Capítulo 1 - O Despertar

Não pode conter a força de seu golpe, era uma fúria acumulada, um desejo de vingança, toda sua frustração por não poder se lembrar, todo o acumulo de sentimentos alimentava a raiva do Draconato. Zadrak largava a tocha ensanguentada no chão, e a medida que voltava a si, notou que Mikka havia sido jogada junto do Orc desfalecido com o impacto. Pensou em ajuda-la mas percebeu que a meia-elfa já se levantava sozinha e sem ressentimentos "Muito bem, é assim que se faz".

Enquanto Zadrak se preparava para continuar, observou o Orc com o machado e imaginou ele em suas mãos. Bufou de raiva, mas estava disposto a se controlar dessa vez, ferir um de seus colegas com essa arma, poderia ser fatal.

Zadrak ira esperar que alguém mate logo aquele Orc desprezível, se ninguém conseguir, ira avançar e agarrar seu machado, pronto para fazer com ele se junte ao resto do mortos dentro do fosso.

Depois que os Orcs o abandonam, Farai ouve os ruídos do grupo em batalha. Ele se levanta lentamente e sente a costela cutucada pelo Orc. Apesar de seu instinto mais uma vez o empurrar em direção oposta ao grupo, desta vez ele decide ignorá-lo e se dirigi a parte mais escura da gruta.

Ele ouve passo apressados em sua direção, são Evan e Jasper que correm com as chaves em direção as celas. Nesse momento ele fica consciente da nova presença, eles passam por Farai que os vê indo até a cela onde esta... Lariene. As intenções dos dois são claras para o negro, o que o faz seguir caminho.

Mais alguns metros ele é borrifado com sangue Orc. Proximo de si caem Mikka e o Orc abatido por Zadrak. Diante do acesso de fúria de Amon, Farai apenas observa a movimentação no local, para saber como melhor agir.

Se Amon ou Mikka não forem bem sucedidos em suas investidas contra o Orc que ainda esta de pé, Farai pegará o bastão que o outro derrubou e se preparará para atacar. Caso sejam bem sucedidos Farai apenas apanhará o bastão para seguirem caminho e sair deste lugar.

O objetivo estava concluído. Jasper, acompanhado por Evan — e de orelhas baixadas, tanto pelo estado de tensão quanto para tentar ignorar qualquer palavra que o humano tagarela proferisse —, resgatara a mulher meio-abissal de seu cárcere, a levando pra fora da cela.

Enquanto o Kemono deixou-a sob os cuidados de Evan — que ela tenha sorte —, observou atento as reações dos outros prisioneiros. Lamentou. Há quanto tempo estariam ali, presos? Reduzidos a uma mera existência fútil, e sem vontade própria.

Trancou a cela novamente, afinal, aqueles presos poderiam ser um problema. Olhou para os lados, e se aproximou do local onde Farai estava, se assustando ao notar a ausência do humano. Teria sido levado? Olhou para o lado, e sentiu o cheiro daquela mistura terrível. Certamente, o humano iria precisar de um banho, pois agora estava coberto por sangue, excremento e lodo. "Nojento", pensou Jasper.

Agora, com a nova participante do grupo — afinal, de alguma forma, ela deve ter a mesma ligação que nós todos temos —, Jasper deixou-se relaxar um pouco. Só um pouco, pois se deu conta de que ainda poderiam haver mais guardas se aproximando. Pensou em correr para fechar a porta, mas poderia dar de frente com novos guardas. Deu um toque no humano e na meia-abissal, apontando-lhes a direção do fosso.

— Vão. Eu sigo vocês. Preciso saber que nenhum mais está vindo. — disse, se posicionando de costas para os dois e inclinando as orelhas pra trás.

Caminhando de costas, Jasper volta ao estado de farejar e prestar atenção aos sons, apurando se há a aproximação de mais carcereiros ou guardas. Enquanto faz isso, não deixará de caminhar na direção do fosso. Afinal, havia uma possibilidade de fuga por ali. Restaria saber se todos passariam por aquele buraco...

Fora da cela Laeriene se sente muito mais confiante que tudo dará certo. Ela observa tudo em volta e vê que não se sente sozinha. Seres de diversas raças estão lutando e buscando o mesmo objetivo que ela. Fugir. De quem e pra onde ela não faz ideia, mas reza a Tenebra que seja uma fuga rápida.

— Vão. Eu sigo vocês. Preciso saber que nenhum mais está vindo. — disse o Kemono. Sendo assim, ela pensa em de que forma ela pode ajudar também.

Há outras tochas fixadas na parede e essas também podem vir a ser usadas como armas. – Pesa ela.  Mas jogar uma dessas no fosso pode ajudar a mostrar se o fosso é uma opção de fuga ou uma armadilha mortal, então sem perder tempo coloca a mão no ombro do Tigre e diz:

— Amigo (Pelo menos ela pensa que é), jogue uma dessas tochas no fosso. Vamos ver se é uma opção de fuga ou não. Temos que ser breve pois mais orcs podem aparecer.

Algumas das lascas da tocha espirram na minha cara, mas não ligo. Foi um golpe bem aplicado. A satisfação de um inimigo cair diante de mim me diverte. Penso em ajudar a elfa a se levantar, mas ela logo está de pé e correndo em direção ao outro orc no foço. Essa mulher é duro na queda, tenho que concordar. Vejo tambem o fujão surgindo completamente sujo se armando com o bastão do caído. Mais uma arma que não me atraiu e eu não entendo esse magrelo. Ora foge, ora finge de morto, ora luta. Deixo o outro orc com eles, pois a vitória pende para o nosso lado.

Vou ir de encontro com Jasper e o tagarela. Acho que eles encontraram quem falta. Olha eles lá... Uma abissal. Algo me diz que essa raça é perigosa, mas confiável. E vejo que estão a salvo, apesar do Evan não parar de falar.

- Vão. Eu sigo vocês. Preciso saber que nenhum mais está vindo. - disse o kemono.

- Então vamos rápido. o resto do grupo estão nos esperando no fosso. Acho que eles já derrubaram o orc restante. - Concluo, já que é uma briga de um contra quatro. - Tagarela, pega uma tocha. Vamos precisar dela pra jogar no buraco. E vê se não apaga ela.

Farai adentra a cela e vê a cena. Ele parte para o corpo do orc caído e pega seu bastão de combate.

Amon dispara um chute visando golpear o Orc derrubando-o no fosso.

Ataque:
Amôn FdA 0 + 5(d) = 5
Orc FdD 2 + 2(d) = 4
Resultado: 1 de dano no orc.

O golpe o atinge, mas não o suficiente para derrubá-lo no fosso. Ele se volta para Amôn e dispara mais um golpe contra o humano.

Ataque:
OrcM FdA 3 + 2(d) = 5
Amôn FdD 0 + 3(d) = 3
Resultado: 2 de dano em Amôn.

Amôn recebe mais um golpe de machado, que transpassa no peito, abrindo mais um corte, por onde o sangue desce.

Mikka se levanta, rasga suas veste e prende o cabelo, enquanto os demais continuam a batalha. Ela consegue ver a tatuagem de dragão posicionada na nuca de Amôn, enquanto Camir sai da sala antes do combate terminar.

Zadrak parte para cima do orc restante visando pegar seu machado.

Teste de Habilidade:
Zadrak H0 +1 (normal).
Resultado: 6. Falha.

Mas ele escapa da investida de Zadrak. O Draconato fisga apenas o ar e tropeça caindo num dos cantos da sala.

Do Lado de fora, Camir encontra os outros 3, Laeriene pega uma das tochas nas paredes. Jasper tenta verificar a presença de mais guardas, mas não consegue farejar nada além de fumaça e ouvir apenas o som do combate travado na sala do fosso.


OFF: Vocês tem até 24/01 às 17:00 para a postagem.

A luta ainda não acabou? Ele só é um! Não acredito que eles não deram conta de dar cabo de um inimigo. Vamos ver o que está acontecendo. A abissal está levando a tocha, mas acho que ela consegue enxergar bem no escuro, assim como eu. Bom, essa tocha servirá para outros propósitos.

Entro no salão e eis que me deparo com meus companheiros ainda lutando contra PELOS DEUSES! UM MACHADO! Uma beleza de arma! Perfeição em sua grande curva, pronta para aniquilar qualquer ser vivo ao seu alcance... e ela deve ser minha! Vou investir contra o orc. Atacar com minha espada de cima pra baixo.

Ele tem uma coisa que deve ser minha.

Evan até o momento não tirava os olhos de Laeriene. Principalmente da tatuagem que viu nela. Mas agora não era hora para isso. Ele se vira para os outros e vê que a batalha ainda não acabou.

Se tivessem feito do jeito que eu falei seria muito mais fácil! Era só cair matando! Afff...


Ele se vira para os outros presos, que não saíram até agora de suas celas. Indignado, ele começa a falar num tom bem alto:

Aí, seus manés! Não eram vocês que ainda agora estavam gritando pra sair? Pois tirem esses traseiros magrelos dessa cela e façam alguma coisa! Alguém pode ajudar? Quem ai sabe onde estamos? Quantos Orcs andam por aqui? - Fala olhando ora para os prisioneiros, ora para ver se a batalha já havia acabado ou não, termina - AJUDEM, SEUS MERDAS! ACABAMOS COM DOIS ORCS! VÃO AJUDAR OU QUEREM PASSAR O RESTO DE SUAS VIDAS INÚTEIS NESSA CELA?

Zadrak fechou as mãos crente de que havia pego o machado, mas aquele Orc acabava de esquivar, fazendo-o de bobo. Maldito! O draconato caíra no chão e já se levantava no mesmo momento rosnando e pronto para atacar.

Não podia tolerar a existência daquele Orc nem mais um segundo, isso já havia se estendido por tempo de demais. E enquanto alguns preferiam colher espólios prematuros ou simplesmente ficar de braços cruzados. Zadrak partiu para o ataque com suas próprias garras.

A chama da tocha dança nas mãos de Laeriene. A chama nunca foi um medo para ela, até por que não a fere como nas demais criaturas. Uma das heranças de sua mãe Sucubus.

— Pode não tão ser mortal para mim, mas nos orcs são... – Pensa ela.

Vendo que a batalha na sala do fosso continua, os sons são perturbadores. Como os outros estão lutando por nossa liberdade, vou me juntar ao combate. – mesmo não sendo tão boa como os homens.

— Sinto que já soube magia, mas agora não me lembro de nenhuma e nem de como usa-las. Vai
ter que ser no braçal mesmo.

Então com a tocha em punho, Laeriene corre pra atacar o orc carcereiro.

Talvez por causa do cansaço e da dor, talvez por falta de habilidade, ou só por pura resistência do inimigo, o chute que Amôn desferira, apesar de ter atingido o orc, não teve o efeito desejado pelo humano, o golpe ficou tão longe do planejado que o inimigo conseguiu se recompor à tempo de revidar com seu seu machado abrindo um corte expressivo no peito do homenzarrão que urrou de dor e fúria.

"Desgraçado!! Você não morre?!" - Pensou o barbudo.

Amôn, que apesar de grande geralmente parece uma pessoa amigável, mas agora estava farto, tudo que ele queria era proteger à todos e encontrar respostas, estava furioso e faria qualquer coisa para alcançar seu objetivo, venceria qualquer desafio, e esmagaria qualquer inimigo, e naquele momento seu único inimigo era o monte de estrume que compunha a figura "pequena" do orc à sua frente, e ele seria esmagado.

- AAAAAAARRRRRRRRRRRGGHH!! - Vociferou o humano ao mesmo tempo que avançava com ambos os braços estendidos em direção ao orc, as mãos eram como presas prontas para agarrar o inimigo pela cabeça e esmagar seus olhos com os dedões. Para Amôn, naquele momento, seu futuro se resumia em destruir seu inimigo.

De longe, Jasper observou tudo ao seu redor, e estava certo de que nenhum Orc estaria por vir. Seu faro não captou nada, ainda que a fumaça tenha atrapalhado.

— Tudo limpo. Podemos seguir adiante.

Dito isso, começa a correr na direção do fosso novamente, mas parando para não ficar muito próximo ao Orc. Pensava sobre a fuga, e como ela poderia ser conduzida. E pensava sobre o fosso, se seria possível realmente sair dele. Muitas dúvidas pairam a mente do Kemono, enquanto ele corre na direção do local.

Mikka olha para o orc caído. - Que pena amiguinho. - . A meia-elfa avançará contra o orc mais próximo chutando seu joelho no sentido contrário, para tentar uma fratura exposta.

O grupo insiste que o "fosso da morte" é a melhor saída da prisão Orc. Sendo assim Farai se vale do ataque de Amôn e Mikka para descer pelo fosso.

Jasper esta em seu caminho, mas ele não espera muito para começar a descer, correndo ele se joga sob o meio das pernas do kemono, usando o lodo de seu corpo e limo do ambiente para escorregar, ele se agarra a beirada do fosso e começa a descer... Alguém tem que se sujar e garantir a segurança da saída. Vamos rapaz... - diz olhando para o kemono.

Amôn tenta agarrar o orc em sua frente para esmagar seus olhos.

Teste de Habilidade:
Amôn H0 +1 (normal).
Resultado: 2. Falha.

Mas ele falha, o orc se agacha e dispara mais um ataque visando o abdômen de Amôn.

Ataque:
OrcM FdA 3 + 1(d) = 4
Amôn FdD 0 + 3(d) = 3
Resultado: 1 de dano em Amôn.

Mais um corte, desta vez no abdômen. Amôn começa a sentir as dores dos cortes e do sangramento deixando-o um pouco tonto, mas não ao ponto de abatê-lo. Mikka avança e ataca o orc.

Ataque:
Mikka FdA 0 + 5(d) = 5
OrcM FdD 1 + 2(d) = 3
Resultado: 2 de dano no orc.

O chute atinge o joelho do orc, mas não ao ponto de quebrá-lo. Zadrak aproveita-se do ataque de Mikka e também ataca o orc.

Ataque:
Zadrak FdA 2 + (d) = 4
OrcM FdD 1 + 1(d) = 2
Resultado: 2 de dano no orc.

A garra de Zadrak atinge com força o rosto do orc que cai em combate. Ele não parece ter morrido com o golpe, apenas desmaiou.

Camir, Lariene, Jasper chegam ao local no momento em que o segundo orc cai. Farai decide descer pelo fosso.

Teste de Habilidade:
Farai H1 +0(normal).
Resultado: 5. Falha.

Farai, tenta se agarrar a beirada, mas sua mão escorrega no próprio lodo em que ele se utilizou para enganar os orcs. Ele cai no fosso.

1d6 de dano.
Resultado: 5.

O impacto de Farai pode ser ouvir por todos, com o dano da queda ele desmaia. Todos podem sentir que ele ainda está vivo. Do lado de fora, nas celas Evan tenta em vão conversar com os presos, que viram as costas pra ele, amedrontados.


OFF: Vocês tem até 25/01 às 16:00 para a postagem.

Zadrak sentiu seu punho esmagando o rosto do Orc. Satisfeito agarrou seu machado e desejou ter uma tina de hidromel para saciar sua sede e comemorar a vitória.

Permaneceu em silêncio vendo o resto do grupo se aproximar com a nova companheira, essa que tinha uma marca semelhante a vista na mão de Evan. E agora na nuca de Amôn. Qual poderia ser seu significado? indagou se o draconato.

Antes que pudesse procurar a marca em sí mesmo, viu Farai se aproximando do fosso e escorregando. "Era só o que faltava, esse humano de novo se separando do grupo, e pelo visto desmaiou lá em baixo...como sei disso? Bah deve ser da mesma forma que sei que esse Orc está de olho no machado..."
Zadrak analisou a nova arma e percebeu que não fazia muito seu estilo, mesmo sendo sujeito a surtos de raiva, não era um sanguinário.

-Camir, pegue essa arma, acredito que faça mais justiça em suas mãos, peço apenas essa espada em troca, terá que servir por enquanto.

Depois de realizar a barganha, Zadrak ira se dirigir até o resto da "comitiva dos fugitivos".

-Escutem, eu pretendo ir pelo fosso, não quero arriscar a sorte que já tivemos até agora. Quem vem comigo? E alguém liberte os outros prisioneiros, eles também merecem uma chance.

Ah, é assim? Então fiquem ai, bando de idiotas! - Esbraveja Evan depois de ter sido ignorado pelos presos. Ele bate a porta da cela com força.

Ele vai até o grupo, já depois de Farai ter caído e desmaiado no fosso. Ele sabe, intuitivamente, que Farai está vivo. Por isso, não pode deixar de soltar uma...

Caramba, isso deve ter doído!

Zadrak faz um discurso. Evan faz um contraponto.

Desiste. Aqueles prisioneiros são mais tapados que um bando de mulas! Agora, serio que voces querem descer pelo fosso? Isso é inútil! É só um deposito de cadáveres! Acham mesmo que eles fariam uma passagem pro morto muito doido sair? É só um buraco! Um buraco! Vamos ser pegos a toa, por que assim que a gente voltar vai ter mais Orcs esperando a gente. Vamos sair daqui, é só sair discretamente e olhar para ver como está a situação lá fora.

Daí, ele lembra que Farai está no fosso.


Argh! Temos que tirar o fujão! Maravilha! Olha, desce um. Se tiver passagem, descemos todos. Se não, só traz o magrelo furacão e vamos logo sair daqui. Já perdemos muito tempo!

Por fim, o orc estava derrotado! Morto, talvez. Afinal, o cheiro de um orc é tão podre que nem mesmo Jasper e seu super-focinho-farejador-de-cheiros poderiam identificar se o orc está apenas desmaiado, dormindo ou se já morreu há 5 dias.

O kemono também viu Farai cair, arregalando os olhos. O som da queda estalou em seus ouvidos. E a estranha conexão mental mostrou que o humano estava vivo. Sorte. A ligação é bizarra, mas pelo menos não houve uma baixa no grupo.

Ouviu Zadrak e Evan falarem, e se irritou com o chilique do humano. "Quem ele pensa que é?", pensou Jasper.

O kemono, com passos firmes, se aproximou de Evan, abaixou-se um pouco para igualar sua altura superior à altura do humano, e rosnou firme, apontando uma garra no peito do humano.

— Cale sua boca, humano. Não precisamos ouvir seus chiliques. — disse, encarando Evan nos olhos. — Zadrak, Amôn já sabe, mas eu ouvi um som de vento vindo desse fosso. E, olhando bem... acho que dá pra descer se escorando pelas paredes. Por favor, desça e veja se eu estou certo, se há uma saída de ar... e se há uma saída.

Aguardaria a resposta de Zadrak, para ver se desceria ou se o outro caminho seria necessário.

Antes que eu pudesse sujar minha espada de sangue, a luta já tinha acabado. Os carcereiros não tiveram a menor chance. vejo também que o Zadrak está se equipando do machado, mas logo ele propõe uma troca comigo. Tentador. Não é dos melhores machados, mas ainda assim atraente. Olho pro fosso e logo fico sabendo que o magrelo caiu lá dentro, de acordo com os outros.

Cara burro. Quase não estou sentindo a presença dele. Deve estar desmaiado. Muita ajuda quem não atrapalha. E os outros começam a discutir uns com os outros. e o Zadrak ainda espera minha resposta. Quase esqueci dele.

- Faremos isso depois. Vou tomar uma atitude. - Assim me preparo pra descer o fosso com mais cautela que o último que tentou fazer isso.

A fúria de nada servira à Amôn, de recompensa à sua investida tudo que recebera era mais um corte em seu corpo, o humano era resistente mas ninguém estaria totalmente bem depois de tantos golpes, aquele em particular, apesar de não tão poderoso, fez com que o grande homem cambaleasse para trás, o que abriu espaço para que Mikka ferisse o orc e então Zadrak o finalizasse.

- Excelentes combatentes -  Falou o barbudo tentando esboçar um sorriso de satisfação enquanto tateava a parede, procurando se sentar, sua cabeça tonteava, seu corpo ardia, ele então decidiu dar um momento para o seu corpo e ficou apenas ouvindo a conversa que se iniciava:

-Escutem, eu pretendo ir pelo fosso, não quero arriscar a sorte que já tivemos até agora. Quem vem comigo? E alguém liberte os outros prisioneiros, eles também merecem uma chance. - Zadrak começou a traçar uma nova estratégia, Amôn que devido à tontura e a dor, estava um tanto fora de si, concordava, mas não se sentia com sorte, então comentou meio grogue entre as falas dos outros: - Sorte? certeza? - Quase que imediato ao comentário, o humano cochilou por alguns segundos, perdendo as reclamações de Evan e a resposta bem justificada de Jasper, o barbudo só acordou quando ouviu seu nome ser mencionado, e desabafou, ainda meio afetado pela dor:

- Olha, façam o que quiserem, eu topo tudo... Só vamos logo embora daqui, por favor... E-eu to muito ferrado... Isso aqui fede... - O alto homem fez uma pausa quando um fato estalou em sua cabeça - ... E agora acabei de descobrir que tenho uma marca na nuca, como eu sei disso?? Ah... Só vamos embora... Não dá pra improvisar alguma corda ou escada?

A situação do humano seria cômica se não fosse tão trágica, era realmente desgastante pensar que num período tão curto de tempo tantas duvidas tivessem surgido e nenhuma resposta, mas ele não poderia ficar se lamentando pra sempre, não sabia quanto tempo tinham, e muito precisava ser feito antes de que pudesse encontrar a paz mental que tanto queria, começou então a se levantar do chão devagar, com a mão no corte mais profundo e se dirige a Jasper:

- Muito bem, vamos logo embora daqui... Por que você não joga as chaves para os presos? assim, eles decidem se fogem ou não, nossa consciência fica limpa, e podemos partir logo.

Amôn sabia que aquela ideia não era totalmente sua, ele queria libertar todos, mas de alguma forma a aparente "consciência coletiva" o levara a chegar aquela conclusão que acreditava ser um meio termo. Depois de falar com Jasper, Amôn foi ajudar Camir que começava a descer, sua intenção era simples, não deixar que o meio-orc caísse, igual à Farai.

"Esses outros humanos tão passando uma má fama para a minha raça" - Ponderou o humano enquanto cuidava para que Camir não caísse, e principalmente para que ele mesmo não caísse junto, caso viesse a acontecer.

Inconsciente, Farai vaga em sua mente ou sonho...

um grande campo ao anoitecer.... O som de lobos ou cães...., eles caçam algo.... uma clareira,....uma parte iluminada apenas pela luz da lua... um rio, ...alguém corre desesperadamente,...

Os cães o alcançam. Farai grita..., mas sua voz não é ouvida..... cavalos se aproximam....Farai nada pode fazer a não ser observar os cães dilacerar sua vítima. Mesmo caminhando apressadamente até o local, ele não se aproxima da clareira.

Mikka começa a se questionar sobre as marcas no grupo. - Será que eu tenho uma também? - ela vasculha seu corpo de forma rápida. - Já ia me esquecendo de você. Vamos garantir que você fique bem quietinho, lindo. - ela vai até os pés do orc o puxando para jogá-lo no fosso.

Camir e Zadrak conversam sobre suas armas, mas não as trocam no momento. Os dois descem pelo fosso utilizando a ajuda de Amôn.

Teste de Habilidade:
Camir H0 +2(fácil).
Resultado: 1. Sucesso.
Zadrak H0 +2(fácil).
Resultado: 3. Falha.

Em até certo momento, Zadrak consegue descer, mas uma das patas inferiores atinge uma pedra solta nos cantos do fosso, Zadrak cai.

1d6 de dano.
Resultado: 2.

Ele se choca contra o chão, mas devido a altura os danos não foram tão grandes quanto os de Farai. Logo Camir desce ao local.

Se não fosse pela presença de Camir, Zadrak estaria cego, pois aqui não há nenhum tipo de iluminação.

O fedor de podridão é o maior de todos os lugares por onde tiveram, o motivo é bem claro para Camir. Pilhas de ossos e cadáveres em decomposição estão espalhadas pelos cantos do local. Ao centro Farai continua desacordado.

O corpo de um dos orcs cai do fosso bem ao lado de Farai. Quase o acertando.

O Local é um pouco menor que o salão acima, mas também possui um formato circular. O teto e a passagem pelo fosso só podem ser alcançados se alguém servir como apoio. Uma brisa guia os olhos de Camir para uma saída da sala, que resulta em uma esquina, mas antes que pudesse prosseguir, ele nota algo.

Os ossos, os corpos, eles estão espalhados pelo local como se fossem movidos e arrastados, depois de jogados ao fosso.

OFF: Vocês tem até 26/01 às 16:00 para a postagem.

A atitude ameaçadora de Jasper faz com que Evan pare um pouco. Certamente, não era alguém com quem gostaria de ter um problema. Dois do grupo, Camir e Zadrak, descem o fosso, e Evan vê o Draconato escorregar e cair.

Vamos descer mesmo? - fala olhando para o resto do grupo - Olha lá, o grandão careca tá acabado, e até agora 80% dos que descem acabam escorregando. Eu ainda acho que a saída não é por aqui. Vocês tem certeza meeeeesmo?

Evan suspira. Não sabe se é por seus instintos, ou por causa do elo que possui com aquelas pessoas, mas sente que algo ruim os espera naquele buraco. Mas até aquela altura do campeonato, parecia ser voto vencido. Então, decide descer também. Afinal, não queria perder tempo. Sair daquele lugar era seu principal objetivo naquela hora.

Ok... To descendo. - Fala, resignado. Ele fala algo baixinho, soando como um resmungo - Vamos todos morrer...

Laeriene esta na mesma duvida de Evan, mas o que sente em relação a seus companheiros é que o fosso deve ser uma rota de fuga. Mas também acha que pode ser o lar de algo bem pior que esses orcs aqui de cima. E se isso for verdade e bom estarmos todos juntos.

- Pessoal, estou descendo. - Fala a meio abissal para seus novos companheiros. Ou sera antigos? Ela não sabe ao certo. Essa tattoo em seu ombro combinando com a deles não deve ser coincidência.

Ela entrega a tocha a alguém próximo a entrada do buraco e se orientando com sua visão e faro tenta descer cautelosamente.