, dessa vez mais forte e mais longo. Maicon não suportou e se encurvou no chão.

E uma onda de energia finalmente sai de seu corpo. Não fraca como as outras, e definitivamente Maicon não conseguia controlar. A onda atinge seus amigos, lançando longe os que estavam mais próximos, e fazendo o chão tremer um pouco. O terreno estava vazio num raio de 2 metros ao redor de Maicon. Assustados, os amigos tentaram se aproximar do jovem em prantos, mas uma força esmanava no jovem constantemente, que impedia a aproximação.

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHH – Outro grito, ainda mais forte e mais longo deixava o jovem sem folego.

E outra forte onda saiu de seus corpo poucos minutos depois do primeiro, alcançando um raio duas vezes maior. Dessa vez o tremor derrubou mais pessoas, e chamou a atenção de muitas outras ao redor.

Outro grito e outra onda ainda mais forte, veio mais rápido que o segundo. Mais pessoas foram lançadas longe, e sem saber o que estava acontecendo, ela começaram a correr dali. Antes que pudessem deixar o campinho completamente, outra onda as atingiu, derrubando novamente.
Uma cratera já se formava ao redor de Maicon, crescendo cada vez mais.

O que ninguém percebeu, foi que os tremores gerados pelas ondas de energia de Maicon aos poucos atuava sobre as fracas estruturas do palco. MC Biruleibe, que mal percebeu as primeiras ondas, assistia a confusão de cima sem entender o que acontecia, quando uma das luzes se soltou e caiu exatamente na cabeça do MC, que caiu desacordado no palco.

O restante da estrutura continuava bambeando, e estava prestes a desabar completamente sobre o músico. Já os poderes de Maicon estavam cada vez mais fortes, e com um alcance maior. Logo alcançaria as casas do morro, destruindo lares de pessoas inocentes.  

____________________

Objetivos:
Impedir que Maicon cause mais destruição:
ND6
Salvar MC Biruleibe: ND4

Missão exclusiva para jogadores que eu nunca escolhi.
Dínamo
Dínamo

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17/06/15, 05:24 pm
Já haviam se passado três meses desde que Fabio fundira seu corpo e mente ao do espírito guardião das florestas e pouco mais de um mês que o convite de se unir ao sindicato dos vigilantes da cidade havia sido dado. O garoto até se esforçava para viver uma vida normal, mas lidar com as mudanças repentinas de seu corpo e dividir a mente com uma entidade sobrenatural enquanto ajudava a proteger os pobres inocentes moradores de Nova Capital não era uma tarefa fácil.

Às vezes, Fabio se perguntava se estava preparado para lidar com todos esses eventos de sua vida, porém o maior questionamento era: Porque ele? Diante da lista de nomes de todos os ecologistas mortos ou desaparecidos na cidade - parte deles seus amigos pessoais. Por que as forças da natureza escolheram justamente Fabio para defender não só o verde, mas também os oprimidos que vivem em meio aos becos sujos e vielas escuras dos locais mais precários da cidade como os moradores da Favela do Cabrião onde Fabio se encontrava. Será que as preces de seus pais por ele foram tão fervorosas assim? Se perguntava o jovem. A fé deles teria sido mais forte do que a do casal de anciãos, pais de Junior, um de seus amigos universitários que havia desaparecido assim como ele depois da última manifestação pró-floresta. O corpo havia aparecido há uma semana jogado como lixo próximo ao Ranchinho. Fabio prestava suas condolências.

- Ele era um cara legal que amava as plantas! Lutava por aquilo que acreditava! Diz Fabio.
- Mais que isso! Disse o pai do jovem. – Ele lutava por um mundo melhor...mais verde, mais limpo! Sonhava respirar um ar sem cheiro de combustível.
- Eu os asseguro que nada terá sido em vão. Vamos achar quem fez isso!

Nesse momento um pequeno tremor faz os poucos objetos do barraco de madeira tremer chamando a atenção de Fabio.
- O que foi isso?
- Nada de mais filho, são as caixas de som do baile que acontece na comunidade todo mês. Elas fazem tremer tudo por aqui.

Fabio confia nas palavras da senhora, porém se mantém atento até que um outro tremor ainda mais forte derruba os copos de vidro da velha pia mexendo com a estrutura frágil da casa.

- Acho que isso não foram só as caixas de som...Vou verificar! Saindo dali longe das vistas de todos a transformação no herói Druida acontece. O corpo de Fabio agora como uma planta viva se aproxima analisando o local onde o show acontecia quando percebe o jovem ajoelhado no chão urrando de dor. - As ondas estão vindo dele! Deduz após um novo grito.

Objetivos: Impedir que Maicon cause mais destruição: ND6

Ação: Fabio pretende se aproximar do jovem mutante tentando acalmá-lo. - Ei cara! Mantenha a calma, estou aqui pra te ajudar! Não vou machucá-lo!

Revestido com sua “armadura de madeira” Fabio espera resistir aos choques das ondas vindas contra ele enquanto sem que o jovem perceba usará sua Fitocinese para gerar e controlar plantas vindas por trás de Maicon com a intenção de imobilizá-lo para evitar novas ondas de choque com seus movimentos bruscos. Aproximando-se ainda mais do jovem e percebendo o efeito da droga em sua boca Druida pretende dar-lhe uma folha especial composta de várias ervas medicinais esperando que ao mastigá-la cancele o efeito da droga no corpo de Maicon.

Vantagens: Fitocinese (2), Transformação corpórea: Plantas (2), Corpo Resistente (1) Desvantagem: Zona Metropolitana (-1)


Última edição por Druida em 29/06/15, 12:07 pm, editado 2 vez(es)
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22/06/15, 02:22 pm
Há algumas semanas, Ronin havia descoberto sobre uma nova droga no mercado, a Crystal, depois de prender alguns assaltantes. Apesar de saber o básico sobre seus efeitos, ele sabia bem pouco sobre seus efeitos e, o mais importante, quem fornecia. Bater em peixes pequenos não estava adiantando, então era hora de fazer algo mais sutil...

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O show do MC Biruleibe estava sendo bastante comentado por alguns velhos colegas de Heitor. Ele sabia bem que esse tipo de evento era um chamariz para o consumo de Drogas. Mas a citação do nome Crystal o fez olhar com mais interesse para o show. Seu plano era basicamente ir ao show, disfarçar o quanto puder e tentar localizar quem estava trafegando a droga. Achando o traficante, iria rastreá-lo até achar o fornecedor. Mas uma festa dessas era palco para possíveis conflitos, então Heitor estaria preparado para caso Ronin tivesse que dar as caras.

O uniforme dava para esconder usando roupas largas. O máximo que poderiam pensar era que ele estava tentando esconder alguma arma ou o produto de um roubo. Sua Bokken, o mais difícil de levar, ele iria embrulhar junto a algumas vassouras e fingir estar carregando uma encomenda. Mais um boné e a touca da jaqueta para dificultar a vista de seu rosto, e Heitor estava pronto para chegar o mais perto da toca dos leões...

No dia do show, naturalmente as ruas estavam pouco movimentadas. Os que passavam ou estavam voltando para casa, ou indo ao show, por isso não foi tão difícil achar o local. No caminho, entretanto, algo inesperado aconteceu. Heitor sentiu um tremor próximo de onde estava, e logo após isso houve gritos. A medida que se aproximava, Heitor vê muitas pessoas correndo, e os gritos e tremores aumentavam.

O que está acontecendo?

Sei lá, cara... ouvi que um desses super caras esta tendo uma overdose de Crystal. Eu é que não fico perto dessas coisas!

Um meta humano com Overdose? Será? Heitor corre para um lugar reservado e se desfaz do disfarce, e Ronin aparece no local onde tudo acontecia. Sua presença era visivelmente incômoda para alguns lá, mas ao mesmo tempo um alívio. Um jovem estava encurvado ao chão, e dele emanava energia vibratória. A reação de Ronin foi correr até o rapaz, mas foi logo rechaçado pela energia.

O que posso fazer? Ele está completamente fora de controle! Como vou...?

Ronin então se posiciona, como se estivesse preparado para atacar. Ele observava a onda de energia que o rapaz emanava. E concentra toda sua atenção nisso. A onda tinha que variação de comprimento? Seu objetivo: Observar o padrão da onda, testa-la com rajadas de fogo para medir o seu comprimento, e avançar driblando suas fraquezas, forçando sua passagem usando sua rapidez e desviando a força contrária com sua Bokken. Faria isso até conseguir chegar até o jovem e acerta-lo com a espada, para o desacordar e assim fazer cessar a energia que ele emanava.

Objetivo: Impedir que Maicon cause mais destruição (ND 6)


Vantagens: Lutas (para desviar e driblar a energia como se estivesse defendendo um ataque) +1, Pirocinese (para testar as fraquezas da onda de energia) +1, Armas Brancas (para forçar sua entrar a dentro do campo de energia e defletir a força contrária) +2, Bokken especial (que pode resistir a força e usar para desmaiar o jovem) +1.
Atieno
Atieno

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28/06/15, 05:25 pm
Favela do Cabríão, fim de tarde

Lá estava eu, de volta ao ponto onde tive aquele desagradável encontro com o rato demoníaco. Naquele dia, eu havia prometido a um novo amigo que iria ajudá-lo numa coisinha. Enquanto subia o morro furtivamente, a noite ia aparecendo aos poucos. As poucas luzes iam sendo acendidas - quando não estavam com defeito - e iluminando os barracos.

Enquanto subia, vi uma área com uma música muito alta sendo tocada. O som me irritava, me forçando a colocar as mãos nos ouvidos. Uma música horrível, num volume que feria meus ouvidos. Quer coisa pior do que essa? Piora quando é funk o que está tocando. Argh! Odeio isso.

Ainda próximo do local, cheguei até meu destino: a casa de Celso, o rapaz que ajudei na madrugada em que Nova Capital foi atacada por aqueles monstros.

- Pelo que me lembro, é aqui... - dou uma farejada no local - Hum... Veja misturado com Cândida e lustra-móveis. É aqui mesmo.

Respirando fundo, bato na porta, e sou recebido por uma senhora, aproximadamente 1,60m de altura, meio gordinha, de cabelo comprido e cacheado, pele negra até que bem cuidada. Ela abriu um sorriso ao me ver e se virou para dentro.

- Celso! Venha cá minino! Vem vê quem que apareceu aqui

- Tô indo, mãe - disse o rapaz, indo até a porta. Quando ele chegou ali, também abriu um sorriso - Tigre! Como que vai? - ele esticou sua mão, e eu o cumprimentei.

- Ah, vou bem... - ainda escutava a música sendo tocada de longe, e aquilo ainda me irritava um pouco, me fazendo baixar as orelhas - Então, lembra que eu te ajudei a te levar pra casa, e tal? Então, eu vim aqui pra ver se vocês estavam precisando de alguma ajuda e... - paro de falar e levo minhas mãos às orelhas, tentando baixá-las para tentar aliviar um pouco o som.

- Que que foi, cara? - Celso me perguntou

- Ah, nada... É esse funk que tá me incomodando... Sabe, eu não pareço apenas com um tigre. Farejo e escuto igual. E essa música tá indo lá dentro dos meus ouvidos e acabando com tudo

- Vish, deixa eu ver se consigo pegá algo aqui pra cobrir tuas orelhas e... - a senhora ameaçava entrar na humilde casinha, mas parou quando eu lhe respondi.

- Não não, obrigado, mas não precisa. Eu já to acostumado com isso... É assim desde que eu era fihote. Pois bem - bato uma mão na outra, mostrando que estava no pique - Vocês estão precisando de algo?

- Ih tigrinho, acho que num tamo precisando de nada agora não - a senhora me respondeu - Mas agradeço pela ajuda. Quando a gente precisar eu peço pro Celso te preocurar

- Tudo bem... Então já vou indo

- Espera! - nem tinha percebido que Celso havia saído de lá. Ele vinha correndo de dentro da casa - Se quiser pode ir comigo. Vamo lá, eu sei que você não gosta, você acabou de falar isso, mas acho que vai gostar de saber sobre algo...

Olho para os lados, passo a mão nas minhas orelhas e respondo para ele.

- Tudo bem, vamos lá. Vim aqui disposto a fazer algo, então vamos fazer isso - digo.

"E lá vou eu ter dores de cabeça por causa de músicas altas" - penso.

Descendo um pouco na direção do campinho, converso com o rapaz, que me conta algo sobre uma nova droga, e que ela provavelmente estava sendo distribuída naquela festa. Chegando mais perto, noto que a música parou, e vejo a correria e o tumulto que se inicia. Olho para o lado e vejo que Celso parou também.

- Cara, volta pra sua casa e liga pra polícia agora. Eu vou ver o que que tá havendo.

- Tem amigos meus lá, cara. Deixa eu ir contigo e...

- Você vai se machucar se não fizer o que eu te pedi. Vai! - ergo um pouco o tom de voz, e vejo que ele ficou assustado. Pelo menos, no entanto, ele atendeu ao que eu lhe disse e foi correndo na direção de sua casa.

Dali, comecei a correr na direção do local onde o baile estava acontecendo  Chegando perto, vi várias pessoas sendo jogadas umas contra as outras, senti um forte tremor de terra, e uma enorme cratera estava ali, com alguém no meio. Olhei do outro lado e vi o MC Biruleibe - o que estava se apresentando hoje - caído. O tremor havia sido forte e, de onde eu estava, pude ver a estrutura balançar.

"Se isso cair, adeus Biruleibe" - pensei.

Sem pestanejar, comecei a correr na direção da estrutura, me esquivando de algumas pessoas que corriam. Havia o risco de um novo tremor detonar tudo, então precisava agir rápido. Furtivamente, vou passando pelas pessoas e corro para chegar no palco. Com muito cuidado, pretendo subir no palco e, o mais rápido que puder, irei até o cantor. Não há tempo para tomar algum procedimento de primeiros socorros, então pretendo pegá-lo e colocá-lo num dos meus ombros, correndo dali o mais rápido possível. No caminho, pretendo encostar minha cabeça na altura do peito do MC para, com minha audição aguçada, acompanhar seus batimentos cardíacos e sua respiração, e acompanhar os sons que a estrutura poderia emitir caso estivesse prestes a cair.

Objetivo:
- Salvar MC Biruleibe: ND4

Vantagens: Furtividade (1), Sentidos Aguçados (1), Super Agilidade (2), Visão Noturna (1), Zona de Atuação (0) = 5
Quimera Azul
Quimera Azul

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28/06/15, 09:58 pm
Após resolver os problemas na favela do Cabrião, os fiéis da Igreja da Fé Global, que foram ajudados por mim passaram a insistir constantemente pela minha presença na igreja. Como sou conhecido eles foram até no meu dojo para enviar um convite do Pastor Apóstolo R. R. Macedo escrito a mão. Insistiram tanto que um dia resolvi aceitar e fui à igreja deles.

Como sempre, o local estava lotado de gente. Gente de vários bairros de Nova Capital que foram para buscar ajuda espiritual. Eu não vou negar que no fundo eu estava mesmo pensando em buscar um conforto para meu espirito depois do que ocorreu em Novo Acre. Lembrar-se daquelas crianças ainda me faziam muito mal. Logo, vou ver se aqui eu encontro o conforto prometido.

Mesmo sendo eu um gigante com cara de boi, eu não fui humilhado nem nenhuma daquelas pessoas olhou para mim com raiva ou temor. Pelo contrario, muitas pessoas vinham me agradecer pelo que fiz. Isso era um ponto positivo para o local e eu até estava me sentindo bem. Fui informado que o Apóstolo R. R. Macedo ainda não tinha se recuperado, mas estava feliz por que eu tinha comparecido.

Em um determinado momento, o pastor Fernando, que ocupara o local do Pastor Macedo começava a gritar e a orar bem alto, evocando as forças superiores para abençoar os presentes, e um leve tremor aconteceu. Muitas pessoas gritaram louvores e algumas já ficaram assustadas. Eu fui um que fiquei assustado. O mesmo ocorreu mais duas vezes sendo que na terceira o tremor foi tão forte que o culto parou e algumas pessoas correram apavoradas para fora da igreja.

Acreditando que se tratava de algo fora do normal eu corri pra fora a tempo de ver que na casa de show próximo ao templo estava tendo uma festa de funk e algumas pessoas estavam correndo pra fora e gritando: META HUMANO, CORRAM!!!

Correndo para dentro eu vi que o epicentro desses tremores todos era um jovem no meio de uma cratera que gritava muito. Sem perder tempo vou tentar ajudar.

Ação: Avançando contra as ondas de choque em posição bovina e com pisadas fortes, Dominik pretende se aproximar-se do Maicon e vai tentar aplicar uma técnica rápida de imobilização de Jiu-jitsu para desacordá-lo. Depois acionar o sindicato e saber o que fazer ou para onde levar esse menino.

Objetivos: Impedir que Maicon cause mais destruição: ND6

Vantagens: Super Força (+2) Super Resistencia (+2) Luta (+1) ZN (-1) = (4)
Quebra-Ossos
Quebra-Ossos

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29/06/15, 04:57 pm
Uma nova droga aparecia recentemente em Nova Capital. Outro dia mesmo passou na televisão um caso que chocou a população ao mandar dois rapazes que estavam em uma festa na república onde eles moravam próxima a universidade, para o hospital por seus efeitos colaterais.

O caso gerou muita discussão entre os professores e a própria universidade se responsabilizou por ajudar a polícia no que fosse possível para identificar os responsáveis pela distribuição da nova droga na festa.

Após uma série de entrevistas com os participantes da festa foi realizada pelo conselho e um nome foi citado como principal suspeito por levar o narcótico poderoso até o local: Bruno Hector Vasconselos, um playboy filho de um poderoso empresário da cidade. O caso logo foi abafado, assim que uma alta quantia de dinheiro foi negociada com os próprios diretores da universidade, mantendo o nome do jovem playboy intacto.

Caio como professor procurou saber com seus colegas do conselho por que o caso sumiu de discussão e sendo informado do acobertamento da universidade, decidiu ir pessoalmente atrás do rapaz e prosseguir com a investigação.

Com seu traje, começa a seguir o garoto e o aborda em meio à madrugada, quando ele voltava de uma festa em torno de quatro da manhã. O herói surgiu de repente, saltando sobre o capô do carro que andava a trinta por hora, onde Bruno se exibia como se fosse o dono da cidade, fazendo com que ele se assustasse e parasse o carro, olhando para ele tentando entender a situação.  

- Ah nãão. Tu pisou na minha FerraaA... – sendo interrompido por Doutor, que o retira do carro e o arremessa a beirada da guia da calçada.

- Escute aqui moleque, eu sei que foi você quem levou a droga naquela festa, é melhor me contar ou...

- Ou o que? Sabe quem eu sou? Você não pode relar em mim! Meu pai vai te processar e vo...

Doutor pega a pistola laser e aponta para o rapaz para intimidá-lo.

- Ah, qual é cara?! Você é desses mascarados aí que se dizem heróis. Sei como vocês procedem. Você não vai me matar. – Levantando-se batendo a sujeira da roupa.

- Tem razão... – Apontando para o carro dele e disparando um forte raio sobre a porta, fazendo um buraco nela.  – Agora me diz quem te passou as drogas ou você vai ter que voltar a pé pra casa.

- Tá bom, filho da puta! Guarda essa merda dessa arma... Ah, minha Ferrari branca cara. Maldito vigilante.

- Os nomes. Agora! – Apontando novamente a arma para o carro.

- Tá bom cara. O cara que me vendeu mora na Favela do Cabrião, ele tá passando em tudo que é festa a droga. É ótima pra ver o céu e voltar pra terra cara. Ele disse que chama Marcelinho Guinão, alguma coisa assim. É um cara novo, mas todo mundo já conhece ele. Onde tiver uma festa ele tá lá. Agora me deixa ir embora em paz.


- Tudo bem. Você pode ir. Já consegui o suficiente. Ah, só mais uma coisa. – Utilizando sua pistola laser para cortar as rodas do veículo – Dirigir bêbado é crime. Melhor você encontrar outro meio pra voltar pra casa. Ah, e se passar drogas para alguém novamente, você vai voltar a me ver ok?

Após isso o herói sai em disparada em meio à noite, deixando o rapaz que chorava ao passar a mão por sua querida Ferrari agora estragada.

Após esse acontecimento, Incrível começou a abrir os olhos para a favela, que até então ele não a incluía em suas rondas. Conseguiu alguns contatos por lá e agora observava de orelha em pé, cada festa ou evento marcado para encontrar a presença de Marcelinho Guinão.  

-------------

Naquele sábado, o telefone de Dr. Incrível toca no momento em que ele está saindo para sua ronda:

- Alô... Dr?

-Fala Pedro, novidades na comunidade?

- Sim, vai ter um baile funk no campinho daqui a pouco... Mas ó... Fica ligado que acho que o pessoal não gosta muito de mascarados por aqui.

- Ok. Eu me viro. Obrigado. Avise-me se acontecer alguma coisa. – desligando a ligação.

---------

O herói cientista chega até o campinho se esgueirando pelas vielas, escondido ele observa a distancia o show do MC Biruleibe. Ele que era um adorador de jazz, blues e música clássica estava torcendo para encontrar logo alguma ação para que a música parasse. Por um momento ele ver um jovem recebendo a droga e experimentando-a. Caio procurava pelo distribuidor da droga, quando ouviu o primeiro grito. Um tumulto começou a ser formar, e por um instante ele achou que fosse só uma briga comum em festas assim.

Outro grito é dado e agora pessoas começaram a ser lançadas a distancia. Uma cratera começa a ser feita, fazendo com que o herói desse um salto de onde estava a paisana e corresse até o local para tentar ajudar a resolver o problema. Lá ele viu o rapaz meta-humano tendo um ataque e pensou imediatamente em ajuda-lo, porém com o próximo grito veio também uma onda de energia ainda mais forte, aumentando a cratera e fazendo a fraca estrutura do palco entrar em risco. Dr. Incrível acompanha o momento em que a lâmpada cai na cabeça de Biruleibe e pensa consigo.

- não posso deixa-lo no palco. Balançando assim, com certeza o palco cairá na cabeça dele e ele morrerá sem ajuda.

Objetivo:
Salvar MC Biruleibe: ND4

Ação:
Contando com sua agilidade atlética, Incrível irá cortar um dos postes de iluminação feitos de tubos de quatro polegadas por três metros que havia ali no campinho para utilizá-los para reforçar as bases de sustentação do palco soldando com sua pistola laser rapidamente, feito isso, ele subirá no palco que agora aguentaria seu peso também e carregando o MC o levaria para um local seguro, pra depois se preocupar em neutralizar o meta-humano.

Vantagens:
Atletismo (1) + Pistola Laser (2) + Zona (0) = 3
Lótus e Lince
Lótus e Lince

[Bairro] - Favela do Cabrião - Página 2 Empty Re: [Bairro] - Favela do Cabrião

29/06/15, 05:19 pm
Lince não sabia o que doía mais; os tímpanos ou a barriga. Estava curvada, rindo em cima da irmã enquanto observavam o show do MC Biruleibe de uma viela disposta a poucos metros do palco. Chegaram no local algumas horas atrás mantiveram-se escondidas na viela, presenciando toda a montagem do aparato precário de som enquanto aguardavam o sinal visual de Diego.

- Eu amo o Biruleibe, sério. - Revelou Sofia, limpando as lágrimas incontroláveis que saíram de seus olhos durante o ataque de riso - Olha o visual desse cara! Óclinhos mil grau, touca e barba tão fantástica que tem o poder de deixar qualquer tabaca encharcada. Além do quê as letras dele tem uma força poética que não cabe a mim julgar, só apreciar.

- Tá começando a ficar difícil descobrir quando tu tá brincando ou falando sério. - Disse Laura, afastando a irmã de si e prensando-a contra a parede. - Você não consegue se manter focada por um minuto sequer? Lembra do motivo que viemos aqui, caramba. Somos heroínas, não fãs.

- Quer que eu feche meus olhos enquanto você vai ali se foder? - Empurrou-a com brusquidão e olhou-a nos olhos com incredulidade furiosa no olhar. - Que petulância! Diego vai ligar quando tiver contato visual com a Viúva. Sossega essa bunda e deixa eu me livrar desse tédio.

O show prosseguia a todo vapor. No meio do aglomerado de pessoas estava o amigo de infância delas, observando atentamente a procura de um alvo em específico; a traficante de drogas sintéticas que se auto proclamava "A Viúva". As histórias por trás dela eram inúmeras e poucas tinham sua veracidade comprovada. Dentro da casca de mulher sexy, rica e poderosa havia um monstro sórdido e capaz de realizar atrocidades em nome da pesquisa e do divertimento próprio. Seu nome era o reflexo de uma realidade que ninguém mencionava em conversas, e esse fato contribuía para a folclorização de sua alcunha. Era sabido que os homens que caiam em seus encantos sempre acabavam mortos, todos intoxicados de alguma forma. Era questão de dias, meses ou até anos para que de forma aparentemente natural eles abraçassem a eternidade da morte. Corriam boatos de que elas os utilizava como cobaias de novas drogas sintéticas experimentais, e nisso havia o gancho necessário para unir 2 com 2 e entender o porquê de seu nome.

Não era somente por isso que Lótus e Lince estavam ali. Após as gêmeas terem dado uma surra em Formiga dias atrás, um novo campo se abriu para vários traficantes semearem. A distribuição de cocaína diminuiu, resultando no aumento vertiginoso de outras drogas. Entre elas estava o Crystal, uma pequena bala translúcida capaz de arremessar seu espírito em um turbilhão de sensações indescritíveis. Era por causa dela que estavam ali. Diego descobriu a circulação da droga no local através de alguns boatos corridos de boca em boca com seus amigos de rolê da Favela do Cabrião e logo tratou de avisar suas duas melhores amigas. Uma atitude perigosíssima, sabia ele, mas um ímpeto febril o impulsionava a querer fazer parte dos mocinhos.

O celular vibrou no bolso de Laura.

♪ Making my way downtown, walking fast, faces passed and I'm home bound ♫

- Que merda de toque é esse, Laura? Cê voltou a ter 13 anos? - Questionou Sofia, abafando outro ataque de riso.

- Não enche. - Respondeu abruptamente a irmã enquanto enfiava a mão no bolso da calça.

♫ Staring blankly ahead, just making my way (Making my way) through the cro-o-owd ♪

*click*

- Crystal circulando mas sem sinais da Viúva. Descolei uma bala se você quiser analisar depois, Laurinda. - A voz de Diego soava disforme e chiada por causa do barulho do show - Isso não vai levar a nada. Nenhum dos idiotas que tão distribuindo essa merda devem ter um mínimo de contato com ela. Dá pra Sofs bater em alguns deles se quiser, mas creio que não vá resolver muita coisa.

- Certo, vem pra cá e vamos pensar no nosso plano de ação. Beijo, falou.

*click*

- Ele já disse que não vai dar em nada e eu não tô no pique de bater em ninguém. Ah, e antes que você me pergunte: banquei a NSA eu escutei pelo Elo Mental. - Ela destruiu um castelinho de pedras que estava montando e começou a andar na direção do palco. - Não vou ficar esperando os cérebros pensantes raciocinarem um plano. Se precisarem de mim eu estarei ali curtindo esse fenômeno musical.

Diego vinha caminhando vagarosamente pela viela quando a onda de energia irrompeu na multidão atrás de si. Ele arregalou os olhos e deu um salto tão longo que foi cair na frente de Sofia, chocando-se nela da mesma forma que um ovo se choca contra uma parede. Ela afastou o amigo com um braço e começou a correr na direção do palco.

- A explosão foi do outro lado, caramba! - Explicou Laura, correndo logo atrás da gêmea - O que você tá indo fazer no palco?

- Caiu uma luz na cabeça do Biruleibe! A gente precisa salvar ele antes que toda a estrutura desabe ou sua carreira encontrará um trágico fim nas mãos do triste acaso.

- Uma possível bomba acabou de arremessar gente pra todos os lados, sua idiota! Que tipo de pessoa você é pra negligenciar uma coisa dessas?

- Que tipo de pessoa seria eu se deixasse meu ídolo morrer?

Ação:
Salvar o Jow. Digo, o famoso Biruleibe: ND 4

Lince subirá ao palco com urgência, destruindo qualquer coisa que possa obstruir seu caminho até o MC. Depois de pegá-lo e levá-lo até um lugar seguro (a viela onde estavam, por exemplo), irá voltar para salvar também o DJ se puder. Lótus tentará expandir seus poderes ao máximo para regenerar constantemente parte da estrutura de modo que ela não caia, mantendo sua irmã segura durante o resgate. Após estarem salvos(as) ela irá garantir a integridade física de Biruleibe, curando-o do ferimento na cabeça.

Vantagens:
Manipulação Molecular (2) + Elo Mental (1) + Regeneração Molecular (1) + Zona (0) = 4
Chip
Chip

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04/07/15, 05:57 am

Resolução




A nova droga chamada Crystal chamava a atenção dos traficantes que viam a oportunidade de lucrar mais, e dos jovens que, eufóricos, só pensavam em curtir nas festas. Mas a atenção para a pequena balinha transparente não vinha só desses dois grupos. Alguns heróis de Nova Capital já ouviram falar da pequena bala translúcida, e já começavam a investigar por conta própria.

Entre eles estava Heitor Silva, um dos jovens vigilantes do sindicato, que num disfarce improvisado andava pelas ruas da favela no dia do show, na esperança de ter uma conversinha com algum dos traficantes, mas tudo que ele viu foi o início de uma confusão que se formava em meio aos jovens funkeiros. Por um instante Ronin pensou que era apenas uma briga, quando ele percebeu do que se tratava, desejou que fosse apenas uma briga.

Rapidamente tirou seu disfarce, revelando seu traje vermelho e recebendo alguns olhares não tão bem receptivos. Correu até a entrada do campinho e começou a analisar a situação. Daquela distância já sentia as vibrações contantes emanadas do corpo de Maicon, e até mesmo resquícios das fortes ondas já chegavam até ele.

Quem assistia a tudo se assustou ao perceber um ataque repentino e sem piedade de Ronin, que lançava uma poderosa bola de fogo na direção do jovem, num movimento similar a de um lançador de beisebol. Ronin esperava que a bola se dissipasse ao entrar em choque com a onda de energia, mas para a surpresa do jovem, ela ricocheteou e voltou na sua direção. Se não fosse por suas habilidades de combate teria recebido seu próprio ataque em cheio, mas rapidamente se esquivou para o lado.

Não longe dali, também esperando alguma informação relevante, estavam as irmãs Laura e Sofia Fernandes, que não pensaram duas vezes antes de entrar em ação, só não estavam totalmente de acordo com suas prioridades.

- A explosão foi do outro lado, caramba! - Explicou Laura, correndo logo atrás da gêmea - O que você tá indo fazer no palco?

- Caiu uma luz na cabeça do Biruleibe! A gente precisa salvar ele antes que toda a estrutura desabe ou sua carreira encontrará um trágico fim nas mãos do triste acaso.

- Uma possível bomba acabou de arremessar gente pra todos os lados, sua idiota! Que tipo de pessoa você é pra negligenciar uma coisa dessas?

- Que tipo de pessoa seria eu se deixasse meu ídolo morrer?

Laura revira os olhos, mas acaba seguindo sua irmã, que abria caminho destruindo parte da cerca de alumínio do campinho. Sofia nem olhava para os lados, focada em seu objetivo, mas sua irmã gêmea ainda preocupada com a provavel bomba olhou de relance e viu o jovem Ronin, o que a deixou um pouco menos preocupada.

Lince subiu pela parte de trás do palco correndo, utilizando de seus poderes para desintegrar dois pesados pedaços da estrutura, que já começava a cair. Uma terceira peça ameaçou a cair em cima da heroína, mas como se ganhasse vida própria ela desentortou e se firmou no lugar devido. Agora era Lótus que usava seus poderes, finalmente aceitando ajudar sua irmã a salvar o MC.

Enquanto isso, Ronin que já passara algum tempo vendo a frenquencia que as ondas saíam do corpo de Maicon, esperava o momento certo de agir. Quando o jovem rapaz enfim deu outro grito de dor e a energia saiu de seu corpo, Heitor correu, já com sua bokken em mãos, sabia o tempo necessário para por seu plano em prática, e era curto.

Adentrou a pequena cratera que havia se formado, sentindo as vibrações menores originadas de Maicon. O rapaz, ao ouvir o herói, levantou o rosto, que demonstrava dor e medo ao mesmo tempo, ele estendeu uma de suas mãos ao herói, implorando por ajuda.

-M-me ajuda.. p-por favor!! – Disse com uma voz fraca e cansada.

Algo no rosto daquele rapaz fez Heitor hesitar por um instante, o que lhe custou seu plano. Outra onda de energia saiu do rapaz, e Ronin foi jogado longe com o impacto. Ainda teria outra tentativa, mas o tempo não estava a seu favor.

Laura assistia de longe, enquanto auxiliava sua irmã que já arrastava MC Biruleibe pelos pés.

- Anda logo, Sofia! A gente tem que ajudar o cara ali.

- Lindinha, esse cara é magrelo, mas pesa uma tonelada, viu? Você podia mover essa bunda pra cá ao invés de só reclamar.

Novamente revirando os olhos, Laura volta a atenção para o MC, corre na beira do palco para retirar o homem dali, enquanto continuava a usar seus poderes consertando partes da estrutura. As duas já sentiam pequenos tremores dali, e então se apressaram. Sem dificuldades, conseguiram tirar o funkeiro do palco, e cada uma segurando de um lado, levaram o MC até a viela de onde saíram, o deixando em segurança.

Laura correu de volta para auxiliar o herói pirocinético, mas no meio do caminho percebeu que os tremores já haviam cessado. Quando se aproximou, viu o vigilante se levantando, enquanto o rapaz que provocara toda aquela situação já estava desacordado.

No momento que as irmãs estavam longe, Heitor voltou a colocar seu plano em prática, e agiu rapidamente. Correu na direção do garoto, e quando percebeu que ele estava prestes a soltar outra onda de energia, Ronin se ajoelhou apoiando o bokken no chão, o que ajudou a não ser jogado longe.

Então se pos a correr novamente. Poucos passos e ele já estava diante de Maicon novamente, que já escorria lágrimas em seu rosto.

Me desculpa garoto, pode doer um pouco.

Com um movimento rápido e certeiro, Ronin atinge a cabeça do rapaz em cheio, para o deixar desacordado. O que o herói não esperava era uma última onda sair do corpo do rapaz no momento do impacto. Dessa vez a energia parecia diferente, assumindo até mesmo um leve tom azulado, e estava ainda mais intensa, o que fez Heitor parar longe dali.

Demorou alguns segundos até que Ronin se levantasse, e se levantou com um pouco de dificuldade devido a algumas dores musculares. Foi então que viu uma das vigilantes do Sindicato aparecer no campinho correndo.

____________________

Itamaré
Alguns dias depois


A campainha toca e quem atende é uma empregada. A visão que a senhora surda-muda tem é de uma bela mulher, já conhecida, trajando um vestido preto que realçava as curvas de seu corpo.

-Mas que bela visão nós temos aqui. – Uma voz grave reçoa por toda o grande salão de entrada.

De braços abertos e com um sorriso sinistro no rosto, Lúcio “Lúcifer” Cardoso, caminha lentamente pela sala. A mulher entra sem dizer nada, já caminhando para o bar.

-Fiquei sabendo da novidade. – O homem albino, de quase 2 metros de altura e trajando seu clássico terno branco, nem espera um pronunciamento da convidada, que já abria uma garrafa de whisky. – Crystal tem efeitos interessantes. Já parou pra pensar nas possibilidades?

A única resposta que o homem obteve foi um sorriso.

____________________

Rolagem de dados:
Ronin:

Combate(1) + Pirocinese(1) + Armas Brancas(2) + Bokken especial(1) + ZO(-1) + Dado(4) = 8. Sucesso.
Lótus e Lince:
Manipulação Molecular(3) + Elo Mental(1) + Regeneração Molecular(1) + Zona(0) = 5. Sucesso Automático.

Ronin e Lótus e Lince ganham 6xp e 4xp, respectivamente. Podem postar um epílogo na ficha relacionado à missão.
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