[Bairro] - Recreio

O grupo de neonazistas invade o bar empurrando mesas e cadeiras, enquanto as pessoas assustadas começam a sair dali correndo, alguns inclusive aproveitam da confusão para saírem sem pagar a comanda do bar.
Rapidamente o grupo de militantes que ali estava percebe que eles eram os alvos e então eles começam a recuar, mas percebem que estavam cercados.
Um dos homens avança com um pedaço de madeira em mãos, o mesmo que ele usou para nocautear o garçom. Ele avança contra uma moça trans, e no momento em que ia golpeá-la percebe que o objeto havia simplesmente sumido de sua mão.
Ele olha para trás e para os lados não vê nada. Assim  como seus comparsas, o homem estava sem entender o que houve.
De repente um borrão preto corta o bar, e acerta o homem com o mesmo pedaço de madeira que a segundos estava com ele.  O golpe é tão rápido e forte, que imediatamente faz o grandalhão nazista cair no chão, totalmente nocauteado.

-Acho melhor vocês saírem logo daqui, ou eu garanto que faço com vocês pior do que fiz com ele!
Diz Suaçuna apontando o pedaço de madeira ensanguentado para o grupo de arianos.

Infelizmente a ação do herói, só enfureceu ainda mais aquele grupo. Afinal não havia desonra maior  do que ser confrontado por um negro gay metido a herói.
Os sete nazistas restantes avançam na direção de Suaçuna, que apenas pede para que o grupo de militantes saia do local, pois a coisa ficaria feia.
Nesse momento uma segunda figura entra em cena, não tão veloz quando o velocista de Anhangá, mas veloz o suficiente para derrubar metade do grupo numa sequencia de golpes rápida de golpes.

-Eai covardes, como vai ser? Retruca Lebre após derrubar um dos homens.

O grupo de nazistas enfurecidos se divide, 4 deles vão para cima de Suaçuna, enquanto o restante vai até Lebre.
A dupla heroica apesar de estar em menor número, possuíam a vantagem da velocidade, logo golpear nos nazistas ou mesmo desviar de socos e chutes para eles ela tarefa fácil.
Porém, Suaçuna acaba levando um golpe por trás, mais precisamente, uma garrafada na cabeça. Irritado, o jovem agarra o braço de seu agressor e começa a correr arrastando o homem para fora do local.

Naquele momento ele não se importava se o braço do nazista iria quebrar, ou se ele sairia todo esfolado ao ser arrastado pelo asfalto, eles precisavam de uma lição.
“Não dá pra ser tolerante com os intolerantes” pensava Alcides.

Dentro do Estabelecimento Lebre estava cercada. A moça então pega um taco de sinuca e avança contra os homens. A jovem estava focada e atingia cada um deles de forma precisa, como se fosse uma ninja treinada ou algo do tipo.

Alcides larga o homem caído no chão, o estrago havia sido feio, mas necessário na sua opinião. O herói então volta correndo para o bar para auxiliar sua colega mascarada, mas no momento em que estava prestes a entrar no recinto, percebeu algum tipo de força o puxando para trás, algo forte o suficiente para erguer seus pés do chão, e em seguida o derrubá-lo, “grudando” seu corpo no asfalto.

- Chega! Nós assumimos a partir daqui...Diz um policial das forças especiais com uma das mãos estendidas na direção de Alcides.

Um segundo policial entra no bar chamando a atenção de todos. Ele era enorme, e possuía uma pele feita de algo semelhante a algum tipo de cristal. Sem esforço algum ele derruba os últimos nazistas em pé.

- Todo mundo parado, acabou a farra! Vocês todos estão presos. E você também mocinha!

– O que? Perai , eu tava ajudando a deter esses malucos nazistas, eu tô do lado certo! Grita Lebre, se aproximando do policial.

- Só por que você tem poderes, não quer dizer que você pode sair por ai batendo em todo mundo, e achando que isso é o certo...

– E você pode? Retruca a moça peitando o oficial, que a segura com as mãos a levantando do chão.

-Perai gente, vamos com calma tá? Esses caras começaram, eles invadiram o local, agrediram pessoas inocentes, sem motivo, a gente só fez o que tinha que fazer...A gente não cometeu crime algum... Diz Suaçuna começando a ficar nervosos com a situação, enquanto tentava a todo custo se levantar, mas em vão.

-Podem soltar esses dois...

Diz uma voz grossa se aproximando.
Era Pedro Cavalieri, capitão da policia de NC e responsável direto pela equipe de elite de “super policiais”

Cavalieri se aproxima de Suaçuna e o ajuda a se levantar.
-É a segunda vez que nos encontramos, e a segunda vez que eu salvo você. É um rapaz de sorte, mas espero não haver uma terceira, para seu próprio bem.

Alcides havia sido salvo por Cavalieri meses atrás em um incidente no centro envolvendo o meta humano “Choque Térmico”, mas dessa vez era diferente. Ele não sentia que havia sido salvo, sentia que aquilo foi só pra mostrar força, pra mostrar quem manda.

-Levem esses lixos para a delegacia, e chamem uma ambulância pros feridos. Quanto a vocês dois… Sumam daqui antes que eu mude de ideia. A policia agora tem um time especial, o serviço de mascarados agindo ilegalmente por ai não vai mais ser necessário…


-Vem menina, vamo sair fora logo daqui, antes que o pé do frango azede de vez pro nosso lado... Diz Alcides puxando o braço de Isa.

- Eles trataram a gente igual bandido e vai ficar por isso mesmo ?

-Vem logo, deixa pra reclamar em outro lugar...

A dupla se retira do bar, deixando apenas os “super policiais” e um bando de nazistas feridos espalhados pelo local.


Longe do local, Suaçuna e Lebre se mantinham quietos pensando no que aconteceu, até que a garota corta o silencio:
- Que raiva, parece até que eles foram mais duros com a gente do que com aqueles merdas...dá pra acreditar?

--Foi o que pareceu mesmo…

- Parece que as coisas tão mudando mesmo na cidade,  daqui a pouco os “heróis” não serão mais necessários em Nova Capital...

- Ou quem sabe, serão necessários só pra serem caçados como se fossem bandidos, e aumentar a moral do governo no tratamento anti supers…. Vai saber….  



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Faz tempo que não faço resolução, não lembro as regras então:
Sucesso!

Suaçuna e Lebre ganham 7xp Cada

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