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[Bairro] - Setor Industrial

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21/03/15, 12:19 pm

Setor Industrial


Um dos primeiros setores demarcados no planejamento urbano característico de Nova Capital, inicialmente se encontrava distante o bastante das áreas mais populosas da cidade para não causar muitos incômodos ao povo - pois desde sua concepção o Setor Industrial foi, sem surpresas, designado como uma área específica para grandes fábricas e indústrias que buscavam a mão de obra excedente e incentivos fiscais que a proximidade à capital e seus principais meios de transporte proporcionavam.

Mas isso foi apenas a gênese do setor; ao longo dos anos mais e mais indústrias erguiam altas suas chaminés, e cada vez mais trabalhadores viam grande oportunidade de emprego na região. Logo, aquela quantidade absurda de trabalhadores tornou necessária a criação de conjuntos habitacionais dentro do próprio setor industrial, se tratavam em sua maioria de residências simples, a maioria em condições precárias, destinadas à mão de obra das fábricas e do porto e com pouco acesso a serviços básicos como segurança, atendimento médico, lazer e transporte - exceto a linha alternativa de metrô e a estação ferroviária, mas esta lidava exclusivamente com transporte de bens e produtos.

Mas, com o esfriar do maquinário industrial e a especialização da mão de obra, nem tantos trabalhadores eram mais necessários nas fábricas, o que fez com que uma quantidade considerável de residentes do bairro migrassem para outros setores e até mesmo outras cidades, enquanto os poucos que ficaram e que não trabalhavam nas fábricas experimentassem uma vida de pobreza e, em alguns casos, à margem da lei.

É um bairro decadente quando observado como bairro residencial, marginalizado e deserto durante a noite e aos fins de semana, com considerável quantidade de fábricas e armazéns abandonados. Porém a maioria de suas indústrias ainda ativas segue seu ritmo de produção e transporte frenético, graças ao fácil acesso à linha ferroviária e ao Porto dos Santos - que, apesar de ser caracteristicamente um centro de exportação/importação, peculiarmente ainda comporta uma grande parte dos navios pesqueiros da costa brasileira.

Correm boatos de que, em muitas noites no Porto, cargas das mais suspeitas são desembarcadas em território nacional e, algumas vezes, coisas até mais inconcebíveis de lá saem para outras paragens. É incontestável no entanto o fato de que o Porto de Santos e alguns locais abandonados do bairro são frequentemente usados para encontro entre diversos membros e líderes de máfias e gangues, porém com a falta de provas ou testemunhas dessas reuniões e suas atividades ilícitas, as autoridades nada podem fazer a respeito - e talvez nem mesmo queiram.

De um ponto de vista econômico, no entanto, a atividade fabril neste setor nunca foi melhor.
Górgona
Górgona

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05/05/15, 06:13 pm
Lugar Errado, Hora Errada

Barro Vertical
Noite

-Então tchau gente, a gente se vê segunda na facul!

Aninha se despedia de seus amigos após uma noitada de risadas e álcool; a tradição de sua galera aos fins de semana. Sua cabeça dava voltas e seu andar era trôpego, mas ela não podia se demorar - o metrô fecharia logo, e ela tinha de chegar cedo em casa daquela vez, como prometera a seus pais - e o trajeto, até os limites do Jardim da Redenção, era demorado.

Mas seu estado embriagado, somado à pressa de voltar ao lar, a levaram inevitavelmente à confusão: em meio a baldeações infinitas, e graças a um problema interno no metrô que ela não entendeu direito, desceu na estação errada... sem perceber. E enquanto saía, distraída por seu celular, não observou atentamente os arredores, seguindo o caminho que, em situações ideais, seria o de retorno a seus pais.


Setor Industrial
Ainda mais tarde

Porém, conforme avançava, viu que havia algo errado. Estava tudo tão... deserto, silencioso - mal se ouvia os sussurros do próprio vento. E todas aquelas construções abandonadas a seu redor, nunca antes vistas por ela. Sinistro. Enquanto andava pelas ruas vazias, Aninha entendia que não estava perto de casa... E foi então que ouviu algo mais à frente - eram pessoas conversando! Talvez com eles encontrasse, enfim, ajuda!

Mas conforme se aproximava, viu que à sua frente havia apenas problemas: eram três homens; dois deles de pistolas em mão. O terceiro de capacete e com uma moto a seu lado. Ele entregava alguma coisa aos outros dois, um pacote grande, e o que entreouviu da conversa deles foi o bastante para que quisesse fugir de lá; os homens traficavam drogas e aquilo para ela podia acabar em morte caso continuasse ali.

Andava para trás, apavorada e ainda olhando para aquele trio ameaçador, enquanto pensava o que faria ao chegar no metrô fechado, e como explicaria aquilo tudo para seus pais - seus pais!!!
Foi como se aquele pensamento os invocasse, pois seu celular começou a tocar no mesmo instante

♫ A SHOT IN THE DAAAAAA-ARK!!!
NO-THING THAT YOU / CAN DO!! ♪

-QUE PORRA É ESSA?! Cêis tão de sacanagem comigo, tem mais gente aí? Eu vou embora! - o homem que entregou o pacote sobe em sua moto e ouve-se o cantar de pneus, assim como, em poucos segundos, se escuta o engasgar de um motor - CACETE, funciona logo sua porcaria!!

Enquanto o motoqueiro tentava dar partida em sua moto, os outros dois indivíduos se aproximavam da jovem, cujo silêncio fora traído por uma ligação em seu celular.

-Mas o que uma mocinha bonita tá fazendo num lugar perigoso desses essa hora?

-OU, ela é mó gata mesmo, Careca!!

-Se é... Mas acho que ela ouviu coisa que não devia, então vai ter que rodar. AÍ Betinho! Fica de olho se não vem ninguém que eu dou um jeito aqui...


Aquele que aparentemente se chama de Careca se aproxima da moça, de arma em mãos, enquanto Betinho observa os arredores, também armado, e o terceiro elemento dá a partida uma última vez na moto a fim de sair de lá o quanto antes - sentia que aquela situação ia acabar ficando pior, e não queria que sobrasse pra ele.


Objetivos!
- Tirar a jovem do perigo (ND 2)
- Derrotar Betinho e Careca(ND 3 cada)
- Capturar o traficante em fuga (ND 5)

OBS: Mesmo derrotando os dois armados a jovem continua na linha de fogo durante o processo - portanto um objetivo à parte para ela.
Atmos
Atmos

[Bairro] - Setor Industrial Empty Re: [Bairro] - Setor Industrial

06/05/15, 09:41 pm


- Direita, esquerda, bloqueia... Direita, esquerda, bloqueia... Utilize sua hemocinese para vasculhar pontos vitais no oponente... Direita, vai... Procure evitar o máximo de combate possível... Bloqueia... Desacorde ou imobilize... Faça do ambiente a sua vantagem...

Radar orientava Sara dando os últimos comandos. Apesar de treinar intensamente todos os dias, ela ainda fazia alguns movimentos desajustados. Tal cautela era por aquele ser o seu primeiro dia de ronda no bairro ordenado. Terminando o treino, Samaritana parte para o Jardim da Redenção.
O uniforme branco refletia o dia ensolarado que preenchia o bairro. Bairro que no passado ela lutou tanto para cuidar. Antes de entrar para o Sindicato, passava horas curando enfermos e combatendo ameaças por conta própria. Finalmente ela tinha a chance de reviver aquilo que praticara no passado. Assim Sara começou a ronda, dando auxílio e proteção a quem precisa-se.
Por volta das 15:00 a enfermeira dá uma pausa e vai na lanchonete onde sua hemocinese foi manifestada pela primeira vez. Seu Manuel, o dono do recinto, recebe Samaritana com alegria. Ele era um dos patriarcas do bairro. Nele resplandecia esperança, como se aquele Jardim fosse o paraíso. Talvez fosse.

- Ô minha filha! Sente-se, vamos! Vou preparar aquela coxinha que você adora!

- Não precisa “tio”, vim aqui só para saber como você estava. Então, está tudo bem com o senhor?

O silêncio domina o local por alguns segundos. Samaritana, através de sua Hemocinese, percebe o aumento no batimento cardíaco do idoso.

- Ah, claro que sim! Vou fazer sua coxinha agora mesmo e não aceito “não” como resposta! Já já eu volto filha!

Sara conhecia aquele senhor. Salvou sua vida no dia que seus poderes despertaram. Uma boa pessoa. Sempre tentou aparentar que estava tudo bem, mesmo quando precisava de ajuda. Não porque queria esconder algo, mas queria evitar incomodo, achava que estaria perturbando as outras pessoas.

- Pronto, aqui está! Coma logo enquanto ainda está quente! Vou ali limpar algumas coisas.

- Seu Manuel, espera! - Fala a jovem olhando no fundo dos olhos do idoso - Você sabe que pode contar comigo... Foi seu filho de novo, não é?

Relutante, o senhor começa a falar com uma voz trêmula e visando o vazio. O seu filho era um viciado que vivia cheio de dívidas. Estava brincando com sua vida e a do seu pai.

- Sim. Aquele maldito traficante... que Deus me perdoe... veio atrás do meu filho cobrar a dívida, as drogas, de novo. Depois disso “Drinho” saiu com eles e faz dois de dias que ele não volta para casa. - As lágrimas começam a escorrer do Seu Manuel por temer que seu filho tenha entrado em um caminho sem volta. - Não quero perder meu filho, ele é tudo que eu tenho.


A enfermeira tenta transmitir esperança para aquele que a tanto tempo também ofereceu o mesmo para ela.

- Eu vou achá-lo “tio”. Confie em mim!

Samaritana começa uma busca implacável atrás de pistas sobre o paradeiro do "Drinho". Nada consegue, eles simplesmente sumiram. Sara orava para que o pior não acontecesse. Cada criminoso que achava ela interrogava. Finalmente achou alguém que poderia dar uma informação útil. Ela aborda um dos comparsas do sequestrador e começa a fazer perguntas, exigindo respostas a qualquer custo. O traficante menospreza suas exigências então Sara começa a pressionar uma de suas artérias. Chegava ao limite de sua conduta pacífica.

- Calma, AAAAAAAHHH, SUA VADIA, AAAAAAAHHH DESCULPA! EU FALO! NÃO SEI SE É O CARA QUE VOCÊ ESTÁ PROCURANDO!  EU JURO QUE NÃO CONHEÇO ESSE TAL DE DRINHO! … uf... - Ela o solta, diminuindo a dor que causara - no Setor Industrial parece que vai haver uma entrega de pacote. Eu ouvi alguém falar isso. Não sei se tem haver. Talvez ele esteja envolvido. Talvez esteja lá, eu não sei.


A enfermeira parte em direção ao Setor Industrial. A noite já havia nascido a algum tempo. Quanto mais procurava menos esperança tinha. Era como correr atrás do vento. Aquela informação era a única coisa que tinha de semelhante com a situação. Ela chega no local e vê, a distância, três homens. Dois armados, um na garupa da moto. Infelizmente não era o que ela procurava. A busca havia sido um fracasso.
Sara cai de joelhos no chão começando a ter uma de suas “baixas”. Ela se sentia incapaz, sua mente virava um abismo. Mas um sangue estranho faz "Sama" voltar a atenção por um segundo. Uma mulher, aparentemente, aproximava-se do local. Parecia ser só mais uma civil. Esse era o problema. Samaritana começa a arquitetar um plano para salvar a moça, baseado em seus treinamentos com Radar, do Sindicato,. Era hora do ataque.

-  Tudo bem. Concentre-se, planeje e haja. Você não pode mostrar alguma fraqueza agora ou agir com descuido que nem você faz no Dojo. Isso é vida ou morte.


- Análise Prévia -

..Fazer distração..Desarmar atingindo o pulso..Obstrução do fluxo de sangue..artérias carótidas ..Sistema nervoso central..Causar desmaio..
::
-...-

------------------------------------------------------------

A heroína observa o local deserto e pouco iluminado e decide usar isso ao seu favor. Através de ataques à distância de diversos lados, Sara planeja realizar duas ações: 1- Jogar sangue nos olhos deles, impossibilitando sua visão por alguns minutos (Estilo teia do homem-aranha); 2- Atacar com cristais de sangue seus punhos, desarmando-os. Aproveitando a distração Samaritana tirará a garota do local, levando-a para um lugar seguro. Se for atingida por alguma bala ela usará a cura. A heroína vai induzi-los ao desmaio através de ataques surpresa combinando sua hemocinese e defesa pessoal, golpeando as artérias carótidas de cada um por vez, levando a perda da consciência.

Objetivos:
Tirar a jovem do perigo (ND 2)
Derrotar Betinho e Careca(ND 6)


Vantagens:
Hemocinese(+2); Defesa Pessoal(+1); Medicina(+1); Cura(+1); ZR(0) = 5


Última edição por Samaritana em 07/05/15, 06:50 pm, editado 1 vez(es) (Motivo da edição : Refazendo história)
Atieno
Atieno

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07/05/15, 12:06 am
Voltava para casa já de noite depois de ter ido comprar um pouco de carne para meu jantar. Não era muito, apenas 4 quilos, só o básico para o jantar. Mas, logo que coloquei uma pata na porta de casa, percebi a fechadura arrebentada. Minha casa havia sido invadida. Na hora me irritei, empurrando a porta com força contra a parede. Entrando em casa, vi que tudo estava revirado. Aparentemente, nada havia sumido - o menor dos males, pelo menos.

- Pelo menos não levaram nada e... - assim que olhei no chão, perto de uma das mesas, vi uma foto caída. Me abaixei para pegar a foto e, na hora, me irritei e comecei a rosnar. Na foto estavam dois homens armados, segurando no alto um tigre de pelúcia perfurado na cabeça. O rosto de um deles me era totalmente familiar: Vicente Crivelli. Meu tio anti-mutantes. Outra ameaça dele. Mas como descobriu onde moro? A não ser que...

- Filhos da p... - disse, pensando em Vicente e no dono do circo. Ele não seria louco de vir me enfrentar num mano-a-mano novamente, principalmente depois da primeira vez que isso aconteceu. O cheiro que estava na casa também não era dele, era de alguém desconhecido. Um capanga. Fiquei olhando a foto por quase cinco minutos, até que percebi... O fundo da foto. Sim, fábricas. Apenas um lugar na cidade tem isso...

"Por que ele me mandaria uma foto estando no Setor Industrial? A não ser que... Está me chamando para um confronto. Ou uma armadilha. Não dá pra saber o que que ele quer, droga... Preciso ir verificar o que está havendo"

Na mesma hora, troquei meu uniforme e, sem olhar para trás, corri na direção do Setor Industrial. Era um longo caminho, ia levar um tempinho pra chegar, e a cidade nessa hora é muito perigosa. Mas... Eu sou um vigilante. Qualquer coisa, eu posso resolver com as gracinhas que tenho nas minhas mãos e nas minhas patas. O cheiro da pessoa que invadiu minha casa estava forte ainda, o que indicava que havia sido uma invasão recente.

"Não dá pra se esconder de um predador..."


Depois de um tempo andando, seguindo o cheiro, parei para descansar um pouco. Já estava no Setor Industrial, os cheiros ali se misturavam muito, tanto é que acabei perdendo o rastro do invasor. As químicas deixavam aquele lugar quase insuportável para um felino como eu. Meu estômago roncava, a ponto de eu pegar um rato que passava do meu lado e mandar pra dentro, cuspindo-o na mesma hora.

"Eca, tem gosto de esgoto" - penso. Com a mão na barriga, me levanto já pronto para voltar para casa. Aquilo havia sido uma busca inútil, provavelmente eu teria outras chances de encontrar o tio Vicente. Mas agora, só penso em voltar pra casa, comer toda aquela carne e me esticar de barriga pra cima no chão, tirando um longo cochilo.

Já fazia o caminho pra sair do Setor Industrial, até que uma conversa me chamou a atenção. Na hora, me escondi ao lado de uma parede de uma indústria, próxima da conversa. Eu podia ouvir três vozes masculinas, pareciam nervosos. Pelas palavras pronunciadas, eram traficantes. Aquilo havia sido um encontro para entrega de drogas.

"Drogas causam a morte de crianças... Odeio drogas"

Me aproximando um pouco mais, ainda escondido em sombras, encarava o trio. Pude ver um pacote nas mãos de um deles, provavelmente era o que tinha as drogas. Ficava observando ainda, para tentar descobrir algo, até que... A música apareceu.

"O que que é isso?" - me pergunto mentalmente, olhando novamente. Ao longe, dava pra ver alguém, mas não dava para identificar quem era. O motoqueiro tentou, na mesma hora, sair em disparada. Andou alguns poucos metros e a moto enguiçou aparentemente. Numa segunda tentativa, ele começa a fugir com a moto. Isso era algo que eu com certeza não iria deixar. É, a busca não foi tão inútil assim...

Vendo a moto correr, saio em disparada atrás do veículo. Encontro um latão de lixo vazio e o agarro, jogando ele na direção do motoqueiro, para tentar derrubá-lo. Derrubando-o, um salto sobre ele provavelmente bastaria para segurá-lo, além de ataques com garras nas suas pernas e em seus braços. Se o latão não funcionar, eu mesmo perseguiria o motoqueiro, até onde fosse necessário, para pegá-lo com um salto e imobilizá-lo com ataques leves naos membros superiores e inferiores. Deixá-lo com cortes provavelmente atrapalharia qualquer fuga a pé que ele tentasse fazer. Pra finalizar, tentarei retirar seu capacete, para identificá-lo e, se necessário, tentar mantê-lo sob meu controle com um soco na cara.

Objetivo: - Capturar o traficante em fuga (ND 5)

Vantagens: Furtividade (1) + Garras & Presas (1) + Super Agilidade (2) + ZC (-1) = 3
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08/05/15, 12:18 am
Mais uma noite de ronda para Heitor. Escondido, observando os dois traficantes esperando num ponto da rua, Ronin sabia o que esperar da situação. Os dois eram mais uns peixes pequenos, esperando quem realmente interessava. E ele não demora a chegar. Um homem de moto, trazendo a "encomenda" que os dois esperavam. O jovem passa metade do tempo tentando ouvir a conversa, saber se algum nome importante era citado. De onde vinha a droga? Da Yakuza? Das tríades? Dos Italianos? Ou algum novo tubarão querendo abocanhar o território dessas gangues? Tudo ao seu tempo. O motoqueiro era o principal, ele o levaria aos peixes grandes. Da posição em que estava, também fora surpreendido com o toque do celular da jovem que passava, perdida, pelo local.

Maldição! De onde essa garota apareceu? - pensava Ronin.

A situação muda rapidamente. O motoqueiro, assustado, se prepara para sair do local. Enquanto isso, os dois traficantes se movem, prontos para dar cabo da moça. Seria muito mais fácil correr atrás do motoqueiro. Mais lógico, talvez até mais sensato. Porém, isso significaria a morte da moça, pelas mãos dos dois. Esse era um peso que Heitor não estava disposto a carregar. Tenta gravar o máximo que pode da placa da moto, suas características e algo do motoqueiro. Quem sabe, com sorte, aqueles peixes pequenos não teriam mais informações...

Ação: A primeira vítima será Betinho (ND:03), que Ronin atacará usando sua pirocinese para incinerar a arma, e antes que ele reaja de alguma forma, o arrastará para as sombras, onde o atacará com suas habilidades de luta e com a Bokken até que perca os sentidos. Isso deverá ser rápido, para investir contra Careca (ND:03), incinerando sua arma e o atacando rapidamente com sua espada. E para proteger a moça, Ronin criará uma labareda de fogo entre ela e Careca, para que ela possa fugir (ND:02). Isso ele ordenará em voz alta, enquanto acoberta sua fuga lutando contra os bandidos. Em resumo, destruirá as armas dos inimigos, e usará o fator surpresa ao seu favor o quanto puder para ter uma vitória rápida e que permita a mulher fugir. Obtendo exito, procurará saber o que os dois sabem, sobre quem está vendendo a droga.

Objetivo: 
Tirar a jovem do perigo (ND 2)
Derrotar Betinho e Careca (ND 6)


Vantagens:
- Pirocinese: 1
- Combate: 1
- Armas Brancas: 2
- Bokken Especial: 1
K.O
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09/05/15, 08:20 pm
Koo'Hun não entendia muito bem algumas regras não escritas do seres humanos, não era como se ele entrasse no google e conseguisse um tutorial de moral e boa conduta, mas ele se esforçava. Em alguns de seus momentos de ócio ele passava assistindo a programas e shows televisivos "locais" (da terra), seriados, filmes, desenhos... E algo que ele não entendia eram os laços entre as pessoas. Sempre havia transtorno após uma morte, pessoas choravam, enlouqueciam, ficavam transtornadas... Mas calma, não é como se por não entender o problema com a morte que o Viajante sairia cortando todos adiante, isso na terra era errado, tanto na lei quanto moralmente falando. " - Humanos são tão curiosos e interessantes."  

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Ja fazia algum tempo que Koo'Hun tinha começado um "projeto" em sua vida de herói. O Viajante estava ativamente atuando no setor industrial, com a frequente reuniões de traficantes e o trafico presente era o local perfeito para dar alguns pontapés em marginais. Ele não tinha conhecimento algum sobre o assunto, não sabia o quem era o aviãozinho, o "vapo", o "Linha de frente", ou coisa assim. Não fazia ideia de quem eram os cabeças, quem mandava, e nem ao menos tinha noção de por onde começar a buscar esse conhecimento, pra falar a verdade ele nem sabia da existência disso, mas ele estava tão empolgado e influenciado por filmes de heróis, que pra ele era apenas prender os caras ruins e vendedores de drogas... Pelo menos ele estava feliz...

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Por entre os muros e telhados um ser estrangeiro praticava a sua arte. Seus pulos, giros, cambalhotas e acrobacias eram tão belos e livres que mais se assemelhavam a uma dança exótica. Seus toques a superfície eram quase inaudíveis, e até mesmo para os mais atentos, apenas os farfalhar de seu uniforme era ouvido, e ainda assim poderia passar despercebidos facilmente. Um belo salto por entre dois prédios, porém uma das telhas que abraçariam a sua chegada estava solta, não foi um problema, Koo'Hun estendeu a sua mão para não se chocar com o chão e em seguida, com um movimento rápido que parecia com uma dança de rua se colocou em pé novamente, quebrando a sua sequencia de movimentos. Não foi um problema, mas trouxe ele de volta para a terra...

- Esse cheiro... - Ele olha para trás por cima do ombro e da duas rapidas "fungadas" -  Álcool e perfume feminino... Um pouco mais de alcool do que perfume. Sera algum usuario? - Koo'Hun segue rapidamente para a direção do perfume, se mantendo em cima dos prédios e casas.

- Você parece um pouco assustada demais para alguém que sabe o que quer por estas bandas. - Sussurrava para si mesmo. Mais um habito aprendido em algum "Tv Show".

Ele a acompanhava quieto, como um protetor invisível. - Serei seu anjo da guarda. - Mais um sussurro, e na cabeça do Viajante, "Anjo" era um sinônimo de "Herói", chega a ser cômico.

A cena logo teve o seu desfecho alguns metros a frente. Koo'Hun estava prestes a proteger a garota, porém, como um animal selvagem os seus extintos falaram alto demais. Ele sentiu o cheiro do medo e da covardia, o cara da moto estava prestes a fugir. O sangue do viajante ferveu e seu coração começou a palpitar rápido, o espirito guerreiro e sanguinário da sua raça tomou conta do "Ben 10", e ele esqueceu totalmente da garota... Um erro a ser corrigido.

Ação:

Usando da sua Super-Agilidade, e sem descer para a rua, Koo'Hun ira correr até o prédio/casa mais perto do traficante prestes a fugir, e la de cima era pular contra o mesmo com seus bastões em mãos a fim de derruba-lo de sua moto, feito isso era lutar contra o traficante para que ele não fuja, sempre tentando dar golpes certeiros para atordoa-lo.
Lótus e Lince
Lótus e Lince

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11/05/15, 11:51 pm
Lótus
Rodovia entre Marechal Andrade e Setor Militar

O câmbio do velho Uno Mille estalava em um ruído metálico toda vez que Laura trocava de marcha. O carro encontrava-se numa situação lamentável; a falta de três calotas, pintura gasta e estofado rasgado em várias partes marcavam o veículo com características únicas de uma identidade própria. Nada disso, no entanto, impedia ele de atingir velocidades acima de qualquer limite. Testando sua capacidade estava Laura, correndo como o diabo para buscar sua irmã que acabara de sair de uma festa.

O telefone em cima do painel vibrou por alguns segundos antes da garota pegá-lo para atender. O som do toque a cobrar iniciou em sua repetição automática e ela desligou a chamada, retornando para a irmã logo em seguida.

- Alô! O que você quer, caramba? Tô infringindo inúmeras leis de trânsito aqui só pra te buscar, então seja breve. - Exasperou Laura, trocando a mão constantemente do celular para o volante, do volante para a marcha e, por fim, da marcha para o celular.

- Pare o carro uma quadra antes do endereço marcado e venha correndo. Uma guria super gênia acabou de entrar numa rua escura e parece ter encontrado uma galera meio problemática. - Sofia estava ofegante, arfando como se estivesse numa sessão de treinamento. - Vou indo na frente pra parar os bandidos. Chega aqui e corre pra proteger a guria. Talvez eu precise de apoio, então fica esperta.

- Analisa a situação e me explica o plano pelo elo mental assim que ele se estabelecer quando eu chegar aí. Te chamo depois, beijo.

O chão do carro rangeu sob os pés de Laura no momento em que ela pisou fundo no acelerador. O Uno avançou com energias renovadas e cortou a rodovia entre os bairros, deixando para trás um imenso rio de luzes oscilantes.

--- --- ---

Lince
Setor Industrial

Lince esforçava-se para levantar o peso do próprio corpo por cima dos muros altos do bairro. Decidiu cortar caminho entre algumas casas para chegar rapidamente ao local em que a garota estava sem precisar denunciar sua presença. Normalmente conseguia se equilibrar bem e nisso não encontrava dificuldades, mas nesta noite, porém, seu equilíbrio estava ligeiramente prejudicado por causa do álcool que consumira na festa. Sua cabeça doía e estava de mau humor, iniciando seu "putômetro" onde qualquer coisa poderia fazê-la perder a paciência em qualquer momento.

Desceu dos telhados para a rua na esquina atrás dos bandidos e caminhou rente ao muro por cerca de três metros. Ficou ali, parada, pensando em um plano enquanto escutava as provocações repulsivas dos traficantes que a faziam borbulhar de raiva por dentro. Aqueles homens eram responsáveis por estragar a vida de tantos jovens ao incitá-los à ingressar no mundo do tráfico de drogas, prometendo rios de dinheiro. A mão que a apoiava no muro começou a destruir os tijolos aos poucos, mas ela foi interrompida por sua irmã que a chamava pelo elo mental.

- Você consegue chamar a atenção dos dois enquanto eu corro e tiro a guria do perigo? Câmbio. - Disse a irmã pela conexão neural.

- Sim. Tenho o elemento surpresa, acho. Vou destruir esse muro com um soco antes de correr pra cima deles. O plano? O mesmo de sempre: eu fraturo alguns ossos com meu poder e você salva a guria com o seu. Fácil como tirar uma garota de dois traficantes. Ah, talvez você precise usar seu poder de cura neles. Não sei se vou conseguir controlar o ódio que tenho por essa raça. - Ela cerrou um dos punhos, curvou o corpo acima da cintura e falou: - Se prepara pro barulho. Boom.

Ação:
Tirar a jovem do perigo (ND 2)
Derrotar Betinho e Careca(ND 3 cada)

Aproveitando o elemento surpresa e a pressão psicológica adquirida pela quebra repentina do muro, Lince correrá pelas sombras e tentará chegar aos bandidos para desferir vários socos e chutes nos dois, usando seu poder para trincar os ossos deles onde acertar os golpes. Caso passe dos limites por causa da raiva, sua irmã poderá curá-los usando a sua regeneração molecular.

Do outro lado da rua Lótus irá procurar algum pedaço grande de madeira (ou algo semelhante) para usar como escudo. Se conseguir algo resistente, irá alterar levemente a estrutura molecular do objeto para prendê-lo ao corpo e depois correrá protegendo Aninha, reconstruindo o escudo caso alguma coisa atinja-o. Se conseguir salvar a garota com sucesso, levará ela até o carro e permanecerá de vigia, sempre conversando com a irmã pelo elo mental para auxiliá-la caso algum imprevisto surja.

Vantagens:
Manipulação de Matéria (+2), Elo Mental (+1), Aceleração Molecular (+1), Regeneração Molecular (+1) e ZC (-1) = 4
Paradoxo
Paradoxo

[Bairro] - Setor Industrial Empty Re: [Bairro] - Setor Industrial

13/05/15, 01:16 am
Cemitério Campo da Esperança – Marechal de Andrade

Os espíritos estavam agitados aquela noite, até mesmo uma pessoa normal poderia sentir algo de estranho no ar do Cemitério. Xamã estava no mundo espiritual e se comunicava com seus amigos, ouvindo as suas queixas e problemas. Decidindo onde deveria agir de imediato. Um dos espíritos, uma mãe que havia tido o filho sequestrado por traficantes de drogas, suplicava.

Eles me mataram para levar meu filho, nunca saberei o que foi feito dele. Mas, você pode tirá-los das ruas, do seu jeito. Me ajude, Xamã, por favor.

Aquilo foi o suficiente para Xamã tomar a sua decisão. Buscou todas as informações com a mulher, sabendo que cada detalhe seria importante para sua investigação.

Setor Industrial

A sua investigação o havia levado até o Setor Industrial, onde poderia encontrar dois bandidos perigosos. Betinho e Careca haviam sido identificados e seguidos até aquele local. Xamã observava a transação de cima do telhado de uma das fabricas, usando seus sentidos aguçados para tentar obter a maior quantidade de informação possível. E foi assim também que ele escutou os passos femininos vindo a distância. Usou a visão ampliada para observar a mulher e percebeu que ela não era um dos bandidos.

Que droga, garota. Isso não é hora de você estar por aqui. – teve seu devaneio interrompido pelo toque de celular da garota. – Maldição!

Os bandidos a identificaram e se aproximaram dela. Xamã sabia que a verdadeira informação que precisaria estaria com o bandido da motocicleta, mas não poderia deixar a garota sozinha em uma situação daquelas. Preparou-se, portanto, para o combate.

Entrando em comunhão com os espíritos, ampliou seus sentidos ao máximo e também a sua capacidade de movimentação, tornando-se ágil como um felino. Correu sobre o telhado e gritou, um grito de raiva que emanava de dentro dele, como um viking tomado pelo furor da batalha.

MALDITOS! – seu grito ecoou, enquanto ele desapareceria no ar, usando o seu passo espiritual para atravessar para o mundo dos espíritos, provavelmente confundindo os bandidos.

Xamã pretendia reaparecer na frente da mulher, protegendo-a de possíveis ataques dos bandidos. Usando sua telecinese pretendia arremessar as armas longe, afastando o perigo iminente. Em seguida tentaria usar seu passo espiritual para tirar a mulher da linha de fogo, colocando-a no telhado de alguma fabrica ao redor.

Por fim, tentaria retornar novamente com seu passo espiritual para o combate. Usaria de praticamente todas suas habilidades para distrair e atacar os homens, tentando nocauteá-los. A agilidade e os sentidos aguçados para prever os ataques dos inimigos e tentar se esquivar, o manto para se proteger dos ataques e o seu passo espiritual para aparecer e reaparecer várias vezes. Sua telecinese seria sua principal arma, pois em cada reaparecimento pretendia lançar diversos objetos contra os bandidos (lixeiras, entulho, garrafas, pedras, etc.), até deixá-los totalmente fora de ação.

Hoje, eu vim buscar a alma de vocês. Estão prontos para enfrentar o inferno? – Disse o herói, enquanto oscilava entre os dois mundos, deixando a sua voz fantasmagórica e até mesmo demoníaca.

Obviamente Xamã não pretendia matar e tão pouco roubar as almas dos homens, mas pretendia usar isso como uma estratégia de terror contra os bandidos.

Objetivos:
- Salvar a garota do perigo (2)
- Derrotar Bentinho (3)
- Derrotar Careca (3)
- ND Total: 8

Habilidades:
- Comunicação Espiritual (2)
- Manto Espiritual (1)
- Passo Espiritual (2)
- Sentidos Aguçados (2)
- Super Agilidade: (1)
- Telecinese (2)
- Zona (-1)
- Soma: 9.
Górgona
Górgona

[Bairro] - Setor Industrial Empty Re: [Bairro] - Setor Industrial

14/05/15, 11:08 pm
- Não... não, por favor, moço. Eu... eu só tou perdida. Não escutei  nada do que vocês tavam falando, eu.. já tava indo embora... Aninha tentava se afastar daquela dupla, em meio a lágrimas e falas enroladas... sem sucesso. Careca se aproximava, sorrindo para ela de maneira estranha, após confirmar que Betinho estava de costas para os dois, à procura de outros enxeridos.

- Sabe, eu não curto que o maninho fique sabendo essas coisa.. mas eu até gosto quando belezinhas como você vêm logo onde num deviam. Até hoje falei isso pra mais uma pessoa só, e era alguém bem mais interessante. Ele me incentivou a manter esses sentimentos, até mesmo procuras umas garota igual você e --

MALDITOS! – o grito fantasmagórico de Xamã ecoou pelo quarteirão vazio; a dupla de armados rapidamente encontrou a origem do som, viraram suas cabeças rápido o bastante para ver aquela presença, um vulto acima das fábricas contra o céu noturno, uma figura que simplesmente desapareceu no ar.

- QUE PORRA É ESSA?! Era pra ser uma noite tranquila, a chefia tinha tudo programado pra isso. CACETE!

- Aí Careca, cê acha que tinha algum encapado na cola dessa mina?

- SEI LÁ BETINHO, fica ligero que eu vou acabar o serviço rápido e --EI, cadê a gostosinha?! Aproveitando a distração, a garota tentava em vão escapar do campo de visão da dupla apavorada - Ahh mas tu não escapa mesmo, sua escrotinha.

O desequilibrado bandido puxava o gatilho com intenções assassinas, mas no exato momento de seu disparo a figura que os havia assustado apareceu ao lado da garota e, num lampejo, sumiu uma vez mais, agora levando a inocente embriagada consigo.

Enquanto isso a poucas ruas dali, o motoqueiro corria em disparada da cena de um possível homicídio; havia ouvido alguns barulhos estranhos lá atrás e isso apenas era  motivo para correr ainda mais.

Mas correr não seria o bastante, pois alguém o perseguia silenciosamente pelo terraço de uma fábrica desativada, tal qual um predador faminto atrás de sua presa em fuga.

Alguns disparos fizeram-se ouvir no ponto do tráfico e, ao olhar para trás em típico ato de curiosidade humana, o criminoso em fuga pôde capturar o perfeito momento em que aquela figura tenebrosa, uma verdadeira visão de outro mundo, caía dos céus em sua direção, com ódio no olhar. Com habilidade admirável, Viajante agarrou o bandido em sua queda, o tirando da moto, que  guinou para a direita, tombando um pouco mais à frente. O ser alienígena, de bastão empunhado, observava de cima o inimigo caído que tremia amedrontado.

- m-m-m-me desculpa t-t-tinhoso, eu só queria chegar l-logo em casa, tenho n-nada a ver com aq-queles caras n-n-não, não me mata, eu s-só trabalho p-p-pro---

Uma forte pancada em sua cabeça interrompeu aquele pedido de desculpas; o impaciente visitante de outras estrelas não tinha paciência para o drama de caras maus.

- Não desgruda daí... - Koo'Hun falou, num meio sorriso - mais uma coisa que havia aprendido na televisão.

Enquanto isso, Careca e Betinho viviam um pesadelo naquelas ruas desertas. O evanescente homem vestido em peles ressurgia de maneira imprevisível, testando os reflexos da dupla, que disparava, em vão, contra o vazio.  Foi então que coisas da rua começaram a voar violentamente na direção dos dois; garrafas vazias, pedras soltas das calçadas e sacolas de plástico imundas que circundavam os traficantes, numa ciranda maldita. E então aquela voz dos mortos se fez ouvir uma vez mais; agora atrás da dupla, enquanto suas armas eram puxadas para longe pelo aparente nada.

Hoje, eu vim buscar a alma de vocês. Estão prontos para enfrentar o inferno?

Ambos tiverem tempo o bastante apenas para um grito apavorado, interrompido por uma bruta pancada entre suas cabeças, promovida pelas mesmas forças que os haviam desarmado.

Enquanto isso, a poucas quadras dali, Koo'Hun observava pensativo seu alvo derrotado.

-Humanos... alguns deles são tão frágeis. E que que eu faço com esse, afinal? O herói, dando de ombros, preparava-se para ir embora quando, entre o piscar de seus olhos, uma figura familiar surgiu à sua frente, junto da dupla desacordada e a mulher que até então estivera em apuros, logo atrás.

- Olá, Viajante. Eis uma surpresa agradável, acreditei que ainda haveria de perseguir o terceiro indivíduo. Agradeço por isso.

- Err de nada.. padrinho? Não não, a palavra é parceiro. Verdade - Viajante sorria sem graça para o outro herói do Sindicato. O outro, de rosto coberto, não esboçou reação - Hã... e a moça, Xamã?

- Eu esperava que você me fizesse a gentileza de levá-la à segurança do lar. Já contatei as autoridades, e esperarei aqui até que os oficiais cheguem. Posso confiar a segurança dela a você... Parceiro?

Koo'Hun, animado uma vez mais, apenas acena com a cabeça, e faz sinal para que Aninha o acompanhe.

- Eentão... você viu Babilônia ontem?

FIM DA MISSÃO.

Rolagem de Dados:

Xamã – ND 8
Comunicação Espiritual (2) + Manto Espiritual (1) + Passo Espiritual (2) + Sentidos Aguçados (2) + Super Agilidade (1) + Telecinese (2) + Zona (-1) + Dado (2)  = 11. Sucesso! 8 XP.

Viajante – ND 5
Super Agilidade (2) + Bastões de Esgrima (1) + Dado (4) + Zona (0) = 7. Sucesso! 5 XP.

(Ambos podem interpretar mais a fundo em suas fichas o encontro entre si e/ou com Aninha.)
Chip
Chip

[Bairro] - Setor Industrial Empty Re: [Bairro] - Setor Industrial

15/05/15, 03:28 pm

Fornalha

Mais um dia de trabalho chegava ao fim e muitos trabalhadores voltavam para suas casas, percorrendo um longo e cansativo caminho de volta para a casa. A maioria deles voltavam em seus carros, motocicletas ou em transporte público, mas para outros, principalmente das industrias, era oferecido o transporte por conta da própria empresa.

Os trabalhadores no ônibus só esperavam terminar essa última parte de suas rotinas para chegar em casa e descansar ao lado de suas famílias, porém nesse dia, alguns poderiam não chegar em casa. Devido somente a um homem, com um desejo enorme.

Quando o ônibus relativamente cheio surgiu em umas das primeiras ruas do setor industrial, a mais deserta daquela área, ele parou. O motorista estava receoso com a cena que via: um homem branco, magro, baixo e com barba, usando boné, óculos de grau e um moletom grande. Em uma de suas mãos uma arma calibre 38.

Desesperadamente, o motorista tentou se abaixar quando o homem apontou a arma em sua direção, mas não foi a tempo. Três tiros passaram pelo parabrisa acertando o peito e a cabeça do homem. Os passageiros se assustam e começam a se esconder atrás dos assentos e se abaixando no chão do veículo.

O homem que estava na rua tirou uma garrafa cheia de alcool de sua mochila, na ponta um tecido também embebido no líquido inflamável. Tirou do bolso um isqueiro estilizado com chamas ao redor, e então acendeu o pano.

O primeiro coquetel motolov estourou na porta, a única do veículo, seguido de gritos de susto de algumas passageiras e o choro baixo de medo de outras. O segundo estourou no parabrisa, aumentando o volume dos choros e a ação de alguns passageiros. O terceiro, que estourou do  outro lado, só fez aumentar ainda mais o desespero e os gritos de socorro.

Infelizmente para o homem, ele sabia que não poderia simplesmente ficar ali e comtemplar a beleza da consumação das chamas. Subiu em sua moto e fugiu rapidamente.

Objetivos:
-Salvar os passageiros:
ND2 cada
-Apagar o fogo antes de uma possível explosão: ND8
Vital
Vital

[Bairro] - Setor Industrial Empty Re: [Bairro] - Setor Industrial

16/05/15, 12:54 am
-Larissa, não! Eu já disse que não! NÃO, EU NÃO VOU PARAR DE IR NA SUA MÃE SÓ PORQUE NÃO ESTAMOS MAIS JUNTAS, EU SOU AMIGA DELA, E MESMO VOCÊ NÃO QUERENDO AINDA TENHO UMA LIGAÇÃO FORTE COM ELA COMO QUANDO EU E VOCÊ ESTÁVAMOS JUNTAS!!!

Vital desligava o celular com raiva depois de mias um discussão com sua ex-namorada, ela se encontrava no topo de um prédio, estava usando um sobretudo, não tinha começado a vigiar ainda, era cedo de certo modo apenas o finalzinho da tarde, e Vital era mais noturna que isso.

- Como eu adoro ter amigos nerds... Dizia vital mexendo em um pequeno radio de pilha o qual aparentemente foi modificado, estava tentando estabilizar o sinal mais era meio difícil até que:

- ssshhh!!! ônibus em chamas, setor industrial... shhhh... Repito, ônibus em chamas, setor industrial... ssshhh!!! Vital olhava ao redor, estava no Bairro Vertical, não muito longe, como ainda não tinha começado nada, resolveu então ir ver oque estava ocorrendo, então pulava até chegar em sua altura de voo e rumava até o local.

- Eu preciso me relacionar com uma garota que tolere eu ter poderes e minhas loucuras ou tenho de achar alguma heroína que não seja metida a besta ou que queria um "Superman" da vida...

Fazia um olhar meio que de desprezo enquanto voava, olhava por algumas vitrines e janelas, quando passava por uma via dentro da casa de um garoto um poster de uma heroína, de mascara e capa, e então por um tempo lembra da garotinha de alguns dias atrás e isso fazia vital pensar novamente sobre aquilo.

- A capa é algo meio idiota, mais máscara, isso até que tem algum fundamenCARALHO!!! Dizia Vital ao ver o ônibus em chamas, era um caos, as pessoas ainda la dentro gritavam que você ouvia de longe, Vital não sabia oque fazer de inicio, tinha parada encima de um carro, então pensava:

- Meu Odin de Asghard por favor que isso de certo...

Vital voava em direção do ônibus, começava a rodear o mesmo, logo planejava atirar em algumas janelas com rajadas controladas para quebra-las, com isso iria tentar voar ao redor do ônibus o mais rápido possível para de modo diminuir a ventilação no centro do "circulo do voo" diminuindo as chamas, se bem sucedida, iria atras de informações sobre oque ouve, se não iria tentar uma ultima ação. Usaria suas rajadas na porta do ônibus tentando o abrir e até de certo modo aumentar o tamanho da saída então iria entrar no local e auxiliar a saída dos funcionários.
Paradoxo
Paradoxo

[Bairro] - Setor Industrial Empty Re: [Bairro] - Setor Industrial

19/05/15, 12:10 am
Depois que havia, com a ajuda de Viajante, deter o assassinato de uma jovem e também conseguir impedir o tráfico de drogas, Xamã se viu induzido a retornar ao Setor Industrial para investigar mais e tentar encontrar mais daqueles bandidos. Ainda que ali não fosse a sua área, ele sempre tinha a companhia de alguns espíritos e dessa vez era acompanhado de dois irmãos que haviam morrido num acidente de carro naquelas ruas, meses atrás.

E foi ali que eu encontrei a jovem sendo abordada... – parou de falar ao ouvir aquele barulho familiar: “Tiros... Três deles.”.

Interrompeu a conversa e se colocou a saltar entre os dois mundos, movendo-se o mais rápido possível e buscando chegar rapidamente até o local do acidente. Os espíritos o acompanharam, se movendo rapidamente, muito mais que qualquer um dos dois poderia quando estava vivo. Eles atravessaram rapidamente as ruas do Setor Industrial.

Chegando ao local onde o ônibus ardia em chamas, Xamã nem sequer pode ver o motociclista responsável pelo incidente escapar. Isso também não importaria agora. Muitas vidas estavam em risco e ele precisava salvá-las, o máximo delas. Buscou uma forma de apagar as chamas, mas percebeu que estava limitado a suas habilidades e que não conseguira fazer nada a tempo, portanto decidiu retirar as pessoas dali.

Preciso de vocês... vão até dentro das chamas e me comuniquem a situação, não conseguirei teleportar todos a tempo para o mundo espiritual, portanto preciso tirá-los dali da melhor forma possível.

Deixe com a gente, Dim! – e os irmãos seguiram.

Xamã pretendia se apoiar em sua comunicação com os espíritos para encontrar as vítimas em meio as chamas, principalmente as mais debilitadas e que jamais escapariam sozinhas e também para achar possíveis falhas na estrutura do ônibus. Usaria sua telecinese para “abrir caminho” no ônibus, arrancando as janelas de emergência. Depois, apoiado em sua agilidade, sentidos aguçados, telecinese e teleporte, tentaria tirar o máximo de vítimas que daria conta sozinho – sete delas. Seu manto o protegeria do calor e das chamas, dando-lhe maior oportunidade de ajudar as pessoas.

Objetivos:
- Salvar Sete vítimas: ND 2/cada.
- ND Total: 14.

Habilidades:
- Comunicação Espiritual (2)
- Manto Espiritual (1)
- Passo Espiritual (2)
- Sentidos Aguçados (2)
- Super Agilidade: (1)
- Telecinese (2)
- Zona (-1)
- Soma: 9.
Atmos
Atmos

[Bairro] - Setor Industrial Empty Re: [Bairro] - Setor Industrial

22/05/15, 09:48 am
...

As drogas roubam tudo de cada pessoa. Desde que o traficante que tentou matar a Samaritana havia voltado do coma, ela sabia que iria acontecer algo, e aconteceu. No dia que seus poderes despertaram, o criminoso estava atrás do filho do Seu Miguel, o dono do estabelecimento. Sara impediu a agressão controlando seu sangue, o que o levou para o hospital durante algum tempo. Infelizmente ele voltou. O filho do senhor, apelidado de "Drinho", sumiu. Pistas consideraram que ele poderia estar no Setor Industrial, e esse era o foco de pesquisa depois de cumprir suas rondas diurnas. Ela também contatou seu amigo da delegacia, caso acontecesse algo suspeito, mas nada havia sido adquirido.


Você não consegue nem salvar a si mesma! - Falava Sara perdida em seus pensamentos. - Inútil! Você falhou com todos, consigo mesma! Sua Incapaz! NÃO! Já chega, para de ficar se lamentando! Você não pode desistir, não agora, por favor!

Agora Samaritana estava ali, no Setor Industrial, com a esperança desfalecendo. Não havia conseguido nada. Mas sua busca é terminada por uma necessidade eminente. Um ônibus cheio de trabalhadores estava em chamas e havia somente um objetivo na mente da Sara.


TENHO QUE SALVÁ-LAS!

-------------------------------------------------------------------------------

Samaritana vai utilizar sua hemocinese e a agilidade/reflexo adquirida na defesa pessoal para auxiliar os movimentos das pessoas, controlando parcialmente seus corpos. Também usará sua bolsa de sangue para apagar algumas chamas e abrir um pouco de caminho. Procurará auxiliar as pessoas indicando a saída de emergência através de uma das janelas, carregando e agindo como necessário. Caso alguém fique ferido irá usar seus conhecimento em medicina e sua habilidade de cura para oferecer suporte.


Objetivos:
-Salvar os passageiros: ND 10 (5 pessoas)



Vantagens:
Hemocinese(+2); Defesa Pessoal(+1); Medicina(+1); Cura(+1); ZR(0) = 5
Meia-Noite
Meia-Noite

[Bairro] - Setor Industrial Empty Re: [Bairro] - Setor Industrial

22/05/15, 11:29 pm
Nervosa ou ansiosa, era difícil encontrar a melhor expressão para definir o estado de Mariana, a blogueira trajada de seu uniforme heroico, patinava entre as ruas do Setor Industrial, nesse momento as maquinas já cessavam seu funcionamento, e conforme se aproxima do foco do incêndio, os gritos de socorro podiam ser ouvidos cada vez com mais clareza.

A 2 dias atrás uma situação corriqueira trouxera Mariana até o bairro dos trabalhadores, enquanto respondia dezenas de mensagens no whatsapp simultaneamente, fora adicionada a um grupo chamado “A Lista”, algo que teria ignorado e tratado como mais um acaso se não tivesse notado que outros heróis também foram adicionados pelo desconhecido. Devido a suas habilidades como hacker, Cybernética foi convocada pelo sindicato para investigar o moderador do tal grupo, com objetivo de interroga-lo e descobrir como ele conseguiu os números.

Não foi difícil para a heroína virtual rastrear o número do administrador e a localização de seu celular, sua busca a levou ao setor industrial, próximo a uma antiga fábrica abandonada, entretanto o sinal do celular simplesmente desapareceu minutos antes de Cybernética chegar ao local.

-O  menina! tá bisbilhotando o quê aqui na fárbrica? - Repetia o vigia noturno ao avistar Mariana revirando o local em busca de uma pista que a leve ao misterioso “Admin”.

-Que? não interessa Moço, já to de saída...

-Se manda fia, vo chama o conselho do telar pra te pegar!

-O que você diss...

Antes que pudesse iniciar uma discussão digna de fóruns de internet, Cybernética avistou a fumaça do incêndio, da qual teria pensado se tratar de mais uma fábrica poluindo a atmosfera com gás carbônico, caso não tivesse ouvido os primeiros gritos apavorados.

Objetivos:
Apagar o fogo antes de uma possível explosão: ND8

Ação: Cybernética pretende passar um chamado de socorro através de sua pagina, convocando o máximo de bons samaritanos que conseguir para que ajudem com as vitimas ou apaguem o fogo, em seguida vai espalhar seus pixels sobre o foco do incêndio no ônibus, criando uma armadura em volta das chamas e impedindo as mesmas de se espalharem, se conseguir controlar o incêndio, pretende espalhar e manipular pixels como um lençol, abafando o que restar das labaredas.


Última edição por Cybernética em 23/05/15, 09:22 pm, editado 1 vez(es)
Chip
Chip

[Bairro] - Setor Industrial Empty Re: [Bairro] - Setor Industrial

23/05/15, 02:40 am

Resolução:


O ônibus incendiado já iluminava toda aquela rua. Câmeras de vigilância das fábricas ao redor se movimentaram na direção do veículo, observando atentamente as chamas crepitando. Quem assistia pode ver o momento exato que um dos vigilantes do Nova Capital, ou melhor, uma das vigilantes de Nova Capital se aproximou.

A tela em preto e branco não capturava as cores vivas da vigilante, mas era fácil de reconhecer. Era Cybernética, famosa nas redes sociais, que hoje é também uma heroína. Ele se aproveitou de sua fama e mandou um pedido de ajuda em sua página.

- Vamo lá, vai ser moleza isso. – A heróina guardou seu smartphone e então estalou os dedos e começou a usar seus poderes. Pixels de todos os tamanhos e cores surgiam no ar a sua frente, e a medida que se uniam, se locomoviam na direção das chamas, tentando abafá-las.

Do outro lado, surgia Samaritana, que investigava um caso no Setor Industrial, mas teve sua atenção voltada para o incêndio. A heroína, com seus conhecimentos em defesa pessoal, quebrou o vidro da porta da frente e então entrou no ônibus, que já estava tomado por fumaça em seu interior.

Algumas pessoas que estavam mais a frente saíram correndo do ônibus no momento que a heroína conseguiu entrar, empurrando uns aos outros. Porém, muitos trabalhadores ainda estavam ali dentro.

Enquanto isso, do lado de fora, Cybernética tentava em vão criar uma armadura ao redor das chamas. O fogo era mais traiçoeiro, e se espalhava mais rápido que os poderes da famosa vlogueira pudessem controlar. Seu esforço era tamanho que uma fina linha de sangue começou a descer de seu nariz.

Já Samaritana, apesar de tanta fumaça, não tinha muita dificuldade em ajudar os trabalhadores. Ela já havia auxiliado quatro pessoas mais debilitadas a saírem do veículo. Ao voltar para verificar, sentiu a pulsação fraca de outra pessoa. Correu o mais rápido que conseguiu e foi verificar. Dona Lurdinha, trabalhadora em uma fábrica de biscoitos, estava desmaiada. A heroína usou de suas bolsinhas de sangue para apagar o fogo que redor da mulher, e com auxílio de sua hemocinese conseguiu levantar o seu corpo, e a carregou em seus braços até a saída.

Foi quando as janelas do ônibus começaram a estourar, uma a uma. Era Vital, que acabara de chegar atirando com pequenas rajadas de energia, aumentando a passagem de ar para diminuir a fumaça dentro do ônibus. Isso auxiliou os poucos homens que restavam no veículo ajudando a heroína. O último deles desceu são e salvo.

Vital então, que já levitava no ar, começou a voar em círculos. Inicialmente ela estava lenta demais para surgir algum efeito nas chamas, mas gradativamente sua velocidade começou a aumentar.

Cybernética, vendo a ação da vlogueira “rival”, não aceitou muito bem. Seu orgulho parecia falar mais alto, e depender de ajuda para seu objetivo era um sinal claro de derrota, o que ela não aceitava muito bem.

- AAAAAAAAAHHHHHHHHH – Ela esticou seu braços e usou todas as suas forças para criação de pixels, que pareciam não resistir e estourar no ar. Não aguentou e cedeu, ajoelhando no chão, derrotada.

A ideia de Vital parecia funcionar de alguma maneira, e as chamas, que antes estavam fortes e ferozes, agora diminuiam e se acalmavam. A vlogueira não desistiu até ver os últimos focos de incêndio se apagarem por completo.

No final, o ônibus estava detonado, mas nenhuma explosão aconteceu.

- Tá tudo bem, Cyber? – Vital se aproximava da outra vlogueira, preocupada. – Seu nariz.

- Sim, tá, tá tudo bem. – Disse a heroína, um pouco irritada, mas também visivelmente cansada, com seu olhos se revirando e seu rosto vermelho, como se acabara de correr 10km. Ela esfregou a parte de trás da mão no nariz, limpando o sangue. Isso a assustou. Ela sentou um pouco, perto dos trabalhadores que estavam deitados no chão.

Samaritana olhava cada um que estava ali, com queimaduras lever e arranhões. Ela passava a mão por cima e alguns segundos depois era como se nunca tivesse ocorrido. Dona Lurdinha, que já estava acordada, abraçada e beijava as heroínas, uma a uma, as chamando de anjos.

- Vamo lá, Cyber? – Vital estende a mão para a heroína que ainda pensava em sua derrota, e com algum custo ela dá a mão para se levantar. Porém, Cybernética não permanece nem um segundo em pé direito. Seus olhos viram para cima e ela desmaia.

______________________

Base secreta do Sindicato

Mariana Ferreira abre os olhos lentamente. Sua visão ainda embaçada aos poucos voltando ao normal, e as duas figuras que ela vê ao seu lado são as heroínas que também estavam ao seu lado no Setor Industrial.

- O que.. o que aconteceu?

- Cara, você deu foi um puta susto na gente, Cyber. Foi isso que aconteceu. – Diz Samanta, com um sorriso de canto de boca.

- Vital.. – Sara repreende, antes de se virar para Cybernética, passando a mão de leve em seus cabelos. - Pelo o que doutor disse, você usou muito de seus poderes, e isso te afetou de alguma forma. Ainda estão esperando os exames, mas por enquanto o melhor é você se controlar, viu?

- Mas... VOCÊ não saberia dizer, Samaritana? – Pergunta a enferma, se referindo aos poderes da parceira.

- Bom..

A heroína é interrompida pelo volume crescente da TV. Vital estava com o controle na mão. No momento, a entrevista era sobre o incidente no Setor Industrial.

-Tinha a loirinha, a do cabelo prateado e a do cabelo azul. – Dizia Dona Lurdinha, eufórica. - Ela são uns anjos. Anjos de Nova Capital.

- Pff.. Anjos de Nova Capital? Haha – Debochava Vital, antes de olhar para as outras duas, que olharam de volta.

______________________

Longe Dali...

Quatro filmagens sem cor rodavam em loop em uma tela de computador, única fonte de luz daquele quarto, que durante o dia era possível ver várias marcas de pequenos incêndios. A tela iluminava o rosto de um homem branco e magro, de semblante sério, com barba cheia e a luz refletindo em seus óculos. Não estava mais com boné e nem o grande moleton que usava, apenas uma camiseta gasta.

Em seu corpo era possível ver várias marcas de queimaduras de primeiro grau. O homem sentado ali analisava as filmagens atentamente, procurando por seus erros e acertos. Definitivamente o fator “super-herói” precisava de uma solução. Percebeu também que sua participação necessitava ser mais direta.

Em seu smartphone procurava por notícias das heroínas nas filmagens. Encontrou o salvamento de uma garotinha no bairro Constelação, e outro salvamento, envolvendo alunos de uma escola, que ocorreu em Vila Novo Acre. Foi quando o smartphone vibrou. O número estava bloqueado.

Alô? – Disse o homem receoso.


______________________


Rolagem dos dados:

Cybernética:

Materializar construtos(2) + Manipular construtos(1) + Fama(1) + ZL(-1) + Dado(0) = 3. Falha Crítica.

Vital:
Rajadas de Energia(2) + Voo(1) + ZC(-1) + Dado(6) = 8. Sucesso

Samaritana:
Hemocinese(2) + Defesa Pessoal(1) + Medicina(1) + Cura(1) + ZR(0) + Dado(6) = 11. Sucesso

Vital e Samaritana recebem 8xp e 10 xp, respectivamente. Cybernética encontra-se ferida e deve interpretar as consequências disso nas próximas missões, por um tempo. Se quiserem, podem postar algo relacionado à missão na ficha de vocês.
Górgona
Górgona

[Bairro] - Setor Industrial Empty Re: [Bairro] - Setor Industrial

29/05/15, 08:53 am

O Dragão e a Serpente






Setor Industrial
04:00 da manhã

Formas imateriais espreitam o céu, tão negras quanto o próprio. Após poucos metros de voo conjunto, separam-se; seguiam rumos próprios, totalmente cientes dos caminhos a seguir e o que neles encontrar.

Um dos espectros desliza pelos ares noturnos em direção a um grande laboratório farmacêutico que, apesar da hora avançada, seguia em pernoite as atividades de seus pesquisadores. Testavam drogas em diversos répteis, e dentre eles destacava-se um pequeno camaleão que esteve particularmente inquieto durante toda a tarde, talvez ciente do futuro que o aguardava. Uma das sombras, lá se infiltrando, possuiu o pequeno lagarto. O espécime inchou numa massa sem forma; matéria de pesadelos, quebrando seu viveiro e como derrubando os demais, libertando diversos outros répteis. Criara um pandemônio no laboratório e, em meio ao caos, a massa indistinta disparou contra uma janela, perdendo-se na noite.

Ganhando as ruas da malha industrial, uma longa e delgada criatura tomava forma:  a cabeça do camaleão assumia tamanho proporcional à de um crocodilo; a única característica remanescente do pequeno réptil eram seus olhos, agora possuídos num brilho demoníaco, encimados por longo par de galhadas cervídeas. De suas patas fizeram-se garras, e possuía pelagem avermelhada nas articulações e em sua "crina" recém-formada, que acabava numa cauda em chamas. A criatura pairava poucos metros acima do chão, mesmo sem asas, e de maneira geral lembrava o mais bizarro dragão chinês, como os que alguns imigrantes representavam nas festas de ano novo de datas peculiares no Bairro Vertical.

O místico espécime desaparecia brevemente enquanto ziguezagueava em meio a vielas e carros desmanchados, sem nunca tocar o asfalto, deixando apenas seu rastro de fogo no caminho e reaparecendo mais à frente; observando com mais atenção, percebia-se que era uma espécie limitada de camuflagem, resquício deturpado do camaleão que havia sido. Mesmo sendo difícil acompanhá-lo com o olhar, seu rumo era inegável: ia em direção ao porto, talvez a fim de ganhar acesso rápido às praias mais ao norte ou, pior, ir para mar aberto, a fim de perder possíveis perseguidores e ganhar liberdade para executar sabe-se lá o que planejava. De qualquer maneira a situação era clara, devia-se impedir com ligeireza que a fera evanescente ganhasse o porto.

Enquanto isso, nos limites do bairro, uns poucos operários que se deslocavam pelas ruas vazias ouviam barulhos incomuns abaixo do asfalto, como se algo gigantesco rastejasse nas galerias de esgoto logo abaixo. Em tom irônico comentavam sobre o mito da cobra solitária que espreitava aqueles esgotos, alimentando-se de ratos e detritos expelidos pelas fábricas. Mas os barulhos abaixo do solo não pareciam os de um animal, lembravam cada vez mais a vibração sentida num túnel de metrô, e logo o punhado de operários, apreensivos, deixou de sorrir.

Para espanto dos infelizes uma forma monstruosa rompeu o asfalto logo à frente deles; possuída por algo blasfemo e, ignorando-os em triplicado silvo maldito, rastejou-se pelo setor, buscando... algo.

Seu corpo escamoso contraía e retraía enquanto se movimentava, a constritora era tão grande que podia-se ver em detalhes suas escamas, uma a uma. Ao olhar para cima, confirmava-se o horror e a loucura daquela visão: o silvo triplicado se justificava em suas três cabeças enormes, que dividiam-se do mesmo corpo serpentóide. Não possuíam olhos, porém de alguma maneira conseguiam manter seu curso. Rapidamente a besta chegou onde queria, uma fábrica que funcionava em modo semiautomático durante a madrugada, e a combustão de uma matéria qualquer era exalada por diversas chaminés. Com seu tamanho ciclópico escalou facilmente a parede oeste da construção, chegando ao terraço, cujas fundações gemiam em sofrimento diante do peso absurdo que inesperadamente sustentavam.

Rapidamente a besta enrolou-se em círculos na mais larga chaminé daquela firma; espiralando-se em ascensão logo chegou à boca esfumaçante, onde alternadamente cada uma de suas cabeças exalou profunda e longamente aqueles gases polutos - a cada novo respirar seus pescoços emanavam radiativa luz azul. Após múltiplas baforadas deixou o terraço, e seguiria adiante para seu próximo banquete, não fosse um segurança que, mesmo em meio ao pavor, encontrou estúpida coragem para tentar barrar a aberração de sua guarita, com uma pistola.

Os disparos apenas irritaram a fera, que disparou de suas cabeças rajadas furiosas de energia azulada, obliterando a guarita e seus entornos numa cratera fumegante. Agora ciente da existência de vida e possíveis ameaças a seu redor, a colossal serpente prosseguiu disparando ataques coléricos contra tudo que estivesse à sua frente, vagando sem rumo aparente.


Objetivos!

-Deter o Dragão: ND 7
-Deter a Serpente: ND 9
Clone
Clone
http://jogoseafins.forumeiros.com/

[Bairro] - Setor Industrial Empty Re: [Bairro] - Setor Industrial

31/05/15, 10:16 pm
Mais uma noite erma e fria, assim como era de se esperar no Setor Industrial. Mas, para Ronin, todas as noites são abrasantes, em especial aquela. Dias atrás, ele ajudou a proteger funcionários de um shopping no Centro. Após isso, descobre que o homem que causara o conflito era uma vítima de Bulling. Isso fez Heitor pensar em sua própria vida, em quantas vezes fez o mesmo com outras pessoas. Era essa crise de consciência que o fazia procurar avidamente alguém que realmente merecesse uma surra. Ele sentia raiva dentro de si, que não podia (ou queria) conter. Raiva dele mesmo, de quem ele era. Raiva por ter tido pouco avanço em vingar seu Mestre. Raiva essa que incendiava seu coração mais do que as chamas que fazia arder em sua Bokken.
Mas, ao mesmo tempo, enquanto vagava pelas ruas do Setor, um calafrio toma conta de si. E então, um assombro. Chamas passam sobre si, num fluxo linear... algo passara por cima de si, e quase não o pode perceber. Ronin decide seguir as chamas, como se fosse uma intuição assustadora, de que aquilo podia ser pior do que parecia. E realmente era. Mais a frente, a figura que arrastava as chamas tomou forma, como um disforme Dragão chinês! Algo nos olhos da criatura, um assombro terrível, não deixou margem para dúvida de que aquilo era uma ameaça. Para Ronin, aquilo fora um presente. Ele não precisaria se conter para deter a besta. Sua fúria falaria mais alto que seu bom senso aquela noite.

Ação: Ronin avançará contra o Dragão, defendendo-se com sua Bokken e desfazendo possíveis ataques de fogo com sua pirocinese. Tentará escalar a besta para lhe atacar em áreas mais vulneráveis, onde não tenham escamas duras (olhos, narinas, estômago, etc) no intuito de para-lá. Fará o possível para manter o combate longe de casas habitadas, mantendo a atenção para velhas e abandonadas fábricas. Se a criatura atacar com suas garras, irá usar suas habilidades de luta para se defender e atacar. Também irá testar se a criatura é a prova de fogo por dentro, disparando rajadas de fogo sempre que este abrir a boca.

ND: 07

Vantagens: Lutas (1), Armas Brancas (2), Bokken especial (1), Pirocinese (1).
Paradoxo
Paradoxo

[Bairro] - Setor Industrial Empty Re: [Bairro] - Setor Industrial

02/06/15, 12:28 am
O treinamento com os preto velhos havia sido um sucesso e Xamã já controlava relativamente bem seus novos poderes, que se mostravam úteis em várias situações, principalmente para a movimentação pela cidade – que havia se tornado muito mais rápida e fluída. Criou mais algumas plataformas espirituais no ar, saltou de uma para a outra com seu passo espiritual e se impulsionou para a frente com a telecinese – repetidas vezes. Em menos de dez minutos havia atravessado uma distância que demoraria uma hora para atravessar antigamente.

Quando estava se lançando para baixo, para pousar em um telhado, sentiu algo muito estranho – como nunca havia sentido no mundo material. Um arrepio percorreu lhe o corpo e quando chegou ao pescoço, foi como se ele tivesse tomado uma descarga elétrica na nuca. Seus sentidos fraquejaram e por alguns segundos ele apagou, caindo contra o telhado. Quando se recuperou, saltou para o mundo espiritual e pode ver no ar os traços da magia negra que havia sido invocada em Nova Capital.

Por onde os espíritos das trevas passaram, eles deixaram um rastro no mundo espiritual e através deles Xamã poderia seguir as criaturas. Não poderia deter todas ao mesmo tempo e então decidiu buscar o traço mais próximo. Partiu para o Setor Militar, usando toda a sua velocidade para se mover. “Preciso ser rápido e dar o melhor de mim, ou muitos inocentes podem morrer... não posso nem contar com a ajuda dos espíritos hoje, sou só eu... ”.

Chegando lá, observou a criatura inacreditável que cuspia energia para todos os lados. Uma espécie de hidra demoníaca. Só de olhar para a criatura, Xamã sentia-se mal. A sua sensibilidade espiritual lhe permitia sentir um medo especial, impossível de ser sentido pelos humanos normais. Precisava fazer algo urgente. Concentrou-se e começou a invocar todo o seu poder.

Invocou rapidamente diversas lâminas de matéria espiritual, que voavam ao seu redor, controladas por sua telecinese. Novamente colocou as plataformas espirituais e se colocou a correr sobre elas, saltando do mundo material para o espiritual e usando sua telecinese para atirar seu corpo para frente – cada vez mais rápido.

Primeiro darei um jeito de devolver você ao mundo dos espíritos, para depois caçar os responsáveis pela sua invocação.

O objetivo de Xamã era adquirir a maior velocidade possível e usar toda sua telecinese para atirar as lâminas – girando em grande velocidade – contra o abdômen da criatura, perfurando-a e causando grandes danos. Em seguida usaria seu próprio corpo como uma flecha, lançando-se no ar com sua telecinese e cobrindo-se de matéria espiritual para dar forma ao ataque. Impulsionando-se para tentar atravessar o corpo da criatura e dar cabo da sua existência.

Objetivos:
- Deter a Serpente.
- ND Total: 10.

Habilidades:
- Materialização Espiritual (2)
- Manto Espiritual (1)
- Passo Espiritual (2)
- Sentidos Aguçados (2)
- Super Agilidade: (1)
- Telecinese (2)
- Zona (-1)
- Soma: 9.
Barata
Barata

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06/06/15, 09:24 pm
Setor Industrial
04:19 da manhã


Alec Torinni havia sido detido, e em menos de alguns dias Ricardo já estava no encalço de outro grupo que transportava drogas em Nova Capital, quadrilha pequena, mas que já havia chamado atenção da inteligência. -- Acabei de colocar aquele pedófilo no xilindró e já me escalam pra esses metidos à traficantes... -- dizia olhando para o uniforme no banco do lado, até um pouco danificado do embate com a criatura vermelha em Itamaré.

-- Se tudo estiver certo, se é que pode se chamar assim, esses caras devem estar por aqui -- diz virando o carro paralela a rua do laboratório farmacêutico do setor industrial.

Ricardo desacelerou o sedan escuro que lhe era cedido em algumas investigações, no caso daquela noite, em um carregamento de droga que aconteceria durante a madrugada. Ao virar outra esquina em direção à um grande depósito, cruzou com um rastro de asfalto chamuscado e ainda em chamas.

-- Mas que porra é essa? Alguém fez um churrasco no bairro inteiro.. -- passou a seguir o rastro deixado por o que quer fosse, com o carro lento, aproveitou para vestir o uniforme antes de se deparar com qualquer tipo de perigo, enquanto o caminho o levava até as proximidades do porto da cidade.

-- Isso só pode ser brincadeira... Pra algum xamã ou qualquer louco por aí isso pode ser normal, mas isso não é de Deus não...-- Ricardo se depara com a criatura que mais parecia ter saído de um filme de ficção japonesa. Com o farol do carro iluminando, pode ter a certeza então do perigo que viria enfrentar. Desceu do carro pronto para a ação.

-- Muita calma dragãozinho... Seja lá o que você estiver aprontando, isso acaba agora...-- levou a mão ao cinto de utilidades.

Sentinela usaria uma espécie de coleira de seus gadgets para tentar laçar a criatura. Agindo com seu biocampo de força e acrobacias para entrar em combate com a criatura se fosse necessário, não a deixando escapar à qualquer custo.

DETER O DRAGÃO: ND7

- Biocampo de força: 2
- Combate: 1
- Acrobacia: 1
- Gadgets: 1
- Zona Franca


Última edição por Sentinela em 11/06/15, 08:49 am, editado 1 vez(es)
Quebra-Ossos
Quebra-Ossos

[Bairro] - Setor Industrial Empty Re: [Bairro] - Setor Industrial

09/06/15, 02:07 pm
Alguns dias, sem grandes sucessos, Dr. Incrível investigava no bairro Industrial uma grande fábrica de roupas que, secretamente era responsável pela importação de drogas extremamente pesadas para os chefões do crime. O dono da fábrica, o senhor Alcebides Pinto era um homem intocável, protegido por vários tipos de mafiosos. Poucos eram os que sabiam sobre sua influencia no mundo do crime e mesmo os que sabiam duvidavam, pois ele era considerado de longe um profissional honrado e já levou diversos prêmios anuais de “Cidadão de Nova Capital”.

Após uma busca pelo distribuidor de uma droga nova no Centro, onde Dr. patrulhava diariamente após seus turnos de professor, os peixes pequenos revelaram os nomes de seus “chefes” e esses, “chefes maiores”. A investigação já era longa e muito foi estudado a respeito pelo herói, até que ele chegasse ao nome de Pinto.

Já se passava a terceira madrugada observando a fábrica de Alcebides, que mantinha funcionamento 24h, quando ouviu um forte estrondo próximo dali seguido pela ascensão de uma criatura e sua transformação em algo que se assemelhava aos antigos dragões chineses, retratados nesses eventos orientais que se vê na televisão.  

A criatura vem se aproximando do alto prédio de onde Incrível estava investigando que abandona sua cruzada anti-drogas por um instante para tentar evitar que a criatura cause algum mal a população.

Ele segue a criatura saltando pelos prédios até que ela desaparece pela primeira vez, reaparecendo após contornar um prédio mais a frente. Com toda sua habilidade atlética, e até usando um pouco de acrobacias de parkour para facilitar a perseguição, o herói se aproxima novamente da fera, lançando sobre sua carcaça, um rastreador para que ele não o perca novamente.

Objetivo:
Deter o dragão: ND 7

Ação:
Rastreando a criatura que segue em direção ao porto, Dr. Incrível pretende usar suas habilidades atléticas para acompanhar o monstro, saltando sobre ele e agarrando em sua crina ou pescoço, para guia-lo até um barracão onde ele sabe que são armazenados vários tipos de produtos químicos, inclusive um potente ácido. Seu plano principal é utilizar seu conhecimento químico e suas habilidades de inventor para criar uma armadilha capaz de deter o monstro com o auxílio dos produtos que ali estão, e claro sua pistola laser.

Vantagens:
Atlético (1) + Inventor (1) +Ciencias (1) + Pistola Laser (2) + Zona (-1) = 4
Terremoto.
Terremoto.

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09/06/15, 02:29 pm
Algo havia despertado Terremoto naquela madrugada, fosse um som ou um pesadelo aquilo havia acabado definitivamente com seu sono. Agora, as 4 da manhã, ele cruzava as ruas do Setor Industrial dirigindo seu carro enquanto ouvia alguma radio novela de suspense.

-O crime não dorme, é isso que me dá insônia. – Dizia ele imitando o tom de voz do protagonista.

A transmissão falhava constantemente mas essa seria a única companhia que ele teria por toda aquela noite cruel e sombria. As prostitutas imunes ao frio e os marginais imunes a compaixão o observavam enquanto ele cruzava a pista, talvez ele devesse acender um cigarro, colocar seus chapéu e acabar com aqueles sorrisos amarelados nos rostos já castigados dos miseráveis. Merda, agora até seus pensamentos pareciam fluir no estilo Noir, ele não possuía um chapéu e muito menos fumava.

Tudo seguia em silêncio, nem sequer um grito de desespero ou um soluço de lamento, tudo em silêncio até os primeiros tiros, por um segundo ele sentiu um calafrio na espinha, agora ele se lembrava que aquela era a sensação que o havia despertado. O que diabos havia causado isso? Ele guiou o carro até o local e testemunhou a uma distância enquanto a fera exterminava seus agressores com sua baforada, o calafrio subiu de novo, ele já havia testemunhado coisas estranhas na vida e nada nunca o havia deixado naquele estado, por que dessa vez era diferente? Não importava agora, deter aquele animal era mais importante do que qualquer sensação ruim.

Ação: Terremoto manterá uma distância e sentirá quando o animal estiver mais esticado, quando isso ocorrer criará duas mãos de pedra capaz de agarrar a fera pelas duas extremidades e puxará em sentidos opostos, tentando rasgar o animal demoníaco.

Geocinese (3) + Sensor Sísmico (1) + Combate (2) + Zona (-1) = 5
ND: 9
Górgona
Górgona

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12/06/15, 04:17 pm

RESOLUÇÃO



Em pouquíssimo tempo, a serpente de três cabeças trouxe caos e destruição a todo um quarteirão. Em meio a carros tombados que disparavam alarmes em irritante cacofonia, Terremoto se aproxima da fera incontrolável, respirando profundamente; seu plano exigiria o máximo da geoforça em seu interior, precisava se concentrar e rápido, antes que as coisas saíssem do controle.

Atingindo certa distância serpe colossal Gilberto se prepara, a adrenalina bombeando sangue quente por todo seu corpo. Ergueu seus braços, e a própria terra abaixo das ruas respondeu a seu chamado, também erguendo enorme dupla de braços e mãos. Iam de encontro à besta, que, alheia a estímulos visuais, foi pega de surpresa.  O plano havia sido um sucesso!

Uma das mãos segurava a criatura pela cauda enquanto a outra havia agarrado com sucesso uma de suas três cabeças, porém antes que conseguisse força para puxá-las em direções opostas, as cabeças restantes da criatura dispararam sua energia contra seus construtos geocinéticos, libertando-se com facilidade.

As três cabeças agora encaravam Terremoto, orientadas pela adrenalina e medo exalados pelo homem e, em fúria cega, disparam contra o geomante três raios unos: em meio ao brilho cegante das ensurdecedoras rajadas, o herói some na luz...

---

Longe dali, Caio Arantes perseguia o dragão com sua improvisada geringonça de rastreamento; se aproximava rapidamente daquilo por conhecer bem as ruas que cruzavam - estavam muito próximos de um depósito da empresa de sua família, e como o monstro parecia tentar evitá-lo, Dr. Incrível o guiava para onde queria. Sabia que ali haveriam materiais dos mais diversos para lidar com a ameaça em potencial.

Aproveitando a oportunidade, o herói-cientista salta para a besta sumidora, conduzindo-a à força contra a janela baixa do galpão que lhe era tão familiar. Aterrissaram com força no chão duro e, sem perder tempo, Incrível brada comando de voz para que as luzes se ativassem - a resposta daquele sistema de ponta foi automática. Entretanto, tão logo a penumbra morreu, Caio descobria que todo o galpão estava vazio. Não haviam ácidos, ferramentas de precisão nem nada ali para auxiliá-lo no combate, apenas poeira...

"Esquisito. O que fizeram dos materiais que a gente guardava aqui?
... e por que eu nunca fiquei sabendo de nada disso?"


Mas não tinha tempo para reflexões. O dragão evanescente, atordoado pela queda, já acordava e rastejava para longe... desaparecendo! Sem pensar duas vezes Dr. Incrível atira contra o sistema anti-incêndios do galpão, e em poucos momentos chovia dentro do recinto. A água corrente facilmente denunciou a posição da besta chinesa - estava próxima  a uma das vigas centrais da construção, e um plano rápido se esboçou na cabeça do herói.

Ajustando sua icônica pistola a fim de utilizá-la em potência máxima, disparou-a em diversos pontos da estrutura que sustentava o depósito de seus pais; o Dragão, indiferente a isso, já alçava voo quando toda a construção veio abaixo, levando a criatura consigo, soterrando-a e também ao heroico cientista, que não havia tido tempo hábil para deixar o galpão antes que tudo desmoronasse...

---

Enquanto isso Terremoto, de olhos fechados, aguarda seu fim. Passam-se os segundos e, estranhando  a quietude, o quinquagenário abre os olhos: estava em um lugar totalmente diferente, a quarteirões de distância de onde enfrentara a Serpente inconcebível!

Aliviado e surpreso, olhou a seu redor e viu um rosto familiar: um dos heróis que encabeçavam o Sindicato, Xamã. Estava pálido e todo coberto por sua capota de peles, ligeiramente umedecida à altura de seu ombro esquerdo. Este apenas acenou com a cabeça para Gilberto e, como passasse por uma porta que não se vê, desapareceu sem palavra alguma, deixando o herói pasmo e sozinho. Ainda em choque, Terremoto apenas sentou-se e abaixou a cabeça, atormentado por seu fracasso.

---

Uma garota que sofre de insônia assiste, de olhos vidrados, o noticiário da noite.

A jornalista da vez faz perguntas a alguém que não está em tela. A imagem muda para uma visão aérea de um cenário no Setor Industrial, pode-se ouvir o barulho de hélices enquanto alguém responde a locutora:

"Isso mesmo Sônia! Acabamos de chegar no local da tragédia,e temos imagens em primeira mão dessa criatura que vem tirando o sono do trabalhador NeoCapitalense! Segundo nossas fontes, um herói local parece ter sido obliterado por essa... cobra gigante, e-- MEU DEUS, o que é aquilp?"

A câmera subiu para os céus do bairro, onde podia-se ver uma forma humana vindo em alta velocidade contra a criatura; a equipe de filmagem, agora acompanhando a figura, captura diversas formas azuladas e pontiagudas surgindo ao redor do homem e o ultrapassando, trespassando com precisão cirúrgica o corpo da fera logo abaixo; o equipamento de som consegue captar seu distante guincho triplo de dor. Em seguida o próprio homem em queda livre perfura a criatura, que num espasmo final de fúria dispara suas últimas energias contra a noite, desabando sobre si mesma em seguida. A imagem volta para a locutora em estúdio.

"Impressionante! Segundo nosso banco de dados, a figura que vimos é o vigilante de pés descalços conhecido como Xamã, e há relatos de casos similares ocorrendo neste exato momento, pela cidade inteira! Vamos agora reproduzir gravações amadoras de acontecimentos semelhantes na Vila Novo Acre, onde uma dupla controversa, um anjo e uma mulher vestida como santa fizeram--"

A insone mulher desliga a televisão.  Ao menos por aquela noite, havia encontrado paz para seu sono. Inevitavelmente sonharia os prenúncios de terrível escuridão, sofrimento e demônios ancestrais; sempre sonhava. Mas ao acordar esqueceria tudo, e lembraria apenas da paz que teve ao ouvir algo sussurrar para sua alma: "Korolenko..."

---

Dos escombros de um dos depósitos da família Arantes, Dr. Incrível se liberta, vitorioso. Seu uniforme, rasgado; uma de suas lentes, trincada. Havia quebrado ao menos uma costela, podia  senti-la - doía demais. Mas uma forma sombria emergiu intangível dos destroços, seguindo misterioso rumo, e Caio não tinha tempo para sofrer suas moléstias. Cambaleante, seguiu como pode a forma espectral.

Antes de qualquer outra pessoa chegar para testemunhar o galpão destruído, um homem vestido em terno marrom e botas de couro caminha até a esquina, onde ainda conseguiu ver o herói independente sumindo ao final da rua. Fala, em seu comunicador:

- Aqui é Quiron, acho que encontrei um novo apto ao Olimpo.

---

Enquanto isso Terremoto, que até então ouvia a destruição à distancia, estranha o repentino silêncio. Não havia se machucado, mas ainda não estava em condições de deixar o local. Afinal, talvez Xamã precisasse de sua ajuda. Eis que o próprio ressurge, a poucos metros dali. Caminhava lentamente em direção ao herói em estado de choque. Estava pálido, e seu manto de peles, coberto de sangue. Jogou um comunicador para Terremoto.

Aqui, não sei se já te deram um. Se reporte ao Olimpo por mim, isso ainda não acabou. Sinto que os espíritos das trevas estão perdendo suas carcaças e indo todos ao mesmo lugar, preciso seguir seu rastro espiritual enquanto ainda está fresco.

Se distanciou de Terremoto, sequer havia olhado em seus olhos e parecia ir embora, quando parou e o encarou.

Espero que preze mais por sua vida deste dia em diante, Amigo. Pois ela me custou algo importante.

Deu as costas, desaparecendo. Terremoto, homem feito que já atingira a meia-idade, se surpreendeu chorando. Pois antes que Xamã sumisse percebeu, coberto pelo manto ensanguentando, que o ombro esquerdo  do aliado agora era a extremidade final de seu braço.



Rolagem de dados:

Terremoto - ND 9
Geocinese 3 + Sensor Sísmico 1 + Zona  -1 + Dado 2 = 5. Falha. 0 XP.

Xamã - ND 9
Materialização Espiritual 2 + Manto Espiritual 1 + Passo Espiritual 2 + Super Agilidade 1 + Telecinese 2 + Zona -1 + Dado 3 = 10. Sucesso! 9 XP.

Dr. Incrível - ND 7
Atlético 1 + Inventor  1 + Pistola Laser 2 + Zona -1 + Dado 6 = 9. Sucesso! 7 XP.


Considerações:

Xamã perdeu seu braço esquerdo. Terá -2 de penalidade caso seja escolhido na conclusão d'As 12 Bestas.
Dr. Incrível está ferido. Terá -1 de penalidade caso seja escolhido na conclusão d'As 12 Bestas e na próxima missão em que for escolhido.
Lótus e Lince
Lótus e Lince

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28/07/15, 01:46 pm

Black Power Soul



Aretha Beretta sempre sonhou com a vida nos palcos. Quando menina passava horas e horas na frente da televisão se inspirando nas grandes divas do funk e soul mundial, imitando suas poses e imaginando-se conduzindo multidões de fãs. Ela sabia de cor a maioria dos hits de Aretha Franklin, Whitney Houston e Etta James, sempre cantando-os com grande proficiência enquanto abusava de sua capacidade de alcançar as mais elevadas notas no oversinging.

Seus sonhos começaram a trilhar o caminho da realidade quando um grande dono de gravadora a convidou para fazer uma participação especial no disco de estreia de uma banda promissora chamada Black Power Soul. Ali estava a chave que abriria as portas douradas da fama e dos palcos durante toda sua vida. Se a banda estourasse (o que era quase certo com a combinação vocal de Aretha) ela nunca mais precisaria se humilhar por cachês ridículos nos bares e casas de show da cidade. Era uma oportunidade de ouro que ela não iria deixar passar.

Porém, Aretha não contava que sua voz possuía a capacidade de seduzir não só o dono da gravadora, mas também um rival ganancioso com intensa sede de dinheiro e poder. Sua capacidade vocal iniciou uma guerra não declarada entre os dois, e ela não fazia ideia da existência e das dimensões disso.

Mr. Chocolate já estava com um contrato garantido e assinado por Aretha há algumas semanas, o que desagradou profundamente o lendário produtor musical Tony Motta. Ele tinha grana, influência e poder e estava disposto a fazer de tudo para tê-la sob o selo de sua gravadora. Aretha era como uma máquina ambulante de lucro, e ele sabia muito bem que o rendimento de suas canções somariam resultados exorbitantes em suas contas no exterior. Essa oportunidade perdida fazia seu sangue ferver. Tony Motta não iria deixar barato.

Tony entrou no escritório de Mr Chocolate com a pose de um conquistador que estava prestes a reclamar uma posse que era sua por direito, mesmo não sendo.

- Aí vagabunda, chama o Chocolate. - Disse Tony Motta para a secretária sem abrir brechas para discussões.

- E por que que eu vou chamar ele? - Perguntou a secretária.

- Porque eu marquei hora.

- Ah, o senhor Tony Motta né? - Ela pegou o telefone para avisar o patrão - Sr. Chocolate, o Sr. Tony Motta tá aqui. Sim senhor. - O telefone foi ao gancho e a moça disse em seguida: - Você pode entrar, mas limpe os pés por favor. O senhor pode ter pisado num cocô de cachorro ou em um chiclete.

- Tá bom.

Tony Motta entrou na sala e se deparou com Mr Chocolate sentado em sua mesa, pronto para recebê-lo. Ele trajava um terno branco e seu bigode proeminente escondia boa parte da expressão feita pela sua boca, dando a ele o tom de seriedade que todo bigode bem cultivado pode oferecer.

- Como vai, Sr. Tony Motta? - Cumprimentou Mr. Chocolate sem se levantar da cadeira - Como vai o senhor e como vai a sua gravadora?

- Vai bem. - Respondeu Tony Motta - Não tão bem quanto a sua. Mas também é molezinha né, fica sopa de minhoca com todos esses talentos que o senhor compra.

- Eu sou um cara visionário. Diferente de você que só quer saber de piscina e se bronzear.

- Isso não interessa. Eu quero saber sobre um assunto que me intriga demais. É sobre uma cantora que vocês tem.

- A Aretha é a cantora mais fodida da soul music mundial. Não tem pra Aracy de Almeida, nem pra Beyoncé, nem pra nenhuma dessas. Mas tu pode tirar o cavalinho da chuva, viu? Ela já assinou com a gente, mermão. Olha ali, ó. Esse é o contrato dela. - Mr. Chocolate apontou para a pilha de papéis sobre a mesa - Ela cede até a bunda pra gente. É pouco zueira?

- Eu não quero saber se você é dono dela. - Respondeu rispidamente Tony Motta - Eu vou levar essa piranhuda para a minha gravadora.

- Humpf. Vai sim. Sabe o que tu vai levar da minha gravadora, rapá? - Disse Mr Chocolate em tom ameaçador - Dez tapa no meio da cara e meio metro de piroca no cu.

- Para de pilha. A menina cantora vai ser minha por bem ou por mal. E você nunca mais vai fazer vitamina nela.

- Como é que é? Que porra é essa que você acabou de falar pra mim? - Mr. Chocolate empertigou-se na cadeira e fitou seu rival com uma expressão de incredulidade no rosto

- Não interessa. - Tony Motta se levantou apressadamente e caminhou até a porta - Eu tenho que sair fora que ainda hoje tenho gravação com o Robertinho do Recife.



Uma semana depois...



A noite repousava silenciosamente fria nas janelas da cobertura de Mr Chocolate. Ele havia convidado Aretha para um jantar a sós e ela aceitou com entusiasmo, aproveitando a oferta para se aproximar mais e criar vínculos com seu novo empregador. Ele era um homem influente e mantinha a chave para seu sucesso, não era muito sábio desagradá-lo logo no começo da carreira. Afinal, muita coisa poderia dar errado.

Um estrondo assustou ela e Chocolate quando Tony Motta entrou armado no apartamento e protegido por seus comparsas. Ele acertou o segurança da casa com uma coronhada na cabeça e o fez cair desacordado no chão. Seguiu até a sala apontando a arma para seu rival, colhendo dentro de si todo o ódio que sentia por ele.

- Senta a bunda aí, seu Chocolate filho da puta! - Tony Motta empurrou Mr Chocolate até a poltrona o rendeu com a arma - Eu não te falei lá no escritório que eu voltava aqui, seu sacana? Eu te avisei!

Aretha foi arrastada do banheiro até a sala sendo puxada pelos cabelos porque um dos comparsas de Tony Motta sentia a necessidade de demonstrar serviço e maldade para adquirir confiança.

- Eu vim pegar a Aretha. Eu te disse que ia vir pegar a cantora.

- Por que você não pega no meu piruzão duro? - Mr Chocolate disse entre dentes cerrados.

Se alguém olhasse com a devida atenção poderia ver que a boca de Tony Motta começou a espumar de raiva. Ele avançou até o homem na poltrona e começou a golpeá-lo com pontapés, socos e joelhadas enquanto proferia insultos. Depois de descarregar todo seu ódio, ele foi até Aretha a puxou como se ela fosse uma boneca de pano.

- Agora vou te levar pro meu estúdio pra tu gravar um disco!

- Não! - Aretha gritou para seus agressores e começou a se debater em vão - Eu num vou! Não!

E saíram pela porta.

Mr Chocolate levantou ainda meio zonzo por ter sido espancado e se arrastou até uma escrivaninha no canto da sala. Puxou a gaveta com mãos trêmulas e tirou um celular estranho de dentro dela. Na discagem rápida havia apenas um número, e foi para ele que Chocolate ligou.

- Sou eu, Mr. Chocolate. - Disse ele sem fôlego - Preciso de ajuda. Tony Motta sequestrou uma de minhas cantoras. Tá na hora de retribuir aquele favorzão, tá lembrado? Eu não quero saber! Manda qualquer um da sua cartela de heróis atrás desse escroto bafo de pica antes que eu espalhe seu segredo. Certo. É bom poder contar com o Sindicato.



Setor Industrial
Depósito de reféns do sr. Tony Motta para assuntos importantes




Os comparsas preencheram todos os cômodos e andares do galpão onde Tony Motta armazenava seus equipamentos, armas e carros usados. No fundo do espaço amplo havia uma pequena sala com banheiro onde Tony Motta se preparava para o grande momento.

- Porra chefe, essa tua ideia de gravar pelo telefone é assim... Hã... - Disse um dos comparsas de Tony Motta - Como é que eu poderia dizer...? Hm... Como é que eu poderia falar...? É uma ideia assim...

- INCRÍVEL! - Bradou Tony Motta com entusiasmo.

- É memo. - Respondeu o comparsa quase sussurrando - Tirou onda, chefe.

Tony pegou o telefone do gancho e começou a discar nervosamente um número. Três toques depois uma moça de voz calma atendeu.

- Alôôôu?

- É da disk records? Eu queria gravar um disco de black music. Pode apertar o rec que a cantora já tá aqui, ó. - Aretha foi trazida aos tropeços para dentro da sala - Canta aí!

Apesar do pânico, sua voz manteve-se inalterada. Suas cordas vocais vibraram com perfeição e lançaram ao telefone a gloriosa melodia de seu canto. A atendente do outro lado da linha apertou o rec quando Tony Motta soltou o instrumental.

- Oooohh yeah babyyy ♫ I love you babyyy ♫ I love yooou soooo fodaaaaa ♫ Aaaaahááá iéééé babyyyy... uhhh ♫

Foi nesse momento que alguns heróis do Sindicato foram acionados. Eles receberam um briefing do ocorrido e as coordenadas para onde o sinal do telefone fora rastreado pela central de inteligência. Um mapa apareceu nas pequenas telas mostrando com exatidão o local em que Aretha estava sendo feita de refém. O mundo poderia tranquilamente perder um disco de Soul, mas não a vida de uma cantora como Aretha.



Objetivos:

> Invadir o covil de Tony Motta, derrotar os comparsas, salvar Aretha e prender seu captor: ND 8

OBS: A ação poderá ser feita em dupla ou sozinho. Vou escolher a dupla (ou o justiceiro solitário) que tiver plano de ação/invasão mais criativo e bem elaborado. Os comparsas estão armados, então pensem bem pra não acabarem virando peneira.
Chip
Chip

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30/07/15, 04:43 am
Jardim da Redenção
19h00


Carlos da Silva ainda estava com seu uniforme da oficina todo sujo de graxa e fedendo a óleo de motor, mas já chegava no terreno baldio onde se encontraria com Néon, a quem foi incubido de treinar, mas sempre enrolou para fazer. Só estava ali também porque o rapaz havia implorado, pois sua parceria com o sindicado estava prestes a ser revogada.

- Atrasado de novo muleque? - Fera começava a se fazer de zangado, para mostrar autoridade - - Como que tu chega atrasado correndo do jeito que tu corre?

- Não, não, veja bem… Eu to numa pegada meio conto de fadas hoje. Mais cedo eu tava com a Bela, agora vim lidar com a Fera. Fui despachar a garota, perdão pelo vacilo...

- Fodas, vem com essas desculpa de merda não. - Disse apontando o dedo na cara do garoto, sequer entendendo sua piada. - Carai, acho que to pegando pesado.

Sem saber muito bem como iniciar o treinamento, Fera apenas abaixa a mão e fica encarando Néon por alguns instantes, pensando em suas próximas palavras.- Atômica sabe lidar com esses muleque colorido muito melhor que eu.

- Tá bom, ó… então… éééé... - Carlos já começava a enrolar, tentando descobrir o que diria a seguir - Já sei, então, vem pra cima do papai, vamo vê o que tu consegue fazer. - Fera já se fica em posição de combate, chamando para a briga com as mãos.

Néon aceita o desafio e em alta velocidade parte para cima do mentor, até que o celular dos dois toca no momento de iniciar a luta, e ambos já sabiam quem era do outro lado da linha.

- Alôôu… Aretha o que?... Tony Motta? Quem?... Setor Industrial? Ok. - Carlos desliga o telefone, já correndo para a moto e retirando seu uniforme da oficina, revelando sua roupa preta por baixo. Enfiou tudo numa mochila e retirou seu rayban falsificado. - Aê Ligeirinho, bora uma corrida? - Fera montou em sua moto e deu um largo sorriso.

- Beleza, Frajola. Isso quer dizer que eu vou na frente, é até melhor que você não vai se perder tentando correr atrás de algum pinto. - Dessa vez o herói animalesco entende a piada, para a sorte de Néon, caso contrário Fera se zangaria bastante.

A dupla parte em disparada pelos bairros de Nova Capital, numa disputa que parecia acirrada, mas somente porque o jovem velocista deixava. Ao se aproximar do local o garoto acelera mais que Fera e ganha a corrida, deixando o mentor levemente irritado, mesmo que ele se esforçasse para não parecer.

Fera nunca elaborara um plano sequer de combate, mas dessa vez queria impressionar o pupilo e colocar toda sua pouca esperteza para trabalhar. De imediato lembrou dos planos elaborados de Sombria, sempre em mapas e plantas perfeitas, até mesmo com peças que representavam a posição de cada participante.

- A parada vai ser a seguinte. - Parou e olhou para a terra seca do terreno onde pararam. - Aqui é o galpão. - Desenhou um quadradro mal feito com a ponta da garra. - Tu é essa pedrinha aqui. - Olhou pra pedrinha, sem saber o que fazer com ela de início. - Tu vai dar a voooolta no galpão. - Arrastou a pedrinha pela terra seca ao redor do quadrado enquanto dizia a palavra “volta”, desenhando um grande círculo. - Tu tem que achar a energia e desligar ela. - Olhou ao redor e pegou uma pedra maior. - Eu sou a pedrona, e vo… Vo entrar pela porta da frente assim que tu desliga as paradas, causando terror, hahaha. - Colocou ela num canto e tornou a pegar a pedrinha menor. - Depois disso tu vai causar, dando a vooolta aqui dentro desarmando todo mundo. - Ele desenha um círculo, dessa vez menor, dentro no quadrado, enquanto falava a palavra “volta” outra vez. - Claro, vai tar escuro, mas tu é rápido e teus reflexos também, e tu tem essa viadagem de brilhinho.

- Bicho, você tá desenhando a Globo?

- Ih carai, é mesmo.Hihihih - Fera até mesmo solta um risinho, mas tinha que demonstrar seriedade. - Prestenção porra. - Olha sério para Néon. - Daí eu vo batendo nos caras que tu desarmar, moleza pra mim. - Pegou a pedra maior e rabiscou todo o desenho, sorrindo como uma criança brincando na areia.

- Tá, mas e a moça? Fica difícil achar a rainha do black no escuro.

- Éééé.. Hm… Porra, é só tu acender a luz de novo... - Pegou a pedrinha menor e olhou para o desenho desmanchado. - ...em algum lugar do lado de fora. - Largou a pedrinha, desistindo de desenhar mais.Daí tu pega a moça e vaza, eu cuido do Tony Marmota. Fechado?

- Beleza, beleza. Mas bate nesse cara com um carinho especial. O cara tem dinheiro e vai sair fácil da prisão, então faz com que ele sempre se lembre da surra monumental que levou, Fera.

Gostei do muleque. - Fera abre um largo sorriso, concordando totalmente com o velocista, ele iria tratar Tony Motta com esse "carinho especial" com toda certeza.

Fera já tinha o plano em mente, assim que Néon agisse faria a sua parte, entrando pela porta da frente com um chute na porta. Assim que os capangas estiverem desarmados, o herói animalesmo irá derrubar um por um com sua força, resistência e suas habilidades de combate, usando de seus sentidos aguçados para encontrar cada um dos capangas.

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Super Força(2) + Super Resistência(1) + Sentidos Aguçados(1) + Combate(1) + ZR(0)
Temporal
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02/08/15, 11:46 am
Arthur chegava no terreno baldio onde havia marcado um treino com Fera. Dos veteranos do Sindicato, era o que menos aparentava ser sério, então Néon insistira que o treinasse em combate, já que não possuía técnica alguma.

- Atrasado de novo muleque? - Fera aparentava estar furioso com o garoto - Como que tu chega atrasado correndo do jeito que tu corre?

- Não, não, veja bem… Eu to numa pegada meio conto de fadas hoje. Mais cedo eu tava com a Bela, agora vim lidar com a Fera. Fui despachar a garota, perdão pelo vacilo...

A desculpa até que era em partes verdade. Havia passado a tarde no shopping com uma garota da faculdade. Mas, na verdade, nunca ligou muito para horários. E graças a seus poderes, acostumou-se ainda mais a sair em cima da hora, já que chegaria ao outro lado da cidade em minutos.

- Fodas, vem com essas desculpa de merda não. - Diferente do que imaginava, Fera estava aparentando ser bastante rígido, apontando o dedo em sua cara e tudo mais.

- Esse cara só pode tá me zoando, tenho certeza. Mas bora ver qual é a dele...

- Tá bom, ó… então… éééé… Já sei, então, vem pra cima do papai, vamo vê o que tu consegue fazer.

Néon corre na direção de seu mentor, disposto a usar de todo o seu poder para provar sua capacidade. Então, é interrompido pelo toque do celular de ambos os vigilantes.

- Alôôu… Aretha o que?... Tony Motta? Quem?... Setor Industrial? Ok. - Desligou o telefone e vestiu-se como deveria estar desde o início. - - Aê Ligeirinho, bora uma corrida? - Perguntou, já montando em sua moto.

- Beleza, Frajola. Isso quer dizer que eu vou na frente, é até melhor que você não vai se perder tentando correr atrás de algum pinto. - Néon não pensou duas vezes antes de aceitar o desafio. - A confusão nos chama para uma festinha. Ainda bem que o Ferinha tirou aquela roupa fedida e se vestiu a caráter.

Brincando um pouco com seu mentor, Néon decidiu deixar parecer uma disputa de igual para igual, deixando-o com um semblante esperançoso. Então, nos últimos quilômetros, acelerou e tomou uma enorme vantagem, deixando Fera um tanto quanto irritado.

- A parada vai ser a seguinte. - Disse assim que chegou ao local. - Aqui é o galpão. - Continuou, fazendo um desenho todo malfeito na terra. - Tu é essa pedrinha aqui. Tu vai dar a voooolta no galpão. Tu tem que achar a energia e desligar ela. - Mais um "tu" desse e eu to fora. Será que é isso que eles ensinam no morro? - Eu sou a pedrona, e vo… Vo entrar pela porta da frente assim que tu desliga as paradas, causando terror, hahaha. Depois disso tu vai causar, dando a vooolta aqui dentro desarmando todo mundo. Claro, vai tar escuro, mas tu é rápido e teus reflexos também, e tu tem essa viadagem de brilhinho.

- Não, ele não tá… Puta que pariu! - Pensava, enquanto Fera fazia o desenho no chão.- Bicho, você tá desenhando a Globo?

- Prestenção porra. - Fez uma pausa. Arthur entendia cada vez menos o comportamento de seu mentor. - Daí eu vo batendo nos caras que tu desarmar, moleza pra mim.

- Tá, mas e a moça? Fica difícil achar a rainha do black no escuro.

- Éééé.. Hm… Porra, é só tu acender a luz de novo… em algum lugar do lado de fora. Daí tu pega a moça e vaza, eu cuido do Tony Marmota. Fechado?

- Beleza, beleza. Mas bate nesse cara com um carinho especial. O cara tem dinheiro e vai sair fácil da prisão, então faz com que ele sempre se lembre da surra monumental que levou, fera.

Mesmo não parecendo o melhor estrategista do mundo, Fera provavelmente sabia o que estava fazendo. Então, Néon seguiria à risca o plano, procurando o registro de luz do lado de fora do galpão e desarmando-o. Assim que seu mentor entrasse no galpão com as luzes apagadas, aproveitaria do “elemento surpresa” para desarmar os capangas, usando de seus reflexos e velocidade para desviar dos tiros e retirar suas armas antes mesmo de terem uma chance de reação. E por fim, quando terminassem o serviço, voltaria para fora e acenderia as luzes novamente, para que encontrassem Aretha e Tony.

Vantagens:
- Super-velocidade (2) + Reflexos sobre-humanos (2) + ZL (0) = 4
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