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T04E08 - Tudo novo, tudo diferente.

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04/09/18, 06:19 pm
Guiados por Cybernetica, eu e Impacto formamos a equipe Delta com a garota. Ela era simpatica, e apesar de viver naquele mundo pos apocaliptico, parecia bem humorada. Diego, pela primeira vez, nao parecia ter muito a dizer. Seu ar desagradavel de hetero escroto dava lugar a um semblante medroso.

- Essa nao eh a nossa realidade, poc. Vai ficar tudo bem. ja ja a gete tam em casa. - disse, tentando tranquiliza-lo. Eu, por outro lado, tava mais tranquilo apesar da situacao ser pessima. Ver que todo mundo tinha muita bagagem pra carregar me fez ignorar os meus problemas, mesmo que por pouco tempo.

- Pra um mundo fodido, aqui ta cheio de sapao, hein miga - disse a Cyber, enquanto notava um grupo de soldados que nao pareciam muito treinados pra situacao que estavam lidando. De repente, notei um rosto estranhamente familiar no meio do grupo.

- Henrique..? - indaguei, incredulo. Cyber e Impacto nada entenderam. Minha vontade era sair correndo atras dele, abracar, dizer que tava tudo bem. Mas sera que era ele mesmo? Ele me reconheceria? Sera que nessa realidade a gente se encontrou?

- Longa historia - disse aos dois, que me olhavam esperando uma explicacao. - Mas basicamente eh o meu namorado que morreu na minha realidade ha um tempo atras. Alguma chance de eu raptar esse dai e levar comigo? - perguntei pra Cybernetica, mas sem esperar que ela concordasse. - Ele nao deve nem ter nocao do que ta acontecendo. Qual sua ideia, Cyber? Diego? Queria pelo menos que ele me visse pra ter certeza...
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04/09/18, 06:46 pm
Por mais que já tivesse passado por uma situação parecida, Diego estava assustado com essa viagem interdimensional. Afinal, da última vez que fez isso, fez algumas experiências um tanto quanto desagradáveis. Mesmo que não estivessem em um futuro alternativo, o fato de tudo ali ser uma versão "pós apocalíptica" do seu mundo o causava calafrios.

O time Delta segue até o Aeroporto de Nova Capital, onde se depara com um grupo três vezes maior, utilizando espécies de lança-chamas de alta tecnologia.

— Certo... Eles até podem estar armados e em maior número, mas é só isso. São só... crianças... brincando com fogo. Mal devem saber manusear aquilo. — Diz, até ser interrompido pela observação de seu companheiro de equipe. — Miguel... Me desculpe, mas talvez não tenha uma forma decente de se dizer isso... Tente não se abalar tanto com essa situação. Lembre-se, ele não é o seu Henrique.

Impacto faz uma pausa, analisando toda a situação. Deveriam agir o quanto antes.

— Delta... Precisamos derrubar esses caras antes de chegar no nosso objetivo. Umbra, desarma esses caras pra gente? Depois disso, a gente se aproveita da distração pra chegar com tudo e nocautear eles. Isso já aumenta um pouco as nossas chances caso eles tenham reforços dentro da torre.

Diego, mesmo que tentasse não subestimar seus adversários, sentia que derrotá-los não seria uma tarefa muito difícil, o que o preocupava de certa forma. Estava tudo muito fácil até então.
Devon H.
Devon H.
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04/09/18, 06:53 pm
Era esquisito. Era difícil de explicar o porque, mas agora eles estavam "do outro lado", a outra realidade; e era realmente similar como falavam, mas tinha algo sutilmente diferente, além dos eventos grandiosos óbvios dali. Dentro da base secreta, a jovem loira escuta Alex questionar.

- Será que existem outros de nós aqui?

– É... Será que existe outra Fernanda por ai, que sofreu um acidente e pode mexer só as pernas e não os braços...?! - A moça tinha um semblante surpreso, olhando pro nada, mas para por um momento. - ... Isso é super idiota, né? Deixa pra lá...

A eletrocinética segue junto do Força Heróica com o Sindicato, pegando as motos e logo cada grupo partindo para seus objetivos. Na garupa da moto com Garuda, a moça ainda pensava nas similaridades entre essa realidade e a sua.

"Minha mãe... Será que...?"

Ela acorda quando eles chegam no bairro Itamaré, e logo veem jovens aparentemente com manoplas jogando carros para um lado e para o outro. Através de sua telepatia, Garuda conversa com o time Beta.

”Eu pensei em uma estratégia, mas ela é perigosa. Fera, você aparece e distrai eles o tempo necessário. Eu vou atacar juntamente com a Estática para desabilitar essas manoplas.”

”Nove deles é quase um time de futebol de classe média-alta. Vou só carregar o efeagatênio e já me posicionar perto do grandão. Se nosso plano não cobrir a categoria de base ali do ‘Supreme Outfit F.C.’ todo, eu parto pra cima deles e pifo as manoplas eu mesma.“

Passando a mão na poeira de efeagatênio e carregando eletricamente a mesma, Estática rapidamente se teleporta furtivamente para se aproximar dos garotos, enquanto Fera toma a dianteira. Assim que o plano entrasse em ação, iria fazer a análise se todas as manoplas foram desativadas ou não; caso contrário, partiria se teleportando pra cima dos rapazes e daria descargas elétricas nas manoplas para desativá-las se possível, antes de entrar em combate e desacordar os rapazes se necessário.
K.O
K.O

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04/09/18, 11:15 pm
Era realmente triste, toda aquela experiência nova de um universo alternativo parecia extremamente empolgante, se fosse em outra ocasião. Jean sabia que aquilo era grande coisa, mas suas angustias e pensamentos deixa tudo aquilo amargo, como se fosse apenas outra missão de rotina, mais um lugar pra ele decepcionar os demais. Ele se perguntava se realmente fo uma boa ideia ir para la, não queria deixar seus amigos na mão, mas as vezes sua presença poderia atrapalhar, como foi dito por Olivia.

Alex e Olivia discutem o plano, que era basicamente distração e ataque .

-Alex quanto de poder mental você tá conseguindo usar? Se você conseguir mexer com a cabeça desses caras seria foda...Abriria as portas pra mim e o Antares descer o braço nesses felas.[b]

Talvez tenha sido apenas impressão, ou o modo de falar de Olivia, mas naquele momento pareceu que estava tudo bem, mas logo depois o semblante dela demonstrou que não estava. Mas foi uma faisca para Jean, talvez, se ele não fizesse cagada conseguiria se redimir de certa forma…

- [b]Tudo bem, quando Réplica agir, eu vou primeiro como chamariz, e vocês vem em seguida.
- Dizia com um pesar na voz, carregado de vergonha.

Quando a primeira parte do plano fosse executada com sucesso, pegando os 4 primeiros, Antares iria partir para cima dos 4 restantes chamando a atenção para si enquanto o restante do time fica livre para agir.

Sopro
Sopro

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04/09/18, 11:30 pm
Enfim estava em uma Nova Capital completamente diferente da sua. A paisagem era, no mínimo, exótica; as construções, o céu dentro da barreira de energia, até mesmo a tecnologia do local passavam a ideia de decadência; porém, apesar de tudo, Pedro podia sentir um certo ar familiar no local. “Faz sentido, afinal, isso ainda é Nova  Capital. Só espero que a nossa não atinja esse ponto.”; pensava, enquanto se deslocavam pelo local.

O caminho era deserto e com um clima pesado e deprimente, claramente a cidade conheceu dias melhores. Ao chegarem à torre, Sísmico, Arsenal e Górgona já conseguiam observar alguns inimigos; seu comportamento não retratava nenhuma organização militar, o que contrastava diretamente com o equipamento, que parecia ser tecnologicamente avançado.

Arsenal agiu como um líder nato: analisou a situação, fez comentários pertinentes e traçou um bom plano de ação, mas Pedro viu que poderia fazer um pequeno ajuste. “A maior rocha que eu puder... E se eu...” ;, pensou o rapaz por alguns meros segundos, quando um estalo veio em sua mente. – Já sei! Vou colocar uma surpresinha para eles dentro da rocha. Górgona, quando a catapulta disparar, nos dê apoio. – Falou o rapaz, enquanto se concentrava e fazia as rochas subirem pelo seu corpo.

Tendo isto em mente, Sísmico pretendia seguir o plano de Arsenal, porém iria criar um invólucro de rocha em torno de si para que fosse lançado pela catapulta e assim, usar o impacto e o elemento surpresa a seu favor para derrubar quantos inimigos ele pudesse com o seu poder, esperando o apoio de Carlos e Górgona para auxiliá-lo.
Chip
Chip

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05/09/18, 11:29 am
Time Beta - Torre Leste - Itamaré:

Garuda:
- Vejam bem... são nove deles... muitos adversários e usando aquela tal tecnologia… Eu pensei em uma estratégia, mas ela é perigosa. Fera, você aparece e distrai eles o tempo necessário. Eu vou atacar juntamente com a Estática para desabilitar essas manoplas.
- Manteve seu elo mental com o trio, antes de focar seu pensamento em Estática. - Você os carrega e eu jogo contra os moleques, depois nós atacamos com tudo e apagamos eles. Por fim, a gente instala o dispositivo e avisa os demais.
Estática:
- Nove deles é quase um time de futebol de classe média-alta. Vou só carregar o efeagatênio e já me posicionar perto do grandão. Se nosso plano não cobrir a categoria de base ali do ‘Supreme Outfit F.C.’ todo, eu parto pra cima deles e pifo as manoplas eu mesma.
Fera, que antes havia se assustado com as vozes em sua mente, não demora para apoiar o plano, deu apenas um sorriso de satisfação e um aceno com a cabeça, pronto para partir para a ação. O homem saltou de onde estava escondido, chamando a atenção dos jovens de classe média-alta, e partiu em alta velocidade de encontro aos garotos. Um deles, mais a frente do grupo, apontou a manopla em direção a um veículo, o levitando com uma espécie de ondas, e o jogou na direção de Fera.

O carro de luxo caiu bem a frente do homem bestial, mas apenas o ajudou a tomar impulso para um salto em direção ao rapaz. Antes mesmo de chegar ao chão, seus pés já se encontravam com o peito do jovem, nocauteando-o no mesmo instante. O que Fera não percebeu era que atrás dele uma grande lata de lixo voava em sua direção, o derrubando longe.

Nesse mesmo instante, nove Feras saltam de lugares distintos, correndo na direção dos jovens. As imagens projetadas por Garuda serviam apenas como uma forma de distração para o plano real da dupla do Força Heróica. Camuflada pela fumaça e destruição dos veículos, uma nuvem de partículas de efeagatênio, carregadas com eletricidade gerada por Estática, voava em direção aos jovens rapazes.

Garuda manipulava de longe, que um a um fritava os circuitos da tecnologia das manoplas, enquanto Estática surgia logo atrás de cada um deles, que, confusos, sequer tinham a oportunidade de se defender dos chutes altos aplicados pela garota. Percebendo a ação da “nuvem elétrica”, um dos jovens, mais afastado, aponta sua manopla na direção das partículas, sem nem saber o que iria acontecer. As partículas do metal começam a emitir faíscas, descarregando a energia depositada por Estática.

Time Alfa - Torre Norte - Favela do Cabrião:

Olímpica:
- Er..Ímã né? Você consegue usar seus poderes nas armas desses caras igual fez no meu bastão? E Alex quanto de poder mental você tá conseguindo usar? Se você conseguir mexer com a cabeça desses caras seria foda… Abriria as portas pra mim e o Antares descer o braço nesses felas.
Réplica:
- Ainda estou com os poderes do Radesh, Olívia. Acho que posso iludir alguns deles, mas não todos. Deixe me tentar.

Antares:
- Tudo bem, quando Réplica agir, eu vou primeiro como chamariz, e vocês vem em seguida.
- Disse com pesar.
Jean ainda se sentia constrangido pelos últimos acontecimentos. Sentia-se afastado de todos, e percebia até mesmo que alguns o evitavam. Isso só tornava as coisas piores para o garoto, mas não o impedia de focar na missão, apesar de sequer se sentir à vontade. Com o sinal afirmativo de Ímã, o grupo age.

Vendo de longe, Antares percebe que o grupo de traficantes que guardava a torre começava a discutir entre si, com cada um separando, investigando algo que tinham ouvido. O plano de Réplica havia dado certo, eles estavam escutando sons em lugares distintos os fazendo dividir, mas por outro lado, os que se mantiveram na guarda da torre estavam assustados e atentos.

Furtivamente, cada herói seguiu na direção de um traficante. Imã foi a que agiu mais rápido, usando seus poderes ela destroçou a arma em várias partes de um dos garotos, que, assustado, nem teve tempo de agir, e tão logo recebeu um soco com o braço metálico da garota que o nocauteou. Olímpica foi a segunda: pulando por cima dos barracões e destroços, ela saltou em outro traficante com o pé em seu peito, e quando ele estava prestes a atirar com sua manopla ela o nocauteou com o bastão. Olívia agachou-se para analisar a tecnologia daquela realidade, principalmente os discos flutuantes.

Olímpica:
- Hmmm… Interessante... E se…?
Réplica e Antares agiram logo em seguida. O primeiro, aproveitando-se da telepatia copiada de Garuda, manteve a ilusão sonora no seu alvo, e como focava-se apenas nele, criou um som de uma trovoada ininterrupta, que aterrorizava o traficante, um adolescente, por não entender de onde vinha o som. O herói aproveitou a distração para surgir a frente do garoto com uma cotovelada que atingiu seu nariz em cheio, e logo em seguida finalizou com um gancho de direita. Comemorou sozinho como um lutador de boxe. Antares, por sua vez, enfrentaria talvez o mais assustado dos traficantes.

Traficante:
- QUEM TÁ AÍ, PORRA?
O som seguido pelo homem, mais velho que os outros, havia cessado em sua mente, e isso o fez perceber os sons reais a sua volta. Escutou algo atrás de si e já virou-se atirando uma mini bomba explosiva que destruiu uma parte de um barracão, mas não tinha ninguém ali. Se virou novamente, e a única coisa que pôde ver foi o punho de Antares atingindo seu peito com força, o jogando nos destroços do cômodo que havia destruído a pouco.

Time Charlie - Torre Noroeste - Jardim da Redenção:

Arsenal:
- Tá, eu tive uma idéia, nós não sabemos quantos e se eles têm reforços lá dentro. Antes de avançarmos, vamos abater o máximo de que pudermos com uma catapulta. Sísmico, quero que você pegue a maior rocha que puder!
Sísmico:
- Já sei! Vou colocar uma surpresinha para eles dentro da rocha. Górgona, quando a catapulta disparar, nos dê apoio.
Górgona olha surpreso ao ver Sísmico movendo as pedras do solo e envolvendo a si mesmo para ser lançado. Pedro já conseguia criar uma armadura de pedra com facilidade, só restava deixá-la mais grossa, a ponto de praticamente virar uma esfera. Arsenal não questiona o ato do amigo, apenas estica suas mãos e começa a criar uma grande catapulta medieval, feita de sua energia azul. Ele também cria uma espada em sua mão, que usa para “cortar” a corda e acionar o aparato.

A grande pedra que envolvia Sísmico voou na direção dos inimigos, enquanto Arsenal e Górgona correram na direção deles. O que Pedro não imaginava era que, com o susto da rocha em suas direções, três deles usaram suas armas criogênicas contra a gigante rocha, criando, quase que instantaneamente, uma grossa camada de gelo ao redor, antes que a pedra tocasse no chão. Ainda assim o plano de Arsenal havia dado certo, e a rocha que envolvia Sísmico derrubou quase todos os inimigos, restando apenas os mesmo três de pé.

Górgona, bem mais ágil que Arsenal, chega logo após, desviando-se de um raio congelante e derrubando um dos homens com sua cauda. Ele grita para o inimigo, agitando as serpentes que davam lugar a seus cabelos e brilhando os olhos em amarelo e em instantes, o homem caído se transformava numa estátua. O que o herói do Sindicato não esperava era um raio congelante que o atingiu na perna por um dos criminosos, prendendo-o no chão. Quando se preparavam para atirar novamente, Arsenal surge com um escudo de energia azulada, protegendo seu mais novo companheiro.

Time Delta - Torre Sul - Aeroporto de Nova Capital:

Dos quatro times, o responsável por hackear a Torre Sul era o que mais demorou para agir, porque Miguel havia paralisado ao ver seu antigo amor ali, vivo nessa realidade alternativa.

Umbra:
- Longa história, gente. Mas basicamente é o meu namorado que morreu na minha realidade há um tempo atrás. Alguma chance de eu raptar esse dai e levar comigo?
Impacto:
- Miguel... Me desculpe, mas talvez não tenha uma forma decente de se dizer isso... Tente não se abalar tanto com essa situação. Lembre-se, ele não é o seu Henrique.
Umbra:
- Alguma chance de eu raptar esse dai e levar comigo? Ele nao deve nem ter noção do que tá acontecendo. Queria pelo menos que ele me visse pra ter certeza...
- Miguel dá um sorriso sem graça para Diego, sabia que pelo menos o rapaz tinha boa intenção em confortá-lo. - Ainda não vou com sua cara, macho escroto.
Impacto:
- Certo! Delta... Precisamos derrubar esses caras antes de chegar no nosso objetivo. Umbra, desarma esses caras pra gente? Depois disso, a gente se aproveita da distração pra chegar com tudo e nocautear eles. Isso já aumenta um pouco as nossas chances caso eles tenham reforços dentro da torre.
Escondida, Cybernética começa a construir, a frente do grupo, uma grande estátua de si mesmo pixelada. Curiosos e temerosos, os homens andam na direção da estátua, que resiste às chamas altas. No mesmo instante, Umbra aproveita as sombras criadas pelas chamas para, furtivamente, criar vários tentáculos que rastejam ao chão, perseguindo silenciosamente cada um dos homens ali presentes. Os tentáculos tomam forma, se erguem do chão e, todos os mesmo tempo, se prendem as armas pirocinéticas.

Assustados, os homens tentam se desvencilhar daqueles tentáculos de sombra. Apenas Henrique e mais dois conseguem se soltar das sombras, e começam a combatê-las com as chamas. Os tentáculos que ainda restavam se prendem com tanta força que começam a quebrar aquelas armas.
Aproveitando-se da distração, Impacto surge correndo na direção de um dos homens, que sequer perceber sua aproximação. Em alta velocidade e um golpe forte com os ombros, derruba o homem a metros dali. O segundo vê sua ação e começa a atirar suas chamas na direção de Diego, que se esquiva o quanto pode para não ser atingido, até que uma espécie de rolha pixelada surge na ponta da arma, bloqueando as chamas. O garoto olha para trás e vê Cyber dando um joinha para ele, que aproveita a oportunidade para aplicar um poderoso soco que derruba o homem.

Restava apenas Henrique. Miguel surge a sua frente.

Enquanto isso, na Torre Leste, Garuda e Estática já tinham dado conta de praticamente todos os garotos, restando dois. Um deles, com medo, se escondeu atrás de um dos carros destruídos, mas foi encontrado por Fernanda, que se teleportou a sua frente. Ele sentia tanto medo que não teve nenhuma reação, a não ser ficar tremendo e choramingando. Estática apenas encosta na manopla, descarregando sua energia na tecnologia e gerando um curto-circuito que fritou seus sistema, mas esse ela resolveu não bater, deixou o garoto correr.

Repentinamente fortes ondas de energia atravessam seu corpo. Ela arqueia as costas de dor, e acaba ficando imobilizada na mesma posição. Aos poucos, ela sente a energia elétrica de seu corpo se esvair, e quando enfim as ondas cessam, ela cai ao chão, sem conseguir sentir suas pernas. Quando olha para trás, vê o último dos jovens, com um sorriso sádico, caminhando em sua direção, já levitando um carro e ameaçando jogar em cima da garota.

Com uma conexão direta às ondas emitidas pela manopla, o carro sobe mais a medida que o garoto levanta o braço, e então, seu braço desce com força. Quando o carro estava a prestes a atingir Fernanda, que apenas esperar pelo pior, ele “para” no ar. Garuda, surge como uma ajuda inesperada e bem-vinda ao disputar força com o veículo em pleno ar. O lamborghini flutuava no mar, tremendo, como se estivesse no meio de uma queda de braço.

Garuda:
- Você não quer fazer isso!
- Focou sua mente na mente do adversário, ainda utilizando sua telecinese. Uma fina linha de sangue escorre de seu nariz por debaixo de sua máscara.
Garoto:
- Eu não quero fazer isso!
Garuda:
- Você vai soltar o carro agora.
Garoto:
- Eu vou soltar o carro agora.
- Disse em voz alta, acatando a sugestão mental de Garuda.
Radesh, cansado, sente o peso do carro solto, mas agora livre e com um simples movimento de mão, joga o carro para o lado, longe de Fernanda. O outro garoto permanece em pé, parado, com o olhar vidrado no jovem herói, até ser derrubado por um soco de Fera, que surge depois de toda a ação.

Fera:
- CATCHAAAU!! Ferinha in da house!
Estática:
- Tô muito Professor Xavier sendo carregada pela Jean!
- Disse, ao sentir seu corpo sendo levitado com o auxílio de seu amigo, antes mesmo de tomar carga em um fio de alta tensão que estava solto ali.
Com um pé na porta dado por Fera, o trio adentra a Torre Leste esperando encontrar inimigos, mas nada encontra além de uma estação abandonada, com vários monitores desligados. O herói do Sindicato toma a frente para instalar o dispositivo.

Na Favela do Cabrião, o quarteto se reagrupa rapidamente, correndo na direção dos quatro restantes, que alarmados, atiravam diversos tipos de mini-bomba. Porém, várias delas desviam-se se seus caminhos graças aos poderes de Ímã, enquanto outras são acionadas em pelo ar. Réplica usa o restante do poder de Telepatia que ainda conseguia para criar um clarão que cega os quatro inimigos.

Jean, mais a frente do grupo, chega com uma joelhada no estômago de um, e, em seguida, gira o corpo, derrubando mais um com apenas um soco. O terceiro inimigo foi mais rápido e atirou uma bomba-explosiva que acerta no peito do herói, jogando-o longe, nos destroços de uma casa. Olívia, que se aventurava a flutuar com os discos em seus pés, surge revidando com seu bastão com um golpe de baixo para cima, e finaliza derrubando o último com um chute no queixo. Ela corre para auxiliar Antares.

Antares:
- Olívia, eu… eu...
- Tentou falar, quando a amiga apareceu na sua frente.
Olímpica:
- Tudo bem, a gente conversa quando chegar em casa, eu prometo.
O quarteto se reúne, e assim como ocorreu com o time beta, entram na Torre Norte e nada encontram além de uma estação de controle com vários monitores desligados. Ímã empunha o dispositivo.

A situação ficava cada vez mais tensa em Jardim da Redenção, na Torre Noroeste. Arsenal e Górgona estavam encurralados atrás da barreira criada pelo primeiro. Os dois homens restantes atiravam um raio contínuo contra a dupla, e começaram a se deslocar flanqueando os heróis. A camada de gelo ficava cada vez mais grossa e mais pesada, e Arsenal, mesmo com muita experiência, não estava resistindo ao frio que estava os cercando.

Todo o tempo em que estivera preso, o herói estava usando seus poderes, sentindo o deslocamento de cada um dos envolvidos, sendo um com a terra. Sentia, mesmo ali dentro, cada vibração da terra, sabendo exatamente a localização de seus inimigos, sem sequer enxergar. Pedro só estava esperando o melhor momento para agir.

Repentinamente, a grande rocha congelada que envolvia Sísmico explode em vários e pesados pedaços, e, agindo rapidamente, um braço de terra e pedra surge do solo dando um gancho de direita em um dos homens, imitando o movimento do geocinético, e em seguida um gancho de esquerda subindo do solo atinge o outro homem.

Sísmico:
- A gente entrou numa fria hein?
- Disse para Arsenal com um sorriso no rosto.
Arsenal:
- Cara, depois eu te ensino a fazer piada direito.
- Deu dois tapinhas nas costas de Sísmico.
O trio segue em direção a Torre Noroeste, mas já sabiam que ninguém se encontrava, porque Pedro não havia sentido nenhum movimento ali. A única coisa que ele podia dizer era que a torre não era apenas alta, mas também estava enraizada a vários metros de profundidade. Do mesmo modo, encontraram uma estação de controle vazia, com vários monitores, todos desligados. Górgona retira o dispositivo de seu bolso.

Umbra:
- O..oi… Vo… você sabe quem sou eu?
Henrique:
- Não me importo![/color]
O homem apontou sua arma para Miguel, mas este já estava preparado. Apenas respirou fundo e vários tentáculos surgiram das sombras no chão, subindo pelas pernas e braços do homem, prendendo seu tronco e até mesmo sua cabeça. Somente seus olhos podiam ser vistos. Miguel se aproximou dele, com sua capa flutuando atrás de si, e olhou nos olhos de Henrique daquela realidade alternativa, vendo o misto de terror e ódio estampado em seu rosto, uma expressão que o rapaz jamais havia visto em seu antigo amor.

Umbra:
- Você não é ele. Nunca será.
- Forçou as sombras ainda mais ao redor do rapaz, o fazendo desmaiar a sua frente. - Isso foi… diferente. - Disse com um sorriso de alívio no rosto. Ainda assim olhou para o rapaz caído no chão com pesar, se lembrando do passado.
O trio se reagrupou e caminhou até uma porta metálica. Já se preparavam para encontrar mais inimigos no interior da Torre Sul, mas ela estava vazia, assim como as outras. Logo que entraram, Cybernética, Impacto e Umbra puderam ver uma estação de controle com vários botões, teclados e comandos, e a frente, vários monitores, porém, todos desligados. A heroína abre um determinado painel na estação, puxa para o lado de fora uma grande placa eletrônica, retira alguns fios e começa a instalar o dispositivo que garantiria a liberdade de Nova Capital.

Assim que o último dispositivo foi instalado por Cybernética na Torre Sul, levou poucos segundos para todo o sistema ser reiniciado nas sete torres. Quem estava observando por fora pôde ver a barreira de energia de dissipando no ar, porém, o leve zunido antes emitido por ela deu lugar a um som mais alto, incômodo, que força a todos os heróis, tanto do Sindicato quanto do Força Heróica, a colocarem as mãos nos ouvidos. E tão repentino quanto, o som cessou, permanecendo apenas o silêncio por alguns segundos.

Arsenal:
- Marmota dois, marmota dois, aqui quem fala é o lobo branco, câmbio! Checando comunicações! Alfa, Beta, Delta, estão na escuta?
A voz de Arsenal pelos comunicadores corta a tensão. Alguns membros do Força Heróica ficam aliviados por ouví-la, outros vibram por dentro. Olívia dá um sorriso para Jean e o cumprimenta com um soquinho de mãos.

Estática:
- Quem fala é marmota dois, Negã.. Honorável Líder! Beta na escuta.
Umbra:
- Aff, deixa de ser retardada, Fê.. Delta na Escuta!
Réplica:
- Alfa na escuta, pessoal! Conseguimos, pessoal! Conseguimos?
Tão logo, o som de veículos podia ser ouvido por toda parte da cidade, a ajuda enfim estava chegando. Helicópteros cortaram os céus de Nova Capital, carros blindados invadiam a cidade deserta, acompanhados de tropas do exército. As telas se religaram sozinhas, e as câmeras mostravam a retomada da cidade, para a felicidade dos heróis das duas realidades.

Porém, o sorriso durou pouco. As pessoas que estavam reclusas em suas casas saíram furiosas, sem domínio de si, atacando aqueles que estavam ali para ajudá-los. Alguns apresentavam deformidades, outros partes de animais, pareciam todos infectados pelo mesmo problema. O que antes era uma cidade deserta, passou a ser um cenário caótico. Uma guerra se instaurava em Nova Capital naquele momento.

Em meio àquela confusão, os times Alfa, Beta, Charlie e Delta estavam reclusos, protegidos no interior de cada torre. Os monitores transmitiam a cidade de Nova Capital em meio a sua atual batalha, para o desespero de seus quatro vigilantes, e para o temor dos membros da Força Heróica. Porém, nem todas as telas exibiam as ruas da cidade. Em cada torre havia uma tela que exibia uma simples cadeira numa sala escura. Um homem de terno vermelho surge sem revelar seu rosto, mas nada fala. Cybernética pluga um cabo ao painel, conecta ao seu smartphone e começa a digitar freneticamente nos teclados, invadindo os sistemas de quem controlava tudo ali. O homem então se pronúncia.

Fabricador de Vilões:
- Sei que nesse momento vocês estão me julgando… como algum tipo de… criminoso, ou, como o infeliz apelido atribuído a mim: um fabricador de vilões. Gostaria que vocês não pensassem assim, mas devido às circunstâncias, eu entendo vocês. Eu me considero mais como um... revolucionário, pois eu tenho uma visão. Vou compartilhá-la com vocês, e talvez assim possam me entender.
Todos os heróis envolvidos naquele plano de libertação da cidade ouviam atentos às palavras do homem misterioso, exceto por Cybernética, que estava concentrada em sua tarefa. Dois dos monitores da Torre Sul pararam de exibir as ruas da cidade: o primeiro exibia as gravações de uma câmera de segurança de uma sala completamente vazia, a outra exibia o esquema de montagem de um pequeno dispositivo em formato de círculo.

Fabricador de Vilões:
- Nosso mundo está falido, fadado ao fracasso, mas só porque a humanidade permitiu isso acontecer. Os sistema políticos, econômicos, sociais e todos outros.. nada funciona, sempre haverá um erro no algoritmo que levará ao colapso... a uma crise. Mas estamos acomodados demais para fazer algo a respeito. Somos apenas gado, sendo guiados em direção ao abatedouro.
Mais um monitor é hackeado por Cybernética, e ele mostrava a gravação de alguns poucos presos, todos eles heróis filiados ao Sindicato. Não estavam mortos como Cybernética e os demais suspeitavam, estavam apenas encarcerados, usando uma espécie de coleira inibidora de poderes. Noutra tela, entram na sala de segurança um dos presos: era Jasão, o líder do Sindicato. Um cientista se aproxima da câmera, exibindo o mesmo dispositivo que tinha seus detalhes revelados na terceira tela.

Fabricador de Vilões:
- Por isso eu decidi investigar por conta própria o nosso problema em comum. E eu descobri o x da questão: o poder. O poder corrompe a humanidade. Como diz Maquiavel: “dê poder ao homem e descobrirá quem ele realmente é”. É por poder que as rebeliões acontecem, é por poder que as guerras acontecem. O homem busca o poder, e quando alcança, se torna cego. Se torna insaciável, buscando por mais poder. Uma hora ou outra, tanto poder se torna impossível de controlar, e as crises acontecem. Depois das crises, as revoluções. Mas ao contrário do que o nome diz, não há evolução, somente um círculo vicioso em que sempre vão ocorrer os mesmos velhos problemas, porém, dessa vez, disfarçados de novos problemas.
Em um dos monitores, Jasão tentava se soltar de seus agressores, mas estava fraco e com seus poderes inibidos. O cientista encaixa o dispositivo numa espécie de pistola de pressão, aperta contra sua testa e dispara, fincando o aparato em sua testa e uma fina linha de sangue escorre. Jasão se acalma. Na segunda tela, os heróis que estavam presos são escoltados um a um para uma sala parecida, para o mesmo procedimento. Na terceira tela, uma apresentação do dispositivo em disco, que fora implantado em Jasão, mas quase todo o texto estava criptografado. Uma palavra somente fez sentido para Cybernética: controle.

Fabricador de Vilões:
- Resolvi então dar poder para aqueles que não tinham, e meu teste só comprovou Maquiavel. Vejam bem, eu não fabriquei nenhum vilão. O vilão já estava dentro de cada um, adormecido. Eles poderiam ter usado os meus presentes para o bem, mas resolveram fazer o mau, resolveram libertar criminosos, resolveram roubar, estuprar, assassinar. Até mesmo esses garotos que vocês acabaram de derrubar, a única coisa que pedi em troca foi proteger meu sistema até meu plano estar concluído, mas preferiram se divertir com o desordem. Por isso o incontrolável deve ser controlado. O poder deve ser controlado. Ninguém pode ser mais poderoso que ninguém, se não na mesma medida. Sim, haverá caos no início, mas só assim chegaremos a um sistema sem falhas, a uma ordem. É essa minha visão. Depois disso...
A tela se desliga. O silêncio volta a reinar dentro de cada torre. Os heróis se entreolham, sem saber muito bem o que fazer, até escutar uma Cybernética desesperada pelos comunicadores:

Cybernética:
- Pessoal! Precisamos de uma última ajuda! Alguns dos nossos amigos estão vivos, mas estão presos no Setor Militar!
Garuda:
- Na verdade... eu acho que não estão mais.
Radesh observava atentamente a uma movimentação estranha em vários monitores. Um homem sumia e reaparecia em outro local, sempre acompanhado de uma mulher. Ele reconhecia aquelas pessoas do mural que havia analisado mais cedo. O garoto indiano olha ao redor, como se procurasse uma mente que não estava ali. De repente, o próprio homem se teleporta para dentro da torre leste, acompanhado de uma loira. Os dois possuíam uma espécie de disco fixado em suas testas.

Fera:
- Xamã? Sombria?
Xamã se teleporta novamente atrás de Radesh, puxando-o para si com sua telecinese. Por sua vez, Sombria corre na direção de Estática, empunhando dois bastões.


Em Jardim da redenção, a torre noroeste começa a entrar em pane, com vários aparelhos explodindo e pifando devido a alta tensão. Górgona, Arsenal e Sísmico correm para o lado de fora para se proteger, e logo dão de cara com um homem com o corpo todo energizado, exceto pela cabeça, revelando um disco fixado em sua testa. Ele se também se teleporta por trás do heróis, aplicando um chute elétrico pelas costas de Arsenal antes de teleportar novamente.

Górgona:
- Blecaute?
- Estranhou a atitude do herói. Colocou a língua para sentir a presença do amigo, mas sentiu foi outra presença. - Predador? Consigo te sentir.
O vigilante, antes camuflado perto de uma árvore, avança com velocidade na direção de Sísmico. O jovem Pedro percebeu o mesmo disco preso na testa de Predador.

No aeroporto, Cybernética, Impacto e Umbra assistem o mar movimentado perto do aeroporto a partir de uma das telas, uma figura feminina surgia do mar e atrás dela uma onda gigante. Impacto toma a frente do trio, saído primeiro da torre. Ele nem teve tempo para reagir, recebeu um golpe em super-velocidade que o girou no ar antes de cair.

Cybernética e Umbra só chegaram a tempo de ver o velocista se colocar ao lado da loira, que controlava uma espécie de chicote de água.

Cybernética:
- Maresia e Néon? Cuidado! Eles estão sendo...
- A fala da garota é cortada pelo chicote de água que a atinge. Logo em seguida, o mesmo chicote segue na direção de Umbra, que se mantém de pé sozinho.
Enquanto isso, na Favela do Cabrião, o quarteto formado por Ímã, Olímpica, Réplica e Antares viram a parede metálica da torre ser cortada por um raio de energia poderoso. Uma mão surgiu retorcendo o metal como se fosse papel, revelando um homem com uniforme branco e capa vermelha. Ao seu lado, uma heroína com uniforme amarelo e, logo atrás, um alienígena de cabelos brancos e aspecto coreano, os três com ódio no olhar.

Ímã:
- Fudeu!
Antares:
- O que foi?
Ímã:
- Jasão e Atômica. Os mais poderosos de Nova Capital. E atrás deles o viajante! CORRE!
Ímã retorceu o metal de volta, tentando segurar o trio para que seus novos companheiros pudessem fugir, mas não adiantou. Com um soco, Jasão arrombou o metal, e Atômica voou na direção de Olímpica. Por sua vez, Viajante se transformou em Jean, encarando-o, enquanto Jasão voou contra Ímã e Réplica, nocauteando a primeira com um soco e o segundo agarrou pelo pescoço, enforcando Alex.

Réplica:
- Nós… viemos… ajudar...
Observações:
- De início, somente o time delta sabe do controle mental.
- Ímã está inconsciente.
- Até sexta(07/09) às 23h59 para postar.
Devon H.
Devon H.
http://fabricadeherois.blogspot.com.br/

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07/09/18, 06:44 pm
Estática imediatamente se teleporta pra lateral, evitando de ser alvo fácil da mulher de cabelos loiros que partia pra cima dela agora.

— Sério amiga? Você resolveu partir pra cima logo da única outra loira aqui dentro desse lugar? Você realmente quer fazer essa competição de Próxima Loira do Tchan? - Ela fala com a oponente, abrindo os braços.

— Força Heroica? Tivemos um pequeno contratempo aqui. Parecem ser os caras do Sindicato, mas eles estão sendo controlados por um chip circular na testa deles. Tomem cuidado!

— Quem é que tá falando?! Como você conseguiu esse número?! Ah, é o Impacto. - Ela fala olhando pro lado, escutando a voz de Diego no comunicador.

Prestando atenção na suposta "Sombria", Fernanda realmente nota o objeto circular na testa dela.

”Ouviu isso Rad? Esses caboclos aí tão sendo controlados estilo aquele desenho do Street Fighter II, lembra?... Tamo conectados mentalmente, eu sei que você pensou isso também, tá?“

”Certo, preciso que você e o Fera distraiam esses dois. Eu vou tentar inutilizar esses chips usando o efeagatênio e sua carga, enquanto tento acessar as mentes deles.”

— Ok. Um momentinho, Senhorita Demolidora.

Estática vai ajudar Garuda mais uma vez a carregar seus objetos de efeagatênio, antes de voltar para a luta contra Sombria e Xamã. Iria se defender e dar alguns golpes, mas seu foco era ajudar Fera e chamar atenção tanto de Sombria quanto de Xamã enquanto Rad executava seu plano de parar o controle sobre os dois.
Babalu
Babalu

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07/09/18, 07:11 pm
- Quando vocês falaram que precisavam de ajuda pra tudo voltar ao normal eu não imaginei isso. - Disse Arsenal com um tom irônico para Górgona assim que os monitores desligaram, logo os sistemas da torre começam a entrar em pane, fazendo os computadores e monitores explodirem, o trio rapidamente sai da torre para se salvar.

Lá fora eles encontram um homem, seu corpo era energizado, menos sua cabeça, ele desaparece da frente dos heróis com um teleporte, Arsenal sente um chute em seus costas, e uma forte energia elétrica percorrer seu corpo com o golpe. que o faz se desequilibrar e se ajoelha com uma das pernas.

- Blecaute?

- Blecaute? Humpf… Que nome maneiro... Ele é seu amigo? - Falou Arsenal enquanto levantava, sentindo um pouco de falta de ar, ele vê o inimigo se teleportar novamente, e percebe algo que pode te dar uma vantagem. - Isso não é bem um teleporte.

Mais um inimigo surge de trás de uma árvore e parte para cima de Sísmico, ele tinha uma armadura tecnológica.

- Górgona, ajuda o Pedro, eu sei como dar um jeito nesse seu amigo aqui. - Uma mensagem de Impacto foi o que Arsenal precisava, o chip que Blecaute tinha em sua testa era um dispositivo de controle mental.

Além de seu teleporte, Blecaute também parecia ser muito agilidoso, então Arsenal cria apenas uma camada de energia para se proteger dos ataques elétricos e não perder agilidade, ele precisava isolar o inimigo, inclusive do chão. Seu teleporte é igual o de Estática, na verdade ele se transformava em um raio elétrico e viajava pelo ar até outro ponto, então Arsenal vai esperar seus ataques e se defender para notar seu padrão de teleporte, assim que tiver oportunidade tentará pegá-lo com uma bolha de energia em pleno teleporte, para retirar o dispositivo de sua testa.
Sopro
Sopro

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07/09/18, 07:50 pm
O trio foi bem sucedido na torre noroeste. Apesar da diferença numérica; o plano de Arsenal, com uma pitada de irresponsabilidade por parte de Pedro, foi executado com perfeição e garantiu o acesso ao time. Sísmico podia sentir os resultados de seu treinamento, controlando bem melhor seus poderes e sentindo as vibrações da terra com muito mais clareza.

Após executarem o plano de Cyber, os jovens correram para fora da torre que parecia prestes a colapsar com as explosões dos aparelhos, no entanto, mal eles sabiam que seus desafios estavam apenas começando. Um homem interrompeu sua fuga, teleportando-se e aplicando um chute nas costas de Arsenal, enquanto um outro elemento que tentava se ocultar com camuflagem avançava contra Sísmico.

Em meio a isso tudo, o comunicado de Impacto chegou ao time, detalhando as descobertas que haviam feito. “Tava fácil demais para ser verdade mesmo...”, pensava enquanto encarava Predador (segundo Górgona o denominou).

- Predador? Tipo o filme, só que menos feio, saquei. Olha, eu tenho que voltar logo para acertar umas contas; então vamos acabar logo com isso? – Falou, enquanto fazia sua recorrente estalada de dedos, mas sua mente estranhava essa frase, o que o fez refletir: “Tentei fazer piada a minutos atrás e agora ainda fiz referência à cultura pop? Essa parada da Fernanda é contagiosa.”.

Ouviu o apelo de Arsenal a Górgona e logo reparou que ele se propôs a enfrentar Blecaute sozinho. “Droga, o que ele tá querendo provar? Mas eu vou dar a ele uma força assim que eu acabar com esse daqui. Predador parece ser bem habilidoso e essa camuflagem realmente atrapalha o ritmo de combate, mas ele tá presumindo que eu preciso dos meus olhos...”: pensava o rapaz, analisando com calma a situação.

Desta maneira, Sísmico pretendia sentir os movimentos de Predador pelas vibrações da terra, tornando sua camuflagem inútil e utilizando seus poderes, com o auxílio de Górgona para nocauteá-lo. Se ainda tivesse tempo, iria ajudar Arsenal contra Blecaute, provendo suporte defensivo (barreiras, tanto para proteger os aliados como para limitar os movimentos do oponente) e ofensivo (projéteis e ataques de curta distância, se necessário).
Paradoxo
Paradoxo

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07/09/18, 09:02 pm
Os adversários inesperados haviam se aproveitado e atacado Garuda e seus companheiros, que ficaram sem entender o que estava acontecendo ali, até que Impacto envia um recado a todos os comunicadores.

— Força Heroica? Tivemos um pequeno contratempo aqui. Parecem ser os caras do Sindicato, mas eles estão sendo controlados por um chip circular na testa deles. Tomem cuidado!

— Quem é que tá falando?! Como você conseguiu esse número?! Ah, é o Impacto. – Respondeu Fernanda. Radesh a observou, sem entender se ela estava falando sério ou tirando onda com a cara de Diego.

”Ouviu isso Rad? Esses caboclos aí tão sendo controlados estilo aquele desenho do Street Fighter II, lembra?... Tamo conectados mentalmente, eu sei que você pensou isso também, tá?“

Sim, Garuda se lembrava. O desenho tinha sido uma boa companhia em sua infância no orfanato. Todos os garotos adoravam e cada um assumia um papel no recreio. Shankar sempre gostava de ser M. Bison, enquanto Rad gostava de ser o Dhalsim. Os demais garotos brigavam por quem iria ser Ken ou Ryu. Foi um bom tempo, mas passou. Agora estava em outra realidade – literalmente.

”Certo, preciso que você e o Fera distraiam esses dois. Eu vou tentar inutilizar esses chips usando o efeagatênio e sua carga, enquanto tento acessar as mentes deles.”

Desfez o elo mental, pouco depois de receber a confirmação de Fera de que cuidaria da sua parte do trabalho. Estática também agiu rapidamente para carregar o material, que já voava ao redor dela em forma de pequenas esferas. Esforçou-se ao máximo, como se fosse a última vez que usaria seus poderes na vida e criou um poderoso elo mental entre todos ali presentes, exceto Estática. Sentiu algo completamente diferente ali.

Pretendia usar sua telepatia para “buscar” as mentes daqueles heróis, como fizera com Jean quando ele perdera o controle. Podia ter “entrado” sozinho na mente deles, mas levou Fera consigo para aproveitar a familiaridade que ele possuía com os heróis. Deixaria que ele chamasse seus amigos de volta, enquanto ele executava o plano fora dali.

— Está na hora de vocês voltarem a ser os senhores de si mesmos e nos ajudar a libertar e defender toda essa cidade, como escolheram fazer no passado.

Fora das mentes deles, Garuda pretendia usar a estratégia combinada com Estática. Enquanto Fera e ela tentariam distrair os adversários, ele usaria seus sólidos de efeagatênio carregados de eletricidade para atacar os discos em suas testas. Ao mesmo tempo usaria sua telecinese para neutralizar a de Xamã, evitando que ele pudesse sobrepujar seus aliados. Aproveitando-se de estar em sua mente, tentaria se proteger e proteger os aliados dos possíveis teleportes imprevisíveis.
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07/09/18, 09:43 pm
- Nós… viemos… ajudar...

Alex sente os dedos amassando sua traquéia enquanto tenta respirar. Ele segura com as duas mãos o braço do herói denominado Jasão, suas pernas balançam ao ar, enquanto os dois flutuam pela sala da torre. Sufocado, o rapaz ouve pelo comunicador as palavras de Diego.

- Força Heroica? Tivemos um pequeno contratempo aqui. Parecem ser os caras do Sindicato, mas eles estão sendo controlados por um chip circular na testa deles. Tomem cuidado!

Alex vê o chip na testa de Jasão.

- “Caralho… esse cara arrebentou o metal como se fosse nada. Imã foi derrubada com um único golpe! Como esse cara foi pego?”

Ele olha para o chão vendo Imã desacordada meio aos metais repartidos.

- “Jasão e Atômica. Os mais poderosos de Nova Capital.”

Lembrando da frase da heroína cogitou copiar os poderes de Jasão mesmo não tendo todo o conhecimento sobre eles.

- “Não… é arriscado demais.... ”

Então vê Olímpica enfrentando Atômica sozinha enquanto dois Antares se encaram partindo para uma luta mano a mano.

- “Olívia não vai vencer ela sozinha e Jean ainda não tá 100%.. eu tô sozinho.. Eu vou morrer se eu não fizer nada rápido, não vou conseguir deter esse cara só com os poderes do Radesh…”

O chip reluz na testa de Jasão. Alex sente suas vistas escurecerem, a respiração está quase no fim. Ele levanta a cabeça em uma última tentativa, com os olhos fixos em Jasão.

- a… go.. ra.. cheGAAAAAA!!!.

Alex grita, mesmo com seu pescoço sendo esmagado. Ele segura com força o braço de seu adversário. Ele vai tentar copiar os poderes de Jasão e combatê-lo corpo-a-corpo, utilizando em conjunto os poderes de Garuda para prever os golpes e assim focar em retirar o chip, nem que seja a força.

Caso vença irá, dar apoio aos demais membros da Força Heróica.
K.O
K.O

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07/09/18, 09:57 pm
Ver uma cópia de si parada a sua frente lhe trouxe uma memória que ele havia esquecido frente ao desgosto que sentia, se lembrou de quando perdeu o controle e a unica coisa que via era seu irmão parado a sua frente. Seu estômago deu uma revirada e sua cabeça deu uma balançada.

Thomas…

Jean serra os punhos e deixa seu corpo enrubescer, mesmo sabendo que era apenas outra pessoa copiando sua aparência, era o único jeito de tirar essa raiva que era resultante de suas atitudes.

- Péssima ideia tomar a forma da pessoa que mais odeio… - Disse por detrás dos dentes.

Jean ouve em seu comunicador um princípio de mensagem, porém antes de terminar ela é interrompida por uma voz um pouco mais alta em sua mente:

ACABA COM ELE, SACO DE LIXO! É uma das poucas chances que vou poder ver com meus olhos essa sua cara desfigurada

- CALA BOCA!!!

Antares ira partir para o combate corpo a corpo até seu oponente cair desacordado no chão, sem condições de se levantar novamente.
Prisma
Prisma

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07/09/18, 10:43 pm
Ver o Henrique ali me tirou um pouco o foco de inicio, mas ver que aquela nao era a mesma pessoa que viveu tanta coisa comigo me acordou com forca total. Era como se eu tivesse visto um fantasma.

Com a confusao instaurada, fomos surpreendidos por dois meta humanos. Ninguem que eu ja tivesse visto na vida, mas pareciam conhecidos de Cybernetica.

- Fala serio, chega de surpresas. Vamo acabar com isso logo e voltar pra casa. - disse, rispido, pronto pra enfrenta-los.

Com seu chicote de agua, Maresia partiu em minha direcao.

- Deus que me livre, cheiro de peixe. - provoquei, com cara de nojo. - Volta pro mar e pra sua agua salgada nojenta, ensebada. - bradei, partindo pra cima.

Com as minhas sombras, pretendo, desarma-la usando os tentaculos e prende-la numa "bolha" de sombras, ate que ela desmaie

Caveira FH
Caveira FH

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07/09/18, 10:52 pm
Momentos antes

Assim que derrotou o rapaz Olívia agachou-se para analisar a tecnologia daquela realidade, aqueles discos flutuantes intrigaram a moça
-Hmmm… Interessante... E se…?  

Ela segura o par de discos tentando entender como eles funcionavam, pareciam desligados. É então que ela nota uma espécie de ponto eletrônico na orelha do rapaz abatido. Ela pega o objeto e coloca em sua orelha.

Analizando novo usuário..... Analise completa. Sistema liberado e em funcionamento.
Diz uma mensagem no ponto eletrônico, logo em seguida os discos se acendem.

Pareciam ser de algum tipo de tecnologia gravitacional ou coisa parecida. Olívia nunca havia visto nada como aquilo antes. Ela arremessa um dos discos que ricocheteia em três ou quatro paredes da favela e volta para suas mãos. Aliado com sua precisão certeira o disco parecia servir como arma também.

-Caramba que doidera, gostei disso....agora vamos tentar "patinar"


Agora

Ainda com um pouco de dificuldade em se equilibrar nos discos, Olímpica faz bom uso deles e desvia da investida de Atômica, que havia descido em um voo rasante em direção a jovem atleta.
Eles estavam sendo atacados por três membros do tal Sindicato sabe-se lá por que.

O alienígena Viajante,  Jasão o cara da capa vermelha, e a loira super poderosa era Atômica.
Os dois últimos eram os mais fortes daquela terra, segundo Ímã, que havia acabado de ser derrotada por seus colegas.

— Força Heroica? Tivemos um pequeno contratempo aqui. Parecem ser os caras do Sindicato, mas eles estão sendo controlados por um chip circular na testa deles. Tomem cuidado!

...Tava meio na cara, literalmente... bem que eu achei estranho essas paradas na testa deles, mas vai que era uma moda nessa terra... Pensa a garota.

Olívia mesmo estando em extrema desvantagem em relação a sua adversária, ela sabia que tinha duas coisas que a deixavam um passo a frente de certa forma.
A primeira: Sua adversária estava sob controle, então provavelmente suas ações não seriam das mais inteligentes, visto a forma que eles chegaram, apenas como "maquinas" de ataque.
A segunda, ela sabia o ponto fraco pra traze-los de volta, só precisava destruir o disco.
O problema seria como fazer isso.

Essa Charlize Theron nuclear vai dar trampo, mas tenho que me virar. Se eu conseguir fazer o que eu tô pensando eu ganho essa, mas se ela me acertar... esquece, não sai da minha casa, ou melhor da minha terra pra falhar.  
Pensa a garota circulando a loira em alta velocidade.

Percebendo vários cabos de energia soltos pelos postes semi destruídos na favela, Olívia tentará atrair Atômica para perto, e usará suas bombas de efeito atordoante para ganhar vantagem, assim que ela tiver uma brecha agarrará um cabo, e voando com os discos em alta velocidade "plugará" a ponta do cabo na testa da loira.
Chip
Chip

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09/09/18, 04:43 pm
Time Delta - Torre Sul - Aeroporto de Nova Capital:


Impacto:
- Força Heroica? Tivemos um pequeno contratempo aqui. Parecem ser os caras do Sindicato, mas eles estão sendo controlados por um chip circular na testa deles. Tomem cuidado!
O primeiro passo de Impacto ao se levantar foi de avisar seus amigos do perigo que poderiam estar correndo, pois, se ele, Umbra e Cybernética estava sob ataque, talvez o mesmo estivesse acontecendo nas outras torres. O velocista, focado em Diego, acerta outro golpe pelas costas do garoto, que cai de quatro no chão, enquanto, por onde passa, deixa um rastro de energia azulada que se dissipa aos poucos. Com medo, a heroína do Sindicato, protegida por um uma grande caixa pixelada, até tenta ajudar Impacto, mas suas barreiras não são criadas a tempo de proteger o garoto.

Néon começa a correr em círculos ao redor de Impacto, dando socos localizados de tempos em tempos. Impacto se mantém de pé, recebendo cada golpe, demonstrando dor por cada um deles. Em alguns momentos o garoto cai em um joelho, mas se levanta novamente, olhando ao redor, tentando encontrar uma brecha para que pudesse atacar.



Umbra:
- Deus que me livre, cheiro de peixe. Volta pro mar e pra sua água salgada nojenta, ensebada.
Umbra até tenta provocar sua adversária, mas não surte efeito algum, é como se ela sequer ouvisse as palavras do rapaz. Maresia levanta sua mão direita, e uma grande onda surge por detrás de si indo na direção de Miguel, mas o garoto foi rápido o suficiente e criou uma bolha de sombras ao redor de si para se proteger da investida. Mais e mais ondas surgiam para atacar o garoto, e do mesmo modo a bolha o protegia dos ataques. Seus olhos se arregalaram pela ideia que acabava de ter, e um sorriso sarcástico surgiu em seu rosto.

Sombras começam a rastejar como cobras a partir do umbracinético, todas elas se juntando em uma grande forma negra. Maresia agora ataca com chicotes d'água, mas todos são impedidos pela capa de sombra de Miguel, que atua como escudo do garoto. A hidrocinética sequer percebe que o chão ao seu redor estava completamente tomado pelas sombras do garoto, que, de repente, são puxadas para cima como numa grande armadilha. Sem tempo para reagir, ela se vê na total escuridão, envolta por uma bolha de sombras criada pelo herói.

Caminhando calmamente pelo chão molhado, Miguel vai na direção de Maresia ainda controlando a bolha de sombra. Seus olhos se tornam negros e um sorriso maléfico surge em sua face, como se estivesse gostando daquilo. O que ele não percebia era que, ainda que tenha sofrido uma lavagem cerebral, a hidrocinética ainda agia conforme suas táticas de combate usuais. Todas as ondas que ela havia jogado era apenas uma preparação de terreno.

Mesmo sem ver, ela sabia exatamente onde seu adversário estava pelos passos que dava no chão molhado, e com grande velocidade, toda a água parada no chão se moveu na direção de Miguel, também o prendendo em uma grande bolha, porém de água. O rapaz se desespera, suas sombras tentam tirá-lo de dentro da bolha, mas ela parece acompanhar o garoto pra onde quer que ele vá. Sincronizadamente as duas bolhas se desfazem, e ambos caem sentados no chão quase sem ar, Miguel completamente molhado.


Umbra:
- A nojenta é malandra.
Time Charlie - Torre Noroeste - Jardim da Redenção:


Arsenal:
- Górgona, ajuda o Pedro, eu sei como dar um jeito nesse seu amigo aqui.
Para a surpresa de Pedro, Arsenal dá um sorriso confiante, pois tinha já havia bolado um plano para prender Blecaute. Ele havia percebido que os poderes de seu adversário eram bastante parecidos com os de sua companheira do Força Heróica, Estática, e, se lembrou exatamente dos dias que treinava combate contra com a garota na Sala de Treinamento. Uma fina camada azulada envolveu seu corpo, como uma armadura leve, e então ele se colocou em posição de ataque, esperando pelo próximo teleporte.

Blecaute surge a frente de Arsenal, aplicando um chute elétrico em seu peito e em seguida desaparece de novo. O chute não havia sido forte o suficiente para derrubar Carlos, apenas obrigou o garoto a dar um passo para trás, e, além disso, a armadura azulada havia protegido da investida elétrica do herói controlado. Arsenal dá outro sorriso, pois estava no caminho certo. Agora só precisava ficar atento.

Enquanto isso, Pedro e Górgona enfrentavam Predador. Camuflado no ambiente, o ex-soldado não tinha ideia de que usava essa sua habilidade em vão. Tanto Sísmico, quanto o homem réptil conseguiam enxergá-lo com outros sentidos, o primeiro pelo tato em contato com o solo, e segundo com o olfato e paladar, sentindo o cheiro e vibrações do ar com a língua bifurcada.

Predador avança, e os dois heróis se preparam. Em posição de combate, pedras voam na direção do geocinético, formando uma espécie de luva de boxe, enquanto Górgona já pula para frente na forma invisível que era o adversário. Ele se engancha em socos e chutes com Predador, e, visto por fora, sequer dava pra entender quem levava vantagem naquela briga. O reptiliano dá dois socos a sua frente, o primeiro pareceu ter atingido apenas o ar, mas o segundo havia atingido alguma coisa.

Pela vibração do solo, Pedro percebeu que Predador havia dado um passo para trás, desequilibrando, e então resolveu mover parte da terra sob o pé que estava fixo, para prejudicar mais o adversário, porém, ele foi mais ágil e pulou para trás ao sentir o movimento do solo. Logo em seguida, aplicou um chute no peito de Górgona, que voou para trás com a força do golpe, rolando no chão.

Sísmico aproveita a deixa para avançar, e, ainda sentindo os passos do inimigos, fecha os olhos para se focar no solo sob seus pés. Sentiu os passos de Predador também avançando em sua direção, e é rápido o suficiente para bloquear um soco com seu antebraço. Revida logo em seguida, mas sua mão com luva de pedra encontra apenas o ar, pois seu inimigo havia desviado. Mas dois socos são desviados, até que o último golpe encontra o peito de Predador num som metálico, aplicado com tanta força que a luva de pedra até mesmo se quebra em vários pedaços, porém o homem apenas desequilibra com o golpe e dá um passo para trás.

Surpreso, Pedro abre os olhos e vê que seu adversário não está mais invisível, exibindo uma armadura cinza-esverdeada que o cobre por inteiro.

Time Beta - Torre Leste - Itamaré:


Garuda:
- Certo, preciso que você e o Fera distraiam esses dois. Eu vou tentar inutilizar esses chips usando o efeagatênio e sua carga, enquanto tento acessar as mentes deles.
Fera e Estática concordam com o plano passado rapidamente por Garuda e já começam a se colocar a postos. Fera se coloca na frente, entre a dupla do Força Heróica e a dupla atacante, chamando a atenção dos dois para si. Estática começa a carregar eletricamente as peças de efeagatênio, enquanto Garuda as fazia girar ao redor da garota. Sombria avança na direção de Fera, enquanto Xamã parecia apenas observar, para a surpresa do trio. Fera e Sombria começam a trocar chutes e socos, o primeiro sendo mais cuidadoso que a segunda.

Nesse mesmo instante, Garuda dava tudo de si, usando muito de seu poder. Ao mesmo tempo que controlava as peças com sua telecinese, criava um poderoso elo mental entre Ele, Fera, Sombria e Xamã. Estranhamente, o último olhou para Garuda no mesmo momento, percebendo a ação do garoto de imediato.

Tudo aconteceu muito rápido a partir de então: as esferas eletrificadas voaram na direção dos discos implantados nas testas de Xamã e Sombria, e quando estavam prestes a tocar nos chips e os desabilitarem, capacetes de energia espiritual são materializados ao redor da cabeça dos dois, impedindo o ataque. Logo em seguida o responsável desaparece e ressurge atrás de Garuda, agarrando-o e teleportando novamente, dessa vez levando o garoto consigo. As esferas eletrificadas caíram no chão, assim como o capacete de Sombria havia desaparecido.

Foi uma experiência nova para Radesh, pois não era um simples teleporte. Ainda preso nos braços do adversário ele pôde ver um mundo totalmente diferente. Era como nas memórias de Davi que Garuda já havia visto, mas mais vivo, mais tangível. Pôde ver as formas do mundo material, mas as cores se aproximavam de um tom azul vivo, enérgico. Conseguiu, ainda que brevemente, sentir a energia das coisas ao redor enquanto se movimentava naquele lugar com o homem, antes de surgir novamente em outro local do mundo material.

Ainda preso pelo adversário, Garuda consegue desvencilhar seus braços, e num movimento, coloca as duas mãos na cabeça de Xamã.


Garuda:
- Está na hora de vocês voltarem a ser os senhores de si mesmos e nos ajudar a libertar e defender toda essa cidade, como escolheram fazer no passado.
Fera e Sombria continuam a dar os golpes rápidos, a segunda com mais vantagem, e agora que Garuda não estava mais ali, Estática precisava ajudar o companheiro com essa luta.


Estática:
- Um momentinho, Senhorita Demolidora.
- Disse antes de teleportar.
Sombria num movimento rápido gira seu corpo para trás, atacando Estática com seus bastões no mesmo instante que a garota havia aparecido atrás dela, atingindo a eletrocinética em cheio no rosto, que cospe sangue. O segundo ataque a garota conseguiu desviar a tempo. Fera aproveitou para segurar o braço da combatente, que rapidamente gira o corpo, se soltando do vigilante e o prendendo com o braço para trás. Ela o empurra para frente, salta com os dois pés nas costas do herói, o empurrando para frente. Sombria aproveita o impulso e dá um mortal para trás, visando atacar a sua oponente, mas é recebida por um arco voltaico de uma Estática com fúria em seus olhos, que brilhavam na mesma intensidade da corrente.

Time Alfa - Torre Norte - Favela do Cabrião:

Percebendo a investida de Atômica, Olímpica age por instinto com um salto olímpico por cima da heroína. Analisou rapidamente a situação, e com as informações passadas por Impacto, havia bolado um plano ousado e perigoso. Patinando em seus novos discos, a garota saiu em velocidade da torre, sendo seguida pela heroína controlada mentalmente. Viu uma rajada de energia passar ao seu lado, e não demorou para sentir uma em suas pernas que a fez cair rolando morro abaixo.


Dentro da torre, Antares observava sua cópia, murmurando palavras entre os dentes. Mesmo com tudo que havia passado na última missão, Jean estava ao menos mais tranquilo por não escutar a voz de seu irmão em sua mente no último mês, mas ver aquele alienígena tomar sua forma o fez sentir raiva novamente, a ponto de sua pele começar a enrubescer. Parece que a raiva foi o gatilho necessário para Thomas surgir tornar a surgir, destilando ainda mais ódio em seu coração.


Antares:
- CALA BOCA!!!
Jean parte em disparada contra Viajante, que se coloca em posição de ataque esperando pelo oponente. Um soco de Antares foi o suficiente para jogar o alien roxo longe, contra uma a parede metálica da torre. Se não fosse seu traje blindado, o alien estaria gravemente ferido nesse momento. Koo'Hun mal teve tempo para se levantar, e já foi recebido com mais uma joelhada no estômago de tirar o fôlego. Jean já preparava mais um soco, mas Viajante finalmente conseguiu desviar, usando a parede como impulso para saltar por cima do herói enraivecido.

Enquanto isso, no outro lado da sala, Jasão enforcava um Réplica que já estava quase sem ar. O garoto, hesitando em copiar os poderes de seu rival, estava deixando ser vencido por um breve momento.


Réplica:
- a… go.. ra.. cheGAAAAAA!!!
Alex finalmente reage, agarrando com força o braço de Jasão. Ele sente um choque, algo diferente aconteceu no momento que copiou os poderes do herói, mas aquele não era o momento de refletir sobre aquilo. Agora com a super-força do vigilante, Réplica aos poucos vai tirando as mãos do homem de seu pescoço com as próprias mãos. O garoto nunca havia experimentado tanta força assim, nem mesmo copiando os poderes de Jean.

Sem entender tamanha força repentina, Jasão solta-se de Alex, gira seu corpo e dá uma cotovelada no nariz do garoto. Com a força do golpe, o rapaz já estaria com seu nariz quebrado se não tivesse copiado também a resistência do vigilante controlado. Réplica dá um soco em seu rival que o faz voar para o outro lado da sala, atingindo e retorcendo a parede de metal. De lá mesmo ele alça vôo em direção a Alex, e os dois atravessam o metal num grande rombo. Jasão o segura pela cabeça, o levando a 15 metros de altura, e o joga para baixo.

Réplica, em queda livre, assiste a investida no ar de seu rival. O punho já estava perto o suficiente do rosto do garoto, mas antes que o alcançasse, ele desvia em pleno ar, demonstrando que também havia copiado a vôo de Jasão. Os dois trocavam poderosos socos no ar, até que encontraram punho contra punho. A onda de energia gerada pelo encontro foi tão forte que mesmo os heróis foram jogados em direções opostas.

Na Torre Sul, Umbra e Maresia lutavam a distância, e, apesar do diferente tipo de controle, eles usavam estratégias parecidas. Um chicote d´água tenta acertar o garoto, mas é impedido por uma barreira de sombra. Tentáculos de sombra tentam agarrar a garota, mas lâminas feitas de água girando no ar, cortando uma a uma. Miguel estava percebia que tinha que melhorar sua estratégia, só não sabia como ainda.

Subitamente, uma idéia passa por sua cabeça, e, sem hesitar, ele se põe a correr. A cada passo que dava seu corpo era preenchido por suas próprias sombras, tornando o garoto em apenas uma forma humana preta que corria pelo aeroporto. Maresia ataca com chicotes e lâminas d’água, mas são repelidos por tentáculos que saem do próprio garoto.

Umbra salta, com sua capa de sombra o auxiliando, criando grandes “pernas” que o fazem passar por cima de Maresia. A garota tenta se desviar, mas a intenção de Miguel não era atacá-la ali. Quando o garoto enfim toca os pés no chão, estende os braços escuros na direção da hidrocinética, e mais dez braços de sombra surgem de sua forma, agarrando a garota por completo. Ela tenta se desvencilhar em vão, mesmo suas lâminas d’água não conseguiam parar os braços de sombra, que a apertavam com força.

De repente, as sombras inflam, envolvendo os dois em uma grande bolha negra, bem maior que a primeira. Para Maresia, estava tudo escuro, ela não conseguia se mover e sequer respirar, assim como na primeira vez, mas para Miguel, surpreso, aquele ambiente estava perfeito. Seu olhos negros enxergavam tudo, ele se movia livremente e nunca havia respirado um ar tão puro.

Ainda prendendo a garota por trás, Umbra cria uma lâmina de sombra a partir do seu indicador, encosta na testa de Maresia, fazendo pressão. Foi necessário apenas um pouco de força e conseguiu retirar o chip da testa da garota. No mesmo instante, toda a sombra se recolhe em Miguel, que ainda segurava a garota, esperando uma reação.



Maresia:
- O que? Onde.. EI! TIRA A MÃO DE MIM, TARADO!

Umbra:
- Oi?.. Não!.. Ai… Meu anjo, olha minha cara, acha mesmo que você faz meu tipo?
Enquanto isso, Diego não tinha a mesma sorte de Miguel. Cybernética criava barreiras ao redor do herói, mas eram quebradas pela sequência de socos em alta velocidade aplicados por Neón, que em seguida socava Impacto e se colocava a correr novamente. O que a heroína do Sindicato não sabia, porém, era que este era o plano do garoto: em cada golpe recebido, Impacto acumulava cada vez mais energia. Sua pele já estava brilhando quando mais uma vez se colocou de pé.

Ao olhar sobre os ombros, viu o rastro deixado por Neón dando a volta por trás de si e voltando a sua direção. Diego sequer se virou para atacar, no momento certo uma grande onda de energia irrompeu a partir do rapaz, atingindo o velocista e o jogando a metros de distância. Néon se levanta rapidamente, e parte em direção de seu alvo, sem dar voltas ou tentar enganá-lo, parecia focado e irado o suficiente para querer derrubar o rapaz ali.

Um soco em alta velocidade no rosto de Impacto foi o suficiente para levá-lo ao chão, mas dessa vez não correu. Rapidamente se ajoelhou no peito do herói, e começou a socar seu rosto numa sequência rápida de golpes.

Aproveitando-se do momento em que Néon não corria, Cybernética criou uma espécie de tiara apertada ao redor da cabeça do velocista. Assustado ele tenta retirar, em vão, estava muito apertada. Tenta correr também, mas no mesmo instante foi preso pela cintura por duas grande garras, que o suspendem no ar e tirar o contato de seus pés com o chão. Pequenas ferramentas de pixels surgem a partir da tiara, entrando em contato com o chip, desabilitando-o sem sequer tirar da testa.


Neón:
- O que? O que aconteceu?
Na torre noroeste, Pedro trocava socos contra o rival blindado. Suas luvas de pedra se quebravam e tornavam a se formar nas mãos do herói, enquanto Predador, com agilidade, aplicava socos e chutes bloqueados pelo herói, exceto um: a mão metálica encontra em cheio o nariz de Sísmico, que sangra na hora.

Sentindo a dor do golpe, o rapaz se ira. Esfregou o sangue que escorria para a boca com o antebraço e se colocou na posição de boxeador, mas não atacou. Os invés disso, várias pedras correm em sua direção, se amontoando ao redor de si e todas se fundindo em uma armadura de pedra. Agora, os dois estavam blindados, trocando socos entre si, que sequer surtiam efeito.

Sísmico também usa seus poderes não só para brigar no mano a mano, mas para criar dificultar as investidas de Predador. Uma pedra crescendo no caminho, para fazer tropecar. A luva de pedra que salta da mão do garoto, socando o rosto do rival a distância, e depois voltando para a mão do herói. Um buraco que se abriu no passo do ex-soldado, e se fechou novamente, prendendo seu pé. O último movimento intrigou Predador, que ficou preso por alguns segundos antes de conseguir se soltar novamente.


Sísmico:
- Espera, não sou eu que preciso de armadura.
- Acabava de ter uma ideia.
Pedro junta suas duas mãos em direção ao seu peito, e logo depois as estende na direção de Predador. Toda a sua armadura de pedra se desfaz, e as pedras voam na direção de seu adversário, que assustado, coloca os braços na frente para bloquear o ataque. Porém, as pedras não chegaram com força contra ele, mas sim se depositaram ao redor de seu corpo, uma a uma, fundindo todas em uma armadura de pedra, deixando exposta apenas a cabeça do rival.

O ex-soldado tenta a todo custo se mover, mas era impedido por Sísmico, que usa seus poderes sobre a estátua para não só mantê-lo imóvel, mas também comprimindo a armadura. Mais e mais pedras são lançadas contra Predador, engrossando a armadura de pedra e pressionando mais o corpo do homem. É tamanha a pressão que uma hora ele não resiste, e, cansado, sua armadura de nanorobôs é desfeita, retornando para dentro de sua pele. Pedro corre e retira o chip de sua testa rapidamente.

Enquanto isso, Arsenal colocava em prática o seu plano para derrotar Blecaute. Teleportando-se ao redor de Carlos, o eletrocinético o golpeia e some diversas vezes, permitindo que o herói analisasse um padrão de combate. Ele conta os segundos que levam para o seu rival surgir novamente com um ataque, e calcula a distância que ele percorre em cada investida.


Arsenal:
- Um… dois… três!
Carlos se vira para o lado. O pé de Blecaute encontra apenas o ar na voadora que ele aplica contra o herói e tão logo se teleporta novamente.


Arsenal:
- Um… dois… três!
Carlos se abaixa, e o soco elétrico de Blecaute passa por cima de si. Ele se teleporta de novo.


Arsenal:
- Um… dois… três!
O herói não se desvia dessa vez, mas sim golpeia o ar a sua frente. O soco de Arsenal acerta o rosto de Blecaute que surge a sua frente naquele mesmo instante. Ele cambaleia para trás, se teleportando novamente.


Arsenal:
- Um… dois… três!
Carlos se vira para trás, dando um chute no eletrocinético que acabava de teleportar novamente. Ele desaparece em seguida.


Arsenal:
- Um… dois… AGORA!
Blecaute surge na lateral do líder do Força Heróica, e no mesmo instante, uma caixa de energia azulada se forma ao seu redor, que tão logo se comprime no formato do corpo do vigilante. Uma intensa luz é vista na altura da testa de Blecaute: Carlos acabava de aplicar um pequeno raio de energia contra o chip, que é desabilitado no mesmo instante.

Sincronizadamente, tanto a armadura de pedra criada por Sísmico, quando a energia que prendia o adversário de Arsenal são desfeitar, e Predador e Blecaute caem de joelhos no chão, recobrando a consciência.

Dentra da Torre Norte, Estática teleportava-se constantes vezes tentando confundir sua inimiga. Também lembrando-se do treinamento do Arsenal, havia aprendido a tentar não usar um padrão, e aplicava isso agora contra Sombria. Fera se ergue novamente, avançando contra a vigilante, mas ela usa a força do homem contra ele mesmo, o jogando na direção de Estática, que desaparece e surge novamente, desta vez aplicando um soco elétrico na mulher, que sente a dor em seu rosto.

Sombria fica parada, tentando analisar um padrão de ataque de Estática, para não ser pega desprevenida, mas a heroína estava teleportando-se aleatoriamente, algumas vezes até mesmo para fora da torre. Aproveitando as vezes que ia para o lado de fora, pegava partes dos carros destruídos e jogava contra Sombria, do lado de dentro, repetindo a ação inúmeras vezes.

Do lado de fora, pouco longe dali, Xamã e Garuda estavam agarrados um ao outro, flutuando a alguns metros do chão. O herói criara uma espécie de bolha telecinética que impedia o ataque das lâminas espirituais de seu adversário, enquanto seus dedos pressionavam cabeça e face. Por sua vez, o vigilante espiritual fazia o mesmo, tentando afastar Radesh. Seus dedos materiais apenas escostavam na face do do garoto, mas os dedos de sua mão espiritual começavam a atravessar a pele do herói, emitindo um leve brilho azulado. Garuda grita de dor.

O herói acorda em um lugar totalmente escuro. O chão era frio e parecia molhado, apesar de não haver água ali. Consegue enxergar, longe dali, um foco de luz. Ele se levanta e começa a caminhar na direção da claridade, e percebe que seus pés não tocam o chão, estava caminhando no ar.

A medida que avançava, o foco de luz crescia e tomava forma, até que, ao chegar perto o suficiente, percebeu que se tratava de uma jaula. As grades emitiam uma certa luz esverdeada, e quando se aproximou mais, viu que eram formadas por sequências de vários 0 e 1. Dentro da jaula estava um homem com roupas desgastadas, sem um braço, preso pelo pescoço e desacordado. Radesh tenta encostar nas grades, mas toma um pequeno choque.


Garuda:
- Acorde! Acorde, Xamã! Acorde e resista!
Aos poucos o homem abre os olhos e enxerga a figura de Garuda. Como um animal com medo, ele recua desesperado.


Xamã:
- Que.. Qu..quem...

Garuda:
- Meu nome é Radesh. Não tenha medo, estou aqui para ajudar. Seus amigos me trouxeram aqui.
- Estendeu as mãos para o homem. - Nesse momento, só você consegue se soltar, mas eu estou aqui para te guia de volta.

Xamã:
- D...de alguma forma, e...eu sei quem é você, Radesh, mas... não sei como isso é possível.
Ainda com medo, o homem tenta uma, tenta duas, tenta três vezes e não consegue se soltar da corrente. Ele chora, se desespera, e Radesh se compadece dele. O garoto então cria uma aura de energia positiva que invade a cela e até mesmo ilumina um pouco o local. O homem se recompõe, sentindo aquela energia passar por si.

Fora da mente de Xamã, no mundo material, a batalha de força entre os dois cessa com os dois caindo no chão, cada um para um lado. Quando Radesh olha para a direção do homem, o vê se erguendo, e com uma certa dificuldade, ele toma o controle de seu próprio braço espiritual e retira o chip de sua testa sozinho.

Dentro da torre, Fera estava se reerguendo e Sombria avança contra Estática. A garota, recuada contra a parede, não vê outra alternativa a não ser teleportar, porém, tanto esforço estava começando a deixar a garota sem energia. Quando ela ressurge do outro lado da sala, vê o bastão de da mulher enfurecida indo contra seu rosto. Desvia no último segundo.

Xamã e Garuda de teleportam juntos para o centro daquela sala. Um esfera de efeagatênio se levanta, circula a torre na direção de estática, que a carrega eletricamente e voa na direção da testa de Sombria. A mulher tentou rebater, mas não foi rápida o suficiente e a esfera toca o disco, causando um pequeno curto-circuito.

Dentro da torre norte, na Favela do Cabrião, um Antares enfurecido perseguia Viajante, que saltava entre os objetos ali presentes, não só fugindo dos ataques do rapaz, mas também calculando o momento certo de ataque. Correu na direção de um dos rombos da torre metálica, e quando Jean estava prestes a capturá-lo, Viajante saltou para o lado, usou a parede de apoio e aplicou um chute certeiro na boca de do herói da Força Heróica.

Jean sente o golpe, mas sequer se move do lugar. Rapidamente ele pega Viajante pelo pescoço o joga do outro lado da sala. O alien mal consegue se levantar após o golpe, mas ainda assim, Antares pula em sua direção, ajoelhando-se em seu peito, socando aquele rosto que era semelhante ao seu. A cada golpe, Jean ficava cada vez mais vermelho, e quanto mais vermelho, mais força ele usava contra Viajante. A imagem do rosto falhava, mostrando ora Jean, ora o sangue na face de Koo’hun.


Ímã:
- PAARAA!
A heroína japonesa acorda gritando. Partes metálica das paredes se soltam e voam na direção de Antares, agarrando-o e derrubando de cima de Viajante. Ela aponta para o chip que estava repartido em vários pedaços no chão. Jean se assusta ao olhar a cena: Koo’hun desacordado, sangrando, com rosto roxo e nariz quebrado.


Thomas:
- Parabéns, seu lixo! Você vai ser odiado por todos de novo, e logo logo eu vou tomar controle dessa casca de novo!
- A voz de Thomas ressurge na cabeça de Jean, que coloca as mãos nos ouvidos, em vão.
Do lado de fora, Olívia corre das investidas de Atômica, procurando pelo local que havia visto antes para colocar seu plano em prática, mas é atingida pelas costas por uma rajada de energia. Ela cai sentada no chão, encostada numa parede. A vigilante do Sindicato anda a passos lentos na direção da garota, que vê o ataque iminente: a mão da mulher brilha com a energia emanada, e enquanto ela ataca.

Por instinto, Olímpica levanta os braços para se proteger, tampando seu rosto com a mão. Para a surpresa da garota, o disco que estava em sua mão cria uma barreira de energia que se expande no formato de um escudo circular, repelindo o ataque de Atômica, que estava parada aos seus pés. Olívia age rápido, chuta a perna da adversária para desequilibrada e joga uma bomba atordoante do rosto da mulher.

Ela tapa os ouvidos e fecha os olhos com dor, pelo clarão e som ensurdecedor que acabara de ser infligida. Olívia aproveita a chance para correr, já havia visualizado o que precisava: um cabo de energia solto. Atômica voa atrás. Olímpica dá um salto para frente, rolando no chão, e quando sua adversária estava quase a alcançando, ela se vira, já com o cabo de energia na mão, encostando no chip na testa da mulher.

Enquanto isso, nos céus aconteciam uma batalha de titãs. De um lado, Réplica aplicava poderosos socos recebidos por Jasão, mas ele sequer sentia devido a sua força e resistência. Por outro lado, todos os golpes dados pelo líder do Sindicato eram desviados com maestria, pois Alex previa os golpes usando os poderes de telepatia copiados de Radesh.

O herói, agora poderoso, tentou se colocar atrás de Jasão e dar uma gravata, mas o homem recua para trás, chocando-se contra a torre metálica e atravessando-a juntamente com o rapaz. Não demora e ele se solta do golpe de Alex, o puxando pelo uniforme e o jogando no chão com força. A chão treme com o corpo do rapaz atingindo o solo, e a poeira sobe.

Furioso, o jovem herói salta para cima, tornando a voar, e avança contra seu adversário, já preparado para dar um gancho de direita, mas tem o golpe bloqueado. Mais uma sequência de chute de socos poderosos é vista, alguns deles desviados, outros sentidos, principalmente por Réplica, que estava começando a ficar cansado. O garoto sobe no ar, e avança contra o homem, o empurrando para o solo. Aplica três socos no rosto de Jasão antes que os dois atinjam um barracão, o último deles acerta o chip em cheio, o partindo em vários pedaços.

Uma nuvem de poeira se levanta, chamando atenção de Olímpica, que auxiliava Atômica a se levantar. As duas correm em direção aos escombros do que era aquela moradia, e encontram Réplica de pé, estendendo a mão para Jasão.


Jasão:
- Muito obrigado, meu jovem. E me desculpe por tudo, de alguma forma eu estava ali dentro, assistindo meu corpo lutar contra você, mas sem poder fazer nada. Eu agradeço por me trazer de volta, e agradeço por ajudar minha cidade.

Réplica:
- Tudo bem, não precisa se desculpar. Prazer, meu nome é Alex.

Arsenal:
- Atenção Força Heróica! Estão na escuta? Nosso trabalho acabou aqui, estamos retornando ao ponto de encontro, aguardo você.
- A voz de Arsenal surge nos comunicadores de cada um.

Garuda:
- Time Beta na escuta! Afirmativo, Arsenal, estamos indo nessa.

Olímpica:
- Time Alfa na escuta, também estamos indo.

Umbra:
- Time Delta também tá indo, Diego tá ferrado aqui gente, haha.
Nova Capital Alternativa, Vila Novo Acre, 3 de Maio de 2017, 16h15m:

Pouco a pouco os grupos chegavam no ponto de encontro para serem transportados de volta a realidade. Uma batalha ainda acontecia pelas ruas da Nova Capital Alternativa, mas não era uma luta que o Força Heróica deveria lutar, mas sim os vigilantes daquela realidade. Imã, Cybernética, Xamã e Jasão foram os únicos que acompanharam o grupo, o resto dos membros do Sindicato estavam recuperando, se fortalecendo para retornarem ao campo de batalha. O quarteto anfitrião daquela realidade fez questão de cumprimentar um a um dos heróis antes da despedida.


Cybernética:
- Vocês tem certeza de que não querem ficar, gente? Ia ser muito bom a ajuda de vocês aqui.
- Olhou para Olívia e enrubesceu.

Estática:
- Até que ia ser maneiro, sabe? Mas a gente tem a nossa própria realidade alternativa fudida pra cuidar.

Garuda:
- Se precisarem de ajuda novamente, podem contar conosco. De certa forma acho que vamos conseguir nos manter em contato.
- Olhou para Xamã, e o homem apenas acenou com a cabeça.

Ímã:
- Novamente, muito obrigada pela ajuda, pessoal. Vocês renovaram nossas esperanças.

Umbra:
- Que isso, para, a gente tá ficando sem graça já.

Jasão:
- Mas é verdade. Nós estávamos quebrados, sem esperança, quase entregues a derrota. Mas vocês nos ajudaram, vocês não tinham obrigação, mas ainda assim decidiram ajudar estranhos que invadiram a casa de vocês.

Impacto:
- É para isso que vestimos essas máscaras.
- Disse com o rosto inchado, e um sorriso dolorido.

Jasão:
“- Mas isso é apenas um símbolo, quem está por trás dela é que realmente importa, não é mesmo, Diego?”
- A voz ecoa somente da mente de Impacto.
O garoto se assusta, mas não tem tempo para reagir. Jasão, com um sorriso diferente no rosto aciona um controle em sua mão, e numa fração de segundo uma bolha se expande, engolindo o time do Força Heróica. Quando se contrai, os garotos abrem os olhos e estavam de volta na quadra de basquete, com uma fina chuva finalizando aquela missão.

Pedro abraça Fernanda, mas tão logo é interrompido por uma tosse forçada de Miguel. Jean sai andando a passos apressados, enquanto Olívia olha preocupada. Radesh e Alex se cumprimentam felizes, diferente de Carlos, que olhava ao redor, preocupado.


Arsenal:
- Galera, cadê o Diego?
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