Aventuras - O Vale da Fúria
24/07/13, 09:40 pm
- Capítulo 01:
O Conto do Bardo
A noite era fria e nebulosa na pequena vila de Woodville. Era quase meia noite, por isso muitas casas estavam fechadas, com luzes apagadas. Qualquer um acordado naquela hora, ou estava trabalhando, ou querendo confusão. Por isso, se havia sinal de vida era na Taverna do Caveirão. Logo na entrada, havia um grande crânio de um Touro pendurado acima da porta, e seu nome esculpido numa tábua curva. Um homem alto, usando uma capa e roupa preta com um coturno e embainhando uma espada, entra no estabelecimento. Dava para ver que o local estava cheio, barulhento. Quase todas as mesas ocupadas, com homens bebendo grandes canecas. A atração da noite era um bardo, em um pequeno palco, contando piadas e fazendo canções improvisadas sobre as pessoas que lhe davam atenção. O homem senta próximo ao balcão, acenando para o taverneiro. Este, esfregando uma caneca com um pano úmido, aproxima-se.
– Você não é daqui. O que deseja? – Pergunta o taverneiro.
– Primeiramente, uma cerveja espumante. Bem gelada, por favor.
– Como queira – virando-se rapidamente, pega uma caneca e despeja nela a cerveja que estava num grande barril – Não recebemos muitos visitantes esta época do ano. Está perdido, forasteiro?
– Pode me chamar de Wallace. Estou de passagem, não conhecia esta vila. Mas veio em boa hora! Estou a caminho de Kalihan, para visitar um amigo. Não imaginei que fosse tão longe!
– A viajem é realmente longa! – fala enquanto serve a cerveja quase transbordante de espuma – Não há muitas estalagens próximas, mas aqui encontrará alojamentos. Como disse, não recebemos muitas visitas esta época do ano.
– Minha sorte então aumentou significativamente – toma um gole demorado da cerveja – Ah! Que sede! Quem é o bardo?
– Seu nome é Dante, o viajante! Ele também não é daqui. Está aí desde o fim da tarde! Não sei como ele tem fôlego.
Do outro lado da taverna, o bardo continuava seu show. Com um banjo, ele tocava algumas notas enquanto contava uma história:“De tão longe, podiam ver a fera
O maior ogro desta era
O grupo atacou sem dó
Mas sua sorte não podia ser pior
A criatura avançava impiedosamente
E soava um grito estridente
Flechas foram lançadas contra ele
Mas nem mesmo isso o deteve
A primeira investida foi poderosa
A sua massa era terrivelmente perigosa
Um a um os soldados foram caindo
A esperança estava sumindo...”
– Ele é bem empolgado, não? – dizia o homem ao taverneiro.
– Todos gostam dessa história...“Quando tudo parecia perdido
Um poderoso grito foi ouvido
Um guerreiro desafiava a criatura
Seria coragem ou loucura?
Sua espada ele ergueu
A besta se enfureceu
Correndo com sua massa ao guerreiro
Foi ferido com um golpe certeiro
O homem o acertou com seu machado
Mas o monstro não se deu por derrotado
Com um urro feroz se ergueu
E até o chão estremeceu
A massa girou outra vez
E mais um estrondo se fez
O guerreiro desviou-se no ato
Deixando no chão um grande buraco
E mais uma vez atacou
E a face do ogro cortou
Um ataque veio repentino
E se viu o guerreiro caindo
O ogro o tentou acertar
Com certeza o iria matar
Mas o guerreiro então reagiu
Com um golpe de espada o feriu
Rugindo e bufando com grande ira
A besta fugiu por sua vida
O guerreio então partiu
Nenhum agradecimento ouviu
Ninguém sabe quem ele era
Ou por que lutou contra a fera
Mas sua coragem não é esquecida enfim
Pois tem sido contada por mim!”
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