[FHVERSO] Jogo Mortal

A fúria que senti na hora era intensa. Assim como no dia do NCFW, deixei que Hodari lançasse mão de todo seu poder, e senti ainda algo maior... o grito que saiu, apesar de ser meu, era como se houvesse mais uma pessoa junto comigo, gritando de fundo. Tive certeza que era ele. Realmente estávamos unidos.

"Você foi muito bem, Atieno"

E, com o frenesi passando, junto da dissipação dos ninjas, recolhi-me para um canto, voltando a sentir a dor. O sangramento continuava, ainda que em menor intensidade, e meu uniforme estava parcialmente tingido em tons rubros. Ou talvez fosse por causa das luzes vermelhas que se acenderam no local. E a voz do Sr. Medo voltou a ser ouvida por todos, um pouco mais por mim, que ainda mantinha a audição apurada.

"Eu quero matar esse cara..."

"Você não é o único. Parece que os outros não tem sentimentos melhores que os seus por esse maluco."

Escutando ao fundo o som de algo colidindo contra o fundo da bacia, comecei a caminhar, não notando que Ironia havia saído a frente de todos. Fiz minhas garras recuarem, e comecei a caminhar, cambaleante pela perda de sangue.

Chegando na nova área, fui um pouco para o lado, separando-me dos demais. Ousei puxar um pouco o uniforme para ver o ferimento. Estava horrível. E, pra piorar, como justificaria isto em casa? Era o fim da minha carreira heroica... até que o homem sorridente se aproximou.

— Me ajude com um problema — disse ele, falando baixo. Me virei, e o vi segurando um brinquedo. Um brinquedo de criança. — Preciso encontrar essa criança, pois ela pode estar em perigo também. — deixei-o falar, e ele retirou de seu paletó um frasco. Era a poção de cura. Dei um sorriso tímido ao ver aquilo.

"Eu sabia que alguém iria me ajudar... só não pensei que seria ele"

— E eu preciso de você com saúde.

Pegando o frasco, acenei com a cabeça, e peguei o brinquedo, farejando-o e captando o cheiro da criança ali presente.

— Eu irei te ajudar. Conte comigo. — disse, com um sorriso de agradecimento, bebendo do frasco. — É a criança da família?

— É outra criança. Entrou aqui por acidente e preciso resgatar ele... — percebi sua pausa, e fiquei olhando para seus olhos... aliás, para sua máscara. — Conheço a familia dele.

Olho para os três caminhos, assim que ele termina de falar, e deixo o frasco, já vazio, de lado.

— Compreendo. Irei te ajudar, ehm... como devo te chamar?

— Detetive está de bom tamanho

— Tudo bem. Meu codinome é Atieno — aceno pra ele, e me aproximo dos caminhos. Havia mais uma missão para ajudar, deveria encontrar a criança desaparecida. E meu faro me auxiliaria nisso, certamente.

"Você vai ajudar mesmo aquele detetive?"

"Claro que vou, Hodari. Ele me ajudou também... e é de uma criança que estamos falando"

"Yago, você tem uma nobreza dentro de ti. Vejo que a reencarnação não muda muito de personalidade, hehe"

Captando o cheiro da criança, aponto o caminho que ela estaria, e vejo o detetive me cumprimentar com o chapéu, com uma espécie de despedida.

— Atieno. Hodari.

E foi aí que eu percebi... eu falei o nome de Hodari muito alto. Ele com certeza ouviu.

"Adeus, e obrigado pela cura"

"Desde quando você faz referências ao Guia do Mochileiro das Galáxias?"

"Nós compartilhamos as memórias, Atieno"

"É, mas eu não tenho memórias suas..."

Ele se calou por alguns segundos. Outro ponto fraco, droga. Tenho que tomar mais cuidado com o que eu falo.

"Atieno, acredite em mim... você não vai querer saber das minhas memórias. Não agora."

Deixando o assunto morrer, observo que todos os outros já estavam ali na área, e que o rapaz de armadura em tons de vermelho — e que também estava no dia do NCFW — tomara a dianteira e falava a todos. E, mesmo com o que ele disse que faria, também tomei uma atitude: voltei a farejar os caminhos. Mas, agora, era para descobrir qual era o correto, o que nos levaria até nosso destino final.

Daniel após uma boa luta contra ninjas, toma fôlego, aproveitando para refletir sobre seu mestre, sobre o que havia acabado de acontecer e de como a noite feliz com sua família foi interrompida por mais um louco. Calado segue os demais pelo corredor, somente para se deparar com mais um desafio, que acredita que possa ser pior que o último. Escuta por alto o diálogo entre o herói de máscara amarela e o herói felino, sobre encontrar um garoto conhecido de um deles.
Olhando para o Sonar, assumindo a frente do próximo problema diante dos heróis, Shinobi pensa que poderia ser um bom amigo, aparentam ter a mesma idade, a diferença é que Sonar parece bem mais preparado para estas situações, fazendo com que Daniel pensasse que o jovem garoto a sua frente foi bem treinado. Talvez tenha tido um grande mestre também , que sabia do que viria a frente. Isso causou uma reflexão sobre o relacionamento do ninja com seu mestre. Mas ainda assim precisaria agir, dependendo do que o Sonar descobrir irá segui-lo, dando cobertura e iluminando o caminho a frente lançando uma bola de fogo, para evitar por o grupo em perigo.

A situação não estava boa para os heróis iniciantes. Todos haviam se lançado na armadilha do Sr. Medo e agora pagavam o preço. Mesmo vencendo os ninjas muitos saíram feridos e André sentia que estava forçando a magia do baralho ao limite conjurando tantas magias de defesa e ataque em sequência.

-...uff...Nybras, pode deixar, não vou te esquecer de te chamar na próxima luta...

-É melhor mesmo, ou não vai haver próxima luta para você. - Disse Nybras soltando seu veneno como de costume. Apesar das provocações e o aspecto sinistro, o espectro era uma boa cartada em momentos difíceis, talvez sem ele André já tivesse sofrido o destino de muitos heróis iniciantes, a morte.

O que foi? Não gostaram? Vejo que há um ou dois heróis bem feridos. Se quiserem, eu posso ajudar... Com um preço. Um de vocês deve se desfazer de alguma de suas armas antes de prosseguir. Eu quero ou o elmo do voador, ou as armas de fogo do sorridente, ou as armas do ninja. E eu falo TODAS. Caso contrário, um dos membros da família estará em sérios riscos. Nada de trapaça! Algum de vocês é altruísta o suficiente? Se aceitarem, a poção de cura estará no fim do corredor...

Sr. Medo se manifestou novamente, pelo visto ele não quer que sejamos derrotados antes que seu showzinho chegue ao fim. E nem que seja estragado pelo uso de itens que ele julga ameaçadores. André repousou a mão sobre o ferimento no braço, pouca coisa em comparação com os outros.

O mascarado de chapéu depositou suas armas sem rodeios. As luzes iluminaram o corredor do trem fantasma, e nostalgia é o que André pode usar para descrever a sensação de voltar a esse lugar.

Eis um problema, não é? Apenas um caminho é o certo. Ele levará vocês até a próxima etapa tranquilamente. Os outros dois, serão armadilhas. Em um, o destino só poderá ser a morte. No outro, algo pior que a morte. E então? ESCOLHAM!!! BWAAHAHAHAHAHAHAHA!!!!!


- Pessoal, precisamos usar a cabeça antes de tomarmos essa decisão. E digo mais, precisamos agir de forma coordenada. Se continuarmos atacando todos de uma vez, teremos mais do que um ferimento no ombro e um borracha incapacitado. Permitam-me escanear os corredores para diminuirmos nossa margem de risco. Por favor, afastem-se. Só vai levar alguns segundos.

"Meio arrogante você não é? tomara que Nybras nem tenha prestado atenção... E espero que essa tecnologia profana ajude de alguma forma, sou contra esse tipo de coisa, é poder demais para mãos mortais."

Jogo de Cartas pretende aguardar o resultado da analise de Sonar, enquanto medita tentando repor sua energia.

Antes de entrarem no corredor, Cavaleiro de Aço exita por um momento. Ele deseja colaborar com a equipe, e leva a mão no elmo, pronto para tirá-lo. Mas Ironia dá um tapinha em suas costas e deixa suas armas para trás. Então, todos seguem pelo trem fantasma. Ao se deparar com os três caminhos, e após Sr. Medo falar suas regras, Sonar decide facilitar um pouco as coisas.

Passagem 01:

A passagem da esquerda, segundo os dados recebidos por Sonar, era a continuação do trem fantasma. Ele tinha subidas e descidas feitas para servir como uma pequena Montanha-Russa, e circundava a área da Casa do Mistério. Ela retornava para a entrada, e parecia voltar para o mesmo lugar depois. Haviam vários bonecos no meio, alguns pendurados no teto, para cair em momentos estratégicos e causar sustos. Ele tinha uma passagem que levava para fora, na parte superior da entrada da casa, lugar onde Sr. Medo foi visto pela primeira vez. Mas os dados de Sonar terminavam ai. Ele não tinha como saber se o vilão ainda estava lá, ou onde o trem terminava.

Passagem 02:

A passagem da frente era a famosa Sala Escura. O local, segundo os dados, era praticamente um labirinto. Com algumas tochas espalhadas por algumas paredes. Mas o labirinto parecia estar ocupado por alguns objetos que se moviam (ou pessoas). Não dava para saber se eram parte da atração ou inimigos disfarçados. Por ser um labirinto, não dava para Sonar mapea-lo com muita precisão, embora a porta da saída ficasse num canto a direita.

Passagem 03:

A passagem da direita era a casa dos espelhos. Era uma área cheia de paredes finas (possivelmente os espelhos), que se espalhavam pela casa. Ao final dela, uma porta a esquerda. E próximo dela, quatro pessoas sentadas de costas uma para as outras. Sonar percebe que alguns desses espelhos tinham áreas ocas, onde poderiam haver surpresas. E sim, ele lembra que alguns espelhos eram falsos, e davam uma imagem diferente da pessoa.

Atieno também usa seus poderes, mas dessa vez para identificar o garoto que Ironia procurava.

Faro:

Mesmo com o cheiro fraco espalhado pelo ambiente, Yago não tinha dúvidas: O garoto ainda estava lá. E foi na direção da...

Sala escura, logo a frente...

Ironia não perde tempo, e dispara em direção da sala, sem esperar pelos outros. Para ele, sua missão era resgatar o garoto, e nada mais. Já haviam heróis o suficiente. Eulas estava com raiva de Sr. Medo pelos ninjas, então imagina que ele estará lá fora. Então, sem esperar ninguém, ele segue pela esquerda, para apanhar o inimigo onde o encontrou. Todos os demais precisam tomar uma decisão.

Jogo de Cartas meditava enquanto as coisas aconteciam. Mas ele percebe que Nybras estava inquieto. Ele não falava nada, mas estava com as garras preparadas, e olhando para todos os lados. E provavelmente não iria dizer o que estava pensando. Será que ele pressentiu alguma coisa? Ou viu alguma coisa?

Prazo de postagem: Até 10h da manhã, dia 31/10.

Após se pronunciar, Sonar se adianta aos demais e aponta seu canhão para a passagem da esquerda, configurou-o rapidamente e disparou uma breve sequência de sons seguidos de um zunido baixo, sendo que seu capacete o permitia enxergar o mapeamento do local a sua frente devido ao software que seu mentor instalou no sistema do seu visor. O resultado não ficou completamente preciso, mas foi possível enxergar que naquela primeira passagem, o trem fantasma dava continuidade. Vinicius descreveu o que via para seus colegas e repetiu o procedimento nos caminhos seguintes.  Ele conseguiu ver Eulas indo em direção ao trem fantasma. Também foi capaz de ver o homem de máscara amarela indo pelo segundo caminho. Aparentemente ele seguiu alguma pista depois que Atieno farejou o caminho da sala escura.

- Não consegui 100% de precisão. Ao meu ver todos os 3 caminhos podem ser armadilhas. Podemos nos dividir, mas não acho que seja a ideia mais sensata. Podemos também seguir algum dos lobos solitários. Sozinhos, há uma grande chance de não conseguirem encontrar a saída. O que nos diz, Cavaleiro de Aço? Qual o caminho que deveremos seguir?

Shinobi atento ás informações dadas por Sonar, vê Ironia partindo para a sala escura. Sacando sua espada para evitar qualquer surpresa indesejada,
 Daniel parte após Sonar com sua espada em punho também pronto para se defender ou atacar, caso encontrassem a família ou desafios a frente. Mas sua mente ainda o atormenta com tudo que o cerca, desde suas recentes ações como herói até sua vida normal.

"Estou aqui novamente com estas pessoas com dons incríveis. Estamos unidos por uma boa causa certo?! É um ato nobre onde outros além de nós também decidiram agir. Eu queria ser alguém importante, dar uma vida melhor para meus pais, mas depois que meus poderes se manifestaram tudo veio de uma vez. Não da forma que eu esperava. Mas aqui novamente arriscando minha vida entendo o que realmente é ser importante, e não é uma questão de status ou uma boa carreira profissional. Mas sim de fazer o que é certo á quem precisa e quando precisam neste mundo caótico em que vivemos. Meu mestre não me conta sobre seu passado, e por mais que eu queira saber, já não é tão importante do que isto que estou vivendo. Poderia ser minha família ali ameaçada... E de certa forma é pois estou aqui por eles, e estes homens também. Não sei de seus motivos para realmente estar aqui, mas sei que há um grande proposito nisso."

Pensava Shinobi enquanto seguia Sonar.

O jovem feiticeiro se concentrava em repor suas energias, limpar seus pensamentos de influências externas e equilibrar seu poder. André sentia suas cartas pulsando sua energia mágica até ele de forma bruta, e cabia a ele molda-la a sua vontade.

A analise de Sonar estava pronta, Jogo de Cartas ouvia com atenção as instruções do herói sobre os possíveis caminhos, ao mesmo tempo que notava que Nybras parecia um tanto inquieto. Entendiado talvez? Não... em estado de alerta. De fato esse lugar podia esconder muitos perigos, mas no momento não haviam sinais de ameaça. André achou melhor não confronta-lo sobre o que estava acontecendo. Geralmente Nybras era bem evasivo em suas respostas, isso quando não respondia com outra pergunta ou provocação.

O cara que ofereceu suas armas partiu pelo caminho da sala escura sem esperar por ninguém. Enquanto o herói dos braços elásticos seguiu pela esquerda.

"Ótimo...esses caras nunca viram um filme de terror? Um sem suas armas e o outro bem ferido, vão acabar mortos desse jeito... O caminho da sala dos espelhos parece uma boa opção, não tenho certeza. Vou esperar pra ver onde a maioria vai seguir"

Ironia olha para o pulso para checar as horas e então ele apita. Era hora de tomar sua dose do remédio.

Ele sempre foi extremamente pontual. Previa as horas como se estivesse contando. Detestava atrasos e tanto melhor quando adiantava para ele. Tempo era fundamental para tudo o que ele fazia, principalmente em encontrar crianças desbocadas antes de se meterem em encrenca.

Pedro tira o pequeno pote amarelo do paletó, tira os 2 últimos comprimidos, levanta metade da máscara e os coloca na boca. Quando leva a mão no cantil de uísque para ajudar a empurrar os remédios, ele se lembra de que a garrafa estava vazia.

"Merda..." -O detetive fica um pouco irritado, não pelo fato de ter que engolir seu remédio no seco, mas por não sentir o gosto de sua marca favorita. Fosse o que fosse, ele prefere ficar sóbrio do que sentir sua cabeça doer. Mas ele terá que decidir se passa na farmácia pra comprar remédios ou no armazém completar sua garrafa com álcool.

Observando as paredes e bifurcações próximas a ele, Ironia irá se equipar de uma tocha em uma das paredes e investigar sobre pegadas, manchas, rastros ou sinais que possam levar em direção ao Lucas, sempre atento aos perigos que o Sr. Medo disponibilizou para aquela atração. Caso ele não tenha sucesso em suas conclusões, ele irá caminhar sempre com o pensamento lógico de quem está em um labirinto: Seguir em frente, sempre virando para a direita até encontrar alguma coisa.

Observava Ironia partir sozinho para a sala escura, até que senti algo. Senti como se alguém estivesse exatamente atrás de mim, na expectativa de me seguir. Virei-me, e vi Shinobi ali, parado, olhando pra minha cara, como se esperasse algo.

"Que cara esquisito."

"Acho que ele está esperando que eu vá para ele ir me seguindo."

"Olha, sei não, hein... o Datena geralmente fala muito sobre essas pessoas que costumam seguir as outras. Será que ele é um maníaco?"

"Hodari, não é assim que funciona, hehe. Além do mais, se ele tentar fazer algo, bom... vai se arrepender de ter mexido comigo"

Comecei a rir sozinho, e encarei Shinobi novamente, deixando que meus olhos brilhassem diante dele, quase como o olhar de um predador, e saí de perto da porta, indo para junto do grupo. Escutava Sonar falar, e então percebi que Eulas não estava junto do grupo. O barbudo havia partido sozinho, aparentemente sem motivo algum.

"Pessoas afobadas são aquelas que morrem primeiro."

Senti que o comentário de Hodari poderia me ajudar no futuro. Sim, pense antes de agir. Não podia me deixar levar pela afobação. Vamos ver qual será o destino do barbudo...

Escutando, então, as ordens do Cavaleiro, opto por segui-las do jeito ideal, ficando atrás do grupo e mantendo meus sentidos ativos, procurando detectar qualquer sinal de problema.

OFF:

A tensão toma conta do grupo. Eulas parte em busca do inimigo de forma imprudente, e Ironia parte em busca do garoto... Sozinho. As chances de algo dar errado eram muitas. Todos esperam o Cavaleiro de Aço indicar o que fazer. Assumindo a liderança, ele coordena o que fazer. Eles iriam atrás do detetive, já que outra criança estava em perigo iminente. Ele iria a frente, seguido por Sonar. Shinobi Vermelho iria no meio, para iluminar a casa com seus poderes. Jogo de Cartas iria logo atrás, seguido de Atieno, que iria pela retaguarda, para proteger a todos, usando seus sentidos.

Ironia entra na sala, e está tudo escuro. Um imprevisto: as tochas eram de brinquedo. E estavam desligadas. A sala era surpreendentemente bem escura. Não dava para ver nada, nem mesmo as paredes. Seguindo seus instintos, ele tareia ao redor, procurando alguma passagem. Ele se surpreende de não achar paredes. De repente, ele a vê. Sua esposa, tão linda como conseguia lembrar. Ao lado dela, Sr. Medo. Ela estava assustada.

E então, herói. Ela está viva, sim. Não é ilusão. Você pode sair com ela daqui. Mas deve desistir da família. Se optar pela família, ela voltará a morrer! - ele aponta uma foice para o pescoço dela - Escolha!

Cavaleiro de Aço entra, e também é afetado pela escuridão. Então, ele enchergar apenas Ironia, em transe, e Sr. Medo ao seu lado, com uma foice apontada para o pescoço do detetive.

Ele pode morrer. Para salva-lo, deve abandonar a família aqui. Escolha a quem deve salvar, herói.

E Cavaleiro de Aço está sozinho. Não há ninguém atrás dele.

Sonar e Shinobi entram juntos. Eles percebem tardiamente que só podiam enchergar a si mesmos. Então, lhes surge Sr. Medo.

Estas são as regras. Um de vocês deve passar. O outro deve tirar a própria vida ou ser morto pelo colega. Apenas assim um de vocês sairá com a família. Se não obedecerem, a família morre. Escolham!

Jogo de cartas e Atieno também entram juntos e não enchergam nada além de si mesmos. Então aparece a família não tão longe. E Sr. Medo ao lado.

Veja, Atieno, a sua decisão - Então, Yago vê que a família na verdade eram seus pais, e duas crianças aleatórias - Eles vivem... Em troca da vida de Jogo de Cartas. O que vai escolher?

Missão interpretativa. Prazo até 18h de amanhã, dia 1/11.

O grupo de aspirantes a herói seguiu rumo a sala escura, liderados pelo Cavaleiro de Aço. De todas as atrações que vira nesse lugar anteriormente, a sala escura foi a que chegou mais próxima de causar medo. As trevas podiam esconder muitos tipos de ameaças, tão assustadoras quanto nossa mente é capaz de criar. Podia haver qualquer coisa ali, e a tensão no ar era tateável.

André seguiu atrás de Shinobi, sentindo levemente o calor da chama, atrás dele Atieno. Nybras havia mergulhado nas sombras para se locomover, e antes que o jovem mago pudesse perceber, a luz da chama havia se extinguido, e o calor substituido pelo frio.

Todos haviam desaparecido. Restando apenas Atieno que parecia em choque, olhando para frente estático com algumas lagrimas brotando dos olhos. Jogo de Cartas se aproximou para aborda-lo, mas percebeu que Sr. Medo estava ali, ele diz:

- Eles vivem... Em troca da vida de Jogo de Cartas. O que vai escolher?

O coração de André martelou em seu peito, enquanto a adrenalina tomou conta de seu corpo.

"Eles quem? A família? Isso é ridículo, deve ser um truque pra nos enganar, onde estão os outros?!"

-Atieno, seja o que for, é provável que seja uma mentira, assim como pensamos que os ninjas eram pessoas de verdade. Tirar minha vida não vai salvar ninguém.

André ficou intangível, não fazia ideia de qual seria a reação do herói que parecia muito abalado. Os olhos e o sorriso de Nybras surgiram na escuridão.

-Ataque logo ele antes que ele te mate! Pare de gastar energia ficando intangivel e lance tudo que tem de uma vez seu imbecil!

-Cala boca Nybras! Atieno, você tem que me escutar...

Caminhava junto do grupo, e assustava-me com a escuridão do lugar. Meus sentidos apontavam que tudo corria bem até... e eu percebi que todos sumiram, exceto Jogo de Cartas. Troquei olhares rapidamente com ele, e me virei pra frente, vendo que a família estava lá. O problema... era qual era a família.

— N-não...

Comecei a tremer ao perceber que aqueles eram meus pais. Sentia lágrimas escorrendo pelos meus olhos, e mantive-me estático no lugar. Não conseguia me mexer, apenas tremer.

— P-pai... m-mãe...

Olhava para Jogo de Cartas, já praticamente decidido. Não havia opção, era ele ou minha família. Evoquei as garras, fazendo-as crescerem por meus dedos. Fechava os olhos, chorando, já pronto para fazer isso. Até que...

"Atieno, pare!"

— H-Hodari... são meus pais... eu tenho que salvar eles... — disse, não mentalmente.

"Não, não podem ser eles, não faz sentido!"

"E-eu não posso arriscar... não posso..."

"Yago..."

Me calei por alguns segundos. Tive a impressão de ouvir Jogo de Cartas falar algo, mas não conseguia prestar atenção em nada além de meus pais. Eram eles ali, diante de mim. Não tinha outra resposta.

"Pensa bem, Atieno... por que ele colocaria duas crianças que você não conhece se quisesse te afetar realmente?"

Parei um pouco. Tentei respirar fundo. Hodari estava certo... não fazia sentido algum! Ele não mostraria duas pessoas a mais pra mim...

"S-será?"

"E, pelo que me lembro... você falou com sua mãe no celular há duas horas! Não é possível ser eles. Pensa, Atieno! Lembre-se: pessoas afobadas são aquelas que morrem primeiro!"

Hodari tinha realmente razão. Devo pensar antes de agir. Olhei para Jogo de Cartas, guardando as garras e respirando fundo. Ele também falava comigo. E falava algo próximo ao que Hodari disse. Acenei, temeroso. Ainda tremia, mas tentava me concentrar. Precisava descobrir a realidade. Fechando os olhos... comecei a farejar o ar, tentando perceber os cheiros das pessoas. Precisava saber se eram meus pais mesmo. Mas...

— Eu não sinto cheiro deles! — digo, olhando para Jogo de Cartas. — Sinto seu cheiro e o do Sr. Medo... mas não sinto o cheiro deles!

Ironia segura uma das tochas que estavam na parede, mas ele se frustra quando vê que elas são falsas. Elas nem mesmo iluminam. Desistindo de buscar pistas, Pedro estica seu braço para sentir a parede à direita e seguir seu caminho sempre virando para a mesma direção, mas ele se surpreende quando ele quase perde o equilíbrio tentando tocar a parede. Ela não está lá.

Está escuro demais para uma atração de um parque, percebe o detetive. Sem nenhuma opção do que fazer, ele decide seguir em frente, já que ficar parado não irá levá-lo a lugar nenhum... mas ele não se mexe.

Ele está congelado. Apavorado. Emocionalmente fraco. De repente, seu mundo deixa de existir. Chão, gravidade, oxigênio, calor ou frio, realidade e Imaginação. Nada disso existe mais. apenas a cena em que lhe é colocada a sua frente: Sua esposa, tão linda como conseguia lembrar. Ao lado dela, Sr. Medo. Ela estava assustada.

- E então, herói. Ela está viva, sim. Não é ilusão. Você pode sair com ela daqui. Mas deve desistir da família. Se optar pela família, ela voltará a morrer! -Ele aponta uma foice para o pescoço dela.- Escolha!

"Não pode ser..." -Pela primeira vez depois de muito tempo, Sua mente estava bagunçada com informações e memórias vindo em um turbilhão. Sua esposa preparando o jantar quando ele chega tarde em casa ou vice-versa quando ela tem plantão; Passeios, festas ou apenas ficar em casa juntos; Os planos e sonhos que compartilharam um com o outro; Todas as lembranças vieram a tona em sua mente... Inclusive a do necrotério.

O dia em que ele identificou o corpo dela.

- Escolha. A família ou ela. -Disse mais uma vez Sr. Medo.- Não importa quem você escolher, pois você sairá perdendo.

Perda. A palavra que ele está mais familiarizado do que qualquer outra que esteja no dicionário. Casa, carreira, amor, sanidade, passado, futuro, vida. Pedro perdeu tudo em um único dia. Se tornou um cadáver consciente. Um zumbi que "pensa"...

"Pensa."

- ...De todas as pessoas para falar merda, você escolheu a errada. -O detetive aponta para o vilão, o acusando de tal ignorância.- Me diga: Você já morreu? Perdeu seu passado? -Ironia caminha em direção aos dois.- Já perdeu alguém por quem você daria sua vida? A casa que ambos lutaram para construir desde o primeiro colchão até os vasos de plantas para deixá-la mais apresentável? -Pedro para de andar, ficando cara a cara com Sr. Medo.- ...Você já amou, Sr. Medo?

Sem esperar a sua resposta, o detetive saca seu caderno e caneta para fazer algumas rápidas anotações.

- Eu sou um míssil teleguiado usando ódio e vingança como combustível. O humor do Todo Poderoso. -Pedro guarda seu caderno.- Sarcasmo é o humor inteligente dos homens, mas Deus prefere outro tipo de piada: A Ironia. E eu... -O detetive se prepara para dar um belo soco no Sr. Medo.- ...Sou seu mensageiro.

O Cavaleiro entra em grande conflito, mas por final toma uma decisão que colocaria o vilão em cheque.

- Muito bem, "Sr. Medo"... Eu tomei minha decisão... Eu quero que você mate à mim... Faça o seu pior!

Após o discurso do vilão, os heróis vestidos em vermelho se entreolham e Sonar é o primeiro a falar:

- Melhor pensar bem o que vai fazer ninja. Não é meu desejo te deixar inconsciente como os outros dois que acabei de abater. Só quero salvar aquelas pessoas, assim como acredito que você também. - Sonar tentava evitar iniciar o conflito, fazendo a vontade de Sr. Medo.

- Calma cara. Estamos do mesmo lado. Também não é o que eu busco.

- Pode me chamar de Sonar. E você, qual o seu codinome?

- Me chame de Shinobi Vermelho. Precisamos agir rápido.

- Eu tenho um plano! O conteúdo deste recipiente é capaz de fazer uma pessoa se passar como morta reduzindo os sinais vitais até serem imperceptíveis, como se fosse um sono muito profundo. Meu mentor recebeu a fórmula de ervas de um amigo oriental com quem trabalhou quando ambos salvavam juntos essa cidade. Era uma espécie de ninja como você. Ele me explicou que muitas vezes os vilões usam de artimanhas para tentar vencer os heróis e a morte acaba sendo mais comum para nós de capa do que se lê nos quadrinhos. - Colocando a mão em seu cinto, Sonar tira uma pequena ampola injetável com um fluído levemente esverdeado e curtido em folhas tentando não permitir que o vilão o ouça ou veja o equipamento.

Shinobi o observa com atenção enquanto pensa na possibilidade de seu mestre conhecer o mentor de Sonar, que continua explicando o plano:

- Ele dosou especificamente para mim. Como você é mais alto, talvez não tenha o mesmo efeito em você. Meu plano é o seguinte nós forjaremos o combate. Você me vence e aplica o fluído em meu pescoço para que a circulação leve mais rapidamente para meu coração. Terá que ser rápido e preciso. Não teremos chances de erro. Depois disso, eu cairei desacordado em alguns segundos. Você terá que continuar a missão. Programarei meu canhão para emitir um pulso em alguns instantes após você seguir o caminho. Tente encontrar a família. Em breve estarei atrás de vocês.

- Tem certeza disso? – Diz Shinobi que apesar da máscara, era possível perceber que ele via os riscos daquela ação.

- Não, mas já não temos mais tempo e essa pode ser a nossa melhor chance.

Após a rápida discussão sobre o plano, ambos concordam em assumir o risco da missão. Sonar olha para o vilão e exclama em alto e bom som:

- Certo, Sr. Medo. Eu disse que jogaria as regras do seu jogo. Eu vou eliminar esse ninja aqui, afinal, quatro vivos é melhor do que um. Mas lembre-se disso. Você será o próximo quando eu acabar com ele.

- Vai sonhando seu anão. Posso te derrotar sem precisar tocar em minhas armas.

Ambos heróis se posicionam em combate e se preparam para simular a derrota de Sonar, que conforme planejado irá despertar com a emissão de uma pulso do canhão que agitará seu coração novamente, forçando-o a voltar a vida.

OFF::

Apenas uma coisa era certa. Ou quase. O que seria pior que a morte? Uma decisão difícil. Ironia lutava contra seus demônios pessoais, enquanto Cavaleiro de Aço tinha que decidir quem salvaria. Sonar e Shinobi decidiam quem teria que dar sua vida. E Atieno decidia entre a vida de sua família e da vida de Jogo de Cartas.

Jogo de Cartas tenta convencer seu colega a não tomar uma ação precipitada. Atieno parecia desconstruído, terrivelmente abalado. Até que ele para por um breve momento. André sente certo alívio, pois parecia que ele recobrava a razão. O herói felino começa a farejar o ar, e fala.

Eu não sinto o cheiro deles! Sinto o se---

Atieno leva um golpe no rosto, e sente como se tivesse sido golpeado com um garfo enorme. Jogo de Cartas vê Nybras atacando o colega.

Não, Nybras!

Eu não vou deixar esse otário atacar a gente!

Enquanto isso, Sonar e Shinobi tem uma conversa rápida. O pupilo de Dr. Incrível cochicha alguma coisa para o ninja, e ambos partem para uma luta. Parecia bem convincente. Até Shinobi acertar Sonar bem em cheio, derrubando o colega.

Pronto, Sr. Medo. Ele está morto! Está feliz? - falava com rancor, e quase chorando.

Ainda não, Ninja. Eu quero a cabeça dele. - e estende a foice para Shinobi - A cabeça dele, e a família vai embora.

Sonar percebe uma coisa. O remédio não funcionou. Ele permanece acordado, de alguma maneira.

Cavaleiro de Aço para por um instante. Então, ele se oferece para morrer no lugar do detetive.

Faça o pior - diz com convicção.

Acha que escapará da decisão? A regra foi dada. Seu amigo, ou a família. Você morrer não mudará o destino deles. Na verdade, os setenciará!

Ironia encara Sr. Medo de frente.

.De todas as pessoas para falar merda, você escolheu a errada. -O detetive aponta para o vilão, o acusando de tal ignorância.- Me diga: Você já morreu? Perdeu seu passado? -Ironia caminha em direção aos dois.- Já perdeu alguém por quem você daria sua vida? A casa que ambos lutaram para construir desde o primeiro colchão até os vasos de plantas para deixá-la mais apresentável? -Pedro para de andar, ficando cara a cara com Sr. Medo.- ...Você já amou, Sr. Medo?

Sr. Medo apenas ri. Ironia faz anotações em seu caderno.

Eu sou um míssil teleguiado usando ódio e vingança como combustível. O humor do Todo Poderoso. -Pedro guarda seu caderno.- Sarcasmo é o humor inteligente dos homens, mas Deus prefere outro tipo de piada: A Ironia. E eu... -O detetive se prepara para dar um belo soco no Sr. Medo.- ...Sou seu mensageiro.

O detetive acerta um soco em cheio no vilão, e na mesma hora tudo apaga. Ironia abre os olhos e percebe que está no labirinto, bem iluminado até, pois as tochas de brinquedo funcionam. A área estava em manutenção, provavelmente, pois não haviam muitas paredes para um labirinto. Estava tudo bem tranquilo... Com exceção de ver seus colegas em transe. E o garoto que procurava estava num canto, observando tudo com os olhos arregalados.

Prazo de postagem: 18h de amanhã, dia 2/11.

- Sabia que você não teria coragem de matar ninguém!

O Cavaleiro de Aço avança com um soco poderoso contra o Sr. Medo.

Sonar se vê abrindo os olhos antes do planejado. Meio tonto, olha para o inimigo, que continuava com sua falação excessiva. Sem pensar muito, ele planeja aproveitar a brecha para atingir o vilão atacando-o com seu canhão sônico, atingindo-o de surpresa.

"Merda..."

Foi o primeiro pensamento concebido por André ao ver a cara de Atieno ser atingida pelo golpe de Nybras, um pouco mais abaixo e seu pescoço estaria comprometido.

-Não, Nybras!

-Eu não vou deixar esse otário atacar a gente!

Jogo de Cartas teve que agir rápido, ou Atieno e Nybras iriam se matar na frente dele. Nybras sentiu que Atieno iria ataca-lo, mas depois pareceu que ele havia mudado de ideia. Algo a mais estava acontecendo, mas não havia tempo para raciocinar, o espectro das trevas saiu de seu controle.

André pretende usar seus poderes de escudo para conter Nybras junto de sua magia.

As trevas se decipam, Shinobi vê a chance de atacar o Sr.Medo, carregando suas mãos em chamas vai tentar soca-lo debaixo pra cima, visando nocautea-lo após possíveis ataques de seus colegas.

Pedro já sentiu essa sensação várias vezes: Acordar, estar um pouco tonto e com uma dor de cabeça filha da mãe.geralmente acompanhado dos gritos da Dona Suzana sobre sua irresponsabilidade e exageros com a bebida. Dessa vez, ele apenas fica de pé e observa o cômodo ao seu redor.

Um labirinto feito pelas coxas com as mesmas tochas de brinquedo que sonhara alguns instantes atrás. O lugar estava bem iluminado até. Nada que pudesse aterrorizar alguem. Uma atração de quinta, o detetive diria.

Olhando para trás ele observa seus companheiros em transe. Ironia observa o estado em que estão e fica intrigado com as conclusões tomadas sobre Sr. Medo. Sacando seu caderno e caneta, ele revê to que foi escrito e completa com aquilo que sonhou e percebeu até então. Depois ele tateia seu paletó para verificar seu pote com os remédios e nota que ele está vazio, o que é bom, pois agora ele tem uma noção de quando as visões começaram. Todas as informações registradas em seu caderno.

Mas, então, ele observa pelo canto do olho o seu principal objetivo: Lucas, a criança que perdera de vista no evento do lado de fora desta atração. Ele estava escondido em um canto, de olhos arregalados, mais parecia de curiosidade do que de medo. Ele já tinha visto heróis demais na TV pra ter medo de um. Colecionava cards de batalha dos Legionários até. Mas Pedro não sabia se Lucas iria reconhece-lo de máscara. Tinha a possibilidade do Sr. Medo não ter consciência da presença da criança. Então Ironia usa essa possibilidade ao seu favor.

O detetive escreve em um papel em branco do seu caderno algumas perguntas organizadas por números e uma pequena mensagem mostrando que Lucas pode confiar nele. Ele arranca o papel, dobra ele, escreve "leia" nos dois lados e joga para perto da criança, como se estivesse jogando fora.

Voltando para seus companheiros, ele estala os dedos na frente deles, balança as mãos a procura de alguma reação, mas nada acontece. Ele relaciona seus sonhos com o possível sonho deles e chega a conclusão de que só há uma maneira de sair do transe. Então, o detetive sussurra no ouvido de todos:

- Enfrente o Medo.

Terminando de ajudar os outros heróis, ele volta a atenção para Lucas de novo, agora ara coletar as informações que pediu.

O golpe havia sido rápido. Quando me dei conta, já estava no chão, sentindo marcas no rosto. Era como se o demônio bíblico, aquele que é representado com o tridente, tivesse enfiado sua arma na minha cara. Olhei na direção de meu atacante, e vi... um espectro negro atacando-me.

"Ele não tá controlando o próprio espírito"

Não entendi o recado de Hodari. Pudera, sentia que tinha que me defender de qualquer jeito. Tentei remover Nybras de cima de mim, mas praticamente gritando com ele

— Eu to falando que não senti nenhum cheiro deles! Não vou atacar vocês, porra! Eu acho que...

"Enfrente o Medo"

Outra voz chegou na minha mente. Hodari deveria estar imitando alguma voz paralela, mas... era uma voz muito conhecida. Era uma voz que ouvi antes já.

— Ouviu isso? — pergunto, ainda tentando tirar Nybras de cima de mim.

"Não fui eu, Atieno. Foi o detetive"

Por que o detetive estava falando isso? E como eu poderia ouvi-lo, sendo que ele não estava ali? A não ser que...

— Enfrentar o medo...

Caso eu (ou Jogo de Cartas) consiga tirar Nybras de cima de mim, levantarei-me e, erguendo o braço destro, pretendo usar a lança para atacar Sr. Medo, lançando-a contra ele

Ironia se ergue, manda uma mensagem para o garoto. Então, usando seu raciocínio, procura ajudar seus colegas.

Enfrente o Medo.

Shinobi observa a foice apontada para sí. Seu dever era decepar Sonar. Ele treme só de pensar nessa possibilidade, e um turbilhão de emoções toma conta dele. O que faria?

Enfrente o Medo.

Ele escuta a voz em seu inconsciente. Sonar escuta a mesma coisa. E ele decide enfrentar seu medo. Arriscar. Ele dispara uma rajada contra o vilão, que recua um pouco. Enchendo-se de raiva, Shinobi entende o que precisa fazer. Com as mãos em chama, acerta um soco no vilão.

Enfrente o Medo.

Cavaleiro de Aço conclui que Sr. Medo era incapaz de matar, e o ataca.

Enfrente o Medo.

Atieno escuta a mesma voz em sua mente. Ele repete a frase para si mesmo...

Enfrentar o medo...


Nybras não quer nem saber o que está acontecendo, ele avança contra o herói felino, pronto para o atacar com suas garras. Mas Jogo de Cartas o impede, disparando uma de suas cartas. A figura no baralho mistico brilha intensamente, impedindo Nybras de continuar.

Você é um imbecíl! Não me impeça de fazer o que...


Enfrente o Medo.


O Espírito Negativo para por um momento. Atieno não. Ele avança... contra Sr. Medo. Sua lança surge em sua mão, e ele ataca o vilão. 

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Ironia olha para a criança. Ele apenas balança a cabeça negativamente. Será que ele afirmava negativamente para as perguntas, ou não conseguia responder?

Nisso, Sonar e Shinobi caem ao chão. O detetive corre e dá uns tapas no rosto dos dois, não para machucar, mas para que eles recobrem a consciência. Logo Atieno e Jogo de Cartas caem ao chão. Mas Cavaleiro continuava de pé.

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Sr. Medo estava caído ao chão, com Cavaleiro de Aço na sua frente.

Hehehehe... Acha que eu não mato? É claro que sim... E você? Tem essa coragem? É claro que sim... Não há como sair daqui sem perda. Seu amigo, a família... Ou terá que me matar. Sujará suas mãos com sangue, herói?


Prazo de postagem: Até as 18h de amanhã, dia 3/11.

A batalha no reino ilusório estava encerrada. O jovem herói se levantou devagar enquanto recobrava os sentidos, respirando aliviado por sua suspeita estar confirmada. Parecia que todos foram vitimas de uma poderosa ilusão propagada pelo Sr.Medo.

-Amaldiçoado seja ...

Jogo de Cartas observou o mascarado que conseguiu ajuda-los a escapar da ilusão, possivelmente o primeiro a escapar. André caminhou até ele para agradecer e tentar esclarecer a situação, mas antes sentiu a mão fria e esquelética de Nybras agarrar sua perna. Aquilo o fez engolir seco.

-Pense duas vezes antes de usar esses poderes contra mim de novo garoto... De que lado você está?

-Do nosso... Agora, pode me soltar?

Nybras soltou a perna do feiticeiro e se recolheu na forma de sua sombra. Cavaleiro de Aço ainda estava de pé em transe. Talvez ainda preso na ilusão.

-Você está bem? Desculpe pelo o que aconteceu, você foi muito bravo - Disse André para Atieno.

Meio zonzo, Vinicius vai despertando lentamente do encanto do vilão. As mãos enluvadas do detetive mascarado Acertavam seu rosto com a intenção de auxiliar o jovem herói a acordar mais rapidamente. Que ideia idiota se passar de morto para salvar alguém. Será que por algum instante isso realmente fez sentido em sua cabeça? O herói olha para seu companheiro ao lado, o único que esteve com ele durante o pesadelo, Shinobi Vermelho. Ele o auxilia a levantar também e virando-se para o herói de máscara amarela, pede por uma explicação, a fim de entender o que acabara de acontecer.

- Ei, obrigado por tirar a gente desse pesadelo. O que exatamente aconteceu? Você o matou? Onde estão os outros reféns? - Sonar ainda tinha a visão de que o detetive era um assassino depois do evento no NCFW.