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Solar
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T03E05 - Guerra Empty T03E05 - Guerra

17/01/16, 11:33 pm
Londres, 1943:

Os dois andam pelo corredor. Algumas luzes piscam, como era de praxe. Ela olha para o rapaz de óculos fundo de garrafa e cabelo penteado pra trás. Parecia apaixonada. Ele retribui o olhar. Os dois dão mais alguns passos. Os dois param em frente à uma porta de ferro. Um soldado, com a bandeira do Reino Unido, os está esperando, montando guarda em frente à porta.

- Doutores. – Dizia, em inglês. Seu sotaque sempre divertia a moça.

O homem abre a porta para os dois, lhes dando passagem logo depois. O casal olha em sua volta. Parecia uma prisão. Pelo menos era confortável, pensava o rapaz, que abria seu caderno cheio de anotações.

- Arthur?

- Pois não, Amanda.

- Tem certeza que é o certo a se fazer? Somos cientistas, não soldados.

- Somos o que precisarmos ser pra acabar com essa guerra e podermos voltar para casa. – Diz o homem, com um sorriso confiante.

No entanto, Amanda sabia que, mesmo não tentando aparentar, ele tinha tanto medo quanto ela do que viria a acontecer.

- Doutores, é uma honra. – Um homem anda na direção do casal, estendendo a mão. Cabelo grisalho, penteado para trás, usando seu terno impecável, segurando duas pastas, que entrega aos dois. – Sou o agente Norris, do MI-6. Fico feliz que tenham se juntado à nós.

- Qual seu verdadeiro nome? – Pergunta Amanda.

O homem solta um sorriso e se vira.

- Senhores! – Grita, fazendo com que outros surjam pelos pequenos cômodos dentro daquele grande salão. – Quero lhes apresentar o Doutor Arthur Andrade. Ele é biólogo, especializado em genética e bioquímica. Esta é a Doutora Amanda Albuquerque. Especialista em Física Quântica e Mecânica avançada. Eles se juntarão a vocês na nossa Força-Tarefa.

- Que ótimo, um médico e uma professora. Aposto que não sabem meter a mão em uma arma. – Dizia um homem negro, usando óculos de aviador na testa e comendo uma maçã.

- Este ser adorável e de língua afiada é Odawë McCarthy, nosso “mecânico”. Ele veio junto de um esquadrão, da África do Sul. Aqueles são o Sargento americano Andrew Scott, Ian Krichowyak, paramédico polonês e o Capitão britânico Thomas Beckert. Vocês possuem habilidades muito específicas para esse grupo, portanto se conheçam, tentem não se matar e aproveitem a companhia um do outro. Porque daqui há sete dias teremos uma missão. Descer ao inferno e trazer quantos corpos podres e inertes de nazistas nós pudermos.

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Ucrânia, dias atuais:


O FHalcão descia sobre o chão todo branco. A neve se espalhava por todos os lados. Do lado de fora da nave, um homem permanece parado, enquanto a neve é espirrada em seu rosto, recoberto pelo capuz e uma espécie de máscara que recobria sua boca e nariz, além de grandes óculos escuros. Este parecia esperar pelos visitantes do outro lado.

- Sistemas conectados. Uniformes térmicos funcionando em 100%. Óculos de visão térmica e visores de espectro conectados. Intralink ativo. – Dizia Matriz, pelos comunicadores.

Nova é a primeira a descer, seguida de Morfo, Tubarão e Espectro. O último parecia sentir alguma vibração estranha do lugar, mas o frio intenso interrompia a total clareza de seus pensamentos. Nova cumprimenta seu anfitrião.

- Prazer, meu nome é Krich. – Dizia o homem, cumprimentando cada um dos heróis. – Soube que estão passando por alguns problemas, então agradeço ainda mais a vinda de vocês.

- O Doutor nos mandou. Disse que era urgente. – Dizia Tubarão.

- Hugo é um velho amigo. Fico feliz e muito agradecido pelo apoio de vocês. – Diz o homem, não parecendo se importar com a aparência de Ed.

- Você fala português muito bem! – Brada Morfo.

- Eu falo muitas línguas. Até algumas que vocês não compreenderiam nem se estudassem por alguns anos. Agora vamos, temos que nos apressar. A situação é um tanto urgente.

- Matriz! – Nova aperta o pulso, recoberto pelo uniforme. – Ative a camuflagem do FHalcão.

- Ativando...

Os cinco andam pela neve, até chegarem há um carro. Não poderiam seguir ao destino final com o FHalcão, mesmo com o sistema de camuflagem ligado. Era de vital importância que a operação fosse totalmente feita às escuras.

Eles entram em uma cabana. Lá era quente, aconchegante. Camas, lareira, comida na despensa. Tiago e Ed sentam-se nas cadeiras e começam a comer. Davi olha pela janela. Uma chuva de neve caía. Nova observava Krich, que preparava alguma coisa na pequena cozinha daquela humilde casa.

- Estamos no norte da Ucrânia, há algumas horas do nosso destino. – Dizia o homem, trazendo uma bandeja com quatro pratos de sopa quente.

Ele retira de sua cintura alguns canudos de papel. Eram esquemas, mapas, etc...

- Aqui está. – Dizia Krich, apontando para uma interseção entre 3 países: A própria Ucrânia, Bielorrússia e Rússia. – República independente da Kasalya.

- Já ouviu falar de internet? Melhor que papel, mais rápido, mais preciso. – Diz Ed, saboreando sua refeição. – Ow, isso tá bom, hein.

- Aparelhos eletrônicos podem ser mais precisos, mas são mais fáceis de serem interceptados. Quanto maior a tecnologia, mais fácil de ser quebrada.

- Mas o que tem essa tal de Kasalya? – Pergunta Davi, ingenuamente.

- Há alguns anos, o General ucraniano Viktor Basaev fundou a Kasalya. Um país independente, que não segue nenhuma jurisdição, nem da ONU. No entanto, mesmo pequeno, esse país é praticamente intransponível.

- Até aí nada de mais, certo? – Pergunta Morfo, dando outra colherada.

- Eu não estaria tão preocupado, se não fossem os acontecimentos dos últimos meses. – Ele aponta mais uma vez para uma posição do mapa. – A província de Kashni.

- Eu ouvi falar desse lugar. – Diz Nova.

- Essa província é meio que uma anomalia no leste europeu. Além de possuir um clima agradável para agricultura, possui uma grande reserva de xisto em seu território.

- Xisto?

- Seria um substituto para o petróleo. Existe uma guerra entre países produtores e consumidores de petróleo. E essa guerra chegou à Kashni. – Ele puxa mais uma folha, desta vez mostrando uma espécie de mapa policial. Os heróis se entreolham, pois um dos símbolos lhes era familiar. – Há alguns meses uma empresa chamada Radaov tentou comprar aquelas terras, sem sucesso. Eu fiz umas pesquisas e descobri que essa empresa é uma subsidiária eslava de um grande conglomerado chamado Chimera Corp. Agora, a Chimera tenta a todo custo tomar essas terras à força, mas não publicamente. Eu descobri que ela fez um acordo com o General Basaev para tomar Kashni e conseguir o xisto, em troca de altas cifras e suprimento militar.

- Chimera Corp.... – Ed quebra a colher em sua mão, por causa da raiva.

- Hugo me contou que vocês tiveram alguns problemas com a Chimera há algumas semanas. Por isso preciso da ajuda de vocês.

Krich saca outro papel, com o mapa e algumas especificações do QG de Basaev.

- O QG de Viktor possui duas entradas. É bem guarnecido de militares, além de possuírem artilharia antiaérea. O problema é que mesmo assim isso não os faria impenetrável do jeito que é. A Rússia poderia entrar nesse lugar facilmente. Por isso eu acho que eles lidam com super humanos.

- Que ótimo...

- Precisamos de um plano de infiltração.[/b][/color]
Devon H.
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18/01/16, 12:47 pm
Nova caminhava por um caminho de terra, ao lado de um mural de pedras e uma pequena estrada. Ela usava roupas leves, devido ao sol intenso do lugar, e era acompanhado pelo seu pequeno robô assistente, que voava logo atrás, e de um homem baixo e fora-de-forma, mais devagar que os dois. O lugar era extremamente plano, permitindo que fosse possível ver a cidade do Cairo literalmente no horizonte, atrás do grupo.

– < O-- Oh! Chegamos! > - Diz o homem de pequena estatura em inglês, quando ele levanta a cabeça.

Nova havia parado mais a frente, hipnotizada pela visão a sua frente. Eles estava literalmente aos pés de uma das Pirâmides de Gizé, assim como diversos outros turistas que estão no local todos os anos.


– < As Pirâmides de Gizé. A última das Sete Maravilhas do Mundo Antigo. > - O homem alcança a moça, recuperando o fôlego.

– <...É incrível...!> - Retruca a garota, maravilhada.

– < Cada uma dessas pedras pesa mais de duas toneladas. Seria impossível para a tecnologia da época eles conseguirem cortar e carregar cada uma dessas pedras até aqui; a não ser que eles tivessem a ajuda de outra civilização avançada. Essa é nossa primeira parada pra descobrir suas origens. > - O homem abre um sorriso de orelha a orelha.

– < Na verdade, de acordo com as minhas pesquisas online, existem diversas teorias plausíveis para a construção das pirâmides mesmo na época--

– < O quê? Do que você está falando? Nova, por favor-- >

– < Wattson, ssshhh! Deixe o Thompson falar. >

Nova e Thompson se entreolham.

– < Então, como se sente? Sentiu algum flashback alienígena ainda? >

– < ... Não. Mas as Pirâmides são impressionantes... Eu nunca me senti tão... Pequena desse jeito. >

Ela volta a observar as pirâmides, enquanto Thompson fala novamente.

– < Sim, temos diversos lugares pela Europa para visitar ainda. Nós vamos libertar todas essas suas memórias alienígenas que tiverem escondidas ai dentro, hehehe! >


==========

Agora.


Nova observava os mapas na mesa de madeira, e ouvia atentamente as palavras de Krich. Ela olha para os companheiros, e logo se recosta na cadeira, cruzando os braços.


– Precisamos de um plano de infiltração. - Ela comenta, pensativa. Após alguns momentos, ela sorri.

– Acho que nós temos a equipe certa pra isso. 4 pessoas é um grupo pequeno o suficiente pra se infiltrar no local sem chamar a atenção.

– Nós podemos pedir a Matriz para tentar conseguir alguma imagem de satélite do lugar, ver mais ou menos a situação do lugar algumas horas antes, mas assim que chegarmos perto do QG, iremos nos aproximar o resto do caminho a pé, só nós quatro, pra evitar de descobrirem a nossa chegada. - Seus olhos azuis passam por cada um dos seus companheiros. – Assim que estivermos lá, o resto é com a gente. Vamos ter que contar MUITO em vocês dois, Espectro e Morfo - você especialmente, Davi. Vocês serão basicamente o nosso "Recon".

– Podemos nos dividir em dois times, cada time para cada entrada. Como eu disse, Espectro pode seguir na frente e usar seus poderes para averiguar o local, saber quantos inimigos e aonde eles estão, enquanto Morfo pode se camuflar usando seus poderes pra se transformar em qualquer coisa do ambiente. Eu e o Tubarão iremos derrubar os guardas necessários logo atrás e abrir caminho o mais rápido possível até Basaev. Esse é o foco; não podemos perder tempo com todos os guardas, ou pior, alertamos eles, ou Basaev pode fugir.


– Quanto a quem vai acompanhar quem, eu não tenho nenhuma preferência, então são vocês quem sabem. De qualquer maneira, cada uma das duplas - Espectro e alguém, Morfo e alguém - seguirá por uma das entradas, e nos reencontraremos assim que for conveniente. - Nova termina, colocando as mãos na mesa.

– Se tiverem algo a acrescentar, é só dizer pessoal.
Chip
Chip

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18/01/16, 05:22 pm
Aquela era a primeira grande viagem de Davi. Já estivera em outros países antes, com sua mãe, mas  sempre viajando por terra. Também já encarou frio e neve antes, mas nunca nas proporções que via ali. Olhava pela janela, se lembrando da primeira vez que vira neve na vida, em como ele havia se divertido com sua mãe. Mas naquele momento não estava ali para diversão, tinha uma missão para cumprir.

Mais uma vez estava ao lado de três de seus companheiros, que ele aos poucos já considerava como família. Olhava não mais com vergonha ou receio, mas sim com um sorriso no rosto, contente por estar ao lado deles, fazendo o que acredita ser o certo.

O jovem garoto prestava bastante atenção no que era dito por Nova, que já ditava um plano de infiltração. Davi se animava já que sabia que ali seus poderes seriam bastante uteis, mas não demonstrava tanta animação assim, pois se lembrou da estranha vibração que havia sentido assim que desceram do FHalcão.

Quando Nova terminou de dizer o plano, Davi apenas concordou com a cabeça, não tinha nada para acrescentar, deixaria a decisão das duplas a cargo dos veteranos. Mas em sua mente já planejava tudo o que iria fazer.

Primeiramente, assim que estivessem chegando perto do QG de Basaev, ele iria pedir para pararem por um momento em algum local seguro e usar seus poderes de Percepção Extra-sensorial. Primeiramente, usando sua Radiestesia para verificar a presença de magia no local, para certificar que a estranha vibração não seria oriunda de energia mística. Logo em seguida, usaria sua Simulcognição, entrando em transe para conseguir ver quantas pessoas estavam presentes no edifício e ao redor dele. E por último, apenas como garantia, iria usar novamente sua Radiestesia para procurar pela energia do general e saber sua exata localização. Planejava repassar todas as informações para o grupo, afim de evitar surpresas.

Para se infiltrar no local, apenas usaria seus poderes de transformação espectral, se concentrando para ficar invisível e então vasculhar o QG a procura de Viktor Basaev, e caso conseguisse o encontrar rápido, apenas observaria seus passos esperando por reforços.
Caveira FH
Caveira FH

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18/01/16, 08:35 pm
Ed se encontrava pensativo, tentando entender até onde iria a influencia e o poder da Chimera Corp. Ela estava em tudo o que vinha acontecendo nos últimos tempos.
Mais uma missão e novamente lá estava a tal corporação, de alguma forma batendo de frente com a Força Heroica mais uma vez.
Teoria da conspiração a parte, as coisas estavam ficando cada vez mais estranhas. Como se proteger de alguém que esta em todas as partes e em todo o tempo?

Entrar no QG super protegido de um cara como Viktor Basaev não deveria ser tarefa fácil, mas por sorte o time estava bem dividido, infiltradores e batedores. Isso facilitaria as coisas de certa forma.

Nova toma a frente do grupo, sugerindo algumas ações. Os jovens ali presentes concordam com a moça. Era a hora da divisão das duplas.

-Eu posso ir com o Morfo, vou precisar de ajuda pra camuflagem, e ele da conta disso... e bem se houver guardas por perto vou sentir o fedor de vodka de longe, vou tentar fazer um trampo rápido, o quanto antes a gente resolver essa porcaria, melhor. – Diz Tubarão, num tom meio apreensivo.

Lutar tão longe de casa, em um cenário desconhecido, contra inimigos desconhecidos o deixavam bastante nervoso, mas não o suficiente para faze-lo desistir de uma missão.
Morfo
Morfo

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18/01/16, 10:12 pm
O clima frio não era daqueles que Tiago estava acostumado. Vivia de bermuda e descalço pelo Instituto quando não havia necessidade do uniforme. Felizmente, o uniforme térmico que haviam lhe arranjado havia caído como luva. - Esses uniformes quentinhos dão tanto conforto que depois desse rango tudo que eu queria era tirar uma soneca. - limpa a boca com as costas das luvas, terminando a refeição, e escutando o que Nova viria a propor.

- Camuflagem... - pensou consigo, olhando pela janela da cabana, onde tudo que via era um monte de neve. - Tudo branco, não pode ser tão difícil.. - permanecia confiante de que poderia fazer um bom trabalho, afinal, não queria estar ali apenas como um peso morto.

- Beleza, podemos fazer isso! - se levantou da cadeira esfregando uma mão na outra, animado com a infiltração. - Ed, a gente se aproxima comigo em forma de neve, quando for hora de atacar, vou precisar do metal mais resistente que você tiver. - diz se recordando da última missão juntos.

Vestiu o capuz adaptado em seu uniforme. - Krich. - sorriu. - Você tem nossa atenção. - cerrou os punhos, pronto para encarar a missão internacional com seus amigos.
Solar
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18/01/16, 11:27 pm
Londres, 1943:

Ao lado do avião estava o Capitão Beckert. Dentro dele, um homem de bigode e quepe, uniformizado e com a bandeira da França na altura do ombro. Os outros quatro chegavam devagar. Arthur e Amanda à frente.

- Finalmente o casal 20. – Dizia Beckert, soltando a fumaça de seu cigarro da boca. – Prontos pra irem ao inferno?

- E o Agente Norris? – Pergunta Arthur.

- Você acha que ele viria? Um cara como ele nunca ia sujar as mãos numa guerra.

- É. – McCarthy entra no avião e joga uma grande mochila em qualquer lugar dali. – Caras-de-pau que nem ele só usam terninhos bacanas e dão ordens pra gente que nem nós. Não sabem o que é o verdadeiro inferno.

Mc para de falar, sendo empurrado por Scott, que apenas solta um sorriso para Amanda, que vira a cara. Ela vira-se de volta para Beckert.

- E o homem no avião?

- O francês? – Beckert cospe no chão. Leva o cigarro novamente à boca e solta outra baforada. – É o nosso piloto. Jean-Pierre Delpieré.

Arthur e Amanda se olham por um instante, até serem interrompidos por Scott.

- Então... Os dois estão prontos para pegar o grande prêmio?

- Prêmio?

- Não acredito que o idiota do Norris não contou a vocês o porquê de irmos à Alemanha. – Beckert joga o cigarro no chão, pisando neste logo em seguida. – Já ouviram falar de Colditz?

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República Independente de Kasalya, agora:

- Esquerda. – Sussurra Davi

Nova voa em cima de um dos soldados, derrubando-o com facilidade. Espectro utiliza seu bastão para derrubar o outro. Era a entrada mais fácil, por ser de pouco conhecimento popular. A base onde Basaev se “hospedara” era rústica. Não haviam câmeras de segurança, ou qualquer tipo de aparato eletrônico que ajudaria o militar a descobrir ameaças. Era uma antiga gulag, inutilizada desde o fim da guerra fria. O que deixava os heróis mais apreensivos.

No outro extremo, do lugar, um dos soldados nota uma coisa estranha. Ele cutuca um dos companheiros, que logo chama mais dois. Eles veem a neve se mexer, de forma muito estranha. Logo, são surpreendidos por Tubarão, que ataca um dos inimigos, fincando sua lança na panturrilha deste. O outro se vira e, quando tenta atirar, é imobilizado por Ed. Espantados com o rapaz, os dois apontam suas armas, mas logo são pegos por Morfo, que os desacorda com golpes na cabeça. Do alto de uma torre, um soldado inimigo mira a cabeça de Ed, mas logo é alvejado. Krich, à metros de distância, acerta um tiro certeiro no olho esquerdo do oponente, que cai, ficando pendurado com metade do corpo para o lado de fora da torre.

- O cara é bichão memo, hein doido. – Doz Morfo, utilizando seus óculos para enxerga-lo de longe. Krich acena e desce.

- É... Chega de papo, vamo entrar. – Retruca Ed, derrubando a porta.

Nova e Espec continuam a derrubar alguns soldados, sempre tomando cuidado para que estes não soem algum tipo de alarme. Nova começa a achar estranho o fato de ser bastante fácil adentrar ainda mais fundo naquela caverna obscura que os inimigos chamavam de QG. Davi podia sentir as estranhas vibrações que sentira ao chegar àquela terra fria.

- Davi, cuidado. Acho que isso pode ser uma armadilha.

Neste momento, os dois são encurralados por dezenas de soldados Kasalyanos. Uma risada soa ao longe, gerando um eco que a tornara bem mais assustadora do que realmente era. Davi fecha os olhos, tentando se concentrar.

- Nu, khorosho... YA chuvstvuyu zapakh detey yuzhnoamerikanskikh. YA dumayu, chto ya, nakonets, smogut igrat' zdes'.

Um homem, de cabelo castanho claro raspado dos lados, tapa olho no olho direito e uma grande cicatriz na face surge. Em sua mão esquerda uma espécie de luva. Ela soltava algumas faíscas, que assustavam até os soldados. Ele anda vagarosamente em direção à Nova, cheirando seu cabelo e dizendo:

- YA dumayu, chto ya, nakonets, nashel svezheye myaso, chtoby igrat'.

Tubarão e Morfo, seguidos de longe por Krich, continuam tentando adentrar o covil de Basaev, mas pelo modo difícil. Era a entrada mais protegida, por isso estavam em três. Ed levanta a mão, fazendo Morfo parar imediatamente. Logo, ele vê um homem, trajando uniformes que pareciam de um general. Dois soldados de elite posicionavam-se ao seu lado, um em cada ponta. Ele parecia admirar algum objeto.

- Moya pobeda yavlyayetsya polnym. Kashni budet poklonit'sya vlasti bogov. Dlya moyey vlasti.

Viktor interrompe seu discurso. Ele, que permanecia um pouco curvado, admirando algo dentro de um grande baú, vira-se para um de seus soldados e diz:

- My nablyudali. Poluchit' ikh.

- Eles viram vocês! – Grita Krich, começando a atirar.

Os soldados de Basaev tomam posição, enquanto seu líder sai da sala, sem ser alvejado. Logo ele grita alguma palavra e sai do recinto, sem sofrer nenhum arranhão das balas de Krich. Em seguida, um homem de mais de dois metros derruba a porta, soltando um berro. Alguns soldados engolem seco, enquanto outros nem se atrevem a se virar para encará-lo. O homem babava e suava. Naquele frio. Os inimigos sabiam que os heróis estavam ali, mas só identificaram o lugar onde Krich estava.[/color]
Devon H.
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T03E05 - Guerra Empty Re: T03E05 - Guerra

19/01/16, 12:58 pm
Nova observava parada o grupo de soldados armados que os havia encurralado ali, tentando localizar apenas de canto de olho aonde Davi estava, mais atrás. Após uma risada sinistra, um homem de tapa-olho e cicatriz no rosto aparece do meio do grupo então, se aproximando especialmente de Nova.

Parecendo intimidada, a super moça olha baixo para o homem ao seu lado, praticamente encostada nele, sentindo-o cheirar o seu cabelo. Ela presta atenção na "luva" que o mesmo usava, e tentava imaginar o potencial perigo dela.

Alguns segundos após ouvir as palavras do potencial meta-humano, ela finalmente vira o rosto para o mesmo, olhando-o no olho ao se pronunciar:

– YA dumayu, my vse mozhem igrat' vmeste. - Ela permanece olhando fixamente no olho dele, enquanto muda de lingua. – Espectro, desapareça.

Esperando que o companheiro ficasse intangível e invisível, ela iria tentar uma rasteira rápida só para desequilibrar o homem ao seu lado, agarrando-o com as duas mãos e logo em seguida jogá-lo em cima dos soldados à sua frente, imediatamente partindo pra cima do resto deles.

Se aquele homem de luva fosse uma ameaça de verdade, ela teria que eliminar o resto daqueles homens primeiro. Esperava que Espectro já voltasse momentos depois, ajudando-a a derrubar os soldados e/ou lidar com o homem.
Chip
Chip

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19/01/16, 06:07 pm
Davi sentia medo, mas em sua face tentava não deixar transparecer. Assim que os soldados e o homem de tapa-olho surgira, ele fechou os olhos, tentando se concentrar. Não entendia nenhuma palavra que ele dizia, mas sentia o tom de ameaça.

Espectro segurou firme seus dois bastões curtos, se preparando para juntá-los em um só. Escutou Nova falando algumas palavras que também não compreendera, e logo em seguida gritou as ordens para desaparecer.

Ele, que ainda estava de olhos fechados, respirou fundo, como se estivesse prestes a entrar dentro d'água e se concentrou em sua transformação, que estava cada vez menos difícil. Queria ficar intangível e invisível para surpreender os inimigos, mas não deixaria Nova lutar sozinha.

Enquanto ela estivesse enfrentando o homem, o jovem já planejava usar da tática que usara uma vez. Ficaria visível novamente em meio a alguns soldados, mas ainda intangível, esperando que atacassem uns aos outros através dele. Ficaria tangível para atacar usando seu bastão, mirando especialmente nas pernas e nuca, para tentar derrubar rapidamente. Se defenderia ficando intangível e invisível novamente, trocando de posição e então tornando a usar a mesma tática.
Caveira FH
Caveira FH

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19/01/16, 07:53 pm
As coisas estavam tensas e um tanto quanto bizarras, um homem trajando roupas militares curvado a frente de um baú, admirando algo dentro do objeto. Ele diz algumas palavras a um de seus soldados. Krich sabia bem o que era.

- Eles viram vocês! – Grita Krich, começando a atirar.

Os soldados de Basaev tomam posição, enquanto seu líder sai da sala, sem ser alvejado, ele diz algumas palavras e sai ileso do recinto.

-Mas o que? O filho da puta tem corpo fechado?. Retruca Ed tentando entender o que via .

As coisas não acabaram por ali, um homem enorme derruba a porta urrando, agindo como uma besta ele babava e suava, mesmo naquele frio extremo.

-Se liga Morfo já ouviu essas histórias de russos loucos, praticamente imorríveis e sem um pingo de noção? Acho que a gente tá prestes a sentir na pele uma dessas histórias...Acho melhor você se proteger. Diz Tubarão se aproximando do colega, caso este queira absorver o metal do tridente.

-Krich consegue cobrir a gente? As coisas vão ficar feias aqui!
Morfo
Morfo

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19/01/16, 10:43 pm
Junto de Tubarão e Krich, Morfo havia se deparado com algo que ele realmente não gostaria de enfrentar, extremamente assustado com o que via. - Fala aí Tutuba, esse tal de Basaev vai ser moleza pra tu. - diz, praticamente tremendo nas bases, parecendo descontraído.

- FUDEU! - ele se abaixa rapidamente quando Krick começa a atirar. Quando pensou que algumas balas resolvessem, ele observa pelos seus visores o homem continuar o que fazia como se os disparos fossem nada. - Caraca, esse cara é feito do que? - preocupa - Russos filhos da puta.. Não podiam ser canadenses? Sei lá. - se levanta rápido do chão.

- Se liga Morfo já ouviu essas histórias de russos loucos, praticamente imorríveis e sem um pingo de noção? Acho que a gente tá prestes a sentir na pele uma dessas histórias... Acho melhor você se proteger.- Tiago agarra rapidamente o tridente de Ed. - I...morríveis? - ele absorve o metal transformando seu corpo todo. - Beleza.

Um brutamontes derrubava a porta soltando um berro - Não dá pra cê encarar esse mano sozinho Tuba? Olha o seu tamanho! - disse nervoso. Ele via o grandão de dois metros babando igual um animal. - Vocês são até parecidos.. Podiam resolver com uma conversinha amigável, não? - firmou os pés no chão, ele sabia que a luta aconteceria, e só tagarelava para tentar amenizar a situação e disfarçar seu medo. - Tá, a gente consegue.. a gente consegue...

Por último, tentou modificar um pouco sua estrutura para ficar maior e mais parrudo, semelhante ao físico de Edson, com duas marretas na mão, pronto para um embate com a fera.
Solar
Solar

T03E05 - Guerra Empty Re: T03E05 - Guerra

20/01/16, 12:04 am
Dresden, 1943:

Em uma pequena casa os bravos soldados se reúnem. Os seis confabulam, enquanto tomam um café quente, preparado pela dona da casa. Uma senhora simples, judia, que perdera o marido e um de seus filhos para a intolerância do exército nazista.


- Então você quer dizer que esse Jürgen... Addler? É esse o nome?

- Exatamente. – Responde Beckert, com um sorriso de canto de boca, enquanto levava sua xícara de chá de volta à sua boca.

- É estranho todo mundo tomar café e só o Beck tomar chazinho? – McCarthy inclina o corpo para cochichar no ouvido de Delpieré, que dá de ombros e continua seu café.


- Você quer dizer que vamos entrar na prisão nazista mais bem protegida pra roubar um objeto que você nem sequer revela pra nós. – Amanda espera Beckert confirmar com a cabeça, para retomar seu raciocínio.
– Inacreditável. Sete. SETE PESSOAS. Sete pessoas vão entrar naquele lugar com o que deve ser uma guarnição nazista inteira pra roubar uma... “Coisa”.

- Se a moça está com medo, podemos providenciar uma carona pra casa. – Diz Scott, em um tom de deboche. – Só não quero uma mulher histérica destruindo minha operação, ok?

Arthur se levanta, mas é interrompido pelas batidas na porta. Os seis não se preocupam tanto, identificando o ritmo das batidas. Krichowyak havia retornado, dessa vez com um companheiro.

- Demorou, Ian. – Diz Beckert, batendo a porta assim que os dois adentram o recinto.

Krichowyak faz um gesto para a senhora na cozinha, pedindo dois cafés. Ele agradece logo em seguida, assim que a vê acenando com a cabeça, como algum tipo de confirmação.

- Quem é esse? – Pergunta McCarthy, bocejando.

- O nome dele é Allan Schwartz. Será nosso guia para a invasão ao castelo de Colditz.

- Fiquei sabendo que você fugiu de lá. Dizem que aquilo é inescapável.

- Aquilo é o inferno... – Seu inglês era fraco, mas conseguia se comunicar sem muita dificuldade com os companheiros. – Eles têm um... um... um objeto estranho. Uma... lança... esse é o nome. Uma lança.


- Uma lança? – Amanda fica pensativa, enquanto o rapaz continua seu relato. A jovem dá algumas voltas na mesa, despertando a curiosidade de Arthur, que se levanta. Quando ele se aproxima da moça, ela estala os dedos.
– A Lança do Destino!

- Como é? Como a da história de Jesus? A lança que o matou? – Pergunta um surpreso Scott, enquanto nota que Beckert abaixa a cabeça vagarosamente.


- Quando Hitler começou sua marcha rumo ao leste europeu, diziam que seu exército era munido de um poder oculto. De uma força sobrenatural de escala gigantesca. Mas pra mim isso tudo é besteira.

- Era dito que a lança tinha poder devido ao sangue que recebera. O sangue de vocês sabem quem. – Arthur termina o raciocínio.

- Então espera aí... – McCarthy toma a palavra. – Você quer dizer que quando os católicos dizem que o sangue de Jesus tem poder é por que ele tem poder mesmo? – Alguns acenam com a cabeça que sim e outro permanecem neutros. – Que doideira.

- Então quer dizer que o velho buldogue chefe do Beck mandou a gente pra cá, pro inferno nazista, pra entrar na prisão mais bem protegida do mundo, que parece que é protegida por um “poder mágico” pra roubar uma suposta arma que possui o sangue do maior mito da história? Ah, que filho da puta! – Scott deixa sua xícara na mesa, com raiva.

Beckert recoloca seu casaco, empunha duas pistolas, colocando-as em seus respectivos coldres, e toma a palavra.

- Já chega de besteira. Foi nos dada uma missão e nós vamos cumpri-la. Arrumem suas coisas. A partir daqui a viagem será de carro e será longa. Schwartz e Ian dirigem. Nós iremos na parte de trás do veículo. Se alguém tentar nos impedir, nós matamos. Se alguém ficar no nosso caminho, derrubamos. Tá na hora de ensinar uma lição à esses alemães...

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República Independente da Kasalya, agora:

Espectro “some” da vista de seus algozes. Nova aproveita a distração dos soldados e golpeia os dois que a cercavam. O homem da luva aperta o punho, erguendo-o contra Nova. Neste momento, uma onda de choque a acerta, fazendo-a cair para trás. Davi surge no meio de mais 5 inimigos. O rapaz fica intangível, esperando os demais atacarem. No entanto, apenas um cai na estratégia. Este soldado tenta golpear Espec, mas soca o vácuo. O herói, vendo não possuir alternativas, se solidifica novamente, atacando os demais com suas técnicas de combate utilizando o bastão. Dois são derrubados. Os outros erguem suas armas, mas são surpreendidos por Nova, que não sofrera danos colaterais pelo choque. Ela golpeia um, deixando o outro sem saber o que fazer. Espectro o desacorda com um golpe de bastão na nuca. O último retorna, mas é atingido por uma descarga elétrica, de seu próprio comandante. Ele sorri, retirando a luva. Seu braço é todo cheio de cicatrizes. Algumas linhas de eletricidade passam em volta de seu braço.

- Acharrram mesmo que eu ia deixarrr vocês escaparrrem. – Seu sotaque carregado era nítido. Seus “erres” tinham um sotaque russo inconfundível. – Venham prrra mim, crrrianças.

O homem solta outra rajada elétrica. Davi fica intangível, escapando. Dessa vez, Nova consegue bloquear o golpe, mesmo sentindo o efeito dessa vez. Quando ela descruza os braços, que estavam à altura dos olhos, vê o homem bem perto, preparando-se para lhe aplicar um soco. Nova consegue bloquear, mas leva uma descarga elétrica. Até o momento, Davi não reaparecera, causando algumas dúvidas em sua parceira. O inimigo solta uma risada.

- Parrrece que seu amiguinho não quis ficarrr parrra o festa. – Ele aperta o pescoço de Nova, que cerra os punhos.

Quando estava pronta para atacar, Davi surge por detrás do inimigo, aplicando um golpe com o bastão, certeiro na nuca. Ele cai, mas as correntes elétricas continuam passando pelo seu corpo.

- Você está bem?

- Sim... Só um pouco tonta.

Os dois se escoram. Davi era pequeno em relação à heroína, fazendo com que Nova não pudesse colocar todo o peso de seu corpo nos ombros do jovem.

- Vamos. Temos que encontrar o resto do pessoal e o general.

Krich dá o sinal com a mão direita. Tubarão pula, aterrissando ajoelhado com a perna direita, e “socando” o chão. A marca de seu punho ficara. Morfo, que havia absorvido o metal do tridente de Ed, também desce, mas “surfando” pelo corrimão. As balas ricocheteavam, soltando faíscas nos braços e rosto de Tiago, que ri. Krich grita de cima, atirando aleatoriamente, fazendo com que alguns inimigos dessem vários passos para trás. Ed tenta fincar seu tridente nas pernas do inimigo, em vão. Ele golpeia o rosto do rapaz, que cai.

- Do que esse cara é feito? – Retruca Tubarão, se levantando.

- Calma Tutuba! Tô chegando! – Morfo salta, golpeando o rosto do inimigo, que cambaleia um pouco.

Alguns tiros acertam o gigante, que balbucia. No entanto, mesmo as balas penetrando na pele, não saía sangue.

- Mas que merda é essa?

- Un Golen, imbecil. – A voz de Basaev era ouvida da outra salava.

O homem, de postura rígida e passos pesados, caminha calmamente de volta à sala. Ele passa a mão esquerda pela coluna de seu “mascote”, que recua. Um singelo sorriso cínico é estampado na cara do vilão.

- O que querem em mio país? – Diz o homem, sentando-se na cadeira a frente de seu objeto de grande valor. – Já não basta os malditos russos virrem aqui tentando me comprrar? Ou a sua amada Amerrica tentar nos subornar? Já vivi o terror durante a guerra frria. Não querro que mios comprratrriotas passem pelo miesmo.

Morfo e Tubarão se entreolham. Krich desce, com a arma em punho. Ele a aponta para Basaev.

- Você só quer dinheiro. Conheço canalhas como você.

- Poloneses são russos de terrcerro escalon. – Basaev o olha com um semblante que colocaria medo em qualquer um. – E eu odeio russos.

- Você disse que só quer o bem pro seu povo, não é? – Krich mira a cabeça de Viktor. – Então o que me diz da Chimera Corp?

- Chimerra?

- Não se faz de besta, bonzão. – Ed da um passo a frente. – Eu já cansei do papo, hora de apagar esse fdp.

Tubarão avança, mas é derrubado. Morfo cai logo em seguida. Basaev se aproxima de Krich, inclinando sua cabeça ao ouvido do amedrontado homem.

- Eu sei quem você é, tovarisch. Sei sua descendência.

O homem agarra Krich pelo pescoço. O soldado agoniza. Nova e Espec adentram na sala no exato momento, sendo impedidos de passar pelo golem de Viktor. No fim, eles só veem a cena de Krich tendo seu pescoço quebrado pela mão direita do vilão. Seu corpo é largado no meio da sala, caindo inerte no chão. Os quatro não acreditam no que estão vendo. Um simples homem levantara o outro com apenas uma mão e quebrara seu pescoço como se não fosse nada.

- Quien é o prróximo?
Devon H.
Devon H.
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20/01/16, 12:54 pm
O som de explosões são ouvidas, enquanto o prédio todo se balança com os bombardeios. Avançando a toda velocidade pelos escombros do mesmo, Nova estava completamente suja e com parte das roupas rasgadas.


– Wattson, me dê a localização do Thompson!

– Minha conexão com o satélite está fraca--

– Não estou nem aí, tenta denovo!! - Grita a moça, frustrada.

– Como diabos viemos parar nesse inferno...?!


Correndo pelo prédio, a moça dá de cara com um soldado armado, que imediatamente a vê e aponta a arma na direção dela.

- Devushka stoya!

A super-moça ignora o homem e aproveita o embalo pra dar um chute frontal no rapaz, que o lança pra longe. Ela logo nota mais dois homens, que atiram seus fuzis contra ela, a alvejando duas ou três vezes até que ela volta a se mover, se desviando das balas. Ela salta na direção dos dois, atingindo ambos com o um golpe simultâneo com os dois braços.

– WATTSON!

– Achei. Ele está há 116 metros daqui a noroeste, dois andares abaixo.

A moça parte na direção indicada, até parar em frente a uma janela quebrada. Ela vê do lado de fora, na rua da cidade que parecia ser do leste europeu, um bando de soldados se encontrarem, alguns deles trazendo à força o que pareciam ser civis. Eles os jogam no chão, apontando suas armas pros homens, e engatilhando suas armas.

– ... Não!!

Os homens atiram as suas armas.
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Agora:

Nova vê Krich cair ao chão, sem vida. Ela engole seco e toma um semblante velado de raiva, apertando os punhos, o aperto sendo tão forte que é possível ouvir o estalar dos seus dedos. Estava diante agora de um monstro e Basaev, logo atrás dele. A super-moça observa os outros dois companheiros ali perto, e logo passa a mão nos cabelos, tentando voltar ao foco da missão.

– Tuba, Morfo, quem é esse monstrengo e o que ele faz? - Ela pergunta pelo comunicador.

Assim que recebe uma explicação rápida, a moça tenta traçar um plano rapidamente.


– Espec, Morfo, eu quero que vocês foquem no Golem. Não tentem derrubá-lo, apenas mantenham ele ocupado, evitem os ataques dele, para que eu e Tubarão possamos atacar Basaev. Se esse monstrengo é um golem, então se derrubarmos o mestre dele, ele vai parar.

– Com sorte, Basaev vai querer quebrar mais uns pescoços, então ele deve deixar pelo menos um de nós encará-lo frente a frente; e a mais adequada aqui pra aguentar uma quebrada de pescoço no caso sou eu.

– ... Eu espero. - A moça completa em voz baixa, depois de falar no comunicador.


Assim que a estratégia delegada fosse posta em prática, Nova saltaria por cima do monstrengo e iria pra cima de Basaev com tudo, contando com o fato de que provavelmente ele não tinha o físico de um homem comum para poder quebrar o pescoço de alguém com uma mão.

Com sorte, ela abriria uma brecha para que Tubarão pudesse atacar com seu tridente, e através das propriedades mágicas do mesmo, conseguir ferir o homem se nada mais conseguir.
Chip
Chip

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20/01/16, 03:49 pm
A animação e adrenalina que antes tomava conta de Davi, foram trocadas por outros sentimentos. A cena que o jovem acabara de assistir causava uma mistura de dor e medo. Contemplar a morte a sua frente, sem poder fazer nada, o fez lembrar de sua mãe, no dia em que foi assassinada.

Ele não conseguiu contar o espanto em seu rosto, e seus olhos se encheram de lágrimas ao recordar memórias tão doloridas. Ele fitava o corpo caído de Krich, esperando seu espírito se manifestar. Queria consolar o espírito, queria conversar com ele, acalmá-lo, mesmo que mal conhecesse o homem que acabara de falecer.

Seus pensamentos são cortados pela voz de Nova, que começava a ditar um novo plano. Enxugou seus olhos com as costas das mãos e em seguida cerrou as sobrancelhas, encarando seu novo, e gigantesco, alvo. Olhou ao redor, procurando qualquer objeto pequeno que pudesse encontrar, como pedras ou pedaços de concreto.

- Morfo! - Gritou para seu companheiro com um sorriso largo no rosto. - Você conhece a história de Davi e Golias? Adivinha quem sou eu! - O garoto se sentia tão confortável lutando ao lado de Morfo, que até mesmo se permitia brincar durante uma luta, coisa que não era comum da parte de Davi.

Espectro planejava arremessar pedras e o que mais encontrasse na direção do golem, mas não esperava que aconteceria o mesmo que aconteceu na história bíblica, queria apenas chamar atenção do gigante, tentando afastar o mesmo do mestre dele e de seus companheiros. Em momento algum atacaria o monstro diretamente, pois sabia que qualquer golpe sofrido poderia ser fatal. Usaria de sua intangibilidade como recurso de defesa novamente, e flutuaria a frente do rosto golem para dificultar sua visão.
Caveira FH
Caveira FH

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20/01/16, 08:26 pm
Krich cai inerte no chão da sala. Seus pescoço havia sido quebrado como se nada fosse, e os heróis ali presentes nada puderam fazer pra impedir aquilo.

- Quien é o prróximo? Diz Viktor num tom de deboche.

- Seu filho da puta!Grita Ed ainda não acreditando no que acabou de presenciar.

A sensação era horrível, ver alguém que a segundos estava a seu lado cair sem vida diante de todos. A sensação de impotência de não poder fazer nada para reverter aquilo.
Um misto de sentimentos ruins, que só faziam o hibrido se sentir casa vez mais raivoso.

Sua pulsação aumenta, uma fúria toma conta de seu corpo, ele sabia que tinha que se conter, mas a vontade de estraçalhar o imbecil metido a sua frente era ainda maior...

Nova toma a frente, ela parecia tão centrada naquilo tudo. As vezes o fato da moça ter “poucos anos de vida” era a sua maior vantagem, poder fazer suas missões sem grandes interferências emotivas, não que ela não tivesse suas emoções, mas erma mais contidas, mais controladas.
Já Ed um misto de testosterona e  fúria animal, que se fossem focadas em um determinado alvo, poderia vir a ser um grande problema para o adversário .

Nova havia colocado Morfo e Espectro para darem uma canseira no tal golem, Viktor lidaria agora com os pesos pesados.
Tubarão esboça um sorriso, olhando com raiva o “alvo” a sua frente.

-Você me deixou bravo seu pedaço de merda, e isso não é bom... Não pra você!
Ele e Nova se entreolham, Ed esperaria a moça saltar sobre Viktor abrindo uma brecha para que ele atacasse. Provavelmente a força daquele homem era de origem mística então ele usaria o tridente, para confirmar as suspeitas.
Morfo
Morfo

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21/01/16, 12:20 am
Se tinha uma coisa que Tiago não conseguia se acostumar de forma alguma era com mortes. Suas mãos tremeram por um instante, ele soa frio quando estuca a voz de Basaev. Matar Krich pareceu tão fácil para o homem que Morfo se questionou se seria suficiente para um embate com Viktor. Mas ele sabia com quem andava, com quem podia contar.

Olhou diretamente para Davi, com quem já havia adquirido alguma afinidade mesmo em pouco tempo. Seguiriam a indicação de Nova, e praticamente distrairiam a fera enquanto junto de Ed eles tentassem algo contra Viktor.

- Você conhece a história de Davi e Golias? Adivinha quem sou eu! - Tiago pensa para alguns segundos, ironicamente. - E cê vai tacar o que nessa... coisa?! - disse enquanto mantinha a forma do metal vindo do tridente. Ele diminui sua estrutura, gerando volume em suas mãos, com grandes marretas. - Belê, se for pra atrasar, bora derrubar o gigante então. - se virou em direção do monstro junto de Espectro.

- Quanto mais alto, maior o tombo! - Morfo tentaria contornar a fera enquanto Davi lhe chamava atenção atirando coisas, assim, quando estivesse distraído, acertaria o grande com uma pancada na cabeça.
Solar
Solar

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21/01/16, 11:03 am
Colditz, 1943:

Mais uma salva de tiros. Delpieré cai de uma das torres do castelo. A invasão estava sendo sufocada. McCarthy atirava contra nazistas do lado de fora. Sua fúria era imensa. Beckert, Amanda e Schwartz entram no castelo, sendo seguidos por McCarthy, que atira como um louco para todos os lados. Do lado de cima, se esgueirando pelas paredes, estavam Arthur e Krichowyak, enquanto Scott subia por uma outra torre, já vazia, por conta das investidas dos aliados.

Mais alguns soldados surgem. Eles começam a falar em alemão, uma língua que só Schwartz entendia. No entanto, ele não estava ali para auxiliar Arthur e Ian.

- O que faremos agora? – Pergunta, com os olhos cerrados e o semblante fechado, encarando os inimigos.

Quando se preparavam para o fuzilamento, três tiros. Os três soldados que os cercavam caem inertes no chão. O sangue se espalha pelo chão, antes limpo, do lugar. Ian olha para frente e enxerga Scott, com seu revólver em punho, soltando um sorriso.

- Sempre eu pra salvar vocês, hein...

Amanda encontra o local onde alguns soldados são mantidos em cativeiro. Beckert e McCarthy derrubam os demais, enquanto Schwartz sorri. No entanto, o sorriso desaparece quando eles ouvem um tiro.  Pescoço de Schwartz começa a sangrar sem parar. Ele tenta puxar o ar, em vão. O corpo do judeu cai para trás. Seus olhos esbugalhados, sua boca aberta e seu corpo totalmente ensanguentado causam a ira de Beckert. Ele atira, em vão. O homem que surge à frente dos 3 remanescentes sorri. Ele diz algumas palavras em alemão.

Beckert o olha atentamente. Em sua mão direita, o objeto que eles queriam encontrar: A Lança do Destino. O inglês aponta sua arma para “O Carrasco”. Seus olhos mostram toda sua raiva pelo homem.

- Você matou meu irmão. Antes disso, matou meu pai. Matou muitos dos meus irmãos de armas. E matou muito mais. Você é a escória da escória, Addler. Até mesmo seu valoroso Füher o deixou longe dele, por causa da sua loucura. Mas isso acaba hoje!

Um tiro é ouvido.

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República Independente da Kasalya, agora:

Basaev anda lentamente em direção a arca a qual admirava antes dos heróis aparecerem. Ele a abre. Uma forte luz toma conta da sala, cegando todos ali momentaneamente. Quando esta se apaga, os garotos observam o general segurar uma lança.

- Poderrr.

Os heróis não entendem muito bem o que acontecera. Nada havia mudado na cena, apenas Basaev parecia um tanto entorpecido. O homem recoloca a lança de volta na arca, olhando para Nova. Ele solta um sorriso. Era tão macabro que até a garota sentira um frio na espinha.

Ela brada algumas palavras aos seus companheiros, pulando por cima do Golem, indo em direção à Viktor. Morfo e Espectro partem em direção ao monstro, que já se virava para ir atrás de Nova. Em forma de metal, Tiago desfere um soco no monstro, que apenas vira o rosto. Espectro tenta o mesmo movimento com que vencera as “cópias” dos membros da equipe outrora. Em vão. Morfo se abaixa, tentando desferir socos nos joelhos do inimigo. Também em vão. O oponente o segura pelo uniforme, jogando-o contra seu companheiro de equipe.

Tubarão tenta fincar seu tridente contra as costas de Basaev, que o segura. O tridente começa a brilhar de forma estranha.

- Magia? – Se pergunta Ed.

Basaev lvanta o tridente, com Ed junto, o jogando contra a parede. Nova surge, golpeando-o diversas vezes no rosto. O inimigo sangra, mas parece não sentir muito os golpes.

- Minha vez, querrrida.

Basaev a golpeia no estômago. Nova cai de joelhos, com as mãos na barriga. O vilão segura seu rosto, levantando-a novamente. Tubarão finca seu tridente nas costas do imimigo, que solta Nova. Ele golpeia o rapaz no rosto, com as costas das mãos. Ed cai, enquanto Nova levanta.

- Você vai sentirrr muita dorrr, minha querrrida...

- Não! É você quem vai!

Os dois se golpeiam.

Davi começa sua estratégia de distração para com o inimigo. Fica intangível em frente à ele, que tenta alguns golpes. Morfo deixa seus punhos mais densos, golpeando o inimigo na barriga e nas canelas. Finalmente este acusa alguns golpes, dando alguns passos para trás. Espectro, neste mesmo instante, solidifica seu corpo novamente. Ele atinge seu bastão em um dos olhos da criatura que, furiosa, começa a golpear o ar. Neste instante, Tiago o ataca, derrubando-o no chão. A criatura ainda se debate, mas encontra dificuldades para se levantar.

Nova golpeia Basaev, que a golpeia de volta. Os ficam trocando socos por um tempo, mas parece que a resistência do vilão diminui de forma mais lenta que a da heroína. Tubarão se levanta, golpeando o homem com as mãos nuas. Basaev começa a se irritar com a insistência da dupla.

- Vocês estan me deixando irrritado. – As veias em sua testa começam a pulsar. Seus olhos cerram enquanto fecha suas mãos.

Quando estava pronto para enfrentar seu invasores novamente, um grupo de soldados invade o local, atirando para todos os lados. Morfo se joga para não ser acertado, enquanto Espectro fica intangível. Tubarão e Nova repetem o movimento de Tiago. Basaev se mantém de pé, sem receber tiro algum. Ele manda os soldados pararem, mas estes não o obedecem.

Basaev esbraveja várias vezes. Seu tom era de irritação total. Sua fúria podia ser vista em seus olhos. Ele anda lentamente, a passos pesados, em direção a arca. Quando a abre, nenhuma luz surge. Basaev esbraveja novamente. Neste momento, os tiros cessam. Quando o general se vira, seu braço direito no governo, o homem que enfrentou Nova e Espec, enfia a lança em seu tórax.

- Do svidaniya , voobshche! – Diz, girando a lança fincada no general, que cospe sangue intensamente.

O homem retira a lança transpassada no corpo de Basaev, a empunhando para cima e batendo no chão logo em seguida. Ele abre um sorriso para todos ali e fala:

- Luk do ikh novogo lidera.
Devon H.
Devon H.
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21/01/16, 12:58 pm
Nova se joga ao chão ao perceber os tiros de todos os lados, confusa. Ela observava do chão com os seus olhos azuis claros toda a cena que se desenrolava no local, aproveitando o momento para descansar do combate, a adrenalina e a sede de justiça pela morte de Krich ainda pulsando nas suas veias. Porém, algo inesperado acontece: Um inimigo prévio, o homem com as habilidades de eletricidade, parece trair Basaev e o mata com a esotérica lança que estava guardada no baú.

A super-moça acreditava que Basaev tinha levado o que merecia, mas agora isso só significava que o alvo deles agora era outro; e com certeza aquela lança não eram boas notícias.

- "Curvem-se diante do seu novo líder"... - Nova repete a última frase do rapaz em português no comunicador, indicando que aquele homem era o problema deles agora.

- ... Nós temos que tirar aquela lança da mão dele.


A garota é a primeira se levantar, fazendo fronte ao homem, como se quisesse relembrá-lo de que se enfrentaram há pouco tempo atrás.

- My ne dolzhny delat' eto snova!

- Estou comprando um tempo pra nós! - A moça volta a falar com os seus companheiros, mas ainda agia como se estivesse falando para o homem a sua frente. -
- Esse cara tem poderes elétricos poderosos, então tomem cuidado. Essa lança deve ter poderes mágicos, então é capaz de machucar a todos nós facilmente.


- Tam chetvero nas seychas. Vy uvereny, chto khotite vzyat' shansy?

- Ed, seu tridente deve conseguir segurar os ataques da lança, então você deve ser o oponente principal dele; Espec, você pode tentar a mesma coisa de antes e atacá-lo de surpresa, mas tome cuidado com aquela lança mesmo intangível. Se os soldados decidirem ser corajosos e atacar a gente, eu e o Morfo podemos acabar com eles primeiro, mas nós quatro iremos focar nesse cara.


Assim que terminasse, daria um sinal com a cabeça pros seus colegas, sinalizando o começo do ataque. Deixaria Tubarão tomar a frente do homem, enquanto ela e Morfo averiguariam se os soldados iriam atacar ou só observar o combate entre eles. Se eles atacassem, partiria pra cima deles, derrubando todos para que pudesse ser só os 4 contra o homem. Tentaria se manter longe do braço elétrico do homem e tentaria agarrar a haste da lança, puxando-a com toda força para arrancá-la das mãos do "novo líder".
Caveira FH
Caveira FH

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21/01/16, 11:22 pm
-Fala sério... Ed fica espantado ao ver  Basaev ser atravessado pela tal lança mágica.

Não que o desgraçado não merecesse, mas o outro cara também não parecia ser boa coisa, e ainda mais com “lança do poder” em mãos as coisas iriam ficar feias.
Batendo a lança no chão o homem diz alguma coisa. Nova consegue entender sabe-se lá como.

Ela já havia enfrentado o cara a alguns minutos atrás, sabia do que ele era capaz.

A moça toma a frente do grupo, ela parecia confiante, determinada.

- Ed, seu tridente deve conseguir segurar os ataques da lança, então você deve ser o oponente principal dele; Espec, você pode tentar a mesma coisa de antes e atacá-lo de surpresa, mas tome cuidado com aquela lança mesmo intangível. Se os soldados decidirem ser corajosos e atacar a gente, eu e o Morfo podemos acabar com eles primeiro, mas nós quatro iremos focar nesse cara.


Essa doida quer me matar? Se o outro que já tava treta derrubar  foi furado igual merda por esse cara, tenho medo de pensar no que ele vai ser capaz....  Pensa o híbrido.

Mesmo um tanto intimidado, Tubarão com seu tridente em mãos da alguns passos a frente.
Ele estrala o pescoço com um sorriso de canto de boca enquanto resmunga alguma bobagem:
- Tá tranquilo, tá favorável...

Tendo uma possível vantagem em relação ao oponente, em manejar objetos como uma lança, ou no seu caso o tridente, Tubarão pretende usar seu conhecimento em uma luta com a intenção de desarmar o adversário.
 Sabendo do que os inimigos ali eram capazes, se fosse preciso, ou  em ultimo caso usar o tridente para decepar a mão de seu oponente viria a ser uma de suas opções.


-Aê viadovisk, ninguém entende porra nenhuma do que você diz, se fecha otário! Tubarão parte com tudo pra cima do inimigo.
Chip
Chip

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23/01/16, 02:16 am
Outra morte bem a sua frente, dessa vez do inimigo. Davi engoliu o ar, assustado. Por pior que pudesse ser uma pessoa, ele não desejava a morte. Ainda mais sabendo que seu espírito sofreria, sem uma segunda chance, sem uma redenção.

Ele respirou fundo e focou no assassino do general, o homem que enfrentara antes, e que, até então, fora derrubado pela dupla. Ele olhou para Nova, instintivamente, e então ela começou a dar novas ordens. Ele sentia as vibrações daquela lança, sentia a magia vinda dela, e sabia que mesmo intangível ela poderia atingi-lo.

Espectro havia reparado que não era necessário constante contato com a lança para permanecer com seu poder, logo, não seria apenas desarmando o homem que iriam equilibrar a luta. Davi teve uma ideia ousada, e muito arriscada.

Seguindo o plano de Nova, iria enfrentar o homem juntamente de Tubarão, mas ao contrário de seu amigo, ficaria mais ao redor dos dois, procurando alguma brecha para atacar com seu bastão, principalmente por trás, e nas pernas, tentando levar o homem ao chão. Mas seu foco mesmo era a lança do destino, queria tentar agarrá-la em algum momento, disputando sua posse com o homem, ou então quando o mesmo fosse desarmado. Se assim conseguisse, largaria sua arma e prosseguiria na luta usando a lança como se fosse seu bastão, mas tendo cuidado para não atingir o homem fatalmente.
Morfo
Morfo

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23/01/16, 02:49 am
Por um segundo os poderes de Morfo falharam. - Caramba, não me deixa na mão agora. - ele diz baixo pra si mesmo, olhando para as mãos que acabavam de voltar a serem orgânicas, e não mais de metal. - Merda! - esfregou as palmas uma nas outras, criando algum atrito.

Escutou Nova balbuciar alguma língua totalmente estranha para Tiago. - Snova o que? Seychas quem? - ria, nervoso, conseguiu pensar em algo que pudesse funcionar. - Vamos lá.... - suspirou, passou a mão por algum resquício de neve que ainda havia em suas luvas e uniforme, e com o calor de sua mão, uma pequena poça de água surgiu ali.

- Aí gente, vou ter que improvisar! - suas mãos se transformaram em água. - Vai ter que servir. - o resto de seu corpo se tornaram uma grande poça de água. - Não acredito isso tá acontecendo. A Nova pode acabar fácil com esse cara, o Ed é gigante encara tranquilo, e o Davi pode ficar invisível, fala sério! - se questionou um instante da sua utilidade no grupo, com a repentina falha de seus poderes, ele só queria fazer parte daquilo. Assim, Morfo deslizaria pelos cantos da sala por volta da batalha, e tentaria algo que fizesse Basaev escorregar, surgindo como uma onda repentinamente no meio da luta contra seus amigos.
Solar
Solar

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24/01/16, 04:21 pm
Castelo de Colditz, 1943:

Arthur e Ian chegam ao encontro de seus companheiros, no entanto, a cena que presenciam não é nada menos do que terrível: Beckert estava pendurado em uma das paredes. Suas mãos e pés pregados, ensanguentados. Um de seus olhos havia sido removido. Amanda estava caída, com um grande ferimento à altura de seu ombro direito. Schwartz, com um buraco no pescoço, caído com os olhos esbugalhados. O Carrasco batia na única pessoa ainda consciente do grupo, que era McCarthy. Addler socava o rosto do rapaz, já totalmente ensanguentado e sem alguns de seus dentes.

- Addler! – Arthur, mesmo sendo um cientista e não um lutador, corre para enfrentar o homem.

Ian olha para a lança, presa em uma espécie de pedestal, enquanto os dois mediam forças. Arthur tenta golpear Addler, que escapa com certa facilidade. O homem golpeia o estômago do oponente, fazendo-o ajoelhar-se de dor. Addler, então, segura Arthur pela gola do uniforme, o jogando contra a parede, poucos centímetros próximo à Beckert. Arthur o olha espantado para seu companheiro. Uma visão do que a guerra pode causar a alguém. Ele se levanta, vendo Ian ser jogado para o outro lado, quase sendo arremessado para fora da janela.

- Krich! – Grita Arthur, indo em direção ao polonês.

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República Independente da Kasalya, agora:

Nova tentava distrair seu inimigo, enquanto seus companheiros se colocavam em posição. Ela olha para o oponente, segurando a lança que matara o líder da Kasalya, enquanto prestava atenção nos soldados parados ali. Davi usava seus poderes para se tornar intangível mais uma vez, enquanto Tubarão rodava o tridente em sua mão, esperando o momento certo para atacar. Morfo se transforma vagarosamente em líquido.

- O que esse animal tá fazendo? – Sussurra Ed, pelo comunicador.

- Ele vai enfrentar um cara que solta eletricidade... se transformando em água? – Davi completa.

Nova fecha os olhos, abaixando a cabeça e a balançando de forma negativa. Logo em seguida ela pula pra cima do inimigo. Os soldados empunham suas armas. Ed segura firme seu tridente e parte para o ataque, enquanto Davi atravessa o tal baú, indo em direção aos soldados. Quando estão prestes a atirar, os soldados são parados por seu novo líder, com apenas um aceno. Nova fica em frente a este, esperando alguma reação.

- No ... vy Yenko ?

- YA razberus' s etim , soldat.

Nova os ouve e, logo depois, tenta um golpe em Yenko, que segura sua mão. Ele solta um sorriso e começa a canalizar sua energia elétrica na lança. Esta, por sua vez, começa a brilhar intensamente, na cor vermelha. Algumas marcas, umas escrituras antigas, começam a brilhar. Raios são disparados aleatoriamente. Um deles atravessa o corpo de Davi, que sente a mesma sensação que sentira quando chegou ao país. Tubarão consegue se desviar de alguns raios. Outros acertam seu tridente, que servira muito bem como um para-raios. Morfo, no entanto, não teve a mesma sorte. Em seu corpo líquido, ele é atingido por um dos raios em cheio. O rapaz volta ao normal, desmaiado.

- Filho da...

Nova tenta um chute, acertando o rosto do inimigo, que parece não sentir nada. Ele joga a moça contra Tubarão, que consegue desviar por pouco. Yenko brada algumas palavras em russo, idioma que Ed não conhecia. O homem segura a lança eletrizada com as duas mãos, indo em direção ao herói, que faz o mesmo com o tridente.

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Castelo do Colditz, 1943:

Addler quebra o pescoço de McCarthy, enquanto Arthur se levanta novamente, com seu rosto sangrando. Um de seus olhos não se abre mais, enquanto o outro possui a visão embaçada. Ian atira contra o inimigo. Alguns tiros acertam, mas parecem não causa muito dano. Addler ri.

- Krich! Fuja! – Grita Arthur, tentando levantar-se mais uma vez.

Ian é pego pelo pescoço, parecendo ser sufocado pelo inimigo. O rapaz fala algumas palavras em polonês, sendo respondido em alemão. Quando estava prestes a quebrar o pescoço do aliado, Scott surge, atirando contra as costas de Addler, que o insulta em um idioma que o americano não domina.

- Au revoir, babaca!

Mais três tiros são disparados contra as costas do inimigo, que solta Ian. Arthur pega Amanda, que começa a recobrar a consciência. Ela puxa o ar de forma violenta, jogando seu corpo pra frente.

- Onde... onde estão os outros? – Pergunta a moça, olhando ao redor. – Eles...

- Vamos embora, Amanda.

Addler segura a lança novamente. Ian a segura ao mesmo tempo. O objeto começa a brilhar intensamente, revelando algum tipo de escritura em sua superfície.

- Krich, vamos! – Grita Scott, descendo pela janela da torre.

- Eu o seguro!

- Krich, sai daí! – Amanda grita, tentando se desvencilhar de Arthur, que a puxava pela escada.

- Gehen Sie nach Ihren Freunden, Soldat. Ich komme wieder und töten sie alle.

- Sie sind nicht meine Freunde, Herr Addler. Meine Loyalität nicht zu ihnen. Meine Loyalität ist es...

Uma luz forte toma conta da torre, desaparecendo logo em seguida. Os três sobreviventes, Scott, Amanda e Arthur, se encontram perdidos. Sem piloto ou qualquer coisa do tipo. Mas seus pensamentos estão voltados para seus companheiros perdidos, para o que aconteceu no castelo.

- Acha que sobreviveram? – Pergunta Arthur, pegando uniformes de soldados alemães mortos.

- O que você acha? – Responde Scott.

- Eu acho que devemos sair daqui o mais depressa possível. – Amanda complementa.

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República Independente da Kasalya:

O atrito das duas armas começa a gerar faíscas. Apesar do cabo da lança ser feito de madeira, ele era altamente resistente, aguentando os ataques do tridente de Ed. O rapaz, por sua vez, parecia começar a suar. Era estranha essa sensação, já que estavam em um país extremamente frio. Cada vez que Yenko atacava o tridente, um raio era disparado.

Nova se levanta. Ela parece estar com um pouco de dor de cabeça. Sua visão, meio turva no início, começa a ficar mais clara em alguns segundos. Ela vê Tubarão batalhando sozinho e Morfo caído, desacordado. Logo, a moça fala pelo comunicador.

- Davi, ajuda o Morfo! Coloca ele em um lugar seguro! Eu vou ajudar o Ed!

Nova pula em direção aos dois. Ela acerta o rosto de Yenko, que cambaleia um pouco para trás. Tubarão o golpeia com o cabo do tridente na barriga. O homem solta a lança, que para de brilhar, além de parar de emitir raios. Nova o chuta contra a parede, acertando alguns socos depois. Ed se espanta por alguns segundos, vendo a ferocidade com que sua parceira golpeava o inimigo. Enquanto isso, Davi se materializava novamente, segurando Morfo pelos braços, arrastando-o para um local seguro.

- NOVA! – Grita Ed.

A moça tem um “estalo”, percebendo que estava usando Yenko como saco de pancadas. O vilão, de olhos fechados, começa a “escorregar” pela parede, caindo sentado.

- O que você tava fazendo?

- E-e-eu não s-sei... – Diz, com a voz trêmula.

- Voceis son pions de um jogo muito complexo. – Diz Yenko, tentando falar em português dessa vez. – Non saben o que esta por vir...

Ele se levanta, soltando um sorriso de canto de boca. Nova tenta avançar, a fim de atacar Yenko novamente, mas Davi a impede, surgindo na sua frente.

- Não é assim que agimos, lembra? Se você matá-lo, será igual a ele: Uma assassina.

Nova para. Ela respira por alguns segundos, enquanto Tubarão segura Yenko com uma mão só. Ele o coloca contra a parede com uma certa brutalidade.

- Agora me diz, meu chapa. – Diz o herói, encostando uma das pontas de seu tridente na garganta do inimigo. – O que tá acontecendo aqui? Que porra de lança é essa? Quem é você Que jogo é esse que você falou? O que a Chimera tá fazendo aqui?

- YA ne otnosyatsya k vam , monstra . Vy ne moy boss . Ni odin iz vas ne izbezhit , chto gryadet. Ikh tela budet pishcha dlya mertvykh . Volna pridet i proglotit' vse iz vas . Vse, chto vy znayete, i lyubov' budet prevratit' v pyl' . Vy stavite , tovarisch . Vy budete szhigat' ...

Ed, já um pouco nervoso, tenta um golpe para atordoar o inimigo, a fim de leva-lo para interrogatório. No entanto, um grito é ouvido. A lança é batida no chão por alguém. Uma onda de luz branca invade a sala, cegando a todos. Quando recobram a consciência, só os heróis estão ali, caídos. Eles se levantam lentamente, inclusive um cambaleante Morfo que, além de mal conseguir se aguentar em pé, começa a cuspir sangue. Nova o coloca em seus ombros, enquanto estes saem, sem encontrar vestígios de Yenko, ou de qualquer soldado ali. Nem mesmo o corpo de Basaev estava presente no local.

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Dresden, 1943:

Os três sobreviventes olham os túmulos de seus companheiros com pesar. Arthur engole seco, enquanto Amanda fica estática, olhando para o nada. Scott bebia uma garrafa de uísque barato, que trouxera com ele desde a Inglaterra. Os três permaneciam parados, sem prestar condolências ou qualquer coisa do tipo. Apenas parados e quietos, até que Scott toma a palavra:

- Está na hora de voltar.

- Voltar pra onde?

- Reino Unido. Ainda temos uma guerra pra travar, esqueceu?

- Scott... Não somos soldados. Somos cientistas.

- Professor Garrick diz o contrário.

- Garrick é um lunático. Como todos são na guerra.

- Não me interessa. Vocês voltam comigo, nem que eu tenha que amarrar vocês em um cavalo raivoso.

- E quanto a lança?

- Ela já era. Assim como o trouxa do Addler. Assim como Hitler e toda a sua corja nazista vão ficar depois que acabarmos com eles.

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Instituto Victoria Cardoso:

O FHalcão pousa. Uma equipe de enfermeiros do Instituto corre, junto ao Doutor, para socorrer Morfo. Seu estado era estável, mas ainda preocupava. Estava de maca e ainda sentia fortes dores. Nova, Davi e Ed saem logo depois. O Doutor deixa de seguir o resto do pessoal e, junto à Arco, começam a ouvir o relatório da missão.

- E quanto à Krich? – Pergunta Hugo.

Nova balança a cabeça, dizendo não. Ed e Davi abaixam as suas, junto à Hugo. Este sai, junto a moça e o tubarão. Davi e Arco ficam.

- O que você queria falar pra mim que não podia falar na frente dos outros?

- A Nova... Ela me pareceu um pouco estranha.

- Estranha como?

- Mais... sanguinária. Fria. Como se seus sentimentos não importassem mais. Alguma coisa que eu não consegui entender. Não era a magia da lança.

Arco para por uns instantes, digerindo a informação.

- E a lança? Pode me dizer algo mais sobre ela?

- Era um poder diferente. Algo que eu nunca senti antes. Eu normalmente só consigo sentir alguma força mística quando ela está próxima de mim, mas aquilo... aquilo foi muito diferente. Senti aquele poder à uma distância quilométrica.

- Obrigado por me avisar, Davi. Precisamos nos preparar. Parece que a Chimera não quer brincar só no quintal dela. Ela quer expandir seus domínios.


Kasalya, naquele mesmo dia:

Um homem, totalmente vestido para o frio, espera alguém na neve. Ele olha um túmulo. Rústico, parecendo ser feito às pressas. Como um buraco na neve. Nele só estava escrito “Krich”.

- Vejo que está admirando sua sepultura. – Yenko surge.

- Já admirei algumas assim. – Responde o rapaz, também em russo. – Meus empregadores ficaram muito felizes em saber que você eliminou nosso único empecilho nessa parte do mundo.

- Fico feliz em ter eliminado aquele traste. – Ele olha o pescoço do homem, com uma marca de mão nele. – Parece que Viktor não foi muito gentil contigo, senhor Krichowyak.

- Sorte minha que meu protetor estava lá, não é? – Os dois riem por alguns segundos. – Agora a Kasalya é sua, meu bom homem.

- E o objeto é seu. Uma pena, pois me afeiçoei ao seu poder.

- Você nem imagina o que ela pode fazer. É um poder muito grande pra ficar nas mãos de gente como nós.

Yenko solta um breve sorriso para Krich, que retribui. O russo se vira e vai embora, em direção à um carro, que segue seu caminho. Krich muda o semblante, pegando um celular.

- A lança é nossa, senhor. Pronto para o próximo passo...


Fim de episódio.
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