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Taverna Yggdrasil

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12/04/13, 11:52 pm
Taverna Yggdrasil Tavernb

Administrada por Thoeak Bronskegg, o anão caolho, veterano de guerra, que agora se irrita e explode os pulmões na taverna lotada.

Thoeak Bronskegg:

Antes de descobrirem Valleyheim, Thoeak construíra a taverna para descansar. Ela era quieta e calma, se agitava apenas quando os pescadores chegavam, pois ficava localizada no porto de Exanceaster. No entanto, devido a descoberta de terras novas, centenas de pessoas se instalaram em Winterheim, mais especificamente nos arredores do porto, para organizar suas viagens e tentar enriquecer no "novo mundo". E com a chegada dessas pessoas, fora embora o sossego de Thoeak. Ele se irrita com o barulho, mas fica feliz, ao mesmo tempo, com o dinheiro. Teve de aumentar em 5 vezes o tamanho do estabelecimento no último ano, tornando a Taverna de Yggdrasil a maior de Winterheim. Thoeak, como todo bom anão, costuma se embebedar até o fim da noite, discutindo, e até se envolvendo em brigas com os clientes, ficando assim, impossibilitado de administrar a taverna. Por isso ele conta com a ajuda de Ufyson, um Æsir alto e ruivo.

A taverna é enorme, várias mesas são dispostas em seu grande salão, possuindo, ainda, um segundo andar com mais mesas, mas menos iluminado e mais reservado, e um terceiro andar, com quartos para hóspedes. A taverna funciona do meio-dia ao último cliente.


Local de Interpretação livre, qualquer um pode vir, e postar, interpretando seu personagem.
Paradoxo
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15/04/13, 01:07 am
Chovia forte em Exanceaster, quando o já bem conhecido Sigulf, o Quebrador-de-Escudos, adentrou a Taverna Yggdrasil, onde estivera hospedado nos últimos meses. Com a taverna incrivelmente cheia, mais do que ficara em muito tempo, ele pode observar que todos o olhavam e se sentou em uma mesa de canto, acenando para uma funcionária de Thoeak, que lhe trouxe o pedido de sempre, uma grande caneca de hidromel. A funcionária sorriu para ele e se retirou, recebendo um sorriso em troca. Tomou um gole de bebida enquanto pensou um pouco nos últimos meses.

Desde a sua chegada a Exanceaster, Sigulf estivera ocupado providenciando, juntamente com seus dois aliados, a construção dos três navios responsáveis por guia-los em suas investidas. Aldryck, o Elfo, havia ficado responsável por conseguir a madeira adequada pelo serviço. Enquanto o outro companheiro dos dois, o anão, acompanhava incansavelmente a construção do navio, ao lado dos ferreiros e construtores. E, Sigulf, por sua vez, fora o responsável de chamar a atenção das pessoas para essa viagem e conseguir os demais recursos necessários para a primeira viagem. Havia conseguido o seu objetivo, pois praticamente toda a cidade de Exanceaster já comentava o assunto e os boatos já haviam corrido os quatro cantos de Winterheim.

Agora, enquanto aguardava a chegada de seus outros companheiros, bebeu um gole grande do hidromel e observou que várias pessoas haviam se aproximado de sua mesa, com suas próprias bebidas e aguardavam ansiosos. Ele sorriu e se dirigiu a eles.

– Vocês querem outra história, certo? Tudo bem, já faz alguns dias que não faço isso. Vejamos, já contei a vocês como sobrevivi a fúria de Björn Sangue-de-Fenrir e acabei treinando ao lado de seus berserkers. Já contei sobre como passei a ser chamado de “Guerreiro-da-Tormenta” e – olhou para todos ao redor e riu, de forma debochada – de o “Veneno-de-Jormungand”. Hoje, contarei a vocês como adentrei nas terras de Jotunheim, a terra dos gigantes, e negociei com Utgarda-Loki, seu rei, para que ele me cedesse o metal que usei para forjar a Sprättuvejr.

Parou para tomar mais um gole e esperou que alguém se manifestasse, sabia que muitos duvidavam que Aesir, Elfo, Anão, ou qualquer outra espécie de criatura de Winterheim já houvesse voltado vivo de uma visita ao lar dos gigantes, pelo menos não nas ultimas centenas de anos. Contaria a história logo após as discussões sobre a veracidade da mesma.


Última edição por Arco em 15/04/13, 05:54 pm, editado 1 vez(es)
Barata
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15/04/13, 04:09 pm
O anão permanecia sentado até então no canto menos iluminado da Taverna Yggdrasil, o local estava lotado e chovia forte lá fora. Hálfdan nunca vira a taverna tão cheia quanto naquele dia, e passava o tempo da melhor forma, empunhando uma caneca de cerveja em suas mãos, ele olhava cada um que entrava, cada um que saía, mas sem nenhum interesse. Um homem lhe chamou atenção, era um figura conhecida, o famoso Sigulf adentrava a taverna, Hálfdan o conhecia por vários títulos, e o reconheceu no mesmo instante em que ele aparecera em sua frente. Em primeiro momento, o anão não expressou nenhuma reação perceptível, e apenas observou Sigulf. Sem mais delongas, o nobre pediu uma garrafa de hidromel, e depois de algum tempo sentado, grande parte dos fregueses rodeavam o mesmo aguardando que contasse uma história. Se gabando de seus títulos e triunfos, uma citação chamava mais ainda a atenção de Hálfdan. O anão se levanta do assento e se aproxima da mesa abrindo espaço onde Sigulf permanecia dando um último gole antes de dar início a história. -- Jotunheim? -- disse olhando para o nobre um tanto desconfiado, mas como um bom contador de histórias que Hálfdan era, nada era impossível. -- Sei quem é você, Sigulf, já ouvi suas histórias mas... Utgarda-Loki? Tem certeza? -- disse enquanto o homem aparentemente havia terminado sua bebida, lembrando que ninguém que tivesse ido até lá voltara vivo, ao menos não... Recentemente.
Gama
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15/04/13, 04:13 pm
A viajem foi deveras longa e a expectativa ainda maior. E como um castelo de areia que se desfaz ao bater das ondas do mar, as lembranças e desejos de reaver sua família, se foram com a notícia da morte de todos.

No seu coração algo lhe dizia que alguma esperança haveria para seus familiares, e que talvez um dia ele poderia se reencontrar a seus amado pai e irmão. Tomou então o caminho de volta para as Terras de Praadus, mas algo o impeliu a primeiro buscar respostas ou consolo em Exanceaster.

Depois de conseguir um quarto na hospedaria local, lugar em que muitos aventureiros também paravam, antes de ir para seu quarto resolveu ir até uma Taverna que ouviu alguns comentando.

Adentrou a Taverna Yggdrasil, procurou um lugar confortável para beber e se recostar. Seus pensamentos se perdiam a cada gole no doce hidromel. A cada gole ele revive o curto período que esteve na companhia de seu pai, mãe e irmãos.

Um silêncio predomina o local brevemente com a chegada de um homem de vestuário Nobre. Älskade não o reconhece e ignora sua presença enquanto muitos se alvoroçam com sua chegada. Depois dele se assentar e esbravejar sobre suas supostas conquistas, o que fez com que Älskade se Irritasse e retrucasse o tal Nobre, já com alguns sinais de embriagues.

CHEEEGA DE TANTA BAJULAAAÇÃO!!! UM NOOBREE! - ele curva a cabeça desdenhosamente.
- ONDE VOCÊ ESTAVA QUANDO IRNG, O ÖVERVÄLDIGANDE E SUA FAMÍLIA FORAM ATACADOS?!
- NOBRES. NÃO PASSAM DE FANFARRÕES.
- EM QUANTO VOCÊ BEBIA E DESFRUTAVA DE MULHERES, EU ERA ESCRAVO. E QUANDO GANHEI MINHA LIBERDADE, NÃO PUDE REENCONTRAR MINHA FAMÍLIA, POR QUE OS NOBRES DE EXANCEASTER FICAM SE AVENTURANDO PELO MUNDO, EM VEZ DE CUIDAR DA SUA PRÓPRIA TERRA.
- DUVIDO QUE QUAL QUER DESTES TÍTULOS POSSUAM ALGUMA VERDADE.
TZ
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15/04/13, 05:20 pm
Fora um árduo dia de labuta nas matas densas dos arredores de Exanceaster. Yggdris, cansado porém diligente, retoranava à Taverna com farta caça, esta que seria vendida a Thoeak, o intempestivo anão que ministrava o lotado estabelecimento... embora toda a negociação fosse acertada com seu amigo Ufyson, o ruivo. Trocava sua caça por alguma prata e cama para passar a noite,e naquele dia não seria diferente. Entrando pelos fundos, deixou o resultado de todo um dia nas selvagens terras de caça sob o cuidado do habilidoso facão do cozinheiro, cumprimentou-o desejando uma boa noite e, então, adentrou o Salão.

As fogueiras emanavam o calor aconchegante que toda boa taverna deveria possuir, e a miscelânea de vozes e bater de canecas preenchia o local com uma miríade de sons, conversas e brados. Não esperava por ninguém em específico, apenas sentou-se no balcão e bebia de seu caneco uma modesta quantia de bebida fermentada, já pensando em ir para a privacidade de seus aposentos, repousar para o próximo dia de caça.

Mas eis que entrara um homem robusto e envolto em peles, estas ensopadas pela forte chuva que iniciara há pouco do lado de fora da estalagem. Tratava-se do Quebra-escudos Sigulf; Yggris já havia ouvido histórias sobre ele naquela cidade. Contudo nunca antes o avistara, e estava curioso quanto a sua visita, assim como os demais, que se aglomeravam ao redor do Nobre. O rapaz não tinha amor algum pelos nobres, e havia ainda menos motivos para tanto após a queimada da floresta protegida de seu mestre, porém compreendia que a ação de um único homem não justifica o ódio a todos de sua mesma classe, e mantinha-se neutro em relação ao Guerreiro-da-Tormenta até que este se mostrasse realmente digno de outro de seus vários títulos, O Justo.

Sigulf então começava a discorrer sobre suas aventuras e, quer fossem verdadeiras ou não, eram histórias realmente instigantes, merecedoras de bons ouvidos, e talvez até mesmo de canções!
Reservado como era, Yggris limitou-se a observar as pessoas aglomerando-se ao redor do nobre visitante, enquanto escutava a dúbia história sobre sua incursão à Terra dos Gigantes, e sempre atento a seus arredores; alguns que lá estavam não nutriam simpatia por Sigulf, e os ânimos de um homem precisam de pouco para inflamar, quando tão embebidos em hidromel e cerveja.
Velox
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15/04/13, 06:03 pm
Quando chegou a Exanceaster, o Anão Galdur dedicou-se a procurar uma ferraria que lhe cedesse serviço naqueles dias de estadia, com pouco tempo seu eficiente trabalho ganhou certo destaque entre os ferreiros da cidade, mais o que faturava no dia dava mal para cobrir os gastos com o estabulo para sua montaria e a pernoite em um quarto na Taverna Yggdrasil. Com isso, logo o anão fez amizade com Thoeak e os clientes mais assíduos e beberrões da Taverna.

Certo dia, com o céu da noite tomado de chuvas e trovões, o anão adentra de supetão no recinto, quase quebrando a porta com uma pesada. Vermelho de tanta raiva, por estar todo molhado ele pede, ainda na entrada, uma caneca de cerveja e nozes de tira gosto, sem nem ao menos olhar para o lado, a casa se encontrava cheia quase todo mundo se concentrava em uma mesa no canto, e sentado nela um nobre guerreiro destes tempos ditava suas glorias em tons de epopeia.

- Quem é o vaidoso? – pergunta ele a Ufyson, em um tom de curiosidade misturado a inveja da mesa rodeada de curiosos.

Ufyson fala ao amigo anão que se trata de um nobre guerreiro, e lhe contando algumas histórias, aguça a vontade do anão a aliar-se ao afamado colecionador de aventuras e uma nova empreitada.

Sabendo agora de quem se tratava na mesa, o anão, empunhando sua caneca, desse de sua cadeira no balcão e ruma para a mesa de Sigulf. Com seu jeito peculiar de andar, devido às curtas pernas, ele usa de sua pouca sutileza para empurrar algumas pessoas até ter acesso à mesa do herói.

- Precisa de homens para uma aventura? Dita o astuto anão, todo pomposo, tentando mostrar-se intimidador. - Sou Galdur, o Peregrino, descendente dos antigos anões das Montanhas do Oeste, conheço de tudo um pouco, principalmente de arte da fabricação de armas, se você precisar dos meus serviços me procure por aqui mesmo, estou ávido de aventuras.
Caoísta
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15/04/13, 10:02 pm
Raygar se mantinha quieto sentado em uma mesa excluída do centro da taverna como de costume bebendo de sua caneca de hidromel. Era geralmente assim que ele passava os dias, quando não treinando isolado suas habilidades com o machado.

Para ele a guerra a luta era algo essencial ele não via o momento de se aventurar em terras desconhecidas e lutar.

Com o machado em mãos o homem se tornava uma besta, feroz como a Serpente do Mundo!

De seu lugar o homem observa um pequeno tumulto se formando quando um dos organizadores da expedição contava uma história que os outros pareciam apreciar, menos um, um que visivelmente bêbado debocha de Sigulf.

Raygar abre um ligeiro sorriso e se levanta caminhando em direção da mesa, encostando em uma dos pilares de sustentação de braços cruzados. Apenas observando.


Última edição por Ira em 15/04/13, 10:24 pm, editado 2 vez(es)
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15/04/13, 10:03 pm
Exanceaster era açoitada pela tormenta, os raios gritavam furiosos nos céus, como bersekers correndo em direção a uma parede de escudos, quando um elfo, alto e de postura aristocrata adentra na Taverna Yggdrasil, retirando a pesada capa de peles encharcada de suas costas, fazendo com que respinga-se água no piso do estabelecimento. Ignorando os gritos de protesto de Thoaek, o elfo lhe entre um punhado de peças de prata para abrandar o frenesi louco do taverneiro, e pedir um chifre de vinho quente, enquanto se dirigia a uma mesa mais movimentada, onde, Sigulf, identificou o elfo, contava seus feitos épicos da juventude.

O elfo, então, puxa uma cadeira que ali estava, colocando o casado molhado sobre outra cadeira, e para, a cerca de 1 metro do amontoado de curiosos, para ouvir os protestos de um homem bêbado e maltrapilho. Com certeza era mais um desses fazendeiros, que encontrara um pedaço de metal que chamava espada, e saia mundo afora arranjando confusões em tavernas para depois dizer ser um glorioso guerreiro.

No entanto, frio e calculista, como sempre, Aldryck, o Elfo, vê ali uma oportunidade de mostrar a esses homens quem eles deveriam obedecer, fazer com que eles identificassem seus lugares em meio ao grupo, pois a insubordinação poderia causar o desastre de uma expedição, que, porventura, tinha seu dinheiro investido.

Tendo isso em mente, ele se levanta, e ergue o tom da voz, logo após a última provocação do bêbado, e diz:

- Pois então, escravo beberrão e revoltado, por que o senhor não prova a veracidade dos feitos de Jarl Sigulf Svardstal? E você, Jarl Sigulf, o Imbatível, por que não mostra a esse homem, do que é capaz, o guerreiro que derrotara sozinho, seis homens armados e protegidos em armaduras?

- Esta é minha proposta, um a um, com as mãos vazias, nada de armas, até que só reste um homem consciente, e outro beijando a lama. O que me dizem, pessoal? - Termina o elfo em uma indagação alta, na tentativa de que todos na taverna ficassem ansiosos para tal duelo, e manifestassem seus gritos de aprovação.
Etéreo
Etéreo

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15/04/13, 10:05 pm
Kha'arg estava agitado naquele dia. A construção dos barcos ía de vento em polpa e o nobre anão mal podia esperar para que as expedições tivessem início. Os últimos detalhes referentes à tripulação estavam sendo arranjados por Sigulf, seu aliado Æsir.

Kha'arg sabia onde iria encontrá-lo naquele horário. O anão se dirigiu à taverna para angariar informações sobre os detalhes finais das expedições. Ao adentrar o local, fitou Sigulf em uma mesa, rodeado de pessoas e com uma bebida em mãos. Era uma visão a qual Kha'arg havia se acostumado. E como muitas outras vezes, Kha'arg sabia o que estava por vir.

Não tarda a um bêbado daquele local começar a duvidar das lendas ostentadas por Sigulf e reagir de maneira a insultá-lo. O anão sabia como aquilo terminaria. Já havia visto aquele mesmo quadro diversas vezes. Desta vez, estava disposto a tentar evitá-lo e, caso não obtivesse êxito, passaria a incitá-lo, como bom divertimento.

- Garoto, mantenha sua língua dentro de sua boca. Não tenha tanta pressa para se juntar aos seus familiares...




Última edição por Etéreo em 13/05/13, 02:14 pm, editado 2 vez(es)
Gama
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15/04/13, 11:29 pm
- QUE OS DEUSES ME DETENHAM. UM ÁLFAR E UM ANÃO DEFENDENDO UM NOBRE AESIR!?
- NÃO ACHEI QUE VIVERIA PARA VER TAL ATO.
-CALE-SE ANÃO. E VOCÊ ÁLFAR, NÃO HÁ CAÇA A MESA VÁ BUSCAR ALGO PARA COMERMOS.
- POIS...POIS... QUE VENHA O TAL SIGULF,... E VEJA DO QUE OS CHAMADOS FRACOS PODEM FAZER.
- QUE ELE SE DEFENDA. VEJAMOS SE É MESMO... O...O... GUERREIRO... DO QUE MESMO?... CHUVISCO.

Ainda brade enlouquecido pelo Hidromel, exalando o hálito da fermentado.

Älskade se poem em pé, e cambaleando vai em direção da porta, retirando o cinto em que carrega sua espada. Se a bebida deixar chegar até a porta, e se por em frente a Sigulf, sujará com sangue o chão, com o sangue de Sigulf ou o seu, mas não permitirá que um Nobre o menospreze outra vez.
Barata
Barata

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15/04/13, 11:43 pm
O anão viu um alvoroço se formando diante de um homem bêbado, parecia surtado, louco, ou algo do tipo. Hálfdan se levanta do banco em que permanecia sentado, e vira o resto de sua caneca de cerveja e caminha até o balcão, subindo no mesmo para poder ver tudo de cima, uma briga começava a se formar, aquela seria uma boa história para o anão se recordar. -- Sigulf vai acabar com ele... -- sorriu, não se importava com quem venceria, mas sim com a porradaria que seus olhos aguardavam ansiosamente.
Vulto
Vulto

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16/04/13, 12:16 am
Uma bela jovem seminua desliza seu corpo para o lado, saindo de cima de um homenzarrão de cabelos loiros e barba comprida, enquanto este se levanta e começa a ajeitar as roupas e puxar uma garrafa de hidromel de cima do móvel ao lado direito da cama. Ao seu lado, ainda acariciando seus ombros e peitos, outra garota de aparência jovial. Ele bebe uma quantia generosa de hidromel e volta sua boca para o pescoço dela, percorrendo seu rosto até chegar a sua boca.

Se levantando em seguida, veste suas roupas com a ajuda das duas moças e quando ambas estavam praticamente vestidas, profere com uma voz grossa, porém mansa:
- Desçam e comam algo por minha conta – diz Ivor, sorrindo e apertando as nádegas das duas garotas que riem sonoramente, se retirando do quarto.

O homenzarrão alonga-se, pega mais uma vez a garrafa de hidromel e sorve a bebida até o fim, limpando os lábios úmidos com as costas da mão. Vestindo o manto feito de pele de urso, ele caminha até o lado esquerdo da cama e pega um enorme embrulho, envolto em um tecido branco, surrado e velho, o apoia no ombro e deixa o quarto.

Logo ao cruzar os alicerces da porta de seu quarto, o som vindo do andar inferior da taverna aumenta, a casa estava cheia aquela noite e bastante turbulenta. Descendo as escadas com passos pesados, a figura imponente causa certo temor, fazendo aqueles que subiam as escadas se esgueirarem ao seu lado ou mudarem de direção.

Chegando ao final da escada, ele percebe um alvoroço, parecia que uma briga estava prestes a acontecer. No meio da multidão, Ivor nota que um deles era o conhecido Jarl Sigulf e o outro, um bêbado qualquer o qual nunca o vira mais gordo.
Movendo os olhos sobre a multidão, até alcançar o balcão, vê as duas prostitutas se deliciando com uma garrafa de cerveja dois pratos de comida. Com um leve mover de lábios, esboçando um sorriso, ele caminha até lá, imponente, sem se preocupar com quem estava a sua frente.
Ao se aproximar do balcão, Ivor faz um movimento brusco com o embrulho e acaba acertando algo sobre o tablado. Ele pensa ser algum objeto deposto ali em cima, mas ao se virar para checar, vê um anão, de vestes vermelhas e barbas ruivas. Com um olhar sério, ele pronuncia em tom grave e alto:
- Saia daí de cima, litli maðurinn!
Paradoxo
Paradoxo

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16/04/13, 12:51 am
Novamente Sigulf havia conseguido o que desejava quando começava a contar histórias. Era sempre a mesma coisa, ele começava a contar algo que as pessoas normais podiam considerar absurdo, para logo em seguida ver aqueles que o insultariam. De alguma forma, mostrava que sua força não devia ser desprezada e que sua fama era realmente justa.

Observou o jovem que gritava contra ele e já pode imaginar tudo, sabendo o que respondeu. Mas, sabia o que estava fazendo e não retrucou antes que mais pessoas se envolvessem na confusão. Se retrucasse agora, o homem poderia se acovardar e não enfrentá-lo como era preciso. Precisava de incitação, de pessoas pedindo pela briga.

Viu isso em algumas pessoas da taverna. Primeiramente Aldryck sugeria um desafio, afinal de contas já conhecia Sigulf bem e sabia de tudo que aquilo se tratava. Kha'arg chegara também, tentando fazer o garoto desistir da ideia do combate. Outro anão, Galdur, se apresentara para ele e se oferecia para aventuras ao seu lado. E por fim, o anão de vermelho, havia soltado uma frase que não passava da mais pura verdade. Sigulf se levantou, rindo.

– Meu caro Galdur, é um prazer conhecê-lo. Bebo em nome de nossos ancestrais e desejo que nossa amizade seja longa e regada de grandes aventuras. Conheço o valor dos rochosos ¹ e a algum tempo que tenho estado acompanhado de meu valoroso amigo e sócio, o grande Kha'arg. – Respondeu para Galdur, apontando para Kha'arg. – Sentem-se e bebam algo por minha conta, enquanto eu lido com esse cidadão aqui.

Sigulf era alto, mas ao se virar para encarar Älskade, deparou-se com a presença de Ivor e pensou consigo mesmo que aquele homem tinha um antepassado entre os gigantes. Afastou a cadeira da sua frente e foi ficar face-a-face com o homem que esbravejava contra ele, enquanto ia em sua direção.

– Deixe-me tentar adivinhar. Irng deve ter sido o seu pai ou Jarl e ele foi derrotado, morto, juntamente com a sua família. Você foi transformado em escravo pelos homens que tomaram as suas terras e, por um golpe de sorte, escapou. Agora você lamenta seus anos de escravidão e a morte da sua família, descontando tudo em qualquer nobre que tenha o desprazer de encontrá-lo sobre o mesmo teto. Você culpa os nobres pela desgraça ocorrida em sua vida, talvez até mesmo culpe nossos deuses. – Quem observasse Sigulf naquele instante, notaria que o azul forte da sua íris havia desaparecido, agora elas eram cinza, deixando seu olhos com a aparência de um homem morto.

– Você mereceu o que aconteceu, foi tudo culpa sua. Você foi fraco. E um homem livre de Winterheim não pode ser fraco. Valhalla só receberá os corajosos e os fortes. Mas, eu lhe darei a chance de se redimir comigo pelo insulto, com sua família pela fraqueza e com os deuses pela covardia. Sente-se, escute a minha história e daqui alguns dias viaje em nossas expedições, quem sabe você volte a ser homem. – Disse oferecendo a sua própria caneca de Hidromel para o homem.

Sabia que se brigasse e derrotasse aquele homem, as pessoas diriam que ele se aproveitou de sua embriagues para tirar vantagem, portanto decidiu derrotá-lo com as palavras. Porém, existia uma chance dele não recuar e se sentir ainda mais ofendido, aí ele mostraria o porque era chamado por muitos de o Imbatível.

---

Notas:
Etéreo
Etéreo

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16/04/13, 01:46 am
Kha'arg ouve Älskade balbuciar uma resposta em meio a passos trôpegos em direção à porta. Diante daquela situação, não seria necessária a posse da Mótasýn para entender o destino daquele cenário.

Kha'arg olha novamente para Sigulf, como que esperando as frases que traríam o caos. Nesse momento seus olhos captam o primeiro interlocutor do Guerreiro-da-Tormenta. É Galdur, um companheiro de raça.

Os olhos de Kha'arg repousam então sobre o machado que o anão carrega. Imponente, robusto, balanceado, impecável. Não há necessidade de outras motivações para que Kha'arg se ponha em movimento.

Em passadas velozes, o ferreiro mestre alcança Galdur e, antes mesmo de lhe dirigir os cumprimentos que as boas maneiras exigem, aponta para o machado carregado pelo anão.

- Isso é um trabalho impressionante! Posso?

Pronuncia Kha'arg enquanto estende a mão, visando empunhar o machado.


Última edição por Etéreo em 13/05/13, 02:17 pm, editado 4 vez(es)
Gama
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16/04/13, 09:12 am
Älskade percebe que seu objetivo fora alcançado: causar alvoroço no lugar. Em quanto ainda mantém as aparência de embriagado cambaleia entre os presentes pegando as peças de prata dos incautos, usando de Ousadia, qual Ladino que é. Para encerrar sua apresentação...

- FRACO. CÃO MISERÁVEL E COVARDE.
- INSISTE EM ME HUMILHAR COM PALAVRAS BONITAS, FALA DE MINHA FAMÍLIA, COMO SE FOSSEM CÃES SARNENTOS.
SINTA O PESO DE MINH....
- Älskade ainda se fazendo de bebado, dá início a uma frase e parte na direção de Sigulf. Aproveitando o aparecimento de um Anão a sua frente ele vai ao encontro do mesmo para fingir esbarrar nele e cair ao chão, se fazendo de inconsciente.

De posse de várias moedas de prata, que pegara diante da confusão armada, Älskade fica lá no chão mantendo a aparência de inconsciente. Porém as palavras de Sigulf não saiam de sua cabeça: "– Você mereceu o que aconteceu, foi tudo culpa sua. Você foi fraco. E um homem livre de Winterheim não pode ser fraco. Valhalla só receberá os corajosos e os fortes. Mas, eu lhe darei a chance de se redimir comigo pelo insulto, com sua família pela fraqueza e com os deuses pela covardia. Sente-se, escute a minha história e daqui alguns dias viaje em nossas expedições, quem sabe você volte a ser homem.

Uma oportunidade e tanto lhe fora oferecida pelo desconhecido Sigulf. Älskade, agora qual homem livre, viu a oportunidade de trilhar um novo caminho e ser um dia chamado Herói em Winterheim e assim fazer por outro aquilo que ele diz que não fizeram por sua família....protege-los.
Paradoxo
Paradoxo

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16/04/13, 11:13 am
Observou a reação de Älskade, até que o mesmo veio a cair apagado. Gritou para Thoeak, o anão taverneiro.

– Parece que você já tem o primeiro derrotado pelo seu hidromel de segunda, Thoeak. E, se as coisas continuarem agitadas assim, até o fim da noite você terá pelo menos uns cinco! – Gargalhou alto e observou tudo ao redor. – Alguém mais quer mostrar o seu desdém pelos fatos da minha vida, ou eu posso seguir com a história?

Ao terminar essa frase, Sigulf sacou a sua espada da bainha, colocando-a sobre a mesa. Aquilo não era uma ameaça, Sigulf queria apenas mostrar o quão única a espada parecia, para que sua história se tornasse mais atrativa aos ouvidos daqueles que a escutassem.

Se alguém observasse a arma mais de perto, notaria que ela possuía uma lâmina clara, ao contrário do machado e que algumas runas estavam entalhadas na lâmina dela: CEN e BEORC de um lado, UR e EOH do outro¹.

Notas:
Onda
Onda

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16/04/13, 03:50 pm
Reno pouco bebia durante as noites movimentadas na Taverna Yggdrasil, o que significava todas as noites. Ele possuía um acordo com Ufyson, pois Thoeak não tinha muita confiança no rapaz, em que, enquanto se apresentasse a noite na taverna, ganharia um pequeno quarto e uma refeição. Já era seu terceiro mês nesse "trabalho", o que lhe acarretava alguns lucros, seja com furtos ou com a boa fé dos costumeiros clientes. Clientes que lhe achavam uma boa pessoa e eventualmente o chamavam para suas casas, com o intuito de confraternizar(ou de fornicar no caso das "donzelas").

A taverna estava cheia como sempre, mas era um dia calmo para quem já estava acostumado ao movimento. Após algumas músicas Reno resolve descansar um pouco e beber uma caneca de hidromel, bem lentamente ele dava pequenas goladas na bebida. Sentou-se em uma mesa no fundo do recinto e começou a reparar nos clientes do dia. Até que um homem lhe chamou a atenção. O Jarl Sigulf estava lá, contando suas glórias para todos, como já fizera em outras noite. Reno pensou que poderia tentar escrever algumas músicas sobre seus feitos e tentar lucrar com isso, mas era um projeto para o futuro.

Aproveitando o alvoroço causado de pela reação de um -aparente- camponês metido a guerreiro, resolveu colocar em prática um de seus talentos: O Roubo. Deu mais um gole em sua caneca e caminhou lentamente em direção ao homem mais próximo, um freguês assíduo, mas que não ia muito com a sua cara(porque suspeitava que Reno havia deflorado sua filha), e tentou roubá-lo. Porém um instante antes de cortar a alça da algibeira da vítima ele escuta Sigulf dizer:

- "...e daqui alguns dias viaje em nossas expedições, quem sabe você volte a ser homem."

Isso mais do que nada despertou seu interesse, pegou a caneca que havia deixado para trás e depois se aproximou do nobre que insinuou contar mais histórias. O mesmo desembainhou sua espada e a colocou em cima da mesa. A arma tinha uma aura diferente de uma simples ferramente de aço. Sua coloração era mais clara, ela era mais intimidante e possuía entalhes intrigantes: Quatro runas, que fizeram Reno lembrar de sua infância e de seus estudos com os anciões de seu antigo vilarejo Álfar.
Velox
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16/04/13, 03:53 pm
Galdur sentou-se e bebeu na companhia dos novos amigos. Naquele momento, enquanto a taverna fervia ante as provocações de Älskade contra a figura de Sigulf, o pensamento do anão foi ao passado, nas histórias de glória da época dos pais de seu pai. Foi quando seu pensamento foi interrompido por Kha'arg, que elogiava o belo machado do anão.

- Isso é um trabalho impressionante! Posso? Disse o anão, bestificado com a primorosa arma.

- Ora! Mais é claro, nobre amigo – falou entusiasmado entregando a arma à Kha'arg, e alternando goladas de cerveja continuou - este é o “Gudretfærdighed”, foi forjado no interior das montanhas do oeste, há muito tempo em domínio dos Trolls, foi empunhado por Baldruin, o “Leal”, meu avô, já deve ter ouvido falar dele, foi o General do Exercito de Ferro daqueles anões, quem sabe um dia, num improvável futuro, eu possa ver aquelas terras com os donos de direito – Ao falar isso ele abaixou a cabeça como se estivesse triste, mais seu semblante foi mudado após ele entona-la para cima e virando caneca que segurava, em seguida, fitou o anão lhe fazendo uma pergunta.

- Pelas vestes, creio se tratar de uma importante figura, sente-se conosco e nos conte uma história, deve ter muitas - Esperou o anão sentar-se e ofereceu-lhe um brinde.
Etéreo
Etéreo

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16/04/13, 08:29 pm
...

- Ora! Mais é claro, nobre amigo. Este é o “Gudretfærdighed”, foi forjado no interior das montanhas do oeste, há muito tempo em domínio dos Trolls. Foi empunhado por Baldruin, o “Leal”, meu avô, já deve ter ouvido falar dele, foi o General do Exercito de Ferro daqueles anões. Quem sabe um dia, num improvável futuro, eu possa ver aquelas terras com os donos de direito.

Pelas vestes, creio se tratar de uma importante figura, sente-se conosco e nos conte uma história, deve ter muitas.


Kha'arg ouvia tudo que Galdur falava, mas sem tirar os olhos de Gudretfærdighed. O anão verifica o corte, a textura, dureza do material, composição, técnica de forja, tudo impecável. Kha'arg levanta seu rosto e continua a conversa com Galdur aos goles da bebida oferecida.

- Antes de mais nada, guarde Gudretfærdighed com sua vida. Este é um tipo de trabalho que não existe mais nessa era. Há apenas algumas pessoas vivas que seriam capazes de reproduzi-lo. - Kha'arg devolve Gudretfærdighed nas mãos de Galdur - Tenho pesar em saber que veio do reino de Druin. Druin possuía um de meus melhores trabalhos. Fiquei estarrecido com o que aconteceu com seu reino! O juramento de morte que os Dökvergar carregam me impedem de trabalhar para uma única raça. Isso me obriga a testemunhar atos como aquele cometidos contra minha própria. Algo que eu desprezo, mas entendo ser necessário. - Kha'arg dá uma pausa e então sorri, como que tentando abrandar o clima - Mas fico feliz que não me conheça! É raro poder ter uma conversa com alguém que não saiba nada sobre mim. Eu sou Kha'arg Dökvergar, o terceiro deles. Provavelmente deve ter ouvido falar dos anões escuros no reino de Druin, afinal remetemos ao tempo em que nós, anões, não saíamos dos buracos para nada! HAHAHA! - O anão gargalhou de peito cheio ao lembrar dos costumes ancestrais de seu povo - Agora veja por si próprio, a primeira criação de um Kha'arg! Vopnfaðir, o pai de todas as armas! Aquele que permite a um Kha'arg forjar armas jamais vistas!

Kha'arg entrega Vopnfaðir nas mãos de Galdur enquanto toma outro gole de bebida.


Última edição por Etéreo em 13/05/13, 02:19 pm, editado 2 vez(es)
Barata
Barata

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16/04/13, 08:33 pm
Hálfdan começava a se sentir bêbado, ou talvez fosse alguma tontura, algo não lhe caiu bem, talvez poderia ser aquele javali que comera no almoço. Depois de observar, por algum tempo, a grande movimentação dentro da taverna, Hálfdan via Sigulf sacando sua espada, a tirando da bainha e a colocando sobre a mesa de madeira. O arma era extensa, e de um metal de alta qualidade, certamente forjada por alguém de alto nível, digna de um guerreiro nobre. O anão vermelho salta do balcão em que subira para beber, e se aproximava novamente de Sigulf para dialogar. -- Olá, Sigulf. -- disse dando um gole em sua caneca. -- Prazer, Hálfdan Völund -- estendeu a mão rapidamente se apresentando, esperando que o nobre retribuísse o cumprimento do anão. -- Mas o senhor dizia.. Sprättuvejr não? Pare de enrolação, queremos ouvir, não é mesmo senhores? -- disse sorrindo olhando ao redor da mesa para os homens que aguardavam ansiosamente o relato de Sigulf. Agora ele tirava seu capuz vermelho, e se acomodara ali para ouvir a história.
Paradoxo
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16/04/13, 11:21 pm
Cumprimentou o Anão que havia se apresentado, retribuindo a boa disposição dele e de qualquer outro que se pegasse ouvindo a sua conversa com sorrisos e bastante bebida. Havia feito um acordo com os donos de tavernas da região, quando contasse a sua história, as duas primeiras bebidas de cada ouvinte seria por sua conta. Era uma forma de prender a atenção de todos e de demonstrar que ele era um Jarl generoso, precisaria que os homens confiassem nele e soubessem que tinham muito ao ganhar ao seu lado. Observou os presentes, notando o gigante Ivor e o gritou.

– Você, que tem sangue de gigante, me acompanhe em minha história e beba comigo!– Serviu mais dois canecos de hidromel, um para ele e outro para o gigante. – Pois bem, vamos a história...

Bebeu mais um gole e começou a contar.

– Já fazem quase vinte anos que isso aconteceu, eu ainda era conhecido em Winterheim como o Jarl desaparecido, pois havia passado grande parte dos dez anos anteriores, desde que havia abandonado minhas terras e a minha família, vivendo com o clã de Björn Sangue-de-Fenrir. Björn é o maior guerreiro Æsir que Winterheim tem vivo e se engana quem pensa que ele é feito apenas de fúria e sangue. O seu povo tem um canal com os deuses que eu não vi em nenhum outro lugar, nem em Winterheim, nem em Valeyheim. Foram eles que me deram "Presa de Lobo" e ela foi feita, assim como muitas outras armas deles, do canino gigante de Fenrir que fora dado ao seu povo. – Enquanto dizia isso, levou a mão ao cabo da adaga, como se retornasse as memórias ao momento em que a recebeu de presente.

– Porém, para os Berserkers, qualquer presente deve ser pago com outro presente¹ e meu orgulho me dizia que eu deveria buscar algo único e especial para aquele povo. Me consultei com o Eldri² dos Berserkers e ele me disse o que deveria fazer. Subi, sozinho, em um barco rústico e mal construído, me lançando ao mar e esperando que Njörd me guiasse ao meu destino, como dissera o Eldri. E assim, o deus dos mares fez, me levando em ondas gigantes até uma terra longínqua, que mais tarde eu descobriria se tratar de Jötunheimr. – Fez uma pausa, para beber mais cerveja e retornou a história.

– Ao chegar, fui atacado por um gigante que, depois, descobri tratar-se apenas de um jovem. Mas, a visão de tamanha criatura me aterrorizou. E ele estava tão espantado quanto eu, mas devido a nossa diferença de tamanho, não se intimidou e tentou avançar para cima de mim. Ele tinha aproximadamente o triplo do meu tamanho, mas não me intimidei. O combate foi árduo, as poucas vezes que o gigante me acertara deixaram meu corpo muito ferido e as diversas vezes que o acertei, mais se pareciam com arranhões. Porém, acertei o seu rosto em um momento em que ele se abaixou para tentar me pegar em uma caverna, arrancando-lhe o olho direito. Assim como qualquer criatura viva, ele gritou de dor, mas vocês não podem imaginar o quão poderoso foi aquele urro, parecia que eu estava assistindo ao poderoso Thor destruir o mundo com seu Mjölnir. O barulho foi tamanho, que o pai do gigante surgiu ali, era... como pode-se esperar, o próprio Útgarða-Loki. E ele não estava sozinho.

– Mas, eu não estava desprevenido e me coloquei em uma posição de negociar. Agarrei os cabelos do jovem Vafþrandr e coloquei minha faca em seu pescoço, podendo matá-lo com um breve movimento. Aquilo assombrou Útgarða-Loki, que avançou contra mim em desespero, porém se conteve ao notar que o pescoço do seu filho começava a sangrar. Depois de me ameaçar, esbravejar com ódio e narrar de forma detalhada como ele devoraria a minha carne, limparia seus dentes com minhas costelas e tomaria o meu sangue, ele resolveu se apresentar. Fiz o mesmo. Expliquei tudo e negociamos a vida de seu filho.

– Ele não pretendia me soltar, mas também não podia me matar. Ele tinha uma dívida de sangue comigo e isso era realmente precioso para ele. Passei alguns dias na companhia dos Jotuns, como uma espécie de hospede mal-visto. Porém, alguns dias foram o suficiente para conseguir o respeito das criaturas e aprender como eles viviam, seus hábitos, sua estrutura familiar e principalmente a sua forma de combate. Em uma bebedeira com as criaturas, acabei tomando uma decisão que poderia ter me custado a vida, aceitei o desafio de Útgarða-Loki e disse que enfrentaria um de seus guerreiros em combate-singular. Eu teria um ano para me preparar.

– O treinamento foi longo e árduo, por muitas vezes achei que morreria antes mesmo da batalha. Mas, nessa época, minha força e resistência cresceram além de tudo que eu poderia esperar. O dia da batalha chegou e por pouco, muito pouco, eu saí vencedor. Alguns dos Jotuns insistem em dizer que Gerðrlöng só foi derrotado por ter escorregado na mistura de seu próprio sangue e do gelo que se formava naquela época do ano. Isso não importa, depois das lutas, só uma coisa importa: existe um vencedor e um morto. Eu fui o vencedor.

– Como havia surpreendido a todos e vencido a batalha que ninguém pensou que eu fosse capaz de vencer, Útgarða-Loki me levou até seu ferreiro e pediu que me mostrasse o metal que eles haviam encontrado em uma embarcação de Svartálfar, os Elfos Escuros, que havia naufragado. O metal era claro e muito díficil de se trabalhar, mas finalmente o ferreiro de Utgard conseguiu moldar o material através do uso de sangue. E, como suas mãos gigantescas não permitiriam a ele forjar uma arma para meu tamanho. Então ele me ensinou a trabalhar o metal e eu mesmo forjei Sprättuvejr, usando meu próprio sangue em sua composição.

– Essa é a história dessa espada, a chamei de “Tormenta de Sangue” diante da situação em que a consegui, pois havia realmente uma chuva de sangue naquela batalha e depois eu tive de banhá-la em meu sangue. Essa espada foi obtida pelo sangue, foi forjada em sangue e já se banhou em muito sangue depois disso.
– Disse, girando a espada no ar e a colocando novamente na bainha.


---

Notas:
Velox
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17/04/13, 09:37 am
- Mas fico feliz que não me conheça! É raro poder ter uma conversa com alguém que não saiba nada sobre mim. Eu sou Kha'arg Dökvergar, o terceiro deles. Provavelmente deve ter ouvido falar dos anões escuros no reino de Druin, afinal remetemos ao tempo em que nós, anões, não saíamos dos buracos para nada! HAHAHA! - O anão gargalhou de peito cheio ao lembrar dos costumes ancestrais de seu povo - Agora veja por si próprio, a primeira criação de um Kha'arg! Vopnfaðir, o pai de todas as armas! Aquele que permite a um Kha'arg forjar armas jamais vistas!

- Ora, sou mesmo um tolo, como não pude perceber que você é o grande forjador Kha’arg! Confesso que não o conhecia de verdade, apenas nas histórias dos lugares que passei, é justamente por causa do “Gudretfærdighed” que me falaram de você, perguntam sempre se é uma arma sua – Nessa hora gargalhou em alto tom e contagiou os presentes – Sem ofensas, amigo, por favor, não estou desdenhando de seus serviços, que pelo visto são de inquestionável, e invejável qualidade. Mas essa arma, essa arma me tem uma admiração particular, é herança de família, o que me permite achar que é superior a muitas outras.

Kha’arg estende a mão entregando o martelo a Galdur, que limpa sua barba suja de espuma da bebida.

- Me dê aqui arma, para eu apreciá-la – ao tocá-la e vê-la de perto, o que permitia melhor apreciação devido à luminosidade do local, admirado falou – É mesmo um trabalho admirável, não tenho palavras para descrever algo sobre ela, é divino!

Terminou a frase em um tom mais imponente, fitando os olhos nos detalhes mais particulares da obra, e continuou levantando-se da mesa e falando para todos os presentes ao redor.

O peso dela é impressionante, deve derrubar um ogro, vejam só amigos, deve massacrar um ogro!

Continuaram a beber e falar dos tempos de seus ancestrais, os anões de fuligem das eras primordiais, um assunto que só era de interesse daquela raça. Conversaram até serem interrompidos por Sigulf, que enfim começou a contar sua história com o temido Útgarða-Loki.

A impressionante história impulsionou os ânimos de todos que estavam no local, que beberam mais uma rodada e continuaram a conversar. O Anão Galdur, voltando-se para Kha’arg, perguntou-lhe sobre os navios que estavam a construir e lhe ofereceu serviço.
Gama
Gama
http://boeirajr.deviantart.com/

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17/04/13, 11:30 am
Älskade, ainda caído no chão, repassava na cabeça o que ouvira:

"Você merece o que acontece, foi culpa sua..."
Como culpa minha!? Eu estive fora. Fui vendido qual escravo. Nada pude fazer.

"Você foi fraco...."
- Fraco, Eu!? No passado, até admito. Eu poderia muitas vez ter fugido. Mas..., não a culpa não foi minha.

"...daqui alguns dias viaje em nossas expedições, quem sabe você volte a ser homem."
- Ser um homem...quem ele pensa que é para falar assim!? Sou homem e não possuo mais medos.
- Essas expedições poem ser a forma de me redimir com minha família e provar as Cão, Sigulf que não sou fraco muito menos covarde.


Sigulf começa então contar uma das histórias de sua vida. Älskede aproveita que todos no salão dão suas atenções ao Nobre, lentamente Älskade se levanta e retorna ao seu lugar. Bebendo Hidromel, ele ouve Sigulf, em quanto contas as peças de prata que "conquistara".
Etéreo
Etéreo

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17/04/13, 01:09 pm
Kha'arg gargalha com os comentários de Galdur sobre Vopnfaðir e como ele esmagaria até mesmo um ogro. Fazia semanas que não gastava um bom tempo na taverna de Thoeak, já que supervisionava a construção dos barcos que levariam os corajosos a Valleyheim.

Enquanto divagava sobre a efemeridade daquele momento, Sigulf, por mais uma vez, atraía a atenção dos presentes para suas aventuras e jornadas fantásticas. Kha'arg já havia escutado a maioria delas da boca do próprio Sigulf e também do eco irrefutável que sua reputação produz por onde passa. O anão tinha conhecimento suficiente para saber como polir aquelas histórias e extrair a verdade de cada uma.

Assim que Sigulf termina suas histórias, Galdur oferece seus serviços às expedições, o que vem a agradar bastante o mestre ferreiro. Visando direcionar o companheiro anão para a execução de seus planos, Kha'arg rebate:

- Deixe-me dizer uma coisa, neto de Baldruin!

- Galdur! - Exclama Ufyson, esclarecendo o nome do anão, o qual ainda não havia sido citado na conversa.

- Obrigado, Ufyson. Pois bem, Galdur, deixe-me lhe dizer algo. Aquele Æsir orgulhoso ali - Kha'arg aponta para Sigulf - é Sigulf, como já deve saber. Ele tem uma certa adoração por propagar as histórias de seus feitos e estender ainda mais sua reputação que já é do tamanho de Winterheim. Muitas das coisas que diz parecem ser duvidosas ou exageradas, o que leva alguns a interpretá-lo como um fanfarrão. Outro fato que o causador de tumultos parece apreciar.

Eu e você somos ferreiros, pessoas pragmáticas. Sigulf é meu amigo e aliado e eu poderia lhe dizer que todas suas histórias vem da mais pura verdade. No entanto, não farei isso. Ao invés, darei-lhe um exemplo mais prático.

É bastante escasso o número de pessoas que possui uma arma feita por um Dökvergar. Testes rigorosos devem ser vencidos para que se prove ser digno de tal. Um número ainda menor de pessoas possui uma arma forjada pelo próprio Kha'arg, não sendo necessário dizer como as provações para isso são ainda mais duras. Aquele machado que você vê em posse de Sigulf foi forjado por minhas próprias mãos. Entregue a ele por merecimento.

Quando as expedições começarem, Sigulf navegará ao Sul e levará uma pequena tripulação consigo. Ele buscará algo de muito valor para mim em uma terra onde a morte paira no próprio solo.

Acompanhe-o, volte com vida e garanto que suas recompensas serão majestosas! Com pouco tempo, o poder para retomar seu lar não mais será um objetivo distante...


Última edição por Etéreo em 13/05/13, 02:52 pm, editado 4 vez(es)
Aprendiz
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17/04/13, 01:27 pm
“Ullr Brandörn, filho de Skygge.” – Hymir estava calmo, mas sarcástico com um sorriso. Ele adorava ver Ullr sofrer. – “Você não é mais o príncipe de Byrød. Nenhum Brandörn será rei daqui por diante. Você e sua família amaldiçoaram esse reino no momento em que seu pai atirou aquela flecha. Poderão continuar a morar entre nós, mas terão de sair do palácio. Os Hjertgrönne foram escolhidos pelo povo e reinarão até o fim de sua linhagem”.

-Não! – Ullr acordou gritando na casa. Sentia a raiva pulsando e seu sangue fervia. Um trovão ribombou nos céus. Ele se levantou e encontrou uma vasilha com água. Olhava seu reflexo nela. Desde que saiu da Floresta Sangrenta ele só pensava na honra perdida. Sua família? Renegados. Ele respirou e se acalmou.

Passaram-se algumas semanas desde que ele deixara seu lar. Havia chegado a Exanceaster na noite passada e um casal de anciões gentis haviam oferecido sua casa para ele passar a noite. Eles informaram que peregrinos haviam chegado e era exatamente com quem Ullr precisava falar. Vestiu suas roupas pegou suas coisas e agradeceu-os. Foi em direção à Taverna Yggdrasil, porque havia sido informado que os peregrinos estavam se hospedando lá.

As nuvens estavam carregadas, e a chuva, pesada. Suas roupas molharam, mas a casa era perto da taverna e ele chegou rapidamente ao seu destino. Logo ao chegar ouviu uns gritos e entrou. O taverneiro já estava gritando com ele por estar molhando o lugar. Lucas tirou o que havia sobrado do dinheiro dado por sua mãe de seu bolso. Ele deu umas moedas ao taverneiro e disse:

- Me perdoe. Não quero confusão. Tome. Deve ser o suficiente para um quarto e uma bebida. - O anão como que por magia mudou logo de expressão e disse:

- O que vai querer senhor? Hidromel? - perguntou o anão “gentil”.
- Um copo de vinho, por favor. – respondeu.

Foi em direção a uma cadeira vazia. Havia muitas pessoas na taverna e um cheiro estranho estava no ar. Anões, nobres, elfos. Ullr não queria se embebedar muito e ficou só ao canto vendo uma confusão que se iniciava. Um Æsir nobre contando suas histórias. Um anão ao seu lado e... um elfo. Não qualquer elfo. Era Aldryck Ælönmdarën, o filho do amanhecer, o Elfo da Luz.

Ullr observava, Jarl Sigulf controlando a situação e então quando ele voltou a contar sua história e retirou sua espada, Ullr foi em direção à Aldryck. Ajoelhou-se ao seu lado e retirou das costas seu arco em sinal de respeito e disse:

- Ó grande Aldryck Ælönmdarën, filho do amanhecer. Eu, Ullr Bradörn, filho de Skygge descendente direto de Yves Bradörn, o Conquistador da Floresta Sangrenta, venho até o senhor como servo. Uma vez que nossas famílias foram abençoadas pelo grande Församlingsäldste, humildemente peço seu favor para comigo e insisto que me coloque em suas expedições. Terá minhas armas e boa vontade para com o senhor. Provarei que sou digno de confiança, senhor.E calou-se esperando a resposta de Aldryck.
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