[JOGADOR] Erak Byrnison / Erak Byrnison

Kaira vivia num vilarejo pequeno no sul de Winterheim, com um clima agradável, razoavelmente quente. A população era pequena, todos se conheciam. Os pais de Kaira eram comerciantes, donos do único mercado de todo o vilarejo. Eram uma família respeitada por causa disso. Ninguém se atrevia a falar mal deles, afinal, não queriam arranjar briga com os únicos provedores de alimentos da região.

Kaira era bela, com olhos verdes e cabelos vermelhos como fogo. Seus seios eram cheios e seu corpo estrutural. Era desejada por todos os homens. Ou, pelo menos, pelos homens que não desejavam outros homens.

O seu vilarejo não era saqueado já há mais de três décadas, todos pensavam estar, finalmente, em paz. Mas aquilo não era verdade. Numa noite fria, no final do seu décimo sexto inverno, o vilarejo de Kaira foi invadido por homens brutos e fortes, que destruíam tudo o que viam. Roubaram todo o dinheiro e alimentos que os seus pais tinham, e fizeram uma coisa pior. Kaira fora estuprada naquele dia e, para seu desgosto, ficara grávida.
Todos pensavam que ela tinha sido enfeitiçada, amaldiçoada. De todas as garotas violentadas naquela noite, ela tinha sido a única a engravidar. No entanto, alguns sacerdotes diziam que o bebê que ela carregava era especial. Ele tinha sido escolhido por Odin para vingar sua família. Seria um homem esperto, um grande Jarl que vingaria seu povo. Sua gestação durou 7 luas cheias. Erak nasceu pequeno e frágil. Não pesava mais que 1kg e mal conseguia mamar no peito da mãe.

Todos diziam que ele não viveria mais que um mês, mas, inacreditavelmente, Erak sobreviveu. Cresceu muito, mais que todas as crianças da sua idade. Com 13 anos, já era mais alto que o maior dos guerreiros da aldeia. Além de alto, ele era resistente. Não sentia dor, ou, se sentia, era pouquíssima.

O menino foi criado por sua mãe, que tornara-se uma sacerdotisa no templo do vilarejo. Desde que ele nascera, sua mãe pedia que Odin desse força ao menino, e, aparentemente, ele o fez. Por tê-lo feito sobreviver, Erak vivera até os 18 anos apenas para servir os deuses.

Aos 19 anos, sua mãe morreu de uma doença misteriosa. Erak saiu do vilarejo procurando algum trabalho para ganhar sua vida. Durante anos, fez apresentações nas praças e feiras das cidades em que morava. Era chamado de Erak, o Imortal. Demonstrava sua ausência de dor a todos: engolia cacos de vidro; deixava que pessoas quebrassem tábuas de madeira na suas costas; e seu número principal: o público elegia o homem mais forte do dia, que batia na sua cabeça com um bastão de madeira. Aquilo, como era de se esperar, não fez bem a ele. Por ter levado tantos golpes na cabeça, Erak começou a perder a inteligência. No começo, ele apenas trocava a ordem das sílabas e se esquecia das coisas, mas depois, Erak agia como um bêbado, vinte e quatro horas por dia.

Seu número foi se tornando repetitivo e com aquilo ele mal conseguia se alimentar. Um dia, depois do “trabalho”, Erak parou em uma taverna para beber um pouco antes de achar alguma hospedaria que conseguisse pagar, e acabou ouvindo de alguns homens, que alguém estava organizando expedições para Valleyheim, partindo de Enxanceaster. Naquela mesma noite ele partiu, juntou tudo o que tinha e foi para a cidade, esperando conseguir embarcar a tempo.