- Simbionte
O Obscuro Simbionte
09/09/12, 02:31 am
- Prólogo:
- Dia 08 de Agosto de 2010, Nova Diadema-SP
O dia do meu aniversário, um presente que eu jamais esquecerei, na noite em que todos se divertiam na minha festa, há alguns quilômetros de casa, eu ouvi uma pequena explosão em um terreno baldio, havia escutado um pequeno estrondo, a música alta impossibilitara de os convidados ouvirem, naquele dia eu faria meus dezesseis anos, não vem ao caso. Eu desci as escadas correndo para a porta de casa, pensei ter ouvido coisas, não exatamente, os matos se remexiam de tal forma nunca antes vista, aquilo me atraiu, foi então que decidi pular os muros do terreno e checar mais de perto o que estava acontecendo, a curiosidade adolescente é incrível, mas não era a maior surpresa daquele dia, aquele 8 de Agosto. Quando verificava o matagal do terreno me deparei com um rocha, uma pequena rocha, do tamanho de um estojo ou algo parecido, ainda quente, esfumaçando, era de se esperar e notar, aquilo caiu o espaço, para minha surpresa poderia ficar popular, sair nos telejornais mais importantes, e até mesmo, falar com os chefões da NASA, mas não, não era daquela forma que ficaria popular, era o que estava por vir a seguir...
Algo naquilo me chamava, me atraía, e eu sentia aquilo, foi então que novamente a curiosidade adolescente apurou sobre mim, eu resolvi pegar naquela pedra, já morna, eu a toquei, dali então a pedra começou a se abrir, pedras do espaço, tudo pode acontecer, mas uma coisa preta e gosmenta saiu de dentro dela, rapidamente aquilo tocou o meu corpo e grudou nele, tomando forma sobre o mesmo, eu gritava e gritava, mas as ruas estavam desertas, já era tarde da noite, a música em minha casa estava altíssima, ninguém poderia me ouvir, quando menos esperei, a coisa desconhecida tomou posse do meu corpo, mas não era bem como eu esperava, pensei que naquele momento eu iria morrer, mas havia me sentindo bem, como nunca me senti antes, me senti livre, concerteza dava para se notar de que tinha habilidades sobre-humanas, não busquei a resposta para aquilo, eu só queria saber o que aquilo poderia me tornar daqui em diante.
Eu saltei sobre o telhado de um vizinho, era incrível, com apenas um pulo eu saltei sobre uma casa vizinha, o cachorro começara a latir, foi então que comecei a pular de casa em casa, me sentindo o maior ser da face da terra.
Poucos minutos depois eu cheguei até o centro a cidade, como era de se esperar, estava havendo um saque na nova loja de roupas de grife que acabara de ser inaugurada horas antes, os bandidos já estavam correndo com as roupas caríssimas em mãos, eu sabia que aquilo não podia ficar assim, e com minhas novas habilidades eu poderia mudar toda situação, eu saltei na frente de um deles, que se assustou e atirou contra mim, em questão de milésimos a "coisa" sobre meu corpo, fez sair um tentáculo gosmento assim como a roupa, e defender-se da bala que havia sido atirada, rapidamente o tentáculo bateu contra o bandido atirador, fazendo o mesmo chocar-se contra a parede da igreja, o outro assustado jogou as roupas no chão e tentou me cortar com um faca velha, uma coisa aguçou em minha mente fazendo eu perceber que um movimento perigoso iria me atingir, eu esquivei como nunca fiz na minha vida, e lhe apliquei uma rasteira e em seguida, lhe acertei com um "uppercut" violento antes dele cair no chão, isso o fez ficar inconsciente, o resto tentou fugir, e novamente "a coisa" em mim, me fez soltar teias do mesmo material que ela era feita, teias negras, fortes e mortais, eu acabei grudando um por um sobre o chão da calçada, me aproximei dos que estavam presos na teia negra e apliquei a seguinte frase: "A partir de hoje, se eu ver a cara de um de vocês, roubando, furtando, seja lá o que for, eu juro que irei matar brutalmente... Avise a todos, a cidade, aos telejornais, ao país, ao MUNDO, que as coisas vão mudar !". Eu saí do local novamente pulando de telhado em telhado, me sentindo bem, de repente, paro em um telhado de um prédio, atordoado falando comigo mesmo, "Somos jovens, somos incríveis, somos capazes de mudar o mundo, mas juntos, para o que der e vier, nosso corpo é indestrutível se usarmos da maneira correta, eu sou um Simbionte Alienígena, recentemente houve um incidente no meu planeta, e eu tive que fugir sobre um mini meteorito, logo parei aqui, no seu planeta, agora nos encontramos, serei seu hospedeiro, e você meu mestre, em troca disso, quero que você me faça SOBREVIVER, poderemos ser heróis !", mas não, não era eu que estava falando sozinho, a "coisa" que me controlava estava respondendo por mim, mas eu mantinha domínio sobre meu corpo ainda. Foi então que decidi começar ou terminar o diálogo com aquela forma alienígena, "E como iremos nos chamar ?", deu-se uma pausa de exatos dez segundos e novamente o alien respondeu por mim, "...SIMBIONTE !!!".
Dois anos se passaram desde o evento de 08/08/2010, hoje sou um grande herói, ídolo de uma população, mas eu quero ser mais do que isso, meu objetivo é ser um ícone mundial heroico, se possível, Universal. Mas, naquele ano do evento de 08/08/2010, as coisas eram bem diferentes comigo, não foi na certa que me tornei um herói, já fui monstro para muitos, e para alguns sou até hoje... Meu nome ? Pedro Rafael, 18 anos, ídolo e herói de Nova Diadema, e a "coisa" que eu citei na minha origem, chama-se Simbiose ou Simbionte. Foi uma luta para me tornar o que sou hoje, que estarei contando para todos vocês !
- #1 Uma Ameaça em nossa cidade!:
- Dia 28 de Agosto de 2010, Nova Diadema-SP
Vinte dias como Simbionte, por incrível que pareça aquele "herói" ainda não estava reconhecido, aquele "herói" estava mais pra vilão, a população odiava o jeito que eu agia, bem, até mesmo eu parava pra pensar, eu era brutal e violento com bandidos, maníacos, estupradores e todos aqueles que mereciam meu jeito. Mas, se eu queria ser um herói teria de mudar isso de qualquer jeito, infelizmente eu não respondia só por mim, o simbionte alienígena no meu corpo também me manipulava, éramos dois em um, ele conseguia mudar minha opinião.
Pois bem, estava em casa, assistindo aos noticiários, Nova Capital estava em boas mãos com um grande fluxo de heróis, não ia fazer diferença sem mim, foi então que o plantão começou!
- O banco central de Nova Diadema esta sendo atacado por um homem que se denomina com o nome de Atirador!-Disse a repórter do noticiário.
Cerrei os punhos e meu corpo logo foi tomado pelo espécime alienígena que começou a se expandir, estava pronto, era hora da briga!
Saí de casa sem minha mãe perceber, era hora da escola, mas não estava nem aí, pulava de telhado em telhado, de prédio em prédio, com saltos simplesmente fantásticos, até chegar no cenário de tiroteio, era estranho, O O.E.R.(Operações Especiais Regional) em imenso número contra um só homem, pois é, aquele homem que eu falava, era O Atirador, um inimigo que me dá dores de cabeça até hoje, bem, aquele foi o primeiro dia que eu confrontei com ele. Já desci dando uma voadora em suas costas fazendo-o cair, com o impacto peguei impulso e fiquei em cima do letreiro do banco, que nem era tão alto, o vilão levantou-se e olhou pra mim e disse:
- Olha só quem está aqui! Esse visual não é meio tenebroso para um herói?
-Não interessa nosso visual, o que importa é que nós iremos acabar com sua raça!-Disse-lhe, respondendo por mim e pelo alienígena.
-Que venha então!-Responde-me O Atirador que de repente fez rifles se materializarem no lugar de seus punhos.
-WOW!-Impressionei-me
O Atirador começou a atirar sem parar contra mim, quer dizer, contra nós, era tiro atrás de tiro, mas, ao mesmo tempo que eu pulava e me esquivava, tentáculos simbioticos saíam de minhas costas defendendo-se de algumas balas que eu não podia desviar, era incrível, ele não parava de atirar contra mim, eram balas infinitas que pareciam vir de seu corpo, não tinha como, tinha que achar algum espaço, alguma brecha, alguma vacilada daquele ridículo barbudo, eu parei e tentei a sorte, uni meus braços um contra o outro e da simbiose dos meus braços, fiz um escudo que me protegeu muito bem. Foi então que tive a idéia de me aproximar defendendo-me, mas foi uma ação bem rápida, corri com o escudo defendendo das balas e quando cheguei perto do vilão, dei o bote, desferi-lhe um socão bem no meio da fuça, acertou em cheio, escutei o "CREC!" de seu nariz quebrando, aquele som nos fez tão bem.
Em volta, uma multidão, que até então estava assustada, mas depois do golpe foi ao delírio, só não vieram para o abraço porque a coisa ainda estava séria. Quando ele caiu no chão com meu soco eu subi em cima dele, comecei a esmurrá-lo sem parar, aquela parte sombria em mim se manifestou, e quando mais eu socava, mais eu tinha vontade. Foi então que a polícia me segurou e me afastou, e ficou me segurando contra a parede, porém, O Atirador era resistente, aquele maldito se levantou e materializou uma sniper apontando para a cabeça de um dos soldados da O.E.R., eu rapidamente livrei um braço e lancei um pedaço de simbiose que saiu da minha mão acertando contra o cano de sua arma.
Logo os soldados agiram, foram pra cima do Atirador e o rendeu, os tiras que me seguravam falou que eu estava preso, já era muito grande, dono do meu próprio nariz e ainda mais, já podia ir pra cadeia, livrei-me fácil, tinha super flexibilidade e força, pulei na parede de um prédio comercial e ao mesmo tempo peguei impulso e subi para um telhado pulando em outros saindo do local, por incrível que pareça, a população me aplaudiu, talvez agora eu me considera-se um herói... Não! Mais calmo eu estava, sentei em um terraço de um prédio, esfriei minha cabeça e comecei a conversar comigo mesmo, quer dizer, com a simbiose:
- PARA! UM HERÓI NÃO AGE ASSIM! - Disse a mim mesmo.
- Quem disse que somos heróis? - O alienígena respondeu por mim.
- Então somos o que?
- Justiceiros! Combatentes dos que merecem ser punido pelo nossos punhos!
- NÃO! NÓS SEREMOS HERÓIS! VOCÊ TEM QUE ACEITAR!
-Veremos! - Concluí como simbiose, que logo sumiu do meu corpo!
Gritei muito alto que dava até para ouvir o eco, de qualquer forma, eu precisava dar um jeito naquilo, ou seria tomado por aquilo que eu usava para o bem dos outros, mas não para o meu, permaneci uns minutos no terraço, olhando para o céu, pensando em toda a situação, a questão era, eu iria ser um herói... CUSTE O QUE CUSTAR!
[spoiler=O Atirador]
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