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T04E05 – Marcando Território

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22/07/18, 09:49 pm
Porto de Santos, 13 de Fevereiro de 2017, 21h43m:

A linda noite de verão não escondia os perigos vindos das proximidades do Porto. Lá era conhecido como um grande ponto de venda de drogas, além de ser por onde as mercadorias, lícitas ou não, passavam. Dono do local, Don Giovanni Cicciolino é envolto de vários mistérios, inclusive sua parcela no crime organizado de Nova Capital.

Dois rapazes faziam negócios perto de um armazém localizado no porto. Um, de pele branca, cabelos negros, vestimentas caras e óculos escuros, parecia receber um pagamento de um outro rapaz, de cabelos loiros e roupas casuais. Os dois conversavam e riam um pouco. Eles param a conversa após ouvirem passos. O primeiro dá alguns passos, tentando identificar quem vinha em direção aos dois. Neste momento, 7 pessoas encapuzadas, de rostos cobertos, tênis esportivos e alguns adereços em seus pescoços, aparecem atirando. Os dois rapazes são pegos pelas balas, caindo imediatamente, mortos. As poças de sangue se tornavam maiores, enquanto os outros fugiam.


Avenida Central, 14 de Fevereiro de 2017, 18h37m:

O FHurão atravessava a avenida em direção ao Porto. Impacto dirigia o carro enquanto Espectro o auxiliava, mantendo a transmissão entre eles e Luminos. Os demais, Antares, Centelha, Garuda e Olímpica, sentavam nos bancos mais atrás. Luminos indicava a missão para os garotos.


Luminos:
- O jovem de camiseta branca e cabelos loiros se chama Nathan Sobel. Ele é membro dos Krazny, família mafiosa de origem russa. Eles fabricam umas drogas meio estranhas, pra um público bem específico. Enquanto o outro moleque se chama Mario Cicciolino. Ele é sobrinho de Don Giovanni Cicciolino, o grande chefão do Porto e membro da família mafiosa mais importante de NC.

Centelha:
- Tá, mas o que isso tem a ver com a gente? Isso não é caso de polícia?

Impacto:
- Duvido a polícia se intrometer nisso. Esses caras têm quase todo departamento comendo nas mãos deles.

Luminos:
- A missão de vocês é investigar uma reunião que vai acontecer entre os chefes das famílias do crime de Nova Capital. Entrem, se escondam e verifiquem. Vou passar a planta do provável local de encontro para vocês.

De repente, uma imagem se materializa nas mãos de Espectro. Um conjunto de galpões, próximo ao porto. Provavelmente em algum deles seria a reunião convocada por Don Cicciolino.

Luminos:
- Por favor, tomem cuidado. É muito provável que hajam conflitos. Na última reunião de todos os chefões, há alguns anos, 3 membros dos O’Malley foram mortos simplesmente por fazerem uma piada de mau gosto com os Kaneda.

Os rapazes chegam próximo ao local, deixando o FHurão encoberto. Eles se reúnem para traçar uma estratégia, enquanto Luminos se despede. Os carros dos membros das famílias começam a chegar. Os Cicciolino, anfitriões. Os Krazny, parte interessada na confusão. Os colombianos da família Galvídia, os jamaicanos dos Tyler e os japoneses dos Kaneda. Um grupo não aparecera no local. Os irlandeses dos O’Malley.

Luminos:
- Tomem muito cuidado, principalmente com os russos. Dizem que eles são os mais violentos dentre todos ali. Os japoneses são bons com armas brancas também, enquanto os jamaicanos sempre usam automáticas. Os colombianos e os italianos normalmente não gostam de sujar as mãos, mas são bem cirúrgicos quando precisam eliminar alguém.

Luminos se despede dos garotos, que vão em direção ao local, com cautela, se preparando para uma possível guerra.


Obs: Previamente vocês sabem o ramo de cada uma das famílias citadas:

Italianos: Comandados pela família Cicciolino, que tem como líder Don Giovanni Cicciolino. Controlam a entrada e saída de produtos pelo Porto desde a fundação da cidade. Possuem a maioria do departamento de polícia em seu bolso. A única família que tem boa relação com todas as outras, fazendo o meio de campo em qualquer conflito. Eles também regem o comércio do jogo ilegal.

Japoneses: Liderados pela família Kaneda, capitaneada por Tetsuo Kaneda, grande bilionário da indústria imobiliária. Os japoneses agem nas sombras com o tráfico de ópio, em pequenina escala, além de tráfico de pessoas e exploração sexual. Também lidam um pouco com jogos de azar, como máquinas caça-níqueis.

Russos: São chefiados pelos Krazny, tendo como líder Rodolfo Krazny. São considerados violentos, mas justos em seus negócios. São grandes comerciantes do ramo das drogas. Eles confeccionam e distribuem drogas sofisticadas para as classes média e alta. Volta e meia fazem negócios com os Colombianos e tem uma relação de parceria com os Italiano, sendo seus melhores “clientes”. Também traficam armas militares russas, tendo alguns membros Ex-KGB em sua lista de contatos.

Colombianos: Os tubarões do mercado das drogas. Os mais famosos produtores de cocaína da América do Sul, distribuem suas drogas para todas as classes sociais da cidade. São liderados pela família Galvídia. No entanto, os membros dos Galvídia raramente aparecem em público, deixando tudo a cargo de seu homem de confiança, José Advíncula, um peruano (PASMEM) naturalizado colombiano, amigo de infância de Arturo Galvídia, filho mais velho do chefão do tráfico, Armando Galvídia. São calculistas e impassíveis. Apesar de rivais, mantém boa relação com os Russos, mas sempre entram em choque com os Jamaicanos.

Jamaicanos: Os impulsivos senhores da maconha. Distribuem drogas naturais pelas regiões mais pobres da cidade. São concorrentes diretos dos Colombianos. Possuem um gênio forte, sempre entrando em conflito com a maioria das famílias, mas sempre ouvindo os conselhos dos Cicciolino. Os irmãos Johnny e Joan Tyler vieram para o Brasil por ser um país onde a lei é mais maleável e boa para iniciar a expansão de seus negócios.

Irlandeses: Os mais enigmáticos dentre as principais famílias do crime organizado. Liderados pelos O’Malley (Nunca se sabe quem é o líder, pois a cada hora um se pronuncia como tal), os irlandeses começaram com roubo de cargas para revenda no mercado sujo. Alçaram voos mais altos ao entrarem no ramo do estelionato, se tornando os maiores “financiadores”. Também são os grandes traficantes de armas de Nova Capital, financiando armamento para algumas famílias do crime, como para traficantes das favelas e outros bandidos que cheguem a seu preço. Não comparecem às reuniões das famílias do crime após um incidente com os japoneses, que mataram 3 membros de sua família. Tentaram entrar no ramo das drogas, mas foram expurgados pelos japoneses, russos e colombianos.


Última edição por Solar em 23/07/18, 09:54 pm, editado 1 vez(es)
Paradoxo
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23/07/18, 09:18 am
A equipe havia traçado o plano dentro do Fhurão, definindo as prioridades de ação e os fatores chave daquela situação. Existiam dois grandes complicadores, o primeiro era a reunião em si, grande parte dos bandidos de Nova Capital sobre o mesmo teto, armados demais, raivosos demais, perigosos demais. Outro ponto era a ausência dos Irlandeses. Eles não simplesmente faltariam uma reunião daquelas. Pouco antes de descer da van, Garuda testou seu comunicador e teve uma idéia.

– Eu vou precisar me concentrar bastante lá, portanto o elo mental está fora de questão... mas, usar os comunicadores pode ser perigoso também, alguém pode estar ouvindo, sei lá. Se vocês precisarem de um elo mental, enviem um pequeno sinal para meu comunicador que eu nos conecto rapidamente.

Sorriu e seguiu para fazer sua parte. De seus bolsos os sólidos de efeagatênio voaram e se desfizeram, transformando-se em poeira, para logo depois formar um disco sobre o qual Garuda se colocou de pé. Apertou o local certo do seu uniforme e fez com que ele entrasse no modo furtivo, com tons de preto e cinza. Voou para cima de um prédio ao lado de onde iria acontecer a reunião.

Lá de cima poderia identificar possíveis observadores inimigos, além de ter uma distância segura para absorver os pensamentos das pessoas presentes na reunião. Sua intenção era absorver todos os pensamentos ali como um grande bloco de informação, sem muitos detalhes, apenas tentando buscar palavras chave que poderiam ajudá-lo a se orientar melhor. A partir daí, iria começar a filtrar os grupos de liderança para pegar as informações ou então os pensamentos pontuais de alguém que desse alguma informação relevante. Por fim, tentaria rastrear pensamentos de pessoas que estivessem mais isoladas. Imaginou que os segredos estivessem ali.

Estaria pronto para reagir e silenciar qualquer um que o descobrisse ali com sua telecinese e seus sólidos. Confiaria em seus companheiros para cumprirem as funções combinadas.
Caveira FH
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23/07/18, 08:30 pm
Olívia e Max, seu treinador entram no ginásio, era a vez de Olívia se apresentar representando seu país em uma competição de ginástica olímpica com esportistas de toda a América Latina. A competidora argentina havia feito uma pontuação muito alta e uma apresentação incrível, praticamente imbatível até o momento...

- Liv respira fundo tá? não fica nervosa, vai dar tudo certo... Diz o Treinador aparentemente mais nervoso do que a atleta.

- Eu sei, eu consigo. Não é minha primeira competição,eu sinto que to cada vez mais confiante eu tô gostando cada vez mais disso... Responde a garota enquanto caminha até o local demarcado para o inicio da prova.

A moça parecia calma e focada, ela da alguns passos para trás, estica os braços e as pernas se aquecendo enquanto aguarda o momento de começar sua apresentação.
Ela observa todo o espaço como se estivesse calculando seu percurso. A plateia estava eufórica, mas isso não a incomodava.
Olívia fecha os olhos e aguarda o momento exato de começar.
O juiz então apita, a jovem  parte em disparada para o centro do ginásio fazendo uma sequencia incrível de acrobacias complexas. Olívia abre os olhos,plateia e o júri vão a loucura.
- Consegui...

---------
Desde sua ultima missão Olímpica vinha mantendo seu treino como de costume, mas dessa vez sem exigir demais de si mesma. Semanas atrás a jovem atleta e seus companheiros haviam enfrentado um grupo de meta humanos  envolvidos no sequestro do prefeito. Apesar de alguns dos bandidos terem escapado, inclusive o adversário direto de Olívia, ela havia considerado uma missão de sucesso, pois o prefeito havia sido resgatado sem se ferir.
Mesmo sendo tão competitiva e sempre jogando pra vencer, ela concluiu que proteger as pessoas e evitar que o pior aconteça é muito mais valioso do que enfrentar um rival e vence-lo.
Proteger e evitar problemas. E será essa sua função hoje. O grupo de jovens heróis havia traçado o plano dentro do Fhurão. Olímpica faria com a função de vigiar a área e alertar seus aliados para que estes não sejam pegos de surpresa. Uma família criminosa não havia aparecido ainda na tal reunião. Nunca se sabe o que pode acontecer.
A moça prepara seus utensílios e ativa o modo furtivo de seu uniforme
- Então só pra frisar, eu vou dar um rolê furtivo por perto desses galpões e observar o que tá rolando na área e se eu ver algo suspeito ou alguém chegando dou um toque pra vocês...beleza, vamo nessa!

A jovem cada vez mais confiante em si mesma e em sua equipe se aproveitará de sua agilidade para se mover rapidamente no local, seja em solo ou nos telhados dos galpões. E a qualquer movimento suspeito ela alertará seus colegas.
Chip
Chip

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24/07/18, 01:51 pm
2 horas antes.

- Davi, essa dor que está sentindo agora é apenas em seu corpo físico. Se concentre em todos os aspectos de sua existência. Sua energia, sua alma, seu espírito. A dor não é mais forte que você. Não serão seus inimigos que o derrubarão. Será você mesmo se você ceder. - As antigas palavras do espírito de Malachias, de 10 meses atrás, ressurgiram em sua mente, quando passou a mão em sua barriga. Já não sentia mais dor, mas em suas duas últimas missões ele não havia sido cauteloso o suficiente para evitar ser atingido. E dessa vez ele prometia a si mesmo que seria diferente.

__________________________________

Agora

O garoto, sentado no Fhurão, olhou para trás, vendo seus amigos ali. De todos, tivera menos contato com Olívia e Jean, mas sabia que os dois eram bons companheiros do time, ainda mais Jean, por saber da confiança de Radesh no garoto. Olhou para seu amigo indiano e deu um leve sorriso pra ele.

- Pronto pra mais uma, companheiro? Prometo não te preocupar dessa vez. - Brincou com o amigo. Quando viu Agnes também prestando atenção em suas palavras, o garoto se virou para frente, envergonhado. - Foco, Davi, agora é momento de focar. - Abaixou a cabeça, pensativo, mas logo em seguida levantou novamente, com olhar sério, focado.

O último companheiro que Davi observava era Impacto ao seu lado. O veterano apenas estendeu sua mão fechada para o garoto, que entendeu o recado e deu um leve soquinho com as mãos.

Davi havia escutado atentamente as instruções de Luminos, e de acordo com o que foi combinado a caminho do porto de Nova Capital. Sabia dos riscos que estava correndo, mas ele era o mais apto para se infiltrar na reunião e por isso havia aceitado seu papel naquela missão.

Assim que seu amigo Radesh havia falado, Davi se pronunciava também

- Eu também vou manter meu comunicador desligado, por hora. No primeiro sinal de perigo eu irei te alertar para criar o elo mental, amigo!

Assim que desceram do Fhurão, Davi iria se dirigir diretamente para o local de reunião, com um plano já traçado em mente. Seria os olhos e ouvidos do grupo ali dentro. Iria se transformar em sua forma espectral, ficar invisível, intangível e permanecer no canto mais escuro da sala. E a partir de então, observar atentamente a reunião, confiando que seus amigos iriam observar do lado de fora. Queria colher o maior número de informações possíveis, mas se percebesse alguma situação perigosa, o garoto voaria para cima, ainda invisível e intangível e atravessaria o teto, para só então alertar seus amigos.


Última edição por Espectro em 24/07/18, 04:47 pm, editado 1 vez(es)
K.O
K.O

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24/07/18, 02:19 pm
No chacoalhar do fhurão Antares tombava levemente de um lado para o outro, como se sua atenção estivesse nos seus pensamentos e não necessariamente em se firmar no banco. A ansiedade pré-missão estava ali presente, mas só de saber que o que lhe esperavam eram apenas humanos e não meta-humanos sanguinários, e que eles tinham um pequeno vislumbre do que aquela noite guardava e não estavam apenas refém das surpresas o acalmava significantemente.

Os rostos ali presentes ja se faziam familiares, era a terceira Missão seguida que Antares, Impacto e Olímpica participavam juntos e isso deixava Jean mais à vontade em campo ao lado deles. Radesh ja era amigo de Jean, embora o garoto ainda não soubesse disso por falta de experiência. Todos esses laços com eles fazia com que Espectro e Centelha fossem abraçados nisso inconscientemente, não deixando a presença deles se tornar algo constrangedor.

Os jovens rapidamente começam a traçar seus rumos no plano, Garuda, Olímpica e Espectro são os primeiros a partir. A ideia inicial de Antares era ficar de vigia na porta da frente para qualquer eventualidade, porém, uma súbita vontade de se juntar a Olímpica tomou conta de suas decisões e ele logo seguiu sua companheiro. Talvez a preocupação venha do fato de ela não ser a prova de balas.

- Vou com a Olímpica. - Disse para os demais que haviam restado enquanto sumia na escuridão com seu traje furtivo.

Sabia que sua agilidade não era párea com a de sua colega de equipe, mas iria se manter o mais próximo possível dela, sempre observando os arredores e pronto para entrar em ação caso fosse necessário.
Vulto
Vulto

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24/07/18, 05:36 pm
Alguns meses atrás.

Com um “clac”, fecho o cinto em minha cintura e, com um profundo suspiro, levanto meus olhos para o espelho a minha frente. Nele, vejo uma garota de pele morena e olhos verdes-turquesa, nervosos, me encarando de volta. Ela trajava um uniforme majoritariamente cinza, com linhas laranja-fluorescentes, um pano âmbar envolto na cintura e um símbolo de fogo no peito. Visivelmente emocionada, mas também com medo, ela me perguntava, incessantemente, se estaria mesmo pronta para vestir aquele manto.

Do outro lado do quarto, Fernanda também vestia seu uniforme, fazendo poses em frente ao espelho, checando cada centímetro de sua nova vestimenta:

– Criminosos de Nova Capital, temam! Estática está na área! – Exclama, com os punhos apoiados na cintura. Faíscas elétricas pipocam de seu corpo. Olho para ela, sobre o ombro, sorrindo, voltando, em seguida, a fitar meu reflexo. Sob o vibrar do celular na cama – respostas de Jonas, Bia e Isa à foto que enviei da minha nova roupa – acaricio a chama alaranjada em meu peito. Nela, um pequeno volume: O colar de ágata de fogo, que repousava sob o uniforme. Como minha mãe antes de mim, eu era uma heroína... Eu era a Centelha.

__________________________________

Presente.

Sentada dentro do FHurão, passava a mão sobre o local onde, há pouco mais de uma semana, havia sido alvejada. Apesar do susto inicial, e graças aos cuidados do Doutor, o ferimento agora não doía mais do que uma leve câimbra – Estou pronta para voltar...! – Tento me convencer, enquanto me mantinha atenta as instruções de Luminos, chegando a questioná-lo sobre o nosso papel naquela missão.

O herói de luz nos informa que iriamos nos infiltrar numa reunião dos mafiosos da cidade – Me recordo de uma das inúmeras investigações deixadas por minha mãe, enquanto jornalista investigativa, envolvendo as famílias presentes naquela noite. De todas as pautas, as máfias de NC eram seu maior foco – “Como um buraco cheio de minhocas, os podres dessas organizações criminosas, que dominam Nova Capital, só aumentam quanto mais escavamos”.

Já nas proximidades da Av. Central, meus colegas de equipe se pronunciam, traçando um plano inicial. Nervosa, hesito por um instante. Minha falha na última missão voltava a minha mente. Cerrando os punhos, respiro fundo e ponho-me a falar:

– Eu vou com o Espectro... Me aproximar o máximo possível, pra investigar a reunião mais de perto – Sabia que aquela era uma oportunidade de continuar, ainda mais, o legado de minha mãe, por tanto não podia deixá-la escapar – Posso usar da minha transformação corpórea pra me manter oculta e me mover furtivamente, apesar de não ter controle total sobre ela... eu ach--sei que posso dar conta – concluo, tentando me convencer, de novo, que era capaz.


Última edição por Centelha em 29/07/18, 02:03 am, editado 4 vez(es)
Temporal
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24/07/18, 09:04 pm
Impacto segue na direção do FHurão, enquanto o briefing da missão é passado por Luminos. Pelo retrovisor do veículo, o rapaz observa brevemente o semblante de seus companheiros de equipe, enquanto se atenta ao trânsito e às instruções transmitidas por Espectro.

Por mais que fossem apenas humanos, estariam em um número muito maior, e provavelmente armados até os dentes. Diego se perguntava o motivo de tal missão. Não estavam acostumados a lidar com este tipo de criminosos, muito menos com mafiosos.

— Pessoal, vocês já sabem o plano. Nós estamos aqui apenas para investigar, então é o que faremos. Fiquem ligados com a ausência desses irlandeses e nunca subestimem seus inimigos. Não importa se eles não soltam rajadas pela boca ou sei lá o que, nem todos aqui são à prova de balas. Então tomem cuidado, ok? No primeiro sinal de merda, nós nos reagrupamos e resolvemos isso como um time.

Impacto, então, espera todos os seus companheiros de equipe se retirarem do FHurão e faz um cumprimento com Espectro. Por mais que estivesse se dando bem com os novos membros do Força Heroica, era inegável que permanecia mais próximo dos membros mais antigos. E, apesar de serem completamente diferentes, o rapaz tinha uma afinidade com Davi que chegava a ser mais estranha que as marcas que o garoto tinha no corpo.

Ao sair do veículo, Diego ativa o modo furtivo de seu traje e começa a se preparar. Ficaria de vigília no solo, se atentando à movimentações estranhas e, principalmente, à possível chegada de surpresa dos irlandeses, deixando o resto da investigação para seus companheiros de equipe.
Solar
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24/07/18, 09:48 pm
Os trabalhos começam dentro do galpão. A reunião começa, até certo modo, sabia. Cada família, por incrível que pareça, permitia seus semelhantes falar. Os mais inquietos, os jamaicanos ainda precisavam de seu intérprete para traduzir o teor da conversa. Mesmo tendo alguns negócios com os italianos, não eram próximos às outras famílias. Os russos possuíam o tom mais agressivo. Afinal, um dos seus morrera naquela situação.

Henry Krazny:
- Já podemos presumir que os irlandeses mataram meu camarada! Quando vamos pegar aqueles cabelos de salsicha e chacoalhar as coisas?

Rodolfo segura o braço de seu filho, fazendo um sinal negativo com a cabeça. Um dos membros dos colombianos solta uma breve risadinha, como se debochasse de todo aquele fervor na fala do rapaz. Henry os olha com cara de poucos amigos, enquanto um dos membros dos japoneses se levanta.

Sunny Kaneda:
- Desde que fomos insultados por aqueles... Animais, nunca nos esquecemos de sua falta de honra. Eles deveriam pagar por tudo isso.

Antonio Cicciolino:
- Mas não sabemos se foram eles de verdade.

Henry Krazny:
- Se não foram eles, foi alguém daqui.

Andrés Barragán:
- Quem daqui você está chamando de assassino?

Do lado de fora, Garuda permanece estático, apenas agindo sua mente. O rapaz procura por respostas, invadindo as mentes dos criminosos ali reunidos. Um conjunto de informações chegam ao rapaz. A raiva entre as famílias, alguns nomes de policiais no bolso dos mafiosos, negócios com empresas renomadas. Apesar dos impulsos de cada uma das famílias em dar cabo de seus concorrentes, ele não sentia que alguma delas havia matado os dois rapazes em questão, ou que sabiam de algo.

Espectro, junto de Centelha, invadem o local da reunião. Em sua forma de “fantasma” o rapaz se esconde em um dos cantos do galpão, observando atentamente a movimentação. Ele nota principalmente os Tyler, os mais inquietos com toda a situação. Há também uma pequena movimentação entre os Krazny, os mais revoltados diante daquilo. O rapaz vê, no entanto, a calma de Don Cicciolino, que não se mexia, apenas observava as reações dos demais.

Centelha, por sua vez, em sua forma de fumaça, flutuava entre os cantos escuros do local, apenas para coletar informações pertinentes ao grupo. A moça notava que os colombianos, exceto o representante, viam graça em toda aquela situação, enquanto os japoneses tinham expressões mais duras que o habitual. Ela vê um dos Tyler pegar uma arma.

Olímpica corre e salta entre os galpões. Ela percebe uma movimentação estranha. Vários soldados das famílias russa e italiana se movem de um jeito diferente, deixando seus postos de lado. De repente, um deles, ainda de guarda, parece sentir o impacto de algo em sua cabeça, que se mexe de forma estranha para frente e para trás. Seu corpo fica mole, culminando neste caindo no chão. A moça se agacha, usando um binóculo. Usando o zoom, ela vê o corpo estirado, com uma poça de sangue ao redor da cabeça do mesmo.

Antares vinha logo atrás da moça, tentando manter uma distância curta entre eles. O rapaz nota que os soldados mafiosos começam a se dispersar, de forma furtiva. Ele continua andando, abaixado, ficando ao lado de Olímpica. O rapaz vê a chegada de alguns sujeitos encapuzados, equipados com armas com silenciadores. Um pequeno tiroteio começa.

Impacto permanece no solo. O rapaz se esgueira pelos cantos de alguns galpões ao redor. O jovem vê a movimentação na parte frontal do galpão principal. Escondido, Diego assiste à um grupo de pessoas encapuzadas, com armas nas mãos, avançando pela frente, indo em direção ao portão principal, sendo o local mais guarnecido. Neste momento tiros são disparados pelo alto, acertando alguns guardas. Pela frente surgem os inimigos, alvejando os demais, que ficam sem reação.

Pelo alto, Garuda percebe a aproximação de mais gente. Os pensamentos inundam sua cabeça, mostrando que aqueles inimigos eram só o começo. O rapaz abre seus olhos, vendo os inimigos colocarem bombas no portão frontal. Os inimigos começavam a cercar o galpão da reunião, enquanto derrubavam, na surdina, os protetores do local.

Dentro do galpão, a discussão continua. Um dos irmãos Tyler retira a arma de sua cintura, colocando-a na mesa, com bastante força, como uma ameaça. Um dos colombianos levanta, já com intenção de mirar na cabeça do Tyler mais novo. Russos se inflamam, enquanto Japoneses se armam. Logo, todos são interpelados por Don Cicciolino, que bate sua bengala no chão seguidas vezes, chamando a atenção. Com sua voz rouca pela velhice, o senhor de ais de 100kg toma a palavra.

Don Giovanni Cicciolino:
- Vocês não vão vir à minha casa, abusar de minha hospitalidade, para resolver rusgas do passado... Eu estou aqui pra resolver a morte de meu maldito sobrinho, catso!

Durante sua fala, entre uma longa pausa e outra, os demais começam a se acalmar, voltando a sentar em seus assentos. Don Giovanni tossia horrores após alterar-se, mostrando sua frágil saúde quase 80 anos. O velho se senta e, quase que imediatamente, eles ouvem o barulho vindo de fora. Eles se levantam, se armando, até que uma explosão ocorre, destruindo o portão frontal. Rapidamente os líderes são encaminhados a sair, enquanto o tiroteio começava a rolar. Alguns membros das diversas famílias chutavam a mesa, criando uma proteção para si. Soldados caíam de um lado e de outro, enquanto a fumaça da explosão começava a se dissipar.


Obs: Alguns membros das famílias:

Henry Krazny: Filho mais novo de Rodolfo Krazny.

Antonio Cicciolino: Neto de Don Giovanni Cicciolino.

Andrés Barragán: Membro da família Galvídia e braço direito de José Advíncula.

Masaro “Sunny” Kaneda: Primo em segundo grau de Tetsuo Kaneda.
Paradoxo
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25/07/18, 10:10 am
Enquanto absorvia os pensamentos dos bandidos ali presentes, Garuda conseguiu identificar o nome de alguns policiais corruptos e também de algumas empresas que negociavam com aqueles bandidos. Retirou de uma das bolsas que carregava consigo o seu celular e começou a anotar os nomes com rapidez. Poderiam ser úteis no futuro.

De repente começou a sentir-se sobrecarregado de novos pensamentos, uma grande quantidade de pessoas se aproximava do lugar. A desconfiança, dele e dos outros, havia se mostrado verdadeira: aquilo era uma emboscada.

“Será que são os irlandeses? Ou é coisa daqueles malucos da Fuerza Baja? Parece que tudo nessa cidade tem a mão deles agora...”

Os pensamentos de Garuda são interrompidos por tiros e ele pode ver que atiradores estavam eliminando os guardas. Precisava se aproveitar de ainda estar oculto e dar cabo desses atiradores. Chamou os colegas de equipe no comunicador.

– Eu cuido dos atiradores do alto. Que Vixinu possa nos guiar para uma vitória.

Concentrou-se em localizar os atiradores, entrando na mente e buscando a posição exata deles, vendo os seus rifles através de seus olhos. E então forçaria sua telecinese com tudo que tinha, tentando arrancar violentamente os rifles das mãos dos snipers e arremessá-los muito longe, tornando-os inúteis.

Em seguida se focaria em ajudar os amigos que estavam no combate lá em baixo, novamente agindo como suporte para eles, como já estava acostumado a fazer.


Última edição por Garuda em 28/07/18, 09:34 am, editado 1 vez(es)
Temporal
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25/07/18, 10:55 am
Impacto vê toda a ação acontecer bem à sua frente. Por mais que quisesse agir imediatamente, eles eram muitos, enquanto o rapaz estava sozinho.

— Força Heroica, na escuta? — Diego fala através do comunicador, aguardando a resposta de seus companheiros. — Estão todos bem? Enfim, com essa bagunça toda, não será um problema nos comunicarmos por aqui.

Ele faz uma pausa, analisando as possibilidades. Espectro e Centelha estavam em meio à confusão, enquanto Olímpica e Antares se encontravam numa posição perfeita para flanquear os invasores.

— Eu cuido dos atiradores do alto. Que Vixinu possa nos guiar para uma vitória. — Garuda toma a iniciativa, se pondo à disposição de dar conta das ameaças mais distantes.

— Certo. Centelha e Espectro, já que vocês estão aí dentro, aumentem essa confusão. Distraiam esses caras da forma mais chamativa possível. Enquanto isso, eu, Antares e Olímpica atacamos pelos flancos, pegando esses caras de surpresa. Garuda, mantenha a gente informado caso a merda piore.

Diego, então, se reuniria com Jean e Olívia, para que atacassem juntos pelo portão recém destruído enquanto Agnes e Davi cumprissem com sua parte do plano. Se colocaria à frente dos disparos, devolvendo toda a energia absorvida de forma rápida, através de rajadas e esferas explosivas, evitando sobrecargas.

— Liv, eu sei que não preciso avisar, mas tome cuidado. Esses caras estão fortemente armados. Deixe que nós dois vamos na frente, enquanto você nos dá cobertura com suas bombas, ok?. — Finaliza, cerrando seus punhos e se preparando para a ação.
Vulto
Vulto

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25/07/18, 11:13 am
Dois dias atrás.

Incomodada com o travesseiro quente, viro-o pela milésima vez, tentando pegar no sono, mas as lembranças da última missão me mantinham desperta. Busco meu celular – 4h48 – desligo-o, caindo de novo no travesseiro, suspirando impaciente. Após tentar por mais alguns minutos, desisto, decidindo finalmente me levantar. Calço os tênis e caminho corredor adentro, sob um silêncio absoluto.

Chegando ao elevador, pressiono o botão de um andar no subsolo. Logo me vejo adentrando a Arena, a sala de treinamento de realidade aumentada do Instituto, que se encontrava completamente vazia e escura. Me posicionando perante o painel de controle, ligo o sistema – Iniciar sessão – As luzes se acendem, iluminando a antessala e o grande campo circular, no andar abaixo – Uma voz robótica feminina me cumprimenta:

– Boa noite, Agnes. Quanto tempo desde sua última visita. Começando o treinamento cedo hoje? – diz S.O.F.H.I.A. (Sistema Operacional e Fortificação de Habilidades, equipado com Inteligência Artificial).

– Ei, Sofhia. É... Eu tava de molho... E hoje não consegui pegar no sono. Tôu precisando gastar um pouco de energia.

– Perfeito. Deseja carregar seu treinamento com suas últimas configurações salvas?

– Sim, por favor – respondo, vestindo um dos trajes de treino.

– Carregando... Treinamento de combate 23-B, ativado. Modo: Sobrevivência. Nível de dificuldade: 7. Temporizador: 5 minutos. Aguardando comando de voz.

Desço, indo até o campo, me posicionando ao centro – Iniciar – digo em voz alta, com semblante sério; focada. Cinco canhões surgem do chão, em pontos estratégicos, a minha frente – Treinamento começa em 3...2...1. Iniciar – As armas começam a disparar feixes de energia. Me esforço, para esquivar dos disparos, usando minha forma de fumaça para saltar de um lado para o outro. Depois de alguns minutos, sou pega por uma rajada, que me derruba:

– Treinamento interrompido.

– Continuar! – Exclamo, me levantando. Mais uma rodada se inicia. Após algumas esquivas, sou derrubada de novo.

– Treinamento interromp--Continue! – digo, me levantando novamente.

Diversas rajadas veem em minha direção. Me movo para direita, depois para esquerda, ofegante, suando. Os canhões rotacionam, seguindo minha assinatura de calor, cada vez mais rápidos. Duro um pouco mais dessa vez, porém, uma fisgada na perna me atrasa, me deixando vulnerável para um disparo. Caio, me largando no chão com os braços abertos, cansada:

– Treinamento Interrompido. Deseja diminuir o nível de dificuldade, Agnes?

– Não, Sofhia...Argh... – levanto, me preparando para outra rodada – Continuar!

– Reiniciando treinamento em 3... – As memórias da última missão veem à mente – 2... – Lembro da dor do disparo – 1... – Me lembro da mamãe – Iniciar – Os canhões voltam a disparar pela quarta vez.

__________________________________

Presente

Oculta em um dos cantos do galpão, observo a reunião, atenta, tomando nota de qualquer detalhe que me chamasse a atenção, tentando levantar o máximo possível de informações a respeito dos ali presentes. Percebo, então, um movimento estranho de um dos jamaicanos, mas logo sou surpreendida por algo maior. A explosão do portão da frente, seguido de uma saraivada de balas, de ambos os lados. A situação havia ido de 0 a 100 em poucos segundos e eu estava no meio do fogo cruzado.

Sob o intenso som de tiros e o cheiro de pólvora, ouço meus companheiros pelo comunicador, traçando, as pressas, um plano de intervenção:

– Entendido, Impacto! – respondo, com o dedo sobre o aparelho no ouvido – Vou ajudar na distração com uma cortina de fumaça no meio do tumulto, obstruindo a visão dos atiradores, dando espaço para vocês atacarem! – comunico ao grupo –  Não se esqueçam de usar a visão térmica!  concluo, incendiando os braços, me preparando para agir. Tento não pensar sobre minhas questões. Precisava ser rápida e precisa, e ficar atenta para me proteger caso fosse necessário.


Última edição por Centelha em 25/07/18, 12:26 pm, editado 4 vez(es)
Chip
Chip

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25/07/18, 12:07 pm
Duas semanas atrás

- Sabe Doutor, eu fiquei me questionando sobre a vida e a morte. Eu vejo alguns espíritos que transmitem tanta paz que eu até me pergunto se eles não estão melhor que a gente, sabe? Eles não tem que passar mais por isso, por exemplo. - E apontou para seu ferimento que Doutor ainda tratava.

- Davi, você ainda não viu o parâmetro geral. Você nunca sentiu o terror e a angustia de alguns deles. A vida que eles tinham antes, os assuntos inacabados, os sentimentos tantos bons quanto ruins. Tudo isso é carregados por ele, sabe lá até quando. Você me entende? - O homem olhou para o garoto, sem esperar resposta. - Enquanto estamos vivos ainda temos um propósito, um papel a ser desempenhados por nós. Mas quando morremos não podemos mais fazer nada quanto a essa missão. Mas ainda carregamos o fardo das coisas boas que deixamos de fazer, e também das ruins que fizemos.

__________________________________

Hoje

O som de explosão e tiros e toda a confusão que foi armada fez Davi hesitar por um momento. A adrenalina subiu novamente, mas não como das outras vezes. Era medo que ele sentiu por um breve momento. Não de sentir dor, ou mesmo de morrer. Era medo de fracassar com aqueles que precisavam dele, medo de não cumprir seu papel.

Ainda intangível e invisível, ficou parado no canto daquela sala de reuniões sem reação. Ligou o comunicador e pôde ouvir o que seus amigos falavam. A motivação de Garuda, a liderança positiva de Impacto e a iniciativa de Centelha. Ouvir aquelas vozes encheu o garoto de ânimo novamente, e o medo que sentiu, já não sentia mais. Ele já sabia seu papel.

Sem falar nada, o garoto se manteve em sua forma espectral, e iria de arriscar ali para proteger aquelas pessoas. Independente de seus crimes, independente de seus erros, eles não deveriam pagar com suas vidas, pois até mesmo para o mais velho deles ainda havia uma chance de redenção.

O garoto planejava usar a cortina de fumaça criada por Centelha como vantagem. Ligando a visão térmica, Espectro usaria todo o seu treinamento para impedir que quem quer que seja que estivesse tentando invadir a reunião tivesse sucesso em sua empreitada. Para tanto, se protegeria em algum lugar, e qualquer um que entrasse no recinto seria surpreendido por um Espectro invisível e intangível quando necessitasse, e usaria sua intangibilidade parcial para derrubar os homens com golpes, mas ainda se proteger dos tiros.
K.O
K.O

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25/07/18, 01:56 pm
O Cheiro de fumaça e queimado chegaram ao nariz de Antares quase tão rápido quanto os barulhos dos tiros e bombas chegaram em seus ouvidos. Em questão de segundos um cenário de guerra foi formado frente a nossos olhos.

As instruções dadas por Impacto são rapidamentes assimiladas. Antares começa a segui-lo enquanto pensa nos seus companheiros la dentro, ele precisava ajudá-los, não parecia certo para ele deixar Agnes e Davi no meio do fogo cruzado, ambos pareciam tão frágeis e vulneráveis, e talvez o trio ali fora não fosse tão rápido a ponto de evitar uma tragedia.

- Impacto, toma cuidado. Eu vou entrar! - Dizia o jovem mudando de direção pronto para ir contra o plano.

Preocupado com seus companheiros, Antares ira entrar pelo portão frontal, correndo com velocidade máxima e desenfreado feito uma manada de antílopes. Iria atropelar quem estivesse em sua frente que não fosse seu companheiro com o intuito de chamar a atenção pra si dando espaço para seus amigos trabalharem com o “efeito surpresa”. Após seu plano dar certo, iria atacar os encapuzados a fim de desacorda-los.

- RWAAAAAAAAAAAAAAAAAR!
Caveira FH
Caveira FH

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26/07/18, 07:17 pm
O barulho da explosão seguido por vários disparos de arma de fogo fazem Liv ter uma sensação de dejavu naquele instante.
Por alguns segundos a jovem fica parada sem se mover, mas é o suficiente para um filme inteiro passar em sua cabeça, uma lembrança nada a agradável de seu passado.
A moça lembrou-se de um dia em que ainda era bem pequena, e que uma verdadeira guerra de gangues acontecia no morro onde morava. Ela e estava junto de sua mãe e seu irmão trancados dentro de casa, quando de repente foram surpreendidos por dois homens bastante alterados que conseguem invadir a moradia, um deles tinha a chave do lugar. Eles estavam ali a mando do próprio pai de Olívia, o Urubu.
A dupla de bandidos procurava por armas que o dono da casa escondia no local, elas seriam usadas naquela guerra que acontecia na favela. Os dois simplesmente não se importaram com a mulher e as crianças ali, não se importaram com o medo daquela família. Assim que ambos encontraram as armas foram embora. Na época, apesar do medo que sentiu Olivia não entendeu o que havia acontecido naquela noite. Vários homens foram mortos em uma guerra por território,armas, drogas e principalmente, poder...

- Liv, eu sei que não preciso avisar, mas tome cuidado. Esses caras estão fortemente armados. Deixe que nós dois vamos na frente, enquanto você nos dá cobertura com suas bombas, ok?. A voz de Impacto corta os pensamentos da jovem, a trazendo de volta para a realidade, que era tão sanguinária quanto o seu pensamento do passado.
- Ah.. ok, ta certo...  Eu sei me cuidar... só vamos acabar logo com isso Responde a garota meio sem jeito.
Normalmente ela se irritaria com o excesso de proteção por parte dos colegas. Ela não era uma criança, sabia dos riscos de estar ali. Mas sabia também que eles estavam certos, ela não era nenhum super e isso a colocava em desvantagem.

Nasci e me criei no morro do Cabrião, não vai ser hoje que eu vou bater as botas... não mesmo.
A garota começa a preparar seu estoque de bombas de fumaça e luz das quais usará para atordoar os inimigos, abrindo espaço para que seus colegas ou ela mesma os desarmem/nocauteiem.

Sabendo também que  Antares e Impacto chamarão atenção dos bandidos, ela se aproveitará da distração dos mesmos e irá usar sua agilidade/habilidades em luta para derrubar o máximo de inimigos distraídos possível.
Não será fácil, mas ela sabe que é capaz apesar dos riscos.
Solar
Solar

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26/07/18, 10:14 pm
O homem de cabelos cor de fogo, após acertar o primeiro tiro, recarrega a arma. A cápsula vazia pula para fora do rifle, caindo no chão e fazendo um tilintar peculiar. Não era um rifle comum. O homem se prepara para mais um tiro, mirando contra mais um guarda.

Sniper:
- Tá na mira.

Sua arma começa a tremer, não obedecendo mais a seus comandos. A ponta do rifle personalizado do bandido retorce para trás. A pressão para segurá-lo se torna maior a cada momento, fazendo com que o rapaz solte a arma, que voa longe. O homem, meio ofegante, olha para os lados, assustado. Neste momento ele parece ver um vulto passando por detrás de si. Se vira violentamente, sacando uma pistola de seu coldre, apontando para diversas direções. Não vê ninguém. Ele retira a máscara, pegando um rádio em sua cintura.

Sniper:
- Linden, cadê você? Linden? LINDEN!

Ninguém responde, fazendo com que o mesmo desça de onde estava, para auxiliar seus companheiros no chão.

Ao ouvir os comandos de Impacto, o jovem Jean muda sua direção, onde estava com Olímpica, partindo em direção ao portão principal do galpão. Ele começa a correr desenfreadamente, fazendo com que seus passos, em contato com o metal da cobertura do galpão onde estava, faça um forte barulho. Logo, tiros são disparados contra si. Antares para por alguns segundos, se esquivando das balas. Atiradores, tanto dos algozes quanto dos guardas, ao verem que se tratava de um membro do Força Heroica, cessam o tiroteio entre si e começam a atirar no inimigo comum.

Jean pula, chegando ao chão. Os inimigos começam a se aproximar, apontando suas armas contra o rapaz, que se coloca em posição de combate. De repente, uma bomba de fumaça é jogada contra eles, os confundindo. Em seguida, uma bomba de luz. Alguns são cegados instantaneamente. Outros, de máscara, demoram um pouco mais. Olímpica surge, dando um chute rodado, no ar, contra um dos soldados dos russos. Ao chegar ao solo, a moça atinge um italiano com seu bastão. Jean, um pouco atordoado, se coloca a frente de Olívia, a salvando de tiros disparados pelos irlandeses. A fumaça começa a se dissipar, mostrando que os dois estão cercados.

Os soldados da família irlandesa começam a adentrar no grande galpão principal. Com suas máscaras equipadas, os numerosos inimigos dos mafiosos ali lançam bombas de gás. Gás de pimenta. Os soldados que estavam de frente, protegendo seus líderes para que os mesmos saíssem, começam a sentir os efeitos do gás. Os bandidos tentam puxar o ar para seus pulmões, em vão. Suas gargantas começam a se fechar, como efeito do ataque.

Uma cortina fumaça começa a se misturar com o ambiente, se misturando também com o gás de pimenta. O ataque causado por Centelha cria uma cegueira momentânea em seus inimigos, que perdem a noção de espaço e não sabem para onde atirar. No portão, os irlandeses que começavam a adentrar no recinto param por alguns instantes, esperando que a fumaça se dissipasse. De cima do galpão, um rapaz pula. Era Impacto, que fica no centro de cinco inimigos. Os vilões apontam para ele, atirando contra o rapaz, que recebe o impacto dos tiros. Diego sorri, devolvendo os golpes a quase todos, exceto um. Este saca uma faca, vendo que tiros não resolvem, indo em direção de Diego logo em seguida. De repente, o homem é içado para o céu, sendo jogado contra o chão, desmaiado.

Dentro do galpão, os irlandeses que já estavam no local continuam avançando, com cuidado. Eles começam a se esgueirar pelos cantos. Um dos homens carrega sua arma, mas logo é pego por um braço, que transpassava a parede, pegando-o pelo pescoço. O irlandês é pressionado na parede, até perder a consciência. Os outros, desavisados, são pegos um por um, pelo jovem Davi.

Ainda do lado de fora, Garuda nota a chegada de alguns helicópteros. Eles começam a descer pela lateral do galpão. O rapaz contara cinco. Eram helicópteros grandes, talvez de porte militar, que possuíam atiradores com .50 nas laterais dos mesmos. Parecia o plano de fuga dos inimigos.

De volta ao centro do combate, os líderes das famílias finalmente chegam ao portão, mesmo com toda fumaça e gás liberados ali. Protegidos por seus capangas, os chefes vão entrando um a um por uma pequena porta, até que Don Cicciolino olha para trás. Ele vê aquela fumaça cinza escura, que se formara do nada, se lembrando de um antigo caso que acontecera. Ele arregala os olhos, enfurecido, batendo a bengala no chão, gritando com os seus.

Don Giovanni Cicciolino:
- No! No! No! Non è possibile che lo sia! CASPITA!

Seus subordinados o levam para fora, com o homem esbravejando, suando frio. Os demais, atrás da grande mesa, se mantém agachados, esperando para retomar o combate, com suas armas apontadas para frente. Diego, que havia derrubado alguns dos soldados dos irlandeses com a ajuda de Garuda, fica na entrada, escorado na parede ao lado do que era o portão, enquanto seu companheiro está no céu, flutuando, camuflado pela noite. Ele percebe a chegada de mais irlandeses. Olímpica e Antares permanecem cercados pelos inimigos, com o rapaz tomando a dianteira do confronto, a fim de proteger a companheira.


Panorama geral do confronto:

Na lateral/traseira do galpão principal, Antares e Olímpica estão cercados, de costas para a parede do galpão. São algo em torno de 15 soldados.

De fora do galpão, na parte da frente, está Impacto, que se protege dos caras lá de dentro, mas fica de frente pros inimigos que vierem.

Pelo alto está Garuda, avistando mais irlandeses chegando, que são por volta de 10 inimigos. Ele também vê a chegada do auxílio dos mafiosos. Também vê alguns dos chefes das famílias já saindo por uma porta lateral, que dá pra um heliponto improvisado.

Dentro do galpão estão Centelha, que criou uma cortina de fumaça pra confundir os inimigos dentro do local, e Espectro, que se protege dos inimigos utilizando sua intangibilidade e invisibilidade. Dentro do galpão são estimados algo em torno de 30/40 inimigos.
Chip
Chip

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27/07/18, 01:20 pm
Davi estava cada vez mais apreensivo quanto àquela situação, o número crescente de inimigos havia aumentado muito, e ele tinha que se manter cauteloso para não fracassar. Porém, uma vantagem eles ainda tinham: a cortina de fumaça criada por Centelha, que, pelas suspeitas do garoto, manteria a estratégia, ou para mantê-los cegos, ou para afugentá-los

O objetivo de Espectro naquele momento se divide em dois: dar cobertura para Centelha, por imaginar o esforço que ela estava fazendo, e atacar os soldados mais afastados e sozinhos, não atacando os agrupados. Ele continuaria se aproveitando da cortina de fumaça para atacar, e para aumentar a furtividade, se manteria invisível, intangível e flutuaria na direção de cada soldado, atacando rapidamente com seu bastão em pontos vitais, como nuca, pescoço e peito, visando derrubá-los com agilidade e precisão.
Paradoxo
Paradoxo

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27/07/18, 03:13 pm
A chegada dos helicópteros piorava um pouco toda a situação, Garuda observou aquilo refletindo sobre a situação em que sua equipe havia se envolvido. Cogitou pedir ajuda para Granizo, Perseu, qualquer um que fosse... mas, era tarde demais. A situação já estava fora de controle.

Respirou fundo e expirou em seguida, concentrando-se e deixando sua energia se alinhar novamente. Encarava os helicópteros com apreensão, vendo-os voar com suas armas apontadas para frente, como poderosos dragões prontos para cuspir fogo e morte sobre todos.

“E Garuda chegou ao cume da montanha, de onde deveria roubar a água da imortalidade dos deuses e levá-la até as Nagas, salvando assim a sua mãe...” – lembrou da história que dava origem a lenda de Garuda – “...Para conseguir a água da imortalidade ele precisaria enfrentar os poderosos guardiões da montanha, um exército de deuses e dragões...”

Sentou-se no ar, na posição de lótus e meditou, concentrando todo o seu poder naquele gesto. Eram cinco helicópteros voando. Alguém realmente poderoso poderia usar suas habilidades para retorcer e arrancar as hélices, fazendo-os cair. Outro, ainda mais poderoso, poderia puxar os cinco veículos e fazê-los se chocar no céu. Mas, Garuda não era poderoso assim e não seria capaz de fazer nenhuma dessas façanhas.

“Talvez eu possa fazer um pouco de cada um...” – pensou Radesh.

Ele não conhecia com precisão o funcionamento daqueles helicópteros especificamente, mas conhecia o básico desse tipo de aeronave em geral. O manche inclina o helicóptero e o desloca na horizontal, sua alavanca o faz subir e descer e os pedais controlam a inclinação das pás do rotor de cauda, fazendo o helicóptero girar sobre si mesmo. O manche era o segredo.

Usou sua telecinese para mover os manches dos cinco helicópteros – um de cada vez, fazendo-os virar para o lado e acertarem uns aos outros.

– "Deves saber que aquilo que penetra o corpo inteiro é indestrutível. Ninguém é capaz de destruir a alma imperecível." – citou essa frase de Bhagavad-gita como se pedisse desculpas aos homens envolvidos naquilo e entregasse suas almas para o outro mundo.
Vulto
Vulto

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28/07/18, 12:47 pm
Cerca de 2 anos atrás.

Com o rosto molhado, seguia meu velho até o antigo escritório da mamãe, ainda trajando o meu uniforme improvisado. Enxugando as bochechas, ele põe-se a falar, enquanto destrancava a porta:

– Então... Agora que você já sabe da verdade, eu tenho algo pra te mostrar – Adentramos o cômodo. Era como voltar ao passado. Tudo permanecia do jeito que ela havia deixado: A cadeira virada para a janela; os marcadores jogados no canto da mesa, ao lado do amarelado monitor de tubo; os recortes de matérias, fotos e anotações, no gigante mural de cortiça, em sua maioria sobre as máfias de Nova Capital, que datavam mais de uma década atrás; fotos e matérias autorais emolduradas e penduras na parede; o quadro empoeirado sobre a escrivaninha, com a foto de um casal e suas três filhas, uma delas ainda de colo:

– Sua mãe e eu sempre nos perguntávamos quando, como... ou se deveríamos contar a vocês sobre a dupla identidade dela... – Ele volta a falar, se dirigindo para o armário, cheio de caixas. Debaixo de várias, ele retira uma pasta preta – No fim... sempre concordávamos que ela é que deveria dar a notícia – Limpado a poeira do tempo, ele me entrega o velho catálogo.

Curiosa, o abro. Dentro, guardada em folhas plásticas, reportagens e mais reportagens, relatando os feitos de uma heroína chamada "Centelha". De resgates à confrontos com super-vilões; do combate de incêndios à deflagração de organizações criminosas, aquela pasta armazenava centenas de matérias de autoria da mamãe, de colegas e até mesmo de jornais concorrentes. Paro de folhear, sobre uma página com uma enorme foto dela. Olho atentamente para mulher de cabelos negros, pele morena, trajando um uniforme cinza com linhas fluorescentes e um esvoaçante pano cor de âmbar, amarrado à cintura. Sob a máscara e os olhos alaranjados, brilhantes, podia vê-la, com seu inconfundível sorriso contagiante. Mais lágrimas pingam sobre a página aberta:

– Como você pode ver – diz ele, limpando o pigarro da garganta, emocionado – Você herdou dela muito mais do que só a cor dos olhos.

Fungando, tento limpar o rosto, em vão. A verdade à minha frente era inacreditável, porém, ao mesmo tempo, sentia como se, finalmente, tudo fizesse sentido, como se todas as minhas dúvidas fossem respondidas, até mesmo as que nunca pensei ter.

Folheio um pouco mais, olhando rapidamente para meu pai – A Helô sabe de tudo isso? – indago, voltando a fitar a reportagem na página aberta. Nela, podia-se ler a manchete do Diário Capital: “QUEIMA DE ESTOQUE – Centelha impede contrabando na baía de NC. Dono do Porto nega envolvimento.”

__________________________________

Presa no olho do furacão, eu precisava sair dali – Respira Agnes. Respira – Meu coração batia desesperado. Absorvo o ar fumegante e quente. O cheiro de cinzas não me incomodava. A investigação havia ido pelos ares e objetivo se tornara outro quando o portão frontal também fora. Agora o plano era impedir o banho de sangue que acontecia na Avenida Central:

– Preciso engrossar o caldo – digo, em voz baixa, esticando os braços novamente. Continuaria a poluir o ambiente de fumaça densa, o máximo que pudesse, tentando impedir o progresso dos invasores e, consequentemente, o conflito, tentando fazê-los retroceder, enquanto me movia por entre a neblina de cinzas, usando minha transmutação corpórea, dando cabo de qualquer capanga que cruzasse meu caminho, com golpes carregados corpo-a-corpo, tentando me manter fora da linha de fogo.


Última edição por Centelha em 29/07/18, 11:17 pm, editado 4 vez(es)
Caveira FH
Caveira FH

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28/07/18, 05:24 pm
Um dia qualquer na sala de treinamento

- E ai Jean acha que tá pronto? Pergunta Olívia.
- Mais do que pronto Liv! responde o rapaz estalando os dedos.
- Ó, já vou avisando que eu costumo treinar pesado... sabe como é, sem poderes eu tenho que dar aquele talento hahah
- Tá certa, vai que você acaba como o Arco, ou o Destro... Olívia apenas olha para ele com cara feia.
- Ah tem também a vira casaca da Sol Nascente... bom, ela não morreu, mas se ferrou legal.
- Ah vai se foder!  A garota da um soco no ombro do amigo que ri da situação. A dupla então ativa as configurações pára iniciarem sua sessão de treino do dia.
Bom dia Olívia. Bom dia Jean. Treinamento em dupla hoje? Como posso fazer a seção de vocês? – diz S.O.F.H.I.A. a inteligência artificial da sala de treinamento.
- S.O.F.H.I.A.  a gente ta querendo treinar uns golpes combinados. Vamos querer uma sequencia com adversários múltiplos. Diz a garota, em seguida Jean toma a frente e fala:
- Não só múltiplos inimigos, a gente quer treino com emoção! Que tal a seguinte simulação: invasão de soldados nazistas armados!
- Cê fumou o que? Vai matar a gente hahaha
Mas beleza, vamo vê no que dá, estamos prontos.
 

Ok, configurações atualizadas.Treinamento começa em 3..2..1.. Iniciar primeira etapa!
- Se liga Liv,é hora do Show!

A dupla se coloca em posição de batalha, Antares toma a frente, um grupo de soldados se aproxima, eles estavam cercados. Jean então começa a brilhar e parte em direção aos soldados como um touro enfurecido os derrubando como pinos de boliche. Olímpica corre, desviando dos tiros inimigos enquanto joga suas bombas atordoantes em alguns deles, ela sobe nas costas de seu aliado tomando impulso e salta contra um grupo de soldados. Seu bastão então aumenta de tamanho e num golpe giratório ela consegue derrubar pelo menos seis de uma só vez.

Iniciar etapa 2!

Mais um grupo se aproxima, ela acena para Jean, comaça o segundo round...

Algum tempo depois a porta da sala de treinamento se abre, Antares e Olímpica saem de lá exaustos,sujos e descabelados. O  traje de treino da dupla estava cheio de buracos, e era possível também notar alguns hematomas em seus corpos. Mas eles pareciam ter se divertido de alguma forma.

Agora

- Antares? lembra aquele dia que a gente fez aquele treino insano?
Ta na hora de botar em pratica aquela loucura toda...E ai você ta pronto?
 

A dupla já havia treinado algo semelhante, eles sabiam que com um ataque combinado e bem executado eles poderiam derrotar aqueles caras, mas ao contrario dos treinos um erro poderia ser fatal. Mas Olímpica estava disposta a tentar, e sabia que podia confiar em Jean.
Temporal
Temporal

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28/07/18, 10:08 pm
Impacto começa a se dar conta da proporção do combate. Estavam em meio à confusão de um formigueiro de mafiosos, se virando do jeito que podiam. E por mais que alguns já tivessem sido nocauteados pela investida surpresa da Força Heroica, muitos soldados ainda deveriam ser derrubados para que os herois saíssem dali com vida.

Escorado na parede de fora do galpão, Diego se concentra, pensando no que fazer. Ele se esquece por um momento de seus outros companheiros de equipe, tendo olhos apenas para encontrar uma forma de derrotar os mafiosos. Então, olhando para dentro do galpão, o rapaz vê Centelha continuando com o plano de produzir fumaça dentro do local, porém agora com o objetivo claro de fazer seus inimigos recuarem.

— Eles só têm uma saída… Agnes, continua! Eu quero o máximo de fumaça possível dentro desse lugar. Eles só têm duas opções: inalar e serem asfixiados, ou fugir. Eu to contando com a segunda opção! — Diz, esboçando um sorriso de canto de boca.

Observando a movimentação pelo portão destruído, Impacto manteria sua posição e esperaria seus inimigos começarem a fugir pelo portão, pegando-os de surpresa com sucessivas rajadas de energia, derrubando a maior quantidade possível de quem passasse por seu campo de visão.
K.O
K.O

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28/07/18, 10:22 pm
A adrenalina era tanta que Antares era capaz de escutar as batidas de seu coração, seu suor escorria pelo seu rosto deslizando pela feição de raiva do jovem que em momento algum deixou aquela situação abalar sua postura. Embora estivesse extremamente preocupado.

Ele pensa freneticamente nas diversas maneiras de sair daquela situação, suas costas pesavam com a responsabilidade de proteger olímpica, porém, ela o deixou extremamente aliviado quando cortou aquele silencio entre eles.

- [color:bd82=#009966 ]Antares? lembra aquele dia que a gente fez aquele treino insano?
Ta na hora de botar em pratica aquela loucura toda...E ai você ta pronto?


Uma onda de bem estar e positividade invade seu corpo com aquelas palavras costumeiras. Sua mente estava cega mais uma vez com a ideia de proteger a todos que havia esquecido completamente de que todos ali eram bem capazes e mereciam estar ali. As simples palavras de Olivia o fez recordar perfeitamente daquele dia, os momentos que Jean passava com outros alunos fora das missões eram raros, e quando acontecia ele conseguia lembrar com clareza, e aquele treinamento foi extremamente agradável e divertido para o jovem, que conseguiu se soltar um pouco mais com a colega durante a adrenalina daquele dia.

- Certo Olímpica - Respondia o jovem com um semblante confiante enquanto exibia um sorriso de canto.

- É hora do show! - relembrava da sua fala daquele dia enquanto estalava os dedos.

Entendendo o plano de Olímpica, Jean iria fazer o ataque em dupla como no dia de seu treinamento.
Solar
Solar

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29/07/18, 10:27 pm
A fumaça criada por Centelha se confundia com aquela criada pelas bombas dos irlandeses. Os soldados das cinco famílias do crime organizado se mantinham em posição, atrás da grande mesa de reuniões, esperando o avanço dos inimigos. A esta altura do campeonato, já sabiam que não eram só os irlandeses que estavam por trás do ataque. Enquanto isso, seus líderes iam para fora do galpão, por meio de uma pequena porta secreta, na lateral do mesmo, enquanto os helicópteros vinham a seu encontro.

A neblina começava a ficar mais densa. Os bandidos começam a tossir em demasia, por não terem máscaras para aquele tipo de situação. Seus olhos começam a se irritar, devido ao grande volume de fumaça gerado. Eles começam a atirar a esmo, sem se preocupar se estariam atirando em inimigos ou neles mesmo. Os vilões começam a se afastar da mesa, tropeçando em objetos jogados por lá, ou até entre si.

Centelha vê a bela oportunidade, voltando a sua forma humana. Carregando suas mãos, a moça corre em direção aos inimigos, se transformando parcialmente em fumaça. A moça se aproxima de alguns inimigos, causando uma pequena explosão em suas costas e peito. Os homens caem, um a um. O ataque de Agnes gera algumas faíscas, luzes de fogo que, mesmo em um ambiente com essa densa fumaça, pode ser notada por alguns criminosos.

A onda de calor era forte o suficiente para os inimigos começarem a se afastar. Eles correm, atirando para todos os lados. De repente, um cai. Seguido de mais um e mais outro. Espectro começava a derrubar os desgarrados, enquanto Centelha atacava os que estavam em menor raio de ação. Do lado de fora, Impacto via mais irlandeses se aproximarem. O rapaz se põe em posição de combate.

Membros das cinco famílias começavam a abandonar o local, meio desorientados. Diego se aproveita do fato, começando seus ataques. Alguns inimigos são pegos pelas rajadas de energia do rapaz, jogando-os longe. Outros, mais próximos, são pegos pelas habilidades de luta do herói, que os derruba com certa facilidade. Os irlandeses, que ali se encontravam, começam a se distanciar. Um deles é pego por uma bala disparada por um brevemente cego membro da família russa. Alguns colombianos e jamaicanos são atacados uns pelos outros. Impacto é atingido por alguns projéteis contra seu peitoral. Ele solta um sorriso, carregando-se.

Com seus óculos de visão térmica, o rapaz nota Davi e Agnes derrubando os inimigos do lado de dentro. Ele soca a palma da mão direita, indo para cima dos que ficaram do lado de fora. O rapaz derruba os demais por ali, enquanto vê o restante dos irlandeses fugindo. Impacto finaliza os dois oponentes que segurava.

Cercados, Antares e Olímpica põem seu treinamento em prática. O rapaz vai em direção aos inimigos, chamando sua atenção. Usando seus braços arqueados, ele segura dois pelo pescoço, derrubando-os. Olímpica salta, girando no ar. Ela empunhava duas esferas metálicas, as quais jogara no chão, contra seus inimigos. Estas explodem, atordoando seus inimigos. A moça, com seu bastão em mãos, acaba por atingir mais dois na cabeça.

Jean nota que sua companheira aterrissa no chão, com elegância. O rapaz, como uma máquina de demolição, derruba mais de seus inimigos, sem se importar em ser alvejado. Seu uniforme é tomado por pequenos rasgos, provenientes das balas. O rapaz não se importava. Antares dá uma joelhada em um de seus oponentes, enquanto o outro tentava desesperadamente alvejá-lo, sem sucesso. Olímpica surge por detrás de mais um, o dando uma rasteira e finalizando com seu bastão. Os dois derrubam seus inimigos, um a um, enquanto alguns recuam.

Garuda permanece imóvel, no céu. Como se estivesse sentado no chão, o rapaz usa apenas o poder de sua mente para travar sua batalha. O rapaz esvazia seus pensamentos. Ele parece sentir seu alvo mais próximo, colocando seu plano em prática. Neste momento, um dos pilotos dos helicópteros sente que sua mão não lhe obedece. O manche de sua aeronave começa a tremer, causando espanto no homem. Ele solta o objeto, vendo o mesmo virar para o lado. O helicóptero faz o movimento. O piloto arregala os olhos. Os atiradores pulam na água. O piloto, apavorado, faz o mesmo.

O helicóptero começa a girar em torno de seu eixo, acertando o que estava um pouco mais atrás. Uma explosão ocorre, assustando até mesmo quem estava no chão, esperando seus veículos de fuga. O filho de Cicciolino pega seu telefone. Os outros três helicópteros se afastam um pouco. Os destroços caem na água e no chão.

Jean derruba os dois desgarrados mais distantes, finalizando os inimigos russos que ainda restavam de pé. Olímpica derrota os italianos ainda de pé. Os dois, ofegantes, veem os irlandeses fugindo. Eles se entreolham, mas a essa altura não conseguiriam alcançar seus inimigos. Eles se voltam para ajudar seus companheiros dentro do galpão.

O terceiro helicóptero, girando em parafuso, cai na água, causando uma onda. Os dois últimos ainda estavam sobrevoando o local. Um dos membros da família italiana fazia um sinal para ambos, para fugirem do local. Don Giovanni, furioso, bate com a bengala no chão, vendo a destruição causada pelas aeronaves. Seria um grande golpe em suas finanças acobertar aquilo. Garuda ainda tentava derrubar os outros dois, mas sentia que os helicópteros estavam longe. Mesmo com o máximo de concentração, o rapaz sabia que conseguira afastar o perigo de seus amigos.

Dentro do galpão, a fumaça começava a baixar, revelando as posições dos heróis. Entretanto, a quantidade de inimigos ficara em número baixíssimo. Centelha derrubava mais alguns membros das famílias japonesa e colombiana, enquanto russos e italianos eram pegos por Espectro. Impacto chegara, derrubando os últimos jamaicanos que restaram. Antares e Olímpica traziam alguns membros italianos e russos que foram derrubados por eles.

Agnes tem um estalo mental, correndo em direção a saída lateral do galpão. A moça abre a pequena porta, dando de cara com o mar. Ela não vê os membros das famílias, apenas José Advíncula, preso em um poste de luz, com a garganta cortada. A moça, com as mãos trêmulas, chega perto do homem, que possuía um bilhete no bolso de seu terno.

“Um presente para minha querida Centelha. Uma notícia para quem noticia. Ass: Dono do Porto.”

A moça morde os lábios de raiva, enquanto cerra os punhos, amassando o papel. Espectro chega ao loca, vendo as lágrimas caindo dos olhos da menina, enquanto sua cabeça está baixa. Ele coloca a mão na altura de suas costas, mas ela dá um passo para frente.

Impacto:
- Agnes, Davi. Precisamos de você aqui.

Com o chamado de Diego, os dois retornam, encontrando um Garuda carregando um dos membros dos irlandeses, inconsciente. O rapaz o coloca no chão. Rad coloca sua mão na cabeça do inimigo, lendo seus pensamentos. Ele vê um enterro, três caixões, algo recente.

Impacto:
- O que descobriu?

Garuda:
- Não foram eles que mataram os membros das outras famílias.

Espectro:
- Então alguém está jogando uns contra os outros.
Antares:
- É... E quem é o inimigo da vez?

Olímpica:
- Fuerza Baja...


Instituto Victoria Cardoso, 01h49m:

Finalmente os 6 se reúnem na sala de reuniões, juntamente com Luminos. Eles se encaram por alguns segundo. Luminos toma a palavra.

Luminos:
- Rad me contou todos os detalhes das mentes que ele conseguiu levar. São informações valiosas... para a polícia. E é óbvio que eles não vão fazer nada contra isso, já que alguns cabeças estão envolvidos.

Centelha:
- Então é só a gente jogar na mídia.

Luminos:
- Não é tão fácil. Eles vão querer saber o que estávamos fazendo lá. Como chegamos lá. Como tínhamos as informações. E, é claro, algumas pessoas bem influentes vão jogar isso tudo contra a gente.

Impacto:
- Nós fomos lá pra que então?

Luminos:
- Primeiro: Evitar um banho de sangue. Vocês conseguiram, então ótimo trabalho. Segundo: tínhamos um temor. Não falamos nada para vocês, pois não passava de uma sensação. Mas depois do que Rad me disse, isso está cada vez mais desenhado na minha cabeça.

Luminos:
- A Chimera Corp, que quer tanto que essa lei de super seres passe, está envolvida com o crime organizado de Nova Capital. Tínhamos fortes indícios de que o CEO da empresa, Marcelo Abrão, tinha fortes ligações com Don Cicciolino.

Antares:
- Tá, mas o que isso afeta a gente diretamente?

Luminos:
- Ainda não descobrimos. Mas vocês não acham tudo muito estranho? Esse monte de coisas acontecendo ao mesmo tempo? Precisamos ficar de olhos bem abertos pro que está por vir...


Mansão da família Cicciolino, 2h02:

O velho batia sua bengala no chão, bradando palavrões contra as empregadas. Seu filho pegava um celular que não era o seu usual. O rapaz telefonava para alguém.

Gianluca Cicciolino:
- Precisamos conversar. Diga ao seu sobrinho que, por enquanto, seus segredos estão guardados conosco. Mas precisamos de um favor. Precisamos que nosso grupo especializado chegue em Nova Capital o mais rápido possível.

O homem desliga o telefone, indo em direção à seu pai. Ele se senta ao lado do velho, que começa a se acalmar. Quando nota que seu pai está menos nervoso, o homem começa a questioná-lo.

Gianluca Cicciolino:
- Diga-me, papà. Por que está tão nervoso assim? O que aconteceu contigo?

Don Giovanni Cicciolino:
- Quella puttana está de volta ao jogo. Eu senti, figlio mio. Eu senti.

Gianluca Cicciolino:
- De quem está falando, papà?

Don Giovanni Cicciolino:
- Quella puttana de fogo que prendeu seu irmão mais velho, que prendeu meu Luigi.

Gianluca cerra os punhos, socando contra a mesa. O rapaz respira fundo, levantando logo em seguida. Ele começa a dar ordens aos empregados da casa, virando-se para seu pai logo em seguida. O velho Don Giovanni permanecia sentado, com os olhos raivosos, segurando firme sua bengala. “Mio figlio Luigi”, repetia várias vezes...


Esconderijo dos O’Malley, 2h7m:[

Os membros dos irlandeses andavam de um lado para o outro. Alguns dos bandidos estavam feridos, recebendo os cuidados médicos. Outros limpavam suas armas, enquanto alguns comiam. Dois permaneciam em uma pequena sala, sentados em poltronas, discutindo.

Patrik O’Malley:
- Se aqueles carcamanos acham que vai ficar assim, estão muito enganados. Não podem chegar atirando em nós, matando alguns dos nossos e ficar por isso mesmo.

Leon Rice:
- Não temos força pra retaliar os caras. O que vamos fazer, Patrik? São cinco famílias contra uma! CINCO CONTRA UMA!

Patrik O’Malley:
- Relaxa... Eu descobri uma coisinha que vai virar o jogo pra nós.

Leon Rice:
- ...

Patrik O’Malley:
- Descobri que minha irmãzinha está de volta à cidade. Ela e o filhinho trocaram o sobrenome. E eu descobri que meu pequeno sobrinho tem super poderes...
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