fabricadeherois
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.

[Bairro] - Reserva Macunaíma

+2
Atieno
Administrador
6 participantes
Ir para baixo
Administrador
Administrador
https://fabricadeherois.forumeiros.com

[Bairro] - Reserva Macunaíma Empty [Bairro] - Reserva Macunaíma

02/09/20, 09:40 am

Reserva Macunaíma


[Bairro] - Reserva Macunaíma Reserva

A Reserva Macunaíma se trata da última área de demarcação de terras indígenas de Nova Capital, e também de uma das áreas mais disputadas em toda a história do país. Desde o período colonial, com as idas de jesuítas e escravos fugidos, passando por conflitos com militares, e até nos dias atuais, a Reserva Macunaíma está envolta por polêmicas quanto aos verdadeiros donos daquelas terras.

Com a formação de Nova Capital, os indígenas daquela reserva receberam promessas de que suas terras seriam respeitadas, e isso constantemente foi ignorado pelo poder público, dada a instalação da COHAB Nova Aparecida, que serviu para indenizar donos de imóveis que foram inundados pela Represa de Aparecida, e o condomínio Veredas do Café, um condomínio de classe média-alta cercado por grandes muros.

Dentro da reserva, os cerca de 2000 moradores se organizam do jeito que podem. Há plantio de terras e serviços básicos, tendo uma escola e um posto de saúde próprios da comunidade. Porém, o dia a dia dos moradores só é conhecido pelos próprios, que pouco tem tempo para compartilhar, já que agora precisam lutar contra a grilhagem de suas terras por milicianos do Cabrião, e precisam lutar contra as tentativas dos governos de reduzir a demarcação indígena e para proteger suas crenças, tradições, ritos e, principalmente, sua existência.
Atieno
Atieno

[Bairro] - Reserva Macunaíma Empty Sou melhor que você

08/09/20, 02:52 am
Sou melhor que você
Reserva Macunaíma, 6 de Setembro, 01h00

Nas primeiras horas da véspera de feriado, Luciano pilotava sua moto para a última entrega do dia. Trabalhava na pizzaria Nova Siena havia poucos meses, mas já era bastante considerado pelo dono da pizzaria, o seu Xandinho. Mas a última entrega do dia seria para um velho cliente da pizzaria... e um que já provocou muitos problemas. Dois entregadores já haviam pedido as contas por serem humilhados por aquele homem, e um terceiro se recusava a pegar entregas a ele.

Luciano tinha sido solicitado pelo próprio Xandinho para entregar àquele homem. Prometeu que o custo daquela viagem seria triplicado, e orientou o entregador a não ter muito papo com o cliente. O entregador acenou com as orientações, pilotando até o Veredas do Café, na entrada da Reserva Macunaíma. Ao chegar na entrada do condomínio, já percebeu que teria problemas quando o homem não estava ali. Solicitou gentilmente ao porteiro que chamasse o rapaz, e este o atendeu.

Quando Luciano viu, um homem morbidamente obeso, de pele mais clara que boneco da Michelin e um olhar patético se aproximou, andando bastante devagar. Ele parecia muito fulo, e já começou dirigindo xingamentos ao jovem.

— Por que você não subiu pra me levar e me forçou a descer pra cá, seu vagabundo? Eu que tô pegando teu salário, filho da puta. Tinha que ser favelado. Gente rica como eu ter que descer por que gente como você não quer fazer o que são pagos pra fazer... — disse o gordo, que mal aguentava parar em pé, e logo em seguida passou a agir de racismo com Luciano.

Só que o entregador não tinha sangue de barata. Ele até ignorava comentários sobre ele ser "vagabundo", e poderia engolir o sapo de ser taxado de inferior. Mas o moby dick à sua frente falou de sua cor... e ele não ia deixar barato.

— Bom, posso ser tudo isso que você falou, mas diz aí, cê é rico por que trabalhou pra isso ou por que teu papai te deu?

Alguns risos foram ouvidos de curiosos que viam a cena na entrada do prédio e filmavam a briga. E o obeso ficou irado com aqueles risos. Ora, como poderia ser humilhado por aquele simples entregador?

— Vá se foder, moleque. Você tem inveja disso aqui, ó! — o gordo passou a mão na própria pele. — E lugar de gentinha que nem você é no inferno.

Aquela ameaça fez Luciano estancar. E o "cliente" sacou uma faca que carregava em algum lugar — melhor não saber qual —, partindo pra cima do entregador.

------------------------------

OBJETIVO
— Salvar Luciano (ND 5)

Observação: missão exclusiva para a personagem Devaneio
Devaneio
Devaneio

[Bairro] - Reserva Macunaíma Empty Re: [Bairro] - Reserva Macunaíma

08/09/20, 05:09 pm
— Esse é fofo demais… Essa tá com pouca roupa… Esse com uniforme de couro não dá, né? Essa outra tá a cópia da Miragem dos quadrinhos, não rola. — Estava conversando sozinha, no meio da mata na Reserva Macunaíma, em plena madrugada, enquanto criava algumas ilusões na minha frente de como poderia ser meu visual heróico. — Esse tá perfeito!

A ilusão na minha frente, com o triplo do meu tamanho, era do ator Terry Crews, usando uma máscara vermelha e um uniforme que estampava em seu peito um cachimbo negro com fumaça formando um “S”. Se eu precisasse intimidar algum inimigo, não podia simplesmente aparecer na frente dele com meus 1.20m de altura, então essa montanha de músculos que iria aparecer cara-a-cara com os vilões. Se é que eu enfrentaria algum.

Mesmo tendo decidido que seria uma heroína, ainda não havia tido oportunidade de cometer nenhum ato heróico. Minha rotina era basicamente trabalhar o dia inteiro, depois vir para a Reserva, que já era um ambiente familiar, onde podia treinar sem interrupções ou suspeitas dos meus pais. Nesse dia em especial, havia me empolgado e ficado até mais tarde. Até me assustei ao ver a hora.

— É melhor a gente vazar daqui logo, grandão. Tomara que a gente chegue na parada a tempo de pegar o busão. — Falei para a ilusão e saímos andando juntos, terminando de fumar um resto de tabaco no meu cachimbo.

Escutei os gritos raivosos de longe, enquanto saía da mata na direção do condomínio chique. Parei para assistir, assim como outros curiosos que estavam por perto. Também ri quando o entregador enfrentou o racista. “Bem feito. Racista merece se foder, mesmo”. Pensei que depois disso o agressor se acovardaria em sua insignificância, mas em vez disso, ele voltou a gritar, ainda mais irritado. Prevendo o pior, já catei algumas pedras no chão.

Ação:

Quando o branco parte pra cima da vítima com uma faca, tentarei atirar, com a funda, uma pedra na mão que segurava a lâmina para desarmá-lo e impedir que acerte o entregador. Em seguida, pretendo fazer com que somente o agressor veja minha ilusão do Terry Crews, um homem negro, com quase 1.90 de altura e roupa de super-herói se aproximando dele, como se fosse o responsável por tacar aquela pedra, enquanto a platéia vê só uma garotinha de capuz vermelho.

— Ei, seu merda, por que você não xinga alguém do teu tamanho? É muito fácil querer pagar de machão aqui, cercado e protegido por privilégios. Tá na hora de alguém tirar essa sua máscara e mostrar pra todo mundo que você não passa de um covarde. Não passa de um menininho mimado por papai e mamãe, com medo que descubram que você não é nada. — Direi, para irritá-lo.

Espero que ele se acovarde com a ilusão musculosa e corra para casa. Mas caso ainda queira brigar, tentarei desviar dos golpes com minha agilidade, enquanto a ilusão faz o mesmo, com o objetivo de desequilibrar o inimigo para humilhá-lo ainda mais na frente de todos, até que desista.

OBJETIVO
— Salvar Luciano (ND 5)
Atieno
Atieno

[Bairro] - Reserva Macunaíma Empty Re: [Bairro] - Reserva Macunaíma

08/09/20, 10:06 pm
Sou melhor que você - Resolução

As coisas, que já eram ridículas, assumiram um nível de tensão extremamente alto e de forma desnecessária. Assustado com a ameaça do obeso, Luciano soltou a caixa de pizza no chão. Aparentemente isso deixou o agressor ainda mais irritado.

— Minha pizza! Ah, não, agora você me paga!

Igual a um touro, o gordo avançou contra Luciano, e já se preparava para dar uma facada, quando uma pedra atingiu sua mão, o fazendo derrubar a faca longe e dar um grito patético de dor. E quando ele se virou pra xingar seja lá quem fosse que tinha feito aquilo, um frio subiu sua engordurada espinha: um homem de quase 2 metros de altura (e largura), todo musculoso e muito parecido com Terry Crews estava diante dele. Usava uma máscara e uma roupa de super. E parecia furioso.

— Ei, seu merda, por que você não xinga alguém do teu tamanho? É muito fácil querer pagar de machão aqui, cercado e protegido por privilégios. Tá na hora de alguém tirar essa sua máscara e mostrar pra todo mundo que você não passa de um covarde. Não passa de um menininho mimado por papai e mamãe, com medo que descubram que você não é nada. — teria dito o grandalhão. Mas não era bem assim...

Tanto Luciano quanto as câmeras dos celulares viam apenas uma garotinha, com menos de 1 metro e meio e uma roupa que lembrava um saci diretamente do Sítio do Picapau Amarelo. Devaneio pôde ouvir que só risos preenchiam aquele ambiente, e estes aumentaram quando o gordão tentou fugir da garotinha, tropeçando num degrau e indo de boca no chão. Até Samanta riu quando a mancha marrom se formou nas calças do gordo escroto. E ele, humilhado, voltou pra casa sem sua pizza, e sem agredir mais ninguém, para alívio de Luciano.

— Agora ele vai chorar pro papai e pedir pra defender ele disso... — ele riu, se recuperando do susto e indo agradecer à Devaneio.

--------

No decorrer do dia, o vídeo da garotinha botando o gordo já tinha passado de 500 mil visualizações numa rede social, e compartilhado com tags como #BaixinhadoMacunaíma, #GordoIdiota e #Cagão. A descrição era a mais hilária de todas, e o vídeo terminava com a pequenina tendo o foco da tela.

Após o vídeo, vários memes também pipocaram, entre eles vários comparativos do entregador e da pequena heroína contra o gordão. E rendeu até mesmo reação de um famoso cantor gordinho, que defendeu sua classe com um "esse babaca racista não representa os gordinhos gente boa do Brasil".

---------------------------------

TESTES DE DADOS - Devaneio
Rolagem de Desvantagem:
Recarga | d6 = 4 (Não ativou)

Funda (1) + FOC (1) + Ilusão (2) + CAR (1) = 5 + Jogada de Dados d6 (6) = 11
(Confirmação do Crítico d6 = 5) - SUCESSO CRÍTICO!!

Pontos de Experiência (Devaneio): 5 XP (ND 5 - Lvl 0).
Recebe +1 de Boa Fama
O jogador pode registrar a missão em seu diário de ações

Orbital gosta desta mensagem

Incrível
Incrível

[Bairro] - Reserva Macunaíma Empty Fogo no mato

18/09/20, 09:24 am
17 de Setembro 23:20

Uma caminhonete para na beira da estrada próximo a área florestal da reserva. 3 homens descem do veículo com galões de gasolina em suas mãos. Era possível notar um revolver na cintura de pelo menos dois deles, mas eles não estavam ali pra atirar em ninguém, a não ser que alguém aparecesse para atrapalhar, é claro.
A missão era simples. Despejar a gasolina naquela área de mata, e esperar o fogo fazer o serviço.


- - - - Dias atrás - - - -

Um grupo de milicianos ligados a grilagem estava negociando com uma construtora, uma terreno para fazerem um condomínio dentro da área da Reserva Macunaíma.
A tal área a ser negociada, era um grande terreno, de vegetação. Dentro dessa área além da fauna e flora local ainda preservadas, haviam espaços onde alguns indígenas, principalmente os mais antigos e ligados espiritualmente as raízes faziam rituais e celebrações.
Mas para aquele grupo de milicianos, isso pouco importava, era só mais uma área improdutiva pronta para virar lote e gerar lucros.
Porém a tentativa de vender uma área que não era deles não deu muito certo. Um grupo de moradores do local soube dos planos dos grileiros e se uniram para expulsá-los dali.
Por ora, os moradores da reserva estavam livres daqueles grileiros, mas até quando?



- - - - Agora - - - -

-Tô falando pra você porra, quando o fogo queimar esse matagal, esses bugre de merda vão ver que a gente não tá pra brincadeira! Diz um dos homens espalhando a gasolina entre as arvores.


-Mano  isso vai dar vai dar merda heim hahahah...Eles sabem que a gente quer essa área. Fora que o lugar tem importância pra eles, os bicho vai ficar puto… Diz um segundo.


-Importância em que? Pra essas pragas fazerem suas macumbas e fumarem maconha? Quando todo esse mato virar cinza, não vai fazer sentido eles brigarem por ele sacou? E outra, é só catar dois ou três lideres  desse povinho ai e molhar a mão dos caras que eles acalmam o resto…



-- Um dia esses bicho vão agradecer! Se eles não vão até a civilização, a gente trás a civilização pra eles hahaha…
Diz o homem em voz alta acendendo a chama de seu isqueiro.


Impedir os incendiários ND 6  
Missão exclusiva para o Jogador Dínamo
Dínamo
Dínamo

[Bairro] - Reserva Macunaíma Empty Re: [Bairro] - Reserva Macunaíma

19/09/20, 10:45 am
Ei, crianças. Pergunta básica: Pra onde um bandido vai quando ele acaba de sair da prisão? Bom, eu diria ir comer umas puta e depois passar no podrão da Tia Neide. Mas, como eu to tentando fugir do AA (alcoólicos anônimos) dos super-vilões, cá estou eu me embrenhando no meio da mata.

“Quero ver aquele babaca me encontrar aqui.”
- Espero que não esteja tentando fugir porque se tiver, cê sabe, eu te mato!
Puta que o pariu, você vai mesmo ficar dentro da minha cabeça?
- Tecnicamente eu não estou dentro da sua cabeça. Olha pra cima cuzão.

Puta que o pariu, quem  tem limites é município mesmo. Esse cara não tem. - Sério?! Um drone?! Mandou a porra de um drone atrás de mim?
- Qual a parte do “você está sendo monitorado" você não entendeu sua enguia elétrica de merda?
- Calheiros, eu já mandei você tomar no cu hoje?
- Corta o papo furado e vamos ao que interessa. Como você já se deu ao trabalho de ir até aí na Reserva, aproveita e faz um servicinho pra mim.
- Qual a banda da bunda do governador eu vou limpar agora? A da direita ou da esquerda?
Na verdade, esse é um trabalho OFF. Veja essa missão como um favorzinho pessoal pra mim.
- Que porra é essa Calheiros. Virei um de seus guardinhas de bosta agora?! Eu aceitei ser herói de brinquedo do governo, mas não serei um de seus capangas.
- DG, eu não preciso ficar repetindo toda hora que você só tá aí por causa de mim né?! Então, aceita que dói menos.
- Filho da puta.
- Você sabe a influência que eu tenho, então vou te dar uma moral. Como esse não é um trabalho oficial vamos negociar: Diminuo cinco anos da sua pena se você concluir essa missão pra mim, fechou?!
- Agora você tá falando a minha língua. A quem tenho que matar?!
- Relaxa, garoto. Você tá muito tenso. Tá com a visão muito errada de mim. Você não mata, você é um herói, lembra?

Ele começou a discursar. O fim do monólogo se deu quase dez minutos depois. Calheiros é um cara egocêntrico, adora ser o centro das atenções e mostrar que tem o seu mundinho sob seu controle. Eu só preciso pensar num jeito de fazer o mundinho dele desmoronar. Mas, por enquanto, eu vou dar corda a ele.

- Então, isso é tudo que eu preciso fazer? Ok. Deixa eu fazer meu trabalho agora. Câmbio, desligo.

Cara, uma coisa é ajudar uma velhinha atravessar a rua, outra é o que esse louco ta pedindo no meio de uma floresta cheia de índio. O máximo que vou encontrar aqui, é... Pera, que porra é essa?
- Vamo queimar a porra toda. Se eles não vão até a civilização a gente trás a civilização até eles...
- Acho que a missão desse féla da puta vai ter que esperar...

Ação: De longe, Dínamo pretende focalizar seu eletromagnetismo no isqueiro na mão do incendiário, pegando-o, fazendo flutuar e - como se fosse telecinese - e jogando o objeto pra longe. - Sem fogo, sem queimada.

Os homens pensarão que estão contemplando um fenômeno sobrenatural quando Dínamo se teleportará para frente deles, os assustando. - OLÁ, CUZÕES!

Com um toque físico, Dínamo irá dispersar uma pequena carga elétrica (equivalente aos voltz de um taser) usando sua eletrocinese para impedir os dois incendiários de concluírem seus atos, seja desmaiando-os ou imobilizando-os. Contará com seu corpo elemental de energia para resistir a qualquer ferimento caso algo dê errado e/ou os bandidos estiverem armados.
Incrível
Incrível

[Bairro] - Reserva Macunaíma Empty Resolução

20/09/20, 02:33 pm
Ah merda, até um filha da puta como eu sabe que botar fogo em mato é coisa de babaca… eu nem devia me meter, mas vamo lá, quem sabe eu não ganhe uns pontos com a chefia...

Douglas estende sua mão, concentrando seu eletromagnetismo no isqueiro que estava na mão de um dos milicianos. Porém, pela distancia, e pelo pouco de metal que havia no isqueiro, o ex detendo não consegue atrair a peça para si.


-Isso é evolução baby…

O homem acende uma pequena tocha e a encosta na beira do mato, rapidamente uma labareda toma conta do local.

Frustrado por não ter conseguido impedir o incendiário a tempo, DG se teletransporta para o meio dos homens chamando a atenção do trio que se assusta com a presença daquele ser luminoso entre eles.


-Olá Cuzões!- Diz o eletrocinético com um sorriso em seu bizarro rosto eletrificado.

Mas que porra é essa? Atirem nele caralho!!!

Os homens sacam as armas, mas dessa vez por estar em uma distancia menor, e pelas pistolas terem muito mais metal em suas composições, Dínamo consegue usar seu eletromagnetismo e atraí-las para si.

O que ele não contava era que aqueles homens não estavam lá pra brincadeira. Eles vão com tudo pra cima de DG. O Primeiro vai na mão livre, chega a acertar um golpe, mas é jogado longe e acaba caindo no matagal encharcado de combustível.

O outro, acerta uma pedrada em cheio na cabeça do ex-detento,que cambaleia para trás, sem perceber a chegada do terceiro homem, que quebra uma pedaço de madeira em suas costas o derrubando no chão.

-Ahh já chega!!!- Grita o eletrocinético ao se levantar do chão.
Com dois disparos certeiros de sua eletricidade ele consegue atingir os homens que o atacaram.  
A carga elétrica não era letal, mas foi o suficiente para fazer ambos caírem desmaiados na estrada de chão.

-Ai sua aberração, pra trás!Nem tente fazer nada ou eu atiro em você… eu tô falando sério!Grita o ultimo miliciano em pé com uma arma apontada para Douglas.

-Ahh não fode!
Dínamo sabia que usar seu eletromagnetismo não daria certo, e o homem atiraria, ele precisava ser rápido. E foi. Com um disparo elétrico ele atinge em cheio o peito do homem, o que ele não contava era que o corpo do rapaz estava parcialmente molhado de combustível.
Assim que a fagulha elétrica atinge o miliciano um fogaréu toma conta de seu corpo.
Ele gritava e se debatia no chão enquanto Douglas apenas olhava, sem reação, não sabia o que fazer…

-Se sua intenção foi fazer do cara um churrasco ambulante..bom trabalho seu merda!- Diz Calheiros no comunicador interno de Dínamo.

-Não… eu não quis... Tenta responder o rapaz, aparentemente abalado. Ele já havia feito muita coisa errada, mas matar um homem queimado pareceu ser demais para ele. Mesmo que tenha sido acidental.

-Tá em choque é? hahaha Relaxa, no seu relatório a gente deixa bem claro que foi apenas um “acidente” de trabalho. E outra o pessoal desse fim de mundo vai até te agradecer por isso...- Diz a voz em um tom de deboche.

-Ah, Seguinte garoto, enquanto eu te monitorava, avisei o corpo de bombeiros sobre o fogo. Eles tão chegando ai junto com uma equipe que vai te trazer pra cá… Quanto aquele trabalho que você ia fazer pra mim… Esquece!

Não demora muito e chegam os bombeiros e um carro preto do projeto Renovar.

Os bombeiros apagavam as chamas enquanto os policiais conduziam os dois incendiários ao camburão.

Dínamo, já dentro do veículo  do projeto que veio buscá-lo, observava o corpo do homem sendo colocado em um saco preto dentro de um furgão do IML.

O desastre ambiental poderia ter sido enorme, por enquanto aquela mata e a comunidade Macunaíma estavam a salvo. Mas teve um preço. Justo ou não, alguém teve que pagar.




Dado de Desvantagens: Recarga -1 (1d6 = 5 Não ativa)
Rolagem de dado: FOC(1)+ Eletrocinese(2) +Magnetismo(1)+Corpo Elemental(1) + 1d6 : 2
Total: 7  sucesso!

Dínamo ganha 6XP  - O jogador pode registrar em seu diário.
Incrível
Incrível

[Bairro] - Reserva Macunaíma Empty Em nome do Filho

22/10/20, 03:25 pm
Em nome do Filho
19 de Outubro - 23:30

A cerca de 3 anos atrás, um crime chocou toda a cidade de Nova Capital, e mais ainda, aos moradores  da Reserva Macunaíma.
Miguel dos Anjos,um jovem estudante e membro de um grupo de protetores ambientais, foi torturado e morto por um gangue de milicianos.

Na época, o jovem Miguel havia conseguido descobrir um grande esquema de grilagem de terras por parte de um grupo famoso na área. As pessoas ali temiam aquele bando, mas Miguel era conhecido por ser destemido, e foi até o fim para denunciar aquele esquema sujo.
O jovem teve sucesso na denuncia, e impediu que as terras da reserva virassem terrenos ilegais daqueles sujeitos.
Porém, tudo o que é bom dura pouco.
Um dia ao voltar da escola, Miguel foi abordado por um dos membros da milícia local. O jovem foi espancado pelo homem, amarrado em sua caminhonete e arrastado pelas ruas de terra daquela área. Por fim, o homem pegou o corpo do garoto, já provavelmente morto naquele momento e ateou fogo nele.

Apesar de nunca ter confessado o crime, o assassino de Miguel chegou a ser preso, mas pela falta de provas e por ser uma pessoa de certa influencia, foi solto pouco tempo depois.

A justiça dos homens era falha, a justiça divina, ninguém sabe. Para um pai desesperado por ter perdido seu filho mais novo, só existia uma forma real e eficaz de justiça, a morte do assassino de seu filho.

Durante um bom tempo o pai de Miguel observava os movimentos de “Zé Cláudio”, o homem que matou seu filho.
Zé, agora havia se tornado pastor de igreja, se dizia arrependido da vida que levava, mas o pai de Miguel sabia que isso era balela, por trás dos bastidores o homem devia ser o mesmo de sempre.

Durante uma noite voltando de seu culto Zé Cláudio, ao passar por uma estrada vazia e mal iluminada se depara com um senhor caído num canto da rua. Ele para seu carro e desce para ver o que havia acontecido com o velho.

-Ei senhor, tudo bem com você? quer ir a um médico? Eu te levo lá...

-Lembra de mim filhodaputa?- Responde o pai de Miguel ao dar uma facada na barriga do sujeito.

Percebendo a emboscada e reconhecendo o rosto do pai do menino que havia matado, Zé Cláudio pega a arma em sua cintura e atira.
Ele erra, o pai do jovem morto havia sido mais ágil.  Com um golpe certeiro ele passa a faca rasgando o pescoço do sujeito e em seguida começa a dar diversos golpes na barriga e tórax do assassino enquanto lágrimas caem de seus olhos. Ele sabia que aquilo não era certo, mas a raiva lhe dominava toda vez que ele lembrava do trágico fim de seu garoto.

Uma viatura que passava bem próximo dali, e o som do tiro acabou alertando os policiais.

Atrás de uma árvore uma figura observava toda aquela situação, por mais que não fosse problema seu, ela precisava agir.

Obs: Essa é uma missão para o jogador "Moleca"


O jogador deverá escolher uma dessas opções:

-Conter o pai de Miguel, até que a policia chegue e o prenda.
-Ajudar o homem ferido, e deixar o pai de Miguel escapar.
-Ajudar o pai de Miguel fugir antes que a polícia chegue


Última edição por Incrível em 24/10/20, 09:45 pm, editado 1 vez(es)
Moleca
Moleca

[Bairro] - Reserva Macunaíma Empty Re: [Bairro] - Reserva Macunaíma

22/10/20, 06:26 pm
Acabara de deixar sua oferenda proxima a Pedra Riscada, e encanto caminha pela mata ouve voz trovoada de Rei Xangô bradando em seu peito, tão próxima de si como se a entidade estivesse em seu encalço "A reação do oprimido pode parecer crime se olhar pela lente do opressor, reconhece humanidade num agressor? Nessa encruzilhada, decida quem se salva: rebanho ou pastor" , o peso nos ombros e a boca seca anunciavam, momentos de tensão viriam em seguida.

Aquele arrepio que sobe pela coluna e faz os ossos se contrairem, expremendo o pulmão, cortando a respiração. Moleca arregala os olhos diante da situação. Lágrima corre pelo rosto ao reconhecer os envolvidos na confusão.

Puxando aquele pai pelo braço, seus olhos se encontram, e o brilho de ambas as lágrimas se conversam pela compaixão. De mãos dadas eles correm pelo breu, com passos leves e peito pesado, as luzes distantes sinalizando que a saída era pela escuridão.

Espectro gosta desta mensagem

Incrível
Incrível

[Bairro] - Reserva Macunaíma Empty Re: [Bairro] - Reserva Macunaíma

22/10/20, 11:39 pm
Resolução

"A reação do oprimido pode parecer crime se olhar pela lente do opressor, reconhece humanidade num agressor? Nessa encruzilhada, decida quem se salva: rebanho ou pastor"

A garota corre até aquele pai desesperado e o agarra pelo braço. Seus olhares se cruzam naquele momento, e as lágrimas de emoção escorrem pelos olhos de ambos. Sem nenhuma palavra eles pareciam se entender, apenas pelo olhar e pela empatia ali.
O pai de Miguel larga o corpo do assassino de seu filho no chão, o homem ainda estava vivo e agonizava, mas era apenas questão de tempo para o seu fim chegar. A justiça havia sido feita finalmente, pensava o pai do garoto.

De mãos dadas  com Dira, eles correm mata a dentro. A escuridão dificultava andar naquele matagal, mas era como se uma força externa guiasse Moleca, ela não precisava saber para onde ia, só precisava ir.

Alguns minutos se passam e os dois chegam até um pequeno riacho que tinha sua superfície iluminada pela luz do luar. Próximo a beira do riacho havia também uma cabana, que pela aparência, indicava estar abandonada a um bom tempo.

O homem que ainda segurava a mão da menina com força, repara que a  faca ainda estava em sua outra mão. Desesperado, ele solta a mão de Dira e joga a faca no chão, enquanto se ajoelha e começa a chorar.

-Me perdoa Deus... meu filho, meu anjo Miguel...foi a única solução...minha vida acabou depois que meu menino se foi... eu não podia deixar aquele monstro continuar por ai... eu nunca quis matar ninguém, mas eu precisava fazer justiça... Dizia o homem enquanto olhava para as mãos ensanguentadas.

Sem dizer nenhuma palavra Dira pega a faca do chão e a arremessa no fundo do riacho, o objeto é engolido pela água e desaparece por completo. Ela caminha até o homem ajoelhado e lhe dá um abraço. Era a única coisa que ela podia fazer por ele naquele momento. Era como se a garota sentisse sua dor, seu ódio, seu desejo de vingança, sua sede de justiça e seu espírito mais leve, apesar de tudo.

- Olha tio, eu não sou ninguém pra julgar... na hora que eu bati o olho em vocês eu me lembrei do caso do seu filho, talvez no seu lugar eu teria feito o mesmo... Acho que você fez o que achou certo...


-Obrigado menina...eu olho seus olhos, e me lembro do meu Miguel..

- Vem levanta, a gente precisa sair logo daqui, você precisa se lavar...eu vou ver se acho alguma coisa naquela cabana...

A garota ajuda o homem a se levantar, e o leva até a beira do riacho, onde ele lava suas mãos ensanguentadas. Na Cabana Dira encontra uma blusa velha e a entrega ao pai de Miguel.
O homem atira a camisa ensanguentada na água, e assim como a faca, a camisa é engolida pelo riacho desaparecendo por completo.  

Ele veste a blusa dada pela garota que estende a mão novamente ao homem. De mãos dadas, os dois saem dali. Era como se aquela Moleca soubesse exatamente para onde ir...

-Moleca recebe 4XP pela opção escolhida.

Pode atualizar o diário

QuimeraBranco e Espectro gostam desta mensagem

Atieno
Atieno

[Bairro] - Reserva Macunaíma Empty A Cachorra da Palmeira

28/11/20, 07:10 pm
A Cachorra da Palmeira
Reserva Macunaíma, 27 de Novembro de 2020, 23:00

Uma garota caminhava pela calçada da avenida beirando a Reserva Macunaíma, mostrando estar perdida. Seus longos cabelos loiros estavam bagunçados, cobrindo parcialmente sua face, enquanto sua blusinha e saia tinham rasgos e pedaços faltando, e os pés descalços provocavam arrasto na areia. Uma pulseira de pérolas balançava em seu pulso, assim como haviam dois brincos brilhantes e um colar feito de ouro, com uma safira pendurada pouco acima dos seios.

Quando a moça maltrapilha passava por um ponto de ônibus, acabou olhando diretamente para a mata, mas ignorou e seguiu seu caminho. Não percebeu que, quando encarou as árvores da parte leste da Reserva, as movimentações da heroína Devaneio, que usava o ambiente para testar ilusões, percebeu a garota, sentindo uma estranheza em seu movimento.

Samanta caminhou um pouco mais pra perto da avenida, tentando ver aquela moça e entender o que se passava. Viu que os olhos perdidos da moça chamavam a atenção de transeuntes, mas que ninguém ousava se aproximar da garota. Evitavam até mesmo o contato direto com os olhos. Isso parou quando um homem resolveu abordar a moça, preocupado com o jeito que ela rastejava por aí. As feições do rapaz assustaram Devaneio. Aquela figura parecia ser conhecida...

— Moça, tá tudo bem? A senhora precisa de ajuda? — o rapaz perguntou, tocando o ombro da garota.

O toque do homem fez a garota se irritar. Numa rápida transformação, pelos claros cobriram seu corpo, uma cauda ergueu parcialmente a saia que ela vestia, e um longo focinho de cão lançou mão de uma mordida no braço do homem, enquanto garras das mãos e patas recém-formadas daquela criatura se enfincavam na roupa do homem. Mas... ele não reagia.

— Cria odiosa do inferno, sabia que ia te encontrar aqui. Tá na hora de fazer contigo o que tua família teve medo de fazer em Palmeira, 70 anos atrás. Agora você vai aprender a respeitar a história do santo padre. — ele encarou a mulher-cachorra, e um colar passou a brilhar em seu peito, fazendo chifres crescerem em sua testa, e toda sua pele brilhar num estranho tom vermelho e preto; a cabeça tornou-se a de um ser que remetia a um touro, dando a certeza para Devaneio que aquele que tentou capturar Dener estava ali, novamente.

Informações


OBJETIVOS
→ Salvar a garota-cachorro (ND 10 - x)
→ Vencer o caçador/monstro (ND 14 - x)

OBSERVAÇÕES
→ Missão exclusiva para Devaneio
→ Só um dos objetivos deve ser cumprido. Irei atribuir um redutor ao ND de acordo com a ação tomada.
→ Dúvidas? Pergunte, oras.
Devaneio
Devaneio

[Bairro] - Reserva Macunaíma Empty Re: [Bairro] - Reserva Macunaíma

03/12/20, 12:38 pm
As últimas semanas haviam sido horríveis. Samanta caíra de cama, sem ânimo para trabalhar, ver os amigos ou agir como Devaneio. Os eventos traumáticos do Halloween haviam sido demais para ela. As vozes dos mortos a atormentavam toda noite e a culpa era massacrante.

Somente a visita da Mãe Cipó, dois dias atrás, no aniversário de Samanta, foi capaz de tirá-la desse loop infinito de autocrítica. O sermão clássico da velha envolveu muitos palavrões, acusações e pouca empatia, mas no final deixou um presente para Samanta: uma capa costurada pela própria Mãe Cipó, para servir de uniforme. Vendo que mesmo aquela velha rabugenta sentia sua falta e compreendendo que não podia se isolar e desistir de tudo, Samanta dá o primeiro passo para sua recuperação e resolve fazer algo simples que costumava fazer parte de sua rotina: treinar na Reserva Macunaíma.

Tarde da noite, como na primeira vez que agira, ela cria várias formas ilusórias e as ataca com rajadas poderosas de ar, usando sua agilidade para desviar de ataques ilusórios. A baixinha estava coberta de suor quando resolveu ir embora. No caminho, se deparou com uma garota que parecia perdida. Quando ía ajudá-la, viu um homem familiar se aproximando.

"Acho que conheço esse sujeito, mas não consigo me lembrar da onde... Pera, será que ele vai machucar a menin...? Que porra tá acontecendo? MEU DEUS, É ELE! Dessa vez não vai escapar, preciso descobrir mais sobre ele se quero proteger os sacis."

Da última vez, Devaneio se contentou em salvar a vítima do caçador de folclóricos e o deixou fugir, mas agora percebeu que ele continuaria representando perigo para outras criaturas se não fosse impedido. Ela precisava detê-lo e descobrir se existem outros como ele por aí.

Ela tenta alcançar sua mente para criar ilusões. O caçador veria um exército de sacis enfurecidos saindo da mata, girando suas fundas carregadas de pedras e criando esferas de ar em suas mãos.

Devaneio — Boi, boi, boi... Boi da cara preta, mecheu com os sacis e voltou pra casa de muleta. — Eles cantam em unissono, provocando o caçador.

Devaneio pretende iludir o caçador com seus poderes, fazendo-o lutar contra os sacis inexistentes, enquanto se mantém escondida na mata e encolhida para evitar ataques. Em momentos oportunos, ela aproveitará para atirar pedras com a funda, usando a aerocinese para aumentar o dano dos projéteis. Percebendo que os poderes do caçador provavelmente vêm do colar brilhante que ele usa, a saci tentará lançar uma rajada afiada de ar para cortá-lo, tentando enfraquecê-lo.

Após o combate, ela verifica se a garota-cachorro está bem e tenta descobrir mais sobre o caçador.

Objetivo: → Vencer o caçador/monstro
Atieno
Atieno

[Bairro] - Reserva Macunaíma Empty Re: [Bairro] - Reserva Macunaíma

03/12/20, 02:55 pm
A Cachorra da Palmeira
Resolução

A mulher-cachorra largava o braço do caçador quando percebera no que havia se metido. As patas descalças arranhavam a calçada no desespero pela fuga, e uma corrente negra que brilhava em vermelho enroscou-se em seu braço, arrancando um ganido da criatura.

O caçador bufava, lançando mão de uma segunda corrente, puxando a figura na sua direção, derrubando e arrastando-a na calçada por alguns metros. E algo pareceu chamar a atenção do grandalhão chifrudo, fazendo-o olhar na direção da mata. Os olhos vermelhos por inteiro fitavam a infinidade de árvores, fazendo o ser menear a cabeça alguns instantes. E um som chegou aos ouvidos do homem, ainda que o silêncio persistisse em todo o restante do ambiente.

— Boi, boi, boi... Boi da cara preta, mexeu com os sacis e voltou pra casa de muleta...

As várias vozes espalhavam-se por vários lugares da mata. O caçador moveu as correntes de forma brusca, arremessando a garota-cachorro na direção de um ponto de ônibus, quebrando o vidro que o revestia, e focou no exército de sacis. Suas correntes dançavam feito cobras, seus olhos tentavam pegar um alvo próprio, mas todos os sacis pareciam atentos a ele, girando uma funda e criando uma esfera de ar.

— Boi, boi, boi... Boi da cara preta, mexeu com os sacis e voltou pra casa de muleta...

As primeiras pedras foram arremessadas contra o caçador, que esquivou-se com certa facilidade. Suas correntes atacaram o exército de sacis, arrancando apenas lascas das árvores e erguendo poeira da terra. Quando acertava um saci, ele parecia gritar e desaparecer, enquanto os outros focavam nos ataques.

— Boi, boi, boi... Boi da cara preta, mexeu com os sacis e voltou pra casa de muleta...

Os olhos do caçador se focaram mais naquela situação. Uma pedra o atingiu em um dos chifres, e outra no abdômen. A velocidade era muito grande, mas não parecia vir do meio daquele "exército". As correntes continuavam a golpear os sacis, que pareciam sempre sumir na hora da colisão. O caçador cerrou os dois punhos. Tinha entendido o que estava rolando.

— Boi, boi, boi... Boi da cara pret--

— Eu já sei que está aqui, saci! — o caçador urrou — Apareça, covarde!

Devaneio riu sozinha em seu cantinho, diminuta. Preparou uma nova pedra para atirar contra o caçador, e olhou de volta à calçada. Ordenava ao exército ilusório continuar a fala, e se aproximar mais do caçador... mas ele não estava mais lá. O sorriso da heroína saiu de sua face. Sabia que aquele caçador não abandonaria o posto tão rapidamente. Olhou para os lados, buscando encontrar a fera taurina, e escutou sons de algo correndo na sua direção. Não teve tempo de reagir quando sentiu uma das correntes a atingir nas costas, forçando-a a retomar seu tamanho normal para não se ferir com gravidade.

— Te achei, saci! — ele urrou, girando a corrente e tentando agarrar a perna de Samanta.

A saci rolou pro lado, ouvindo o som do cordão maligno rebater uma pedrinha contra uma árvore, ouvindo também a colisão do pequeno pedaço de rocha na madeira. Arremessando uma esfera de ar, Devaneio pulou para a calçada, vendo que a híbrida cachorra se feria enquanto tentava fugir dos cacos de vidro do ponto de ônibus, e viu o caçador pular no cimentado da beira da rua, vendo as duas correntes tirarem lascas do local.

— Se já não bastava uma folclórica, tenho duas na minha frente... — as correntes estalavam perto de Samanta, que usava seus poderes aéreos para desviá-las. — E suas ilusões não vão funcionar mais!

O homem lançou mão de suas correntes, enrolando uma no pilar do ponto de ônibus e puxando com tudo, forçando Devaneio a se abaixar. A estrutura do ponto colapsou, prendendo a cachorra no chão, e Devaneio fez seus punhos se encherem de ar. E, de repente, a figura demoníaca sumia à frente de Devaneio, restando apenas o homem barbudo, que gritava com a mão no seu amuleto.

— Sua... sua desgraçada!

Se o caçador não segurasse o amuleto, ele despencaria ao chão. Uma das cordas tinha sido arrebentada por um filete de ar lançado por Devaneio. O homem bufou, chegando a tocar o coldre na calça, desistindo em seguida.

— Pois eu irei voltar para pegar-lhe, saci... escreva minhas palavras — enfurecido, o caçador fugiu na direção da avenida, saltando por cima de um carro que freou bruscamente, e sumindo para dentro dos prédios do Engenho.

Samanta correu para onde a híbrida estava, vendo que a mulher voltava a ser humana aos poucos. Erguendo um pouco da estrutura colapsada, conseguiu permitir que a mulher saísse de lá, vendo que ela tinha um olhar perdido.

— Consegue me entender? — Devaneio perguntou, recebendo apenas um grunhido como resposta. Sem ter muita opção, Samanta puxou o celular, fazendo uma ligação rápida.

Talvez ouviria xingos, mas era a melhor possibilidade. E o número da matriarca já piscava na tela.

— A senhora entende de cães?

--------------

— Fez bem em trazer ela aqui, magricela — a matriarca Cipó fazia seu "ajudante" de vento girar a cadeira de rodas, voltando seu foco para Samanta. — Essa aí fugiu da tutela duma família lá de Alagoas. Num faço ideia de como que chegou aqui, e nem quero saber. Eles tão vindo buscar a cadelinha. Agora, fala direito... o que que cê viu lá? Quem que tava atacando a cadelinha?

Samanta via a garota comendo de forma mais brutal e selvagem, e via sua bisavó pitar um pouco no velho cachimbo. O cheiro do tabaco chegava às narinas de Samanta, ou talvez fosse o cheiro de naftalina da velha.

— Um caçador estranho. Ele tinha um amuleto e virava tipo um boi da cara preta... — Samanta contou em detalhes o que aconteceu, e viu a matriarca só acenando. Ao terminar, percebeu a matriarca fechando a cara, como se estivesse mais carrancuda do que antes.

— Sei do que cê tá falando... ó, vou te dar uma dica. Dá próxima vez que ver esse cara, fuja. Ele não vai parar, e vai te fazer perder tudo.

— Quê!? — Devaneio se assustou com aquela fala. A bisavó parecia até temer essa situação.

— Só vou te falar uma coisa, magricela. Se um desses caçadores foca em te matar, ele não para. Ou cê acha que eu perdi a perna num atropelamento?

Epílogo:

Rolagem de Dados


Vencer o caçador/monstro:

Ganhos de XP


Devaneio → 11 XP

Atualize o diário
Conteúdo patrocinado

[Bairro] - Reserva Macunaíma Empty Re: [Bairro] - Reserva Macunaíma

Ir para o topo
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos