- Chivunk
Apenas mais um Grande Herói....
22/01/13, 02:04 am
Essa é o começo da história de apenas mais um dos grandes heróis que moram em Nova Capital e tentam fazer do seu país um lugar melhor para se viver. Pedro tenta ajudar no que pode, lutando entre a sua vida atribulada de advogado e sua inexperiência como herói. É a primeira vez que faço isso. Se alguem tiver o saco de ler, pode me deixar algumas dicas.
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- Capítulo 1:
Ao olhar no relógio, os ponteiros marcavam 2030h. Estava cansado, mas nada abalava seu humor, afinal mesmo que saísse tarde do escritório naquela noite era sexta e teria todo o fim de semana para descansar. Além do mais, finalmente iria se mudar para seu apartamento novo! Estava sentado ao lado de Ludmila, ajudando sua sócia a fechar as contas do mês. Mesmo não sendo essa a sua função, ficava satisfeito em ajuda-la.
Ludmila esboçando um grande sorriso olhou para Pedro e falou – Finalmente fechamos o mês !
Sentindo aquele nervoso que não sentia desde já a muito tempo, ficou pensando em algo para dizer e conseguir algum motivo para ver Ludmila no fim de semana. Disse a primeira coisa que lhe veio a cabeça – mas e ai, será que você gostaria de me ajudar com a minha mudança neste sábado? – Nossa que lixo, pensou Pedro, poderia ter convidado ela para qualquer coisa, menos para isso. - Milhares de boates, bares , e restaurantes em Nova Capital, e eu a convido pra me ajudar com a minha mudança?!!
– Claro, que horas você vai começar – disse Ludmila.
Diante da aceitação inesperada, permaneceu alguns segundos em silêncio e disse – devo estar chegando com o caminhão umas 1030h no meu novo ap.
Colocando suas coisas na sua maleta, Ludmila disse – Beleza, te espero as 1030h! Até amanhã! – deu um beijo na cabeça de Pedro e saiu.
Nossa mas que alegria! Pedro não se lembrava da ultima vez que se sentira assim. Talvez tenha sido quando descobriu seu incrível talento, mas mesmo assim isso já devia ter pelo menos tres ou quatro anos. Terminou então de colocar suas coisas na mochila e desceu para a garagem. Ainda com a cabeça nas nuvens, se lembrou que naquela noite já deveria adiantar a sua mudança e levar alguns pertences seus para seu novo lar. Já tinha se decidido, que certas coisas era melhor que ele mesmo levasse para que não levantassem suspeitas de seu passado recente.
Três maletas de metal, contendo os mais diversos tipos de armamentos, mais cinco cunhetes de munições, fora as caixas com os demais equipamentos. Era muita coisa, provavelmente não caberia tudo no seu golzinho. Iria ter que fazer umas duas viagens para levar tudo. Quando começou a carregar as tralhas para o carro, se lembrava q antes de descobrir suas habilidades teria muita dificuldade para levantar todo aquele peso. Quem diria que seria possível carregar dois cunhetes de 1000 tiros de 7,62 mm com apenas um braço.
Quando acabara de fechar a porta do seu carro abarrotado de tralha, seu celular começa a tocar. Era o Onça, seu antigo comandante e amigo dos tempos de caserna.
- E ae Onça! Quanto tempo! – disse Pedro atendendo.
- Fala Réptil! Pois é to ligando pra saber como vai a vida, e para te convidar pra tomar umas lá no bar do Caju. – respondeu.
- Pô cara, agora to ocupado, to fazendo minha mudança, mas vamos marcar para a próxima semana.
- Vixi, Réptil, não sei se vai dar, você se lembra de como e nossa vida, não é?
- Lembro sim, deixa quieto então, quando der me avisa novamente!
- Pode deixar, aviso sim, e vê se anda na linha! Sabe que esta sua nova vida está sob a minha responsabilidade.
- Ta tranquilo! Até qualquer dia! Abraço.
Esta conversa o fez relembrar toda a reviravolta que sua vida sofreu nos últimos dois anos. Dos anos no Exército, da vida corrida na fronteira, do acidente, da descoberta, dos aprendizados, das tristezas, das alegrias, das decepções, e por fim do recomeço.
Naquela hora da noite o transito em Nova Capital estava bastante tranquilo, trafegava nas ruas da cidade como se fora o único habitante daquela cidade. Após algum tempo chega em seu novo endereço; Rua Benfeitores da Pátria, nr 306, apto 1201, Barão da Conquista, Nova Capital, Brasil. Finalmente conseguiu sair do quarto e sala que vinha morando desde que recomeçara. A vida começava a melhorar depois de um começo difícil. A mais o menos dois anos conheceu Ludmila num bar bem badalado, e descobriu que a moça encontrava bastante dificuldades para manter o escritório de advocacia, que ela e mais dois sócios lutavam para não deixar-lo fechar . Eles se viam num cenário com muitas dívidas e vários outros problemas. Não tinham muita perspectiva de continuar funcionando. Ao oferecer sua ajuda, e com uma ajudazinha secreta do Onça, os quatros conseguiram reerguer e melhorar o escritório. Como recompensa, os três antigos sócios o deixaram ingressar na sociedade, e desde então vem conseguindo progredir dentro da área do Direito.
Ao abrir a porta do seu apartamento, trouxe suas coisas e sobrou tempo para ir na varanda e contemplar a paisagem de Nova Capital. Uma cidade que do 12º andar parecia tão calma e pacífica. Olhando de cima ela estava longe de ser a violenta a atribulada cidade que era habitada pelos milhares de brasileiros que tentavam ganhar a sua vida. Foi então que olhou para um prédio mais baixo e de construção mais antiga um pouco mais a norte da sua nova rua. Olhou para aquele terraço vazio e pensou – será que ainda consigo? – olhando para um ponto no terraço se concentrou um pouco, e de repente lá estava em pé no terraço vazio. Sentindo a antiga confiança voltar, lá debaixo olhou para a sua varanda e pronto, estava de volta contemplando a paisagem de Nova Capital. Olhou as horas e viu que já eram 2345h, deu um pulo e saiu correndo de volta para buscar o resto do material, no dia seguinte tinha que acordar bem cedo para iniciar a sua mudança.
Eram 0630h quando o seu celular despertava. – esse celular tá de sacanagem, parece que acabei de deitar, e já está na hora de levantar? – Quando se lembrou que tinha que encontrar-se as 1030h com a Ludmila no seu AP. Foi como se levasse um choque de ânimo. Deu um pulo da cama, lavou o rosto, escovou os dentes e foi arrumar as coisas para esperar o pessoal da mudança.
Por volta das 1040h o caminhão de mudança apontava na rua Benfeitores da Pátria. Pedro vinha logo atrás com seu gol preto. Na entrada do prédio Vivendas dos Benfeitores estava aquela mulher alta, loira, de olhos verdes brilhantes, com seus cabelos presos, de roupa bem simples, mas que mesmo assim não tirava o destaque que Ludmila tinha diante dos demais que transitavam no local. Pedro encostou o carro na frente do prédio e foi cumprimentar a sua amiga.
- Oi, bom dia! Desculpa se atrasamos um pouco, mas o tivemos alguns problemas para embrulhar todas as minhas coisas – disse Pedro, rindo e dando um abraço em Ludmila.
- A não, também acabei de chegar, fiquei até com medo de vocês já estarem lá em cima, já ia te ligar, não lembro qual é o número do apto – respondeu a moça.
- É o 1201, mas vamos subindo. O que é mais pesado o pessoal da transportadora carrega e monta lá encima, a gente so vai organizar a bagunça que eles vão fazer.
Os dois subiram, e passaram o dia inteiro arrumando a casa, e limpando a sujeira que vem com toda a mudança.
- Você poderia colocar o material de limpeza nesse banheiro dos fundos – disse Ludmila tentando abrir uma porta que estava trancada – esta trancada, o que tem lá dentro?
- Nada não, só uns livros e documentos velhos que trouxe pra cá antes de trazer o resto da mudança e acabei perdendo a chave nessa confusão. Deixa isso quieto, depois eu tento achar a chave ou chamo um chaveiro – respondeu Pedro tentando despistar o material que havia guardado ali na noite anterior.
O dia foi bastante cansativo, mas muito agradável. Estar ao lado de Ludmila era muito bom, e nesses novos tempos ela era uma das poucas pessoa em que se sentia mais a vontade para conversar de tudo sem falar que era sempre muito bom conversar com aquela loirinha.
- A, me esqueci de te dizer, conversei com a galera do escritório ontem por telefone e eles ficaram de passar aqui mais tarde para ajudar a gente e também para conhecer sua casa nova, espero que você não se importe – falou Ludmila.
- Não que isso, vai ser bem legal, e sempre bom estar com amigos – finalizou Pedro.
Por volta das 1830h, Leandro, a sua namorada Larissa, e Claudia chegaram trazendo pizzas, refrigerantes e cervejas. Arrumaram, limparam, conversaram, riram e se divertiram. Por volta das 0200h todos já haviam ido embora. Foi quando Pedro finalmente abriu a porta do banheiro dos fundos, para pensar em como poderia guardar parte de seus pertences que não poderiam ser vistos por qualquer pessoa. Quando abriu uma das caixas achou a sua antiga armadura de Kevlar. – Será que todas as partes estão ai? – pensou. E então se lembrou da noite anterior, e veio a vontade de dar uma volta na cidade na cidade.
Foi então que vestiu um sobre tudo para não chamar a atenção e seguiu para a varanda, olhou para o antigo prédio ao norte da rua, e seguiu para lá. Depois olho para outro prédio, e assim foi se teletransportando de prédio em prédio, e apreciando a beleza de Nova Capital. Quando parou em um edifício mais baixo, na altura da zona oeste da cidade, veio um grande estrondo bem abaixo de onde Pedro se encontrava. Era um menino correndo de dois caras bem maiores q ele. O garoto passou correndo bem na frente do prédio em que Pedro estava, derrubou umas latas de lixo e entrou em uma rua deserta e mal iluminada. Um corola preto fechou a rua . Ele se chocou contra o veiculo e caiu no chão, esperando a inevitável surra. Não suportando mais assistir aquela cena, Pedro surgiu atrás de um carro estacionado na rua e teletransportou uma moto estacionada próximo a ele bem encima dos meliantes. Os dois caíram inconscientes com o peso da moto. Eis que sai o motorista do corola, procurando quem possivelmente poderia ter atirado a moto em seus comparsas. Tomado pelo medo ele apanha o garoto e apontando uma pistola para a sua cabeça grita – quem esta ai? Seja La quem for, vai embora, ou eu apago o muleque! - Sem hesitar Pedro aparece atrás do homem e teletransporta a sua pistola para debaixo do carro onde estava se escondendo e desmaia o homem com um mata leão. Ele olha para o menino e diz para ele fugir dali e chamar a policia. Quando o menino saiu correndo ouve-se um barulho de tiro. Um projétil passa raspando em seu braço esquerdo e atinge o corola preto. Vendo o quanto ele estava se expondo naquele lugar Pedro se teletransporta para cima do prédio onde estava e aguarda observando para ver o que acontece, ou se descobre de onde veio o tiro. Nada acontece. Apenas a chegada da policia e a prisão dos três homens. Após isso, não resta mais nada para ser feito, apenas retornar para casa.
Chegando em casa, ainda pensando no que aconteceu, Pedro pega umas roupas e entra no banho. Enquanto isso começa a refletir no quanto se expôs, e no que poderia ter acontecido se aquele tiro tivesse acertado ele? Tudo isso poderia ter sido minimizado se estivesse usando o seu traje de kevlar. Embora ele não protegesse todo o corpo, já oferecia alguma proteção para os braços, tronco e pernas.
No dia seguinte acordou mais tarde, foi para a cozinha, ligo a TV, e ficou ouvindo enquanto preparava alguma coisa para comer. Estava perdido em seus pensamentos, sobre o que fazer naquele dia, quando ouviu a chamada do noticiário local. Falava sobre a prisão de três homens suspeitos de homicídio. Um menor teria sido testemunha ocular. Ele teria visto esses três homens jogando dois corpos no rio Coxipó. Quando os homens perceberam a presença do menino saíram atrás dele. Segundo relato da testemunha, parece que algum novo herói misterioso, teria jogado uma moto Honda XXB 750cc, encima de dois deles, e imobilizado o outro. Perguntado ainda sobre como seria esse herói, o menino não soube precisar bem a sua aparência, mas não parece ser nenhum dos heróis já conhecidos na cidade.
Essa noticia era tudo o que Pedro não precisava agora. Quando tudo finalmente parecia se encaixar na sua nova identidade, não poderia se expor assim. Além de prejudicar seu amigo Onça(Codinome), que tanto o ajudou a ser incluído no programa de ex-agentes do serviço secreto, poderia perder tudo que tinha conseguido ate agora em sua nova vida. Sendo assim além da sua armadura de kevlar, caso fosse realizar alguma ação utilizando sua habilidade especial, deveria proteger também a sua identidade, teria que utilizar alguma mascara, ou capacete, qualquer coisa que protegesse o seu rosto. A primeira coisa que pensou foi o seu visor operacional. Ele tinha as funçoes de visao de calor e de visao notuna., e ainda serviria de mascara improvisada.
- Capítulo 2:
SE ADAPTANDO A CASA NOVA
Tinha muito ainda que arrumar e organizar na sua nova casa. Já era fim de tarde, num lindo domingo de céu limpo. Quando seu celular toca. Era Leandro, um dos seus sócios:
– E ae cara, a galera do escritório está indo para algum bar lá no Savassi, e você vai aparecer por La?.
- Com certeza, lá pelas 20h, eu apareço – disse Pedro. E depois de combinar tudo desligou o telefone, e continuou a organizar as suas coisas.
No horário combinado todos se encontraram, e foram para algum barzinho daquele bairro. O assunto do momento era o misterioso herói. Varias teorias, sobre quem seria, como seria, quais seus poderes, enfim. Pedro tentava entrar na onda para não gerar qualquer suspeita. Até porque assim era mais fácil de despistar, e de dar falsas pistas sobre a verdadeira identidade do novo herói. Quando todos esqueceram o assunto, e começaram a ficar um pouco mais alto, Leandro que estava mais perto de Pedro, chegou e disse mais baixo:
– Aqui, tenho reparado em você e na Lú. Cuidado cara. Se envolver com uma colega de trabalho pode não ser uma boa ideia. Ainda mais vocês dois sendo sócios no escritório. Poderia estar colocando em risco todo o nosso trabalho – finalizou.
- Relaxa cara, eu e a Lu somos apenas amigos. Eu nunca colocaria em risco a nossa sociedade – respondeu Pedro, tentando disfarçar realmente o que sentia por sua amiga. Logo depois acabou puxando outro assunto e quando deu por si já estavam todos falando novamente do herói misterioso.
Por volta das 23h Pedro já estava de volta em casa. Embora o expediente no escritório só começasse as 0900h, Pedro costumava acordar as 0600h, para fazer exercícios físicos. Hábito que cultivava desde que entrou na Academia Militar da Praia Vermelha.
Quando o celular despertou as 06h, Pedro acordou mais cansado que de costume, tendo em vista o happy hour da noite anterior. Colocou um short, um tênis e saiu pra sua corrida. Quarenta minutos de corrida algumas barras, abdominais e flexões, numa praça próxima ao seu prédio. Estava pronto para enfrentar mais um dia árduo de trabalho no prédio Salvador Nogueira.
Mesmo saindo com meia hora de antecedência, graças ao transito infernal do centro da cidade, quase que Pedro chega atrasado. Quando sentou na sua mesa, viu todos os seus compromissos do dia no seu laptop, e começou a trabalhar. A correria era tanto no dia a dia forense que mal dava tempo para conversar com seus colegas. A sala do seu escritório era muito bem localizada, no centro da cidade, dava para ir a pé para o fórum, o cartório, e a vara trabalhista, área que era a sua especialidade dentro da sociedade. O único incômodo era ter que ir de terno para todos esses lugares. Na hora do almoço o pessoal costumava se reunir e akmiçavam num restaurante de comida caseira no centro, Mi Casa Es Tu Casa. Enquanto almoçava Pedro reparou que os noticiários falavam sobre os homens presos no último sábado. Segundo o jornal, os três já estariam solto e responderiam o processo em liberdade.
- Esse é o problema com a justiça no Brasil – disse Cláudia – se prendesse a todos, com certeza estaríamos num país mais seguro.
- Concordo parcialmente com você Cláu – retrucou Leandro – sendo eu o penalista do escritório, realmente acho q a Lei tem várias brechas, mas o sistema todo está corrompido, e aqueles poucos que vão de encontro com ele, acabam como eu, jogado de lado sem conseguir mudar muita coisa.
- Realmente o sistema judicial brasileiro está corrompido. A prova disso é o caso desses homens. Coitado do cara que teve todo o trabalho de deter esses três ai, olha só, em menos de dois dias os caras já estão soltos – falou Ludmila – e o que você acha Pedro?
- Penso que cabe a nós advogados evitar que isso aconteça. Agora estamos na ponta da linha, mas daqui a alguns anos aqueles que forem importantes promotores, e juízes, devem tentar se manter o mais afastado possível da politicagem do sistema, e trabalhar em prol da população. Coisa que com certeza não aconteceu nesse caso – finalizou Pedro.
Após o almoço, todos voltaram para o escritório e seguiram com a correria de sempre. No final do dia quando se dirigia para seu carro, ouviu Ludmila dizendo para ele aguardar um pouquinho para irem juntos para a garagem do prédio. No caminho ela perguntou:
- E ai Pedro já achou a chave daquele banheiro?
- Vixe, acredita que me esqueci desse detalhe. Passei o fim de semana inteiro vendo outras coisas que nem lembrei. Mas essa semana ainda vou resolver isso. Não se preocupe.
Os dois continuaram a conversa até chegarem em seus carros e seguirem para suas casa. No caminho Pedro realmente estava pensando em como guardar o material que estava no seu banheiro dos fundos. Seria ideal deixar esses armamentos e equipamentos escondidos, mas de fácil acesso. Ainda mais depois da sua última experiência. Tinha se decidido, que sempre que fosse fazer alguma loucura daquela, estaria vestindo a sua armadura de kevlar e seu Óculos Especiais( Proteção dos olhos que ainda tinha a função de óculos de visão noturna, e visão de calor), além de todos as vantagens que ele trazia, poderia ser usado de tanto dia como de noite, e ainda serviria como uma máscara.
Pedro chegou em casa, tomou um banho, e foi ver aonde poderia guardar o seu equipamento. Todos os lugares que lhe vieram na cabeça eram extremamente óbvios, ou deixaria o material muito escondido e dificultaria o uso deles. Como já estava sem ideias, comeu alguma besteira e foi pra cama. Ligou a televisão, e para variar não tinha nada que prestasse passando. Colocou então no canal de filmes, ficou vendo pela 36ª vez o filme Sr e Sra Smith. Foi aí então que viu o que deveria fazer para guardar sua tralha. Era só fazer algum armário com fundos falsos, como na cozinha do filme. Claro nada tão sofisticado como no cinema, mas daria para adaptar a ideia geral. Era só construir um armário embutido com vários fundos falsos e com uma tranca codificada, para esconder tudo. Já tinha até o cômodo em mente. Seria o quarto do meio. Sentindo que já começava a se livrar de um grande problema, virou para o lado e adormeceu.
Na manhã seguinte seguiu com a sua rotina corrida. No meio da tarde quando teve um momento de paz, se lembrou do que tinha pensado sobre o armário, e começou a procurar na internet alguém que conseguiria montar alguma coisa parecida com o que ele tinha visto no filme. No meio da sua busca, entrou um cliente querendo saber do andamento do seu processo, e Pedro acabou deixando para lá a sua busca. No fim do expediente, o pessoal, já estava se arrumando para partir, quando se lembrou so armário. Perguntou se algum dos seus amigos conhecia alguém que poderia fazer os armários do seu novo apartamento.
- Poxa Pedro, conheço uma marcenaria, que fez os armários da casa dos meus pais. Eles ficaram muito bons e com um preço muito em conta – disse Ludmila, a única que prestou atenção no que Pedro falou – se você quiser pego o contato com eles?
- Pega sim, ia ajudar muito!
- Beleza, hoje eu ligo para os meus pais, e amanhã te mando o telefone deles – finalizou Ludmila.
Naquela noite, Pedro vestiu o equipamento, testou os óculos, manuteniu seus armamentos, verificou a validade dos seus explosivos e munições, coisas que ele achava muito chata de serem feitas quando estava na ativa, mas que agora servia como uma terapia diante da sua rotina. Sem falar que traziam as lembranças de quando era tenente. Passava aperto todos os dias, mas como era feliz. Embora fosse muito desgastante psicologicamente e fisicamente, tivesse várias missões e estivesse sempre correndo risco de vida, era muito divertido comandar um PELOPES (Pelotão de Operações Especiais).
A primeira coisa que Ludmila fez quando chegou no escritório, foi ir na mesa de Pedro e entregar um papel com um telefone, e um nome, “Marcenaria Castro Alves, Falar com Romeu”.
- Bom dia Pedro. Ontem liguei para a casa dos meus pais e peguei o telefone da marcenaria. Meus pais falaram que ela e muito grande e tem vários funcionários, mas que este aqui, é o melhor deles. Bom, agora e com você não é? – disse a moça sorrindo para Pedro.
- Oi Lú, bom dia. Valeu mesmo, hein! Pode deixar hoje mesmo quando eu tiver um tempinho livre eu ligo. – Falou Pedro, devolvendo o sorriso para a moça.
Para variar, o dia estava mais corrido que nunca, só naquele dia Pedro teve que comparecer a três audiências. Passou o dia todo fora do escritório, e mal teve tempo de almoçar. Quando chegou na sua mesa, com a cabeça latejando e viu o papel encima da mesa é que se lembrou de ligar para a marcenaria. Olhou no relógio e já eram 1730h. Muito provavelmente já não teria ninguém trabalhando por lá. Porém Pedro fez uma tentativa. O telefone tocou, tocou e tocou. Quando estava prestes a desligar, alguém atendeu:
- Marcenaria Castro Alves Boa Tarde.
- Boa tarde. Aqui quem fala é Pedro Navarro, eu gostaria de falar com o Romeu.
- É ele, em que posso te ajudar Pedro?
Pedro então explicou que estava interessado em um armário para a sua casa, e agendou uma visita para fazer um orçamento, na semana seguinte.
Era quarta feira a noite, Pedro sem nada para fazer estava jantando ( comida de micro-ondas é claro), e vendo o Jornal nacional. Sempre naquela expectativa de ver noticias sobre as novas contratações do Flamengo para a temporada, mas o maior destaque daquela edição era o desaparecimento de Antonio Alves, um menino de Nova Capital e testemunha chave no caso dos três suspeitos de homicídio.
Pedro reconheceu logo o menino no jornal. Era mesmo aquele em que ele ajudara naquela noite. Sem saber muito o que fazer, e ainda com um pouco de receio, Pedro ficou refletindo para decidir se tinha ou não condições de ajudar Antonio. Acabou optando por tentar ajudar, afinal era melhor tentar alguma coisa do que ficar com aquele remorso depois. Vestiu a sua armadura de Kevlar, Colocou seu coldre de perna, apanhou a sua Pistola Bereta 9mm, mais três carregadores de 30 tiros, e ainda um silenciador. Amarrou a sua faca na perna esquerda e pronto! Em menos de vinte minutos estava pronto para partir.
Bom, de acordo com o noticiário, o menino morava na favela Cruzeiro do Sul, e o último em lugar que foi visto foi perto do Bar” Bebe mais não cai”, que fica perto da subida do morro.
Da mesma maneira que da última vez, nosso herói, partiu se teletransportando, para as proximidades daquele bar, para ver se achava alguma pista do garoto. La chegando se postou encima de uma construção de alvenaria de dois andares. E permaneceu alguns minutos observando para ver se via alguma coisa. Algumas patrulhas da polícia, um ou outro policial interrogando os transeuntes, mas nada de importante. Decidiu então seguir para a casa do menino. Ao surgir no telhado da casa de frente para a casa de Antonio, Era possível ver algumas viaturas da Polícia paradas e vários carros da imprensa. Com certeza ser visto ali não seria muito bom para Pedro. Mas vira alguém importante ali no meio daquela confusão. Parecia ser o escrivão do caso, e carregava consigo uma pasta cheia de papeis, que com certeza deve ser o inquérito do desaparecimento de Antonio.
O escrivão se dirigiu para uma viatura que estava parada mais perto da garagem da casa. Largou o inquérito no teto da viatura, e começou a procurar alguma coisa dentro do automóvel. Era a oportunidade que Pedro teria para dar uma espiadinha e ver o que a policia já tinha descoberto ate o momento sobre o caso.
Para teletransportar o inquérito para as suas mãos, Pedro deveria chegar mais perto dele. Ele então se Teletransportou para cima da garagem de Antonio, e assim pode trazer o inquérito para si, e começar a ler. Ajustou o seu óculos para visão noturna começou os trabalhos. Varias coisas sem importância, quando começou a ler sobre as testemunhas inquiridas. Para variar ninguém viu nada. Até que começou a ler o testemunho de um tal de Joao Carlos Silva, o Juca. Parecia ser amigo de Antonio, e dizia ter visto Antonio ficar bastante nervoso, quando viu um corola preto, com a marca de um tiro na porta do motorista. Com certeza era o corola daquele dia. Outras várias inquisições sem importância, até que um tal de Douglas Martins, Policial do Exército, diz que viu esse corola na via expressa sentido centro Porto, quando voltava de uma escolta. O carro estava em altíssima velocidade, e o militar informou a policia de trânsito sobre o ocorrido.
Bom, Vendo que o escrivão já tinha dado falta do inquérito, Pedro colocou o mesmo no lugar em que estava antes, e começou a pensar. Poderia ficar por ali e tentar extrair mais alguma coisa, ou simplesmente sair cegamente em busca do tal corola na direção do Porto. Tendo em vista o tempo apertado, se dirigiu para a via expressa. Quando passou um caminhão bem alto, apareceu encima da boleia, e acabou pegando carona. Que jeito horrível de se passear pela via expressa. Eu bem que poderia ter um Batmóvel . Mas era o único jeito, tendo em vista que perto da via expressa não tinha muitos edifícios altos, para se ocultar.
Próximo da saída para o porto, haviam duas blitz, uma em cada sentido da via. - Droga – pensou Pedro – La se vai a minha carona.- Antes que o caminhão fosse abordado pelo policial, Pedro de teletransportou para o teto de uma casa bem perto da via. Não dava muito para saber o que as pessoas estava falando La na blitz – Acho que vou pedir de aniversário ao Onça uma daquelas radio que intercepta frequência, isso me ajudaria muito agora – o jeito então era seguir para o porto.
O lugar estava cheio de patrulhas da Policia. Pedro começava a ficar bolado com duas coisas. Como poderia existir tantos policiais assim naquela cidade, e como mesmo com tantos policiais, ainda não conseguiram achar o moleque. Mas o jeito era continuar na busca.
Pedro continuou procurando por mais o menos meia hora. Era por volta de quinze para meia noite. Já nem queria olhar mais para o relógio. Quanto mais o tempo passava, mais Pedro sofria com a diminuição do seu tempo de sono. Aquele lugar era uma bagunça. Cheio de Estaleiros, e Centenas de contêiner empilhados. Quando já estava quase voltando, Pedro de cima de um dos contêiner ouviu uma pequena patrulha da policia passando La embaixo.
- Com certeza se esses caras trouxeram esse menino para cá, ou ele já está morto, ou trancaram ele dentro de algum contêiner desse.
Diante do óbvio, Pedro quase desceu e deu uma medalha para o Eisten do policial que estava falando. Como era perto do mar, o vento começou a aumentar, e com ele veio aquele friozinho. Já sem esperanças, de repente veio um insigth na cabeça de nosso herói. Claro! Frio, contêiner, carro, motor, quente, óculos de visão de calor. A questão era se o óculos iriam conseguir detectar o calor através das chapas das paredes dos contêiner. Com certeza de uma pessoa não, mas do motor do corola,.... provavelmente. Após várias tentativas sem sucesso, Pedro viu uma manchinha vermelha em um contêiner, quase imperceptível. Bom seja lá o que fosse, tinha algo quente dentro daquele negócio. Apareceu encima dele e colou o ouvido para ver se ouvia alguma coisa. Para seu alívio, realmente ouviu alguns barulhos lá dentro, mas não poderia se teletransportar para o interior porque não tinha o contato visual, e não sabia onde poderia aparecer.
Esse contêiner, era um dos mais afastados dos demais. Ao observar em volta dele, realmente viu rastros de pneu, como se o carro tivesse ido para seu interior. Bom como fazer para entrar então? O lugar parecia estar trancado pelo lado de dentro. Alguns minutos depois, a porta do lugar fez um barulho de ferro rangendo. Parecia q alguém estava abrindo ela. Era um sujeito magro, de bermuda camiseta, chinelo e com um fuzil M-016 na mão. Parecia estar espiando, para ver se o número de policiais já havia diminuído. Essa era a chance de Pedro entrar. Não podia quebrar o sigilo. Se esses caras entram em pânico podem acabar matando o menino.
Quando o cidadão colocou a cara feia dele para fora, Pedro colocou a mão no pescoço dele e antes que o sujeito pudesse esboçar qualquer coisa, eles apareceram no alto de um navio cargueiro. Lá Pedro sumiu com o armamento do cara, e o nocauteou, com uma pancada firme na cabeça. Antes que o sujeito caísse no chão Pedro já estava no teto( encima da porta) do contêiner. Alguns segundos depois ouviu uma voz que se aproximava da saída. Parecia estar reclamando com outra pessoa. Dois sujeitos armados com fuzis, saíram. Ficaram procurando o que tinha saído primeiro. Um deles saiu em direção a direita e o outro em direção a esquerda. Era tudo o que Pedro precisava. Pegou um de cada vez, mais o menos da mesma forma que tinha feito com o primeiro. Assim que aparecera no alto da porta, ouvia um último elemento gritar o nome de seus comparsas lá de dentro do contêiner. Com certeza este último estava com o menino. Bem devagar, foi entrando, e pode ver a traseira do corola preto. O ar La dentro estava realmente mais quente, parecia uma sauna. Atrás do corola, havia uma luz de um refletor. Era lá que eles estava. Se esgueirando por detrás do carro, Pedro viu o menino todo amarrado e com silver tape na boca. Mas ainda não tinha visão do ultimo bandido. Quando percebeu, ele estava se deslocando pelo outro lado do carro, indo ver o porquê de seus companheiros estarem demorando tanto. Ai foi igual tomar doce de criança. Antes que pudesse se dar conta, o bandido estava inconsciente no chão. Muito rapidamente soltou o menino, deixou ele escondido no alto do contêiner, pegou fuzil do último meliante e deu uma rajada de tiros para o alto. Feito isso, apareceu no alto de um guindaste para observar. Em menos de dois minutos o contêiner estava cercado de viaturas policiais. Claro que antes de dar a rajada teve o cuidado de levar os outros três bandidos para o interior do contêiner com seus armamentos devidamente desmontados.
Ao retornar para casa, Pedro fez questão de não olhar para o relógio. Apenas tomou banho e dormiu. Antes que começasse a sonhar, seu celular despertou, eram 0600h. Estava um caco. Só teve forças para pegar o celular e colocar para despertar as 0730h. Como se tivesse passado apenas 5 minutos, o celular voltou a tocar. O jeito foi levantar e se arrastar para o banheiro. Terminado o banho, foi tomar aquele café puro. Depois de duas ou três xícaras, Pedro começou a retornar para a realidade – essa parte de acordar no dia seguinte os gibis não contam, e isso que nem apanhei ontem – pensou ao seguir cambaleando para o seu escritório.
- Capítulo 3:
Ao chegar no trabalho naquela manhã , Pedro mal teve ânimo para cumprimentar seus amigos. Verificou sua agenda e deu graças a Deus, de não ter nenhuma audiência para aquele dia. Na primeira oportunidade que teve, comprou aquela coca e misturou com energético. Na hora do almoço já estava um pouco melhor. O papo no Mi Casa Es tu Casa, girava em torno de algumas decisões polemicas do STF. Quando nos sentamos, a TV estava falando sobre o ocorrido na noite passada. Os envolvidos no sequestro não eram os mesmo do caso de homicídio. Logo a repórter disse que os advogados dos envolvidos iriam entrar o quanto antes com o pedido de Habeas Corpus. O menino e sua família estavam agora sobre forte proteção do Estado. Mas o grande foco da reportagem, era quem teria ajudado a encontrar o paradeiro da vítima. Algumas especulações, mas pelo o que menino descreveu sobre o herói para a imprensa, eles o estava chamando de Caveira Negra. Parecia que o heroi tinha um pequeno símbolo de uma pequena caveira em chamas, nas cores preta e cinza, dentro de um pentágono, e atravessado com uma faca.
- Ta, ai! Nova Capital, já tem oficialmente mais um Herói – falou Cláudia – Esses malucos com poderes, as vezes até atrapalham, o trabalho da policia.
- Bom, parece que não é o caso desse ai – retrucou Ludmila.
E a conversa continuou durante o resto do horário de almoço, todos comparando o novo herói, com os antigos defensores de Nova Capital.
Logo após o almoço, o cansaço bateu, mais bateu com força. Pedro estava em sua cadeira olhando para o nada e fazendo toda força do mundo para não dormir. Bom o jeito era trabalhar de pé, até que a lombeira passasse. Quando finalmente chegou em casa, a sua única vontade era de tomar um banho e dormir. Ainda tinha algumas caixas para serem arrumadas na casa, mas Pedro estava exausto. Ao sair do banho, seu celular tocou. Sem nem ao menos ver quem é, Pedro atendeu.
- E ae rapa! Quanto tempo – falou a voz do outro lado.
- Alô. Quem ta falando?
- É o Saci, porra. O pessoal vai se reunir sábado umas 11h para um churrasco na casa do Onça. Só nós, como nos velhos tempos. Você vai nos presenciar com a sua ilustre presença? Mas você sabe, que pela sua condição é melhor não levar ninguém.
- Sábado? Claro vou sim. Não pode deixar, eu estarei só.
Terminando a conversa com seu velho amigo, Pedro só se lembra de ouvir o celular despertando na manhã seguinte. Estava mais descansado. Mas a preguiça estava sempre presente. Bom quem sabe depois da educação física, não se sentiria melhor. E foi justamente o que aconteceu. Enquanto se arrumava para o trabalho, já se sentia bem mais disposto. Ainda bem, porque ao olhar na sua agenda, verificou, que seria um dia daqueles. A quinta e a sexta passaram num piscar de olhos. Na sexta de noite, quando chegou em casa se lembrou do churrasco. Sabia que além de rever os velhos amigos, esse churrasco tinha também outra, intenção. Era uma oportunidade para o pessoal supervisionar como ele estava se saindo na sua nova vida.
No sábado, lá pelas 1130h, Pedro chegava na casa do Onça. Ele era um dos poucos militares que conhecia que morava fora do Setor Militar Urbano (SMU). O dia foi muito divertido. Dos seus cinco amigos que estavam lá, três tinham se formado com ele na Academia. Era muita historia para relembrar, outras para serem aumentadas, outras mudadas, enfim, no final, todos acabavam se matando de rir. No momento em que teve oportunidade de estar mais afastado conversando o com o Onça, pediu as informações de um funcionário de uma Marcenaria. Precisava saber se podia confiar nele para encomendar o seu projeto.
A noite, quando chegou em casa, via a imagem da tristeza. A última vez que tinha limpado a casa tinha sido no sábado anterior quando se mudou. No dia seguinte precisava urgente fazer uma faxina. Era por volta de umas 1930h,quando Claudia ligou chamando ele para ir numa pizzaria com o pessoal do escritório. Foi o tempo de se arrumar, e já estava saindo de novo. Ao chegar à pizzaria, viu a mesa reservada, nela estava só Ludmila, sentada. Parecia que os dois tinham sido os primeiros a chegar. Ela estava linda. Com os cabelos soltos, uma maquiagem bem leve, e a luz do ambiente ressaltavam a cor esverdeada dos seus olhos. Quando se sentou à mesa, ficaram a sós conversando por um tempo. Oportunidade rara para saber mais sobre como estava a sua amiga. Olhando ela daquele jeito, Pedro começa sentir aquela sensação outra vez. Era muito bom sentir aquilo de novo. Mas tentava se segurar, aquilo que Leandro tinha lhe falado outro dia, vinha a toda hora em sua cabeça.
- Nossa, finalmente conseguimos chegar – disse Cláudia se sentando com Leandro e Larissa – achar uma vaga aqui no Savassi sábado a noite é uma missão quase impossível.
Pedro estava tão hipnotizado por Ludmila, que nem percebeu que seus outros amigos vinham chegando. Um pouco mais tarde, a noite estava bastante agradável, quando uma multidão passou correndo na frente da pizzaria. Vários barulhos de tiro e gritos. No restaurante varias pessoas tentando se esconder nos banheiros, e embaixo da mesa. Ao olhar para a sua mesa, todos foram para a parte de trás, menos ele e Ludmila, que parecia não acreditar no que estava acontecendo. - Não posso me intrometer agora. Tenho que me preocupar em proteger essas pessoas aqui. - Pegou a mão de Ludmila e a conduziu para onde estava seus outros amigos. Uma patrulha da policia, de serviço no bairro, partiu em perseguição dos bandidos, e afastou o perigo. Por sorte não houve nenhuma vítima fatal, apenas alguns feridos. Imediatamente após ao ocorrido, um soldado da PM, passa aconselhando as pessoas a seguirem para suas casas, e quem sofreu algum ferimento que tinha um posto de socorro móvel, atendendo na esquina da rua Paralamas com a rua Titãs. Enquanto acompanhava seus amigos para seus carros, ouviu uma conversa entre dois policiais, parecia que o incidente era algum caso de sequestro que foi interceptado pela policia.
Ludmila foi a última a entrar no seu carro e ir embora. Pedro não tinha tempo de ir para casa de carro, demoraria muito tempo. Sendo assim, saiu correndo, entrou em um beco, e a partir dali, foi se teletransportando. Em menos de dois minutos já estava em casa. Saiu correndo, ligou a TV, e enquanto se vestia ia se algum canal passava alguma noticia sobre o tiroteio no Bairro Savassi. Enquanto amarrava o coturno, aparece uma chamada especial na TV, falando sobre o tiroteio. A polícia perdeu o rastro dos bandidos na entrada da favela Cruzeiro do Sul.
-Meu Deus! De novo essa Favela?! – Pensou Pedro.
Antes de partir enviou uma mensagem perguntando se Ludmila já tinha chegado em casa. Ate o momento de sair ela ainda não tinha respondido. Em menos de cinco minutos nosso herói já estava nas proximidades da favela Cruzeiro do Sul. Pra variar varias patrulhas da policia, percorrendo a região. Uma movimentação chamava a atenção, o caveira então se postou encima de um sobrado, que dava visão para a área. Próximo a subida do morro, várias viaturas da PM paradas, inclusive um forgão preto blindado. – vixe, até o BOPE está aqui. Acho que o negócio ta feio – pensou caveira. Um pequeno grupo de policiais, vestindo um uniforme preto, estava reunido atrás da viatura blindada, como se estivessem ouvindo instruções finais antes da ação. Um dos policiais fez um sinal com a mão, e eles iniciaram a subir o morro. A viatura ia abrindo caminho na via principal do do morro, e duas fileiras de 4 policiais iam progredindo atrás. Enquanto os policiais progrediam, o Caveira ia acompanhando nas lajes das casas vizinhas. Num determinado momento a via começou a se estreitar, e os policiais saíram detrás da viatura e seguiram em coluna por dois subindo. Era um momento muito tenso para todos. Os moradores estavam com as janelas fechadas, e não havia ninguém nas ruas. De repente veio uma rajada de tiros á direita da via. Os soldados rapidamente se esconderam atrás de casas próximas. O Caveira também foi pego de surpresa e não pode ver de onde veio a rajada. Ligou o modo de visão noturna e tentou observar na direção de onde vieram os tiros. A uns 50 metros da via, num casebre de três andares, era possível ver na sacada um homem com uma metralhadora apoiada no parapeito e observando os policiais. Caveira apareceu numa casa próxima, e continuou a observar. Estava a menos de 25 metros do bandido na sacada. Poderia facilmente acertar um tiro na cabeça dele. Mas tinha que ser cauteloso, pois, haviam reféns envolvidos. Quando os policiais descobriram a posição do bandido começou uma grande troca de tiros entre eles. Mesmo achando meio suicídio, correndo o risco de levar algum tiro vazado, o Caveira surge atrás da casa para procurar alguma janela. No primeiro andar as janelas alem de gradeadas, estavam fechadas. No segundo e terceiro andar as janelas estavam incompletas, então tinha só o buraco na parede. Isso facilitaria a observação.
No segundo andar, o Caveira só viu um capanga se escondendo atrás da parede, e falando no celular. No terceiro viu um homem armado, um desmaiado ou morto, e outro acuado num canto. A entrada mais fácil parecia ser o segundo andar. Sem perder muito tempo, o caveira surgiu no cômodo do segundo andar e facilmente desmaiou o primeiro capanga. Olhou para o celular no chão, e estava escrito 88320001 Bispo. Era grande o barulho de tiro. Droga, devia ter alguma coisa pra escrever esse numero. Pegou o celular com um plástico que estava no chão, e guardou num compartimento no seu coldre. Olhou em volta e viu grande quantidade de armamento e munições. O quarto dava para uma ante sala vazia, onde de uma lado descia, e pelo outro subia. Decidiu subir e ver o que iria encontrar. A escada dava para outra sala. Nela haviam três bandidos escondidos na sacada, e nas janelas, atirando nos policiais, que vinham progredindo em direção à casa. Diante do barulho dos tiros eles não perceberam a sua presença. Ele seguiu para o quarto e neutralizou o bandido armado. Os dois reféns estavam feridom, inconscientes, mas vivos. O curioso, é que esses dois pareciam ser bandidos também. Mas não restava tempo para refletir sobre isso. Enquanto observava tomou um tiro no meio das costas. Nossa que dor, se não fosse a sua armadura estaria morto. Era um dos bandidos da outra sala. Aquilo so serviu para aumentar a sua fúria. Ele deu uma pancada no pomo de adão do meliante, que tentou atirar novamente, mas em seguida, o caveira, jogou a sua cabeça de encontro a parede e ele apagou. Os outros dois foram muito fáceis de neutralizar. Olhando os reféns de novo, ele pôde reconhecer um deles. Ele era um famoso promotor de justiça. Apenas estava com roupas velhas. Ouvindo a Policia entrar no primeiro andar, o Caveira se teletransportou, para a casa em que observara as janelas antes de entrar. Depois decorou numero do celular e recolocou-o na casa, para que fosse aproveitado pela policia.
Chegando em casa ele viu uma mensagem de Ludmila avisando que tinha chegado bem. Pedro anotou o numero do celular num pedaço de papel e respondeu a mensagem da Lu. Enquanto tirava a armadura de kevlar, viu o estrago que o tiro tinha feito nela. Provavelmente daria para restaura-la, se conseguisse mais um pouco do tecido e de resina.
No domingo pela manha, acordou com uma tremenda dor nas costas. O local aonde recebera o tiro estava muito dolorido. Entrou na internet, e nos principais sites de noticias, os jornais estavam atribuindo o sucesso da operação de sábado a noite aos militares do BOPE.
- Nossa, que bom! É melhor o Caveira sumir mesmo – pensou Pedro, sabendo que quanto menos ele aparecesse nas colunas dos jornais, melhor. - Aproveitou o dia para fazer uma faxina na casa, ligar para os seus pais, ficar um pouco de molho, e bater papo com seus amigos na internet. Quando percebeu já era o momento mais depressivo da semana; domingo de noite. O jeito era agonizar na frente da televisão ate conseguir dormir para iniciar uma nova semana.
- Capítulo 4:
UFSH
Na segunda enquanto se arrumava para o trabalho, após a sua educação física, viu uma mensagem do Onça. ”Aqueles dados que você me pediu já foram enviadas para o seu email. Abrc”. Só então se lembrou do pedido que havia feito para seu amigo no sábado de manhã. Chegando no escritório, abriu a sua caixa de email, e lá estavam todos os dados de Romeu, o funcionário da marcenaria. Pedro, ficou muito impressionado com a ficha dele. Sem qualquer antecedente criminal, Romeu Andrade era neto do dono da marcenaria, casado, tinha um filho, era formado em contabilidade e cursava ciências da computação na Universidade de Nova Capital. Bom pelo menos parecia ser alguém digno de confiança. Ao longo do dia recebeu um telefonema do próprio Romeu, querendo confirmar a sua visita para fazer o orçamento do armário. Confirmou para aquele dia as 1700h.
A conversa na hora do almoço girava em torno das vítimas do sequestro no sábado. Uma das vítimas era um promotor de Justiça, e o outro um Juiz. Nem o Promotor estava e nem o Juiz estavam envolvidos nos casos da ultima semana. Nem sequer trabalhavam em algum caso em comum. No fim do almoço como de costume, ninguém tinha chegado a nenhuma conclusão, diante do assunto.
Quando era por volta das 1600h, Pedro avisou ao pessoal que deveria sair mais cedo, e foi para casa. Chegando lá, tomou um banho e ficou esperando Romeu. Enquanto esperava parou para pensar sobre os acontecimentos em que o Caveira esteve envolvido. Todos esses fatos envolviam queima de arquivo, ameaça a juiz e promotor. Pedro entrou na internet e começou a pesquisar sobre esses processos. Tirando o Juiz que tinha negado o Habeas Corpus alegado pelos advogados dos envolvidos no caso do sequestro do menino Antonio, os outors acontecimento pareciam ser esporádicos. Quando estava anotando alguns dados sobre os processos, o interfone tocou, era Romeu.
Pedro mostrou o quarto e falou mais o menos como desejava que fosse o armário. Romeu apenas olhava e desenhava. Depois de algum tempo, ele mostrou um esboço a Pedro.
-Parece que vai ficar muito bom. Mas tem uns detalhes que eu gostaria que você tentasse fazer no armário.
- Claro Sr Pedro, pode falar.
- Então. Primeiro não precisa me chamar de Sr. Depois eu tenho umas armas de caça que ganhei do meu avô, e gostaria que você desenhasse ele com umas gavetas escondidas e alguns fundos falso. Será que você consegue? Mais o menos igual no filme Sr e Sra Smith.
- Bom Sr, digo, Pedro. Nunca tentei. Já vi o filme, mas aquilo me parece muito sofisticado.
-Não precisa ficar tão sofisticado assim. Apenas que consiga esconder as armas, e que tenha algum sistema de segurança. E mesmo sendo arma de caça, são armas. Não gostaria que você falasse a respeito com ninguém. Pode ser?
- Quanto a não falar com ninguém eu consigo fazer. Mas quanto ao sistema de fundos falsos, vai ser um grande desafio.
Romeu ainda tirou mais umas medidas do cômodo e anotou algumas especificações dadas por Pedro, jogou um pouco de conversa fora e depois foi embora.
Quando Romeu foi embora, Pedro voltou a sua pesquisa na internet. Não achou nada que fosse relevante. Sentou na sala e ficou vendo TV. Estava passando um filme do Batman. Nossa como tudo seria tão mais fácil se eu tivesse essa mordomia do Bruce Wayne. Só alguém que cuidasse da minha casa, eu já ficaria satisfeito. Depois seguiu para cama, onde ficou lendo um artigo sobre processo do trabalho e dormiu.
Na terça conversando com Leandro na hora do almoço, Pedro comentou sobre os fatos ocorridos. O sequestro do menino, o Promotor e o Juiz sequestrado. Ao mostrar os dados que tinha anotado para seu amigo, acabam descobrindo que todos os advogados envolvidos nos diferentes casos trabalhavam para um mesmo escritório, Libra Advogados Associados.
- Mas acho que isso não quer dizer muita coisa – falou Leandro – esse escritório é um dos mais respeitados do país. E são especializados na área penal. Eu mesmo estagiei lá na época da faculdade.
- Um pode ser. Mas será que todos os envolvidos teriam dinheiro para pagar por esses advogados?
-Não sei, mas como são muitos casos, o escritório não deve cobrar tão caro assim. Aliás este e uma das característica desse escritório. Não cobram tão caro. Dependendo do caso, e da condição social do cliente eles não cobram nada.
E como Ludmila e Claudia estavam deslocadas, Leandro acabou mudando de assunto, e acabaram conversando sobre o campeonato carioca que começaria na próxima semana. Na mesa todos torciam por times do Rio.
O dia se desenrolou sem maiores surpresas. A noite no noticiário regional, sempre havia uma espaço reservado para os desastres que aconteciam em Nova Capital. Seja desabamento, de prédios, ou o aparecimento de robôs gigantes, super vilões, mas a algum tempo não falavam nada relativo aos casos em que o Caveira estava envolvido.
Na quarta feira de noite, Pedro estava bem entediado. Diante disso, resolveu dar uma volta na cidade ao estilo Caveira. Quando foi colocar a sua armadura, se lembrou que ela ainda estava avariada depois da sua última ação. Apanhou a peça da armadura que estava danificada (a placa das costas),e avaliou o dano. O local estava meio mole e as fibras do tecido desconfiguradas. Poderia ser que, caso levasse um tiro naquele exato local, as fibras não conseguissem segurar o projétil. Mas ainda assim oferecia certa segurança, contra pancadas e facas.
Terminou de se arrumar, colocou um sobretudo, apanhou a sua pistola, uma faca, um bloco com um lápis pequeno, um pouco de explosivo plástico, uma espoleta e foi para a varanda. Colocou os óculos, contemplou a paisagem, e partiu sem um destino certo. Passou pelo Savassi, São Roberto, e realmente nada de interessante estava acontecendo por lá. Sentado na borda de um Arranha céu da Azul Tecnologia, o Caveira observou um homem voador passando em direção a zona Oeste. Na falta do que fazer, ele foi seguindo esse elemento, sem se deixar ser percebido. O bom de vagar assim sem destino, era que ele podia pensar, colocar a sua cabeça em ordem. Enquanto divagava, o homem parecia perder alturas e ir aterrissando. O Caveira surge num prédio vizinho, e observa. Nossa, parecia um festival de fantasias para ricos. Além de vários sujeitos com roupas excêntricas, chegavam vários carros de luxo. Algumas pessoas conversando, outros fazendo pequenas demonstrações de seus poderes, algo bem estranho. – Acho que não seria o caso eu aparecer ali – pensou. Todos pareciam se dirigir para uma entrada de um velho prédio comercial de cinco andares e que tinha dois sujeitos bem fortes na entrada, eles deviam ter uns dois metros de altura,e usavam ternos iguais. Só que o da direita usava um terno Verde escuro, e o outro um terno verde claro. Não que fossem algum problema para o Caveira, mas não seria interessante entrar num lugar cheio de sujeitos com super poderes querendo quebrar tudo.
Uns 10 minutos depois o local as pessoas foram entrando e o local ficando mais vazio. Alguém parecia estar discutindo com uma dos seguranças, da entrada. Foi ai que o Caveira reparou que os seguranças pareciam gêmeos idênticos. O cidadão que estava discutindo com o segurança perdeu a cabeça, e soltou uma espécie de bola de energia elétrica, jogando-o vários metros para longe. O outro segurança apenas cruzou os braços e observou seu parceiro ser lançado. O segurança arremessado se levantou, e começou a aumentar seu tamanho. Parecia que estava duas vezes mais forte e maior. Ele agarrou o cara e o jogou mais longe ainda. Enquanto acontecia a confusão, o caveira surgiu perto da porta, e aproveitou a distração do outro guarda costa, apareceu atrás dele e entrou no local.
Ele chegou num salão oval muito bem iluminado, com vários pôsteres na parede, com algumas bilheterias, parecia que todos estavam fazendo apostas. Tinha ainda uma porta grande com uma escada que descia. Vendo que não chamava atenção no meio de todos ali, desceu as escadas. Na descida haviam varias portas com sujeitos fazendo segurança. Essas portas, pareciam dar acessos a algumas salas mais restritas. Se sentia num estádio de futebol. O som da multidão, a temperatura aumentando. Ele entrou numa espécie de arena de luta gigante. As lutas pareciam ser bem empolgantes, já que devia ser entre pessoas com superpoderes.
Realmente as lutas eram incríveis. Cada sujeito que aparecia na arena, cada poder. A cada osso quebrado a torcida vibrava como em um jogo de futebol. A última luta da noite parecia ser a mais esperada. Durante a última preliminar, a luta era entre um tal de Omega 3 contra uma mulher chamada Fantasma. Quando os lutadores entraram no ring, o Caveira ficou realmente impressionado com o Omega. Ele era igual aos guarda costas da entrada, só que bem maior, e com quatro braços imensos. A fantasma era uma mulher ruiva, de mais o menos 1,80m, mascarada e com uma roupa colada azul marinho, que mostrava o seu corpão torneado. Parecia que a Fantasma não teria a menor chance contra o grandalhão. Ao som de um gongo a luta começou. A moça era realmente muito boa nas artes marciais. E devido ao seu grande tamanho e peso, o Gigante estava bastante lento. Ele levou vários golpes, mas que não surtiam efeito algum. Não que a moça estivesse batendo sem força. Um dos chutes dela até amassou um dos postes do ringue, que parecia ser de aço. Quando já estava ficando cansada, o gigante acertou uma mãozada nela, que a lançou com força nas grades do ringue. Ela caiu ajoelhada. Parecia estar bastante exausta. O Omega 3 a agarrou com uma das mãos e a apertou. Como se quisesse quebrar a sua coluna. Quando todos esperavam o fim da Fantasma os dois sumiram. Eles apareceram no alto no ringue, e o gigante caiu de costas no chão. Antes que alguém pudesse esboçar qualquer reação, eles sumiram do chão e apareceram no alto de novo. E isso se repetiu por mais três vezes, até que o Gigante caiu desacordado. A multidão se levantou em aplausos e gritos, como se a seleção Brasileira estivesse feito um gol na final do campeonato mundial. Com certeza que aquela tinha sido a luta mais emocionante da noite. O Caveira realmente ficou impressionado com a existência de outra pessoa com poderes semelhantes ao seu e com a forma que a menina dominava ele.
Uns 10 minutos depois da luta, apareceu nos telões da arena, um sujeito totalmente careca, com traços grossos, que aparentava ter uns 40 anos, com um terno branco impecável. Ele agradecia a presença de todos, incentivava ao público a realizar mais apostas e anunciava o começo da grande luta da noite. O campeão do UFSH (Ultimate Figth Super Human) russo, Zanguief, contra o campeão do UFSH americano Bane. Ao término do seu discurso o telão passou a exibir clips dos dois campeões lutando contra seus rivais em seus respectivos países. Passado alguns minutos, os altos falantes da arena anunciavam a entrada dos lutadores. O Caveira se sentia um menino assistindo aquilo tudo. Como algo tão grandioso assim existia em Nova Capital, e quase ninguém tinha conhecimento. Talvez se a população soubesse disso poderia trazer um grande clima de insegurança. Ali tinha deveria ter mais de 20000 pessoas. E a maioria delas devia ter superpoderes. Sem contar as pessoas que estavam nos camarotes.
Após a apresentação dos desafiantes, a luta começou. Realmente os dois eram muito forte, mas Bane parecia conhecer mais o estilo de luta de Zangief e não deixava ele se aproximar. Os dois se equiparavam em força. Bane tentava impor um estilo de luta mais a distância com socos e chutes. Sabia que se o russo o agarrasse, dificilmente aguentaria uma luta no chão. E realmente parecia estar funcionando. Zangief estava levando uma surra. Embora aparentemente estivesse perdendo a maioria das pessoas na arena, incrivelmente estavam torcendo pelo russo. Seu nome ecoava bem forte pelo local. O tempo passava, e nenhum deles estava disposto a perder. Bane batia firme, e Zanguief apenas tinha derrubado ele umas duas vezes e tentado algumas chaves de braço e de perna. Sabendo que não resistiria muito tempo apanhando assim, o lutador russo se afastou de seu oponente, pegou impulso e o atingiu com uma espécie de voadora com as duas pernas. Bane caiu, e levantou-se sem saber muito o que tinha acontecido. Aproveitando que Bane estava atordoado, Zanguief o agarrou e o finalizou com um pilão (Spinning Piledriver). A multidão foi a loucura. Bane, por mais forte que fosse, não resistiu a essa inesperada reviravolta, e apagou. O narrador da luta parecia que ia chorar no microfone de tanta emoção.
Terminado a luta, o publico foi esvaziando aos poucos a arena. - Nossa, e pensar que havia tantas pessoas com superpoderes naquela cidade. – pensou o Caveira. Será que o governo sabia daquilo tudo. O Caveira foi um dos últimos a deixar a arena. Na saída as portas antes guardadas por seguranças agora estavam abertas e as salas vazias. Realmente elas davam acesso para os camarotes. Quem será que frequentava aqueles camarotes. Será que eram pessoas ricas? Ou pessoas extremamente fortes? Tantas dúvidas, e ninguém para responde-las. Talvez o tempo traria respostas para aquilo tudo. Nossa que noite. Quando acordara na manhã daquele dia nunca imaginaria tudo o que acabara de ver. – Nada mal para uma entediante noite de quarta feira – pensou.
- Ficha:
b]Nome Civil[/b]: Enrike Coimbra Chivunk / Pedro Paulo Freire Navarro
Codinome: Caveira Negra
Idade:28
Habilidades e Aptidões Físicas:
- Grande estrategista
-Treinado em varias artes marciais
-Perito no manuseio de armas de fogo (atirador de elite) e explosivos
Poderes[/b]:
-Capacidade de teletransportar objetos próximos para qualquer lugar que tenha contato visual( Inclusive ele próprio)
- Força e agilidade acima da media.
- Tem a capacidade de se curar com maior rapidez que um homem normal(não é fator de cura).
-Ainda não sabe toda a extensão de seu poder.
Equipamentos:
- Armadura de Kevlar (preta).
- Visor, para a proteção dos olhos(impermeável) e com possibilidade de função de visão noturna, e visão de calor.
- Tem a seu dispor grande variedade de armamento, munição, diversos equipamentos militares e explosivos.
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