Banco de Vilões

Doutor Júlio Hansin cresceu em um ambiente hostil. Filho de imigrantes, sofreu bullyng a vida toda, na escola, no trabalho e no bairro onde morava. Além de não ser considerado como uma pessoa dentro dos padrões de beleza, seu corpo exalava um odor fétido e altamente inflamável. Isso se dava pelo fato de que desde sua nascença, seu organismo transformava oxigênio em um combustível de potência incrível. Foram inúmeros os acidentes que sofreu até que seus pais encomendassem para ele uma roupa especial de borracha com cilindros que armazenavam o gás que dele saísse, para que fosse armazenado e dispensado em local de menor risco.

Se desenvolveu como cientista e montou um laboratório no Instituto de Pesquisas de Tecnologia de Nova Capital (IPT-NC) com o patrocínio de um benfeitor misterioso que patrocinava o projeto. Desenvolveu um traje capaz de armazenar em comprimir o gás ao máximo, aumentando a capacidade da carga e potência de combustão. Com o projeto pronto e armadura desenvolvida, Doutor Hansin acreditava que finalmente poderia viver uma vida parcialmente normal. No entanto, um homem a mando de seu patrocinador o obrigou a transformar a armadura em um lança-chamas ambulante, chantageando-o retirar-lhe o financiamento e ter seu traje confiscado. O cientista cumpriu com o que lhe foi imposto. Transformou o tarje em uma armadura resistente, forte e com a capacidade de soltar rajadas poderosas do gás, inflamado por acendedores em seus punhos.

Com a conclusão do novo projeto, Hansin foi visitado pelo seu benfeitor misterioso: o Deputado Ulysses Nogueira, que já era um conhecido corrupto de anos no âmbito político. Nogueira demitiu o cientista, humilhando-o diante de sua equipe e confiscando o equipamento. Hansin em surto, prometeu sua vingança, mas foi espancado pelos seguranças do deputado e jogado junto à mendigos embaixo de uma ponte, em uma rodovia qualquer.

Yure Grando é filho de um suposto vampiro que assombrava um vilarejo na Croácia no ano de 1548. Por ser filho de Giorgio Grando, o tal vampiro, Yure passou por diversos preconceitos e abusos, sendo até mesmo caçado pelos demais camponeses. Numa dessas perseguições ele manifestou seus poderes sombrios pela primeira vez. Encurralado por seus algozes num celeiro sentiu seu corpo fervilhar pelo medo e ódio de ser tratado como um monstro e em seguida não sentiu mais nada além de uma grande sede por sangue.

Os homens que antes gritavam pelo nome do garoto, agora mantinham-se em silêncio enquanto o procuravam. Com uma agilidade sobrenatural Yure salta por entre algumas vigas e se lança sobre um dos homens tomando de suas mãos o ancinho que carregava e a devolvendo cravada em seu peito. E assim um por um foram sendo mortos, e Yure fugiu deixando apenas o rastro de sangue para trás.

Tempos atuais...

No Porto dos Santos, chegava em um návio uma carga estranha, como se fosse um caixão de chumbo em tons negros que chamava a atenção dos Operários portuários. Os mais supersticiosos acreditavam ser um mau agouro, os mais céticos diziam ser só mais uma peça para o museu de Nova Capital. Endereçado a Vila Novo Acre o Caixão foi deixado em frente á uma casa antiga, que tinha um nome escrito na porta deteriorado pelo tempo, mas que ainda dava para se ler Grando.

Samuel nasceu e cresceu em Brasilândia, filho de mãe solteira que se matava de trabalhar para que não morressem de fome. Desde criança, ouviu a história de ser descendente de um povo antigo com poderes mágicos, mas sempre achou isso uma baboseira, uma ilusão para distraí-lo da miséria em que viviam. A única coisa que herdou de seus antepassados foi o sangue ruim e a pobreza.

Ao atingir idade suficiente (seja lá o que isso quer dizer exatamente por aquelas bandas), se envolveu com os traficantes locais e começou a fazer pequenos serviços para eles, que viviam pegando no seu pé pelo tamanho diminuto e baixa compleição física que o renderam o apelido de “Zé Pequeno”. Durante anos sendo humilhado e menosprezado, nunca o deixaram ser mais que um aviãozinho.

Isso até o aniversário de 18 anos, quando Zé pequeno recebeu de sua mãe um cachimbo horrível que supostamente provaria que aquelas histórias antigas podiam ter um pézinho de verdade. Independente de acreditar nessa baboseira mitológica, ou não, a verdade é que ele manifestou poderes. Sem pensar duas vezes, voltou até os “colegas de trabalho” que o humilhavam e deu a eles uma amostra de seu rancor, prendendo-os em alucinações horrendas de seus piores pesadelos, até que caíssem no chão infartados ou atirassem em suas próprias cabeças para fugir daquilo.

Após essa pequena demonstração, Zé foi convocado pelo dono do morro. Pensou que seria punido por ter atacado seus traficantes, mas foi surpreendido pela proposta de ser a nova arma secreta do tráfico contra as forças da lei. Um verdadeiro Pesadelo para qualquer um que fique em seu caminho.

Força: +2
Agilidade: +2
Resistência: +2
Foco: +2
Carisma: 0

Vantagem:
Arma de Fogo - (Armas de Uso Militar) ?
Lança-Chamas - (disparador de Chamas) ?

Ênio era um jovem cidadão comum, introspectivo, calmo e solitário. Vivia uma vida pacata sem muita interação social, tinha um bom emprego numa grande empresa do ramo robótico de Nova Capital, na qual atuava como técnico em informática. Tudo o que era relacionado à tecnologia o fascinava, demonstrando extrema facilidade em entendê-las, dominando facilmente suas funções logo nas primeiras tentativas. Sempre que a empresa queria comprar algo novo nessa área, recorriam aos seus entendimentos.

Nos primeiros anos de sua vida adulta os primeiros sintomas da sua grave condição de saúde começam a se manifestar. Ênio sofre de ELA, Esclerose Lateral Amiotrófica e aos poucos sua saúde foi ficando cada vez mais debilitada. Porém, em contrapeso a essa situação, ele nota que suas habilidades com tecnologia se tornam cada vez mais apuradas a cada avanço da doença. Ênio descobre-se tecnopata, sendo capaz de se comunicar e manipular qualquer tipo de tecnologia a seu favor.
A doença vai se agravando de forma rápida, limitando seus movimentos a cada evolução, necessitando andar com apoiadores, depois com cadeiras de roda,  até perder movimentos dos membros deixando-o acamado. O pesadelo de sua condição piora ainda mais quando perde o suporte médico da empresa, que o demitiu. Sem família, se vê atado a uma cama, incapaz. Culpando a antiga empresa por abandoná-lo nessas condições, como vingança ele controla as máquinas do seu antigo local de trabalho e destrói tudo, dando pane em computadores, apagando arquivos importantes, invadindo contas bancárias e fazendo com que as estruturas mecânicas destruíssem umas às outas.

Sentindo o poder que possuía, decide buscar ele mesmo a cura para sua condição. Invadindo arquivos confidenciais do governo e organizações de saúde, buscando uma alternativa de cura para sua doença, tenta desesperadamente encontrar algo que lhe seja útil. Ele cria uma armadura robótica simples para simular seu corpo e vive através dela. Pouco a pouco seus atos de desespero tornam-se crimes, roubando e matando para conseguir seus objetivos pessoais. As evoluções de seus atos evoluem também a tecnologia de sua armadura que passa a ser uma ameaça a quem se intrometer em seu caminho.

Em 12 de setembro 2020, durante a incursão sobre Atieno no Museu de Antropologia de Nova Capital, um homem aproveitou do caos gerado para saquear uma peça que era pouco estimada do museu: uma máscara verde que fazia uma representação de uma criatura diabólica chamada de Oni pelos japoneses. A máscara era bastante antiga e gerava impacto ao ser encarada. Dentro dela, uma pequena escritura em japonês que significava “Sangue – Vitória – Força”.

O homem que a roubou era conhecido como Mestre Mariano, especialista em artes marciais mistas e conhecido pelas inúmeras trapaças durante suas lutas. Mariano possuía uma escola de luta em Ave Sul, porém começou a perder mercado nos últimos tempos. Agora pretende usar a máscara Oni para ganhar poderes e derrotar super-heróis, refazendo assim seu antigo renome de grande lutador.

O médico psicanalista mais conhecido da cidade, Dr. Evaldo Malaquias, especialista em atendimentos às mentes criminosas mais insanas, fazia seu trabalho de atendimento aos ex-prisioneiros de um grupo de recuperação em um salão no Centro de Nova Capital quando conheceu uma ex-vilã chamada de Caos. Ela tinha um nível de insanidade muito além de todos os outros super-vilões que o médico já tratava. Ela simplesmente não tinha limites para a loucura em seu tempo de atuação no crime. Dr. Evaldo se fascinava cada vez mais pelas histórias de Caos e como ela agora parecia uma pessoa perfeitamente normal. Parecia perfeita até demais.

O médico se apaixonou porém, não pela vilã convertida, mas pelo nível de insanidade cruel que ela possuíra no passado. Se tornou obcecado pelo estudo da mente de sua paciente mais admirada, a ponto do próprio resolver trazê-la de volta. Foi quando teve a sua ideia mais insana até então: Gerar uma carga de estresse tão grande através da inalação de um gás que despertasse pânico total na mulher, a ponto de acabar com toda a possível lavagem cerebral que recebera para se recuperar. Talvez enlouquecer ainda mais do que antes. E ele próprio desenvolveu o gás.

Marcou uma data para se encontrar com a mulher no apartamento dela. Uma noite informal além das reuniões. Durante o jantar, Evaldo se levantou, vestiu uma máscara de gás que carregava embaixo de seu paletó e deixou cair uma granada do tal gás. A mulher que já estava assustada com aquela cena se desesperou totalmente. Seus níveis de adrenalina subiram, ela começou a ter alucinações com o médico e até sua antiga personalidade. Apavorada, tentou esconder-se do homem, mas ele era fiel ao seu objetivo. Tão fiel que se enojou ao ver aquela criatura tão indefesa. “Por quê você não volta para mim?” – ele gritava. E com todo o ódio possível, a matou com uma faca, golpeando passionalmente inúmeras vezes a região do tórax e coração. Os vizinhos tentavam agir, mas foram repelidos pelos efeitos do gás. Desde então, Dr. Evaldo Malaquias não fora mais visto. Eis que surge o Dr. Pavor.

Walace quando era criança, sofria muito bullying por ser gordo, ganhando assim seu apelido de "Terremoto", pois diziam que ele era tão gordo que causava um terremoto quando pisava no chão. Ele não possuía amigos, sempre era ridicularizado pelas crianças de sua idade, além do fato de ter um pai alcoólatra e apostador que vivia fora de casa "enchendo a cara" e devendo até as próprias calças, aparecendo depois de dias bêbado, batendo no garoto e em sua esposa, o que fez com que o garoto cultivasse um ódio dentro de si.

Um dia, Walace voltava da escola indo em direção a sua casa em Jardim da Redenção. Ele percebe que haviam diversas motocicletas em volta do seu quintal, e ao entrar, haviam vários homens com jaquetas de couro espancando seu pai, na sala de sua casa, quando perceberam sua presença, o garoto age o mais calmo e frio possível, como se não ligasse para o ocorrido.

Os rapazes, ao verem a frieza nos olhos do garoto, o convidam para participar do grupo que aceita sem demora, porém como "ritual de inicialização" do grupo, cada membro deve escolher uma pessoa que tenha alguma desavença e o mesmo deve orquestrar um plano para "desaparecer" com o individuo. Ao saber disso, o garoto se aproxima de seu pai que estava debilitado por causa da surra, e então o garoto dá uma "gravata" no homem até ele apagar. Os rapazes ficaram boquiabertos com a calma do jovem, que partiu em direção de seu quarto e pega um pequeno caderno e pede ajuda para levarem o "corpo" até um ferro velho próximo dali, pois o jovem já tinha premeditado isso e viu nisso, uma oportunidade de concretizar seu plano, que estava no caderno, e ao verem as anotações, os membros da gangue viram que ele havia pensado em tudo.

Com o tempo, ele começou a crescer dentro da gangue, ganhando o respeito de todos os membros, chegando ao ponto de coordená-la, se tornando o líder, pois era extremamente estrategista e calculista, realizando diversos assaltos bem elaborados e esquemas de tráfico e contrabando de armas e drogas super complexos e quase irrastreável, além de possuir um grande porte físico.

Um dia, Walace e sua gangue estavam fugindo da policia depois de mais um de seus planos, quando vão em direção a um baile funk que acontecia na comunidade e utilizando a multidão a seu favor para despistar os policiais. Um helicóptero que sobrevoava a procura deles, atira várias bombas de fumaça na direção da multidão, sendo que uma delas acerta Walace, que ele inala um pouco da fumaça, mas consegue escapar dos policiais em meio ao caos. Alguns dias depois, ele percebe algo diferente, ele estava mais forte e mais resistente, além de ele ser capaz de absorver, gerar e redirecionar onda de impacto, o deixando ainda mais temido. A partir desse momento, o apelido que era motivo de chacota, se tornou um símbolo de temor. Todos sabiam que quando o chão começasse a tremer, o "Terremoto" e sua gangue estavam por perto.

O “alfa” da matilha. Parece reservado, tímido e caladão, mas por trás disso é o mais psicopata e sem escrúpulos dos irmãos. Sua principal marca é uma espada samurai que carrega para todo lado, mas ninguém que a viu desembainhada sobreviveu para contar história.

O brutamontes da matilha. É o mais barulhento e explosivo dos irmãos. Gosta de fazer piada com todos, mas não tolera que o olhem torto. Só tem medo de uma pessoa no mundo, que é seu próprio irmão, Akita.

O nerd da matilha. Nunca foi tão forte quanto os irmãos e sofreu muito com isso. Teve que aprender a se defender de outras maneiras, aprendendo a construir equipamentos tecnológicos que o tornassem tão perigoso quanto os grandalhões.

Fuujin é um ser milenar do folclore japonês, considerado o kami do vento, estranhamente foi atraído para Nova Capital, por alterações no curso natural dos ventos. É um exímio lutador, e usa de seus poderes aereos para ajudar em combate, com acrobacias, saltos e dando velocidade á seus golpes. Carrega consigo um saco, onde acredita-se carregar furacões e ventos fortes. É irmão de Raijin, e filho de Izanagi e Izanami, as divindades da criação japonesas.