Contos do FHverso X - Por Dillian Fa
08/07/14, 09:39 am
Galera, Orkut está acabando, e queria compartilhar de alguma maneira algumas histórias ótimas que se passaram nessa época. Aqui eu postarei algumas das histórias que mais gostei, tanto participando como escrevendo. Valeu ai!
- Encontro de família:
Para ambientar as coisas, existia um grupo chamado "O Bando", que eram os heróis mais feiosos, ou mazelas da sociedade, cuja líder era Ratazana. Um dia, ela se foi, ficando insana após uma saga aí. Depois disso, os membros remanescentes foram expulsos de seu lar por causa de uma "versão do mal" do Bando. O Bando, no entanto, decidiu lutar contra os vilões e retomar seu lar. No fim, tudo vai pelos ares e todos ficam sem lar, além de muitos membros do grupo mortos; um preço a se pagar por vencer os vilões. Esta aqui é uma história "epílogo" que escrevi, falando do que aconteceu depois...
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Soldados do Pegasus ainda sondavam a área destruida, após o ataque final de Hefestos... O Bando havia fugido, graças a uma distração dos militares. Em um outro canto, mais distante do ocorrido, o que restou do grupo enfim respirava um pouco. Por um tempo, ninguém queria falar nada, com exceção de Ancião, que discutia com seu cachorro Rex.
-Onde você tava quando eu precisei, Rex! Era pra você ter mordido a pata daquele inseto superdesenvolvido! Agora eu fiquei com cara de velho gagá na frente de todo mundo!
O cachorro só olha com a cabeça inclinada, numa expressão de dúvida.
-Tá, tá... Não me olha com essa cara! Não vou aceitar seu pedido de desculpas não... Ei, para com essa cara... REX! Tá bom, vou deixar passar essa...
Rex apenas pula no colo de Zé, lamendo o rosto do dono. Ancião fica sem jeito e ri com seu cão. Dillian, olhando para aquela cena de ternura entre um homem e seu animal de extimação, apenas esboça um sorriso. Mas no fundo, se culpava por ter levado aquelas crianças ao matadouro. Desde o início, ele sabia que as coisas não iriam acabar bem, mas levou adiante o plano. Por esse motivo, não se sentia à vontade de encarar no rosto os sobreviventes. Não sabia o que dizer, pois sua vida inteira foi devotada a conflitos e batalhas... Nunca fora treinado para consolar, ou cuidar. Ele era um guerreiro, apenas isso. E como líder, se julgou inapto.
Diamante, sentado e apoiando-se numa parede do esgoto, é quem toma a frente para falar alguma coisa. Seu rosto não mostrava dor, e até mesmo um sorriso murcho podia ser visto.
-A gente arrazou hoje, né? Digo, fomos muito melhor do que era esperado... Botamos aquela corja pra correr!
No entanto, ninguém continuou o comentário. Ancião olha para Dillian, cabisbaixo, e Réptil, sentado do outro lado, igualmente arrasado. Então responde ao comentário.
-É verdade! A gente deu uma coça naqueles filhos duma égua!
-É... Pena que tudo virou uma cratera. Vou sentir falta daquele pedacinho do esgoto. A maior parte da minha vida, desde que conheci o mundo, foi naquele cantinho. Vou sentir muita falta daquele lugar... Snif...
Mesmo com um sorriso estampado no rosto, os olhos de Diamante estavam chorosos.
-Fica assim não, fi! A tua fuça vai ficar pior do que tá... Bom, não que ela fosse muito boa antes, mas... Hm... Rex, me ajuda, acho que falei besteira aqui...
-Hahahahaha!!!! - gargalha Diamante, indicando que não ficou ofendido.
-Quer saber? Você até que ficou mais legal assim, sabia? Tá com uma cara mais radical, parece um personagem desses filmes pipocão...
-Eu preferi o visual carvão de churrasco da outra vez... - fala, enfim, Réptil.
-Pode crer, era bem mais dark! Não dava pra você levar um raio na cabeça de novo?
-Ah, tá! E nem era carvão, era grafite!
-Diamante, o grafiteiro? Hehehehe, bizarro!
Os três começam a rir, esquecendo um pouco do ocorrido. E novamente, um silêncio constrangedor. Réptil, percebendo que Dillian estava tenso,
resolve envolver o amigo na conversa.
-Dillian, como fomos hoje? A gente fez tudo certinho?
-Isso! Não vai me dizer que todo aquele treinamento chato não serviu pra alguma coisa, né?
-Isso ai, Dillian. Fala sua opinião de guerreiro.
-Como fomos? - Defensor fica calado um tempo - Vocês foram muito bem! Estou orgulhoso de vocês!
Erguendo a cabeça, num tom tímido, ele continua.
-Gostaria de pedir perdão a vocês. Eu os conduzi ao combate, e sou responsável pelas perdas que tivemos. Não fui um bom líder... - A voz do guerreiro falha por um segundo, e ele abaixa a cabeça novamente, com uma mão segurando o rosto.
-Ei, roxão! Deixa disso! Se não fosse você, nem estaríamos aqui! Acho que falo por todo mundo aqui que ninguém se arrepende de ter lutado. Não é, pessoal?
-Verdade! Deixa de autopiedade que isso não é teu jeito. Você é um guerreiro cósmico!
-Olha, eu mesmo preferia ficar no parque que era mais divertido... Hehehe, brincadeira! Gostei, a briga foi divertida!
Dillian ergue a cabeça novamente. Apesar de ainda estar com o rosto triste, seu semblante havia melhorado.
-Sabe, vou sentir muita falta do Nômade. Por muito tempo, ele foi como um irmão mais velho, cuidou muito bem da gente. Mesmo com o jeitão calado dele...
-Lembro até que ele foi querer peitar o Dillian assim que ele chegou, para proteger Gosma e eu...
-O rapaz era mesmo corajoso! Se não fosse por ele, acho que não havia mais porto nem a gente...
-Vou mesmo sentir muita falta daquele guerreiro de areia... E da Gosma! Cara, ela era uma irmã menor pra mim! Queria poder tê-la salvo.
-Não havia nada que pudéssemos fazer. Ela foi corajosa... Lembro das crises dela. Acho que se ela fosse normal, ia ser emo...
-Emo? Hehehhe, tem razão...
-Gosma foi a principal responsável por eu ter conhecido vocês... Mas sempre ví a coragem dela. Quando lutou com hordas de monstros de tinta na grande estátua.
-É, a nossa "irmãzinha" vai fazer muita falta... Pra mim, muito mais. Ela era a única garota que eu conheci, sabia?
-Você gostava dela? Tipo, DAQUELE jeito? Nunca falou nada!
-É... Bem, não sei o que eu sentia, na verdade. Mas de todos, ela era a que mais me entendia. E mesmo com o corpo de gosma, achava ela linda... Queria poder voltar no tempo para dizer isso a ela. Eu nunca disse...
-Ah, o primeiro amor... Eu lembro do meu. Ela se chamava Gorete... Ou seria a Mariazinha? Talvez a Aninha... - Ancião fica por um tempo tentando relembrar o nome de seu "primeiro amor" e meio que se perde em seus pensamentos - Ah! Mas sei o do Rex! Era o Mogli, o menino Lobo!
-Hahahaha! Caramba, Zé! A gente relembrando os bons tempos e você lembrando DESSA parte da história do Lobo?
-HAHAHAHAHAHAH!!!!
-HAHAHAHAHAHAH!!!!
-HAHAHAHAHAHAH!!!!
-HAHAHAHAHAHAH!!!!!
-É... Hehehehe... Vocês não prestam!
-Outro que vai me deixar saudade é o Golem. Ele era como eu... Por um tempo, imaginei que fossemos realmente irmãos, sabe?
-Verdade... Mas sabe, de todos, quem eu vou sentir mais saudade?
-Até ja sei... E me adianto, sinto a mesma coisa.
-Ratazana
-Ratazana
-Eu também gostaria muito que ela estivesse aqui. Ela saberia conduzir o grupo. Sempre a admirei, apesar de sua aparente fragilidade...
-Ela era mais que uma líder pra gente. Era uma mãe! Sempre cuidou da gente, e sempre estava lá quando precisávamos...
-Ela foi a mãe que eu nunca tive. Quer dizer, acho que minha mãe biológica nunca agiu como uma mãe. Isso é o que mais me dói. Por um tempo, ela foi minha mãe... E eu sinto que não fui um filho tão bom assim. Nem lhe dei um adeus, e só Deus sabe onde ela tá agora, se tá precisando da gente...Snif.
-Olha, ela foi mais legal comigo que meu próprio filho! Pensa nisso!
-Queria que ela estivesse aqui. Ela saberia pra onde levar a gente, agora que nosso cantinho virou uma cratera...
-Temos que encontra-la! Não podemos desistir dela assim! Ela deve ta por ai, e deve ter uma forma de fazer ela voltar a ser o que era...
-Concordo. Mas quando a nós, acho que sei o que devemos fazer. Vamos reconstruir nosso lar! Dessa vez, preparado para nos proteger de qualquer intervenção externa, como aquele maldito caçador ou coisa parecida. Não sou arquiteto nem o que vocês chamam de engenheiro, mas sei o suficiente de minha vivência como guerreiro cósmico. Precisamos apenas definir um local e ir atrás de materiais...
-Falou tudo, Di! Não podemos desanimar agora. Somos uma família, e família se ajuda!
-Eu queria pedir uma coisa pra vocês... Bem... Eu queria aprender a ler e escrever. Poxa, vejo vocês se virando legal ai, e me sinto um pouco burro por não saber tanta coisa assim.
-Ah, fí! Não esquenta, que nas horas vagas eu conto historinhas pra garotada... Posso te dar uma força. Só lembrar de como eu ensinava meu filho...
-Podemos ajudar também? - ouve-se uma voz familiar ecoando pelo esgoto. Chega Zefa Preta e os Mulambos.
-Dona Zefa?
-Ratazana sempre foi uma boa amiga, e me disseram que vocês estão passando necessidade. Ai eu trouxe um tantinho de comida procês. Devem estar famintos, não? JÃO! Larga esse pão, lembra que a comida é dos meninos aqui! DEPOIS a gente arranja algo proces!
-Eu primeiro! Prioridade pros idosos!
-Valeu, dona Zefa!
-Obrigado mesmo, senhora...
-Me chama de Zefa mesmo. Ratazana já ajudou muito a nós, e resolvemos retribuir o favor. Cuida desses meninos, tá? E conta com a gente sempre que precisar.
Após uma refeição simples, mas cheios de ânimo, o Bando ergue-se para o futuro. Havia muito a ser feito, e outros que podiam estar na mesma situação que eles. Os ideais de Ratazana não morreriam, nem aquela família. Mesmo com tudo que passaram, tudo só os deixou mais fortes. E ainda que o futuro fosse incerto, de uma coisa eles teriam certeza: Estariam juntos até o fim!
FIM.
Agradecimentos a todos que passaram pelo grupo, e que colaboraram para o desenvolvimento de uma história tão boa e rica!
- A Força de Sansão:
Foi uma das primeiras missões que postei. A ideia era fazer um vilão estilo Hulk. Foi uma das missões que mas gostei de postar, e rendeu muitos planos para futuras missões, que infelizmente nunca foram concretizadas. Com vocês, A força de Sansão!
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Fim de tarde em Nova Capital. Como era de se esperar, o transito estava bem congestionado! Em especial, a ponte entre Barão da Conquista e Itamaré estava bem tumultuado. Carros buzinando e pessoas loucas para chegar em casa após um longo dia de trabalho. Entre eles, Hermínio Gama, um conhecido professor da UnC, ainda impaciente pela demora, recebe uma ligação de seu aprendiz na universidade.
- Professor! Professor! Onde você está? - perguntava o jovem, atônito.
- Estou num congestionamento terrível aqui na ponte. O que foi, João?
-Meu Deus, você ainda está aí? Saia dai agora, enquanto é tempo! Se esconda!
- Acalme-se! Explique: o que está havendo?
- Houve um acidente! Ele enlouqueceu! Está indo atrás de você!
- ELE?!?
Rapidamente, Hermínio abandona seu carro e tenta atravessar o transito a pé. Mais buzinas tocando, irritadas com a ação dele. Mas era inútil escapar. Tremores de terra começam a assustar alguns, e logo carros começam a ser arremessados no início da ponte em Barão da Conquista. Uma silhueta é vista saltando do local, e avançando violentamente... Hermínio, desesperado, tenta em vão se esconder. Logo, um enorme homem de mais de dois metros e cabelos longos salta e se põe na frente dele.
- Te achei!
- Carlos, você precisa entender...
- Eu entendi... - fala o homem, segurando o professor com as mãos - Você vai me fazer voltar ao normal! Eu não quero mais!
- Espera, espera! Eu estou trabalhando nisso, mas você precisa me dar mais tempo...
- Chega! Chega de tempo! Já esperei demais! - fala o Homem, empurrando Hermínio contra um ônibus - Eu perdi tudo! TUDO! Estou cansado de suas promessas! Quero a minha vida de volta, ou eu tirarei a sua!
- Carlos, pare com isso! Você sabe que sou sua única esperança! Me matar só iria te prejudicar...
Nisso, o monstruoso homem para um momento, largando o assustado professor.
- Tem razão, professor...
- Claro... Veja o que você causou! Precisa sair daqui, antes que alguém te veja assim!
- Só tem uma coisa... - fala mudando sua expressão facial - Eu ouvi o que vocês estavam falando outro dia...
- Do que v-você esta falando?
- DO NOME QUE VOCÊS ME DERAM, SEU HIPÓCRITA! - grita, arremessando Hermínio contra outro ônibus.
Bem machucado, mas ainda consciente, Hermínio tenta explicar o que aconteceu, mas em vão...
- Carlos, v-v-você n-não entendeu...
- Não me chame mais de Carlos, professor! Sou o que vocês me chamaram! A partir de agora, me chame de SANSÃO!
Irado, Sansão começa a esmurrar a ponte, que começa a rachar. A essa altura, muitos já deixaram seus carros, mas a rapidez dos acontecimentos afetou alguns. Uma mãe tenta tirar seu bebê da cadeirinha do banco de trás, mas o desespero a atrapalha e não consegue retirar o cinto. Uma ambulância saiu da pista e agora está perto de cair. Fora muitas pessoas que sofreram acidentes ou tiveram seus carros esmagados por Sansão e agora não conseguem sair das ferragens, e os carros arremessados no mar, onde alguns ainda com vida tentam escapar. Se Sansão continuar a esmurrar a ponte, logo ela irá ser destruída, levando um número considerável à morte certa...
- Sansão morreu matando milhares de filisteus. Farei jus ao nome que me deram, LEVANDO TODOS COMIGO!
- Carlos, não... - fala Hermínio, pouco antes de perder os sentidos.
Cada golpe que Sansão investia na ponte, podia-se sentir o impacto. A ponte não ia aguentar muito tempo... Não tão longe dali, Vigilante se aproximava e via os sinais de destruição que Sansão causara. Sacando uma de suas armas, se aproxima do grandalhão e dá o primeiro disparo. Sansão mal sente o tiro, mas é o suficiente para parar de esmurrar o chão e ver que teve a ousadia. Vigilante se aproxima.
-Vai com calma ai, grandalhão. Eu me chamo Vigilante, e você está destruindo patrimônio público e ameaçan—MERDA!
Um carro é arremessado contra o herói, que se esquiva e se esconde atrás de um carro.
-IDIOTA! NINGUÉM IRÁ ME IMPEDIR! EU SOU—
Subitamente, outro tiro acerta as costas de Sansão, que sente um pouco de fraqueza. José Carlos, o Caçador de Lendas, acertara em cheio um dardo tranquilizante no novo monstro que acabara de encontrar. Sansão cambaleia um pouco, caindo de joelhos e apoiando-se com o braço para não cair. O caçador se aproxima, para poder capturar Sansão. Vigilante também se levanta, sem acreditar que foi tão fácil vencer o intimidador oponente.
-O dardo tranquilizante te afetou, grandão? Vou te levar comigo como troféu... – Fala Zeca.
-Você... Você usou tranquilizante? Em mim?
-Considere-se com sorte!
-HehehehheheHehHEhehEHHAHAHAHAHHAHAHAH!!!!! – Gargalha desdenhosamente Sansão – Isso é o que dá entrar em briga com quem não se conhece... Meu metabolismo já está contendo seu veneno...
Sansão se ergue na frente de Zeca, com quase o dobro do tamanho! Assombrado com o tamanho e o ódio no olhar do vilão, ele mal tem tempo de reagir. Sansão o pega com uma mão, que envolve toda sua cabeça, e começa a apertar bem devagar, fazendo o Caçador de Lendas gritar de dor! Vigilante resolve intervir, dando vários tiros para impedir o assassinato.
Enquanto isso, o motorista da ambulância, que estava desmaiado, recobra os sentidos e leva um susto! A ambulância já estava metade pata fora da ponte! E com o impacto das pisadas e golpes de Sansão, o veículo está cada vez mais se aproximando da queda! Do outro lado da ponte, uma mulher tenta desesperadamente tirar seu bebê da cadeirinha do banco de trás. O bebê chora, e ela no desespero não consegue tirar. Nisso, alguém toca em seu ombro, e fala com uma voz suave, transmitindo paz:
-Tome, salve seu filho! - fala um homem loiro, entregando-lhe uma lâmina de luz.
-Quem é você? – pergunta a mãe, admirada e grata pela ajuda.
-Sou um amigo. É tudo que precisa saber. Vamos!
No palco de destruição, o jovem herói Canário chega afoito! Vendo o tamanho de Sansão, fica por um momento paralisado, sem saber o que fazer. Reconhecendo suas limitações, ele decide ajudar as vítimas inocentes. Colocando um visor especial, percebe que há uma senhora presa em seu carro, que capotou e agora está de cabeça para baixo e parcialmente esmagado.
-Socorro! Alguém me ajude! – gritava a mulher.
-Calma, senhora! Eu me chamo Canário, e estou aqui para ajudar!
-SIM, MAS VAMOS LOGO COM ISSO!
-Opa, tudo bem... Hmm... – fala Canário, um pouco confuso sobre o que fazer – Já sei! Vou arrombar a porta, perai!
Pegando um destroço em forma de barra que encontrou, quebra o vidro de trás e se aproxima da senhora, que ainda está presa em seu cinto de segurança. Liberando-a, pede para que ela fique para trás e pressiona a porta para que abra, batendo com a barra de ferro. Obtendo êxito, tira a idosa do veículo. Satisfeito com o salvamento, percebe que ainda há muito a ser feito...
Enquanto isso, Sansão ainda está segurando o Caçador de Lendas, mas está incomodado com os tiros de Vigilante.
-Deixe-o em paz!
-Você o quer? Tome! – fala, arremessando Zeca contra Vigilante, e ambos batem num carro.
-Você está bem?
-Já estive melhor...
-Olha, vou tentar chegar perto, você fica aqui. Não está em condições de brigar.
Preparando novamente sua arma, Vigilante dá alguns tiros para chamar a atenção de Sansão. Ele pega um carro, parte-o em dois e arremessa contra o agente do PEGASUS. Do primeiro ele consegue se desviar, mas o segundo acerta-o de raspão. Vigilante cai, e rola para trás de um carro. O tremor faz com que a ambulância comece a empenar para fora da ponte, e não havia nada que o motorista pudesse fazer a não ser rezar pela sua vida.
Quando a ambulância já ia cair, algo faz com que ela pare. Como se um guincho a estivesse puxando para trás. Poderoso Xangô havia chegado, e apesar de sua natureza guerreira, resolve ajudar as pessoas em perigo. A ambulância, no entanto, estava tão próxima de cair que Xangô faz muita força para manter a estabilidade. É quando outra ajuda chega; Redentor segura a ambulância, ajudando o orixá a trazer o veículo para um local seguro.
-Obrigado por auxiliar-me, nobre herói. É um prazer reencontra-lo aqui!
-Certamente, mas estas pessoas ainda precisam de nossa ajuda!
-Juntemos nossas forças,novamente! Não há tempo a perder!
Então, Redentor pula da ponte, para ajudar as pessoas que estão presas em seus carros, enquanto Xangô parte para retirar as pessoas dos veículos. Canário, que estava tentando ajudar algumas pessoas, fica frente a frente com o deus de ébano e por um momento fica sem saber o que dizer.
-V-você é o p-p-poderoso Xangô? Cara, sou seu fã!
-Jovem guerreiro amarelo, eu percebo que queres ajudar. Auxilie estas pessoas para fora daqui em segurança, enquanto eu as tiro destas ferragens. Podes fazer isso?
-C-claro! Seria uma honra! – fala Canário, sem acreditar no que está acontecendo.
Então, os três heróis se unem para retirar as pessoas, enquanto Vigilante cuida de Sansão. Porém, o policial não consegue muito êxito. Sansão, cansado das investidas dele, faz um grande salto e fica frente a frente com Vigilante.
-Você está me cansando, tira de merda!
-Ah, não enche! – fala acertando um soco no rosto de Sansão. Este mal sente o golpe.
-Hehehe... Isso é tudo que você tem?
-Isto se chama aquecimento!
Mal termina a frase, e Vigilante acerta um chute nos bagos do adversário, que dobra os joelhos e segura o grito de dor. Vigilante acerta vários golpes seguidos no rosto do vilão, e um chute no estômago para fazê-lo cair ao chão.
-Sou um soldado treinado, grandalhão. Enquanto você é apenas um marombeiro porraloka.
-Então você é um deles...
-Um deles quem?
-VOCÊ É UM DELES! – Grita, erguendo-se rápido com um olhar furioso – VOCÊS QUEREM ME USAR COMO COBAIA! QUEREM QUE EU SEJA UMA DE SUAS MARIONETES!
-Você tá delirando? Eu nem te conheço!
-Você faz parte dessa corja! Me usaram, e estão te usando como marionete assim como eu! Não vou permitir que me usem como cobaia, NÃO VOU!
Nisso, Sansão fica louco de raiva, e avança tão rápido para cima de Vigilante que ele mal tem tempo de reagir. Leva um forte soco no peito, que o faz atravessar um ônibus. Sansão avança impiedosamente contra ele, destruindo mais carros no caminho. O herói ainda está desnorteado com o soco, mas tenta atirar no inimigo; algo que ele nem mesmo liga. Vigilante tenta se erguer, mas Sansão lhe dá mais um soco, criando uma pequena cratera no chão. Pegando a cabeça do policial, bate várias vezes no chão, fazendo com que o capacete comece a rachar.
-Onde está o seu treinamento? Hein? Seu treinamento não é mais forte que o meu ódio!
Mais uma vez, bate a cabeça de Vigilante contra o concreto, deixando o herói imóvel. Volta para onde estava a fim de terminar o que começou. Porém, vê o Dr. Gama de pé olhando para ele.
-Carlos, o que você fez? – fala tremulamente, pois havia tido ferimentos internos que causavam muita dor.
-Você me enganou, professor! Roubou minha humanidade! Tudo isso pra que? RESPONDE! Quanto estão te pagando para me transformar num monstro?
-Você mesmo está se transformando num monstro. OLHE EM VOLTA, CARLOS!
Nisso, Sansão olha para os lados, e vê a destruição que causara. Redentor e Xangô terminavam de salvar os inocentes que lá estavam. Alguns corpos na ponte, de pessoas que não tiveram tempo para se salvar. Sansão se ajoelha e começa a chorar.
-O QUE EU FIZ? MEU DEUS, O QUE EU FIZ?
-Carlos, por favor, renda-se!
-Não! NÃO! NÃO QUERO SER UM RATO DE LABORATÓRIO! NUNCA MAIS!
Sansão novamente salta, dessa vez para o fundo do mar. Xangô mergulha na água, mas já não o encontra mais. Redentor vai até Hermínio Gama, para ajuda-lo. O professor estava bem ferido. Vigilante, já de pé, também chega até Hermínio.
-Você o conhecia? – pergunta Redentor.
-Ele era meu aluno... E falhei com ele.
-Acho que você terá que se explicar melhor com uns amigos meus, doutor. Sinto muito, mas terei que levar você.
-Sim, sim... - fala suspirando
Redentor nada fala. De alguma maneira, sente que o tal professor tinha alguns “pecados escondidos” que precisava confessar. Olhando fundo nos olhos de Hermínio, fala:
-Não perca sua salvação, doutor. Não faça como seu aluno...
Canário nem acredita no que está acontecendo. Sua primeira ação como herói, e já viu de perto os famosos heróis Vigilante e Poderoso Xangô! Apensar de não conhecer Redentor, sentiu que alí estava um valoroso herói.
-Caramba, que é que eu to fazendo aqui! Com caras como o Poderoso Xangô e o Vigilante aqui, que merda eu to fazendo?
-Está nos ajudando a salvar vidas! – Fala Xangô, surgindo atrás de Canário.
-Xangô? E-e-eu...
-Tu colaboraste conosco hoje, auxiliando estas pessoas a saírem da zona de perigo em segurança. Tens ideia de como foste útil hoje?
-E-e-e-eu... Obrigado!
Xangô nada fala, apenas voa para longe. Hermínio Gama é escoltado por Vigilante, para prestar depoimento. Redentor sai do local sem alarde. Caçador de Lendas, no entanto, é carregado por seu amigo Rubião para dentro da caminhonete e saem de lá o mais rápido possível.
Bem longe dali, Sansão apenas chora. Tudo que deseja agora é um pouco de paz para sua alma... Será que iria conseguir?
- O Voo do Pegaso - Prólogo:
Essa aqui foi uma das primeiras aventuras em que Dillian tem certo destaque, e uma das que nunca me esqueço. Foi jogador contra jogador. E também foi uma forma de "limpar a casa", já que alguns ai estavam inativos. Marca também a aparição de Halak Qwan pela primeira vez. Vou dividir em episódios, e este é o prólogo. Sei que essa aventura está no DATABASE, mas mesmo assim acho que será legal compartilhar por aqui também...
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Titã era o membro mais ativo do Programa Especial Governamental de Agrupamento de Superseres Ultra Secretos - P.E.G.A.S.U.S. O grupo também conta com integrantes menos ativos dos quais se destacam Cometa e Violeta e os membros menores Tornado, Agente Duplo, além do novato Homem-Positivo.
Os sete são chamados para uma reunião de apresentação de seu comandante. Os soldados esperam impacientes, o mau humor de Cometa e as esquisitices de Agente Duplo deixavam uma tensão no ar.
Minutos se passam e finalmente o comandante aparece. Um homem alto e forte, de cabelos grisalhos e um tapa-olho escondendo a órbita direita, vestido com um terno repleto de medalhas de condecorações entra no aposento. Ele tem um ar ameaçador e bruto, examina cada um dos presentes com um olhar atento.
Ele reprova as vestes de Violeta e olha com desdém para Tornado, e não liga muito para as posturas de Titã e Homem-Positivo.
- Eu tenho acompanhado a vida de vocês. Estou de olho em cada passo que dão. E de todos vocês, apenas um cientista - ele aponta para Titã - Um cientista tem feito o trabalho de soldados. Trabalho que vocês deveriam fazer - ele soca forte a mesa, falando num tom alto.
- Não foi pra isso que vieram aqui. Não é pra isso que estão aqui. Eu quero ver trabalho! Eu quero ver ação! E vocês estão sendo uns palermas - diz o comandante, irritando Cometa e Violeta, nitidamente.
- Este é um ultimato. É a minha primeira aparição na vida de vocês e poderá ser a última, se não obtiverem sucesso. Tomem - ele arremessa uma lista com alguns nomes - Estes são sujeitos procurados em nossos departamentos, com a acresção de um filho de vilão e um cabeça-quente que pode fazer estragos se não for contido. Sua missão é simples: encontrem-nos e tragam-nos. Vivos ou mortos.
Cada um dos presentes tem uma cópia da lista, que continha seis heróis, com, fotos, possíveis e esconderijos e modo de agir. Seus nomes eram Caveira, Supremo, Dillian Fa, Explosão, Salto e Magnético.
- Andem! O que estão esperando?
Os membros do P.E.GA.S.U.S. dividem os procurados entre si e cada um parte à caça dos heróis listados.
Cometa alça voo, fazendo uma ronda aérea. Tornado voa logo em seguida, tranformando seus membros inferiores num furacão. Titã aumenta de tamanho e sai caminhando, atento. Homem-Positivo também voa, segurando a lista de procurados numa mão. Violeta monta em sua moto púrpura e sai do Setor Militar armada até os dentes. E os Agentes Duplos partem num conversível, já com duas outras cópias nos bancos de trás, todos armados.
- O Voo do Pegaso - Parte 01:
Caio Rodrigues, o integrante do Batalhão de Forças Especiais que desenvolvera uma mutação aerocinética depois de quando morrer num treino em que seu paraquedas não abrira. Seus superiores encaminharam-no ao P.E.G.A.S.U..S., um programa de superseres do governo.
Sua vida no programa era muito melhor que no Batalhão, as regalias mais sofisticadas, além de um salário mais gordo. Mas o serviço parecia não acontecer devidamente. Praticamente, quem mantinha o trabalho de prender superseres, foragidos e supercriminosos era a força tarefa do P.E.G.A.S.U.S.
Até que um dia todo o grupo foi posto contra a parede pelo Comandante, que cobrava, com rigor, uma atuação dos membros. Após dar uma lista com nomes de procurados, restou a Caio a captura do alienígena conhecido como Dillian Fa, que assumira a alcunha de Defensor, atuando como um vigilante fora da lei.
Tornado parte à caça do extraterrestre. Ele sabe que será difícil, seu alvo não tem um lugar fixo, vivendo de forma nômade, mas suspeitava que perambulasse pelo Porto, já que parecia ter alguma relação com uma garota deformada que atuava junto de um bando de grotescos que habitava o lugar. Rumou para lá e avistou seu alvo caminhando pela região.
Então, você é o tal Dillian... Não parece tão ameaçador - fala Tornado, com os braços cruzados - Você tem dado um bom trabalho, cara de ameixa! Vai voltar pra cela que é o seu lugar!
O membro do Pegasus usa seu poder para formar um redemoinho em volta do alienígena, mas a criatura usa seu cristal de portal para sair da armadilha.
Então, decidiram mandar os agentes com poderes agora? Sou Dillian Fa, o Defensor! Já sobrevivi a guerras e já cheguei muito longe em minha missão. Se você quiser, pode vir! Mas prepare-se para a maior batalha de sua vida!
Tornado invoca mais uma vez seus poderes, desta vez, aumentando o furacão que usava como locomoção, para atingir uma área maior. Defensor tentaria usar seu teleporte mais uma vez, mas Caio estava preparado para isso. Assim que percebe o movimento de seu alvo, desfere uma rajada de ar em sua mão, de modo que o cristal fosse arremessado.
- Eu sou um soldado, criatura. Estudei os seus movimentos. E sei que sem o seu brinquedinho, não terá como fugir ou me atacar. Você não tem um ataque à distância. Esta é sua fraqueza.
O caçador começa uma sucessão de golpes, usando disparos de ventos cortantes contra Defensor, que esquivava como sua super agilidade permitia.
- Desgraçado, estou obviamente em desvantagem, mas também sou um guerreiro - ele diz avançando em Tornado, pronto para desferir um golpe após um salto. A espada energética de Dillian corta o ar, deixando um rastro de luz verde no ar.
- Admiro sua bravura, monstro. Você seria uma aquisição interessante em nosso grupo, se tivesse disciplina suficiente e colaborasse conosco. Teríamos meios necessários para achar seu inimigo, inclusive.
Dillian está desnorteado. Sua missão era justamente prender Halak Qwan e, se não fosse tão cabeça dura, poderia estar numa equipe com recursos necessários para achá-lo.
- Não percebe que sai perdendo com tudo isso? Você nos ajudaria, nós o ajudaríamos. Claro que, a princípio, estaríamos te vigiando, mas com o tempo...
Tornado não termina sua frase. Uma lâmina semelhante à de Dillian cresce no peito dele.
- Mas com o tempo, não me acharia - diz uma voz gutural, em idioma ZaAhno.
O corpo do soldado tomba, seus poderes falham e ele cai sem vida, revelando seu algoz: Halak Qwan.
- Estes terráqueos acham mesmo que me encontrariam? Pobres tolos. Te encontrar até não foi tão difícil, mas preciso resolver minhas questões com você. Perdi todos os cristais, com exceção desta - ele mostra o cristal laranja, que poderia encontrar os demais cristais pelas redondezas - e vejo que você tem a pedra do movimento. Com ele, seria mais fácil encontrar todas as outras.
Dillian reforça o braço da espada energética, seu coração pulsa forte, ele está nervoso, não esperava encontrar seu inimigo tão rapidamente, e saber que ele mesmo estava sendo caçado todo este tempo por seu rival.
- Travaremos nossa luta final aqui e agora, Qwan. Você não irá se apossar dos cristais de ZaAh.
Halak gargalha.
- Só não lhe encontrei antes porque seus portais sempre eram ativados quando eu estava próximo. E você não sabe como isso me irritava. Mas isto cessará hoje - ele diz, desativando sua espada, o movimento faz o sangue de Tornado respingar, e ativando logo em seguida, com a lâmina limpa - Verme.
Mas Tornado ainda tem um último fôlego, concentrando sua força interior, consegue desferir um disparo potente em Halak, o que dá a chance de Dillian resgatar o seu cristal.
Halak não se fere, precisaria de algo mais forte que um disparo de um mutante moribundo para fazê-lo cair. Ele caminha calmamente até Tornado e, com um golpe rápido, decapta o aerocinético.
Monstro! Ele estava só cumprindo o seu trabalho.
Halak olha impaciente para Dillian.
- Você é sempre estúpido assim? Acha mesmo que este ser inferior iria te ajudar de alguma forma? Não seja inocente, ele certamente...
A fala de Qwan é interrompida, três helicópteros ostentando o brasão do P.E.G.A.S.U.S. focam holofotes nos dois rivais.
- PARADOS! VOCÊS ESTÃO CERCADOS E SOB MIRA PESADA. ABAIXEM SUAS ARMAS E... O QUE É AQUILO? É O CORPO DE TORNADO? ABRAM FOGO!!!
Várias metralhadoras são acionadas. Halak usa de sua agilidade para se esquivar de alguns tiros, enquanto outros ricocheteam sua armadura. Dillian sofre menos, usava seu portal para uma esquiva primorosa.
Vendo que não daria conta de liquidar seu inimigo sob a mira de tantas armas, Halak Qwan recua, sumindo num bueiro.
- Ainda terei o que é meu, Dillian.
Defensor, por sua vez, aciona uma série de portais para sair dali o mais rápido possível.
Sem saber pode onde procurar, os helicópteros pousam, uma equipe de vários homens descem o bueiro, à caça de Halak, enquanto outros vão socorrer Tornado. Do maior dos helicópteros, o Comandante do P.E.G.A.S.U.S. desce, aproximando-se do cadáver.
- Deixem-me a sós com o garoto. Esta é uma ordem.
Assim que os soldados viram as costas, o superior toca o corpo de Caio. Uma energia sai do cadáver e penetra pelas maãos do comandante, que se sente revigorado.
- Pronto, levem-no para o Quartel.
Enquanto os soldados, preparam o corpo do soldado morto, o Comandante caminha em direção ao helicóptero. Em sua face, um sorriso sinistro. Em sua mão, um pequeno redemoinho.
- O Voo do Pégaso – Parte 02:
Guilherme Martins dos Santos,vulgo Cometa,sempre foi uma pessoa que fez de tudo para chegar ao topo. Egoísta e arrogante o rapaz não se importava com os outros a sua volta,não dando muito valor a vida.
Ficou conhecido e temido em toda Nova Capital por agir de forma destrutiva e violenta,muitas vezes até matando seus adversarios,porém de uns tempos pra cá,andou sumido e consequentemente seu status caiu bastante,mas isso estava prestes a mudar.
Um grupo de super seres filiados a P.E.G.A.S.U.S.,do qual Cometa faz parte, recebeu uma missão de capturar (vivos ou mortos) os heróis “foras da lei” de NC,esta era a chance perfeita para triunfar novamente.
Setor militar-Sala de reunião da P.E.G.S.U.S.-
-Andem! O que estão esperando?-
Os sete pegam suas pastas enquanto discutem ali mesmo uma estratégia para a captura dos alvos,porém Cometa pega seus arquivos e se retira da sala dizendo:
-Façam o que quiserem entre vocês,mas o tal Caveira é meu!
A ficha de Caveira era a mais incompleta e misteriosa por causa das poucas informações que continha. Em suas aparições,geralmente a noite,haviam pouquíssimas testemunhas, o que acabava transformando o vigilante numa lenda urbana da cidade,e isso aumentava ainda mais a vontade de Cometa captura-lo...
Jardim da Redenção,por volta das 22:10
No meio da rua,ao lado de um furgão em chamas,Caveira e Cometa se encaravam,enquanto moradores do predinho ao lado observavam a cena
Porque fez isso? não precisava matar os dois,eu já ia pega-los- Diz Caveira num tom sério
É como dizem,“temos que cortar o mal pela raiz”,e foi o que vim fazer-
Caveira apenas o olha sem dar uma palavra.
Vou direto ao ponto,tenho ordens diretas pra pegar você e seus amiguinhos “foras da lei”.Você pode se entregar numa boa,ou morrer tentando escapar,qual vai ser? Diz Cometa num tom arrogante
Acha que vou me entregar prum mane feito você? -
Foi o que pensei-
Cometa agarra a carcaça em chamas do Furgão e a arremessa na direção de Caveira que consegue se esquivar.
O vigilante joga uma bomba de fumaça na direção de Cometa atrasando-o, em seguida corre para um prédinho velho, mandando os poucos moradores dele caírem fora, pois clima estava pra esquentar e se ficassem ali iriam se ferir.
Enquanto as pessoas saiam desesperadas, Caveira preparava algumas armadilhas para deter seu adversário.
Após dispersar a densa fumaça, Cometa voa em disparada para dentro do prédio, destruindo sua entrada, que explode graças a um detonador que Caveira implantou ali,em seguida O soldado da Pegasus da alguns passos procurando pelo vigilante.
Apareça!!-
Ele voa subindo as escadarias, e consegue ver o vulto de seu alvo entrando em um dos apartamentos.
Cometa vai até lá e se depara com Caveira segurando uma gaveta de talheres
Preparando os talheres para eu servir sua cabeça numa bandeja? -Diz o soldado com um sorriso no rosto.
Caveira começa a atirar algumas facas na direção de seu oponente, mas em vão, as facas de cozinha não causam ferimento algum em Cometa
Isso é patético, sou praticamente invulnerável -
Desesperado Caveira larga a gaveta de talheres mantendo apenas duas facas em mãos e parte para cima de Cometa, lhe aplicando uma facada no tórax, porem esta se parte em pedaços.
Não disse? -Diz confiante.
Disse...e eu te peguei-
Responde Caveira, cravando a segunda faca no abdômen de Cometa que grita de dor
Metal super reforçado, cortesia do exercito, agradeça eles depois-
Furioso, Cometa parte para cima de Caveira, que consegue se esquivar dos socos, porém no momento em que ia atacar, acaba sendo agarrado pelo pescoço e erguido até o teto onde é arrastado violentamente destruindo parte forro, o forte impacto lhe custou algumas costelas quebradas.
Pendurado em uma cratera no teto,o vigilante consegue alcançar e cortar no meio um cabo de alta tensão sem que Cometa percebesse.
Vocês esta acabado! -
Ainda não! -
Pressionando as duas pontas do cabo contra a cabeça de Cometa, Caveira consegue se livrar de seu carrasco o eletrocutando, consequentemente o curto circuito deixa o prédio na escuridão total,dando vantagem a fuga do vigilante.
Arghh maldito! isso não vai me parar, vou acabar com você verme !não vai poder se esconder pra sempre-
Caveira sobe as escadarias e se prepara para atacar Cometa, que assim que aparece no corredor é alvejado pro uma saraivada de tiros que quase não o fere
Vai precisar de mais do que isso-
Eu sei...
Jogando um bujão de gás escada a baixo, Caveira da um tiro no objeto assim que ele chega perto de seu oponente.
Uma forte explosão acontece abalando as estruturas do prédio, que agora estava com um dos andares em chamas.
Com seu traje parcialmente destruído, Cometa sai do fogaréu e voa em disparada alcançando Caveira.
Furioso, o soldado consegue atingir Caveira com uma rajada de energia o derrubando imediatamente. Ele se aproxima, e mais uma vez agarra o vigilante pelo pescoço e lhe aplica um forte soco no abdômen o jogando a metros de distancia.
Vocês foi um cara difícil! Deu até curiosidade em saber quem esta por baixo dessa mascara ridícula -Diz Cometa tentando arrancar a mascara de Caveira,que em defesa para preservar sua identidade, borrifa acido da face de seu adversário.
Arghhh filho da puta meus olhos-
Mesmo ferido e mancando Caveira sobe mais uma escadaria, chegando no 4º e ultimo andar. Sem muitas armas pra usar e praticamente sem escapatória, com exceção da escada de incêndio dos fundos, ele vai até em um dos apartamentos e ao entrar no quarto não vê nada além de uma cama bagunçada e um guarda roupa cheio de roupas velhas.
Mesmo com alguns ferimentos, e com os olhos ardendo, Cometa ainda se mantinha firme em sua missão.
Com as mãos carregadas de energia iluminando os corredores, ele procurava por seu alvo.
Apareçe seu merda, eu não saio daqui hoje antes de te matar! - Grita Cometa
Se é tão importante pra você venha me pegar
Cometa escuta a voz e vai se aproximando, olhando atentamente a cada apartamento
Eu sou indestrutível e não vou parar é melhor você desistir, vai sofrer menos ao morrer-
Se isso te anima, não vou mais lutar com você-
Ótimo -responde Cometa destruindo a porta do ultimo apartamento, de onde vinha a voz.
Acho que isso é o fim, não? - Diz Caveira imóvel, com sua grande capa o cobrindo todo
É..agora vejamos quem esta por baixo da mascara nojenta-
Ao retirar a mascara, Cometa se assusta ao perceber que era apenas a capa e a mascara de seu adversário ali em um cabide, junto a elas seu cinto e um comunicador de onde vinham as vozes
Filho da puta!! -
Gostou do que tem por baixo da mascara? O melhor vem agora...até a próxima mané!
O cinto faz um “bip”, detonando todos os explosivos que ainda haviam nele, o impacto da explosão abala ainda mais as estruturas do predinho o fazendo desmoronar.
Na rua entre as pessoas que estavam assustadas ao verem o prédio ruir, um homem de boné e sobretudo com um leve sorriso no rosto se afasta mancando da multidão enquanto guarda em seu bolso um objeto semelhante a um “walk talk”.
Frank sabia que agora sua cabeça mais uma vez estava a premio e que todo cuidado era pouco.
Minutos depois um helicóptero da P.E.G.A.S.U.S. chega no local.
Alguns agentes isolam a área para uma perícia e outros conversam com os moradores sobre ressarci-los dos bens perdidos, enquanto os médicos da organização, faziam os primeiros socorros em Cometa, que ainda estava desmaiado entre os escombros.
De dentro do helicóptero um dos agentes faz uma ligação:
Senhor, mas noticias, Cometa falhou em sua missão. -
Já esperava isso, o imprestável ainda esta vivo pelo menos? -
Sim senhor, apesar de estar com ferimentos e queimaduras pelo corpo, ele vai ficar bem-
Ótimo, o encaminhem de volta a base, é hora de ressuscitarmos o projeto “Cosmus” -
Perfeitamente senhor! –
Re: Contos do FHverso X - Por Dillian Fa
15/07/14, 02:43 pm
Atualizado com a continuação do Voo do Pegaso
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