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T04E07 - Ascensão

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T04E07 - Ascensão - Página 2 Empty Re: T04E07 - Ascensão

16/08/18, 11:24 pm
Impacto ouve atentamente à gravação que começa a tocar do nada. Certamente aquilo não era uma coincidência. Seus inimigos, como sempre, sabiam que estavam ali, e provavelmente estavam sendo vigiados o tempo todo. O rapaz começava a dar cada vez mais razão a Perseu e Supremo em relação às suspeitas. Então, a interferência começa a atrapalhar a mensagem que era transmitida, e logo em seguida todos são surpreendidos — em partes — pela mulher de vestes negras e poderes semelhantes à agente da PEGASUS morta na prisão em El Salvador.

— Pessoal… Eu não sei quanto dos detalhes vocês se lembram da missão em Ciudad Barrios, mas certamente estamos com o resultado de alguma experiência feita com o que… restou… da Alquimista. Nós derrotamos o assassino da original. Não será nada difícil fazer o mesmo com essa daqui. — Diz, tentando acalmar os membros de sua equipe.

Diego analisa a situação, questionando-se o motivo de nunca ter cogitado a possibilidade de uma simulação contra os agentes mortos pela aberração azul. Por mais que parecesse uma ideia extremamente bizarra, fazia todo o sentido naquele momento.

Após ver todos os outros membros da equipe tomarem suas ações, o rapaz se sente animado com a sinergia dentro do grupo, se preparando para o combate que estava para começar. Seguiria Sísmico na tentativa de chamar a atenção da adversária, utilizando de rajadas e esferas explosivas e partindo para o combate corpo-a-corpo em caso de necessidade.
Solar
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T04E07 - Ascensão - Página 2 Empty Re: T04E07 - Ascensão

19/08/18, 12:52 am
Da rachadura da parede, uma camada de lava começa a surgir, fazendo o calor da sala aumentar. Com um sorriso estampado no rosto, o homem dá dois passos para a frente, fazendo aquela lava segui-lo. Os quatro membros do Força Heroica ali presentes permanecem parados. Quando o homem firma o pé direito no chão pela segunda vez, os vidros das janelas que davam para outra sala e para o lado de fora estouram. Os estilhaços caem para frente, mas não chegam ao chão, criando um caminho de lâminas transparentes entre o vilão e os heróis. Garuda flutua não mais que dois ou três centímetros do chão. Seus olhos permanecem fechados dentro da máscara, não permitindo que o suor em seu rosto os atingisse.

Antares olha para os lados, observando as movimentações de seus companheiros. O rapaz presta atenção em Garuda, que mexe a cabeça em sinal positivo. Jean solta um sorriso rápido, partindo para cima de seu adversário. O homem, por sua vez, se coloca em posição para receber o golpe. Neste momento, o mar de estilhaços que levitava entre a equipe e o vilão se abre, permitindo que Antares atacasse. Os punhos se encontram, causando um pequeno tremor. Pequenas rachaduras começam a ser criadas no chão do andar. Garuda percebe o ocorrido, estando de prontidão, enquanto Arsenal começa a criar uma armadura para si e Olímpica.

Antares desfere um soco contra o rosto do inimigo, que cambaleia para trás. Vendo a oportunidade, o rapaz salta, juntando as duas mãos. O vilão cruza os braços, apontando-os para o alto. O impacto do golpe bloqueado faz mais um tremor, enquanto afunda um pouco o local onde os dois batalhavam. O inimigo faz uma cara de esforço, mostrando que parecia não ser páreo para seu oponente, que salta para trás, se preparando para mais um golpe.

Garuda:
“Afaste-se, meu amigo.”

O som ecoava na mente de Jean, que logo percebeu que não se tratara de Thomas, mas sim de Radesh. Antares se afasta mais, enquanto alguns extintores rodeiam “Vulcão”. Logo eles disparam contra o rosto do inimigo, que tenta se proteger com seus braços. As substâncias saídas dos extintores cegam momentaneamente o homem. Com seus poderes, Garuda faz com que os objetos explodam ao redor do homem, que fica desnorteado. O vilão dá alguns passos para trás, confuso, encostando suas costas na parede. Ele esfrega os olhos, não vendo a aproximação de Arsenal e Olímpica.

A dupla, munida de katanas em suas mãos, partem para o ataque, tentando derrubar seu inimigo. A lâmina atinge o uniforme do adversário, criando diversas faíscas que saltam pelo ar. Olímpica tenta as pernas do inimigo, em vão. O uniforme era feito de algum polímero super-resistente. O vilão consegue recuperar sua visão, balançando a cabeça, confuso. Quando percebe a nova investida de Arsenal, é tarde demais. O rapaz consegue fincar as duas katanas em suas mãos nos ombros do uniforme do inimigo. Arsenal faz força, conseguindo trazer o inimigo para baixo. Olímpica salta por cima do rapaz, dando um chute no rosto de “Vulcão”, que cai ajoelhado no chão.

Com bastante fúria, o homem soca o chão com as duas mãos unidas, causando uma rachadura, que fazia um caminho direto à posição de Garuda. O rapaz nota o poder inimigo e lança os pedaços dos vidros das janelas contra o homem. De repente, uma espessa camada de lava surge do chão, criando uma espécie de escudo para proteger a si. Os estilhaços batem na lava, derretendo, enquanto alguns outros conseguem passar. Eles atingem o uniforme inimigo, caindo no chão. Um deles consegue atingir o rosto do vilão, cortando parte da bochecha direita, até arrancar um pedaço do lóbulo da orelha do homem.

Ele cai com o joelho direito dobrado, colocando a mão na bochecha, que sangrava bastante. Antares aparece, dando uma joelhada no inimigo, que dá um meio giro para trás, quase caindo. Arsenal, tenta um golpe na cabeça do homem, mas este é mais rápido, se virando e dando um golpe no peitoral de sua armadura, fazendo o herói cair de costas no chão, com um pedaço do tórax de seu construto rachado. Olímpica tenta atingir as pernas do homem, que começava a se levantar, mas sua armadura é pega pela lava no chão, que se moldava ao redor dos calcanhares da moça. A substância em contato com o construto fazia sair fumaça.

Jean, em fúria, salta em direção ao inimigo. Com sua mão direita aberta, ele segura a cabeça do vilão, que nada pode fazer. O homem ainda manipula o magma, que segura os antebraços do rapaz, fazendo-o gritar de dor. O rapaz afunda a cabeça do homem no chão, fazendo com que aquele pedaço, que já parecia frágil desde a última investida, cedesse, fazendo os dois caírem. Os dois batem no chão do andar inferior, fazendo-o ceder também, fazendo com que os dois caiam mais um andar. Os demais quase são tragados pelo mesmo caminho, mas são salvos por Garuda, que consegue segura-los por algum tempo. Os três partem para baixo, em direção aos dois rivais.

As sombras se movem pela sala, tentando encontrar seus inimigos. Um deles, mais afastado, dá alguns passos para trás, enquanto solta um sorriso cínico para Umbra. Os outros três, que cercavam os heróis, se preparam para atacar. Neste momento, Morfo surge pelo ar, atacando dois dos três ali presentes. Ele atinge os inimigos na cabeça, fazendo-os caírem de costas para o chão. O Impacto faz com que as cópias desmaiem, desaparecendo como fumaça. O terceiro inimigo tenta avançar contra Morfo, mas se vê preso por alguma coisa. Quando o homem olha para o chão, nota que sua sombra está presa por outra, manipulada por Umbra.

O homem tenta se desvencilhar, em vão. As sombras de Umbra, além de se entrelaçarem com as do oponente, começam a segurar seus pés, subindo lentamente. O homem perde o equilíbrio, se confundindo, não notando a chegada de Estática, que apenas encosta sua mão direita carregada eletricamente nas costas do oponente. Este também desaparece como por mágica. Os dois se entreolham, notando que não passavam de cópias. O quarto membro se esconde, passando pela porta, ficando atrás de uma parede.

Centelha se posicionava no alto, agachada na ponta de um grande armário, que ia de fora a fora da parede. A moça tentava encontrar o “progenitor” daquelas cópias, em vão. Usando a visão térmica de seus óculos, ela procurava por assinaturas de calor diferentes daquelas das cópias. Só o que ela vê são mais homens surgindo dentro do grande salão. Desta vez eram sete. A moça não encontrava algo que a fizesse identificar o meta original. Centelha volta a sua forma fumegante, enquanto vê que seus inimigos avançam contra seus companheiros.

Ainda um pouco relutante, Estática se põe em posição de batalha, ficando ao lado de Umbra e Morfo. O último concentrava seus poderes, tentando sua última estratégia mais uma vez. A moça, com as mãos um pouco trêmulas, morde o lábio, se teleportando logo em seguida. Morfo parte para cima dos inimigos, pegando impulso em uma mesinha dentro de uma das baias, saltando por cima das demais. O rapaz cai de encontro à três inimigos, tentando golpear dois ao mesmo tempo, entretanto, o jovem é pego pelo terceiro, pelas costas.

Morfo é golpeado com um soco nas costas, caindo para frente. Ele é segurado pelos braços, por dois inimigos. O rapaz tenta se desvencilhar, em vão. Os “Gêmeos” tentam prendê-lo com mais força, até que o rapaz consegue uma manobra. Ele pega impulso jogando seu corpo, no momento mais pesado, para trás. Os inimigos se chocam com as costas na parede, largando o herói, que com seus braços transformados, os atinge nas cabeças. Um deles desaparece quase que por imediato, enquanto o outro cambaleia. Morfo o atinge no joelho e depois no tórax. O inimigo agoniza, até que o rapaz tenta um último golpe, mas é surpreendido.

”Gêmeo”:
- Você não vai conseguir pegar a gente, playboyzinho.

Com a voz soando por detrás do rapaz, Morfo se vira, vendo apenas uma flashbang ser jogada no chão. O rapaz tenta cobrir os olhos, mas mesmo seu visor não é capaz de amenizar o efeito da luz gerada pela granada. Morfo cambaleia para trás, pondo seus braços arqueados, como uma posição de boxeador. Em vão. O rapaz é pego por uma rasteira, caindo no chão, com a visão totalmente cega.

Fernanda surge por detrás de dois inimigos, utilizando a mesma tática certeira da última vez. A moça apenas encosta as mãos carregadas nos adversários, fazendo-os tomarem um choque. Um deles cai a alguns metros, se chocando com uma das baias, enquanto o outro desaparece de forma instantânea. Fernanda se vê agora em vantagem, mesmo assim permanece incomodada. A moça deixa escapar um inimigo, que a acerta na nuca, fazendo-a cair para frente. Mais dois vilões se juntam ao primeiro, tentando cercar a moça. Neste momento, uma explosão atinge os três, fazendo um cair e os outros dois desaparecerem. Centelha estica a mão para ajudar Fernanda a se levantar.

Estática:
- Pensei que só tinham quatro desses manés.

Centelha:
- Acho que o cara tá fazendo mais bonecos de massa pra deixar a gente ocupada.

Logo, Fernanda vê que o inimigo que não desaparecera tenta atacar sua amiga. A moça, que relutava em pegar a mão de Agnes, a segura com força, pegando um impulso e, abrindo a mão esquerda, segurando o rosto de seu alvo. Uma corrente elétrica passa pelo braço de Fernanda, se chocando contra a cabeça do inimigo, que desaparece. Fernanda olha para Agnes, que solta um sorriso confiante para a amiga.

Umbra segurava alguns desgarrados que ainda causavam problemas. Centelha e Estática terminavam o serviço. A primeira descarregava seus disparos contra as costas de seus alvos, enquanto a segunda transmitia uma corrente elétrica capaz de botar os inimigos para dormir. A esta altura da batalha, as moças sabiam que todos ali eram cópias e que o verdadeiro inimigo ainda não mostrara a cara. Neste momento, uma luz muito forte toma conta do local, cegando a todos. Umbra, Centelha e Estática colocam a mãos na cabeça, sentindo uma forte dor, além da cegueira. Os três se ajoelham, com as mãos no rosto. Ao término do efeito, eles veem Morfo se levantando, ainda cambaleante, enquanto avistam apenas um homem, igual aqueles que derrotaram. Ele solta um sorriso bate com o punho direito fechado na palma da mão esquerda. Neste momento, surgem quatro cópias idênticas de cada lado do homem.

Centelha:
- São todos iguais! As assinaturas de calor são idênticas!

Enquanto Centelha bradava aos companheiros, os inimigos avançam.

O cheiro do esgoto começava a incomodar os heróis que, protegidos por Luminos, não são pegos pelo rastro deixado pela vilã. Sísmico toma a dianteira, tentando usar seus poderes para prender as mãos da inimiga. Suas algemas, no entanto, não são páreos para o poder de sua oponente, que rapidamente as transforma em pó. O rapaz cria uma redoma em torno de si, enquanto avança contra a inimiga. Impacto o segue.

O rapaz faz com que sua redoma tente avançar em curvas, para que seja mais difícil ser alvejado por sua adversária. Esta, por sua vez, se ajoelha com o joelho esquerdo no chão. Ela se concentra, com a mão direita tocando o solo. O suor em sua testa começa a descer, o esforço era grande. Neste momento, espinhos começam a surgir do chão, atrapalhando a movimentação de Sísmico, que para. Um dos espinhos se assemelha a uma estalagmite, pegando em cheio o domo criado por Pedro.

O rapaz pula para trás, saindo de sua cúpula. Ele para logo ao lado do rastro de concreto liquefeito, enquanto vê Impacto avançando contra a inimiga. O rapaz começa tentando desferir alguns golpes contra a oponente, que consegue desviar de alguns. Diego tenta um soco no estômago, mas é parado por “Alquimista”. A mulher segura firme uma das mãos de Impacto. O uniforme da vilã começa a tomar outra forma, criando uma espécie de lâmina, com a qual a mulher tentar atacar o rapaz. Impacto solta uma esfera de energia no ar, que explode na altura do rosto da inimiga.

“Alquimista” solta seu adversário, dando dois passos para trás. A mulher, cega momentaneamente, coloca uma das mãos na cabeça, tentando se recuperar. No entanto, logo é surpreendida por Davi, que surge por detrás da mesma, atacando-a na cabeça com seu bastão, fazendo-a cair para frente. Davi volta a sua forma “fantasma”, enquanto Réplica surge de frente para a inimiga, acertando-a no nariz com as costas de sua mão direita. A vilã dá alguns passos para trás, colocando a mão em seu nariz, que escorria sangue. Réplica também adota a mesma tática de Espectro, que fica visível e tangível novamente.

Davi tenta mais um ataque, mas logo é percebido por sua rival, que prende suas mãos momentaneamente com a parte de trás de seu uniforme. Ela limpa o sangue do nariz, enquanto Réplica surge, tentando no susto ataca-la. A mulher segura os punhos fechados de Alex, dando-lhe uma cabeçada logo em seguida. Os dois ficam zonzos, com Réplica dando alguns passos para trás. Neste momento, Davi consegue se desvencilhar da armadilha, mas quase é pego por vários espinhos saindo do chão.

Com seus olhos em fúria, “Alquimista” se ajoelha, colocando as mãos no chão. Espectro e Réplica tentam se aproximar, mas logo são rechaçados. Espinhos de tamanho de estalagmites são criados, nascendo do chão. Parte do solo começa a se liquefazer, tentando pegar os heróis. Neste momento, diversos projéteis e proteções de luz se manifestam. Luminos protegia seus garotos, enquanto tentava avançar contra a vilã, que parecia alterada. Neste momento, uma forte corrente elétrica passa pelo local., impedindo os heróis de avançarem.

Do lado de fora, um inquieto Supremo se surpreende com as palavras de Matriz:

Supremo:
- Hoffmann!? É isso mesmo que você disse? Doutor Hoffmann!?

Matriz:
- É isso mesmo. Foi isso que eu ouvi na transmissão dentro do prédio. Dei uma pesquisada nos bancos de dados e...

Supremo:
- É isso mesmo que você descobriu. Ele tá morto... Ou deveria estar...

Rainer faz sinal para vários de seus soldados. Ele manda um esquadrão de dez pessoas entrarem no prédio, enquanto ele ia logo atrás, após pedir aos demais que se desdobrem no isolamento da área. O homem parece estar profundamente incomodado com a situação.

Dentro do prédio, uma nova gravação começa a circular. Um chiado sai pelos auto falantes, até que a voz do velho, o mesmo que falara antes, começa novamente, desta vez a mesma mensagem para todos ali.


Diário do Doutor Hoffmann, 9 de abril de 2017: Meus ilustres convidados parecem estar se divertindo com minhas últimas cobaias. Estou cada vez mais perto de produzir a mais fantástica invenção militar de todos os tempos. Fico feliz pelo destino ter me dado o tempo de vida necessário para isso. Fico feliz pelo mais maravilhoso espécime estar aqui para contemplar isso...

Neste momento, uma onda elétrica passa pela sala administrativa. Uma das baias estoura com o impacto. Os quatro heróis, que derrubaram mais algumas cópias, prestam atenção na figura se formando. Um ser feito totalmente de energia elétrica, se moldando de forma humana. Arcos elétricos se formando em seu entorno. No mesmo momento, no subsolo, a mesma figura surge à frente da vilã alquímica. Ele olha diretamente para Impacto. A mesma figura se manifesta atrás dos cinco que batalhavam entre si. O ser se eletricidade aponta para Arsenal. Seu dedo era trêmulo. Neste momento, uma voz ecoa por todos os cantos do prédio, sendo ouvido por todos que ali se situavam.

Foooooorça Heroooooooica.

Os 12 membros da equipe sentem um calafrio. Alguns se colocam em posição de luta, enquanto outros veem suas mãos trêmulas. Luminos respira fundo, levando sua mão direita em direção ao ouvido, mas logo é rechaçado pela estática. De repente, um raio atinge o peito do rapaz, fazendo-o ser arremessado longe. Luminos cai, com o peitoral de seu uniforme queimado. A figura volta a falar:

Foooooorça Heroooooooica. Vou mata-los!


Obs: Vocês têm até terça-feira, dia 21/08, às 19h pra postar.
Sopro
Sopro

T04E07 - Ascensão - Página 2 Empty Re: T04E07 - Ascensão

20/08/18, 06:09 pm
O combate foi ferrenho, mas o grupo tinha uma vantagem clara contra a adversária. Pedro podia perceber o esforço que ela fazia para utilizar suas habilidades, o que fez o jovem pensar enquanto lutava: "Doutor Hoffmann; esconderijo da Fuerza Baja e agora essa mulher usando poderes semelhantes ao da Alquimista... Então eles chegaram ao ponto de 'cultivar e transferir poderes!? Temos que parar isso agora!".

Luminos dava suporte à equipe e a vitória parecia estar a apenas um passo; no entanto, uma corrente elétrica se propagou de forma repentina,
impossibilitando o avanço dos jovens. "Mais essa agora... Esses caras estão realmente tentando me irritar.", Pedro pensava, enquanto via uma corrente elétrica tomando um formato humanoide, o que talvez o assustasse antigamente; mas agora ele estava diferente e seus inimigos precisariam se esforçar muito mais para amedrontá-lo.

De repente, a criatura disparou contra Luminos, que foi ao chão em um instante. Em um reflexo quase que natural, Sísmico usou seus poderes para criar plataformas e retirar todos da água, incluindo o veterano que acabar de ser atacado, assim que colocou os pés ao chão, notou a tubulação e logo sinalizou a Diego com a cabeça.

Em seguida, olhou para Réplica e estendeu seu braço para que este copiasse os seus poderes. - No três! - Sísmico sinalizou a Alexandre, acompanhado de um aceno com a cabeça. Esperava que Impacto arrancasse a tubulação e lançasse o jato de água contra a criatura e a falsa Alquimista; esta seria a deixa para que, com o apoio de seu companheiro, levantasse uma barreira de pedra que isolasse a área, protegendo todos dos danos colaterais.


Última edição por Sísmico em 21/08/18, 07:19 pm, editado 1 vez(es)
Babalu
Babalu

T04E07 - Ascensão - Página 2 Empty Re: T04E07 - Ascensão

20/08/18, 10:47 pm
O time alfa estava alguns andares abaixo, Arsenal, Olímpica e Rad seguiram através do buraco no chão feito por Antares e o inimigo durante o combate dos dois. Lá em baixo, Arsenal preocupado,logo procurou ver como o rapaz estava, apesar das poucas escoriações por causa da queda, e a queimadura causada pelo inimigo, ele parecia pronto para continuar.

Outra mensagem começava a ser ouvida no local, mais um diário do Doutor Hoffmann, mas desta vez parecia ser uma mensagem direta para o grupo, neste momento Arsenal viu uma oportunidade, e acionou seu comunicador.

-Matriz, verifica se isso tá sendo transmitido agora, e se dá pra rastrear a origem.- Quando a transmissão cessou, algo estranho começou a acontecer, entre o time Alfa e o inimigo, arcos e faíscas elétricas apareceram, formando um ser humanóide na frente deles, este ser aponta para Arsenal é uma voz assombrosa ecoa no lugar, fazendo um calafrio subir sua espinha.

“- Pessoal, eu não sei porque essa coisa tá apontando pra mim, mas vamos ter que nos dividir agora; Liv, você vai com Jean pegar o vulcão, vocês já sabem do que ele é capaz; Rad, você e eu contra o elétrico.” Arsenal já havia enfrentado eletrocinéticos, dos mais diversos tipos, mas como era um inimigo desconhecido, ele não podia ser subestimado.

“- Meus conhecimentos de física me fazem pensar numa estratégia que talvez funcione, Carlos. Você acha que consegue conter ele de alguma forma? Eu vou dar um jeito de conduzir ele até você com o meu metal, criando um para-raios que vai levá-lo diretamente ao seu constructo..”

“-Vamo fazer tipo os caça fantasmas? é isso mesmo?” Por um momento Arsenal relutou, mas o plano tinha chances de dar certo. Aproveitando-se que o ser elétrico está com a atenção voltada para ele, irá chamar a atenção dele disparando feixes de energia a distância de sua mão, enquanto se defende com um escudo de energia com a outra mão, dando tempo para Garuda agir com seu metal, e por fim criará um construto em forma de bateria automotiva para contê-lo.
Paradoxo
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T04E07 - Ascensão - Página 2 Empty Re: T04E07 - Ascensão

20/08/18, 11:14 pm
A aparição do homem composto de eletricidade não foi uma surpresa para Garuda – essa estratégia da FB estava ficando repetitiva, sempre retornando com seus capangas um atrás do outro. Enquanto a criatura apontava para Arsenal, Garuda lembrou-se de uma pequena citação Budista que considerava muito verdadeira, apesar de ter se afastado dela por instantes.

– Antes de embarcar em uma vingança, cave duas covas.

“- Pessoal, eu não sei porque essa coisa tá apontando pra mim, mas vamos ter que nos dividir agora; Liv, você vai com Jean pegar o vulcão, vocês já sabem do que ele é capaz; Rad, você e eu contra o elétrico.” – Arsenal procurou os aliados através do elo mental.

“- Meus conhecimentos de física me fazem pensar numa estratégia que talvez funcione, Carlos. Você acha que consegue conter ele de alguma forma? Eu vou dar um jeito de conduzir ele até você com o meu metal, criando um para-raios que vai levá-lo diretamente ao seu constructo..”

“-Vamo fazer tipo os caça fantasmas? é isso mesmo?” – Garuda sorriu com a referência, explodindo seus sólidos de FH em milhares de micro pedaços em todo o ar ao seu redor e de Arsenal.

Dividiu as partes de metal FH em três, onde as duas primeiras serviriam de proteção para ele e Arsenal. As micro-partículas girariam ao redor dos heróis, criando uma gaiola de Faraday para protegê-los de quaisquer descargas elétricas criadas pelo adversário. Em seguida, com a última porção, faria grandes agulhas de metal e as apontaria para os construtos criados por Arsenal. O funcionamento dessa estratégia era simples as agulhas de metal serviriam como para-raios e atrairiam o próprio inimigo elétrico para os construtos armadilha criados por Arsenal.

Além dos próprios inimigos que haviam se apresentado, Garuda se preparava para o surgimento de outro inimigo, pois estava sentindo uma perturbação inesperada em seu elo mental, como se um quinto elemento estivesse ligado com eles. Deixou isso acontecer, mas ficou atento.


Última edição por Garuda em 21/08/18, 07:00 pm, editado 1 vez(es)
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T04E07 - Ascensão - Página 2 Empty Re: T04E07 - Ascensão

20/08/18, 11:28 pm
Durante o combate uma nova gravação é ouvida, mas logo é cortada por algo. Alguma coisa a mais surge no subsolo. Uma espécie de manifestação elétrica em forma humanóide.

- “O que é essa coisa, parece ser pura energia.”

Alexandre olha atônito para o fantasma elétrico.

- “Talvez um eletrocinético? Se pelo menos Fernanda ou Thiago estivessem aqui poderia ter alguma proteção. Eu não tenho como encostar nele sem ser eletrocutado.”

Um relâmpago corta o corredor e atinge Luminos em cheio, jogando para trás de todo o grupo.

- Foooooorça Heroooooooica. Vou matá-los!

Os olhos de Réplica se arregalam com a força do golpe.

- “Quanto poder! Ele derrubou Luminos com um disparo só, não temos a menor chance contra essa coisa aqui nesse ambiente úmido...”

A alquimista ainda se mantinha no local. Pedro gesticula para Diego apontando a tubulação de água e depois acena com a cabeça para Alex.

- No três!

Alexandre toca a mão de Sísmico e entende o plano. Assim que Diego jogasse a água da tubulação contra a manifestação elétrica, criariam juntos uma barreira de rocha evitando que a corrente elétrica atingisse o restante da equipe. Réplica grita para Davi:

- ESPECTRO! SKYWALKER!
Chip
Chip

T04E07 - Ascensão - Página 2 Empty Re: T04E07 - Ascensão

20/08/18, 11:44 pm
Uma sequência rápida de chutes aéreos, rodopios no ar, socos desviados e bastões se chocando eram trocados por dois Davis quase idênticos, um deles estava visivelmente mais cansado que o outro. O Davi real avança contra sua cópia com um soco de direita, a cópia se esquiva para o outro lado, aproveitando a chance e usando o braço do garoto como alavanca para derrubá-lo. A cópia finalizou o movimento girando seu bastão e atacando um Davi deitado ao chão, cessando o ataque quando a arma estava a centímetros de distância de seu rosto.

- Deseja parar o treinamento, Davi? Você parece cansado!

- NÃO! - Gritou irritado.

Afastou o bastão rapidamente com a mão, e com um movimento ligeiro tentou aplicar uma rasteira na cópia, que foi mais esperta e pulou com um mortal para trás. Isso foi o necessário para o Davi real se levantar em um giro no chão.

A cópia se colocou em posição de ataque novamente, provocando Davi com um sorriso falso e chamando-o para o ataque com dois dedos. O garoto se irou com a provocação, mas hesitou no ataque, pois sabia que a máquina previa seus movimentos. Parou e observou por alguns segundos.

Dessa vez, a cópia atacou de volta numa velocidade surpreendente. Davi tentou desviar da voadora e contra-atacar, mas o falso Davi foi mais esperto e, ainda no ar, atacou com seu bastão, girando e atingindo o nariz do verdadeiro. Uma fina linha de sangue começou a descer, mas uma dor de alastrou por todo um lado de seu rosto, onde havia sofrido o dano irreversível em sua última missão.

Caiu em um joelho no chão, apoiado em seu bastão. O ódio subiu de seu peito pra sua garganta, surgindo em uma grande vontade de gritar, mas ele se conteve. Ele então ouviu a aproximação de seu inimigo naquele treinamento, e quando estava prestes a ser atingido por outro golpe, desviou-se rolando para o lado.

Levantou-se novamente e outra sequência de golpes podia ser vista entre os dois. A cópia estava em clara vantagem, e atacava com cada vez mais força. Por sua vez, Davi estava muito cansado, e a medida que lutavam, ficava cada vez mais irado. Sofreu mais golpes, caiu mais vezes e em todas elas se levantou. Mas ele estava farto disso. A cópia deu um chute em seu abdômen que o fez cair sentado no chão.

Seu olhar era de puro ódio. Se levantou rapidamente e correu com seu bastão retraído nas mãos, gritando de ódio. A cópia já preparava sua defesa, mas Davi não atacou. Correu direto, intangível, e passou por dentro dela. Ao se virar, a cópia foi atacada com um bastão que se estendeu na altura de seu peito, passando direto, intangível. Em menos de um segundo, Davi se tornou tangível novamente, assim como sua arma.

Num movimento rápido, Davi puxou o bastão de volta, com força, deixando um grande burado no peito da cópia. Faíscas saíam dos fios soltos, o holograma ao redor começou a falhar até sumir de vez, revelando o robô que estava por trás daquela luta. A máquina cai no chão, sem “vida”.

- Parabéns Davi, conseguiu me vencer! - A voz soava quase frustrada. Davi se mantinha de pé, olhando para o corpo robótico caído.

- Mas devo alertá-lo de que esse movimento possa causar fatalidades! - Prosseguiu.

- Eu sei. - Disse de cabeça baixa, de olho fechado. Não sentia pesar, ainda sentia ódio. Davi achava que esse sentimento iria embora com uma sessão de treinamento, mas não surtiu efeito.

- Deseja manter registros em vídeo da luta?

- Não, apaga tudo.

________________________________

Davi respirou fundo, se concentrando para que seus sentimentos não explodissem naquele momento e acabasse reagindo por impulso. Mas por dentro de sua máscara não conseguia evitar o ódio no olhar. Era uma sentimento muito forte, que ele nunca havia sentido antes. Olhava fixamente para a falsa Alquimista, ignorando tudo ao redor, até mesmo o novo inimigo que havia surgido a frente do time Bravo. O garoto não queria apenas derrubá-la para dar cabo daquela parte da missão, ele queria machucá-la severamente, para que ela pagasse por todas as frustrações de Davi. Ela estava proclamando a Alquimista como sua mais nova inimiga mortal. Injustamente.

Seus pensamentos pesados foram cortados pelo grito de Alex, que ditava uma estratégia já conhecida pelo garoto. Para conseguir isso, Davi precisava se manter focado. - Tudo bem, mas se isso não funcionar, vou fazer do meu próprio jeito. - Pensou, ainda com ódio em seu olhar, se lembrando de como acabou seu treinamento contra sua cópia.

Ele respirou mais uma vez, fechou os olhos novamente, e se concentrou. A estratégia Skywalker, como fora apelidada em um dos treinamentos, consistia em Espectro ficar intangível, porém ainda visível, e “lutar” contra seus inimigos como se estivesse lutando de verdade, mas estaria apenas encenando para distrair.

E assim faria contra Alquimista, não iria se tornar tangível em momento algum até que o plano desse certo, e pretendia golpear o ar ao seu redor, além de evitar os ataques como se estivesse lutando pra valer, para que ela não percebesse o plano de seus amigos. Mas seu desejo era terminar aquela luta de outra maneira.


Última edição por Espectro em 23/08/18, 08:57 am, editado 1 vez(es)
K.O
K.O

T04E07 - Ascensão - Página 2 Empty Re: T04E07 - Ascensão

21/08/18, 01:33 pm
A pancada das suas costas com o chão fez com que o ar de seu pulmão fosse jogado para fora, sua cabeça se chocou contra o piso quebrado causando uma dor tão intensa que sua visão ficou turva por um breve momento. Jean tenta puxar o ar de volta para dentro sem nem ao menos prestar atenção na nuvem de poeira que o circundava devido aos concretos quebrados, a crise de tosse e a sensação de sufoco apenas serviram pra deixa-lo mais irritado ainda.

Ele procura “Vulcão” correndo o olho pela sala enquanto seu time se reunia novamente, Antares estava pronto para atacar o mesmo oponente até que um inimigo selvagem aparece.

- Foooooorça Heroooooooica. Vou mata-los!

Aquele grito faz com que a cabeça de Jean, mais uma vez, exploda em dor. Ele vira para o ser de energia ja com os punhos serrados e com um olhar de que iria pular no pescoço dele e destroça-lo até o corpo cair inerte.

Não se eu te matar primeiro!” - Se preparava para ataca-lo esquecendo completamente do primeiro oponente, porém, a voz de Arsenal ecoa em sua mente traçando o novo plano.

Vozes em sua cabeça eram sempre um desconforto, era a primeira vez que Antares participava do elo mental de Garuda, talvez se o garoto estivesse com seu juízo presente ele não teria participado disso, afinal, ele ja tinha algo perambulando pela sua cabeça e ter mais pessoas por ali poderia causar alguma reação. E tudo que ele não queria era que as pessoas descobrissem sobre seus segredos obscuros, mas no estado atual ele só queria socar alguém.

...

O Garoto da três respiradas profundas tentando manter o mínimo de calma e olha para Olivia, que parecia ter um plano em mente, ela da um sinal para Antares e logo lança para ele 2 bombas sônicas. Talvez pela afinidade que eles estavam criando em combate, ou pelo elo mental ou até mera coincidência, Jean sacou o plano de Olivia.

Cêrto, Olivia. Vem comigo” - “dizia” pelo elo mental enquanto corria contra o “Vulcão”.

O Plano de Antares era desferir alguns golpes contra o inimigo na espera de uma abertura para então executar seu plano, iria usar as bombas sonora - um em cada mão- para explodi-las nos dois ouvidos do “Vulcão”, abafando a bomba com as próprias mãos na intenção de atordoa-lo. Sabia que aquilo poderia também ter efeito negativo em si mesmo, por isso contaria com Olivia para atacar o inimigo enquanto se recuperava. Queria acabar o o primeiro inimigo o mais rápido possível para se juntar a Arsenal e Garuda.

- MORRA!!!


Última edição por Antares em 21/08/18, 08:13 pm, editado 1 vez(es)
Temporal
Temporal

T04E07 - Ascensão - Página 2 Empty Re: T04E07 - Ascensão

21/08/18, 05:55 pm
Por um breve momento, ao ver a energia elétrica surgindo na frente da “Alquimista”, Impacto se tranquiliza, acreditando se tratar de Estática, até que ela toma uma forma humanóide, ameaça a Força Heroica e derruba Luminos com apenas um golpe. Há pouco tempo para se pensar, até que Sísmico os propõe mais uma estratégia.

“Parece que o garoto tá tomando gosto pela coisa… Espero que ele isso dê certo.” — Pensa, enquanto já vai se pondo à frente de seu grupo para executar o plano de seu companheiro.

Diego sabia o risco que corria ao se expor assim, mas era necessário. Concentraria sua energia acumulada em seus atributos físicos, facilitando a retirada da tubulação. Apontaria os canos na direção de seus dois adversários, deixando o prosseguimento do plano nas mãos do resto da equipe Bravo. Caso houvessem contratempos, faria de tudo para alcançar seu objetivo, mesmo que fosse ferido no processo.
Vulto
Vulto

T04E07 - Ascensão - Página 2 Empty Re: T04E07 - Ascensão

21/08/18, 06:51 pm
Algumas semanas atrás, numa chama de vídeo.

[...]

– E meus amigos... como eu posso ajudá-los, pai?

– Esteja lá quando eles precisarem... Use de sua luz, filha. Seja uma guia para eles em meio a tempestade.


________________________________

Uma a uma, as copias caiam perante nossas investidas, entretanto, quando um flashbang nos cega momentaneamente, "Gêmeo" aproveita para se recupera, criando mais réplicas de si – mas dessa vez o original parecia estar entre eles.

Ao que os adversários avançavam, uma nova gravação do doutor Hoffmann toca ao fundo, mas diferente das anteriores, era atual – 9 de abril... O safado deve estar nos observando... – Penso em olhar ao redor e procurar por alguma câmera escondida, mas o estouro de uma baia chama minha atenção. Com o forte barulho, uma estranha onda elétrica adentra abruptamente o escritório abandonado, se transformando em seguida numa figura masculina, composta puramente de energia. Com um bradar inumano, o ser anuncia seus inimigos – Nós:

– Acho que encontramos o teu boy, miga – ironizo Fernanda, me virando para Miguel – Umbra. Comigo! – avançando contra o Gêmeo, tomo a iniciativa de traçar um plano de investida. Com o dedo sobre o comunicador, me dirijo aos meus companheiros da Charlie:

– Morfo, ajuda a Estática com o nosso “novo amigo”. Umbra, nós dois no replicante. Não deixe eles se dispersarem – disparando projéteis de fumaça contra o meta e suas cópias, pretendia atordoa-los, enquanto me aproximava rapidamente com dashs fumegantes, para finalizar o máximo de clones possíveis, com golpes carregados corpo-a-corpo.


Última edição por Centelha em 21/08/18, 08:02 pm, editado 3 vez(es)
Devon H.
Devon H.
http://fabricadeherois.blogspot.com.br/

T04E07 - Ascensão - Página 2 Empty Re: T04E07 - Ascensão

21/08/18, 07:34 pm
Estática derruba alguns oponentes, ainda sem toda a confiança que costumava ter antes do incidente da última missão. Em meio ao embate das intermináveis cópias, uma das baias no local estoura, e uma figura formada completamente de eletricidade aparece. Uma voz, que ecoa pelo local, pareciam ser as palavras do ser, que repete o nome do time tático.

A jovem eletrocinética sente um calafrio, lembrando-se principalmente da voz "dEle", o ser demoníaco da última missão. Porém, ao observar bem o ser elétrico à frente do grupo, Estática não sentia tanto medo. Os arcos de eletricidade que passavam pelo ser pareciam ser os mesmos que passavam por Fernanda; e ela nunca teve medo de eletricidade. Muito pelo contrário, a eletricidade fazia parte dela. Era o que fazia ela andar naquele momento, e era o que havia a colocada no Força Heróica em primeiro lugar.

Também era o que havia matado Destruídor.

– Acho que encontramos o teu boy, miga. - A voz de Centelha ao lado acorda Estática novamente, que dá um sorriso leve de volta.

– Nossa, realmente. Vontade até de ir beijar ele. - Ela brinca de primeira, sem muito entusiasmo. A moça congela momentaneamente, pensando.

– ... Isso, perfeito. Ele realmente é o que eu preciso agora. - Ela diz consigo mesma, de repente olhando pros lados. - ... O Sísmico não tá por aqui não né? Ainda bem.

Brincando novamente, a moça parecia mais confiante, abrindo até mesmo um sorriso de canto de boca com sua ideia: Ela não precisava lutar.
Ela se teleporta imediatamente em frente ao "homem-elétrico".


– E aí, você vem sempre aqui ou...? - A moça cumprimenta o ser de forma casual, sem levantar os punhos. – Sou Estática. Prazer. Pode ficar tranquilo, eu não vou lutar contra você. Na verdade, pra ser sincera, eu não tô muito afim de lutar hoje - levei até um golpe na nuca! - Ela abre um sorriso. Era difícil até pra própria Fernanda dizer se aquilo era uma estratégia ou simplesmente ela desabafando, mas fazia aquilo de toda forma.

– ... Sabe o que eu quero, de verdade? Um abraço.

É ai então que a moça pula em direção ao ser. Sua intenção não era atacá-lo, mas somente abraçá-lo ou agarrá-lo de alguma forma. Como não somente era imune a eletricidade mas podia absorvê-la, queria tentar absorver toda a energia do rapaz que pudesse até que ele fosse neutralizado em combate. Se for muita energia de uma só vez, Estática irá tentar se teleportar até o telhado do laboratório e dissipar a energia absorvida em um para-raio ou qualquer tipo de SPDA (Sistema de proteção contra descargas atmosféricas) da instalação, e voltar para absorver mais.

Se ele for capaz de golpeá-la ou atacá-la de alguma forma, irá somente se desviar dos golpes e proteger seus amigos das descargas elétrica, e continuar com o plano de absorver a energia do oponente.
Caveira FH
Caveira FH

T04E07 - Ascensão - Página 2 Empty Re: T04E07 - Ascensão

21/08/18, 07:41 pm
Graças ao confronto entre Antares e  "Vulcão" , um enorme buraco se abre fazendo os dois caírem andares a baixo, por sorte Garuda usa sua Telecine protegendo Arsenal e Olímpica da queda.
O trio desce e encontra Jean, com alguns ferimentos, mas ainda de pé, pronto para outra

Antes mesmo que o grupo agisse, uma criatura de corpo composto por eletricidade aparece no local, gritando em tons de ameaça, Arsenal parecia ser o alvo principal daquele ser. O quarteto parece não se impressionar muito, já que as táticas de seus rivais eram até previsíveis de certa forma e rapidamente eles se armam para o confronto.

O líder  prontamente divide o grupo em dois, Arsenal e Garuda ficariam incumbidos em deter a criatura recém chegada, enquanto Antares e Olímpica, ficavam com a função de deter o "Vulcão".

Olívia já havia passado por diversas situações difíceis ao longo de suas missões no grupo, em sua maioria Jean estava ao seu lado. Mesmo com seu jeitão impulsivo e toda aquela aura de destruidor ela tinha muito carinho pelo rapaz e sabia que podia confiar sua vida a seu amigo.
Mas dessa vez ela sentia algo estranho em sua expressão, já havia notado outras vezes, mas dessa vez parecia que algo o incomodava e não era o Vulcão.

Liv, retira duas bombas sônicas de seu cinto e as joga para Jean. De certa forma todo aquele elo mental, mais a convivência de ambos ao longo das missões já fazem o rapaz sacar a jogada, ele as estouraria ao mesmo tempo nos ouvidos de Vilão, abrindo uma brecha para a esportista executar a segunda parte do plano.

Isso aqui tá precário...preciso dar um up no meu cinto de utilidades com umas coisas melhores ou vou acabar morrendo qualquer hora...
Pensa a garota separando uma bomba de luz e suas bombas de espuma.

Mas é como minha mãe dizia, a gente tem que se virar com o que tem...

A jovem espera que Jean execute a primeira parte do plano ensurdecendo o adversário, assim abrindo uma brecha para que Liv o acerte com uma bomba de luz, o cegando.
Com seus sentidos comprometidos, em teoria Vulcão se tornará um alvo mais fácil de derrotar, e ela sabe onde estão os pontos vulneráveis e ferimentos para bater.
Talvez o mesmo se desespere, e acabe usando seus poderes contra si mesmo sem querer destruindo o teto ou o piso, ou talvez ele ataque para todos os lados, já prevendo algo do tipo a jovem deixará suas bombas de espuma preparadas, já que as mesmas conseguem esfriar/apagar fogo, como também servem para amortecer impactos.
Prisma
Prisma

T04E07 - Ascensão - Página 2 Empty Re: T04E07 - Ascensão

22/08/18, 10:03 am
Morfo, ajuda a Estática com o nosso “novo amigo”. Umbra, nós dois no replicante. Não deixe eles se dispersarem - ordenou Centelha, decidida. Concordei, acenando com a cabeca.

- Que perda de tempo e energia criar tantas copias de si mesmo sendo tao feio, hein, cara - provoquei. Ele era bem feio mesmo, mal diagramado.

Focando totalmente nos aversarios, usarei minhas sombras para, novamente, tentar imobiliza-los para que Centelha possa atacar sem impedimentos. Focando no meta "original", pretendo criar um sarcofago de sombras que o prenda e o inutilize no combate.

Morfo
Morfo

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22/08/18, 10:59 am
Morfo escuta mais uma gravação do Doutor Hoffman. - Cobaias? haha - ele ajeita sua postura assim que o novo inimigo surge. - É bem esse nosso papel mesmo. - ele sorri se transformando em borracha no mesmo instante em que nota os poderes elétricos da criatura. - Coé Nanda, se organizar todo mundo transa - ele se abaixa por um instante se reerguendo como um elemento maior, seus braços e pernas pareciam mais robustos, seu corpo agora isolaria a eletricidade vinda do inimigo. Com a distração de Estática, Morfo tentaria dar a volta no inimigo para imobilizá-lo conforme a parceira for drenando a energia do mesmo.
Solar
Solar

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24/08/18, 07:29 pm
Antares:
- MOR
RA!!!

Com essas palavras, Antares corre em direção ao inimigo, que ainda parece um pouco abatido. O rapaz parecia diferente, sua respiração, seu semblante, até seu jeito de correr, alo mudou. Olívia vem logo em seguida, seguindo o plano que os dois, se munindo de algumas de suas diversas bombas. As esferas metálicas tilintavam em suas mãos, ao entrarem em contato umas com as outras.

O jovem tenta um chute rodado contra Vulcão, que consegue se desviar, mas não tem a mesma sorte pela segunda vez quando, de costas, Antares lhe desfere uma cotovelada na lateral do rosto, na altura do olho esquerdo. O homem fecha os olhos por alguns instantes, cambaleando para trás. O rapaz desfere um gancho no queixo do inimigo, que vagueia sem rumo pela sala. O bandido quase recebe um choque dos arcos em volta de si. Munido então de duas bombas sonoras em suas mãos, o rapaz segura com força a cabeça do inimigo, empurrando as esferas metálicas contra seu rosto.

Antares:
- Que tal fazer uma viagem sem volta?

Antares explode as bombas, sendo jogado para trás pelo impacto. Os ouvidos de Vulcão sangram, enquanto o mesmo cai ajoelhado, com as mãos na cabeça, gritando de dor. Olímpica aparece logo em seguida. A moça, ao notar o desespero do adversário, lança contra o mesmo uma de suas bombas de luz, na direção de seus olhos. O homem não sabe se coloca as mãos nos ouvidos ou nos olhos, ficando à mercê dos heróis. Finalmente o vilão coloca suas mãos no chão, com ferocidade, fazendo o solo do andar começa a rachar. A lava escorria, tentando alcançar algum de seus inimigos, em vão. Seu poder se descontrolara, junto de seus sentidos, que começavam a se esvair lentamente.

Olívia aproveita o baque do inimigo e lhe confere um golpe com bastante força na cabeça. Vulcão cai no chão, ainda tentando utilizar seu poder. Olívia, ofegante, segura as duas mãos do homem, apertando-as bem forte. Uma espessa espuma começa a cobrir os braços do inimigo, enquanto Liv pula para trás, se apoiando em seu bastão. A espuma chega até a cintura, passando pelo peitoral. O homem finalmente se dá por derrotado, enquanto a menina sorri, aliviada.

Olímpica:
- Finalmente derrotamos esse otário.

Antares:
- Mas não derrotaram a mim...


Os feixes de eletricidade estralam no ar, formando grandes arcos de luz. As baias são atingidas, criando grandes rastros negros, queimaduras, fazendo um grande barulho. Estática sabia que era a única que poderia interpelar o ataque inimigo, devido a origem de seus poderes. A moça dialoga com aquela figura, em vão. Em um último movimento, Estática corre e abraça a eletricidade à sua frente. Neste momento, a moça começa a disparar pequenos feixes elétricos por seu corpo, involuntariamente. A moça tenta “segurar” o corpo imaterial, tentando absorver sua energia.

Estática:
- Você é... Duro na queda... Hein, mermão...

Umbra ainda tenta prender seus inimigos com suas sombras. O rapaz, concentrado em quem está à sua frente, não nota a aparição de inimigos por detrás de si. O rapaz tenta sufocar seus inimigos, usando as sombras, mas logos estes revelam ser apenas cópias, desaparecendo assim que o rapaz começa a usar seus poderes. Neste momento, dois inimigos tentam surpreendê-lo pelas costas, mas logo são pegos por Centelha.

Utilizando suas bombas de fumaça, a moça inebria a visão dos combatentes inimigos, ficando assim fácil a investida da moça. Agnes, rapidamente, utiliza seus poderes fumegantes, destruindo mais algumas cópias. Ela fica de costas para seu fiel amigo Miguel, se pondo em posição de combate.

Umbra:
- Valeu, miga! Não sei o que seria disso aqui sem vocês.

Centelha:
- Qual é, Miguelito! Acho que já tá na hora de dar um fim nesses caras.

Umbra:
- Isso já tá ficando muito chato, por sinal.

Os dois começam uma estratégia juntos. Umbra usa suas sombras a fim de criar uma espécie de prisão para os clones de Gêmeo, enquanto Centelha, em sua forma de fumaça, “correria” de encontro aos inimigos, derrubando-os. Os dois têm sucesso em sua estratégia, no entanto, seu cansaço já se tornava nítido. Agnes retorna para o lado de seu companheiro.

Centelha:
- Gente, isso tá muito chato! Ainda não sabe quem é o verdadeiro?

Umbra:
- Nada... Só cópias e mais cópias.

Neste momento, os raios elétricos se tornam mais intensos, acertando algumas cópias. O Gêmeo original, escondido dentre suas réplicas, olha para os lados. O suor começa a escorrer pelo rosto do homem. Ele começa a criar várias cópias de si mesmo, esgotando suas energias. As cópias avançam contra os dois heróis, sendo pegos pelos raios da outra contenda. O original foge, apertando o ouvido direito assim que fica a uma distância considerada segura.

”Gêmeo”:
- Hoffman, seu filho da puta! Eu tô saindo daqui! Que merda foi essa que você soltou contra a gente? Seu desgraçado!

As cópias que não eram pegas pelos poderes, eram pegas pelos dois heróis. Enquanto outras desapareciam sozinhas, quanto mais o original se afastava. Umbra e Centelha finalizam os últimos inimigos, se sentindo exaustos logo em seguida.

Do “lado de fora” da luta entre Estática e seu inimigo, Morfo esperava por algo. O rapaz começa a transformar seu corpo em borracha, a fim de isolar a eletricidade emanada pelo inimigo. Diversas rajadas elétricas tentam atingir seus companheiros, mas o rapaz se interpõe à frente dos mesmos, absorvendo os choques.

Estática:
- Morfo... Não consigo... É muita energia...

Morfo ouve os apelos de Estática, que parecia sentir muita dor por tentar absorver tamanho poder. O rapaz se coloca por detrás do inimigo, tentando colocar suas mãos na altura dos ombros do mesmo. Seus punhos transpassam a eletricidade, quase encostando no rosto de Fernanda. Um pouco dos poderes do inimigo são absorvidos pelos braços de Tiago, que fica sem reação.

Morfo:
- Nanda, não dá! Não consigo parar o cara!

- Tiagoooo... Foraaaa...

As mãos de Estática tremem, enquanto a moça tenta puxar o inimigo para si. A eletricidade dos dois se entrelaça, como se fosse um abraço elétrico. A moça grita para Morfo sair do raio de ação dos poderes dos dois. O rapaz demora um pouco até perceber o que acontecerá a seguir. Tiago salta para trás e, olhando se olhos arregalados para sua companheira, o rapaz apenas vê os dois sumindo.

Centelha e Umbra:
- ESTÁTICA!

Centelha e Umbra gritam juntos, estarrecidos. Os dois veem a amiga desaparecendo, levando o adversário consigo. Eles passaram por bastante coisas juntos nas últimas semanas, coisas aterrorizantes. Não suportariam perder um dos três assim, tão facilmente. As lágrimas escorrem pelo semblante de Miguel, enquanto Agnes simplesmente encara o nada.

Estática reaparece no telhado do local. A eletricidade do inimigo a envolve, fazendo com que a moça se encolha. O corpo de Fernanda trêmula de um jeito nunca antes visto. A garota de lembra de sua última missão, dos horrores que presenciou, de seus amigos machucados, d’Ele.

Estática:
- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAARGH!

Ela abre os braços, dissipando toda a energia para fora, para o alto. A eletricidade que a mantinha presa agora não existe mais, pertence aos céus. Fernanda cai no chão. Ainda sente suas pernas, mas as sente doloridas, assim como o resto do seu corpo. Ela rasteja para a mesma entrada que o grupo de Arsenal passara em sua incursão. Fernanda cai, deita no chão, ofegante, soltando um sorriso de alívio.


Os garotos veem Luminos sendo empurrado com voracidade por uma forte corrente elétrica que até dar de encontro com uma parede. Seu uniforme chamuscado, com seu emblema totalmente corroído. Os jovens se assustam momentaneamente, não tendo muito tempo para lamentar. No entanto, munido de sua coragem, Sísmico toma a palavra. O rapaz rapidamente cria uma estratégia para a equipe.

Impacto:
- Bicho, tu tem certeza de que isso vai funcionar?

Sísmico:
- Tá vendo o que a gente tá enfrentando? É tudo ou nada...

Os garotos discutem, enquanto se protegem das investidas do ser elétrico, que disparava seus raios na direção dos demais. O principal alvo era Impacto, que se escondia atrás das paredes de rocha de Sísmico, enquanto entendiam o plano do segundo. Diego então começa a se mover de forma contrária ao que fazia antes, não se direcionando mais para seus inimigos, e sim em direção às tubulações que envolviam o subsolo. Neste momento, Alex toca a mão de Pedro, recebendo seus poderes e entendendo melhor a estratégia de seu companheiro. Ele retoma a confiança no plano e, de repente, grita:

Réplica:
- ESPECTRO! SKYWALKER!

O jovem Davi, ao ouvir seu codinome, desperta de suas divagações. “Skywalker”, pensava ele. Batizara aquela estratégia em um de seus árduos treinamentos na sala de combate. Espectro ainda pensava naquele treinamento, e em toda raiva reprimida. No entanto, seu objetivo era maior que seus sentimentos naquele momento. Precisava se concentrar e foi o que fez. O suor escorria por seu rosto, fazendo com que sua máscara algumas vezes “colasse” em sua face.

Sísmico:
- Um...

Davi se torna intangível, tentando deixar seus pés o mais próximo possível do chão, a fim de não deixar transparecer que usava de tal poder para combater sua adversária, a fim de ludibria-la e pegá-la de surpresa no combate. O rapaz gira, desviando falsamente dos golpes desferidos pela inimiga, que criara uma espécie de couraça com espinhos nas mãos. Davi finge que golpeia a mulher, que se desvia facilmente. Ela tenta golpear o rapaz mais uma vez, em vão.

Sísmico:
- Dois...

Diego se coloca em posição para o ataque. O rapaz segura as tubulações de água, fazendo força contra elas. Elas começam a se contorcer, derramando filetes de água pelas pequenas rachaduras feitas pela força de Impacto. Pequeninas cascatas d’água passam por dentre os dedos de Diego, que se segura para não quebrar os dutos d’água entre seus braços.

- Impacto... Diego... Desgraçado...

Davi ouve a voz do inimigo elétrico, aterradora. Ele se dispersa por alguns segundos, não notando a chegada de Alquimista. Ao recobrar a consciência para a batalha, Espectro consegue se desvencilhar, no entanto, um dos punhos da adversária passa por dentro de sua capa. A mulher demonstra a ira em seus olhos, descobrindo que fora iludida pelos poderes do jovem. Neste momento, Sísmico grita:

Sísmico:
- TRÊS!

Impacto destrói as tubulações, criando uma tromba d’água contra o ser feito totalmente de eletricidade. A poderosa onda imunda o local, se sobrepondo à criatura elétrica e Alquimista. Davi vê a água transpassando seu corpo, encarando frontalmente sua oponente, que é encharcada. Neste momento, os feixes elétricos começam a se intensificar. Uma espécie de chicote atinge o peitoral do uniforme de Diego, que voa em direção ao esgoto, sendo mergulhado dentro dele.

Réplica e Sísmico socam o chão. Neste momento, três barreiras de pedra começam a se formar, como se fossem uma fila. A estrutura é alta e espessa, vindo debaixo do chão, não dando abertura para que a água eletrificada passe e os atinja. No entanto, a grande onda de eletricidade, seguida de um urro medonho, começa a atingir as paredes de rocha criadas pelos dois. Feixes, chicotes e rajadas elétricas se chocam contra a primeira barreira, causando rachaduras. O tempo de recuperação do isolamento parece ser menor que de sua destruição, fazendo com que a primeira barreira se desfaça lentamente.

Réplica:
- Não vamos aguentar muito tempo...

Sísmico:
- Aguente firme, Alex! Nós precisamos!

Davi vê que seus amigos começam a correr perigo, mas não há algo que possa fazer para ajuda-los. Seus dentes trincam, enquanto a raiva começa a tomar conta de si. Suas mãos começam a ficar tangíveis novamente, passando lentamente para seus braços. O garoto estava perdendo a concentração novamente. Neste momento, um grito chama sua atenção. Alquimista fora atingida por um dos diversos raios disparados por aquele lugar. Davi logo recobra a concentração, ficando intangível novamente. Os raios passam por seu corpo, pegando o solo e as paredes, indo até a água do esgoto.

- Foooooooorça Heroooooooooica...

A voz novamente, mas desta vez de forma angustiante, balbucia as mesmas palavras repetidas vezes. A segunda barreira formada por Sísmico e Réplica cai. Os dois começam a se concentrar em reforçar a barreira que sobrara, enquanto os raios se tornam mais fortes. Davi, no outro canto, olha preocupado com seus amigos. Sísmico fecha os olhos.

Sísmico:
- Droga! Droga! Droga!

O rapaz se martiriza, por seu plano não estar dando certo. Ele revê a cena de Impacto sendo atingido, na sua cabeça, enquanto imagina seus demais companheiros passando pela mesma situação. Réplica coloca a mão no ombro do rapaz, tentando acalmá-lo.

Réplica:
- A culpa não é sua. Nós somos responsáveis pelos nossos atos. Se todos aqui seguiram seu plano é porque nós quisemos. Agora se concentre, e me ajude a deter essa coisa!

As palavras de Alex injetam confiança no rapaz, que coloca suas duas mãos no chão, tentando reforçar a barreira. No entanto, os poderes dos dois parecem se esvair. Cansados, Réplica e Sísmico se entreolham, começando a fraquejar. Uma corrente elétrica atravessa a barreira, agora fragilizada, fazendo uma trilha entre os dois rapazes. A eletricidade começa a invadir o espaço protegido pelas paredes de rocha.

Espectro:
- PESSOAL!

O grito de Davi ecoa pelo local. Neste momento, um grande feixe de luz dourada atravessa o campo de batalha, indo de encontro ao ser de eletricidade. O grande suporte de luz começa a empurrar os raios elétricos para trás, que começam a se dispersar. Os pequenos traços de energia elétrica tentam acertar os heróis, mas são parados por construtos dourados. Réplica e Sísmico, assim como Espectro, são envolvidos por uma luz dourada. Eles olham para trás, vendo Luminos sendo carregado por Impacto. O segundo solta um sorriso, enquanto o primeiro se concentra, fazendo todos serem içados. O ser de eletricidade some, se dispersando pelos fios de cobre nas paredes.


Garuda se concentra. Seu elo mental com os demais companheiros normalmente sugava um pouco de sua energia, mas o rapaz conseguia se manter concentrado o bastante para sustenta-lo e atacar seus inimigos ao mesmo tempo. O rapaz conversa com Arsenal, sua dupla nesta batalha. Os dois traçam logo um plano para deter seu adversário. Por sua vez, Arsenal tenta chamar a atenção do vilão, que parecia obcecado por ele. O rapaz dispara diversos projéteis de energia contra o inimigo, que começa a disparar descargas elétricas contra o inimigo. Carlos se protege, usando seus construtos como escudos, rechaçando as investidas inimigas.

- Arsenaaaaaaal... Carloooooos... Amigo... Não. Malditooooo...

Carlos ouve aquela voz, com as palavras direcionadas a ele, sentindo calafrios desde então. No entanto, o rapaz não tem tempo para analisar a situação. Uma enxurrada de golpes elétricos voa em sua direção. O rapaz criava mais e mais de seus objetos feitos de pura energia, deixando-os pelo chão.

Arsenal:
“Qual é, Rad? Ainda não tá pronto?”

Garuda:
“Tudo a seu momento... Agora!”

Garuda lança pequenas agulhas do metal especial efeagatênio. Os projéteis de metal se fincam nos arcos elétricos gerados pelo inimigo, se desprendendo de seu corpo imaterial. O vilão começa a gritar de forma agoniante, enquanto “vê” que pedaços de seu “corpo” são pouco a pouco retirados de si. A eletricidade é levada pelas agulhas até os diversos construtos colocados pelo local, por Arsenal. O rapaz observa, enquanto a energia elétrica que ficava se transformava em um rosto, um rosto familiar para Carlos. O rapaz não reconhecia aquele rosto direito, apenas sentia que já o conhecia.

- Força Herooooooica... Vilõeeeeeeeees...

Garuda faz força para conseguir separar os últimos feixes de eletricidade entre si. Ele usava as duas mão para controlar seus metais. Arsenal torcia, agachado junto ao solo, cansado. Havia usado muito de seu poder contra o monstro. O rapaz encorajava, em um tom baixo, seu companheiro.

Arsenal:
- Vamos, Rad...

Quando o rosto feito por eletricidade estava prestes a desaparecer, uma explosão é causada. Ela levanta poeira, quase cegando os dois heróis. Arsenal, em um último suspiro, cria um construto entre os dois e os detritos. Os construtos-armadilha de Carlos somem, junto da eletricidade aprisionada neles. Os dois se levantam, abrindo os olhos lentamente, enquanto a poeira se assentava.

Arsenal:
- Bom, pelo menos vencemos.

Garuda:
- Não, ainda não... Ainda falta um...

Arsenal:
- Do que você tá falando?

Neste momento, os dois veem Olívia saltando, se desviando dos ataques desferidos contra ela... Por Antares! Carlos se surpreende, enquanto Garuda apenas ajeita sua máscara, tentando acessar a mente de Jean com seus poderes.

Olímpica:
- Ahn, gente... Eu preciso de ajuda aqui, o Jean ficou maluco!

Arsenal:
- O que tá acontecendo com esse moleque!? Ele ficou sequela!?

Garuda:
- Estou tentando manter contato telepático com Jean, mas não consigo. Algo, ou alguém está na cabeça dele, e eu não consigo alcança-lo...

Arsenal:
- Como assim? Alguém tá controlando ele?

Garuda:
- Não... Parece que vem... De dentro dele...

Arsenal não entende, mas mesmo assim parte para tentar acalmar, ou até derrubar Antares, que parecia ensandecido. Olívia tentava se esquivar, mas acaba sendo pega por um golpe de seu amigo, se chocando contra uma parede. Arsenal se envolve em uma armadura de energia, golpeando o rosto do companheiro, que se enverga para trás, mas logo volta, dando uma cabeçada na altura da testa de Arsenal, rachando sua armadura. Jean ainda aplica mais um golpe contra Arsenal, o derrubando.

Antares:
- Saia... Da minha... CABEÇA!

Antares corre em direção à Garuda, que permanecia parado, tentando invadir a mente de Jean e puxar sua sanidade de volta. Rad fica apreensivo, mas ainda imóvel, até que Jean é atingido na cabeça por uma descarga elétrica, caindo para trás. Arsenal e Olívia olham para trás, vendo Estática se esgueirar por uma escada. Antares coloca a mão na cabeça, ainda bastante atordoado.

Garuda:
“Onde você está, Jean?”


- Diário do Doutor Hoffman, 9 de Abril de 2017: Meus experimentos foram uma maravilha. Os soldados cumpriram seu propósito e o espécime mostrou que consegue se adaptar a situações adversas, mesmo estando verde ainda. Mas é muito bom ver que meu trabalho gerou frutos durante essas décadas. Infelizmente, não posso deixar vocês saírem daqui com todas essas provas desse lugar. O que é uma pena, pois eu adorava esse lugar... ...

Supremo:
- Pessoal, atenção! O maldito iniciou um protocolo de destruição desse lugar, quer dizer que ele não tá aqui. ATENÇÃO, FUJAM DAQUI!

Todos os heróis escutam o aviso. Luminos carrega seus alunos em suas cápsulas de energia, flutuando para a saída do subsolo do prédio. Umbra envolve seus dois companheiros em suas sombras, carregando-os para a entrada principal. O problema era o grupo de Arsenal, que ainda se mantinha em batalha contra Antares, descontrolado. Na corrida para sair do prédio, O grupo de Morfo se depara com Supremo e seus soldados.

Morfo:
- Rainer...

Supremo:
- Não ouviram? O lugar vai explodir! Fora, todo mundo!

Umbra:
- E a Fernanda!? Cadê a Estática!? Cadê os outros?

Luminos:
- Atenção garotos! Meu grupo tá bem, já conseguimos sair do prédio. Estamos esperando por vocês, saiam logo!

Centelha:
- Mas e a Estática? E o grupo do Rad?

Arsenal:
- Calma, galera! A Fernanda tá com a gente.... A gente só tá... Terminando um assunto aqui... E já saímos!


Arsenal se desvencilha de Antares, que o agarrara pelo pescoço. O rapaz é atingido por mais um raio desferido por Estática, que ainda estava muito cansada, quase sem energias para se manter de pé. Olívia vêm por detrás de Jean, acertando-lhe na cabeça com seu bastão, em vão. O rapaz joga a cabeça um pouco para frente, mas logo retorna, girando e dando um tapa no rosto da moça, com as costas das mãos. Liv é salva por um dos construtos de Carlos, se recompondo logo em seguida.

Matriz:
- Arsenal... Arsenal... CARLOS!

Arsenal:
- Tô ocupado agora, Sara! Tendo uma conversa com um amigo!

Matriz:
- Mas é urgente, é sobre o Hoffmann!

Arsenal:
- Que ele vai explodir isso aqui? A gente já sabe, por isso tô tentando terminar isso rápido.

Arsenal conversa com Matriz enquanto desvia dos ataques de seu companheiro.

Matriz:
- Não é isso. Ele está morto... Desde a década de 90.

Arsenal:
- É O QUÊ!?

Matriz:
- Ele foi um renomado cientista da Pegasus, em seus primórdios, mas foi dado como morto. Segundo os registros médicos na época, falência múltipla dos órgãos.

Arsenal:
- Pqp... Me mantenha informado então... Desligandooo!

Garuda observa seus companheiros lutarem contra seu amigo Jean, enquanto tenta utilizar seus poderes para clarear a mente do menino. Rad parecia cansado, com o suor escorrendo por seu rosto, mesmo que seu semblante dentro da máscara demonstrasse serenidade. Não poderia perder mais um companheiro, não poderia deixar mais um amigo se machucar.

Garuda:
“Achei!”

Jean acorda. O rapaz parecia estar em um campo perto de um riacho. Era uma visão que o acalmava. O cheiro de grama molhada pela fina chuva logo de manhã. O balançar das árvores, com suas folhas verdes e o cantar dos pássaros o deixavam em um estado de êxtase profundo. No entanto, toda aquela paisagem começa a sumir. As folhas verdes se tornam vermelho sangue, enquanto o canto dos pássaros se torna esganiçado. A paisagem se transforma em algo sombrio, soturno. Logo, Jean se levanta, dando de cara com ele mesmo, só que mais sombrio. Os olhos de seu outro eu eram escuros, com a íris amarelada. Sua pele era mais pálida e os cabelos tão negros como a paisagem se tornara.

Thomaz:
- Você me trancou aqui, mas já está na hora de tomar o que é meu.

Jean:
- Thomaz... Você sabe que não...

Thomaz:
- CALE A BOCA!

Jean arregala os olhos, assustado com aquela cena. O rapaz deixava rolar uma lágrima por seu olho esquerdo, enquanto ouvia seu irmão falar.

Thomaz:
- Você não sabe o que é viver trancafiado... Engaiolado na cabeça de alguém. Ter que assistir a tudo que você faz, todas as suas ações patéticas, sem poder ter um mínimo de controle. Você quase nos matou inúmeras vezes, INÚMERAS!

Jean:
- Você não tem esse direito... Não tem o direito de tomar o meu corpo e machucar os meus amigos.

Thomaz:
- ESSE TAMBÉM É O MEU CORPO! Eu finalmente vou tomar o que é meu por direito e você não vai me atrapalhar! Eu vou passar por cima de tudo pra ter minha liberdade e não é você que vai me impedir. EU VOU TE EXPULSAR DAQUI, SEU VERME!

Quando os dois estão prestes a se enfrentar, Jean e Thomaz ouvem uma voz vinda ao longe. Fraca, mas perceptível. Era a voz de Radesh, que chamava Jean de volta, para casa, para seus amigos.

Garuda:
“Jean... Volte, por favor... Precisamos de você... Lewmbre-se...”

Thomaz:
- NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO!

Thomaz se debatia, colocando as mãos na cabeça. O rapaz se ajoelhava, gritando a palavra “não” diversas vezes, sentindo muita dor. Jean começa a recobrar o controle de seu corpo.

Antares joga Estática no chão, exaurida. O rapaz tenta ataca-la, mas é impedido por Arsenal, que o segura, mas logo é golpeado na cabeça, caindo no chão. Olímpica tenta um chute no rosto do rapaz, mas é bloqueado pelas mãos do mesmo. Antares a joga no chão e tenta mais uma vez, agora sem empecilhos, um soco no rosto de Fernanda, indefesa. Logo, a mão para. O punho fechado, trêmulo, ficara a centímetros da testa de Estática, que permanecia parada, com os olhos bem abertos. Jean, por sua vez, lacrimejava muito, até que se senta, olhando para as próprias mãos, tremendo. Quando tentava dizer algo, o rapaz é apagado por Garuda, utilizando sua telepatia.

O prédio explode. Miguel e Agnes choram do lado de fora, perto de um dos FHurões, enquanto Davi soca a lataria de um outro, tentando expelir sua raiva. Os demais seguem cabisbaixos, até notar a aproximação de cinco pessoas. Com seus últimos fios de energia, Arsenal e Garuda transportam todos dali, enquanto veem o prédio desabar. Miguel e Agnes abraçam forte sua amiga Fernanda, enquanto Pedro solta um sorriso de alívio. Alex ajuda Olívia a ficar de pé, enquanto Tiago e Rainer ajudam a segurar o combalido Jean. Rad e Davi dão um firme aperto de mãos e Carlos e Diego se entreolham, enquanto Lucas dá uns tapinhas nas costas dos dois.


Instituto Victoria Cardoso, 10 de Abril de 2017, 9h50:

Os garotos passam por mais um check-up, após os incidentes do dia anterior. Era o terceiro em menos de 24 horas. Granizo e o Doutor conversam em frente à enfermaria, enquanto os demais fazem os exames.

Doutor:
- A maioria dos garotos está bem, mas alguns precisam ter mais cuidado. Fernanda precisa de um tempo maior de repouso, usou muito seus poderes em um curto período de tempo. Rad é outro. Seus poderes são formidáveis, mas seu corpo ainda é de um adolescente. Ele precisa ter mais cuidado. Diego sofreu algumas escoriações, mas nada que o impeça de jogar seu rúgbi, ou bater em alguns soldados.

Granizo:
- E quanto ao Jean?

Doutor:
- Clinicamente está ótimo. O problema deles é mais psicológico.

Granizo:
- Deles?

Doutor:
- De acordo com relatos dos próprios garotos, o comportamento do Jean mudou radicalmente. É como se ele tivesse duas personalidades, e uma delas fosse de um psicopata.

Granizo:
- Talvez eu deva chamar um amigo telepata que entende sobre a mente humana.

Doutor:
- Não acredito que seja uma boa ideia alguém estar na cabeça dele por algum tempo.

Os dois discutem mais um pouco sobre a condição dos demais alunos, até que Hugo chama Bruno para visitar Lucas, seu discipulo e professor dos garotos. O rapaz também sofrera com os ataques do dia anterior.

Luminos:
- Velho, por favor... Sem mais missões por algum tempo, falou?

Granizo:
- Não se preocupe, Lucas... Não teremos missões por um longo tempo...

Carlos olha pela janela no fim do corredor. Ela dava para os jardins do instituto. O rapaz não parava de pensar naquele ser de pura energia elétrica falando seu nome. Ficava inquieto ao rever aquele rosto de pura energia balbuciando aquelas palavras que não sabem de sua cabeça. Neste momento, ele sente uma mão em seu ombro, cortando seus pensamentos. Diego e Tiago surgem.

Impacto:
- O que houve pra você ficar tão pensativo?

Arsenal:
- Vocês não perceberam nada de estranho? Nada... familiar?

Morfo:
- Do que você tá falando?

Arsenal:
- Do maluco elétrico. Teve uma hora, quando eu e o Rad estávamos prendendo ele, que ele se transformou em um rosto de pura eletricidade. Eu juro que reconheci aquele rosto de algum lugar, só não me lembro quem...

Impacto:
- Sem contar que aquela... Coisa sabia nossos nomes.

Morfo:
- Então podemos presumir que a Fuerza Baja sabe todos os nossos segredos, não é?

Arsenal:
- Não sei... Espero que não...

Os garotos mais novos se reúnem em um banco próximo à enfermaria. Eles se juntam a Radesh, que permanece de olhos fechados. Sua feição era calma, serena, não demonstrava nenhuma angústia ou sofrimento. Olívia é a última a chegar, se sentando ao lado de Davi, que por sua vez sentava ao lado de Radesh. De pé estavam Alex, Pedro, Miguel e Agnes, enquanto Fernanda sentava do outro lado do indiano.

Olímpica:
- E o Jean, está bem?

Espectro:
- Desde o último exame que fizemos, ele não saiu do quarto, se trancou lá.

Garuda:
- Não sei dizer... Seus sentimentos estão turvos, distantes. Não consigo uma aproximação dele.

Réplica:
- Mas será que ele vai ficar bem?

Garuda:
- Não sei... Há uma parede entre ele e o mundo fora daquele quarto.

Os garotos permanecem cabisbaixos, até se encontrarem com os demais membros. Eles trocam meia dúzia de palavras, sobre a saúde de uns e dos outros, um pouco sobre a última missão e sobre Jean. Logo após se separam, indo cada um para um canto.

Em seu quarto, com a porta trancada, Jean está sentado na lateral da cama, olhando para a janela aberta, para o lado de fora. O rapaz olhava para o céu, para as grandes árvores balançando suas folhas. Para os pássaros voando e cantando. Até que escuta a voz de Thomaz em sua cabeça. Mas não era a voz dele, era apenas uma lembrança. Thomaz parecia ter sumido após a batalha dentro de sua cabeça. No entanto, Jean permanecia sem saber o que fazer. Quase matara seus companheiros, seus amigos. As lágrimas rolam pelo seu rosto. Ele fecha os olhos, em vão. A tristeza tomava conta de si...


QG da Fuerza Baja, 10 de Abril de 2017, 12h03:

Os médicos correm de um lado para o outro, enquanto Hoffmann e seu soldado telepata veem tudo através de um janelão de vidro. Vários feixes de energia elétrica “dançam” pela sala em que havia o módulo de vida, que era de onde saíam os raios. Alguns médicos corriam pelo pânico, outros tentavam conter a catástrofe. Hoffman logo começa a caminhar, com alguma dificuldade, até a porta de entrada da sala.

Telepata:
- Aonde vai, senhor?

Doutor Hoffmann:
- Visitar nosso mais novo amigo, oras...

O doutor adentra na sala, com calma. A porta se fecha vagarosamente. Neste momento, o vidro que circundava o módulo de vida explode. De dentro dele pula uma figura, de cabelos castanhos e olhos negros, de pele branca, por onde circulavam diversos filetes elétricos. Confuso, o rapaz não sabe pra onde ir.

Doutor Hoffmann:
- Muito bem, meu rapaz. Pode ficar tranquilo, está entre amigos.

Garoto:
- Quem... Quem são vocês?

Doutor Hoffmann:
- Somos as pessoas que te trouxeram de volta à vida?

Garoto:
- Onde estão... Onde estão meus...

Doutor Hoffmann:
- Amigos? Humpf... Te abandonaram, como sempre fazem com aqueles que eles acham ser fracos, inúteis.

Garoto:
- Não... Eles não fariam isso.

Doutor Hoffmann:
- Eles já fizeram. E mais de uma vez, por sinal. Você era só uma peça de xadrez no jogo deles, filho. Quando você não foi mais necessário, te jogaram fora como um sapato velho.

Garoto:
- Quem é você?

Doutor Hoffmann:
- Meu nome é Celius Hoffmann, sou o médico que te fez recobrar a consciência e sua coordenação motora.

Os dois se encaram por alguns instantes. Hoffmann parecia transmitir confiança para o rapaz, que logo pega uma cadeira e se senta. Hoffmann pede uma cadeira para si, se sentando logo em seguida. O homem abre uma ficha, que havia recebido de um dos médicos, ainda atordoados e com medo do rapaz à sua frente.

Doutor Hoffmann:
- Sabe... Adir? Parece que seus pais não foram tão legais com você, não? U prefiro seu outro nome, qual era mesmo? Ah, sim... Próton...


Prefeitura de Nova Capital, 10 de Abril de 2017, 14h45:

O homem, de terno preto com finas linhas acinzentadas, cabelos loiros e óculos escuros adentra a sala do prefeito, que assinava alguns papéis. O homem cruza as pernas, sentando à frente de Zimmer, colocando seus óculos na mesa.

Marcelo Abrão:
- Ele deu um passo muito perigoso.

Adrian Zimmer:
- Hoffmann era um problema seu, não meu. Você deveria puxar a cordinha daquele cachorro louco.

Marcelo Abrão:
- Ainda temos a vantagem. Hoffmann não pôs as mãos nele.

Adrian Zimmer:
- Mas ficou mais perto do objetivo.

Marcelo Abrão:
- Tem certeza que esse é um lugar seguro pra conversar sobre isso?

Adrian Zimmer:
- A prefeitura é o meu reino e não há lugar mais seguro que meu reino.

Marcelo Abrão:
- Precisamos dar o próximo passo logo. Afinal, o que estamos...

Adrian Zimmer:
- O que VOCÊ precisa é suprimir aquele velho maluco de cutucar um vespeiro que ainda não estamos prontos pra enfrentar. Quando chegar a hora, Abrão, a ordem chegará até nós e poderemos seguir com nossos planos. Até lá, ficaremos no aguardo.

Os dois se encaram por alguns segundos, até que o prefeito retoma a palavra.

Adrian Zimmer:
- Se não se importa, tenho muito trabalho a fazer.

Marcelo Abrão:
- Você está mesmo se dedicando ao trabalho de prefeito. Até parece que nasceu pra isso.

Adrian Zimmer:
- Aparências, meu caro. Preciso mantê-las até a próxima fazer estiver pronta pra ser executada. Agora, me faça um favor, limpe a sujeira que sua cadela senil deixou pra trás e não me venha perturbar com assuntos que não são de minha alçada...

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