- Atieno
T02E13 - O Conflito da Terra-Mãe
25/05/21, 09:25 pm
- Prólogo:
O sim do bispo provocou um sorriso em um dos editores-chefes. O novo projeto de Jocoso, "Blog do Jocoso", que faria parte do site da TV Universal, estava pronto para ir ao ar. E o primeiro post, claro, seria estupendo. Com um clique, a página já ia ao ar, e já ia sendo impulsionada aos quatro cantos do Brasil.
Blog do Jocoso
A Informação Real
Publicado às 14:26 de 3 de Março de 2022
O caos que tomou conta de Nova Capital, no decorrer das perseguições de membros do Projeto Renovar a alguns dos Foras-da-Lei, aumentou a pressão popular sobre a polícia e os ditos "heróis registrados". Os atos da chamada elite foram elogiados, porém a não-captura de vários heróis revoltosos, entre eles o conhecido Incrível, e a possível morte do Major Máximo, provocaram comoção popular.
Parafraseando o grande Sidney Martins, que brilhantemente disse no Jornal da Noite da TV Universal, "até quando iremos deixar esses bandidos simplesmente nos impedirem de dormir à noite? Eles não compreendem a necessidade de serem registrados, para que possam garantir a própria segurança, e a daqueles que tanto defendem. A selvageria que Incrível fez contra o Major Máximo, um grande homem na verdade, mostra o perigo destes ditos heróis. Pensem vocês: se sentem seguros em mandar seus filhos para as escolas, sabendo que, a qualquer momento, eles podem ser vítimas de um desses homens?
E o que dizer do Vulto, um dos Novos Benfeitores, que simplesmente destruiu uma parte do coração de São Paulo? E se não fosse pelo grande Aurélio Jankowski, os prejuízos para a cidade poderiam ser muito maiores. Como podemos dizer? Se fôssemos restaurar a monarquia no Brasil, Aurélio deveria ser o rei.
Inclusive, antes que me esqueça, o próprio Aurélio revelou ser parte fundamental, junto de Ricardo Torres, líder das Indústrias Torres, nos projetos da Super-Polícia de Nova Capital. Quer alguém mais benfeitor do que este cara? Olhem para os outros. Paradoxo, principalmente. Ela se mexeu para fazer algo pela Vila Olímpia? Claro que não, apenas tirou seu querido Vulto de lá. Heh... patético.
Inclusive, para mostrar que estamos sempre do lado da lei: que tal um convite do Jocoso a vocês? Neste dia 6 de Março, como parte das comemorações de 30 anos da Morte dos Benfeitores, no Santa Vitória, ocorrerá um desfile que terá como destaque a nova geração da Super-Polícia, inclusive com a presença da presidente Silva, de Ernesto Torres, e de muitos outros que tanto contribuem pela segurança de Nova Capital. Essa segunda geração será distribuída por todo o país, começando por São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Salvador, e depois para outras capitais. O capitão Pedro Cavalieri, da Polícia de Nova Capital, será também nomeado neste desfile como secretário especial das Forças Supers, com a chefia da Polícia de Nova Capital passando ás mãos da tenente Thaís Siqueira, sobrevivente do ataque à 4ª DP do Laranjeiras, e altamente experiente no combate ao crime de supers na cidade.
Conto com vocês lá! Jocoso, desligando.
Academia Benfeitores, Nova Capital
6 de Março de 2022, 03h00
Alanna abria os olhos, piscando com força. Seu corpo doía, mas parecia melhor do que antes. Olhando para os lados, ela pôde ver Chip a observando. O olhar dele era frio, e ele parecia aplicar algo no braço dela.
— Parece que funcionou — ele retira a seringa, a descartando num lixo. — Você esteve desacordada, entre a vida e a morte, desde o dia 20 de Fevereiro. Hoje é madrugada de 6 de Março.
— Uh... ok? O que você aplicou em mim? — ela olha para o próprio braço, e já se sentia bem melhor. Claro, ainda estava ferida. Mas melhor do que antes.
— Não é nada com o que você deva se preocupar. Está acordada, e é o que importa. — Chip se virou, saindo da enfermaria, deixando a Quimera Azul sem palavras.
Pensão da Santinha, Santa Vitória, Nova Capital
6 de Março de 2022, 08h00
Os raios de sol penetravam as janelas do quarto da pensão onde Vanderson e Dira estavam hospedados. Ali, no Santa Vitória, ocorreria o desfile de apresentação da nova versão da Super-Polícia. E os dois haviam sido enviados para lá para que pudessem pegar o máximo de informações possíveis. Não era difícil para ambos se misturarem à população, porém V8 se incomodava com ser mandado para esse tipo de coisas. Seu desejo era esmurrar aqueles policiais. Não queria apenas ficar assistindo.
Quando o relógio marcava as 7 horas da manhã, o celular de Dira começou a apitar. O alarme, estipulado para aquele horário, serviria para que ambos tivessem tempo de se preparar antes do desfile da polícia. Com os olhos bastante fechados, a heroína tateou a mesinha, puxando o celular e desativando o alarme.
— Vanderson... acorda aí... — Moleca bocejava, se espreguiçando na cama. Ao se levantar, olhou para a outra cama de solteiro, e estranhou. Ela estava arrumada, e sem V8 deitado nela.
De primeira, Moleca imaginou que Vanderson estava no banheiro, então não se importou muito. Caminhando pra fora do quarto, foi direto ao banheiro, estranhando ao ver a porta do banheiro masculino aberta. V8 também não estava lá. Depois de fazer suas necessidades e de lavar o rosto e escovar os dentes, Moleca desceu as escadas da pensão, vendo a dona da pensão, a conhecida Dona Santinha, colocando o café à mesa. Santinha já tinha aquela pensão há mais de 40 anos, e ocasionalmente oferecia abrigo para crianças que Moleca trazia, sendo uma conhecida dela. Porém, V8 também não estava na mesa. Os olhos de Moleca passaram pelo ambiente. Não havia nem sinal de Vanderson.
— Bom dia, Dona Santinha... — Dira se espreguiçou novamente. — A senhora sabe para onde o Vanderson foi?
— Oh! Bom dia, Dira — Santinha olhou para ela, fazendo uma cara de estranheza. — Ele já saiu, ele disse que você sabia. Disse que ia tomar um ar, mas não voltou ainda...
O coração de Dira começou a palpitar. Orí cochichava em seu ouvido. Sentiu os cabelos se arrepiando. Lembrou que Vanderson mal conseguira dormir à noite. Sem falar com Santinha, partiu para a rua, procurando por Vanderson. Não chegou a perceber que, no quarto, um estranho amuleto estava pendurado, com um desenho totêmico que lembrava os raios de sol.
Memorial dos Povos Africanos, Santa Vitória, Nova Capital
6 de Março de 2022, 08h20
Com as mãos nos bolsos, Vanderson caminhava por entre alguns quadros e obras de artes com uma série de identificações. Naquele memorial a céu aberto, ninguém ousava provocar vandalismo. Ninguém ousava caçoar daquelas artes, exceto aqueles que nada sentiam. E o coração de Vanderson batia mais forte conforme via aquelas artes. Precisava ocupar sua mente depois de um grande pesadelo que teve à noite, e aquele era o momento para tal.
Pesadelo escreveu:Durante a noite, o mesmo pesadelo constante. Ele andava pelas ruas da Favela do Cabrião, ouvindo gritos de todos os lados. Gritos de socorro. De dor. De horror. Olhava para o chão, e via os corpos de seus amigos espalhados por ali. Matêo estava ali. Sara estava ali. Também estava lá, jogado, Murilo. Pôde ver também sua mãe. Ao lado dela, viu também Samanta e Dira. Todos mortos. Sua fúria crescia. Cerrava os punhos, olhando pro céu. Apenas a Lua estava ali, iluminando os corpos de seus familiares e amigos. Das pessoas queridas. Ao olhar novamente, a Lua parecia provocar animação aos corpos. E, um a um, todos se levantaram, cercando Vanderson e apontando para ele. Os olhares completamente brancos e cadavéricos acusavam Vanderson. Em uníssono, todos falavam uma só palavra.
— Fraco... fraco... fraco... fraco...
Para onde quer que Vanderson corresse, mais e mais pessoas se erguiam. Pessoas que ele conhecia. Pessoas da Favela. Todas o acusavam de ser fraco. De ser incapaz. Em comum? A Lua. Começava a ter ódio da Lua. Era como se ela fizesse todos aqueles a julgarem. Gritou, e foi aí que acordou, antes de Moleca despertar.
Por onde quer que andasse, V8 via, nas artes, as assinaturas de escravos. De pessoas que foram tiradas da terra-mãe África. Que foram forçadas a renunciar a sua cultura, religião, hábitos e, principalmente, à liberdade. Lembrou que Dira já tinha o contado sobre a energia do Santa Vitória. O lugar onde tantas pessoas sofreram. Tantos irmãos... mortos e castigados pela maldita elite. Sempre detestou estar naquele lugar. Porém, naquele dia, sua ira aflorava em seus punhos. Em seu peito. Tinha vontade de gritar. De esmurrar cada um daqueles policiais. Novamente, a elite ia desfilar naquele lugar. Mostrar seu poder para opressão.
Foi então que Vanderson viu uma pessoa parada, recostada a uma estátua de três pessoas pretas com punhos erguidos. A Luta pela Liberdade. O homem recostado à estátua o encarava, com um sorriso no rosto.
- Spoiler:
— Você parece disposto a fazer de tudo pela luta... — o homem encarava V8. Claramente não era de lá, seu sotaque era fortíssimo.
— Ah, porra, vaza daqui, irmão. Não tô com cabeça pra bater papo não... — Vanderson encarou o homem, e já ia se virando para dar o fora dali.
— Eu posso te ajudar a acabar com essa sensação de impotência. De não ser capaz de lutar. Eu posso te ajudar a assumir a raiva e acabar com esses policiais malditos.
A atenção de V8 foi rapidamente capturada. Vanderson se virou, encarando aquele esquisito. A faixa no braço dele indicava que ele fazia parte de algo maior. E a cicatriz no seu rosto mostrava sua experiência.
— Nós temos o mesmo inimigo, rapaz. Nós estamos lutando também para destrui-lo. Cansamos da perseguição aos nossos. O que vai acontecer hoje é um absurdo completo. Estão cuspindo em nossa história. Você não concorda? — O homem sorriu ao ver V8 acenar. — Tá na hora dessa elite maldita descobrir qual é o lugar dela. Só preciso saber se você está disposto a isso. A mostrar que não tem nada a provar para ninguém. O que me diz?
O homem estendeu a mão, e Vanderson viu um colar. Nele, a cabeça de um leão estava esculpida em ouro.
Academia Benfeitores, Nova Capital
6 de Março de 2022, 08h40
— Tem certeza de que vai querer participar?
Forja, Meia-Noite e Quimera Azul — parcialmente recuperada — estavam sentados diante da mesa de reuniões. Diferente de outras vezes, quem estava diante deles era Atieno. O veterano herói, inclusive, olhava Quimera Azul com preocupação. Sabia que ela havia acabado de sair de um coma. Mesmo assim, estava ali sentada, junto de seus colegas, de cabeça erguida.
— Pode acreditar, eu estou bem — Alanna acenou. — Não quero ficar parada aqui. Quero agir.
— Ceeeerto... — Atieno deu de ombros, olhando para Meia-Noite. — Acredito que você e Forja estejam bem também, não é? Por que, no dia de hoje, vamos ter que bancar os palhaços de propaganda.
O holograma gerado mostrava as ruas do Santa Vitória completamente isoladas. A apresentação, por algum motivo, seria naquele bairro histórico. Era possível ver as várias viaturas de polícia, e os agentes da Super-Polícia posicionados.
— Nós iremos representar a Academia Benfeitores, ficando como parte integrante do desfile. Paradoxo não vai poder ir, então resolveu que seria uma boa ideia que eu levasse alguns de vocês para lá — o tom de voz dele parecia bastante irritadiço. — Mas fiquem tranquilos, a gente vai lá, faz o que tem que fazer, e volta, ok? Não creio que iremos precisar entrar em combate. E é melhor irmos agora, pois o jato já está nos esperando.
Todos se levantaram, já partindo para o hangar, mas Meia-Noite chamou Atieno de canto.
— Atieno, deixa eu perguntar... já descobriram o que aconteceu ao Vulto?
— Bom... — Miguel esticou os lábios, balançando os pés. — Não encontramos nada de sua energia, então pode ficar tranquilo. A culpa não foi sua. Você não tem nada a ver com aquele caso, ok? Além disso... e se fosse? Qual o problema? Todos nós temos nossas cicatrizes, Meia-Noite. — Atieno deu um sorriso leve, sendo possível ver as cicatrizes por trás da máscara, acima de seu olho direito.
— Nah, tranquilo. Valeu.
Os dois saíram da sala, mas Meia-Noite sentia que Atieno estava mentindo. As memórias sobre o chamado da Necrópole ainda estavam fixas em sua mente.
Santa Vitória, Nova Capital
6 de Março de 2022, 09h00
O público já aparecia, não sendo tão grande quanto o esperado. Os acontecimentos recentes fizeram a população "esvaziar" o desfile, mas as câmeras de TV se posicionavam em vários lugares. O pouso do jato da Academia Benfeitores foi filmado por inteiro, e de lá os heróis Meia-Noite, Forja, Quimera Azul e Atieno foram vistos saindo. Precisavam tomar posição no desfile e, apesar dos sorrisos para as câmeras, nenhum deles parecia 100% feliz de aparecer assim. Talvez Forja estivesse, mas os outros tinham mais ressalvas.
Depois de tomarem suas posições, e de uma conversa rápida dos quatro com o capitão Pedro Cavalieri e a tenente Thaís Siqueira, Atieno pareceu erguer a cabeça, como se farejasse algo. Os outros três se entreolharam.
— Garotos... eu estou sentindo que tem algo de errado aqui. Dobrem a atenção, qualquer coisa iremos agir.
Naquele momento, o desfile começava a tomar a principal rua do bairro, os quatro caminhando próximos à Super-Polícia.
Perto da Catedral de Santa Vitória, V8 conseguia ver o grande desfile começando. Junto dele, o homem — que se identificou apenas como o Leão Flamejante — continuava a incentivar Vanderson a seguir adiante.
— Vê? Novamente, a elite está ali, mostrando seu poder. Você quer acabar com isso, eu sei. O que eu vou te fornecer será suficiente para acabar com tudo aquilo — o homem apontou para o desfile. — Lembre-se de tudo o que aqueles malditos fizeram. Basta colocar isso em seu pescoço, e soltar sua fúria pra cima das forças de opressão.
Moleca, tensa, viu que o desfile estava começando, e ainda não tinha encontrado Vanderson. Não sabia mais o que fazer. Não tinha mais aonde procurar... exceto a Catedral. Se fosse atrás de Vanderson, a missão poderia ser comprometida. O desfile estava começando já. Precisava acompanhá-lo para saber com o que todos teriam que se preocupar no futuro. Se ficasse ali, porém, V8 poderia estar correndo um perigo maior do que o esperado. O que Dira deveria fazer? A confusão tomou conta de sua mente, enquanto via a agente Thaís e o capitão Cavalieri assumindo a frente do desfile.
Informações
→ Missão para Meia-Noite, Forja, Quimera Azul, V8 e Moleca. Quimera Azul terá redutor de -1 em todas as ações (considerarei o status de Ferida)
→ Ação livre. Vocês fazem o que quiser, porém terão algo a se guiar.
→ Aos membros da Academia: sugiro combinarem o que farão em caso de ataque.
→ Ao V8: decida se irá aceitar ou não o que o Leão Flamejante lhe oferece. E diga o que pretende fazer depois.
→ À Moleca: decida se irá atrás do V8, ou se irá acompanhar o desfile.
→ Dúvidas, wpp
- Moleca
Re: T02E13 - O Conflito da Terra-Mãe
31/05/21, 08:15 pm
Dira se vê numa encruzilhada espinhosa. E Vanderson novamente sumindo e a deixando preocupada.
- Todo capítulo dessa novela tem que ter esse macho sumindo... Eu vou encontrar ele pela última vez e dar um belo dum cascudo pra ensinar ele a virar gente grande...
Quando vê a policial Thaís, toda a confusão na delegacia passa pela sua mente deixando-a sem chão por um milionésimo de segundo. Confirmando sua decisão de abandonar seu posto por Vanderson, Moleca aproveita a aglomeração de pessoas e seu tamanho pequeno para se esconder entre aqueles que vieram prestigiar o desfile. Se distanciando da multidão ela para numa encruzilhada menos movimentada, faz um ponto riscado no poste de luz e dedica uma oração ao senhor da encruza. Um gato preto roça em suas canelas e mia e forma arrastada.
- Exu dos caminhos, mago das encruzilhadas acelera o percurso da minha caminhada... Exu dos caminhos, mago das encruzilhadas acelera o percurso da minha caminhada
Os olhos do gato ficam vermelhos e ele atravessa a rua mesmo com os carros passando num vulto veloz. O farol fecha, e os carros param; Moleca vê o gato esperando do outro lado. Repetindo sua cantiga ela segue seu guia por avenidas, ruelas e escadarias de cimento de forma ligeira até a catedral. Se a sorte divina fosse suficiente, chegaria a tempo de algo irremediável acontecer.
- Todo capítulo dessa novela tem que ter esse macho sumindo... Eu vou encontrar ele pela última vez e dar um belo dum cascudo pra ensinar ele a virar gente grande...
Quando vê a policial Thaís, toda a confusão na delegacia passa pela sua mente deixando-a sem chão por um milionésimo de segundo. Confirmando sua decisão de abandonar seu posto por Vanderson, Moleca aproveita a aglomeração de pessoas e seu tamanho pequeno para se esconder entre aqueles que vieram prestigiar o desfile. Se distanciando da multidão ela para numa encruzilhada menos movimentada, faz um ponto riscado no poste de luz e dedica uma oração ao senhor da encruza. Um gato preto roça em suas canelas e mia e forma arrastada.
- Exu dos caminhos, mago das encruzilhadas acelera o percurso da minha caminhada... Exu dos caminhos, mago das encruzilhadas acelera o percurso da minha caminhada
Os olhos do gato ficam vermelhos e ele atravessa a rua mesmo com os carros passando num vulto veloz. O farol fecha, e os carros param; Moleca vê o gato esperando do outro lado. Repetindo sua cantiga ela segue seu guia por avenidas, ruelas e escadarias de cimento de forma ligeira até a catedral. Se a sorte divina fosse suficiente, chegaria a tempo de algo irremediável acontecer.
- Meia-Noite
Re: T02E13 - O Conflito da Terra-Mãe
05/06/21, 10:07 am
Academia Benfeitores, Nova Capital
5 de Março de 2022, 22h00
Os clarões e sons de golpes, cortes, e explosões fariam qualquer desavisado achar que a academia dos benfeitores estava sob ataque. Mas essa batalha ocorria dentro do monitor da televisão da sala de jogos.
Meia-Noite enfrentava Forja em uma disputada batalha entre dois personagens em um jogo de luta, decidindo quem seria o próximo a fazer o treino pesado com Pitbull.
-Há toma essa! Se prepare pra sofrer no próximo treino! - Yago pressionava os botões freneticamente, aguardando a oportunidade de usar um ataque especial
- Qual é cara? Deixa eu bater pelo menos, foda esses personagens apelão - Wesley reclamava enquanto apertava todos os botões para tentar algum combo.
- Yago, me diz uma coisa sobre a última missão, você tava um pouco estranho. O que houve?
-Eu...não pensei muito nisso ainda, mas eu senti que tudo aquilo tinha conexão comigo, é estranho, aquele lugar era familiar, e pra falar a verdade, eu ainda sinto como se estivesse lá.
Por um momento Wesley desviou seu olhar para o colega, o olhando de lado. Ele deveria ir mais adiante com o assunto? Talvez aproveitar que estivessem se distraindo não pesaria tanto o clima.
- Tenso, aquele lugar parecia um cenário de filme de terror... Isso tem haver com os seus poderes, né? Eu queria saber mais, se não se importar, claro... - Wesley pediu com um pouco de receio temendo um pouco como Yago reagiria.
-Tudo bem não esquenta, pra ser honesto nem eu sei como eles funcionam, só sei que essas tatuagens malucas no meu corpo tem haver com isso, toda vez que crio um portal eu sinto elas formigarem e até arder dependendo da intensidade. - Yago continuava a jogar, mas dessa vez menos focado, recebendo alguns golpes enquanto sua mente vagava.
-Além dos portais que eu crio entre um ponto e outro, eu consigo fazer portais pra outro lugar, de onde eu trago minhas criaturas, eu evito olhar lá pra dentro, é como encarar o abismo...é como se ele me chamasse. - Meia-Noite riu tentando romper o clima sinistro. -Hah, as vezes eu torno isso macabro demais, vamos resumir a "eu crio portais pra outra dimensão".
Wesley ouvindo as palavras de seu companheiro, buscava assimilar as informações enquanto tentava virar o jogo a seu favor. O rapaz então prestou atenção no antebraço de seu amigo analisando suas tatuagens.
- Então, esse negócio com os portais foi o que te deixou estranho? a influência do outro lado e tals... Também tem o fator dos poderes do Vulto, eles também teriam haver com isso? Desculpa as várias perguntas, eu sou curioso demais.
-Tudo bem, eu também to mega confuso com isso, nem sei responder suas perguntas, amanhã vou tentar falar com o Atieno, ver se descobriram algo.
A jogatina foi interrompida logo em seguida por pessoas incomodadas pelo barulho, Yago e Wesley retornaram para seus quartos, amanhã seria um dia cheio.
____________
No desfile, Meia-Noite procurava se posicionar com uma boa visão dos civis, preocupado com a intuição de Atieno, a prioridade de Yago é proteger os civis a qualquer custo em caso de ataque, criando portais que sirvam de saída para areas mais seguras, evitando assim um estouro de manada.
5 de Março de 2022, 22h00
Os clarões e sons de golpes, cortes, e explosões fariam qualquer desavisado achar que a academia dos benfeitores estava sob ataque. Mas essa batalha ocorria dentro do monitor da televisão da sala de jogos.
Meia-Noite enfrentava Forja em uma disputada batalha entre dois personagens em um jogo de luta, decidindo quem seria o próximo a fazer o treino pesado com Pitbull.
-Há toma essa! Se prepare pra sofrer no próximo treino! - Yago pressionava os botões freneticamente, aguardando a oportunidade de usar um ataque especial
- Qual é cara? Deixa eu bater pelo menos, foda esses personagens apelão - Wesley reclamava enquanto apertava todos os botões para tentar algum combo.
- Yago, me diz uma coisa sobre a última missão, você tava um pouco estranho. O que houve?
-Eu...não pensei muito nisso ainda, mas eu senti que tudo aquilo tinha conexão comigo, é estranho, aquele lugar era familiar, e pra falar a verdade, eu ainda sinto como se estivesse lá.
Por um momento Wesley desviou seu olhar para o colega, o olhando de lado. Ele deveria ir mais adiante com o assunto? Talvez aproveitar que estivessem se distraindo não pesaria tanto o clima.
- Tenso, aquele lugar parecia um cenário de filme de terror... Isso tem haver com os seus poderes, né? Eu queria saber mais, se não se importar, claro... - Wesley pediu com um pouco de receio temendo um pouco como Yago reagiria.
-Tudo bem não esquenta, pra ser honesto nem eu sei como eles funcionam, só sei que essas tatuagens malucas no meu corpo tem haver com isso, toda vez que crio um portal eu sinto elas formigarem e até arder dependendo da intensidade. - Yago continuava a jogar, mas dessa vez menos focado, recebendo alguns golpes enquanto sua mente vagava.
-Além dos portais que eu crio entre um ponto e outro, eu consigo fazer portais pra outro lugar, de onde eu trago minhas criaturas, eu evito olhar lá pra dentro, é como encarar o abismo...é como se ele me chamasse. - Meia-Noite riu tentando romper o clima sinistro. -Hah, as vezes eu torno isso macabro demais, vamos resumir a "eu crio portais pra outra dimensão".
Wesley ouvindo as palavras de seu companheiro, buscava assimilar as informações enquanto tentava virar o jogo a seu favor. O rapaz então prestou atenção no antebraço de seu amigo analisando suas tatuagens.
- Então, esse negócio com os portais foi o que te deixou estranho? a influência do outro lado e tals... Também tem o fator dos poderes do Vulto, eles também teriam haver com isso? Desculpa as várias perguntas, eu sou curioso demais.
-Tudo bem, eu também to mega confuso com isso, nem sei responder suas perguntas, amanhã vou tentar falar com o Atieno, ver se descobriram algo.
A jogatina foi interrompida logo em seguida por pessoas incomodadas pelo barulho, Yago e Wesley retornaram para seus quartos, amanhã seria um dia cheio.
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No desfile, Meia-Noite procurava se posicionar com uma boa visão dos civis, preocupado com a intuição de Atieno, a prioridade de Yago é proteger os civis a qualquer custo em caso de ataque, criando portais que sirvam de saída para areas mais seguras, evitando assim um estouro de manada.
- V8
Re: T02E13 - O Conflito da Terra-Mãe
05/06/21, 12:43 pm
Vanderson sentia aquele sol matinal tão quente, parecia fazer sua pele borbulhar de energia e seu peito se encher de poder, ele não se sentia assim fazia tempo, mas tudo levava a crer que ele havia ficado mais fortes desde que tudo começou, desde que a morte entrou no dia-a-dia dele.
O Leão Flamejante destila seu veneno nos ouvidos de V8 que pouco se importa ao ver Atieno. Ele lembra de ter visto aquele homem nas ruas de Nova Capital antes, usando seus poderes, até lutando lado a lado, mas Vanderson sentia uma familiaridade estranha com ele, como se eles já tivessem lutado e se odiado muito tempo antes, em outra vida, ou talvez em outro universo.
Pelas ruas mais um enorme bloco de soldados fascistas exibindo poder, a ala domesticada de super poderosos presas em suas coleiras e os iludidos descolados da realidade achando que não estão presos numa coleira também, todos batendo palmas. No dia que todos os prédios ruírem e os mares secarem, quando o sol se pôr no leste e as ruas inundarem com o esgoto e ratos vazados dos bueiros... “Eu vou fazer questão de afogar cada um de vocês na sua própria merda”.
- Esse bagulho ai é do bom mesmo? - Vanderson diz esticando a mão aberta para o Leão. – Tenho que fazer alguma coisa pra isso funcionar?
Com o colar no pescoço e as instruções (se houverem) dadas, V8 lembra de cada merda jogada em cima dele, cada denuncia, cabível ou não, feita a ele. Cada um que virou as costas ou que se negou a ajudar quando era possível. Apenas o que sobre é o ódio. Cada monumento e bandeira lhe é um alvo, mas acima de tudo aqueles que mais são vistos como lixo para ele: os super poderosos que se rebaixaram à participar daquele ninho de cobras que a Academia dos Benfeitores tinha se proposto a ser. Uma rinha de cobras o aguardava, mas as cascavéis não estavam preparadas pra anaconda que ele tinha guardada.
O Leão Flamejante destila seu veneno nos ouvidos de V8 que pouco se importa ao ver Atieno. Ele lembra de ter visto aquele homem nas ruas de Nova Capital antes, usando seus poderes, até lutando lado a lado, mas Vanderson sentia uma familiaridade estranha com ele, como se eles já tivessem lutado e se odiado muito tempo antes, em outra vida, ou talvez em outro universo.
Pelas ruas mais um enorme bloco de soldados fascistas exibindo poder, a ala domesticada de super poderosos presas em suas coleiras e os iludidos descolados da realidade achando que não estão presos numa coleira também, todos batendo palmas. No dia que todos os prédios ruírem e os mares secarem, quando o sol se pôr no leste e as ruas inundarem com o esgoto e ratos vazados dos bueiros... “Eu vou fazer questão de afogar cada um de vocês na sua própria merda”.
- Esse bagulho ai é do bom mesmo? - Vanderson diz esticando a mão aberta para o Leão. – Tenho que fazer alguma coisa pra isso funcionar?
Com o colar no pescoço e as instruções (se houverem) dadas, V8 lembra de cada merda jogada em cima dele, cada denuncia, cabível ou não, feita a ele. Cada um que virou as costas ou que se negou a ajudar quando era possível. Apenas o que sobre é o ódio. Cada monumento e bandeira lhe é um alvo, mas acima de tudo aqueles que mais são vistos como lixo para ele: os super poderosos que se rebaixaram à participar daquele ninho de cobras que a Academia dos Benfeitores tinha se proposto a ser. Uma rinha de cobras o aguardava, mas as cascavéis não estavam preparadas pra anaconda que ele tinha guardada.
- Forja
Re: T02E13 - O Conflito da Terra-Mãe
08/06/21, 02:33 pm
Para Forja, estar em público podia ser tanto bom quanto ruim, ele gostava de gostava de estar em ação em frente às câmeras, o herói interpretava que por ser um herói assumidamente gay, poderia ser, de alguma forma, um exemplo de inspiração para os jovens homossexuais como ele, que se sentem reprimidos pela sociedade. A parte ruim, era que por se expor assim, Wesley acabava sendo suscetível a olhares de negação e a homofobia velada, o que algumas vezes já o deixaram mal.
Junto de seus companheiros, Forja se atenta a tomar uma posição da qual possa ter uma visão ampla do desfile, priorizando os civis, estes eram os mais que mais estavam expostos a qualquer ataque ao evento, portanto, ainda que mantendo a postura alegre, o rapaz, já em sua forma de aço se mantém alerta para o menor sinal de perigo ao evento.
— se for pra acontecer que seja algo pequeno... — Murmurou consigo mesmo já pressentindo que algo com certeza iria atrapalhar o desflle.
Junto de seus companheiros, Forja se atenta a tomar uma posição da qual possa ter uma visão ampla do desfile, priorizando os civis, estes eram os mais que mais estavam expostos a qualquer ataque ao evento, portanto, ainda que mantendo a postura alegre, o rapaz, já em sua forma de aço se mantém alerta para o menor sinal de perigo ao evento.
— se for pra acontecer que seja algo pequeno... — Murmurou consigo mesmo já pressentindo que algo com certeza iria atrapalhar o desflle.
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