[Galeria] - SentinelaDourado

NOME: Sonar
Habilidades: Canhão de ondas sonoras (2), Agilidade (1), Gancho (1), Treinamento em combate (1)

Limitações:
FIS: 4  
MEN: 0  
MAN: 1
PV: 20
E: 1

Influenciado pela indústria marqueteira, que há vinha fazendo um ótimo trabalho transformando a imagem de super-heróis em bens de consumo, Vinicius possui plena admiração pelos encapuzados que combatiam o crime em Nova Capital. Desde pequeno, juntava seu pouco dinheiro com bonecos, camisetas e gibis. Sonhava em um dia poder ter superpoderes e sempre quando ficava com o pai em sua oficina elétrica de som automotivo, brincava com os alto-falantes estragados, como se fossem suas armas da justiça.

Aos seus 13 anos, Vinicius, filho de uma família de classe média e estudante de uma escola pública, passava um tempo com sua mãe enquanto ela trabalhava cuidando de uma idosa que morava sozinha com seu neto, o professor Caio A. Correia, em uma casa enorme no bairro mais chique da cidade. Ele também ajudava nos negócios do pai na oficina.

Na escola o garoto não era muito acima da média, porém ia bem nos esportes. Seu professor de educação física até sugeriu de leva-lo para competir atletismo representando a escola, porém ele estava com notas baixas em física e precisava apresentar um trabalho para tentar recuperá-las e poder enfim participar do torneio. Motivado a competir, Vinicius pediu ao patrão de sua mãe que lhe ajudasse e acabou se espantando em ver que física poderia ser estudada de forma dinâmica e interessante. Para a apresentação do trabalho, utilizaram caixas de som para vibrarem frequências, fazendo desenho com sal sobre uma placa de metal. Todos ficaram impressionados com o experimento e ele foi autorizado a ir para a competição.

Ele foi medalha de prata no torneio regional, em sua categoria. E com muito orgulho, foi até a casa onde sua mãe trabalhava para agradecer a Caio pessoalmente.  Conversou com sua mãe e pediu para que esperasse no escritório dele com a medalha na mão para que ele visse e pudesse mostrar que tinha valido a pena.

Enquanto o jovem esperava, uma janela se abriu sozinha e com medo, Vinicius se escondeu embaixo da mesa. Um homem encapuzado saltou para dentro do escritório, vestindo um traje verde com uma grande letra “I” no peito. O homem, andando com dificuldade, pois aparentava ter acabado de sair de uma luta difícil se dirigiu até o controle remoto e ligou a TV. O noticiário apresentava a captura de um grande empresário corrupto, que tinha sido preso junto a mais de 20 capangas armados pelo herói cientista Dr. Incrível, utilizando sua arma laser para destruir todos os tanques de produtos químicos que ele vendia clandestinamente para grupos criminosos produzirem armamentos.  O herói sorri, desliga a televisão e retira seu capuz. Ao se virar, se depara com Vinicius em pé, olhando para ele com admiração:

- Foi você. Não foi?
- Sim... mas preciso que guarde meu segredo. Ninguém pode saber ou minha família e amigos podem estar em risco. Inclusive sua mãe, por trabalhar para mim. Posso contar com você?
- Claro! – Apesar da ansiedade, Vinicius compreendia o risco de revelar a identidade de Dr. Incrível.
- Que medalha é essa?
- Ganhei no torneio de atletismo. Mas não consegui ficar em primeiro. – abaixou a cabeça.
- Ei! Meu avô me dizia que o campeão só conseguiu chegar ao topo porque ele caiu durante o caminho e se levantou para continuar correndo. Não se trata de quantas vezes você cruza em primeiro, e sim quantas vezes você se levanta após cair.  
- Obrigado. Seu segredo estará a salvo comigo. – Diz ele, deixando a sala após assentir com a cabeça.

Mais tarde, no caminho do metrô onde Vinicius e sua mãe seguiriam para casa, o garoto presenciou um assalto violento, onde um assaltante roubava uma idosa com uma faca. Ao perceber a cena, o jovem corre em direção ao assaltante, segurando a mão dele pouco antes da lamina atingir o rosto da senhora que com muito esforço protegia seus pertences. O assaltante desferiu alguns golpes no garoto, acabando por ter atingido três vezes na lateral de seu tronco. O criminoso partiu em fuga, deixando o garoto gravemente ferido.  Uma ambulância foi chamada e a única coisa que se lembrou após a sirene foi de acordar em uma cama de hospital.

Ele recebeu visitas da idosa todos os três dias nos quais ele ficou desacordado no leito. Ela vinha para agradecê-lo, pois a única coisa de valor que tinha em sua bolsa era um presente para seu netinho com câncer e a tinha gasto toda sua aposentadoria do mês naquele presente. Dentre todos os amigos e parentes que o visitaram enquanto ainda não recebia alta, Caio foi o mais inesperado para ele.  O professor pediu a sala em particular e dialogaram por alguns instantes após muita insistência, Dr. Incrível aceitou treinar Vinicius. Ele impôs apenas uma condição: que ele jamais se tornasse aqueles que estariam caçando. Isso envolveria excesso de violência, assassinato ou crueldade de qualquer forma. Caio era muito ético com o trabalho e ainda acreditava no poder da Justiça feita de forma correta. Com a confirmação do jovem, eles tinham um trato.

Dias após sua recuperação, o jovem recebe uma ligação de Dr. Incrível, pedindo que ele o encontrasse em um galpão que outrora pertencia a sua família para produção de produtos tecnológicos. Ao chegar, o local se mostrava um perfeito esconderijo de super-herói, com manequins para trajes, prateleiras especificas para equipamentos, muitos computadores e máquinas que não era possível se dizer ao certo para que serviam. Após uma apresentação rápida e vários meses de treinamento físico e tecnológico, Vinicius recebe de seu mentor uma maleta com um traje vermelho dobrado, uma armadura feita sob medida e um canhão de se acoplar no pulso.

- Achei que vermelho combinasse com você.
- Acabou de virar minha cor favorita!
- Agora você consegue manipular ondas sonoras e suas vibrações.
- Legal! Mas como vou usar minha mão esquerda?
- Bem, isso nós teremos que cortar. Você não vai precisar dela. – Dizia isso com uma expressão bem séria, soltando fortes gargalhadas em seguida. – Estou brincando, é só apertar esse botão.
- Seu senso de humor é péssimo...
- É. Ainda estou trabalhando nisso. Já escolheu seu nome? Pensei em Onda Sonora.
- Parece meio grande e feminino. Acho que soa melhor como Sonar.
- Deem boas vindas então para Sonar, o mais novo herói da cidade!

[...]
Após um período de preparação e treinamento ambos conseguiram encontrar o homem que havia assaltado a idosa e colocaram-no a mercê da justiça. O homem foi preso e condenado a passar anos em uma prisão rígida, onde cumpre pena até os dias atuais. Participaram de algumas outras missões juntos, porém, após ser baleado, Dr. Incrível viu-se obrigado a se afastar das ruas por um tempo, ficando de suporte para Sonar, confiando em seu treinamento e habilidades enquanto se recupera.