Ferraria Dökvergar

Mal acabar de se apresentar, uma balbúrdia inesperada de cornetas e gritos, vinda do porto, irrompe sobre a região. Dois anões e um homem mal escutam o chamado e já vão atendê-lo. Reno esperava uma decisão do Kha'arg, já que não fazia o tipo guerreiro, e não demorou.

O nobre anão incitava a todos que desejassem uma vaga em sua tripulação que fossem ao porto mostrar seu valor. Sem muita escolha e querendo mostrar serviço Reno corre, mancando, em direção a confusão.

O anão Galdur se impressiona com a chegada de Tullius, fazendo um comentário que arranca uma risada do Azarento. Um aesir entra na ferraria, a pele de urso que vestia, chama a atenção de Tullius; depois um aesir reverencia Kha’arg. Um loiro de vestes verdes identificado como Reno se apresenta, logo em seguida do franzino de vestes negras.

A Ferraria Dökvergar alcança a lotação, quando de repente, o som de cornetas de guerra invade o lugar. Gritos se espalhavam pelas proximidades. Älskade sai correndo, Galdur e Hálfdan se preparam para a batalha e o Filho de Vol’gar brande em plenos pulmões que neste instante, avaliaria a bravura de cada um em resposta do ato dos ladrões.

Tullius desamarra sua maça da mochila e sai da ferraria.

-Ha! Mal cheguei em Exanceaster e já tenho que defendê-la!

Ouvindo todos aqueles gritos e cornetas saindo do Porto, além das pessoas que estavam na ferraria que saiam em direção ao mesmo, Tillianson entrou em desespero. Claramente o Porto estava sendo atacado, e ele não tinha noção nenhuma do que fazer. Se fugisse, perderia toda a sua honra, mas se fosse ao Porto, com certeza seria morto. Alcarothar respirou fundo e, tomando o rumo de sua morte, gritou chamando seu cavalo, que, em alguns instantes, estava na porta da ferraria. Tillianson montou com habilidade e cavalgou em direção ao Porto.

Vissla finalmente fora escolhido para a tripulação. Ele secara as roupas que estavam molhadas após o ataque.

Antes de partir para a ferraria atrás de Kha'arg, Vissla recuperou suas adagas arremessadas e as limpou nas águas gélidas, eliminando o sangue de seus recentes alvos.

Procurou nos bolsos dos ladrões algum ouro, mas nada encontrou. Desapontado, seguiu até a ferraria.

- Então nobre Kha'arg meu nome é Vissla, obrigado por me escolher para a expedição.

Vissla tenta fazer um tipo de referência, meio desajeitado. Vissla então segue com os preparativos na ferraria.

A batalha havia sido a penas um aperitivo para os confrontos a frente. Älskade estava exultante visto que seu plano com ajuda de Balthazar havia sido um sucesso. Desde sua volta das terras do Norte, ele ainda não havia molhado Blad Krigare com sangue e agora ela estava ensopada. Em um balde de água de frente a Ferraria Älskade a lava relembrando os feitos do dia.

Kha'arg chama a atenção de quem convocou para sua tripulação. Kha'arg revelou sua satisfação ao ter feito escolhas sábias, destacando as ações de cada um, o que exaltou o Orgulho de Älskade quando lhe disse:

"...a maior glória fica para você, Älskade...

- Eu acertei em te escolher. Como disse anteriormente, você pode voltar desta expedição comandando seu próprio barco."

O anão também relembra a Älskade seu desafeto por Vissla. Com um olhar ainda desconfiado, Älskade, olha para Vissla enquanto ouve o nobre.

...peço para que confie nestes olhos que te julgaram e o consideraram digno da viagem. Lá fora, não é parecido com nada que vocês conheçam. Terra nova a ser desbravada. Precisamos ser capazes de confiar uns nos outros. Precisamos nos tornar verdadeiros irmãos de armas, pois depois deste mar, a única ligação que terão com essa terra são os companheiros de batalha...

Depois do anão se virar e ir terminar os preparativos, Älskade se poem de pé e segue Vissla. Quando finalmente o alcança em um lugar a parte....

Vissla espere! O anão me disse mais cedo que não perdesse tempo com lamentos e desculpas, mas que o gastasse com ações que demonstrem o que quero dizer.

Estendendo a mão, Älskade encerra:

- Eu reconheço seu talento, e espero que eu possa reverter a primeira impressão que causei.

- Fui treinado para ser desconfiado. E não quero arrumar mais confusão com nenhum de vocês.

- Ponho minha vida em suas mãos, assim como espero que coloque a sua em nas minhas.



Dito isso, ele observa se sua ação deixará o jovem surpreso ou não e se o mesmo retribuirá seu gesto antes de voltarem para seus afazeres.

A surpresa, e também a euforia, ficava estampada na face de Reno. Ele nunca imaginaria que sua pacata vida sofreria tamanha reviravolta. O plano do Jarl Aldryck fora extremamente bem sucedido. Nesse ataque conhecera Vissla, que havia sido, junto à Reno, escolhido de última hora pelo Kha'arg para participarem de sua expedição.

Chegando na ferraria o nobre anão reuniu os presentes e fez um pequeno discurso, elogiando-os e incitado a confiança e a fraternidade entre todos, nessa viagem ao desconhecido. Depois focaram em terminar os preparativos para a jornada.

Após recolher tudo o que era necessário, junto com -agora- os seus irmãos de armas, Reno dirigia-se até o navio. Enquanto isso tocava sua flauta e cantarolava, tentando compor alguma canção:

– No Sigurvegari iremos embarcar(hey!)/ Terras distantes desbravar(hey!)/ Os fortes e fracos, derrotar e pilhar(hey!)/ No Sigurvegari iremos conquistar(hey!)...

Estendendo a mão, Älskade encerra:

- Eu reconheço seu talento, e espero que eu possa reverter a primeira impressão que causei. Fui treinado para ser desconfiado. E não quero arrumar mais confusão com nenhum de vocês. Ponho minha vida em suas mãos, assim como espero que coloque a sua em nas minhas.


Vissla observa Älskade, e lhe aperta a mão, retornando o cumprimento. Ele não confiara em ninguém ali, mas qualquer ação de inimizade ou desconfiança neste momento lhe seria útil.

Vissla não solta nenhuma palavra, apenas acena com a cabeça num movimento curto e seco, voltando aos preparativos.